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CONSTRUÇÃO DE UMA METODOLOGIA PARA ENSINAR E APRENDER MATEMÁTICA - um estudo da geometria aplicada a 5ª série Maria Carradone 1 , João Candido Bracarense 2 , Cleusa Aparecida Didomenico do Nascimento de Souza 3 1 Professora de Matemática – Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos 85.877-000 – São Miguel do Iguaçu – PR – Brasil [email protected] 2 Matemático e Professor Adjunto – Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná Caixa Postal 711 – 85.819-110 – Cascavel – PR – Brasil [email protected] 3 Professora de Matemática – Núcleo Regional da Educação 85.812-002 – Cascavel – PR – Brasil [email protected] RESUMO. A linguagem é um dos principais alicerces da civilização. A matemática, enquanto linguagem simbólica é um importante pilar para o desenvolvimento da educação. Recentes estatísticas têm mostrado a fragilidade por onde passa a educação brasileira, e como conseqüência, a educação no estado do Paraná. Esse trabalho busca na realidade da escola, na prática do dia a dia, situações reais que dificultam a aprendizagem e propõe uma Metodologia de Aprendizagem e Ensino em Matemática em Ambiente de Telemática, possibilitando que o estudante tenha o conhecimento no momento que melhor lhe aprouver e que o professor sinta-se motivado para elaborar suas aulas considerando metodologias recentes e o uso de tecnologia combinada com resolução de problemas e modelagem matemática. Palavras-chave: Diretrizes curriculares de matemática, Material didático, Pensar Matemática no século XXI. ABSTRACT. The language is one of the main foundations of civilization. The mathematics, as symbolic language is an important 1

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CONSTRUÇÃO DE UMA METODOLOGIA PARA ENSINAR E

APRENDER MATEMÁTICA - um estudo da geometria aplicada a

5ª série

Maria Carradone 1,

João Candido Bracarense 2,

Cleusa Aparecida Didomenico do Nascimento de Souza 3

1 Professora de Matemática – Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos

85.877-000 – São Miguel do Iguaçu – PR – [email protected]

2 Matemático e Professor Adjunto – Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas da Universidade Estadual do Oeste do Paraná

Caixa Postal 711 – 85.819-110 – Cascavel – PR – [email protected]

3 Professora de Matemática – Núcleo Regional da Educação85.812-002 – Cascavel – PR – Brasil

[email protected]

RESUMO. A linguagem é um dos principais alicerces da civilização. A matemática, enquanto linguagem simbólica é um importante pilar para o desenvolvimento da educação. Recentes estatísticas têm mostrado a fragilidade por onde passa a educação brasileira, e como conseqüência, a educação no estado do Paraná. Esse trabalho busca na realidade da escola, na prática do dia a dia, situações reais que dificultam a aprendizagem e propõe uma Metodologia de Aprendizagem e Ensino em Matemática em Ambiente de Telemática, possibilitando que o estudante tenha o conhecimento no momento que melhor lhe aprouver e que o professor sinta-se motivado para elaborar suas aulas considerando metodologias recentes e o uso de tecnologia combinada com resolução de problemas e modelagem matemática.

Palavras-chave: Diretrizes curriculares de matemática, Material didático, Pensar Matemática no século XXI.

ABSTRACT. The language is one of the main foundations of civilization. The mathematics, as symbolic language is an important

1

pillar for the development of education. Recent statistics have shown the weakness through which passes the Brazilian education, and as a consequence, education in the state of Paraná. This study attempts in the reality of school, in practice of everyday, real situations that hinder the learning and proposes a methodology for Learning and Teaching in Mathematics in Environment of Telematics, enabling the student has the best knowledge at the time that he desires and that the teacher feel more motivated to prepare their lessons considering recent methodologies and the use of technology combined with problem-solving and mathematical modeling.

Key words: Guidelines for mathematics curriculum, teaching materials, Thinking Mathematics in the twenty-first century

1 INTRODUÇÃO

O modo de Ensinar/Aprender sofre modificações, adequando-se a

realidade social do momento.

Com a evolução industrial a escola aderiu o mecanicismo. Ensino

com moldes pré-definidos, desvinculados da realidade.

O conhecimento matemático acumulado ao longo da história, na

Idade Média, atinge tamanha proporção, subdividindo-se com a

sistematização das chamadas matemáticas estáticas (Aritmética,

Geometria, Álgebra, e trigonometria). As diversas áreas as quais

foram divididas a matemática, assumem aspectos formais e abstratos

para servir de alicerce as diversas áreas do conhecimento.

Na década de 1980 a tendência construtivista insere no ambiente

pedagógico, ações interativas e reflexivas na prática de ensino.

As discussões e reflexões para o ensino de matemática voltado a

realidade recebe força com a tendência Histórico-Crítico que

possibilita a construção de significados para as idéias matemáticas.

Apesar das discussões sobre um ensino de qualidade integrado, o

que se observa na prática é um ensino voltado para a ótica

funcionalista.

A matemática necessita de informações e técnicas que possibilite

a interpretação dessas informações. As técnicas de ensino têm

2

evoluído em passos lentos diante do avanço tecnológico. Faz-se

necessário uma busca constante de novas metodologias que

possibilite interagir e dominar a tecnologia em favor do Ensino/

Aprendizagem.

O trabalho expõe uma tentativa de integrar as tendências

metodológicas do ensino de matemática com uso da tecnologia

articulando os conteúdos de medidas números, operações e álgebra,

no estudo de geometria, trabalhando o tratamento da informação

aplicando a várias ferramentas disponíveis.

1.1 PROBLEMÁTICA

A preocupação com educação básica de qualidade, há muito

tempo existe. Essa preocupação aumenta ainda mais quando se trata

da matemática. E, ainda mais quando estudada de forma

desvinculada da realidade. Nos últimos anos muito se tem feito para

ensinar matemática de forma contextualizada, voltado à realidade e

convivência dos alunos.

A matemática desempenha papel importantíssimo na vida do

aluno como nos mostra D’Ambrosio (2001)

Devidamente revitalizada, a matemática, como é hoje praticada no ambiente acadêmico e organizações de pesquisa, continuará sendo o mais importante instrumento intelectual para explicar, entender e inovar, auxiliando principalmente na solução de problemas maiores que estão afetando a humanidade. Será necessário, sem dúvidas, reabrir a questão dos fundamentos, evidentemente um pouco vulnerável da matemática atual.

O ensino de matemática exige atenção especial por estar

presente no cotidiano das pessoas transcendendo os muros da

escola.

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A matemática requer tempo e dedicação para ser aprendida.

São necessárias várias estratégias; discussões de idéias e produção

de argumentos para a solução de problemas.

Diante das diversas causas que provocam o desinteresse no

aluno para a aprendizagem se faz necessário uma busca constante de

novas metodologias que atraia a atenção e o interesse quanto à

aprendizagem dos conteúdos, de modo, a ampliar a sua visão de

mundo. Oferecer uma escola que os integrem às novidades do mundo

moderno, tornando-os capazes de dominar as tecnologias existentes.

Colocá-las a seu serviço e não sendo escravo das mesmas. Desse

modo a escola estará a serviço da formação da pessoa como um

todo, um ser capaz de agir e reagir deixando para a trás a visão de

escola reprodutora de uma sociedade excludente e dominadora.

1.2 OBJETO DE ESTUDO

Na intenção de intervir na realidade do ensino matemática,

propõe-se desenvolver uma metodologia que abranja a aprendizagem

do estudante e o ensino do professor, de forma diferenciada, que

possibilite utilizar os mais diversos recursos didáticos disponíveis e

oportunizar ao estudante do ensino médio uma forma dinâmica de

adquirir o conhecimento matemático, próprios do século que se inicia.

Esta metodologia deverá apoiar-se nas Diretrizes Curriculares de

Matemática para a Educação Básica – DCE (SEED, 2006) e nas

tendências metodológicas nela proposta (resolução de problemas,

etnomatemática, modelagem matemática, mídias tecnológicas e

história da matemática).

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 OBJETIVO GERAL:

Construir uma metodologia que possibilite o professor melhor

proferir sua aula e ao aluno estar motivado para aprender à

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matemática, de forma presencial e não presencial, garantindo a

retomada de conteúdos trabalhados em sala de aula, por meio de

ferramentas tecnológicas que possam ser acessadas nos mais

diversos ambientes, possibilitando comunicação, através da internet

(chats, fóruns de discussão, ...), com colegas, monitores e o próprio

professor.

1.3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Desenvolver um material didático científico que ofereça ao

professor subsídios para que possa trabalhar com seus alunos

de forma virtual;

• Pesquisar as metodologias para o ensino de matemática;

• Despertar o interesse com o uso do recurso tecnologia, através

da internet;

• Dispor, através de uma mídia tecnológica, os conteúdos de 5ª

série para serem discutidos em grupos ou analisados de forma

individual buscando a resolução de problemas, formação de

conceitos e generalizações.

1.4. LIMITAÇÕES DO TRABALHO

A proposta deste Material Didático Científico mostra dois caminhos

independentes, Material Didático, que é o trato de uma análise crítica

do ensino tradicional e Material Científico, que visa incorporar idéias

futuras em processo metodológico de ensinar matemática,

entendendo que o mundo contemporâneo difere significativamente

de tempos anteriores.

A maior limitação, por certo, está no fato de o estado do Paraná

ainda não ter todos os instrumentos a mão para transporte de dados

em linhas de telefonia, em um contexto de rede e de ambiente de

teleconferência. Esta é uma restrição importante para a Metodologia

de Aprender e Ensinar Matemática em um Ambiente de Telemática,

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que é a proposta de sete professores da rede estadual de ensino,

orientados por um professor doutor, da Universidade Estadual do

Oeste do Paraná (UNIOESTE/campus de Cascavel). A inexistência,

ainda, deste canal, impossibilitará que os estudantes possam utilizar

de forma plena a MAE-MAT.

Outro fator importante diz respeito ao amadurecimento na

proposição de cada aula, tanto no que se refere aos conhecimentos

específicos, quanto na contextualização e na necessidade de

incorporação inter, intra e transdisciplinar.

2 DESENVOLVIMENTO

Diante das situações desafiadoras e absurdas no sentido da

melhoria de qualidade de ensino, cabe cada vez mais aguçar a

formação da consciência crítica, oportunizar o acesso às

informações e as discussões a respeito das políticas educacionais.

Valorizar o processo de formação do conhecimento humano através

de uma seqüência de experiências indispensáveis a sua

interiorização. O processo construtor da ciência tira o homem do

imediato; da prática movida pela “intuição prática da realidade” que

considera desnecessária a educação. O processo construtor de

ciência forma o homem com mente pensante, que examina a

realidade para agir. Aos educadores é preciso lutar por uma educação

que oportunize a formação cidadã, críticos aptos para atuar na

sociedade.

2.1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Ao longo dos tempos a sociedade sofreu modificações. O homem

busca adaptar-se a ela e ao fazê-lo, age sobre a mesma, provocando

novas mudanças, exigindo novas adaptações. Dentro dessa

expectativa do agir, adaptarem-se, novas teorias foram implantadas,

superadas. Todas elas contribuíram para a evolução e

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aperfeiçoamento do homem. Provocaram mudanças no modo de

pensar e se comportar das pessoas.

Na educação essas adaptações ocorrem em vários momentos

como nos mostra BELLO (1978) em seu livro Pequena História da

Educação: A educação primitiva se processava pela imitação

inconsciente de rituais de iniciação. Era transmitida de modo

informal.

No início a educação hebraica era de responsabilidade dos pais e

da família. Por volta do século VII e VI a.c., começou a ser ministrada

por agentes determinados, e obedecia certa sistematização. O objeto

de estudo era de natureza religiosa e prática.

Os hindus excluíam de qualquer direito a educação a casta dos

sudras. Era destinada às classes da santidade do poder e da riqueza.

O estudo levava a pura contemplação, a sujeição total da pessoa à

divindade.

A educação medieval destinava-se a dois grupos que

apresentavam as sete artes liberais: Trivium: (Gramática, Retórica e

Dialética) e Quadrivium: (Aritmética, Música, Geometria e

Astronomia). Os ensinos da aritmética e da geometria eram

rudimentares, limitados ao cálculo com dedos das mãos e ao ábaco. A

astronomia servia para determinar datas e festas, consideradas muito

importantes.

No século XIII, quando universidades começaram a surgir por

toda a Europa cristã, para manter as disciplinas em número de sete,

as matérias do Quadrivium passaram a constituir uma única

disciplina: Matemática.

Por volta do século XV com o Renascimento a educação toma

forma mais humano-cêntrica, ou seja, seus interesses se deslocavam

aos problemas terrestres e humanos.

A Reforma Protestante traz como conseqüência a diminuição da

eficácia e redução de escolas. Retoma a idéia de educação com fins

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religiosos. Lutero defende que a educação deve ser de direito e

obrigação do estado em matéria de organização e administração.

O Concilio de Trento realizado no século XVI tem por finalidade

restaurar a vida cristã. Recomenda aos fiéis maior interesse pela

educação e ensino, se opondo às influências protestantes, originando

o movimento de contra-reforma. Surgem várias congregações

dedicadas ao ensino. Entre elas a “Companhia de Jesus” criada por

Inácio de Loiola e aprovada pelo papa Paulo III, em 1540. Tem como

plano de estudo e organização pedagógica da ordem – a Ratio.

O universo e a vida que o move, continuam a sua viagem rumo

ao desenvolvimento e a resistência do homem às mudanças fica bem

clara nas palavras da professora Lizia Helena Nagel (1986)

A inquisição Religiosa bem cumpriu esse papel recebendo dos governantes do estado todo apoio necessário para o extermínio das idéias ou das pessoas que sugerissem uma nova forma de pensar, de viver ou de trabalhar. Mas o mundo não parou. Modo de trabalhar, modo de viver, modo de pensar, vão alterando-se. (NAGEL, 1986).

O desenvolvimento da matemática, o acesso a fontes originais:

grego e romana, a navegação, a conquista de novas terras, o

descobrimento de outras sociedades e culturas causaram grande

impacto na sociedade da época. Provocaram novas reflexões de

natureza humana. O conhecimento torna-se público, ao contrário das

universidades onde eram particularidades dos titulados.

Outro fator que propiciou a divulgação do conhecimento entre os

não-titulados foram os concursos públicos. “O impacto desses nas

artes e na filosofia é notável. Eram comuns os jogos culturais, com

prêmios em dinheiro. Dentre esses, os concursos públicos para a

resolução de problemas de matemática”. (D’Ambrosio, 1997).

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Todas essas influências seguidas da invenção do telescópio,

microscópio, introdução de decimais por Simon Stevin, logaritmos por

John Naper, cálculo vetorial por Isaac Newton deram origem a uma

ciência experimental.

As novas conquistas alteraram profundamente as condições do

trabalho e da vida das pessoas, segundo D’Ambrosio (1997):

Assim se estabeleceram as bases dos impérios coloniais e o mundo entrou num outro sistema de propriedade e de produção e a economia capitalista começou a se estabelecer. Uma conseqüência óbvia da conjunção das propostas científicas e econômicas é a industrialização. O desenvolvimento tecnológico e agora a alta tecnologia foram os passos seguintes dessa associação. (D’AMBROSIO, 1997).

A escola sob influência dos novos acontecimentos e mudanças

que esses provocaram na sociedade passa por várias tendências de

pouca duração. O realismo pedagógico que prezava mais o erudito

que a formação do espírito. O Naturalismo pedagógico que exalta a

razão humana, liberdade de pensamento, individualismo e negação

da autoridade, que serviu de base para a Revolução Francesa. A

Escola nova representa uma síntese de todas as mudanças

educacionais a partir do renascimento, defende que toda

aprendizagem decorre de atividade pessoal do aluno.

Com o desenvolvimento da sociedade e a revolução industrial,

os trabalhos de manufatura passam a ser realizados com uso de

máquinas. “O valor da técnica determinou uma concepção

mecanicista de mundo, de modo que os estudos se concentravam,

sobretudo, na matemática pura e aplicada.” (DCE, 2006). A

necessidade de preparar as pessoas para realizarem o novo trabalho

exige maior oferta de instituições especializadas e popularização do

ensino. Conforme Gomes (1993):

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Nesse papel a tônica foi a da educação politécnica, ou seja, a combinação de trabalho produtivo, educação mental, exercício físico e treinamento politécnico. A abolição da divisão de trabalho, segundo Marx, requer a associação de trabalho manual e intelectual, encarregando-se a educação, assim, da preparação das pessoas para os novos papéis a elas destinados na sociedade socialista. (GOMES, 1993)

Junto com a oferta de um novo benefício normalmente vêm

também muitos problemas, tais como: a educação que

desempenhava papel formação pessoal, passa a ter caráter de

formação para o trabalho e muitas vezes deixa de formar a pessoa

como ser humano que pensa e age na sociedade onde vive para

formar o trabalhador que segue regra e “a primeira condição para um

ser assumir um ato comprometido está em ser capaz de agir e

refletir.”, (FREIRE, 1983). Diante da alienação a pessoa não analisa,

não observa e, portanto não reage frente às mudanças que ocorre a

sua volta. Essa preocupação com a formação do trabalhador,

transformando-o em um ser mecânico, há muito tempo vem sendo

apresentada e discutida. “Um profissional alienado é um ser

inautêntico. Seu pensar não está comprometido consigo mesmo, não

é responsável. O ser alienado não olha para a realidade com critério

pessoal, mas com olhos alheios.” (FREIRE, 1983).

A Formação do trabalhador é questionada e discutida, também,

por D’Ambrosio (1997) em seu livro Educação matemática: da teoria

à prática.

No curso da história da produção, o fazer criativo, muito próprio de obras artísticas, passa por incompreensões e vicissitudes, enquanto o saber especulativo, próprio da especulação intelectual, é praticamente impossível de ser constatado. Assim desenvolvem-se sistemas que evitam as dificuldades inerentes à criatividade e ao

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especulativo. Inovação é difícil de julgar. Então se julga o fazer e o saber padronizados e repetitivos. (D’AMBROSIO, 1997)

As distorções quanto a formação de pessoa crítica e participativa,

presentes nas diretrizes curriculares nacionais, também são claras na

análise feita por Acácia Zeneida Kuenzer em seu artigo competência

como práxis: Os dilemas da relação entre teoria e prática na

educação de trabalhadores.

A concepção neoliberal de competência tem levado a centrar os processos de educação profissional no desenvolvimento de competências comportamentais, que supostamente seriam transversais a todas as ocupações,... No caso brasileiro, esta concepção se fez presente nas diretrizes curriculares exaradas para todos os níveis de educação, de cumprimento obrigatório nos processos educativos escolares; nestas diretrizes, de modo geral se dá forte ênfase à dimensão comportamental em detrimento da formação teórica. (A Kuenzer, 2003)

Outro problema que surge com a ampliação da oferta da escola a

todos é a unificação da mesma. Pessoas com interesses, desejos e

anseios diferentes passam a ser tratadas como iguais e devem estar

ao mesmo tempo estudando os mesmos conteúdos provocando,

muitas vezes, em muitos desses alunos desinteresse pelo que está

sendo exposto em sala de aula, pois não é o que ele veio buscar, ou

mesmo seus interesses são de outra realidade que não se encontra

na escola da forma como ela é apresentada, ou lhe é possível

oferecer como escreve D’AMBRÓSIO (1997)

Ao se introduzir o sistema de massa em educação, o aluno é tratado como um automóvel que deverá sair pronto no final da esteira de

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montagem, e esse é o objetivo do processo; (...). No final da esteira de montagem o carro deve sair andando, isto é, outro exame para saber se ele funciona de acordo com as especificidades do mercado comprador. (D’AMBRÓSIO, 1997)

Um ensino com moldes pré-definidos desvinculados da realidade,

conseqüência da mecanização do trabalho, valorização da máquina

em detrimento do ser humano. A máquina, essa que é o resultado de

muito estudo e avanço de conhecimento, principalmente o

conhecimento matemático, pois se pode dizer que a industrialização é

conseqüência do desenvolvimento da matemática, que ao alcançar

proporções tão grandes se subdividiu e alicerça diversas áreas, como

as engenharias, computação, química e física responsáveis pela

construção de máquinas cada vez mais especializadas.

Naturalmente ao longo dos diferentes períodos e transformações

que ocorreram, os seres em sua história, vem acumulando

conhecimentos na matemática; Astecas, Maias, Incas e Hindus são

civilizações, as quais desenvolveram conhecimentos da matemática

transmitidos e utilizados ainda nos dias de hoje.

Os primeiros registros para a matemática datam do ano 2000

a.c. herdado dos Babilônios, a respeito de “idéias que se originaram

de simples observações proveniente da capacidade humana de

reconhecer configurações físicas e geométricas, comparar formas,

tamanhos e quantidades” (DCE,2006), tidos como sendo a origem da

álgebra elementar.

Como ciência a matemática tem origem nos princípios lógicos e

exatidão de resultados, registrado pelos gregos, nos séculos VI e V

a.c. “Para os Pitagóricos a essência do universo é o número, e o

método para estudo dos números é geométrico.” (BICUDO, 2003). Os

gregos tentavam justificar através da matemática a existência de um

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universo imutável, tanto na natureza como na sociedade. Essa

concepção perdurou até a idade média, quando ocorre grande

desenvolvimento e sistematização da aritmética, geometria, álgebra

e da trigonometria, consideradas matemáticas estáticas.

As descobertas matemáticas desse período contribuíram para uma fase de grande progresso científico e econômico aplicado na construção, aperfeiçoamento e uso produtivo de máquinas e equipamentos. ( DCE, 2006)

Com a sistematização a matemática assume aspecto formais e

abstrato, sem relação com a realidade observável.

O desenvolvimento tecnicista instaurado nas escolas brasileiras a

partir de 1964 enfatizava a memorização, foi marcante na década de

1970. O tecnicismo se centrava nos “objetivos instrucionais, nos

recursos e técnicas de ensino.” (DCE, 2006).

Na década de 1980 a tendência construtivista se estabelece

como meio favorável de ensino. Nessa tendência as ações interativas

e reflexivas no ambiente e atividades pedagógicas definem o

conhecimento de matemática.

A tendência sócio-etno-cultural, apresentando concepção

dialógica, privilegia a troca de conhecimento entre professor-aluno.

Tem como base teórica e prática para o ensino da matemática a

etnomatemática.

A tendência histórico-crítica ganha espaço a partir de 1990,

possibilita a construção de significados às idéias matemáticas de

modo a estabelecer relações, justificar, analisar, discutir e criar.

”Concebe a matemática como um saber vivo, dinâmico, construído

historicamente para atender as necessidades sociais e teóricas”.

(DCE , 2006).

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Nas duas últimas décadas, muito se tem falado sobre uma

educação científica voltada a formação humana partindo da realidade

do aluno. Apesar das discussões o que se observa na prática e é

reforçada por (DCE, 2006) é que na perspectiva do dia-a-dia, ensina-

se matemática sob uma ótica funcionalista; isto é, perde-se o caráter

científico da disciplina e do conteúdo matemático, servindo, assim, ao

mercado consumidor, desviando-se da verdadeira função da escola, a

formação da pessoa pensante, capaz de observar, analisar, comparar

e chegar a generalizações.

2.2 – Materiais e métodos

2.2.1 – Método

Construtivismo, trabalha com a aquisição de conhecimento pela

investigação teórica integrada as ações para a realização das

atividades compondo assim o campo da construção de novos

conhecimentos a serem incorporados aos conceitos já adquiridos e

transformados em novos conhecimentos, a partir da realidade

vivenciada com observação e manipulação para realização das

atividades.

2.2.2. Materiais

Durante o desenvolvimento deste trabalho, se fez necessária a

utilização de alguns objetos de aprendizagem. Entende-se por objeto

de aprendizagem qualquer material ou recurso que possam ser

utilizados no contexto educacional de maneiras variadas:

TELEMÁTICA (Conjunto das técnicas e dos serviços de comunicação

à distância que associam meios informáticos aos sistemas de

telecomunicações); SACIR (Sistema de Acompanhamento e

Integração em Rede); software (Programa de computador);

GeoGebra (software aplicado ao estudo de geometria álgebra e

cálculo de forma integrada); Internet (ou web. Rede em escala

mundial de milhões de computadores conectados); Fórum,(Espaço

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virtual de discussão onde cada participante escreve sua opinião,

sobre um tema pré-determinado pelo criador do fórum); Chat (ou

Bate-papo, ferramenta de comunicação síncrona, possibilita a troca

de mensagens de forma ágil, rápida. É uma conversa em tempo

real); TV-multmídia (ou TV Pendrive televisores com entradas para

VHS, DVD, cartão de memória e pen drive e saídas para caixas de

som e projetor multimídia); Folhas (material didático produzido por

professores – Pr. Projeto de Formação Continuada); GTR(Grupos de

Trabalho em Rede, caracterizam-se pela interação virtual dos

participantes do grupo); pen drive (Dispositivo capaz de armazenar

arquivos digitais, entre eles imagens, vídeos, áudios Possui uma

conexão USB, isto é, uma conexão universal).

2.3 PROPOSTA METODOLÓGICA

A construção da Metodologia de Aprender e Ensinar Matemática

em um Ambiente de Telemática está calcado na percepção dos

docentes, dos pais, dos estudantes e de muitos educadores ao

identificarem que o ensino de matemática passa por um momento

bastante crítico, por não estar alcançando sua meta maior que é a de

possibilitar que uma geração possa melhor utilizar os fundamentos da

matemática para a sua formação como um todo, exercendo a

cidadania de fato e construindo um mundo melhor.

A sociedade, aos poucos, tem se dado conta que já estamos no

século vinte e um, com novas tecnologias surgindo a cada instante,

os meios de comunicação se enriquecendo da noite para o dia, enfim,

o acesso aos dados está disponível a todo o momento, necessitando-

se de uma estrutura mínima.

A escola dos dias atuais precisa entender que o mundo mudou e

vem mudando de forma dinâmica, e, portanto, precisa se aproximar

de sua comunidade em todos os contextos, desde suas crenças aos

seus sonhos. Nada mais natural que visualizar uma escola próxima às

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ansiedades presentes, utilizando o mesmo espaço que seus filhos

identificam como meio de crescer e aprender.

A proposta da Metodologia de Aprender e Ensinar Matemática em

um Ambiente de Telemática, como seu próprio nome aponta, busca

apoio na tecnologia e na telefonia os espaços necessários para tornar

a matemática mais próxima do aluno e do professor, permitindo que

haja crescimento em todas as dimensões, através de mudanças de

hábitos e costumes que outrora eram presentes na educação

brasileira.

Esta proposta visa oportunizar ao aluno o acesso a informação no

momento de seu interesse, permitindo chat com seu professor

regular, bem como comunicação com outros de interesse, a rede de

professores, grupo colegas, por elaborar seus planos de aulas e

outros interesses.

Também ao professor contempla mudanças importantes,

possibilitando-o a utilizar todo material disponível, no ambiente

governo do Paraná, como também em sua escola, preparação de

aulas com softwares livres e dentre outras ferrmanetas.

A eficiência desta metodologia está apoiada a buscar a cultura

do estudante, bem como o contexto etnomatemático de D´Ambrosio,

permitindo trazer o cotidiano conhecido para fortalecer o crescimento

de matemática pretendido. Mas, são as Diretrizes Curriculares de

Matemática do Paraná o norte desta evolução através da utilização

dos Conteúdos Estruturantes e, também, de propostas pedagógicas

específicas que vem engrandecer esse objeto, respeitando a natureza

dinâmica próprio deste período contemporâneo.

A fim de concretizar os objetivos propostos, pela investigação

nas relações ensino/aprendizagem, escolheu-se elaborar material

para ser aplicado em 5° série do ensino fundamental das escolas

públicas do estado do Paraná, no conteúdo estruturantes de

geometria.

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A escolha ocorreu pelo fato que os conteúdos de geometria

aplicados a 5° série possibilitam com a formação de conceitos das

formas geométricas, a aplicação de outros conteúdos estruturantes. A

articulação entre os conteúdos de medidas, números, operações e

álgebra, trabalhando o tratamento da informação no estudo de

geometria possibilitam um crescimento significativo ao estudante.

2.4 DISCUSSÃO DE RESULTADOS

A análise e compreensão teórica ofertada aos professores PDE

(Programa de Desenvolvimento Educacional), esteve presente na

primeira fase do programa com destaque a formação geral,

fornecendo ao professor PDE subsídios para realização dos trabalhos.

Entre os temas estudados a ênfase foi aos elementos filosóficos

e sociológicos da educação, e o homem inserido nesse meio; As

tendências pedagógicas que influenciaram a educação brasileira;

Orientações sobre pesquisa; E o aparente encurtamento das

distâncias com o uso das tecnologias. Importância da tecnologia

primitiva até a internet.

Quanto aos estudos individuais, se centraram em leitura e

discussão indicadas pelo professor orientador. Esses textos após a

leitura foram, comentados e alguns divulgados em home page.

Os temas contemplados foram de formação geral e/ou

específica na área de educação matemática, à escolha do interesse

do orientando. Essas leituras serviram de subsidio para a

fundamentação teórica na elaboração do projeto do trabalho.

Ao expor o tema, geometria aplicados a 5° série, para análise e

discussão dos participantes do GTR(Grupo de Trabalho em Rede), de

forma geral foi bem aceito. A preocupação com a formação dos

alunos para que tenham uma educação básica de qualidade, é com

certeza, a mesma para todos os professores. O tema Geometria, na

5ª série, em geral nos planejamento anuais é deixado para o final e

quase nunca tem tempo de concluir.

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A utilização do computador e internet para o ensino de

matemática, têm se tornado uma ferramenta de grande importância

no ambiente escolar. Serve de suporte para o ensino. Passando a ser

um instrumento de aprendizagem semelhante a um livro.

O computador, pela facilidade de acesso as informações que

possibilita (pela internet, CDs, DVDs, etc) é hoje um dos principais

meios de pesquisa, tanto por alunos quanto para os professores. As

aulas podem ser preparadas e aplicadas com o uso do computador. A

transição de aulas tradicionais para aulas tecnológicas representa um

grande passo para o ensino. As distribuições das TVs multimídia e os

laboratórios de informática, para toda a rede pública do Estado do

Paraná, são instrumentos dinâmicos nesse contexto. Se as escolas

estão equipadas e as mudanças se fazem necessárias, onde está o

desafio?

Para que tenhamos aulas tecnológicas produtivas é necessário

que o professor esteja preparado e que tenha domínio no uso dessas

tecnologias; É necessário um bom planejamento das aulas, com

observação constante para verificar se os objetivos estão sendo

atingidos. Se realmente está ocorrendo à aprendizagem.

Indiscutivelmente os professores compartilham em opinião

quando se fala da necessidade de modernização na escola. Porém,

também é indiscutível a deficiência apresentadas nas discussões

quanto à formação, o domínio dos professores, quando se faz

necessário a utilização dos meios tecnológicos no preparo e aplicação

de suas aulas. A grande maioria dos professores expõem nas

discussões, sua insegurança e dificuldade em dominar a tecnologia.

Fazer a articulação entre o domínio cognitivo do conteúdo e o

comportamental diante da máquina. A máquina, ao mesmo tempo em

que fascina, intimida, desestabiliza o emocional, a mudança parece

por em risco a segurança do professor.

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2.4.1 IMPLEMENTAÇÃO

A atividade de aplicação do objeto de estudo desenvolvido na

duração do projeto objetiva aplicar na escola os conhecimentos

adquiridos no decorrer do programa. A efetiva aplicação, na escola,

visa enfrentar a fragilidade e problemas encontrados no ensino da

matemática. Os estudos de conceitos teóricos metodológicos durante

a elaboração dos trabalhos têm como finalidade a melhoria na

qualidade de ensino. Quando a aplicação em sala de aula, deve-se

dar de forma planejada, de modo a propiciar a aquisição de

conhecimentos dos conteúdos associados, respeitando as DCEs

( Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná).

O trabalho, um Folhas “Você é um Artista? “Uma imagem

vale mais que mil palavras” elaborado dentro da metodologia

modelagem matemática com foco na resolução de problemas

permitindo também o uso das demais metodologias no decorrer de

sua aplicação. Pois, nenhuma das metodologias permite seu uso de

forma isolada, ao serem utilizadas se entrelaçam com as demais.

A apresentação da problemática aos alunos se deu com uso do

recurso tecnológico retroprojetor e metodologia História da

Matemática através de conversa sobre observações das formas

encontradas na natureza, e a capacidade do homem de observar

regularidades. A observação de regularidades levou o homem a criar

padrões, dando origem ao estudo da geometria utilizada há milhares

de anos até os dias de hoje.

A apresentação do problema, a organização do salão, reflete

situações da vida real, trazidas para a sala de aula com a utilização

da Modelagem Matemática.

Utilizada no Brasil a partir da década de 80, a modelagem

matemática tem como finalidade interpretar e compreender o

cotidiano na ótica das aplicações dos conceitos matemáticos que

podem ser explorados.

19

Ao utilizar-se de situações reais (modelos da realidade), o

ensino da matemática passa a ter significados. Os conceitos

dedutivos são extraídos a partir de situações concretas.

O estudo das formas geométricas, o uso de materiais para

desenhar moldes, recorte na construção e dedução de conceitos que

as define nos remete ao uso da metodologia investigação

matemática. O trabalho de natureza investigativa envolve situações

abertas. Exige que o aluno estabeleça relações entre conceitos já

conhecidos, para sistematizar idéias e chegar a possíveis resultados,

partindo da elaboração de estratégias que devem ser exploradas e

testadas para obtenção de possíveis resultados.

O trabalho com investigação, realiza as atividades com

significado e permite despertar a criatividade do aluno. Para realizar a

tarefa proposta é necessário a verificação de diferentes formas de

resolver o problema.

Questões abertas permitem discussão e troca de idéias entre os

envolvidos na tarefa. Escolher o modo mais conveniente de

representar a situação a ser resolvida é parte integrante da resolução

matemática com uso de investigação. Testar diferentes formas de

representar a distribuição no salão e compara-las, justificando o que

foi feito e porque feito desse modo indica que o processo

proporcionou a aprendizagem e compreensão das tarefas a serem

desenvolvidas. A construção de moldes das formas geométricas,

propícia a reflexão e discussões, que leva a compreensão e

construção dos conceitos que se pretende inserir ao domínio do

aluno.

Nas discussões dos participantes do GTR, quando da aplicação

de geometria plana, além de uso do computador para checagem das

formas e construção com régua e compasso para recorte, outras

sugestões de manipulação de material para visualização, formação de

conceitos e estudo das propriedades aparece. Entre elas o uso de

20

palitos de sorvetes na construção de polígonos que permite verificar a

rigidez das formas e o uso do geoplano (Quadriculado, formado por

um pedaço de madeira, com vários pregos cravados. Utilizado como

auxilio no trabalho com figuras e formas geométricas planas).

A construção das formas geométricas em tamanho reduzido

(1/20) exige dos alunos preenchimento da tabela de cálculo. Para

execução dessa tarefa se faz necessário a articulação do conteúdo de

geometria com os conteúdos de medidas, números, operações e

álgebra. Esses conteúdos também são utilizados na obtenção dos

cálculos da quantidade de tecido e do custo das toalhas.

O estudo de geometria, após definido as propriedades e

características das figuras planas, se estendeu às formas espaciais.

Quanto ao estudo das figuras geométricas espaciais, boa parte das

crianças apresentou maior grau de dificuldades de visualização e

representação quando comparado com as dificuldades apresentadas

no estudo das formas planas. A dificuldade em abstrair conceitos

quando envolve espaço, provavelmente se dá pela falta de

maturidade da criança, pois muita delas chegam a 5ª série antes dos

10 anos, e segundo guy jacquin “ As conclusões lógicas das ciência

matemáticas e as explicações abstratas dos pensamentos

aritméticos, em média só são acessíveis aos 12-13 anos” também é

defensor dessa idéia Alencar (1992)

Somente após a descoberta e compreensão da lógica da situação por parte da criança é que a representação formal matemática deverá ser desenvolvida. Nesse processo, a criança adotará, com ajuda da professora, as representações e convenções formais e simbólicas para representar algo que já compreende e não como símbolo vazio e convenções arbitrárias. ( Alencar ,1992)

A apresentação das obras: A gare de Tarcila do Amaral e No

Azul de Kandinsky indicadas para o reconhecimento de formas planas

21

e espaciais, apresentadas em sala de aula com uso da TV multimídia

deixa clara a situação, pois os alunos são capazes de representar e

descrever as formas planas com facilidade, porém apresentam

dificuldades em reconhecer as formas espaciais presentes na figuras.

A principio, a maioria deles descreve as formas planas que

representam as laterais das formas espaciais, mas não reconhece o

todo.

A construção da obra de arte do aluno, utilizando as formas

geométricas planas e espaciais, representa a consolidação do

trabalho. Demonstra se os objetivos foram atingidos; se os conceitos

pretendidos foram mentalizados e vivenciados. A apresentação do

trabalho final foi uma atividade realizada de forma integrada com a

professora de arte utilizando além das formas as cores.

Para valorização dos alunos os trabalhos realizados foram

expostos no espaço destinado a obra de arte da maquete construída

representando a situação. Para construção da mesma as proporções

utilizadas foram as mesmas utilizadas na construção dos moldes para

recorte.

2.4.1.1 Material Didático – FOLHAS

VOCÊ É UM ARTISTA?

“Uma imagem vale mais que mil palavras”

O homem primitivo pela simples capacidade de observação

registrava o que via nas paredes das cavernas. Desenhos que

permanecem até nos dias de hoje.

Ao observar as formas encontradas na natureza, o homem

percebeu padrões e regularidades. Aperfeiçoou sua capacidade de

reconhecer, comparar e representar formas, para poder utilizá-las.

Para isto deu-se o nome de geometria. Muitos problemas do

cotidiano passaram a ser resolvidos com o uso da geometria.

22

Há milhares de anos a geometria foi utilizada nas construções

de pirâmides, no Egito.

Hoje a geometria abrange um campo amplo, principalmente no

desenho, nos negócios, no mercado, na indústria, na organização de

instalações para prever o melhor uso do espaço disponível; e no

processo de construção, valorizando as formas harmonicamente. O

modelo desejado é determinado cuidadosamente, manual ou

programado em um computador. Ao utilizar a representação o

homem economiza tempo e trabalho.

Ana, Júlia e Aline são três trabalhadoras que administram uma

empresa promotora de eventos. Elas devem preparar o espaço físico

para a festa de abertura de uma exposição de Obras de Artes, e como

sempre fazem, antes de iniciar os preparativos, reúnem-se para

discutir e decidir os materiais que poderão usar e seus custos,

disponibilidade, enfim planejar. Devido à importância dessa exposição

elas desejam organizar um ambiente bem distribuído e obter o

melhor aproveitamento do espaço disponível. No salão deve ser

distribuído ambiente para exposição de obra de arte, sala para

palestras e 30 mesas que devem distribuir no espaço destinado à

música, próximo ao palco que elas devem montar. Para a organização

do espaço no salão, resolveram pedir ajuda a uma pessoa em quem

confiam muito: você.

Você está disposto a colaborar?

Para organizar a decoração as promotoras verificaram o local e

determinaram que o espaço disponível era um salão retangular de 15

23

PENSAR E AGIR

O convite é para entrar nessa “festa” e logo dar sua colaboração. Para iniciar pense, escreva e compartilhe com seus colegas o que você entende por obra de arte.

metros de largura e 20 metros de comprimento. Estas medidas

servirão de base para a decoração e os preparativos da exposição.

Para as mesas que serão distribuídas no salão, as promotoras

dispõem de três opções de escolha: mesa quadrada, circular e

retangular, surge o primeiro impasse: escolher as mesas mais

apropriadas para deixar o ambiente harmonioso e com opção mais

econômica.

Ana quer mesas quadradas de um metro, cobertas com toalhas

quadradas de renda branca e como arranjo cubos mágicos.1

Júlia deseja que sejam mesas redondas de 0,90 metros de

diâmetro com toalhas arredondadas de cetim vermelho e sobre as

mesas velas enfeitadas.

Aline defende mesas e toalhas retangulares e sobre a mesa de

0,80 metros de largura e 1 metro de comprimento, um aquário com a

forma de paralelepípedo para realçar com o azul da toalha de linho.

As formas geométricas são comuns na natureza, nas obras de

arte e nas construções feita pelo homem. Veja na Figura 1

1 Cubo Mágico ou cubo de Rubik é um quebra cabeças tridimensional, inventado em 1974, pelo húngaro, escultor e professor de arquitetura Ernõ Rubik. É considerado um dos brinquedos mais populares do mundo, atingindo um total de 300 milhões de unidades vendidas.

http://pt.wikipedia.org/wiki/cubo_m%c3%A1gico http://.rico.eti.br/rubik.html

24

Pense e responda- Você lembra o que é um quadrado? Retângulo? Círculo?- Você consegue identificar semelhança entre o quadrado, retângulo e o círculo? E diferença?

A – Girassol - elaborada B - Quosteato – Elaborada C – Construção - Elaborada por Maria Carradore - 2007 Por Rita Ana Auler por Maria Carradore - 2007 Figura 1

QUADRILÁTEROS

Quadriláteros: são figuras geométricas planas formadas por

quatro lados e quatro ângulos. Recebem nomes especiais a cada

forma de apresentação quanto aos lados e ângulos.

A seguir são apresentados dois tipos de quadriláteros. Pesquise

e represente as outras formas de quadriláteros.

Quadrado: Figura geométrica plana que tem

como característica de definição quatro lados de

mesma medida e quatro ângulos de 90°.

Figura 2 – Quadrado Elaborada por Maria Carradore – 2007

Retângulos: Figura geométrica plana com quatro lados. Tem todos os ângulos de 90° e os lados paralelos de mesmo tamanho.

Figura 3 – Retângulos – Elaborada por Maria Carradore – 2007

25

Não esqueça, compete a classificação dos quadriláteros.

Pense e respondaObserve o ambiente onde você se encontra. Você

consegue identificar formas geométricas? Quais?

TRIÂNGULOS

Triângulos: São figuras geométricas planas que tem três lados,

três vértices e três ângulos. Os triângulos podem ser classificados

quanto à medida de seus lados em:

Eqüilátero: triângulo que tem todos os lados

com medidas iguais.

Isósceles: triângulo que tem, pelo menos,

dois lados com medidas iguais.

Escaleno: triângulo que tem todos os lados com medidas diferentes

Figura 4 – Triângulo Elaborada por Maria Carradore - 2007

CÍRCULO

Círculo: Figura geométrica plana. Compreende

toda a região interna limitada por uma

circunferência.

Figura 5 – Tambor Elaborada por Maria Carradore – 2007

As toalhas colocadas sobre as mesas geralmente são maiores

do que as mesmas, sobrando nas laterais uma quantidade suficiente,

26

Pense, discuta com colegas e responda no seu caderno.Por que as mesas geralmente têm formas retangulares ou redondas? Você conhece algum outro formato de mesa? Qual ou quais? Represente

PENSAR E AGIRObserve o triângulo da figura 4. Qual sua classificação quanto à medida de seus lados? Use régua para desenhar cada um dos triângulos citados, coloque também as medidas correspondentes.

que possa ter uma queda não muito grande, permitindo enrolar nas

pernas, ou muito pequena que possibilite a toalha deslizar na mesa.

As promotoras têm como padrão de queda 30 centímetros nas

laterais, como mostra as figuras.

A – toalha de mesa quadrada B – toalha de mesa circular C – toalha de mesa retangular

Figura 6 - Elaborada por Maria Carradore - 2007

Observe as representações das toalhas e determine o tamanho

das mesmas, para se obter os 30 cm de queda na lateral.

Faça os cálculos e preencha a tabela com os valores

encontrados.

Tamanho da mesa Tamanho da toalha (30 cm de lateral)Quadrada(1m x 1m)

Redonda(0,90 cm

diâmetro)Retangular(0,80 m x 1

m)

As toalhas serão confeccionadas na

empresa das promotoras. Ajude a fazer os

cálculos de quantos metros de tecido serão

necessários comprar para cada uma das opões

que têm para cada mesa.

Aline fez os cálculos da toalha retangular assim:

Largura 0,30 + 0,80 +0,30 = 1,40 m e→

Comprimento 0,30 + 1,00 + 0,30 = 1,60m. →

27

Figura 7 – toalha com Medidas Elaborada por Maria Carradore - 2007

Concluiu que o tamanho da toalha deve ser de 1,60 metros de

comprimento e 1,40 metros de largura. O tecido de linho que ela

gostaria que fosse usado é vendido na dimensão como é mostrado na

peça da figura 8.

Observe que a largura do tecido é o

mesmo necessário para a largura da toalha,

para fazê-la é só cortar no comprimento:

1,60 x 30 toalhas = 48 metros. →

Cada metro de tecido custa R$ 6,98 (seis

reais e noventa e oito centavos), quanto elas

gastariam na compra?

Observe como são vendidos os tecidos de cetim vermelho e renda

branca.

A- Tecido Vermelhos B – Tecido Branco

Figura 9 – Elaborada por Maria Carradore - 2007

Converse com seus colegas e professor, e escolha a melhor

forma de:

Determinar a quantidade de tecido das toalhas, para as mesas

redondas. E para as mesas quadradas.

Calcule também quanto se gastaria com as toalhas se o preço do

metro de cetim fosse R$ 8,25 (oito reais e vinte e cinco centavos)? E

o preço do metro de renda fosse de R$ 9,70 (nove reais e setenta

centavos)?

As promotoras organizaram um desenho do salão, mediram-no e ficou assim distribuído.

28

Figura 8 – Tecido Azul Elaborada porMaria Carradore - 2007

Figura 10 – Quadriculado

Elaborad0 por Maria Carradore – 2007

Cada quadradinho do desenho (figura 11) representa um metro

quadrado (1 m²) na realidade.

Metro quadrado: é a medida correspondente à região interna

de um quadrado que tem um metro de lado. Unidade fundamental de

medida de área.

Evolução da noção de espaço

A percepção do espaço segundo ALMEIDA E PASSINI (2006),

passa por vários estágios até que a pessoa possa se localizar através

da leitura de mapas. Essa forma de ver a formação do conhecimento

da concepção de espaço é apresentada no livro O ESPAÇO

GEOGRÁFICO das referidas autoras. Os três parágrafos seguintes

foram escritos apoiados nesse livro. A exploração do espaço

ocorre, desde o nascimento através de experiências realizadas em

seu ambiente, até a fase de consciência crítica de seu espaço social..

A construção do conhecimento da noção de espaço se inicia ao

nascer. Passa da noção do espaço vivido (espaço físico)

experimentação ao espaço percebido, quando se distingue as

distâncias, a localização de objetos (observação); deste ao espaço

concebido a partir do momento que se é capaz de raciocinar sobre

uma área representada em um mapa.

29

Entrada

Comprimento 20m

A percepção dos elementos e a relação existente entre eles

podem ser percebidas em uma, duas ou três dimensões. Em uma

dimensão podemos citar como exemplo as casas localizadas na

mesma rua, uma ao lado da outra, em linha reta. Em duas dimensões,

temos exemplo da janela e porta que se localizam numa mesma

parede, mas são separadas. Em três dimensões, podemos citar os

objetos que estão dentro da sala. Neste momento você já é capaz de

utilizar referenciais de altura e comprimento – horizontal e vertical –

os quais são essenciais à construção do sistema de coordenadas,

para se trabalhar lateralidade e noções de orientação, para levar a

descentralização ao entendimento de referenciais geográficos.

Assim, pode-se organizar e distribuir os espaços do salão como

referência e a exigência, para uma economia de tempo e espaço.

- O contratante solicitou às promotoras que um quinto do

espaço fosse destinado ao ambiente para palestras, e deve ser

localizada no canto, à direita da entrada do salão.

- Elas devem também montar um palco de 15m² para

apresentação de música. O palco deve ficar em frente à entrada do

salão.

Os enfeites a serem adquiridos dependem da opção das mesas

e toalhas. Você lembra quais eram as opções para os arranjos das

mesas?

30

PENSAR E AGIR

Quantos quadrados serão ocupados para montar a sala de

palestras?

Quantos quadrados serão ocupados para montar o palco

Pense e responda

O que o cubo mágico, a vela e o aquário têm em comum?

O que esses objetos têm de diferente do quadrado, círculo e

retângulo?

Desde a Antigüidade o homem estuda as medidas. No Egito a

geometria era usada para medir terras nas margens do rio Nilo.

Geometria2 significa geo = terra e metria = medida, ou seja, medida

da terra.

O quadrado, o círculo e o retângulo são figuras geométricas que

possuem somente duas dimensões: comprimento e largura. Na

verdade são apenas formas, que delimitam os objetos reais que

existem. Por isso são chamadas de figuras planas.

O cubo mágico, a vela, e o aquário possuem altura, um

diferencial importante. Em geometria objetos que possuem três

dimensões: Comprimento, largura e altura são denominadas de

formas geométricas espaciais. Tudo o que existe na natureza ou

construído pelo homem, que se pode pegar, é forma geométrica

espacial.

E você? Você é uma forma geométrica plana ou espacial?

Agora observe, pense e faça uma lista de objetos que você conhece e

apresenta a forma de:

2

2

“Geometria, s.f. Ciência que tem por objeto a medida das linhas. Das superfícies e dos volumes (diz-se geometria plana quando estuda as linhas e figuras planas; e geometria no espaço quando estuda as linhas ou volumes considerados no espaço); compendio ou tratado sobre essa ciência, (do lat. Geometria)”.

31

Você sabe ...

Como são chamadas as figuras espaciais que tem a forma do

cubo mágico?

Como se chamam as figuras espaciais que apresentam forma da

vela?

E como se chamam as figuras espaciais com a forma do aquário?

Você conhece outras formas espaciais? Quais? Represente-as no

seu caderno. Pesquise e anote

Cubo mágico Vela Aquário

Nas formas geométricas a seguir, as etiquetas com os nomes

das mesmas, por um descuido, foram trocadas. Ajude a colocar cada

figura com seu respectivo nome. Separe as figuras espaciais das

figuras planas.

Arte também é matemática

Desde o início da humanidade o homem utiliza a arte como uma

forma de comunicação.

No princípio eram apenas animais e pessoas, mais tarde a igreja

passa a usar a arte como uma forma de auto afirmar-se, mas, a partir

do século XX a arte passa por várias transformações.

No Brasil a semana de Arte Moderna marca o início de um novo

período, com a rejeição dos modelos acadêmicos e a afirmação de

uma arte mais nacional, com a cara mais brasileira.

Tarsila do Amaral é um nome expressivo do modernismo

brasileiro. Por ter nascido em fazendas do interior paulista, pintou

muitas paisagens, figuras e plantas tropicais. Era ao mesmo tempo

moderna e brasileira.

32

Cilindro Paralelepípedo Cubo Quadrado

Cilindro Círculo Retângulo Cone

Retângulo Bloco retangular ou Cubo Bloco retangular Paralelepípedo

Figura 11 – Formas Geométricas.

Elaborado por Maria Carradore

Da realidade à fantasiaKandinski foi o artista russo que escandalizou e criou muita

confusão em sua época. A ele foi atribuído a primeira obra abstrata,

em 1910.

Entretanto, sempre que se fala em arte abstrata, seja ela,

formal ou geométrica, outro nome muito lembrado é do artista

Mendriam.

A pintura abstrata livre do compromisso de reproduzir formas

reais requer senso de organização, como qualquer outro trabalho.

O trabalho do artista abstracionista consiste em valorizar

superfícies planas, linhas e cores que provoquem emoções,

sentimentos e sensações.

33

Observe a obra, A gare, 1925 de Tarsila do Amaral.

A obra, A gare, de Tarsila do

Amaral, 1925 você pode obter

acessando um dos sites

abaixo. Caso você não tenha

acesso à internet pergunte a

seu professor de arte outras

formas de acesso, isso pode

mudar dependendo da região

onde você mora.

www.rafard.sp.gov.br/fotos/06

_cultura/140.jpg

http://www.rafard.sp.gov.br/tur

ismo_013.asp

Pense e responda

Em que região brasileira nasceu Tarsila do Amaral?

Observe a obra de Tarsila e anote três ou mais formas geométricas espaciais que você identificou, descreva sua localização.

Agora faça o mesmo para figuras geométricas planas.

A obra, Kandinsky. No azul (1925), você pode obter acessando um dos

sites abaixo. Caso você não tenha acesso à internet pergunte a seu professor

de arte outras formas de acesso.

http://www.auladearte.com.br/historia_da_arte/kandinsky_galeri

a.htm

http://www.escaire.com/ca/img/noticies/extres/618_bau05.jpg

Observe a obra, no azul, de Kandinsky.

Faça um paralelo da obra No azul de Kandinsky com a obra A gare de

Tarsila do Amaral.

ATIVIDADES:

1 - Agora faça uma distribuição do espaço no salão:

a) Localize a sala de

palestras.

b) Localize a posição do palco para

a música.c) Demonstre o local das

mesas.

d) Destaque o espaço para as obras

de arte.e) Distribua as mesas

com as toalhas.

f) Coloque os arranjos sobre as

mesas.

2 - Desenhe a bandeira do Brasil. Dê as medidas corretas. Pinte-a.

Escreva o nome das figuras geométricas que compõem a Bandeira

Nacional. Relacione cada forma geométrica com a cor usada para

pintar.

3 – Converse com o seu professor de geografia sobre as noções de

tempo e espaço, depois, elabore um mini-dicionário explicando o

significado das seguintes palavras encontradas no texto:

Tempo – Espaço – Tempo geográfico – Tempo histórico – Espaço

natural – Espaço geográfico.

4 - Observe as imagens da figura 12

34

PENSAR E AGIRVocê é um bom artista?Teste suas capacidades e faça a sua obra de arte. Mas atenção. Na sua obra de arte você só deve usar formas geométricas planas e espaciais. Não esqueça de usar régua para as linhas retas, compasso...

a - Mesas b - Ar condicionado na parede c – a rua Figura 12 - Elaborado por Maria Carradore

Escreva no seu caderno: Quais formas geométricas você

consegue identificar? Separe-as em dois grandes grupos:figuras

que representam formas planas e figuras que representam

formas espaciais.

Escreva as principais características de cada um dos grupos.

Você quer aprender mais?

Pesquisa complementar

http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/geom-elem/geometr.htm

http://pessoal.sercomtel.com.br/matematica/geometria/geometria.htm

http://pt.wikipedia.org/wiki/cubo_m%c3%A1gico

www.rafard.sp.gov.br/fotos/06_cultura/140.jpg

http://www.rafard.sp.gov.br/turismo_013.asp

www.rafard.sp.gov.br/fotos/06_cultura/140.jpg

Considerações Finais

Ao longo dos tempos a sociedade sofreu modificações. O

homem busca adaptarem-se as mudanças, Dentro dessa expectativa

de adaptarem-se, novas teorias foram implantadas, superadas. Todas

elas contribuíram para a evolução e aperfeiçoamento do homem. Na

educação essas adaptações ocorrem em vários momentos. Nos

últimos anos, mudanças ocorreram na educação, em busca de uma

forma de ensinar e aprender mais prática e que dê sentido aos

conteúdos a serem aprendidos.

O estado do Paraná muito tem feito para vencer o desafio de

mudar a realidade da escola: implantar novas metodologias que

buscam atrair a atenção e o interesse dos alunos. Nesse sentido foi

elaborado as DCEs de forma integrada com os professores.

35

A elaboração das DCEs envolvendo os diversos setores que

compõe a educação no Paraná, impõe maior comprometimento dos

professores na utilização das metodologias que a compõe.

O programa PDE também integra esse círculo de

comprometimento do professor em busca de caminhos que permitam

a aplicação das metodologias constantes nas DCEs de forma prática

na sala de aula, através dos trabalhos realizados durante o

desenvolvimento do programa.

A busca de respostas para solução dos problemas na educação

sempre estiveram presentes na escola. Os desafios do passado. do

presente é a melhoria para o ensino. Será esse o eterno desafio do

futuro?

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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D’AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática – elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001. 110 p

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FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 9° ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. 79p

BELLO, Ruy de Ayres. Pequena História da Educação. 12° ed. São Paulo: Ed.do Brasil, 1978. 222p.PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação – SEED. Diretrizes

Curriculares

da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná (DCE):

Matemática, Curitiba, 2006.

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36

GOMES, Candido Alberto. A Educação na Europa Pós-Socialista. Brasília: INEP, 1993. 30p

NAGEL, Lizia Helena. Avaliação, Sociedade e escola – Fundamentos para reflexão. SEED. 1986.

ALMEIDA, Rosangela Doim de; Passini, Elza Yasuko. O Espaço geográfico ensino e representação. 15ª ed. São Paulo: Editora Contexto, 2006. 26p.

ALENCAR, Eunice M. S. Soriano de (Org.). Novas Contribuições da Psicologia aos processos de ensino aprendizagem. São Paulo: Editora Cortez, 1992. 115p.

JACQUIN, Guy. As grandes linhas da Psicologia da Criança. 11ª ed. Rio de Janeiro: editora Record.

37