cl~~)'sulta - tcc on-linetcconline.utp.br/wp...do-treinamento-fisico-militar-em-alunos.pdf ·...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANA
Lucio Luiz Nogueira
EFEITOS DO TREINAMENTO FisICO MILITAR EM ALUNOS DO
ENSINO MEDIO DO COLEGIO MILITAR DE CURITIBA
CURITIBA2007
Cl~~)'"SULTAINTERNA ~~SETORIALS_~HAFFER
EFEITOS DO TREINAMENTO FisICO MILITAR EM ALUNOS DO
ENSINO MEDIO DO COLEGIO MILITAR DE CURITIBA
CURITIBA2007
Lucio Luiz Nogueira
EFEITOS DO TREINAMENTO FisICO MILITAR EM ALUNOS DO
ENSINO MEDIO DO COLEGIO MILITAR DE CURITIBA
Trabalho de Conclusao de Curso apresentado aoCurso de Educayao Fisica da Faculdade deCiencias Biol6gicas e de Saude da UniversidadeTuiuti do Parana, como requisito parcial para aobtenyao do titulo de licenciado em EducayaoFisica.Orienladora: Professor Dou\or Gerson Luiz CletoDal-Col.
CURITIBA2007
TERMO DE APROVACAOLucio Luiz Nogueira
EFEITOS DO TREINAMENTO FisICO MIL/TAR EM ALUNOS DO
ENSINO MEDIO DO COLEGIO MIL/TAR DE CURITIBA
Este trabalho de Conclusao de Curso foi julgado e aprovado para a obtenc;ao do titulo deLicenciado em Educac;ao Fisica no curso de Educac;ao Fisica da Universidade Tuiuti do Parana.
Curitiba, 23 de novembro de 2007.
Faculdade de Ciencias Biol6gicas e de SaudeCurso de Educa980 Fisica
Universidade Tuiuti do Parana
Orientadora: Professor Dr. Gerson Luiz Cleto Oal-ColUniversidade Tuiuti do Parana
Professor Ms Eduardo Mendonya ScheerenUniversidade Tuiuti do Parana
Professor Especialista Rodrigo ResendeUniversidade Tuiuti do Parana
SUMARIO
1INTRODUt;;:AO 5
2 FUNDAMENT At;;:AOTE6RICA 7
2.1 TREINAMENTO FisICO MILITAR . . 7
2.2 EFEITOS FISIOL6GICOS DO TREINAMENTO . . 9
2.2.1 Efeitos Fisiol6gicos no Sistema Cardiopulmonar 9
2.2.2 Efeitos Fisiol6gicos no Sistema Neuromuscular 9
2.2.3 Efeitos na Composic;:ao Corporal............... 10
2.3 CONTROLES DA CARGA DE TREINAMENTO . . 10
2.3.1 Tipos de controle Fisiol6gico Individual 10
2.3.2 Exames Medicos 11
2.4 LOCAL DO TREINAMENTO FisICO MILITAR 12
2.4.1 Horario 12
2.4.2 Uniformes 12
2.4.3 Aquecimento .. 13
2.4.4 Alongamento 13
2.5 METODOS PARA 0 TREINAMENTO CARDIOPULMONAR 14
2.5.1 Corrida em forma e livre 14
2.5.2 Caminhada . 14
2.5.3 Treinamento intervalado aer6bio 15
2.6 TRABALHO NEUROMUSCULAR 15
2.7 METODOS PARA 0 TREINAMENTO NEUROMUSCULAR 16
2.7.1 Ginastica basica .
2.7.2 Treinamento em circuito .
16
.... 17
2.7.3 Musculac;:ao 17
2.8 TREINAMENTO UTILITARIO 17
2.9 OS DESPORTOS NO TREINAMENTO FiSICO MILlTAR 17
2.10 INDicES EXIGIDOS PELAS ESCOLAS MILITARES 18
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS 20
4. RESULTADOS E DISCUSSAO 24
4.1 RESULTADOS DAS CORRIDAS 24
4.2 RESULTADOS DOS ABDOMINAIS 26
4.3 RESULTADOS DAS FLEXOES DE BRACO E BARRAS 28
5. CONSIDERA<;:OES FINAlS 30
REFERENCIAS 31
RESUMO
Este trabalhou objetivou analisar 0 efeito do treinamento fisico militar em alunos do2° grau que pretendem ingressar em escolas militares ap6s um periodo detrabalho. Para isso, valeu-se de um treinamento de duas horas aulas uma vez porsemana durante tres meses com a orienta~o de um militar com 0 curso deeducay80 fisica. A amostra foi de 10 alunos sendo cinco masculinos e cincofemininas que foram submetidos no inicio e termino do treinamento aos testes decorrida de 2250 metros para alunos e 1150 metros para alunas, Flex80 de Brayos(apoio) para alunas, fiex80 de brayos (barra) para a!unos e Abdominal Supra paraambos as sexos. Os resultados apresentados houve uma melhora de 23% de umamaneira geral e as objetivos para ingresso em escolas militares foram todosatingidos.
Palavras chave: Treinamento fisico militar, Teste de Avaliay80 Fisica, EscolasMilitares.
5
11NTRODUCAO
1.1 JUSTIFICATIVA
o teste fisico sempre foi um obstaculo ao con corrente a vagas no ensino
militar nas Fon,as Armadas e Auxiliares. 0 numero de vagas oferecido para alunos
que concluem 0 2° grau e bastante significante e pensando nisso 0 Colegio Militar de
Curitiba resolveu oferecer 0 horario de educayao fisica prevista no curriculo escolar
para os alunos que desejam ingressar nessas escolas militares a oportunidade de
realizar um treinamento orientado para tal finalidade.
o presente trabalho serve de alerta a Professores de Educayao Fisica para
a situayao de ter alunos em seu estabelecimento de ensino com pretensoes
semelhantes.
Como os indices exigidos tornam-se um fator decisivo na disputa por uma
vag a a preocupagao do estabelecimento de ensino com a tal atividade torna-se uma
prioridade.
1.2 PROBLEMA
Verificar os resultados do programa de Treinamento Fisico Militar proposto
atende as exigencias das referidas escolas ap6s 0 periodo de treinamento?
6
1.30BJETIVOS
1.3.1 Objetivo Geral
Verificar 0 efeito do treinamento fisico militar em alunos do 2° grau, tendo
como referencia 0 Teste de Avaliac;ao Fisica composto de: Corrida de 2250m para
alunos e 1150m para alunas, Flexao de Brac;:os para alunas e barra para alunos e
Abdominal Supra para ambos os sexos.
1.3.2 Objetivos Especificos
- Avaliar a aptidao fisica no inicio treinamento;
- Acompanhar 0 programa de treinamento;
- Reaplicar 0 teste de avaliac;ao fisica ap6s 0 treinamento;
- Comparar os resultados do programa proposto.
7
2 FUNDAMENTAC;Ao TEORICA
2.1 TREINAMENTO FisICO MILITAR
Segundo consta no C 20 -20 - Manual de Treinamento Fisico Militar os
principios cientificos que fundamentam 0 moderno treinamento desportivo sao os
mesmos que orientam a pratica e 0 controle do treinamento fisico militar,
respeitando a diferenciayao da capacidade de cada individuo quando da execuyao
do treinamento, para obtenyiio de efeitos fisiol6gicos adequados e para evitarem-se
danos a saude do praticante.
o treinamento devera adequar as atividades fisicas, de maneira que elas
estejam dentro de uma faixa de trabalho que provoque 0 efeito de adaptayiio
fisiol6gica desejado. Devera ter, portanto, durayao e intensidade suficientes para
provocar modificayoes na aptidao fisica do militar. Uma carga insuficiente nao
produzira efeitos de treinamento, mas simplesmente uma excitayiio ou uma carga
exagerada pode vir a provocar danos no organismo e levar 0 praticante a atingir a
exaustao (C 20 -20 - Manual de Treinamento Fisico Militar, 19?).
Para que haja adaptayiio, e fundamental respeitar um tempo suficiente de
repouso entre sessoes de treinamento e programar uma alimentayiio conveniente
para suprir 0 desgaste.
Uma correta aplicayiio coerente da carga de treinamento, de modo que haja
uma progressao controlada e met6dica adaptara 0 organismo humane ao ser
submetido a um esforyo de medio para forte, aumentando a sua capacidade, que
8
segundo 0 principio da sobrecarga, ap6s a adapta~o a um esfon;:o 0 pr6ximo deve
ser mais intense ou de maior dura~o que 0 anterior, para que atinja a faixa de
adaptayao.
A regularidade do treinamento e fundamental para que ele possa promover a
manutenyao preventiva da saude e para que os pad roes de desempenho ffsico
sejam normalmente alcanyados.
o volume e a quantidade de treino em distancia, numero de repetiyoes,
durayao do trabalho, numero de series e horas de treinamento, intensidade e a
qualidade de treinamento como: quilagem utilizada, velocidade e tempo de intervalo
aplicado ao treinamento. (WEI NECK, 1999)
Esses dois tipos de fatores atuam como sobrecarga e, por isso mesmo,
devera estar sempre agindo em estreita correla~o, pois se 0 volume aumenta, a
intensidade deve diminuir, e vice-versa. (WEI NECK, 1999)
E importante que se observe a especificidade na aplica~o de estfmulos
similares aos utilizados na execuyao da atividade, fim, pois os exercicios previstos
visam trabalhar as qualidades ffsicas necessarias para as atividades militares em
combate.
Segundo Wei neck (1999) a diversificayao nas formas e modalidades e
importante para que se obtenha a motiva~o e 0 empenho dos praticantes durante a
atividade ffsica, devendo-se ser empregados metodos diferentes para treinamento
de qualidades ffsicas semelhantes, sem, no entanto nao variar as formas de trabalho
principal sem levar em considera~o os principios da continuidade e da sobrecarga,
para que as qualidades ffsicas sejam corretamente desenvolvidas.
9
2.2 EFEITOS FISIOL6GICOS DO TREINAMENTO
Segundo Wei neck (1999) 0 treinamento regular e orientado provoca
natural mente, diversas adapta90es no funcionamento do organismo humano. Estas
adapta90es trazem beneficios para saude e propiciam condi90es para a eficiemcia
do desempenho profissional.
2.2.1 Efeitos Fisiol6gicos no Sistema Cardiopulmonar
• Aumento das cavidades e da espessura do musculo cardiaco com isso maior
lan98mento de sangue ap6s cada contrageo.
• Diminui91io da frequemcia cardiaca, porem, mantendo a mesma eficiemcia,
devido ao aumento do volume de eje91io.
• Aumento da capacidade de transporte de oxigemio pela hemoglobina, maior
utiliza91io do oxigenio pelos musculos.
• Diminui91io da presseo arterial devido a menor resistencia dos vasos apassagem do sangue.
• Aumento da capacidade de consumir oxigenio tornando 0 musculo mais
resistente a fadiga.
2.2.2 Efeitos Fisiol6gicos no Sistema Neuromuscular
• Aumento da massa muscular, tornando 0 musculo capaz de produzir mais
for98·
10
• Aumento das amplitudes articulares, em conseque!ncia do treinamento de
f1exibilidade, acarretando maior extensibilidade dos musculos, dos tend6es e
dos ligamentos.
• Fortalecimento dos ossos e tend6es, capacitando 0 organismo a suportar
maiores esfon;os com menor possibilidade de ruptura destes tecidos.
2.2.3 Efeitos na Composic;ao Corporal
• Redut;:ao da gordura corporal, quando associada a uma dieta adequada.
• Aumento da massa corporal magra.
2.3 CONTROLES DA CARGA DE TREINAMENTO
o C 20 -20 - Manual de Treinamento Fisico Militar preve que controle da
carga tem por finalidade acompanhar as reat;:6es apresentadas pelo organismo em
con sequencia da atividade fisica, visando maior adaptat;:ao da carga de treinamento
e maior segurant;:a ffsica do praticante, sendo a mesma responsabilidade do instrutor
e do proprio militar.
2.3.1 Tipos de controle Fisiologico Individual
• 0 controle imediato e realizado durante a sessao de treinamento por
intermedio da medic;ao da frequencia cardiaca ou por meio de monitor de
frequencia.
1.1
• Deve ser utilizado 0 dedo indicador e medio para identificar a frequencia
cardiaca e nao se deve fazer uma pressao exagerada, principalmente se for aarteria car6tida, a fim de evitar sua obstruyao e a consequente alterayao da
medida.
E recomendado utilizar 0 tempo de 15 segundos para contar 0 numero de
batimentos e multiplicar por 4.
• A frequencia cardiaca maxima serve como urn indice de referencia. Sua
determinayao precisa e dif[cil, pois requer equipamento especializado e urn
teste de esforyo maximo. Entretanto, pode ser calculada com razoavel
precisao pela f6rmula: FCM = 220 - idade.
2.3.2 Exames Medicos
Os exames sao para verificar 0 estado de higidez organica e as possiveis
limitayoes dos individuos, visando liberar-Ios para a pratica da atividade fisica e para
a realizayao dos testes fisicos.
Os exames medicos constam de:
• Anamnese dirigida para os fatores de riscos coronariano primario e
secundario.
• Peso e altura.
• Inspeyao geral da pele e mucosas.
• Avaliayao cardiaca, pulmonar e abdominal.
• Tomada da pressao arterial, pulso e temperatura.
12
• Medidas de dobras cutaneas.
2.4 LOCAL DO TREINAMENTO FisICO MILITAR
o local do treinamento fisico militar deve ser condicionado as
particularidades das sessoes. Podem ser utilizados diversos locais como quadras,
patios, ginasios, campos de futebol, pistas de atletismo e de pentatlo militar, ruas,
prayas e vias publicas, piscinas, praias, rios e represas.
Treinamento fisico ao ar livre e mais salutar. As areas cobertas e fechadas,
quando utilizadas, devem possuir ventilac;:aoadequada natural ou artificial.
Em especial cuidado com todo local de realizac;:aodo treinamento fisico, a
seguranya dos praticantes deve merecer cuidado, a fim de evitar acidentes.
2.4.1 Horario
o treinamento fisico deve-se respeitar 0 intervalo de tres horas ap6s 0
termino das refeic;:oesdo almoc;:oe jantar, e quando 0 for realizado nas primeiras
horas da manha, 0 cafe devera se constituir de uma refeic;:aoleve. Nas regioes onde
o clima seja desfavoravel, com temperaturas muito elevadas ou baixas, deve ser
escolhido um horario em que temperatura facilite a realizac;:aodo treinamento.
2.4.2 Uniformes
o uniforme do aquecimento, a principio, sera 0 mesmo da atividade
principal, e eventualmente, em regioes e nas epocas de alta temperatura, 0
13
treinamento devera ser realizado com 0 tronco nu, com a finalidade de permitir maior
libera9ao de calor, com exceyao do segmento feminino. Em regioes e nas epocas de
baixa temperatura, 0 uniforme devera ser acrescido de agasalhos. 0 calyado devera
oferecer prote9ao contra os micros traumas causados pelas corridas e saltos,
devendo ser incentivado 0 uso de tenis adequado.
2.4.3 Aquecimento
o aquecimento e composto de duas fases: os alongamentos e os exercfcios
de efeitos localizados. Para que 0 aquecimento cumpra a sua finalidade e
proporcione as altera90es fisiol6gicas citadas, e necessario que essas duas fases
variem de acordo com 0 clima e com a atividade a ser realizada no trabalho
principal.
2.4.4 Alongamento
Os exercfcios de alongamento se destinam a trabalhar a musculatura em
toda sua amplitude, usando todo 0 arco articular e permitindo, assim, alongar as
fibras musculares que se encontrem enrijecidas pela inatividade, pelo frio, ou ambos,
e tambem para, ap6s 0 exercfcio, auxiliar na remoyao de catab6litos provenientes da
atividade muscular. A pouca f1exibilidade tem sido apontada como um dos fatores
que contribuem para a perda da capacidade de pessoas idosas para realizar
atividades cotidianas, sendo os exercfcios diarios de alongamento considerados
como de fundamental impolt8ncia para manutenyao da amplitude articular e da
independencia funcional de pessoas em idades mais avan9adas.
14
2.5 METODOS PARA 0 TREINAMENTO CARDIOPULMONAR
De acordo Cooper (1972) e 0 conjunto de atividades ffsicas planejadas,
estruturadas, repetitivas e controladas, que tem por objetivo 0 desenvolvimento e a
manutenyao da aptidao cardiopulmonar. Para atingir esses objetivos sao utilizadas
se,,6es de: Corrida Continua, Corrida Variada, Caminhada, Treinamento Interval ado
Aer6bio e Natayao.
2.5.1 Corrida em forma e livre
A corrida continua em forma deve ser executada com os militares divididos
p~r fra¢es ou p~r nfvel de condicionamento ffsico. Em ambos os casos os militares
se deslocam em forma, podendo, ou nao, estar com a mesma passada. 0 ritmo da
corrida e comum para todos e devera possibilitar sua execuyao pelo militar de menor
condiyao ffsica de modo que 0 militar cumpria um percurso pre-determinado com 0
seu ritmo, obedecendo a sua a individualidade biol6gica (COOPER, 1972).
2.5.2 Caminhada
A caminhada e utilizada por militares com alguma restriyao que impossibilite
a realiza"ao da corrida e podem optar pela caminhada. A1em disso, alguns militares
com baixos resultados no teste de 12 minutos podem ter que come~r 0 treinamento
com caminhadas (COOPER, 1972).
15
2.5.3 Treinamento intervalado aer6bio
o treinamento interval ado aer6bio e um metodo de treinamento
cardiopulmonar, individual, que consiste na alternancia de, estimulos de intensidade
de corrida de medios para fortes, com intervalo de recupera~o parcial, para evitar
que 0 organismo ingresse em um quadro de fadiga e seu objetivo e desenvolver a
resistencia aer6bia e a anaer6bia (COOPER, 1972).
2.6 TRABALHO NEUROMUSCULAR
A forya muscular e definida por varios auto res, entre eles:
Barbanti (1979 citado por WEINECK, 1999) define forya muscular como a
capacidade de exercer tensao muscular contra uma resistencia, envolvendo fatores
mecanicos e fisiol6gicos que determinam a forya em algum movimento particular.
Guedes (1997 citado por WEI NECK, 1999) forya e a capacidade de exercer
tensao muscular contra uma resistencia, superando, sustentando ou cedendo amesma.
A manuten~o de niveis adequados de forya e resistencia muscular e
importante em qualquer idade ou situa~o operacional.
Entre os beneficios resultantes do treinamento neuromuscular podemos
citar:
• Melhoria do desempenho nas atividades de combate, nas atividades
recreativas e no des porto;
16
• Prevenyao de lesoes, pois a musculatura fortalecida suporta maior carga e
permite melhor postura para as atividades diarias;
• Melhoria da composiyao corporal pelo aumento da massa muscular e, em
decorrencia disto, diminuiyao da gordura corporal causada pelo aumento da
taxa metab6lica;
• Diminuiyao da perda da saude 6steo-muscular com a idade, pois previne a
degenerayao neuromuscular, diminui 0 risco de fraturas p~r quedas e
aumenta a densidade 6ssea;
• Aumento da fon;:a e da resistencia muscular.
2.7 METODOS PARA 0 TREINAMENTO NEUROMUSCULAR
o treinamento neuromuscular e uma atividade fisica de intensidade variada,
realizada por meio de exercfcios localizados ou contra-resistencia, que buscam
desenvolver a forya e a resistencia muscular. Sao utilizadas tres atividades no
treinamento ffsico militar: a ginastica basica 0 treinamento em Circuito e a
musculayao. (RODRIGUES e CAR NAVAL, 1985).
2.7.1 Ginastica basica
E uma atividade ffsica calistenica que trabalha a resistencia muscular do
militar p~r meio de exercfcios localizados e de efeito geraJ desenvoJve
predominantemente as qualidades ffsicas de coordenayao e resistencia muscular
localizada
17
2.7.2 Treinamento em circuito
o trabalho na pista de treinamento em circuito e determinada pelo: tempo de
cada exercicio; numero de voltas e peso do halter.
2.7.3 Muscula~o
Tipo de treinamento fisico no qual sao utilizados pesos visando desenvolver
o sistema neuromuscular com 0 objetivo de desenvolver predominantemente as
qualidades fisicas de for98 muscular e resistencia muscular localizada. Sua
prescri~o deve ser feita somente por um militar possuidor do curso de educa~o
fisica e de modo individualizado.
2.8 TREINAMENTO UTILITARIO
Sao atividades f[sicas que auxiliam no aprimoramento e na manuten~o da
eficiencia dos sistemas neuromuscular e/ou cardiopulmonar, alem de desenvolver
atributos da area afetiva necessarias ao militar.
Os metodos de treinamento considerados utilitarios sao: a pista de pentat/o
militar a ginastica com toros e lutas. (BRASIL, 1984)
2.9 OS DESPORTOS NO TREINAMENTO FisICO MILITAR
Os desportos possibilitam maior intera~o entre os integrantes da
Organjza~o Militar e por ser atividades menos formais e mais atraentes, facilitam 0
congra98mento entre os participantes, alem de fortalecer e desenvolver 0 espirito de
18
corpo. Esse tipo de sessao de treinamento conta com maior adesao e desenvolve 0
gosto pela pnitica desportiva de uma forma geral (BRASIL, 1984).
Desta forma, 0 desporto preenche uma lacuna das metodologias do
treinamento, atuando em fatores socia is, da area afetiva e na reduyao do estresse,
alem de proporcionar urn estfmulo fisiol6gico que vai participar da manutenyao dos
nfveis de aptidao ffsica da tropa. 0 des porto compreende os grandes jogos,
modalidades desportivas e competi,,6es desportivas (BRASIL, 1984).
A pratica desportiva tern 0 objetivo de proporcionar aos militares atividades
ffsicas agradaveis e momentos de descontrayao. Essas atividades sao agentes da
manutenyao do bem-estar e melhoria do relacionamento interpessoal dos seus
participantes (BRASIL, 1984).
2.10 INDicES EXIGIDOS PELAS ESCOLAS MILITARES
Tabela 1 - indices exigidos pelas Escolas Militares do Exercito, Marinha e
Tipo de atividade
Escolas Corrida Apoio Abdominal Barra Obs.:
ESA 2300m 15 30 03 Mas
I EsSEx 1900m I 10 I 25 I 00 i FemIESPECEX i900m I I 30 02 I Mas
1800m I 09 I 18 02 i MasI I
I liviE1600m I 06 18 00 Fern II I I
EPCAR
I2090m I 14 30 I 02 Mas
II
22050m I 14 I 30 I 02 I MasEEAAR
1 nn~ I 1 I ') I nn c~17vVili ,,0 lem
19
Com os indices exigidos acima se torna uma preocupayao do aluno e do
estabelecimento de ensino com a atividade a tim de evitar a nao matricula por falta
do pre-requisito fisico.
20
3 PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS
3.1 DESCRI~Ao DO UNIVERSO
A pesquisa adotada para a realizagao deste trabalho foi do tipo descritivo
comparativa, que segundo Thomas e Nelson (2002) a pesquisa descritiva e um
estudo de status de pesquisa cientifica e e amplamente utilizada na educac;ao e nas
ciencias comportamentais. 0 seu valor esta baseado na premissa de que os
problemas podem ser resolvidos e as praticas melhoradas por meio da observac;ao,
analise e descric;ao objetivas e completas.
A forma de coleta de dados para a pesquisa, foi tomando diretamente 0
resultado do teste de avaliac;ao ffsica dos alunos com idade entre 16 e 19 anos do
ensino medio do Colegio Militar de Curitiba que realizaram um periodo de
Treinamento Fisico Militar.
3.2 MATERIAlS E INSTRUMENTOS PARA A COLETA DE DADOS
A populagao desse trabalho e de alunos com idade entre 16 e 19 anos do
ensino medio que pretende ingressar em escolas militares nas Fon,as Armadas e
Auxiliares.
A amostra foi constituida de 10 alunos sendo 5 masculinos e 5 femininas
que realizaram 0 treinamento fisico militar como opgao de educagao fisica proposta
para 0 2° grau. 0 treinamento constou de dois bimestres letivos do segundo
21
semestre do ana letivo de 2007 em numeros de uma vez por semana das 11:00 as
12:30 horas com a orientavao de um profissional de Educavao Fisica.
o instrumento aplicados foram os testes de avaliavao fisica constando das
seguintes provas: Corrida de 2250 metros para alunos e 1150 metros para alunas,
Flexao de Bra9Qs (apoio) para alunas, f1exao de bra90s (barra) para alunos e
Abdominal Supra para ambos os sexos.
3.2.1 Teste de Avaliavao Fisica
o Teste de Avaliavao Fisica e 0 conjunto de testes que avaliam 0
desempenho fisico individual, sendo regulado por legislavao especifica composto
pelas provas de Corrida de 2250 metros para 0 seguimento masculino 1150 para 0
feminin~, Flexao de Bra9Qs, Abdominal Supra e Barra.
Durante 0 teste fisico, os alunos foram incentivados a buscar 0 rendimento
maximo em todas as provas sen do a seqOencia de aplicavao dos testes e as
condi<;6es de execuvao sao as descritas abaixo:
3.2.2 Corrida.
o avaliado masculino deve correr ou andar a distancia de 2250 metros e
1150 para 0 feminino no menor tempo possivel, podendo haver ou nao interrup<;6es
ou modifica<;6es do ritmo de corrida. A prova deve ser realizada em piso duro como
asfalto ou similar e plano com as distancias marcadas de 100 em 100 metros.
o uniforme e camiseta, calvao e tenis apropriado para a corrida.
22
3.2.3 Flexao de bravos
Realizada pelo seguimento feminino em terreno plano, liso e na sombra,
com avaliado deitado, apoiando 0 tronco e as maos no solo, ficando as maos ao
lado do tronco com os dedos apontados para frente e os polegares tangenciando os
ombros, permitindo, assim, que as maos ficassem com um afastamento igual alargura do ombro. Ap6s adotar a abertura padronizada dos bravos, deveria erguer 0
tronco ate que os bravos fiquem estendidos, mantendo os pes unidos e apoiados
sobre 0 solo.
Sua execuyiio e abaixar 0 tronco e as pernas ao mesmo tempo, flexionando
os bravos paralelamente ao corpo ate que 0 cotovelo ultrapassasse a linha das
costas, ou 0 corpo encostasse-se ao solo, estendendo, entao, novamente os bravos,
erguendo, simultaneamente, 0 tronco e as pernas ate que os bravos ficassem
totalmente estendidos, quando era completada uma repetiyiio. Deve se executar 0
numero maximo de flexoes de bravos sucessivas, sem interrupyiio do movimento. 0
uniforme e camiseta, calyiio e tE~nis.
3.2.4 Abdominal Supra
Realizado por ambos os sexos deitado em decubito dorsal, joelhos
flexion ados, pes apoiados no solo, calcanhares pr6ximos aos gluteos, brac;:os
cruzados sobre 0 peito, de forma que as maos encostem-se ao ombro oposto com a
mao esquerda no ombro direito e vice e versa. Sua execuyiio e uma flexao
abdominal ate que as escapulas perdem 0 contato com 0 solo, retornando a posic;:ao
23
inicial, quando e completada 1 repetic;:ao. Cada militar deve executar 0 numero
maximo de flex6es abdominais sucessivas, sem interrupc;:ao do movimento, em um
tempo maximo de 5 minutos. 0 ritmo das flex6es abdominais, sem paradas, e opc;:ao
do aluno. 0 uniforme e camiseta, calc;:ao e ten is.
Este instrumento e validado pelo Sistema de avaliayiies usado pelo Exercito
Brasileiro.
3.3 ANALISE DOS DADOS
Os testes foram aplicados no Colegio Militar de Curitiba nos dias 3 de agosto
e 14 de novembro 2007, constando das seguintes avaliayiies: Corrida de 2250
metros para 0 seguimento masculino 1150 para 0 feminino, Flexao de Brayos,
Abdominal Supra e Barra.
Ap6s os testes realizados os resultados foram colocados em graficos para
uma melhor visualizac;:ao.
4. RESULTADOS E DISCUSSOES
4.1 RESULTADOS DAS CORRIDAS
24
Tabela 2 - Resultados gerais da corrida no primeiro teste e a melhoraobservada apes 0 treinamento com 0 sexo feminino .
'" -.~'- .. .~_-, ~,.MUlHERES .""'~,;~ 0"'11"" "7 ~
Aluna numero PRE POS1 9,55 10,52 9,5 8,263 9,3 8,154 8 85 9,58 9,58
Media 9,186 8,898Desvio Padrilo 0,67 1,09Melhora 0,288Porcentual de Melhora 3,13%
Grilfico 1 - Media da corrida com 0 sexo feminino
Media
p6s
~~
As mulheres avaliadas realizaram pre-treinamento 9,1 ± 0,6 minutos no
percurso de 1250 m, sendo que apes 0 treinamento apresentaram no mesmo
25
percurso um resultado de 8,8 :!: 1,0 minutos, uma melhora no tempo equivalente a
3,13%, conforme 0 grafico 1.
Tabela 3 - Resultados gerais da corrida no primeiro teste e a melhoraobservadaap6s 0 treinamento com 0 sexo masculino
••• 'W '", -..,... ' ,., HOMENS '", - "".' -" -.'", \-;>
'".Aluilo numero "'RE . POS
1 112 10,552 11,1 10,523 11,2 1054 1155 11,595 11,25 11,05
Media 11,26 10,842
Desvio Padriio 0,171 0,476
Melhora 0,418
Porcentual de Melhora 3,71%
Grafico 2 - Mediada corrida com 0 sexo masculino
Media
!OPREjlapOsj
Os homens avaliados apresentaram um tempo de 11,2 :!: 0,1 minutos no
teste de corrida de 2250 m e no p6s-teste apresentaram 0 tempo de 10,8 :!: 0,4
minutos, com conseqoente melhora de 3,7% do tempo, conforme 0 grafico 2.
26
4.2 RESULTADOS DOS ABDOMINAIS
Tabela 4 - Resultados gerais de abdominais no primeiro teste e a melhoraobservada ap6s 0 treinamento com 0 sexo feminino
MULHERES '1'!" ~",,,IR "" _ill ;., . ':;0' .~ Si )11 .p '''''' .. ",.Aluna numero PRE pes
1 30 402 30 403 30 404 30 305 30 30
·.Media 30 36[ Desvio Padrao 0 5,47[,Melhora 6t Porcentual de Melhora 20%
Grcifico 3 -Media de abdominais com 0 sexo feminino
Media
As mulheres avaliadas realizaram no pre-treinamento 30 abdominais, sendo
que ap6s 0 treinamento apresentaram no mesmo teste urn resultado de 30 ± 5
abdominais obtendo uma melhora na execuc;:ao equivalente a 5,4%, conforme 0
grafico 3.
27
Tabela 5 - Resultados gerais de abdominais no primeiro teste e a melhoraobservada ap6s 0 treinamento com 0 sexo masculino
.:~ '"--".. . H"""EN.s '-'"' '.,Aluno numero JPRE POS
1 40 1452 40 \453 40 1454 40 405 40 45
·Media 40 44
·Desvio Padrao 0 2,23.Melhora 4.Porcentual de Melhora 10%
Grafico 4 - Media de abdominais com 0 sexo masculino
Media
Os homens avaliados realizaram no pre-treinamento 40 abdominais, sendo
que apes 0 treinamento apresentaram no mesmo teste um resultado de 44
grafteo4.
abdominais obtendo uma melhora na execu~o equivalente a 10%, conforme 0
28
4.3 RESULTADOS DAS FLEXOES DE BRA~O E BARRAS.
Tabela 6 - Resultados gerais de flexao de bra~o no primeiro teste e a melhoraobservada apes 0 treinamento com a sexo feminino
PRE ., POS1 15 2023
15 2010 2015 1515 1514 182,23 2,73
428%
45
-Media:Desvio Padrao-Melhora:Porcentual de Melhora
Grafico 5 - M.ediadas flexOes de 8ra!;o com a sexo feminino
M.edia
laPRE!i~p6s\
PRE POS
As mulheres avaliadas realizaram no prEl-treinamento 14 ftexoes de bra9Q,
sendo que ap6s 0 treinamento apresentaram no mesmo teste um resultado de 18
flexoes de bra90 obtendo uma meJhora na execugao equivalente a 28%, conforme 0
grafteo 5.
29
Tabela 7 - Resultados gerais de barras no primeiro teste ea melhora observadaapes 0 treinamento com 0 sexo masculino
-,; r<~ ~.~--" . ·K~,.~ ~s . - "'" '."- .,-~ Do.
AIunO numero I PRE ,POS1 8 102 3 33 3 34 3 35 '3 3
•Media !4 4,4·Desvio Padrao 2,23 3,13~Melhora , 0,4Porcentual de Melhora ! 10%
Griifico 6 - Media das barras com 0 sexo masculino
Media ,,:lI
I._-_!}aPREH19POS!!L-JI
Os homens avaliados realizaram no pre-treinamento realizaram em media
de 4 barras, sendo que ap6s 0 treinamento apresentaram no mesmo teste urn
conforme grafico 6.
resultado de 4,4 barras obtendo uma melhora na execu~ao equivalente a 10%,
30
5. CONSIDERACOES FINAlS
Este trabalho, com objetivo de analisar os rendimentos do treinamento fisico
militar em alunos em idade escolar entre 16 e 19 anos que tem a inten<;:ao de
ingressar nas escolas militares.
Baseado nos resultados produzidos por este estudo e apoiado na literatura
preexistente, pode-se concluir que: No tocante ao condicionamento fisico, ocorreu
uma grande evolu<;:8o no rendimento de uma parcela consideravel dos alunos,
particularmente por parte daqueles que buscam os melhores desempenhos. Alem
disso, pode-se verificar que, de uma maneira geral, 0 aproveitamento foi muito bom,
apesar de contar com apenas uma aula de condicionamento fisico previsto por
semana e que os indices constado no primeiro teste estavam abaixo do exigido.
Apesar de apenas um pequeno percentual de alunos optarem por este tipo
de treinamento fisico, um grande numero apresenta poucos resultados satisfatorio
mesmo que para as escolas militares os indices ser poucos expressivos.
Mesmo assim, particularmente pela realiza<;:ao de atividade fisica de forma
regular e da ado<;:ao de um pouco mais de conscientiza<;:ao os alunos conseguem
seu intento que e aprovar fisicamente nas escolas militares.
31
REFERENCIAS
ANDRADE, M.M. Introduq80 a metodologia do Trabalho Cientifico. 6 ed.Sao Paulo: Atlas, 2003.
BRASIL, Estado Maior do Exercito. Projeto TAF - Informaqoes, 1984.
BRASIL, Estado-Maior do Exercito. 20 Relat6rio do Projeto TAF-84,1986.
C 20 -20 - Manual de Treinamento Fisico Militar, Brasil: 2002.
COOPER, K. H. Capacidade Aer6bica. Rio de Janeiro: Biblioteca doExercito, 1972.
Instrur;:oes especfficas para 0 exame de admissao aos 1° e 3° anos docurso preparat6rio de Cadetes do Ar do ana de 2008.
Instrur;:oes especfficas para 0 exame de admissao aos cursos deSargentos Especialistas da Aeronautica do ana de 2008.
Instrur;:oes reguladoras do concurso de admissao e da matrfcula na EscolaPreparat6ria de Cadetes do Exercito, referentes ao processo seletivo 2008.
Instrur;:oes reguladoras do concurso de admissao e da matrfcula na Escola deSargentos do Exercito, referentes ao processo seletivo 2008.
Instrur;:oes reguladoras do concurso de admissao e da matrfcula da Escola Naval,referentes ao processo seletivo 2008.
RODRIGUES, C. E. C.; CARNAVAL, P. E. Musculaq80: teoria e pratica.21. ed. Rio de Janeiro: Sprint, 1985.
WEI NECK, J. Treinamento ideal. 9 ed. Sao Paulo: Manole, 1999.