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Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Contents I - Enquadramento Legislativo e Histórico .................................................................................... 4
II – Conceito de Rede de Referenciação ........................................................................................ 9
III – A Especialidade de Cardiologia ............................................................................................. 10
IV – Impacto Epidemiológico das Doenças Cardiológicas em Portugal ...................................... 11
V – Necessidades previsíveis da população na área da Cardiologia ........................................... 13
VI – Organização da Cardiologia em Portugal Continental ......................................................... 14
A – Modelo organizativo recomendado ............... ................................................ 14
B – Caracterização dos Centros/Serviços de Cardiolo gia ................................. 14
C – Caracterização da Realidade Actual ............ .................................................. 19
VII- Subespecialidades Cardiológicas: Intervenção Cardiológica Percutânea e Eletrofisiologia
Cardíaca ....................................................................................................................................... 46
VII.1- Cardiologia de Intervenção ................................................................................................ 46
VII.1.1- Conceitos subjacentes .................................................................................................... 46
A – Requisitos das Unidades Hemodinâmicas (Recomendações Internacionais).46
B – Pessoal Médico ............................................................................................. 47
C – Pessoal do Laboratório ................................................................................. 47
D – Laboratório de Cateterismo ........................................................................... 48
E – Instalações .................................................................................................... 48
F – Equipamento especial ................................................................................... 49
G – Retaguarda cirúrgica ..................................................................................... 49
VII.1.2- Intervenção Coronária Percutânea ................................................................................. 50
A – Instalações - situação atual ........................................................................... 50
B – Produção atual .............................................................................................. 51
C – Avaliação crítica da situação atual ................................................................ 52
VII.1.3- Intervenção Estrutural .................................................................................................... 53
A – Implantações Próteses Valvulares Percutâneas ............................................ 54
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B – Valvulotomias Percutâneas .......................................................................... 55
C – “MitraClip” ..................................................................................................... 56
D – Procedimentos de Encerramento Percutâneo de “Shunts” ............................ 56
E – Encerramento Percutâneo do Apêndice Auricular Esquerdo ......................... 58
F – Encerramento Percutâneo de “Leaks Perivalvulares” .................................... 58
G - Ablação Septal na Miocardiopatia Hipertrófica ............................................... 58
VII.1.4- Planeamento, previsão de equipamentos e de novos centros a curto prazo ................ 59
VII.2 - Eletrofisiologia Cardíaca ................................................................................................... 62
A-Situação Atual .................................................................................................. 62
B- Características das Unidades .......................................................................... 66
C- Previsão das necessidades ............................................................................. 67
D- A Rede de Referenciação em Eletrofisiologia Cardíaca .................................. 67
VIII – Via Verde Coronária ........................................................................................................... 69
VIII.1- Conceitos .......................................................................................................................... 70
A - Acesso à Emergência Médica Pré-Hospitalar ................................................. 70
B - Diagnóstico Precoce ...................................................................................... 71
C - Cuidados Médicos Iniciais .............................................................................. 72
D - Decisão sobre a Terapêutica de Reperfusão ................................................. 72
E - Selecção da estratégia de reperfusão ............................................................ 73
VIII.2 - Rede de Referenciação .................................................................................................... 74
A- Capacidades Assistenciais ........................................................................ 74
B- Estrutura de Comunicação ........................................................................ 81
C- Metodologia de Referenciação Pré-Hospitalar do doente com EAMCSST 82
D- Vias de Comunicação e Decisão ............................................................... 85
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E- Local de Admissão Hospitalar ................................................................... 88
Anexo 1 – Rede de Referenciação – Capacidades ..... ......................................... 89
Anexo 2 – Rede de Referenciação ................... .................................................... 90
Anexo 3 – Arquitetura da Rede de Referenciação Hosp italar de Cardiologia e Cardiologia de Intervenção ........................ ........................................................ 109
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I - Enquadramento Legislativo e Histórico
Atualmente o Serviço Nacional de Saúde (SNS) depara-se com diversos desafios
desencadeados, sobretudo, pelas alterações demográficas, mudanças nos padrões de
doença, inovação tecnológica e mobilidade geográfica.
Considerando as vertentes do acesso e a equidade em saúde, intrínsecas à prestação
de cuidados no seio do SNS, e a necessidade de assegurar cuidados de saúde a
todos os cidadãos, importa que as diferentes instituições hospitalares garantam a
prestação de forma coordenada e articulada entre si, e com os restantes níveis de
cuidados. Neste âmbito, as redes de referenciação hospitalar, atualmente designadas
de Redes Nacionais de Especialidades Hospitalares e de Referenciação (RNEHR),
assumem um papel orientador e regulador das relações de complementaridade
interinstitucionais, perspetivando-se a implementação de um modelo de prestação de
cuidados de saúde centrado no cidadão.
Vários são os normativos legais e documentos técnicos que abordam a temática das
redes hospitalares e a sua importância estratégica como garante da sustentabilidade e
eficiência do SNS. A Lei n.º 64-A/2011, de 30 de dezembro, que aprova as Grandes
Opções do Plano para 2012-2015 , bem como o Programa do XIX Governo
Constitucional , preconizam a melhoria da qualidade e acesso dos cidadãos aos
cuidados de saúde, mediante a reorganização da rede hospitalar através de uma visão
integrada e mais racional do sistema de prestação de cuidados.
Na sequência do Memorando de Entendimento celebrado com a União Europeia, o
Banco Central Europeu e o Fundo Monetário Internacional, foi criado o Grupo
Técnico para a Reforma Hospitalar (GTRH) - Despacho do Ministro da Saúde n.º
10601/2011, de 16 de agosto, publicado no Diário da República, II Série, n.º 162, de
24 de agosto - cujo relatório final intitulado “Os Cidadãos no Centro do Sistema, Os
Profissionais no Centro da Mudança” definiu oito Iniciativas Estratégicas, corporizadas,
cada uma, por um conjunto de medidas, cuja implementação e monitorização,
promoverão o cumprimento de um programa de mudança, com a extensão,
profundidade e densidade exigidas numa verdadeira reforma estrutural do sector
hospitalar português.
No seu relatório, o GTRH defende que na reorganização da rede hospitalar devem ser
considerados diversos fatores, nomeadamente: (i) critérios de qualidade clínica; (ii)
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proximidade geográfica; (iii) nível de especialização; (iv) capacidade instalada; (v)
mobilidade dos recursos; (vi) procura potencial; (vii) acessibilidades; (viii) redes de
referenciação por especialidade; (ix) equipamento pesado de meios complementares
de diagnóstico e terapêutica disponível; (x) benchmarking internacional e (xi) realidade
sociodemográfica de cada região.
O GTRH elenca, ainda, um conjunto de fragilidades inerentes às RNEHR existentes,
designadamente: (i) desatualização da maioria das redes (a maioria foi elaborada até
2006 e nunca ajustada); (ii) inexistência de um modelo único e homogéneo do
documento; (iii) inexistência de aprovação ministerial para algumas das RNEHR
publicadas; (iv) ausência de integração entre RNEHR de diferentes especialidades que
se interpenetram; (v) inexistência de inclusão dos setores convencionados e privados
(nos casos em que se possa aplicar), contemplando apenas o universo do SNS; (vi)
falta de integração do conceito de Centros de Referência e (vii) indefinição quanto ao
prazo de vigência das RNEHR.
No primeiro Eixo Estratégico “Uma Rede Hospitalar mais Coerente”, o GTRH propõe a
elaboração da Rede de Referenciação Hospitalar de forma estruturada e consistente e
dotada de elevados níveis de eficiência e qualidade dos cuidados prestados. Para o
efeito, e com o desígnio de redesenhar a rede hospitalar naqueles pressupostos, é
proposta a revisão das RNEHR atuais, bem como a elaboração das redes ainda
inexistentes, promovendo-se uma referenciação estruturada e consistente entre os
cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares (considerando toda a rede de
prestação, desde os cuidados de primeira linha aos mais diferenciados), assegurando
uma melhor rentabilização da capacidade instalada aos níveis físico, humano e
tecnológico.
De igual forma, o Plano Nacional de Saúde 2012-2016 apresenta um conjunto de
orientações, nos eixos estratégicos “Equidade e Acesso aos Cuidados de Saúde” e
“Qualidade em Saúde”, propondo o reforço da articulação dos serviços de saúde
mediante a reorganização dos cuidados de saúde primários, hospitalares e
continuados integrados, cuidados pré-hospitalares, serviços de urgência, entre outros,
consolidando uma rede de prestação de cuidados integrada e eficiente. Pretende-se,
deste modo, uma rede hospitalar coerente, racional e eficiente, consubstanciada num
sistema integrado de prestação de cuidados.
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Por outro lado, a Portaria n.º 82/2014, de 10 de abril , veio estabelecer os critérios
que permitem categorizar os serviços e estabelecimentos do SNS, de acordo com a
natureza das suas responsabilidades e quadro de valências exercidas, bem como o
seu posicionamento na rede hospitalar, procedendo à sua classificação. Trata-se de
um normativo legal que define, predominantemente, orientações estratégicas para a
construção de uma rede hospitalar coerente, assegurando a resposta e satisfazendo
as necessidades da população.
Acresce que a carteira de valências de cada instituição hospitalar é operacionalizada
através do contrato-programa, de acordo com o respetivo plano estratégico. Perante
um quadro de reorganização das instituições de saúde hospitalares (no que se refere
à disponibilização e coordenação da carteira de valências, aos modelos organizativos
e de integração de cuidados), a redefinição do que devem ser os cuidados
hospitalares e como se devem integrar com os diferentes níveis de cuidados com a
garantia de uma melhor articulação e referenciação vertical, permite intervir
complementarmente no reajuste da capacidade hospitalar.
Desta forma, as RNEHR desempenham um papel fulcral enquanto sistemas
integrados, coordenados e hierarquizados que promovem a satisfação das
necessidades em saúde aos mais variados níveis, nomeadamente: (i) diagnóstico e
terapêutica; (ii) formação; (iii) investigação e (iv) colaboração interdisciplinar,
contribuindo para a garantia de qualidade dos cuidados prestados pelas diferentes
especialidades e subespecialidades hospitalares.
Assim, as RNEHR permitem a: (i) articulação em rede, variável em função das
características dos recursos disponíveis, dos determinantes e condicionantes regionais
e nacionais e o tipo de especialidade em questão; (ii) exploração de
complementaridades de modo a aproveitar sinergias, concentrando experiências e
permitindo o desenvolvimento do conhecimento e a especialização dos técnicos com a
consequente melhoria da qualidade dos cuidados e (iii) concentração de recursos
permitindo a maximização da sua rentabilidade.
Nesta conformidade, a Portaria n.º 123-A/2014, de 19 de junho , estabeleceu os
critérios de criação e revisão das RNEHR, bem como as áreas que estas devem
abranger. De acordo com o número 2 do artigo 2.º daquele diploma, foram
determinados os princípios aos quais as RNEHR devem obedecer, nomeadamente:
“a) permitir o desenvolvimento harmónico e descentralizado dos serviços hospitalares
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envolvidos; b) eliminar duplicações e subutilização de meios humanos e técnicos,
permitindo o combate ao desperdício; c) permitir a programação do trânsito dos
utentes, garantindo a orientação correta para o centro indicado; d) contribuir para a
melhoria global da qualidade e eficácia clínica pela concentração e desenvolvimento
de experiência e competências; e) contribuírem para a diminuição dos tempos de
espera, evitando a concentração indevida de doentes em localizações menos
adequadas; f) definir um quadro de responsabilização dos hospitais face à resposta
esperada e contratualizada; g) permitir a programação estratégica de investimentos, a
nível nacional, regional e local e h) integrar os Centros de Referência.”
No sentido de dar cumprimento ao disposto na portaria supramencionada, o
Despacho n.º 10871/2014, de 18 de agosto , veio determinar os responsáveis pela
elaboração e/ou revisão das RNEHR. Com efeito, o processo inicia-se com a
elaboração das seguintes RNEHR: Oncologia Médica, Radioterapia e Hematologia
Clínica; Cardiologia; Pneumologia; Infeção pelo HIV e SIDA; Saúde Mental e
Psiquiatria; e Saúde Materna e Infantil, incluindo Cirurgia Pediátrica.
Em termos históricos, as RNEHR tiveram origem no Programa Operacional da
Saúde – SAÚDE XXI , na sequência das principais recomendações do Subprograma
de Saúde 1994-1999, constituindo-se, na altura, como o quadro de referência de
suporte ao processo de reforma estrutural do sector da saúde. No eixo prioritário
relativo à melhoria do acesso a cuidados de saúde de qualidade, a medida 2.1 do
referido programa (“Rede de Referenciação Hospitalar”) objetivava implementar
RNEHR pelas áreas de especialização tidas como prioritárias, visando a articulação
funcional entre hospitais, mediante a diferenciação e identificação da carteira de
serviços, de modo a responder às necessidades da população, garantindo o direito à
proteção e acesso na saúde.
Deste modo, as RNEHR instigaram um processo de regulação e de planeamento da
complementaridade entre instituições hospitalares, contribuindo para a otimização e
gestão eficiente da utilização de recursos, com vista a assegurar um quadro de
sustentabilidade a médio e longo prazo do SNS.
Das 47 especialidades médicas definidas pela Ordem dos Médicos, 41 são
especialidades predominantemente hospitalares. Década e meia volvida após a
elaboração das primeiras RRH apenas 23 especialidades se encontram integradas em
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RNEHR (vide Figura 1), sendo que as alterações ocorridas no SNS nos últimos anos
não estão refletidas nas RRH mais antigas.
Embora apenas algumas das RNEHR publicadas tenham merecido aprovação
ministerial, a Portaria n.º 123-A/2014, de 19 de junho, considera em vigor as RNEHR
criadas e implementadas.
Figura 1. Ano de produção e entidade de aprovação das RNEHR publicadas.
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II – Conceito de Rede de Referenciação
As Redes de Referenciação (RR) são sistemas organizativos através dos quais se
pretende regular as relações de complementaridade e de apoio técnico entre todas as
instituições de saúde, de modo a garantir o acesso de todos os doentes aos serviços e
unidades prestadoras de cuidados de saúde, sustentado num sistema integrado de
informação interinstitucional.
Uma Rede de Referenciação (RR) traduz-se por um conjunto de especialidades
médicas e de tecnologias permitindo:
• Articulação em rede, variável em função das características dos recursos
disponíveis, das determinantes e condicionantes regionais e nacionais e do tipo
de especialidade em questão.
• Exploração de complementaridades de modo a aproveitar sinergias.
Concentrar experiências permitindo o desenvolvimento do conhecimento e a
especialização dos técnicos com a consequente melhoria da qualidade dos
cuidados.
• Concentração de recursos permitindo a maximização da sua rentabilidade.
No desenho e implementação de uma RR deve-se:
• Considerar as necessidades reais das populações
• Aproveitar a capacidade instalada
• Adaptar a especificidades e condicionalismos loco-regionais
• Integrar numa visão de Rede Nacional
• Envolver os serviços de internamento e de ambulatório
Como princípio orientador as redes devem ser construídas numa lógica centrada nas
necessidades da população com base em critérios de distribuição e rácios,
previamente definidos, de instalações, equipamentos e recursos humanos
A portaria 82/2014 veio estabelecer os critérios que permitem categorizar os serviços e
estabelecimentos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), de acordo com a natureza das
suas responsabilidades e quadro de valências exercidas, bem como o seu
posicionamento na rede hospitalar.
Foi em particular, introduzido o conceito de áreas de influência direta e indireta que
apresenta a maior relevância neste contexto.
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III – A Especialidade de Cardiologia
A cardiologia é uma especialidade médica com patologia clínica específica,
diversificada, com crescente índole invasiva e a exigir um corpo de conhecimento
também específico. De entre as suas características clínicas ressalta a estreita ligação
com a urgência médica.
A cardiologia apoia-se em várias técnicas de diagnóstico que requerem formação
específica, com conhecimento amplo das indicações de utilização, execução e
interpretação dos resultados.
Comporta duas áreas de subespecialização reconhecidas pela Ordem dos Médicos: a
Cardiologia de Intervenção e a Eletrofisiologia Cardíaca. Qualquer uma delas tem
associadas necessidades de equipamento pesado e consumo de dispositivos de
elevado custo, merecendo um tratamento diferenciado. Possui ainda relação íntima
com a cirurgia cardíaca, quer na sua forma eletiva, quer em urgência e compartilha
áreas de atuação e aptidões específicas com a cardiologia pediátrica.
Nos últimos decénios, a par de grandes progressos no diagnóstico das doenças
cardíacas (sobretudo com a introdução da ecocardiografia e a expansão das técnicas
angiográficas), assistiu-se à introdução na terapêutica dum vasto conjunto de
fármacos que revolucionaram o tratamento destes doentes, com uma significativa
redução da morbilidade e mortalidade. As técnicas invasivas, baseadas no cateterismo
cardíaco têm vindo a sofrer uma notável expansão, mediante o desenvolvimento de
novos dispositivos e da engenharia de materiais, permitindo novos procedimentos para
além da convencional angioplastia coronária.
O nosso país tem acompanhado de perto esta evolução tecnológica, mediante um
considerável esforço de investimento, estando hoje acessíveis à generalidade da
população as mais sofisticadas técnicas.
Esta rápida evolução condiciona a necessidade de atualização da rede de
referenciação nacional.
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IV – Impacto Epidemiológico das Doenças Cardiológicas
em Portugal
As doenças do aparelho circulatório constituem a primeira causa de morte em
Portugal, como em muitos outros países do mundo desenvolvido (32.761 em 107.612
óbitos, em 2012).
Óbitos por causa de morte – de 2000 a 2012 Causa de morte Óbitos (N.º) por Causa de morte; Anual
2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 2004 2003 2002 2001 2000
1: Doenças do aparelho circulatório 32761 31565 33693 33314 33642 34103 32872 36570 36983 40893 40846 40557 40804
2: Tumores malignos 25690 25536 24917 24277 23944 23380 22168 22682 22283 22677 22234 21908 21421
3: Diabetes mellitus 4867 4536 4744 4603 4267 4392 3729 4569 4482 4546 4443 3956 3133
4: Doenças do aparelho respiratório 13893 11917 11776 12170 11555 10949 11496 11288 8665 9536 9233 8960 10254
5: Doenças do aparelho digestivo 4525 4538 4627 4607 4561 4537 4291 4625 4638 4599 4559 4448 4123
6: Outras causas 25876 24756 26197 25463 21809 21748 22894 23247 19587 20998 19322 20228 20954
7: Acidentes, envenenamentos e violências 3909 4062 4488 4409 4502 4403 4540 4481 5372 5546 5621 5035 4675
T: Total 107612 102848 105954 104434 104280 103512 101990 107462 102010 108795 106258 105092 105364
Fonte: INE - Óbitos (N.º) por Sexo e Causa de morte (Última atualização dos dados: 31 de Março de 2014)
Neste grupo, destacam-se as doenças cerebrovasculares que registaram entre nós um
importante decréscimo nos últimos anos, tendo passado de 75,9/100.000 hab., em
2008, para 61,4/100.000 hab., em 2012.
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A doença isquémica do coração (DIC, CID-9: 27), responsável em 2012 por 21.2% dos
óbitos verificados no grupo das doenças do aparelho circulatório, apresenta também
um padrão geral de decréscimo, tendo a mortalidade evoluído de 42,2/100.000 hab.,
em 2008, para 33,9/100.000, em 2012.
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V – Necessidades previsíveis da população na área da
Cardiologia
Da análise do desempenho atual do sistema de saúde (e sua evolução) e de algum
benchmarking internacional, estima-se que as necessidades na área da Cardiologia
sejam as seguintes:
Consultas de cardiologia .................................... 5.000/100.000 habitantes/ano
Internamentos em Cardiologia ........................... 300 a 400/100.000 habitantes/ano
Coronariografias ................................................ 300/100.000 habitantes/ano
Angioplastias Coronárias Percutâneas .............. 190/100.000 habitantes/ano (média EU21)
Implantações de Pacemakers Definitivos ........... 90/100.000 habitantes/ano
Implantações de CDIs ........................................ 16/100.000 habitantes/ano
Implantações de CRT-Ds ................................... 10/100.000 habitantes/ano
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VI – Organização da Cardiologia em Portugal Continental
A – Modelo organizativo recomendado
Nas páginas seguintes apresenta-se o modelo organizativo recomendado para a área
da Cardiologia de acordo com a densidade populacional de atracão, a existência ou
não de angiografia coronária e de cirurgia cardiotorácica.
Em separado apresenta-se o modelo organizativo recomendado para a Cardiologia de
Intervenção e Eletrofisiologia Cardíaca.
A portaria 82/2014 veio estabelecer um modelo organizativo em três níveis que
necessita de uma adaptação cuidadosa à real distribuição dos cuidados da
especialidade pelos diferentes centros.
B – Caracterização dos Centros/Serviços de Cardiologia
1. Instituições de Nível I
Apesar de a Cardiologia não estar incluída no grupo primário de especialidades
definidas para o grupo I a sua atividade está prevista quando houver justificação
assistencial. Esta ocorre para áreas de influência primária superiores a 85 000
habitantes. A grande maioria destas estruturas possuem no momento atual atividade
estruturada de cardiologia, nomeadamente:
Região Instituição
Área de Influência Primária
(Habitantes)
Norte
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE (Guimarães) 256 696
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE (Santo Tirso / Famalicão) 244 361
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE (Santa Maria da Feira) 274 859
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, EPE 142 941
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE (Penafiel) 519 769
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE 175 478
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE (Viana do Castelo) 244 836
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE (Bragança / Mirandela) 136 252
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Região Instituição
Área de Influência Primária
(Habitantes)
Centro
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE (Covilhã) 87 869
Centro Hospitalar de Leiria, EPE 317 436
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE (Aveiro) 285 846
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 88 296
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 155 466
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 108 395
LVT
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE 213 584
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 184 016
Centro Hospitalar do Oeste (Torres Vedras / Caldas da Rainha) 292 546
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE (Torres Novas) 227 999
Hospital de Cascais, PPP 206 479
Hospital de Loures, PPP 287 119
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP 244 377
Hospital Distrital de Santarém, EPE 196 620
Hospital Fernando da Fonseca, EPE (Amadora / Sintra) 552 971
Alentejo e Algarve
Unidade Local de Saúde Norte Alentejo, EPE (Portalegre) 118 506
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE (Beja) 126 692
Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, EPE (Santiago do Cacém) 97 925
Devem dispor de todas as técnicas diagnósticas de cardiologia não invasiva e apoiar o
tratamento de proximidade dos doentes, enviados pelos médicos assistentes, que
necessitem dos seus cuidados, assim como funcionar como consultoria para os
hospitais de menor dimensão, da sua área de influência e que não tenham nenhum
cardiologista.
Devem ter consulta externa e internamento para o que é necessário um quadro
mínimo de três médicos cardiologistas.
A unidade deve ter acesso local a Eletrocardiografia, Ecocardiografia, Prova de
Esforço, Holter e implantes de Pacemakers Provisórios.
Possuem equipamento para realização de exames não invasivos:
a) Ecocardiografia transtorácica/transesofágica
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Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
b) Provas de esforço;
c) Monitorização ambulatória: Registo Holter / MAPA
Habitualmente não dispõem de laboratório de hemodinâmica, relacionando-se
estreitamente com centros de referência, embora nalguns casos disponham de
equipamento radiológico de intensificadores de imagem, permitindo a realização de
técnicas como Pacing.
Na maior parte das situações dispõem de cuidados intensivos com carácter
polivalente, com camas dedicadas a situações cardiológicas.
Na sua atividade deve ser dada uma particular relevância aos seguintes aspetos:
a) Definição de circuitos e logística de referência de doentes para diagnóstico e
tratamento invasivo, incluindo tratamento da fase agudo do Enfarte Agudo do
Miocárdio;
b) Adequação de recursos humanos mínimos inexistentes (nas Unidades Locais
de Saúde do Norte Alentejo – Portalegre, do Baixo Alentejo – Beja, do Litoral
Alentejano – Santiago do Cacém).
Dentro destas instituições assinalam-se os centros que dispõem de laboratório de
hemodinâmica apresentando portanto uma tipologia enquadrável no nível II:
• Centro Hospitalar de Leiria, EPE. – Dispõe de Laboratório de Hemodinâmica
atualmente em funcionamento recorrendo essencialmente a recursos humanos
mediante Outsourcing, mas com operadores locais em fase de treino.
• Centro Hospitalar de Setúbal, EPE – Dispõe de Laboratório de Hemodinâmica
atualmente em funcionamento, com prevenção de 24h. Possui recursos
humanos próprios
• Hospital Fernando da Fonseca, EPE – Dispõe de Laboratório de
Hemodinâmica atualmente em funcionamento, com prevenção 24h. Possui
recursos humanos próprios,
• Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
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2. Instituições de Nível II
São centros regionais, possuindo uma área de influência direta e indireta, cuja
característica fundamental é a existência de Laboratório de Hemodinâmica, atuando
como nós da rede de via verde coronária, para tratamento da fase agudo do enfarte do
miocárdio.
Dispõem igualmente de capacidade de realização de técnicas não invasivas e de
Pacing cardíaco.
A sua distinção face aos centros de Nível III, reside na inexistência na mesma
instituição de Cirurgia Cardíaca.
Deverão dispor de unidades de cuidados intensivos dedicadas a Cardiologia –
cuidados especiais, cuja atividade está em especial ligada ao apoio a montante e a
jusante dos laboratórios de hemodinâmica.
• Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE – Vila Real
• Hospital de Braga, PPP;
• Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE;
• Hospital do Espírito Santo de Évora, EPE;
• Hospital Garcia de Orta, EPE – Almada;
• Centro Hospitalar do Algarve, EPE.
Estes centros deverão possuir capacidade formativa pelo que deverão cumprir os
requisitos definidos para reconhecimento da sua idoneidade formativa, definidas pelo
Colégio de Especialidade da Ordem dos Médicos e que se resumem em seguida.
O Serviço de Cardiologia deve ter autonomia técnica e de direção e possuir um
Quadro médico mínimo de 1 Assistente Sénior (Chefe de Serviço) e 12 Assistentes
Hospitalares, inscritos no Colégio de Especialidade.
O Serviço deverá ter lotação mínima de 20 camas e dispor de unidade de cuidados
intensivos cardíacos com um mínimo de 6 camas (com capacidade de monitorização
eletrocardiográfica e hemodinâmica).
Deve estar equipado para a realização das técnicas de diagnóstico não invasivo
(provas de esforço, monitorização ECG ambulatória, e ecocardiografia incluindo
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estudos transesofágicos); ter equipamento para estudos cardiológicos invasivos
(coronariografia, estudos hemodinâmicos e eletrofisiológicos).
Deve ter Consulta Externa própria.
Por fim, deve ter acesso a outros meios complementares de diagnóstico ou
terapêuticos não específicos de Cardiologia, mas indispensáveis à mesma, tais como
Patologia Clínica, Radiologia, Anatomia Patológica, Medicina Física e Reabilitação.
Na portaria 82/2014 foram considerados como pertencentes ao Nível II dois centros
com Cirurgia Cardíaca cuja atividade se enquadra no Nível III:
• Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE – Hospital de Santa Cruz
• Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Hospital Eduardo
Santos Silva
3. Instituições de Nível III
São os centros terciários, inseridos em instituições com Cirurgia Cardíaca. O Serviço
de Cardiologia deve ter autonomia técnica e de direção e possuir um Quadro médico
mínimo de 1 Assistente Sénior (Chefe de Serviço) e um mínimo de 20 Assistentes
Hospitalares, inscritos no Colégio de Especialidade e Subespecialidades respetivas
(Cardiologia de Intervenção e Eletrofisiologia Cardíaca).
Nestes centros deverá constituir preocupação determinante do seu planeamento a
manutenção de volumes de procedimentos adequados à manutenção de níveis
adequados de qualidade;
Os Laboratórios de Hemodinâmica e Angiografia deverão ter uma configuração
multifuncional facilitadora da integração da atividade de diferentes especialidades
baseadas nas técnicas percutâneas e endovasculares, de forma a gerar sinergias de
conhecimento e otimização de recursos humanos e materiais.
Técnicas invasivas diferenciadas que deverão ser exclusivamente efetuadas em
Centros do Nível III (com Cirurgia Cardíaca)
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• Técnicas de encerramento percutâneo de shunts
• Valvulotomias percutâneas e outras formas de intervenção valvular
• Implantação percutânea de próteses valvulares
• Encerramento percutâneo de leaks perivalvulares
• Ablação septal na miocardiopatia hipertrófica obstrutiva
Centros Nível III:
• Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta
• Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – Hospital de Santa Maria
• Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE – Hospitais da Universidade
de Coimbra
• Centro Hospitalar de São João, EPE – Hospital de São João
O Centro Hospitalar do Porto não tem atividade estruturada de Cirurgia Cardíaca
C – Caracterização da Realidade Actual
1. Recursos Humanos
De acordo com os dados disponíveis na ACSS, reportado a Dezembro 2013, existiam,
nas instituições do Ministério da Saúde, 460 médicos especialistas de Cardiologia
(análise por emprego).
Pessoal Médico de Cardiologia em Dezembro 2013
Especialistas e Internos
Internato Médico Especialistas Total
Região Nº % Nº % Nº %
Norte 58 34,73% 157 34,13% 215 34,29%
Centro 30 17,96% 84 18,26% 114 18,18%
Lisboa e Vale do Tejo 62 37,13% 195 42,39% 257 40,99%
Alentejo 11 6,59% 14 3,04% 25 3,99%
Algarve 6 3,59% 10 2,17% 16 2,55%
Continente 167 100,00% 460 100,00% 627 100,00%
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Região Rácio Internos / Especialistas
Norte 0,37
Centro 0,36
Lisboa e Vale do Tejo
0,32
Alentejo 0,79
Algarve 0,60
Continente 0,36
Verifica-se que a cerca 42,39% dos cardiologistas exerce na Região de Lisboa e Vale
do Tejo, seguindo-se a Região Norte, com 34,13% dos especialistas.
É também nessas duas regiões que existe o maior número de internos (37,13% e
34,73%, respetivamente).
Contudo, o rácio de internos/especialista revela que a Região com melhor rácio é o
Alentejo (0,79), seguindo-se o Algarve (0,60). Estes números podem ser vistos como
promissores em termos de futuro.
157
84
195
14
10
58
30
62
11
6
0 50 100 150 200 250
Norte
Centro
Lisboa e Vale do Tejo
Alentejo
Algarve
Pessoal Médico de Cardiologia em Dez 2013
Especialistas Internato Médico
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Região/Instituição Médico Internato Médico Geral
0-29 30-39 40-49 50-59 60-64 65+ Total 0-29 30-39 40-49 Total Total
Alentejo 4 2 7 1 14 8 3 11 25
HOSPITAL DO ESPÍRITO SANTO - ÉVORA, E.P.E.
4 2 5 1 12 2 2 4 16
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO BAIXO ALENTEJO, E.P.E.
2 2 3 1 4 6
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO NORTE ALENTEJANO, E.P.E.
3 3 3
Algarve 3 2 3 2 10 4 2 6 16
CENTRO HOSPITALAR DO ALGARVE, E.P.E.
3 2 3 2 10 4 2 6 16
Centro 19 23 28 8 6 84 15 14 1 30 114
CENTRO HOSPITALAR DA COVA DA BEIRA, E.P.E.
1 1 2 1 1 3
CENTRO HOSPITALAR DE LEIRIA, E.P.E.
2 4 1 7 7
CENTRO HOSPITALAR DO BAIXO VOUGA, E.P.E.
1 3 6 10 1 1 11
CENTRO HOSPITALAR TONDELA - VISEU, E.P.E.
5 1 5 1 12 3 2 5 17
CENTRO HOSPITALAR UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA
8 10 11 3 2 34 9 10 1 20 54
HOSPITAL ARCEBISPO JOÃO CRISÓSTOMO - CANTANHEDE
1 1 1 3 3
HOSPITAL DISTRITAL DA FIGUEIRA DA FOZ, E.P.E.
1 1 2 2
HOSPITAL DR. FRANCISCO ZAGALO - OVAR
1 1 1
HOSPITAL JOSÉ LUCIANO CASTRO - ANADIA
1 1 1
IPO COIMBRA, E.P.E. 2 1 3 3
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DA GUARDA, E.P.E.
2 3 5 1 1 2 7
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DE CASTELO BRANCO, E.P.E.
1 3 4 1 1 5
Lisboa e Vale do Tejo 1 39 49 83 16 7 195 31 31 62 257
CENTRO HOSPITALAR BARREIRO MONTIJO, E.P.E.
3 3 4 10 1 1 11
CENTRO HOSPITALAR DE LISBOA OCIDENTAL, E.P.E.
6 10 14 2 2 34 5 11 16 50
CENTRO HOSPITALAR DE SETÚBAL E.P.E.
3 3 5 11 2 2 4 15
CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO TEJO, E.P.E.
1 4 1 6 6
CENTRO HOSPITALAR DO OESTE
1 1 2 4 4
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Região/Instituição Médico Internato Médico Geral
0-29 30-39 40-49 50-59 60-64 65+ Total 0-29 30-39 40-49 Total Total
CENTRO HOSPITALAR LISBOA NORTE, E.P.E.
3 11 17 9 4 44 7 6 13 57
ESCALA VILA FRANCA - SOCIEDADE GESTORA DO ESTABELECIMENTO,S.A.
4 3 7 1 1 8
GRUPO HOSPITALAR DO CENTRO DE LISBOA
3 6 14 2 25 7 7 14 39
HFF, EPE 4 4 6 14 2 1 3 17
HOSPITAL DISTRITAL DE SANTARÉM, E.P.E.
3 1 6 1 11 3 3 6 17
HOSPITAL GARCIA DE ORTA, E.P.E. - ALMADA
9 4 6 19 3 1 4 23
INST.PORT.ONCOLOGIA DE LISBOA -FRANC.GENTIL,E.P.E.
2 2 2
SGHL - SOCIEDADE GESTORA DO HOSPITAL DE LOURES, SA
1 3 2 2 8 8
Norte 52 42 43 16 4 157 26 32 58 215
ADMINISTRACAO REGIONAL SAÚDE NORTE, I.P.
1 1 1
CENTRO HOSP. DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, E.P.E
6 3 2 2 1 14 2 3 5 19
CENTRO HOSP. PÓVOA DO VARZIM-VILA DO CONDE, E.P.E.
2 2 2
CENTRO HOSP. V. N.GAIA ESPINHO, E.P.E.
9 5 7 1 1 23 3 10 13 36
CENTRO HOSP.ENTRE DOURO E VOUGA, E.P.E.
2 1 2 2 7 7
CENTRO HOSPITALAR DE S. JOÃO, E.P.E.
6 9 9 3 1 28 8 8 16 44
CENTRO HOSPITALAR DO ALTO AVE, E.P.E.
4 1 5 1 11 2 3 5 16
CENTRO HOSPITALAR DO MÉDIO AVE, E.P.E.
3 2 5 1 1 6
CENTRO HOSPITALAR DO PORTO, E.P.E.
6 6 5 2 1 20 3 3 6 26
CENTRO HOSPITALAR DO TÂMEGA E SOUSA, E. P. E.
6 4 5 15 4 1 5 20
HOSPITAL DE BRAGA 4 6 2 2 14 3 3 6 20
INSTITUTO PORT.ONCOLOGIA DO PORTO, E.P.E.
1 1 1 3 3
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO ALTO MINHO, E.P.E.
2 2 1 5 5
UNIDADE LOCAL DE SAÚDE DO NORDESTE, E.P.E.
1 1 2 1 1 3
UNIDADE LOCAL SAÚDE DE MATOSINHOS, E.P.E.
1 2 3 1 7 7
Total Geral 1 115 118 166 41 17 458 84 82 1 167 627
Fonte: ACSS – Dados provisórios do Inventário dos Prof issionais da Saúde - Dez 2013
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2. Desempenho Atual da Rede
2.1. – Internamento
De acordo com a informação disponibilizada pela ACSS e referente a 2013, o número
de doentes saídos do internamento de Cardiologia foi de 34.304.
O número de internamentos por milhão de habitantes na especialidade Cardiologia foi
de 3.438,4/1.000.000 hab., registando-se discrepâncias a nível regional. Destacam-se
a Região Alentejana com cerca de metade da média nacional (1.903,3
internamentos/1.000.000 hab.) e a Região Centro com +43% de internamentos do que
a média nacional (4.934,0 internamentos/1.000.000 hab.).
Número de Internamentos na especialidade de Cardiol ogia
por Milhão Habitantes, em 2013 - Variação Regional
Região População Nº Internamentos Nº Internamentos /1.000.000 hab.
Norte 3.666.234 9.472 2.583,6
Centro 2.298.938 11.343 4.934,0
Lisboa 2.818.388 13.629 4.835,7
Alentejo 748.699 1.425 1.903,3
Algarve 444.390 1.279 2.878,1
Total 9.976.649 37.148 3.723,5
2 583,6
4 934,0 4 835,7
1 903,3
2 878,1
3 723,5
0,0
1 000,0
2 000,0
3 000,0
4 000,0
5 000,0
6 000,0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Continente
Nº Internamentos /1.000.000 hab. (2013)
24
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Cardiologia – Internamentos 2013
Região Instituição Doentes Saídos
Norte
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE 2
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE 62
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE 507
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE 820
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE 904
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE 1.025
Centro Hospitalar do Porto, EPE 1.361
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE 1.376
Hospital de Braga, PPP 1.538
Centro Hospitalar de São João, EPE 1.877
Centro
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 180
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 583
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 719
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 762
Centro Hospitalar de Leiria, EPE 1.183
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE 1.330
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 1.548
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 5.038
LVT
Hospital de Loures, PPP 421
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP 505
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE 676
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE 775
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 930
Hospital Distrital de Santarém, EPE 934
Hospital Fernando da Fonseca, EPE 1.306
Hospital Garcia de Orta, EPE 1.409
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE 1.861
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE 1.967
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 2.845
Alentejo Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE 441
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE 984
Algarve Centro Hospitalar do Algarve, EPE 1.279
Total 37.148
25
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Região Norte
Região Centro
2
62
507
820
904
1 025
1 361
1 376
1 538
1 877
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Hospital de Braga, PPP
Centro Hospitalar de São João, EPE
Cardiologia Internamentos 2013
180
583
719
762
1 183
1 330
1 548
5 038
0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cardiologia Internamentos 2013
26
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Região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve
421
441
505
676
775
930
934
984
1 279
1 306
1 409
1 861
1 967
2 845
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000 3 500
Hospital de Loures, PPP
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Cardiologia Internamentos 2013
27
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Nacional
2
62
180
421
441
505
507
583
676
719
762
775
820
904
930
934
984
1 025
1 183
1 279
1 306
1 330
1 361
1 376
1 409
1 538
1 548
1 861
1 877
1 967
2 845
5 038
0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Hospital de Loures, PPP
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Hospital de Braga, PPP
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hospitalar de São João, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cardiologia Internamentos 2013
28
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
2.2. – Rácios Internamento/ETC
No sentido de ponderar os diferentes regimes de trabalho dos especialistas envolvidos
considerou-se a análise dos rácios “nº de internamentos”/“Equivalentes de Tempo
Completo”.
Região Norte
Região Centro
0,7
31,0
40,6
69,8
74,8
83,1
96,2
97,2
97,6
118,3
0 20 40 60 80 100 120 140
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de…
Centro Hospitalar de São João, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto…
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Hospital de Braga, PPP
Rácios Internamentos/ETC
79,9
112,5
112,7
156,9
166,6
173,2
215,1
774,0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de…
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco,…
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Rácios Internamentos/ETC
29
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve
52,2
60,1
68,9
78,9
97,4
104,5
110,1
110,7
118,4
119,2
122,9
124,8
126,2
245,0
0 50 100 150 200 250 300
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Hospital de Loures, PPP
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Rácios Internamentos/ETC
30
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Nacional
0,7
31,0
40,6
52,2
60,1
68,9
69,8
74,8
78,9
79,9
83,1
96,2
97,2
97,4
97,6
104,5
110,1
110,7
112,5
112,7
118,3
118,4
119,2
122,9
124,8
126,2
156,9
166,6
173,2
215,1
245,0
774,0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Hospital de Loures, PPP
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hospitalar de São João, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Hospital de Braga, PPP
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Rácios Internamentos/ETC
31
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Instituições Nível 1
Instituições Nível 2
31,0
60,1
78,9
79,9
83,1
97,2
97,6
104,5
110,7
112,5
119,2
122,9
126,2
166,6
173,2
215,1
245,0
774,0
0 100 200 300 400 500 600 700 800 900
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Hospital de Loures, PPP
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Rácios Internamentos/ETC
96,2
97,4
110,1
112,7
118,3
118,4
0 20 40 60 80 100 120 140
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Hospital de Braga, PPP
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Rácios Internamentos/ETC
32
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Instituições Nível 3 e 4
*- Nível II da portaria 82/2014
40,6
52,2
68,9
69,8
74,8
124,8
156,9
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE*
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE*
Centro Hospitalar de São João, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Rácios Internamentos/ETC
33
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
2.3. – Consulta Externa
Foram realizadas 425.130 consultas, a que correspondeu uma média de 42,6
consultas por 1.000 habitantes, com a seguinte distribuição: Região Norte – 113.578
consultas (31,0/1.000 hab.); Região Centro – 81.499 consultas (35,5/1.000 hab.);
Região de Lisboa e Vale do Tejo – 197.928 consultas (70,2/1.000 hab.); Região do
Alentejo – 23.565 consultas (31,5/1.000 hab.) e Região do Algarve – 8.560 consultas
(19,3/1.000 hab.).
Na especialidade de Cardiologia, define-se que o número de consultas/1.000
habitantes deve ser de 50/1.000 hab.
Região População Nº Consultas Nº Consultas /1.000 hab.
Norte 3.666.234 113.578 31,0
Centro 2.298.938 81.499 35,5
Lisboa 2.818.388 197.928 70,2
Alentejo 748.699 23.565 31,5
Algarve 444.390 8.560 19,3
Continental 9.976.649 425.130 42,6
A percentagem de primeiras consultas de Cardiologia, a nível nacional, foi de cerca de
31.7%.
31,035,5
70,2
31,5
19,3
42,6
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve Continental
Nº Consultas /1.000 hab.
34
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
CONSULTAS DE CARDIOLOGIA – 2013
Região Consultas Externas 2013
Norte
Hospital Santa Maria Maior, EPE 1.394
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, EPE 1.787
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE 1.934
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE 4.202
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE 5.881
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE 6.432
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE 7.127
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE 7.659
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE 8.150
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE 9.309
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE 9.691
Centro Hospitalar de São João, EPE 13.168
Centro Hospitalar do Porto, EPE 14.543
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE 22.301
Centro
Hospital Arcebispo João Crisóstomo 524
Hospital José Luciano de Castro 682
Hospital Dr. Francisco Zagalo 2.267
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE 2.714
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE 2.963
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE 3.619
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE 4.679
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE 5.300
Centro Hospitalar de Leiria, EPE 6.581
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE 9.985
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE 10.322
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE 31.863
LVT
Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE 1.098
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP 4.324
Hospital de Cascais, PPP 4.751
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE 7.010
Hospital de Loures, PPP 7.028
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE 7.152
Centro Hospitalar do Oeste 8.782
Hospital Fernando da Fonseca, EPE 9.470
Hospital Distrital de Santarém, EPE 9.903
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE 14.161
Hospital Garcia de Orta, EPE 17.873
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE 31.909
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE 34.829
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE 39.638
Alentejo
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE 3.066
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo, EPE 3.255
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE 8.117
Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, EPE 9.127
Algarve Centro Hospitalar do Algarve, EPE 8.560
Total 425.130
35
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região Norte
Região Centro
1 394
1 787
1 934
4 202
5 881
6 432
7 127
7 659
8 150
9 309
9 691
13 168
14 543
22 301
0 5 000 10 000 15 000 20 000 25 000
Hospital Santa Maria Maior, EPE
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde,…
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Centro Hospitalar de São João, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE
Consultas Externas
524
682
2 267
2 714
2 963
3 619
4 679
5 300
6 581
9 985
10 322
31 863
0 5 000 10 000 15 000 20 000 25 000 30 000 35 000
Hospital Arcebispo João Crisóstomo
Hospital José Luciano de Castro
Hospital Dr. Francisco Zagalo
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Consultas Externas
36
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve
1 098
3 066
3 255
4 324
4 751
7 010
7 028
7 152
8 117
8 560
8 782
9 127
9 470
9 903
14 161
17 873
31 909
34 829
39 638
0 5 000 10 00015 00020 00025 00030 00035 00040 00045 000
Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Hospital de Cascais, PPP
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Hospital de Loures, PPP
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Centro Hospitalar do Oeste
Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Consultas Externas
37
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Nacional
524
682
1 098
1 394
1 787
1 934
2 267
2 714
2 963
3 066
3 255
3 619
4 202
4 324
4 679
4 751
5 300
5 881
6 432
6 581
7 010
7 028
7 127
7 152
7 659
8 117
8 150
8 560
8 782
9 127
9 309
9 470
9 691
9 903
9 985
10 322
13 168
14 161
14 543
17 873
22 301
31 863
31 909
34 829
39 638
0 10 000 20 000 30 000 40 000
Hospital Arcebispo João Crisóstomo
Hospital José Luciano de Castro
Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE
Hospital Santa Maria Maior, EPE
Centro Hospitalar Póvoa de Varzim/Vila do Conde, EPE
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Hospital Dr. Francisco Zagalo
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Unidade Local de Saúde do Norte Alentejo, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Hospital de Cascais, PPP
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Hospital de Loures, PPP
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Centro Hospitalar do Oeste
Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Centro Hospitalar de São João, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Consultas Externas
38
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
2.4. – Rácios Consulta Externa/ETC
Região Norte
Região Centro
489,5
644,7
677,7
799,1
823,5
886,6
980,2
1 104,0
1 168,4
1 461,8
2 089,7
2 101,0
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500
Centro Hospitalar de São João, EPE
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Rácios Consultas/ETC
673,4
846,2
992,6
1 146,9
1 196,5
1 336,9
1 696,3
1 809,5
2 120,0
2 518,9
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE
Hospital Dr. Francisco Zagalo
Rácios Consultas/ETC
39
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve
610,0
675,6
792,6
802,5
803,7
923,8
1 004,0
1 100,3
1 181,8
1 274,5
1 338,2
1 396,3
1 591,1
1 638,3
1 703,3
1 738,5
2 311,1
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500
Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Hospital de Loures, PPP
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital de Cascais, PPP
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Centro Hospitalar do Oeste
Rácios Consultas/ETC
40
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Nacional
489,5
610,0
644,7
673,4
675,6
677,7
792,6
799,1
802,5
803,7
823,5
846,2
886,6
923,8
980,2
992,6
1 004,0
1 100,3
1 104,0
1 146,9
1 168,4
1 181,8
1 196,5
1 274,5
1 336,9
1 338,2
1 396,3
1 461,8
1 591,1
1 638,3
1 696,3
1 703,3
1 738,5
1 809,5
2 089,7
2 101,0
2 120,0
2 311,1
2 518,9
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000
Centro Hospitalar de São João, EPE
Instituto Português Oncologia de Lisboa, EPE
Instituto Português Oncologia do Porto, EPE
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Hospital de Loures, PPP
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital de Cascais, PPP
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Instituto Português Oncologia de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar do Oeste
Hospital Dr. Francisco Zagalo
Rácios Consultas/ETC
41
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Instituições Nível 1
Instituições Nível 2
673,4
675,6
802,5
823,5
886,6
980,2
1 004,0
1 100,3
1 146,9
1 168,4
1 196,5
1 274,5
1 336,9
1 338,2
1 461,8
1 591,1
1 638,3
1 696,3
1 703,3
1 809,5
2 089,7
2 101,0
2 311,1
2 518,9
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500 3 000
Unidade Local de Saúde da Guarda, EPE
Hospital de Vila Franca de Xira, PPP
Hospital Fernando da Fonseca, EPE
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, EPE
Centro Hospitalar do Alto Ave, EPE
Unidade Local de Saúde de Matosinhos, EPE
Hospital de Loures, PPP
Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, EPE
Centro Hospitalar do Baixo Vouga, EPE
Centro Hospitalar Entre Douro e Vouga, EPE
Centro Hospitalar de Leiria, EPE
Centro Hospitalar Médio Tejo, EPE
Unidade Local de Saúde de Castelo Branco, EPE
Hospital Distrital de Santarém, EPE
Unidade Local de Saúde do Alto Minho, EPE
Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
Hospital de Cascais, PPP
Hospital Distrital da Figueira da Foz, EPE
Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo, EPE
Centro Hospitalar Cova da Beira, EPE
Centro Hospitalar do Médio Ave, EPE
Unidade Local de Saúde do Nordeste, EPE
Centro Hospitalar do Oeste
Hospital Dr. Francisco Zagalo
Rácios Consultas/ETC
677,7
792,6
803,7
846,2
1 396,3
0 200 400 600 800 1 000 1 200 1 400 1 600
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Centro Hospitalar do Algarve, EPE
Hospital Espírito Santo de Évora, EPE
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Rácios Consultas/ETC
42
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Instituições Nível 3
*- Nível II da portaria 82/2014
489,5
799,1
923,8
992,6
1 104,0
1 181,8
1 738,5
0 500 1 000 1 500 2 000 2 500
Centro Hospitalar de São João, EPE
Centro Hospitalar do Porto, EPE
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE*
Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE*
Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE
Rácios Consultas/ETC
43
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2.5. – Consulta Externa – Acessibilidade / Tempos M áximos de Resposta
Garantidos (TMRG)
Hospital de destino do pedido Consultas realizadas
Consultas realizadas fora do
tempo
% Consultas realizadas
fora do TMRG
CH do Barlavento Algarvio 137 136 99%
ULSG - Hospital Sousa Martins 198 193 97%
CHMT - Hospital Doutor Manoel Constâncio -
Abrantes
20 19 95%
CHMT - Hospital Rainha Santa Isabel - Torres
Novas
149 128 86%
CHTS - Hosp. Padre Américo-Vale do Sousa 35 30 86%
Hospital de Braga 945 779 82%
CHBM - Hospital Nossa Senhora do Rosário,
E.P.E
339 232 68%
CHMT - Hospital Nossa Senhora da Graça -
Tomar
85 55 65%
CHBV - Aveiro 772 421 55%
ULSBA - Hospital José Joaquim Fernandes 128 68 53%
CHAA - Unidade de Guimarães 531 245 46%
ULSNA-Hospital Doutor José Maria Grande 375 170 45%
Hospital de Vila Franca de Xira 555 221 40%
CH de Setúbal, E.P.E. 576 219 38%
CHLO - Hospital São Francisco Xavier 218 82 38%
Hospital Professor Doutor Fernando da
Fonseca - Amadora/Sintra
357 127 36%
CHO - Caldas da Raínha 245 82 33%
Hospital do Arcebispo João Crisóstomo 248 77 31%
ULSN - Mirandela 273 69 25%
ULSNA-Hospital Santa Luzia de Elvas 99 25 25%
CHLN - Hospital de Santa Maria 150 28 19%
CHBV - Águeda 260 46 18%
Hospital Cândido de Figueiredo 63 11 17%
Centro Hospitalar Leiria 632 86 14%
ULSM - Hospital Pedro Hispano, E.P.E. 430 56 13%
CHO - Torres Vedras 454 55 12%
ULSN - Bragança 271 32 12%
Hospital do Espírito Santo de Évora, E.P.E. 492 49 10%
ULSAM - Viana do Castelo 562 54 10%
44
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Hospital de destino do pedido Consultas realizadas
Consultas realizadas fora do
tempo
% Consultas realizadas
fora do TMRG
CHUC - Hospitais da Universidade de Coimbra 952 86 9%
Hospital Beatriz Ângelo 976 87 9%
CHUC - Hospital Geral 546 47 9%
Hospital Distrital da Figueira da Foz, E.P.E. 258 20 8%
Hospital Distrital de Santarém, E.P.E. 690 39 6%
CH de Vila Nova de Gaia/Espinho 1.033 57 6%
CHTMAD - Hospital de Chaves 195 10 5%
CHSJ - Hospital de São João 577 29 5%
Hospital de Faro, EPE 407 16 4%
Hospital Garcia de Orta, E.P.E. 488 18 4%
CHLN - Hospital Pulido Valente 200 7 4%
CHLO - Hospital de Egas Moniz 355 11 3%
Hospital do Litoral Alentejano 557 14 3%
HPP - Hospital de Cascais 438 11 3%
CHP - Hospital Geral de Santo António 754 15 2%
Hospital José Luciano de Castro 154 3 2%
CHLC - Hospital de Santa Marta 1.452 25 2%
CH da Póvoa de Varzim/Vila do Conde 693 10 1%
Hospital São Teotónio, EPE 991 13 1%
CHMA - Sto Tirso 373 4 1%
CHEDV - Hospital S. Sebastião 970 9 1%
Hospital Dr. Francisco Zagalo 364 3 1%
CHMA - Famalicão 388 1 0%
CHTMAD - Hospital de São Pedro de Vila Real 584 1 0%
ULSCB - Hospital Amato Lusitano 295 0 0%
CHLO - Hospital de Santa Cruz 167 0 0%
CHCB - Covilhã 19 0 0%
ULSAM - Ponte de Lima 17 0 0%
SCM do Entroncamento (LVT) 5 0 0%
Hospital Curry Cabral 0 0 0%
Total 24.497 4.331 18%
Fonte: ACSS/CTH
45
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2.6. – Monitorização
Os indicadores descritos ou outros de igual relevância devem ser periodicamente
monitorizados, possibilitando desta forma a deteção precoce de desvios e o
planeamento racional de ações que promovam o grau de desempenho da rede.
Assume aqui particular relevância a dimensão da acessibilidade.
46
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VII- Subespecialidades Cardiológicas: Intervenção
Cardiológica Percutânea e Eletrofisiologia Cardíaca
VII.1- Cardiologia de Intervenção
VII.1.1- Conceitos subjacentes
Designa-se por Cardiologia de Intervenção o conjunto de técnicas terapêuticas que
utilizam o cateterismo cardíaco, por via percutânea, como acesso ao coração, para
efeitos de terapêutica de alterações estruturais do mesmo, quer a nível das artérias
coronárias, quer de outras estruturas.
Estas técnicas são realizadas em Laboratórios de Hemodinâmica e Angiocardiografia
(vulgarmente designados por salas de cateterismo), em ambiente esterilizado, não
requerem, em algumas circunstâncias, anestesia geral. Tipicamente o internamento do
doente é curto (inferior a 48 horas) e a recuperação funcional rápida.
A angioplastia coronária constitui a principal e mais importante atividade da
Cardiologia de Intervenção, que nos últimos anos tem apresentado um significativo
desenvolvimento. Um incremento significativo tem sido verificado na área da
implantação percutânea de próteses valvulares e noutras técnicas de “intervenção
estrutural”.
Encontram-se ainda em fase de expansão e consolidação de indicações, um vasto
conjunto de outras técnicas emergentes:
• Técnicas de encerramento percutâneo de shunts, leaks e do apêndice auricular
esquerdo;
• Valvulotomias Percutâneas;
• “Mitraclip”;
• Ablação septal na miocardiopatia hipertrófica.
A – Requisitos das Unidades Hemodinâmicas (Recomendações Internacionais).
A instituição deve ter um nível de atividade desejável de pelo menos 400
procedimentos de intervenção coronários por ano. Uma instituição com um volume
inferior a 200 procedimentos/ano, a menos que numa região geograficamente
47
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carenciada, deve considerar cuidadosamente a suspensão da continuidade dessa
atividade.
Deverá ser orientada por um operador com uma experiência superior a 500
procedimentos.
O equipamento radiológico deverá fornecer imagem fluoroscópica de alta resolução
com processamento digital em vídeo, de modo a permitir a revisão imediata de alta
qualidade das imagens cine angiográficas. O pessoal de apoio de enfermagem,
técnico e médico deve ser experiente e capaz de responder rapidamente a
emergências e outras situações pouco habituais.
B – Pessoal Médico
Em Portugal foi aprovada pela Ordem dos Médicos a subespecialidade de Cardiologia
de Intervenção. Assim e de acordo com esta regulamentação, a prática de
procedimentos de intervenção, deverá estar limitada a médicos com essa
diferenciação.
Uma Unidade de Cardiologia de Intervenção que atue como nó da Via Verde
Coronária deve possuir, no mínimo, 3 operadores capazes de realizar angioplastias
coronárias com autonomia técnica. Um deles deve estar de prevenção as 24 horas do
dia. Além deles, deve haver pelo menos mais um médico com experiência de ajudante
no procedimento e pelo menos um médico com experiência em reanimação
cardiovascular (ressuscitação e entubação) disponível, em minutos, para as atividades
do Laboratório onde se realize angioplastia coronária.
Existem recomendações internacionais sobre o volume mínimo dos operadores para
manutenção de competência técnica, quantificado na realização de 75 a 100
procedimentos por ano.
C – Pessoal do Laboratório
A Unidade deve possuir pessoal de enfermagem, técnico cardiopneumologista e
técnico de radiologia em número variável conforme a dimensão do Laboratório e o
horário de funcionamento.
48
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D – Laboratório de Cateterismo
Baseando-se estas técnicas na imagem radiológica, considera-se que, para o seu
exercício, as Unidades de Cardiologia de Intervenção devem dispor de equipamentos
que permitam obter imagens com a máxima qualidade e definição. O equipamento de
angiografia digital deve, numa situação minimamente aceitável, possuir 2.5 pares de
linhas por milímetro (fantôma de alto contraste) num intensificador de imagem de 5
polegadas, dado que matrizes de tamanho inferior a 512x512 pixels são já obsoletas.
Para a cardiologia de adultos é suficiente a aquisição máxima de 25 imagens por
segundo, mas para a cardiologia pediátrica são recomendáveis 50 imagens por
segundo.
O processamento de imagem deve existir no local durante a recuperação (também
desejável durante a aquisição) e deve incluir alterações na melhoria da seleção
automática de filtros, ampliação da imagem sem aumentar a dose de radiação e
apresentação inversa.
Devem existir estações de visionamento, operacionais por ligação direta ao
equipamento de angiografia digital da sala de cateterismo ou através dos meios de
armazenamento, para permitir a visão estática ou dinâmica das angiografias, sem usar
o equipamento da sala.
E – Instalações
É hoje internacionalmente recomendado que a sala de angiografia propriamente dita
não deve ter menos de 32-36m2, podendo ir para mais do dobro em função das
técnicas que se praticam na Unidade.
As unidades deverão, assim, dispor de salas de recobro de doentes, espaços de
arquivo e de armazenamento de material disponível de imediato, espaço para
relatórios médicos, área de secretariado com fotocopiadoras, fax, etc., sala de
reuniões, outras estruturas de apoio, etc., tendendo a constituir-se, dentro da estrutura
hospitalar, como departamentos funcionais autónomos.
É vantajosa e recomendável a concentração no mesmo local do conjunto das
instalações hospitalares destinadas á realização de técnicas angiográficas,
envolvendo várias especialidades médicas (Cardiologia, Cardiologia Pediátrica,
Radiologia, Neurorradiologia, Cirurgia Vascular). Essa concentração não só permite
racionalizar os recursos humanos das áreas de apoio, mas também permite a
integração multidisciplinar, com benefícios operacionais inquestionáveis.
49
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É essencial o apoio a montante e a jusante de unidades de cuidados intensivos
diferenciados, que possam assegurar, nomeadamente, a continuidade das diferentes
modalidades de assistência circulatória (contrapulsação aórtica e outras).
Proposta de esquema funcional para Hospitais de Nível III
F – Equipamento especial
Todo o material para desfibrilhação, cardioversão e respiração artificial deve estar
presente no Laboratório (onde é indispensável a existência de rampa de gases) ou
disponível em menos de um minuto.
G – Retaguarda cirúrgica
Não sendo, na atualidade, indispensável a coexistência na mesma instituição de
possibilidade de cirurgia cardíaca, deverá sempre ser salvaguardada a disponibilidade
imediata de recurso a um centro o mais próximo possível que dela disponha.
Deverão ser obrigatoriamente firmados protocolos interinstitucionais de forma a
permitir a pronta resposta sempre que necessário, e independentemente de qualquer
circunstancialismo.
Estrutura Laboratório Integrado Angiografia/Hemodin âmica
Área de Acolhimento
Cuidados Intensivos Diferenciados
Sala Pacing/Electrofisiologia
Sala Dedicada Cardiologia
Sala Dedicada: Angiografia Periférica/Neuroradiologia
Sala Cardiologia / Cardiologia Pediátrica
Sala Comandos Comum Sala Comandos Comum
50
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VII.1.2- Intervenção Coronária Percutânea
A – Instalações - situação atual
Na Região de Saúde do Norte existem 8 Salas de Intervenção Coronária Percutânea
(1/455.524 habitantes, em 2013): Centro Hospitalar de São João, EPE (Hospital de
São João, 2 salas); Centro Hospitalar do Porto, EPE (Hospital Geral de Santo
António); Centro Hospitalar de Trás os Monte e Alto Douro, EPE (Hospital de São
Pedro de Vila Real), Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE (Hospital
Eduardo Santos Silva, 2 salas); Hospital de Braga, PPP e Centro Hospitalar Tâmega e
Sousa, EPE (Hospital Padre Américo).
Com retaguarda cirúrgica: Centro Hospitalar de São João, EPE (Hospital de São João)
e Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE (Hospital Eduardo Santos Silva);
Na Região de Saúde do Centro existem 6 Salas de Intervenção Coronária Percutânea
(1/380.194 habitantes): Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE (2+2 salas);
Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE (Hospital de São Teotónio) e Centro Hospitalar
de Leiria, EPE (Hospital de Santo André).
Com retaguarda cirúrgica: Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
(Hospitais da Universidade de Coimbra);
Na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo existem 9 Salas de Intervenção
Coronária Percutânea (1/311.947 habitantes): Centro Hospitalar de Lisboa Central,
EPE (Hospital de Santa Marta, 2 salas); Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE (Hospital
de Santa Maria, 2 salas); Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE (Hospital de
Santa Cruz, 2 salas); Hospital Garcia de Orta, EPE; Centro Hospitalar de Setúbal, EPE
(Hospital de São Bernardo) e Hospital Fernando da Fonseca, EPE.
Com retaguarda cirúrgica: Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE (Hospital de
Santa Marta); Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE (Hospital de Santa Maria); Centro
Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE (Hospital de Santa Cruz).
Na Região de saúde do Alentejo existe 1 sala de Intervenção Coronária Percutânea
(1/743.306 habitantes) no Hospital Espírito Santo de Évora, EPE. Não existe
retaguarda cirúrgica na Região.
51
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Na Região de Saúde do Algarve existe 1 Sala de Intervenção Coronária Percutânea
(1/442.358 habitantes) no Centro Hospitalar do Algarve, EPE (Hospital de Faro). Não
existe retaguarda cirúrgica na Região.
B – Produção atual
Em 2012 e 2013 a distribuição de procedimentos de intervenção coronária por região
foi a seguinte:
3569
2419
5186
407 505
3752
2714
5472
493 438
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
Norte(6 Centros)
Centro(3 Centros)
LVT(6 Centros)
Alentejo(1 Centro)
Algarve(1 Centro)
Intervenção Coronária Percutânea (Nº Procedimentos)
2012 2013
973,51 052,2
1 840,1
543,6
1 136,41 211,4
1 029,61 189,7
1 949,0
663,3
990,1
1 297,5
0,0
500,0
1000,0
1500,0
2000,0
2500,0
Norte(6 Centros)
Centro(3 Centros)
LVT(6 Centros)
Alentejo(1 Centro)
Algarve(1 Centro)
Continente
Intervenção Coronária Percutânea (Nº Procedimentos/Milhão Habitante)
2012 2013
52
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C – Avaliação crítica da situação atual
Considerando a média europeia de 3 salas de Hemodinâmica por milhão de
habitantes, Portugal não se encontra distante deste valor (≈2,5).
O número de angioplastias realizadas em Portugal em 2013, de 1.333/milhão de
habitantes (duplica praticamente o valor de há 10 anos: 745/milhão de habitantes).
Para comparações internacionais utilizamos o último relatório da OCDE (OCDE Health
at a Glance Europe 2012) em que podemos verificar a posição relativa da realidade
portuguesa em 2010 e respetiva taxa de crescimento anual:
165
505
377
406
431
407
503
512
562
624
851
646
967
984
895
760
1158
1333
203
438
448
480
485
493
512
573
574
678
692
705
825
966
993
1089
1356
1359
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Hospital Padre Américo
Hospital de Faro, EPE
Hospital de São Teotónio, EPE
Hospital de São Pedro de Vila Real
Hospital de Santo André, EPE
Hospital do Espírito Santo, EPE
Hospital Doutor Fernando da Fonseca
Hospital Geral de Santo António
Hospital Garcia de Orta, EPE
Hospital de Braga
Hospital Geral dos Covões
Hospital de São Bernardo
Hospital de São João, EPE
Hospital de Santa Cruz
Hospital Eduardo Santos Silva
Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE
Hospital de Santa Maria
Hospital de Santa Marta
Intervenção Coronária Percutânea
2013 2012
53
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Em 2013 existia 1 Hospital que realizou menos de 400 casos/ano: Centro Hospitalar
Tâmega e Sousa, EPE (Hospital Padre Américo – 203). Os restantes centros realizam
mais de 400 casos/ano; havendo 6 que realizaram mais de 800 casos/ano: Centro
Hospitalar de São João, EPE (Hospital de São João – 825); Centro Hospitalar de
Lisboa Ocidental, EPE (Hospital de Santa Cruz – 966); Centro Hospitalar Vila Nova de
Gaia/Espinho, EPE (Hospital Eduardo Santos Silva – 993); Centro Hospitalar e
Universitário de Coimbra, EPE (Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE – 1089);
Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE (Hospital de Santa Maria – 1356) e Centro
Hospitalar de Lisboa Central, EPE (Hospital de Santa Marta – 1359).
VII.1.3- Intervenção Estrutural
Como já foi referido constitui uma área de actividade em crescente expansão
caracterizando-se por ter grandes exigências técnicas, com curvas de aprendizagem
rigorosas e implicar uma cuidadosa selecção de casos. As técnicas aqui englobadas
implicam utilização de dispositivos com elevado custo financeiro que deverá ser
devidamente ponderado e reflectido nos orçamentos institucionais.
54
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
A – Implantações Próteses Valvulares Percutâneas
No momento actual a implantação percutânea de próteses valvulares aórticas realiza-
se nas seguintes instituições:
• Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Hospital Eduardo
Santos Silva
• Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – Hospital de Santa Maria
• Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE – Hospital de Santa Cruz
• Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta
Apenas dois centros com cirurgia cardíaca não realizam a técnica: H. S. João e Centro
Hospitalar Universitário de Coimbra.
Em 2013 verificou-se um sensível incremento do número de implantações que
deverão apresentar idêntica tendência nos próximos anos.
0
20
40
60
80
100
120
2009 2010 2011 2012 2013
52,0
71,068,0
74,0
112,0
Implantações Próteses Valvulares Percutâneas
55
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
B – Valvulotomias Percutâneas
Enquadram-se aqui um conjunto variado de técnicas como a valvulotomia mitral
percutânea (técnica de INOUE e outras) que após uma fase de franco declínio, volta a
assumir alguma relevância com formas avançadas de doença valvular em populações
migrantes e as valvulotomias aórtica e pulmonar.
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
HSMarta HSCruz HSMaria HESSilva
5
27
0
20
8
41
0
22
11
39
0
18
14
30
8
2220
27
30
33
Implantações de Próteses Valvulares Percutâneas
20092010201120122013
0
20
40
60
80
100
120
140
160
2009 2010 2011 2012 2013
93
127
157
64
88
Doentes Submetidos a Valvulotomia Percutânea: Mitra l, Aórtica e Pulmonar
56
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
C – “MitraClip”
Técnica emergente com significativa expressão internacional e que é realizado
actualmente nas seguintes instituições:
• Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta
• Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Hospital Eduardo
Santos Silva
• Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – Hospital de Santa Maria
D – Procedimentos de Encerramento Percutâneo de “Shunts”
O Encerramento percutâneo de “Shunts” realiza-se nas seguintes instituições:
• Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE – Hospital de Santa Cruz
• Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta
• Centro Hospitalar de São João, EPE – Hospital de São João
• Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
• Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – Hospital de Santa Maria
• Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Hospital Eduardo
Santos Silva
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
HGSAntónio HSMaria HSJoão HGCovões HSMarta HUC HSCruz HESSilva
0 0
17
2
14
3
43
14
0 1
13
24
35
1
22
27
1 0
21
9 10
6
86
10
1 0
14
2
911
20
7
1
69 10
14 14 14
20
Doentes Submetidos a Valvulotomia Percutânea: Mitra l, Aórtica e Pulmonar
20092010201120122013
57
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
• Centro Hospitalar do Porto, EPE – Hospital Geral santo António
Todos os centros médico-cirúrgicos executam a técnica, que não sofrido um
incremento significativo nos últimos anos.
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
2009 2010 2011 2012 2013
438
341
414
455
374
Procedimentos Encerramento Percutâneo Shunts: CIAs, FOPs, Canal Arterial
0
20
40
60
80
100
120
140
160
HGSAntónio HESSilva HSMaria HGCovões HUC HSJoão HSMarta HSCruz
11
41
8
52
0
36
112
144
15
43
11
76
3
64
99
9
8
35
10
45
0
76
102
116
9
31
14
41
80
67
99
109
12
22 23
38
46
6063
104
Procedimentos para Encerramento Percutâneo de Shunt s: CIAs, FOPs, Canal Arterial
20092010201120122013
58
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
E – Encerramento Percutâneo do Apêndice Auricular Esquerdo
Trata-se de uma técnica emergente que tem alcançado nos últimos anos uma
expressão significativa como alternativa à anticoagulação oral em doentes com
elevado risco trombótico. Ainda não se encontra completamente definida a
abrangência das indicações clínicas, pelo que a sua utilização deve ser limitada a
centros médico-cirúrgicos.
Instituições onde se pratica:
• Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
• Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – Hospital de Santa Maria
• Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta
• Centro Hospitalar de São João, EPE – Hospital de São João
F – Encerramento Percutâneo de “Leaks Perivalvulares”
Surgiu como uma alternativa a reintervenções cirúrgicas de alto risco, apresentando
elevada complexidade e grande exigência de recursos envolvidos. Instituições onde se
pratica:
• Centro Hospitalar de São João, EPE – Hospital de São João
• Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
• Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE – Hospital de Santa Maria
• Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta
G - Ablação Septal na Miocardiopatia Hipertrófica
Apesar de internacionalmente ser realizada há já várias décadas, entre nós a sua
introdução é recente, e apenas se realiza em três centros:
• Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE – Hospital de Santa Marta.
• Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, EPE – Hospital Eduardo
Santos Silva
• Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
59
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
VII.1.4- Planeamento, previsão de equipamentos e de novos centros a curto
prazo
Recomendações:
Reforçar o eixo central nacional, mediante a constituição e reforço de equipas que
permitam manter prevenção 24h/7 dias por semana:
• Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE – Hospital de São Pedro
de Vila Real;
• Centro Hospitalar Tondela-Viseu, EPE – Hospital de São Teotónio;
• Hospital Espírito Santo de Évora, EPE;
• Centro Hospitalar do Algarve, EPE – Hospital de Faro
Estas equipas deverão ser constituídas por elementos dos quadros respetivos em
número de pelo menos três operadores autónomos. O recurso a soluções de
“outsourcing” não é adequada para a consolidação de um programa de intervenção
coronária de urgência, apenas se justificando transitoriamente até à formação de
equipas locais.
Tendo em consideração a acessibilidade e os recursos existentes a única localização
que apresenta potencial de instalação futura é o Centro Hospitalar da Cova da Beira,
EPE.
Os dados atuais disponíveis, fornecidos pela ACSS (31/12/2013), relativamente aos
equipamentos instalados, afetos à Cardiologia, são os descritos na tabela seguinte:
60
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
ARS Entidade Característica Técnica Estado do Equipamento Final
Serviço Instalado Tipo Utilização do Equipamento
Data Inicio Funcionamento
Previsão do ano de abate
Norte
Centro Hospitalar de S. João, EPE Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 01/05/1999 2013
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 01/01/2007 2021
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, E.P.E.
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 10/02/2003 2017
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 01/02/2006 2020
Centro Hospitalar do Porto, E.P.E. Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 08/11/2007 2021
Centro Hospitalar Tâmega e Sousa, E.P.E. Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Radiologia Partilhada por Diferentes Serviços
21/10/2004 2014
Hospital de Braga, P.P.P Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 09/05/2011 2025
ULS Matosinhos, E.P.E. Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 20/11/2003 2017
Centro Hospitalar Trás-os-Montes e Alto Douro, EPE
Centro
Centro Hospitalar Cova da Beira, E.P.E. Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Radiologia Exclusiva do Serviço 01/02/2000 2015
Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 16/02/2004 2018
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 08/02/2010 2024
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 31/12/2007 2017
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 31/12/2007 2017
Centro Hospitalar Leiria - Pombal, EPE Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 12/05/2010 2024
Centro Hospitalar Tondela - Viseu, EPE
Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 31/12/2010 2024
Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 17/12/2009 2023
61
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
ARS Entidade Característica Técnica Estado do Equipamento Final
Serviço Instalado Tipo Utilização do Equipamento
Data Inicio Funcionamento
Previsão do ano de abate
LVT
Centro Hospitalar de Lisboa Central, E.P.E.
Cardio-angiografo Parado Cardiologia Hospital Curry Cabral 22/09/2000 2014
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia - 01/10/1996 (Em substituição 2015) 2010
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia - 26/06/2007 2021
Centro Hospitalar de Lisboa Norte, E.P.E. Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 13/05/2013 2027
Cardio-angiografo Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 03/08/2005 2019
Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, E.P.E.
Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 30/06/2004 2018
Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 26/09/2006 2020
Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 26/05/1999 2013
Centro Hospitalar Setubal, E.P.E. Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia Exclusiva do Serviço 31/05/1999 2014
Hospital Garcia da Orta, E.P.E. Angiografo universal (multiplano 2 ampolas)
Em Funcionamento Radiologia - 10/10/2010 2024
Hospital Dr. Fernando da Fonseca, EPE Angiografo universal (multiplano 2 ampolas)
Em Funcionamento Radiologia Exclusiva do Serviço 31/01/2003 2017
Alentejo Hospital do Espírito Santo, E.P.E. - Évora Cardio-angiografo Em Funcionamento Radiologia Exclusiva do Serviço 14/10/2009 2023
Algarve Centro Hospitalar do Algarve, E.P.E. Angiografo universal (monoplano 1 ampola)
Em Funcionamento Cardiologia - 31/12/2010 2026
62
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
VII.2 - Eletrofisiologia Cardíaca
A Eletrofisiologia Cardíaca comporta duas principais formas de intervenção:
• As técnicas de ablação por cateter, em doentes com arritmias
supraventriculares (incluindo fibrilação auricular) e ventriculares.
• A implantação de cardioversores-desfibrilhadores (CDI) ou de sistemas de
ressincronização cardíaca (CRT-D), em doentes com risco de arritmias
ventriculares malignas ou naqueles com insuficiência cardíaca grave e
complexos QRS alargados.
Os objetivos atuais da Eletrofisiologia Cardíaca são o controlar de forma eficaz
arritmias de grande importância epidemiológica, como a fibrilação auricular e a morte
súbita cardíaca, assim como situações de insuficiência cardíaca refratária.
A-Situação Atual
Existem 29 centros a praticar Eletrofisiologia Cardíaca em Portugal: 10 na Região
Norte, 6 na Região Centro, 8 na Região de Lisboa e Vale do Tejo, 4 na Região do
Alentejo e 1 na Região do Algarve. Foram efetuadas em 2013, nestes centros, um total
de 1660 ablações.
Nº Total de Procedimentos de Ablação Região Instituição 2010 2011 2012 2013
Norte Hospital de São João, EPE 37 37 42 53 Hospital Eduardo Santos Silva 251 286 314 361 Hospital Geral de Santo António 105 92 97 107
Centro Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE 149 167 153 125 Hospital de São Teotónio, EPE 0 3 0 Hospital Infante Dom Pedro, EPE 0 8
LVT
Hospital Doutor Fernando da Fonseca 50 60 45 50 Hospital Garcia de Orta, EPE 31 59 31 45 Hospital de Santa Marta 124 122 150 152 Hospital de Santa Maria 156 170 208 200 Hospital de Santa Cruz 449 514 513 503 Hospital de São Bernardo 56 39 40 51
Algarve Hospital de Faro, EPE 3 0 13
63
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8
0
31
45
40
42
97
153
150
208
314
513
0
13
45
50
51
53
107
125
152
200
361
503
0 100 200 300 400 500 600
Hospital Infante Dom Pedro, EPE
Hospital de Faro, EPE
Hospital Garcia de Orta, EPE
Hospital Doutor Fernando da Fonseca
Hospital de São Bernardo
Hospital de São João, EPE
Hospital Geral de Santo António
Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE
Hospital de Santa Marta
Hospital de Santa Maria
Hospital Eduardo Santos Silva
Hospital de Santa Cruz
Nº Total de Procedimentos de Ablação
2013 2012
521
1251001
Ablações por Região (2013)
Norte Centro LVT
64
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Nota: Incluí centros privados
Para além dos centros a realizar ablações referidos anteriormente, existem outros
centros que implantaram cardioversores-desfibrilhadores.
Foram implantados em 2013 um total de 1443 CDI, dos quais 1051 corresponderam a
novas implantações. Destes, 37,4% corresponderam a sistemas de ressincronização
cardíaca (CRT-D). A taxa de crescimento global em relação a 2010 foi de 16,7%.
Saliente-se a grande progressão do número de implantações verificada nos últimos
anos. Previsivelmente esta tendência manter-se-á, com as inerentes consequências
de acréscimo de custos.
64130
212 252 279 309
448 453
648
763 759832
952
1112
1360
15231596
1668
1434
1620 1652
1927
0
500
1000
1500
2000
2500
19
92
19
93
19
94
19
95
19
96
19
97
19
98
19
99
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
Evolução Anual Ablações
65
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
8,5 12,3 15,321,6
34,4
54,7
67,4
82,7
96,5 98,1
116,9125,5
130,7138,4
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
140,0
160,0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
CDI - Evolução número implantações por milhão de habitantes
6
5
10
19
22
17
23
42
32
27
38
25
48
51
74
94
86
115
146
5
6
7
5
11
14
16
21
12
26
15
37
40
25
74
101
106
0 50 100 150 200 250 300
Hospital Rainha Santa Isabel
Hospital do Espírito Santo, EPE
Hospital José Joaquim Fernandes
Hospital Garcia de Orta, EPE
Hospital de São Teotónio, EPE
Hospital Geral dos Covões
Hospital de São Pedro de Vila Real
Hospital de Braga
Hospital de São Bernardo
Hospital Doutor Fernando da Fonseca
Hospital de Faro, EPE
Hospital da Senhora da Oliveira
Hospital Eduardo Santos Silva
Hospital Geral de Santo António
Hospital de Santa Marta
Hospital de São João, EPE
Hospital de Santa Maria
Hospitais da Universidade de Coimbra, EPE
Hospital de Santa Cruz
Implantações de CDI (2013)
CDI CRT-D
66
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B- Características das Unidades
As características mínimas para um centro executar Eletrofisiologia Cardíaca são:
1. Praticar, regularmente, um número significativo de exames de intervenção. De
acordo com estudos realizados, centros que executem menos de 20 ablações
por ano têm significativamente maior morbilidade e mortalidade que centros
que efetuem mais de 50 procedimentos terapêuticos.
2. Possuir meios de diagnóstico e terapêutica que permitam diagnosticar e tratar
as cardiopatias subjacentes e que, só por si, podem evitar a implantação de
dispositivos mais dispendiosos.
3. Só centros com grande experiência devem fazer procedimentos complexos,
para proteção do doente e para a expectativa de sucesso terapêutico. É o caso
da implantação de dispositivos de ressincronização (CRT-D)
A Eletrofisiologia Cardíaca é hoje uma Subespecialidade bem individualizada da
Cardiologia, tendo sido definidos os critérios de formação no âmbito do respetivo
Colégio da Ordem dos Médicos, em 2002. Para ser considerado apto para esta
técnica, no final dos 5 anos da Especialidade, os médicos devem efetuar dois anos
dedicados de treino.. Neste período de treino devem ter prática efetiva na execução e
interpretação de 100 exames diagnósticos e 50 de intervenção terapêutica. Além disso
747919 854 904
489404 517
539
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
1600
2010 2011 2012 2013
Evolução anual por tipo de dispositivo
CDI CRT-D
67
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deverão participar em 20 implantações de cardioversores-desfibrilhadores e 25
implantações de pacemakers.
C- Previsão das necessidades
Nos últimos anos verificou-se aumento significativo no volume das indicações para
eletrofisiologia de intervenção terapêutica, assim como na complexidade dos
procedimentos. Por um lado, a indicação para ablação de fibrilação auricular
paroxística ou persistente é hoje reconhecida nas Diretrizes internacionais, em
doentes refratários à terapêutica farmacológica. Sendo a prevalência estimada de
fibrilação auricular de cerca de 2% na população acima dos 40 anos, compreende-se a
importância epidemiológica desta possibilidade terapêutica e o grande volume de
casos que poderão ter indicação para ablação.
Por outro lado, a demonstração da redução de mortalidade pela implantação profilática
de cardioversores-desfibrilhadores em doentes com disfunção ventricular esquerda
grave e os benefícios da ressincronização cardíaca em doentes com insuficiência
cardíaca e complexos QRS alargados levaram a aumento exponencial das taxas de
implantação destes dispositivos.
Atualmente a taxa de implantação de CDI/CRT-D em Portugal, apesar de
substancialmente inferior à média europeia, é superior a 130/milhão habitantes/ano,
prevendo-se o seu continuado crescimento.
D- A Rede de Referenciação em Eletrofisiologia Cardíaca
Analisando os dados dos registos nacionais de eletrofisiologia de intervenção e a
complexidade dos procedimentos efetuados, verifica-se que a formação global nesta
subespecialidade só poderia nos últimos anos ser assegurada em cinco centros em
Portugal: na região Norte, o Hospital Eduardo Santos Silva (Centro Hospitalar de Vila
Nova de Gaia/Espinho, EPE); na região Centro, os Hospitais da Universidade de
Coimbra (Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, EPE) e, na região Sul, o
Hospital de Santa Cruz (Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, EPE), o Hospital de
Santa Marta (Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE) e o Hospital de Santa Maria
(Centro Hospitalar de Lisboa Norte, EPE).
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Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Estes cinco centros dever-se-ão constituir como os Hospitais de referência final da
rede de eletrofisiologia de intervenção e ser-lhes dadas condições de funcionamento
em termos de recursos humanos e de equipamento. Esta lógica deverá estar integrada
numa perspetiva de complementar necessidades clínicas específicas.
Saliente-se que para as técnicas mais diferenciadas existe um claro benefício de
concentração em detrimento de uma generalização da sua prática, o que deve ser
levado em consideração no respetivo planeamento.
Finalmente, prevê-se a necessidade de crescimento dos centros de eletrofisiologia
cardíaca já existentes nas diversas regiões, nomeadamente pelo aumento das
indicações para implantação de cardioversores-desfibrilhadores, os quais deverão
funcionar de maneira articulada.
Não existe necessidade de abertura de novos centros de Electrofisiologia Cardíaca.
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VIII – Via Verde Coronária
Define-se Via Verde como uma estratégia organizada para a abordagem,
encaminhamento e tratamento mais adequado, planeado e expedito, nas fases pré,
intra e inter-hospitalares, de situações clínicas mais frequentes e/ou graves que
importam ser especialmente valorizadas pela sua importância para a saúde das
populações.
As Vias Verdes promovem o envolvimento da população e dos profissionais de saúde,
o reconhecimento precoce de sinais de alarme, o conhecimento dos mecanismos de
pedido de ajuda, a sistematização das primeiras atitudes de socorro, a definição do
encaminhamento para a instituição mais adequada e com melhores condições de
tratamento definitivo, a definição das diversas responsabilidades técnicas, dos vários
procedimentos clínicos (recomendações e protocolos clínicos), de sistemas de
informação (registos) e indicadores de avaliação e monitorização, e a integração do
trabalho e dos objetivos nas fases pré, intra e inter-hospitalares.
Na idealização e implementação das VV devem-se identificar e assumir como
referencial os critérios de boa prática, prever um sistema de sensibilização e
informação junto de parceiros e interlocutores, bem como um sistema de formação,
ensino de competências e validação técnica dos procedimentos, definir um sistema de
informação e proceder ao acompanhamento e aferição do sistema.
É dada prioridade às Vias Verdes pré-hospitalares, que deverão ser acionadas pelo
cidadão (doente) através do número nacional de emergência (112) e envolvem
diretamente o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no diagnóstico,
eventual tratamento pré-hospitalar e adequado encaminhamento para os Hospitais
com as melhores condições de confirmação diagnóstica e tratamento subsequente e
com disponibilidade logística para a recepção dos doentes.
As VV pré-hospitalares, devem ter em consideração os critérios diagnósticos de fase
aguda, o conhecimento das Unidades mais adequadas para o encaminhamento dos
doentes, o tempo decorrido desde o início de sintomas/sinais, o tempo necessário
para o transporte e a disponibilidade de internamento de cada Unidade.
Deve, assim, ser privilegiado o fator TEMPO (para o tratamento), em detrimento das
distâncias quilométricas e dos critérios tradicionais de áreas de influência geográfica
dos hospitais.
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VIII.1- Conceitos
Através da via verde coronária pretende aumentar-se a utilização da estratégia de
reperfusão de forma mais adequada e precoce possível, no EAMCSST. Para tal é
fundamental o reconhecimento precoce dos sintomas e sinais de EAM pelo doente, a
promoção da utilização preferencial do número de emergência nacional (112) e o
funcionamento eficaz de um sistema regional de tratamento do EAMCSST, baseado
no diagnóstico e orientação pré-hospitalares por parte do Instituto Nacional de
Emergência Médica (INEM) e no transporte rápido para o hospital mais indicado para
o tratamento de reperfusão mais adequado. Estes elementos-chave reduzem o tempo
para iniciar o tratamento e consequentemente diminuem a mortalidade e a morbilidade
no EAM.
A nível individual, é de extrema importância que os profissionais de saúde que
contactam com doentes na fase aguda do EAM tenham capacidade de orientação
inicial, diagnóstica e terapêutica, semelhante à dos médicos em unidades mais
especializadas. A nível institucional, cada hospital deve estabelecer uma equipa
multidisciplinar para desenvolver protocolos de abordagem diagnóstica e terapêutica
nos doentes com suspeita de EAM. Nos hospitais sem Cardiologia de Intervenção,
devem haver protocolos para transferência rápida dos doentes com necessidade de
coronariografia/ revascularização urgente para instituições apropriadas. As
administrações regionais de saúde devem acompanhar e monitorizar caso-a-caso
estes protocolos, que deverão estar definidos num prazo máximo de 90 dias após a
publicação destas recomendações.
Todos os doentes com suspeita de EAM devem ser considerados casos de prioridade
elevada para efeitos de triagem e ser avaliados segundo o protocolo estabelecido
nessa instituição.
A - Acesso à Emergência Médica Pré-Hospitalar
A redução do tempo entre o início dos sintomas e o início do tratamento é a meta final
de todos os programas de EAM. Este intervalo é em grande parte determinado pelo
período entre o início dos sintomas e o primeiro contacto médico (PCM) e é
exactamente nas primeiras horas de EAM que ocorrem muitas das complicações
fatais, em particular a fibrilhação ventricular.
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O reconhecimento precoce dos sintomas e sinais de EAM pelo doente ou seu
acompanhante é fundamental e deve motivar a activação do sistema nacional de
emergência médica (SNEM). Esta é via preferencial dado que reduz o intervalo de
tempo até ao início da avaliação diagnóstica e terapêutica, permite tratar paragem
cardíaca antes de chegar ao hospital e agiliza o transporte para o centro mais
adequado (Ilustração 1).
Ilustração 1 - Orientação Pré-Hospitalar do EAMCSST
As linhas cheias e grossas representam o percurso desejado para o doente. As restantes representam vias a evitar.
EAMCSST – enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST; Hospital com ICP 24/7 – centro
com disponibilidade para realização de angioplastia primária 24 horas por dia, sete dias por semana; ICP –
intervenção coronária percutânea; INEM – Instituto Nacional de Emergência Médica.
Por estes motivos, todos os doentes com sintomas ou sinais de EAM devem ligar o número
nacional de emergência (112) e ter acesso à via verde pré-hospitalar.
B - Diagnóstico Precoce
Embora os sintomas/ sinais associados a EAM sejam importantes para desencadear a procura
de ajuda médica, a acuidade diagnóstica é baixa se analisada independentemente do
electrocardiograma (ECG) de 12 derivações. Algumas características demográficas e clínicas da
anamnese aumentam a probabilidade de os sintomas serem devidos a isquémia miocárdica.
Em todos os doentes com sintomas ou sinais sugestivos de EAM o ECG de 12 derivações deve
ser realizado no local do primeiro contacto médico, seja pré-hospitalar (SNEM), seja a
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instituição de saúde à qual o doente recorreu. O ECG deve ser realizado e interpretado no
prazo máximo de 10 minutos desde o primeiro contacto médico. A interpretação pode ser
efectuada no local ou à distância, por exemplo através do suporte da telemedicina ou
transmissão transtelefónica.
A realização pré-hospitalar do ECG reduz significativamente o intervalo de tempo entre o
primeiro contacto médico e o diagnóstico de EAMCSST, agiliza o transporte para a instituição
adequada e reduz até 60 minutos o tempo entre a admissão hospitalar e o início da
terapêutica de reperfusão.
C - Cuidados Médicos Iniciais
Os médicos de que lidam com doentes com EAM, inclusive a nível pré-hospitalar, devem estar
treinados em suporte avançado de vida e ter acesso ao equipamento de reanimação
necessário, incluindo desfibrilhador.
A monitorização electrocardiográfica deve ser iniciada no local do primeiro contacto médico
em todos os doentes com suspeita de EAM.
A avaliação clínica inicial deve ser dirigida, incluindo o tempo decorrido desde o início dos
sintomas, a localização e extensão do EAM, complicações (arrítmicas, falência de bomba e/ou
mecânicas) e a avaliação do risco hemorrágico. A orientação do doente para a terapêutica de
reperfusão não deve ser atrasada pelos resultados dos exames laboratoriais.
D - Decisão sobre a Terapêutica de Reperfusão
O intervalo de tempo entre o início dos sintomas e a reperfusão é o principal determinante da
massa de miocárdio lesado e, por conseguinte, da morbilidade e da mortalidade no EAMCSST.
O benefício da terapêutica de reperfusão, na redução da mortalidade, está directamente
relacionado com a sua utilização precoce, observando-se o maior benefício na primeira hora.
Critérios:
A terapia de reperfusão no EAMCSST está indicada em doentes cujos sintomas iniciaram há
<12 horas e que apresentam elevação persistente do segmento ST ou bloqueio completo do
ramo esquerdo de novo (ou presumivelmente de novo). Está também indicada
(preferencialmente ICP) mesmo que os sintomas tenham começado há>12 horas se houver
evidência de isquemia persistente ou se a dor e as alterações do ECG forem recorrentes.
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A ICP primária poderá eventualmente ser considerada em pacientes estáveis que se
apresentam 12-24 horas após o início dos sintomas, mas a ICP de rotina 24 horas após o início
dos sintomas em pacientes estáveis, sem evidência de isquemia, não é recomendada.
Em doentes com sintomas sugestivos de isquemia existem outras situações que devem
desencadear a avaliação e orientação rápidas e eventualmente terapêutica de reperfusão
urgente. O supradesnivelamento de ST em aVR com infradesnivelamento de ST em ≥8
derivações pode significar lesão do tronco comum. Doentes com bloqueio completo do ramo
direito de novo com sintomas isquémicos devem ser rapidamente avaliados pois o prognóstico
é também desfavorável.
E - Selecção da estratégia de reperfusão
A selecção da estratégia de reperfusão envolve a avaliação do tempo decorrido desde o início
dos sintomas, do risco do EAMCSST, do risco de hemorragia e do tempo necessário para o
transporte até um laboratório de hemodinâmica onde possa ser efectuada ICP primária por
uma equipa habilitada.
A ICP é a estratégia preferida desde que possa ser efectuada por uma equipa experiente e
dentro das metas definidas sem um atraso significativo em relação à fibrinólise.
Uma meta-análise de 23 estudos aleatorizados que comparam a ICP primária com a
terapêutica fibrinolítica em doentes com EAMCSST com <12 horas de evolução dos sintomas,
mostra uma redução consistente da mortalidade, do risco de re-enfarte e do risco de AVC
(incluindo do tipo hemorrágico), a favor da ICP primária, se efectuada por operadores
experientes, em centros de grande volume de doentes. Inclusivamente no subgrupo de
doentes com EAMCSST nas primeiras 12 horas de evolução que se apresentaram num hospital
sem disponibilidade de ICP, houve maior redução da incidência combinada de morte, re-
enfarte ou AVC, a favor da estratégia de transferência para um hospital com disponibilidade de
ICP primária, em comparação com a terapêutica fibrinolítica imediata, facto que foi
demonstrado numa meta-análise de 6 estudos aleatorizados. Múltiplas experiências europeias
confirmam a melhoria do prognóstico quando é adoptada uma estratégia de transferência
urgente dos doentes com EAMCSST para centros com capacidade de realizar ICP primária.
Em Portugal, foi alcançado um estadio de desenvolvimento que permite a adopção de uma
estratégia nacional de tratamento preferencial do EAMCSST através da ICP primária:
• Os centros de ICP primária permitem uma cobertura de grande parte do
território nacional continental, com a excepção da região Interior Norte;
• A experiência acumulada das equipas dos centros de ICP reúne as condições
para a execução de ICP primária;
• A experiência nacional em fibrinólise pré-hospitalar é rudimentar.
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A ICP primária é particularmente indicada nos doentes com contra-indicação para fibrinólise
(apresentadas na Tabela 3) e nos doentes com insuficiência cardíaca aguda grave ou choque
cardiogénico.
A fibrinólise deve fundamentalmente ser considerada quando o atraso para o início de ICP é
grande, pois a administração pré-hospitalar de fibrinolíticos por profissionais treinados revelou
ser segura e eficaz.
VIII.2 - Rede de Referenciação
A- Capacidades Assistenciais
A Rede de Referenciação Hospitalar (RRH) define-se como o sistema por via do qual se
estabelecem e organizam relações de complementaridade, hierarquização e apoio técnico
entre as Instituições prestadoras de cuidados, tendo por base um sistema integrado de
informação e articulação inter–institucional. É assim garantida a acessibilidade dos doentes às
unidades de saúde, numa perspectiva integrada e de máxima rentabilização da capacidade
instalada, para a prestação de cuidados de saúde adequados. (CRRNEU, 2012)
Um dos objetivos da RRH consiste em assegurar o bom funcionamento das Vias Verdes (VV)
existentes. (Coronária, Acidente Vascular Cerebral, Sépsis e Trauma). (CRRNEU, 2012)
Vias Verdes, nome vulgarmente utilizado em Portugal para designar sistemas de resposta
rápida, são algoritmos clínicos de avaliação e tratamento de processo patológicos frequentes,
em que a relação entre o tempo para realização de um grupo de atitudes clínicas é
absolutamente determinante do resultado terapêutico, isto é, em que “tempo é tecido” e em
que “tempo é vida”. (CRRNEU, 2012)
O tratamento otimizado de doentes com EAMCSST deve ser baseado na implementação de
redes entre os hospitais com vários níveis tecnológicos, conectados por um serviço de
emergência médica pré-hospitalar eficiente. O objetivo destas redes é oferecer cuidado
otimizado enquanto minimiza os atrasos, de forma a melhorar o prognóstico clinico. (ESC Task
Force, 2012)
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Ilustração 1 – Componentes que contribuem para atraso e intervalos ideais para intervenção no EAMCSST.
(ESC Task Force, 2012)
É igualmente recomendado que os serviços de emergência médica, possuam protocolos
escritos, orientadores, sobre o encaminhamento dos doentes com diagnóstico confirmado de
EAM ou suspeita do mesmo (evidência de Classe IC). (ACC/AHA, 2004)
As principais características da rede devem ser (ESC Task Force, 2012):
• Definição objectiva das áreas geográficas de responsabilidade;
• Protocolos partilhados, baseados na estratificação de risco e transporte por equipas de
emergência médica pré-hospitalar treinadas e em ambulâncias ou helicópteros
adequadamente equipados;
• Encaminhamento pré-hospitalar de doentes com EAMCSST para unidades de saúde
adequadas ao seu tratamento definitivo, fazendo “bypass” a hospitais sem capacidade
de ICPP sempre que a mesma possa ser implementada dentro dos limites temporais
recomendados;
• Á chegada ao hospital de destino adequado, o doente deve ser imediatamente
transportado para o laboratório de hemodinâmica, fazendo “bypass” ao serviço de
urgência;
• Os doentes em unidades de saúde sem capacidade para ICPP, e a aguardar transporte
para ICPP ou de recurso devem aguardar com monitorização electrocardiográfica
adequada e em áreas com equipamento e pessoal treinado;
• Se o diagnóstico de EAMCSST não foi feito em ambiente pré-hospitalar e o doente é
encaminhado para uma unidade sem capacidade para ICPP, a ambulância deve
aguardar a confirmação do diagnóstico e em caso afirmativo, deve prosseguir o
transporte para uma unidade com capacidade para ICPP.
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É assim evidente que a referenciação hospitalar, de um doente com EAMCSST, se reveste de
importância fundamental no percurso terapêutico deste tipo de doentes. Para tal é
imprescindível a adequada articulação no encaminhamento do doente para a unidade mais
adequada ao seu tratamento definitivo, no decurso do mais curto período de tempo.
Em Portugal a referenciação do doente cardiológico, sofreu algumas modificações ao longo do
tempo, fruto das alterações da rede de cuidados de saúde ao longo dos anos. Em 2001 é
emitida pela Direcção Geral de Saúde (DGS) a referenciação específica destes doentes, estando
descrita em pormenor a arquitectura da rede. (D.G.S., 2001)
Ressalva-se que no documento supracitado a referenciação, apesar de muito pormenorizada,
ainda não inclui as salas de hemodinâmica de intervenção mais recentes.
No recente relatório da Comissão de Reavaliação da Rede Nacional de Emergência e Urgência
(CRRNEU) e tendo por base o Documento Orientador sobre Vias Verdes (Coordenação Nacional para as
Doenças Cardiovasculares, Alto Comissariado para a Saúde, 2007) em relação à VVC são definidos os pólos de
Rede de Serviços de Urgência Hospitalares para o EAM. (CRRNEU, 2012)
Esta definição dos pólos de rede da VVC resulta do conhecimento dos recursos logísticos,
técnicos e humanos existentes nos vários hospitais e procura coincidir com os pontos de Rede
de Referenciação Hospitalar. São indicados para pólos de rede VVC as unidades hospitalares
com Unidades de Cuidados Intensivos de Cardiologia (UCIC) existentes em hospitais com
Serviços de Cardiologia, aliado à capacidade de ICPP permanente.
Entende-se assim que a unidade receptora do doente, deve apresentar não só capacidade de
diagnóstico como também de intervenção. Salienta-se ainda que, a definição destes pólos de
rede assenta numa realidade dinâmica.
Segundo a CRRNEU, a capacidade de realização de ICP, em regime de urgência, em Portugal
Continental, deve ser centralizada. Embora a definição dos pólos de rede da VVC seja
determinante para efeitos de referenciação, a mesma não impede o funcionamento de outros
Serviços de Hemodinâmica/Cateterismo Cardíaco, no período diurno. (CRRNEU, 2012)
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572421 424 344
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3179 3246
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Terapêuticas de Reperfusão (Angioplastia Primária v s Fibrinólise) nas Unidades Coronárias - Evolução Anual
Doentes da Unidade Coronária Tratados com Fibrinolíticos
Doentes Submetidos a Angioplastia Directa (<12h)
0
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Angioplastias Primárias(Procedimentos)
Doentes Tratados comFibrinólise
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Terapêuticas de Reperfusão (Angioplastia Primária v s Fibrinólise) nas Unidades Coronárias (2013)
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Continente Norte Centro LVT Alentejo Algarve
23,8
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34,2
26,0
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13,6
Doentes da Unidade Coronária Tratados com Fibrinolí ticos por Milhão Habitante (2013)
0
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Doentes da Unidade Coronária Tratados com Fibrinolí ticos
2009
2010
2011
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11181253 1328 1401
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Doentes Submetidos a Angioplastia Primária (ICP Pri mária) no Enfarte Agudo do Miocárdio
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800
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1600
Norte Centro LVT Alentejo Algarve
1093
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1421
127190
Doentes submetidos a ICP Primária (2013)
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Continente Norte Centro LVT Alentejo Algarve
335,3
299,9
217,0
506,1
170,9
429,5
Doentes submetidos a ICP Primária por Milhão Habita nte (2013)
0
50
100
150
200
250
300
350
400
HP
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Angioplastias Primárias (Doentes) por Instituição (2013)
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B- Estrutura de Comunicação
Além da correcta referenciação baseada em critérios de acessibilidade e celeridade de
tratamento, também importa ter em conta a agilidade com que activação das equipas é feita.
A comunicação é um pilar fundamental para reduzir os tempos e por isso importa definir
claramente a articulação entre o Instituto Nacional de Emergência Médica, I.P. (INEM)
nomeadamente entre os CODU e as unidades hospitalares receptoras.
Nesta perspectiva, a implementação de canais de comunicação permanentes, ágeis e eficazes
(ex. telemóvel e endereço electrónico dedicado), entre o médico da unidade receptora e o
CODU, com os objectivos de consultoria permanente, discussão de caso e orientação remota,
possibilita uma clara diminuição do factor tempo, na dinâmica assistencial, como uma eficiente
referenciação do doente, minimizando-se o potencial de erro no processo.
Os CODU devem agilizar a comunicação directa entre a equipa médica que acompanha o
doente e o especialista. Isto no entanto não pode ser considerado como “bypass” à central
com a responsabilidade de gestão do sistema de emergência médica – CODU –sob pena de
comprometer o eficiente funcionamento da rede tendo em conta a gestão dos recursos
disponíveis.
De acordo com as mais recentes guidelines da Sociedade Europeia de Cardiologia (2012), a
teleconsulta entre o sistema de emergência médica e o centro de cardiologia de referência é a
estratégia ideal. (ESC Task Force, 2012)
0
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250
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Angioplastias Primárias (Doentes) por Instituição
20092010201120122013
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Assim sendo, o cardiologista de serviço / responsável pela Via Verde intra-hospitalar deverá
dispor de um telemóvel dedicado a esta função que o acompanhará sempre, enquanto estiver
de serviço, devendo accionar todo o sistema intra-hospitalar. (Coordenação Nacional para as Doenças
Cardiovasculares, Alto Comissariado para a Saúde, 2007)
Considera-se assim um pré-requisito fundamental a definição de contactos telefónicos directos
para a equipa de intervenção que estejam disponíveis para os CODU com a garantia de
resposta, assim como a existência de endereço de correio electrónico acessíveis à equipa
receptora e igualmente disponíveis aos CODU para envio de ECG por telemedicina, ou
alternativamente outros recursos consoante a possibilidade tecnológica.
As listagens dos contactos a nível nacional, devem estar disponíveis nos CODU para utilização
específica, e os responsáveis das unidades devem assumir o compromisso de informar o INEM
de quaisquer alterações, seja de contactos seja no período de funcionamento, através dos
canais institucionais definidos. (Anexo1)
C- Metodologia de Referenciação Pré-Hospitalar do doente com EAMCSST
No processo de referenciação dos doentes, interessa referir os critérios que se tomam como
base, para que as situações possam ser avaliadas de forma coerente e consistente. Ressalva-se
contudo que as condicionantes específicas de cada situação devem ser avaliadas no seu
contexto, norteadas pelo supremo interesse da situação de saúde do doente.
Como tal os principais critérios a atender na referenciação deverão ser:
• Proximidade do local de ocorrência - (Despacho 291 de 20 de Dezembro de 2006, de
sua Exª o Ministro da Saúde), o qual faz referência à necessidade de privilegiar a
referenciação material e de proximidade, em oposição à mera referenciação
administrativa; (Coordenação Nacional para as Doenças Cardiovasculares, Alto Comissariado para a Saúde, 2007)
• Disponibilidade de vaga na unidade receptora;
• Factor Tempo - A VVC é essencial não só na melhoria da acessibilidade como na
permissão de um tratamento mais eficaz, dado que o factor tempo, entre o início de
sintomas e o diagnóstico/tratamento é, na situação de EAM, fundamental para a
redução da morbi- mortalidade. O factor tempo para o tratamento, é o factor mais
preponderante em relação a outras variáveis, como a área de influência geográfica do
hospital, ou a sua distância em quilómetros.
A referenciação deve sempre ter em conta que a abordagem preferível do EAMCSST é a ICPP e
neste âmbito preferencialmente o doente deve ser encaminhado para unidade com
capacidade de realização de ICP Primária, da rede de referenciação da Via Verde Coronária
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(em situações de transporte primário), segundo a proximidade e disponibilidade, em tempo,
desses centros.
A gestão das situações de EAM inclui não só o diagnóstico como o tratamento, e inicia-se com
o Primeiro Contacto Médico (PCM). Define-se então PCM como o momento em que o doente é
abordado por equipa de emergência pré – hospitalar com médico ou actuando sob protocolos
médicos e com apoio médico à distância, ou ainda nas situações em que o doente é admitido
numa unidade de saúde (incluindo cuidados primários ou equivalentes como consultórios,
clínicas ou outros onde haja atendimento por profissional médico).
A agilização do diagnóstico de EAM é imperativa, apresentando-se o factor tempo como um
elemento essencial no sucesso da resolução da situação clinica.
Aos doentes com apresentação clinica de EAMCSST com início da sintomatologia num período
inferior a 12 horas, acompanhado de elevação persistente do segmento S-T ou bloqueio de
ramo de novo ou presumivelmente de novo, a terapia de reperfusão por via mecânica ou
farmacológica deve ser efectuada o mais precocemente possível. (ESC Task Force, 2012)
Assim, é de consenso geral que a terapia de reperfusão deve ser considerada nas situações em
que existe evidência clinica e/ou electrocardiográfica de isquemia em curso, inclusivamente
em situações em que o inicio da sintomatologia teve o seu inicio há mais de 12 horas, ou o
inico é incerto, ou ainda, nas situações em que a dor e as alterações electrocardiográficas se
apresentam de forma intermitente. (ESC Task Force, 2012)
A ICPP é definida como a coronariografia de intervenção emergente, no contexto de EAMCSST,
sem tratamento fibrinolítico prévio. É a estratégia de reperfusão preconizada, nos doentes
com EAMCSST, nas situações em que a mesma pode ser efectivada de forma diligente, isto é
dentro dos intervalos de tempo definidos pela European Society of Cardiology. (ESC)
Estudos efectuados, em centro experientes, que compararam a ICPP em tempo oportuno com
a fibrinólise administrada em meio hospitalar, evidenciaram repetidamente a superioridade da
ICPP sobre a fibrinólise. (ESC Task Force, 2012)
Em situações nas quais a ICPP não pode ser efectuada num período de 120 min após o PCM
por uma equipa experiente, a fibrinólise pode ser considerada, particularmente se puder ser
administrada a nível pré-hospitalar e num período de 120min após o início dos sintomas. (ESC
Task Force, 2012)
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Ilustração 2 – Gestão pré e intra-hospitalar e estratégias de reperfusão nas 24h pós PCM. (ESC Task Force, 2012)
*De preferência ≤ 90 min
Transferência imediata para centro
Diagnóstico de EAMCSST
Centro com ICP primária Centro sem ICP primária.ou SNEM
ICP primária
ICP possível < 120 min?
Sim Não
ICP de recurso
De preferência < 60 min
Fibrinólise imediata
Transferência imediata para
centro com ICP
Sucesso?
De preferência ≤
30 min
Sim
Não
NOTAS: Os atrasos referem-se ao primeiro contacto médico *
≤ 60 min se apresentação precoce
Coronariografia
De preferência 3–24h
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D- Vias de Comunicação e Decisão
Ilustração 3 – Vias de comunicação e decisão EAMCSST
� Em todos os casos em que doente com EAMCSST se apresentar numa qualquer
unidade de saúde sem possibilidade de oferecer, preferivelmente nos próximos 60
minutos, ICPP, essa unidade deve contactar o CODU na perspectiva de assegurar ICPP
para esse doente nos próximos 120 minutos.
� Em caso afirmativo – O INEM transporta o doente para centro de nível 1 da rede de
referência da VVC.
� Em caso negativo- O doente é submetido a fibrinólise e o INEM assegura o transporte
imediato para centro de nível 1, com o objectivo de coronariografia precoce.
� Em ambiente pré-hospitalar, se o INEM não conseguir colocar o doente em centro de
nível 1 em tempo <120 min, o INEM administra fibrinólise pré-hospitalar e o doente é
transportado directamente para Centro de nível 1 independentemente da maior
proximidade de unidades de nível 3 ou 2.
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1. PCM através do 112
Ilustração 4 – Vias de comunicação e decisão EAMCSST – PCM através do 112
� Doente contacta 112-CODU � CODU contacta (TLM e ECG) Centro Nível 1 mais próximo (*)
� INEM transporta doente directamente à sala angiografia do Centro Nível 1
(transporte primário);
(*) Proximidade em tempo;
2. PCM em Hospital ou Centro sem ICP
Ilustração 5 – Vias de comunicação e decisão EAMCSST – PCM em hospital ou centro sem ICP
� No sentido de oferecer ICPP, este Hospital ou Centro deverá contactar o CODU para
transferir o doente a Centro Nível 1 com ICPP.
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� CODU contacta Centro Nível 1 no sentido do INEM transferir de imediato o doente
com objectivo de ICPP <120 min;
� Se CODU não consegue assegurar que ICPP <120 min, será efectuada Fibrinólise e o
INEM transfere, de imediato, o doente para um Centro Nível 1 para Coronariografia;
(transporte secundário)
3. PCM em Hospital ou Centro com ICP sem 24/7
Ilustração 6 – Vias de comunicação e decisão no EAMCSST – PCM em hospital ou centro com ICP sem 24/7
� A ICPP deverá se possível ser efectuada em tempo < 60 min;
� Se não houver possibilidade de ICPP no local, o CODU deverá ser contactado para
INEM transportar doente para Centro Nível 1 (transporte secundário);
� CODU contacta Centro Nível 1 no sentido do INEM transferir de imediato o doente
com objectivo de ICPP <120 min;
� Se CODU não consegue assegurar que ICPP <120 min, será efectuada Fibrinólise e o
INEM transfere, de imediato, o doente para um Centro Nível 1 para Coronariografia;
(transporte secundário)
4. PCM em Hospital ou Centro com ICP 24/7 (Rede Via Verde Coronária)
Ilustração 7 – Vias de comunicação e decisão no EAMCSST – PCM em hospital ou centro com ICP 24/7
� A ICPP preferivelmente deverá ser efectuada em tempo <60 min;
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� Se não houver possibilidade de ICPP na instituição, o CODU deverá ser contactado para
INEM transportar doente para outro Centro Nível 1 (transporte secundário);
� CODU contacta Centro Nível 1 no sentido do INEM transferir de imediato o doente
com objectivo de ICPP <120 min;
� Se CODU não consegue assegurar que ICPP <120 min, será efectuada Fibrinólise e o
INEM transfere, de imediato, o doente para um Centro Nível 1 para Coronariografia;
(transporte secundário)
E- Local de Admissão Hospitalar
Na suspeita de EAMCSST num doente avaliado a nível pré-hospitalar, após o estabelecimento
do contacto pelo CODU com a Unidade de Cardiologia de Intervenção, o doente salvo motivos
excepcionais deve ser admitido directamente na Unidade de Cuidados Intensivos (Cardíacos)
ou na Unidade de Cardiologia de Intervenção sem passar pelo Serviço de Urgência Geral do
Hospital. Não constitui boa prática transportar um doente com EAMCSST para um Serviço de
Urgência Geral.
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Anexo 1 – Rede de Referenciação – Capacidades HOSPITAIS ARS Nível Resposta
Centro Hospitalar de Trás -os-Montes e Alto Douro
Norte 1
Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia / Espinho Norte 1
Centro Hospitalar do Alto Ave (Guimarães) Norte 3
ULSAM (Unidade Local de Saúde do Alto Minho) Norte 3
Centro Hospitalar do Nordeste Norte 3
Centro Hospitalar do Porto (Hosp.StºAntº) Norte 1
Centro Hospitalar do Tâmega e Sousa (Penafiel) Norte 3
Hospital de S. João Norte 1
Hospital de Braga Norte 1
Hospital de S. Sebastião (Vila da Feira) Norte 3
Unidade Local de Saúde de Matosinhos Norte 3
Centro Hospitalar Cova da Beira (Covilhã) Centro 3
Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra Centro 1
Hospital Amato Lusitano (Castelo Branco) Centro 3
Hospital de S. Teotónio (Viseu) Centro 1
Hospital de Santo André (Leiria) Centro 2
Hospital Infante D. Pedro (Aveiro) Centro 3
Hospital Sousa Martins (Guarda) Centro 3
CHL Central (Hospital de Santa Marta) LVT 1
CHL Ocidental (Hospital Santa Cruz) LVT 1
CHL Norte (Hospital de Santa Maria) LVT 1
Hospital de Santarém LVT 3
Hospital de Torres Novas (CH Médio Tejo) LVT 3
Hospital Fernando da Fonseca LVT 1
Hospital Garcia de Orta LVT 1
Hospital Nossa Senhora do Rosário (Barreiro) LVT 3
Hospital Reynaldo dos Santos (Vila Franca de Xira)
LVT 3
Hospital S. Bernardo (C H Setúbal) LVT 1
Hospital Espírito Santo (Évora) Alentejo 1
Centro Hospitalar do Baixo Alentejo (Beja) Alentejo 3
Hospital Distrital de Faro Algarve 1
Nível 1 Laboratório de hemodinâmica com resposta total (24/7) – Via Verde Coronária; Nível 2 Laboratório de hemodinâmica com resposta parcial; Nível 3 Capacidade para realizar fibrinólise (UCIC) / receber doentes após fibrinólise pré-hospitalar
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Anexo 2 – Rede de Referenciação
Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
NORTE Matosinhos Porto Norte H. S. João 1 Póvoa de Varzim Porto Norte H. S. João 1 Vila do Conde Porto Norte H. S. João 1 Maia Porto Norte H. S. João 1 Penafiel Porto Norte H. S. João 1 Felgueiras Porto Norte H. S. João 1 Lousada Porto Norte H. S. João 1 Marco de
Canavezes Porto Norte H. S. João 1
Paços de Ferreira Porto Norte H. S. João 1 Paredes Porto Norte H. S. João 1 Santo Tirso Porto Norte H. S. João 1 Trofa Porto Norte H. S. João 1 Valongo Porto Norte H. S. João 1 Porto Oriental Porto Norte H. S. João 1
Amarante Porto Norte CH Porto (H. Stº Ant) 1 Baião Porto Norte CH Porto (H. Stº Ant) 1 Porto Ocidental Porto Norte CH Porto (H. Stº Ant) 1
Gaia Porto Norte CH V. N. Gaia 1 Entre Douro e
Vouga Porto Norte CH V. N. Gaia 1
Fafe Braga Norte H. Braga 1 Guimarães Braga Norte H. Braga 1 Cabeceiras de
Basto Braga Norte H. Braga 1
Vizela Braga Norte H. Braga 1 Terras do Bouro Braga Norte H. Braga 1 Vieira do Minho Braga Norte H. Braga 1 Celorico de Basto Braga Norte H. Braga 1 Esposende Braga Norte H. Braga 1 Barcelos Braga Norte H. Braga 1 Vila Verde Braga Norte H. Braga 1 Amares Braga Norte H. Braga 1 Póvoa de
Lanhoso Braga Norte H. Braga 1
Vila Nova de Famalicão
Braga Norte H. Braga 1
Braga Braga Norte H. Braga 1 Monção Viana do
Castelo Norte H. Braga 1
Melgaço Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
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Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
NORTE Valença Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Vila Nova de Cerveira
Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Caminha Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Ponte de Lima Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Viana do Castelo Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Arcos de Valdevez
Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Ponte da Barca Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Paredes de Coura
Viana do Castelo
Norte H. Braga 1
Vinhais Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1 Bragança Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1 Vimioso Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1 Miranda do
Douro Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1
Macedo de Cavaleiros
Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1
Mogadouro Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1 Mirandela Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1 Vila Flor Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1 Alfândega da Fé Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1 Torre de
Moncorvo Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1
Carrazeda de Ansiães
Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1
Freixo de Espada-a-cinta
Bragança Norte CHTMAD – Vila Real 1
Mondim de Basto
Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1
Alijó Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Boticas Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Chaves Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1
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Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
NORTE Mesão Frio Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Montalegre Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Murça Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Peso da Régua Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Ribeira de Pena Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Sabrosa Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Stª Marta de
Penaguião Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1
Valpaços Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1 Vila Pouca de
Aguiar Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1
Vila Real Vila Real Norte CHTMAD – Vila Real 1
CENTRO Armamar Viseu Centro H. Viseu 1
Carregal do Sal Viseu Centro H. Viseu 1
Castro de Aire Viseu Centro H. Viseu 1
Cinfães Viseu Centro H. Viseu 1
Lamego Viseu Centro H. Viseu 1
Mangualde Viseu Centro H. Viseu 1
Moimenta da Beira
Viseu Centro H. Viseu 1
Mortágua Viseu Centro H. Viseu 1
Nelas Viseu Centro H. Viseu 1
Oliveira de Frades
Viseu Centro H. Viseu 1
Penalva do Castelo
Viseu Centro H. Viseu 1
Penedono Viseu Centro H. Viseu 1
Resende Viseu Centro H. Viseu 1
Santa Comba Dão
Viseu Centro H. Viseu 1
São João da Pesqueira
Viseu Centro H. Viseu 1
São Pedro do Sul Viseu Centro H. Viseu 1
Satão Viseu Centro H. Viseu 1
Sernancelhe Viseu Centro H. Viseu 1
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Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
CENTRO Tabuaço Viseu Centro H. Viseu 1
Tarouca Viseu Centro H. Viseu 1
Tondela Viseu Centro H. Viseu 1
Vila Nova de Paiva
Viseu Centro H. Viseu 1
Viseu Viseu Centro H. Viseu 1
Vouzela Viseu Centro H. Viseu 1
Aguiar da Beira Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Almeida Guarda Centro H. Viseu CH Univ. Coimbra 1
Celorico da Beira Guarda Centro H. Viseu CH Univ. Coimbra
1
Fig. de Castelo
Rodrigo
Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Fornos de
Algodres
Guarda Centro H. Viseu CH Univ. Coimbra
1
Guarda Guarda Centro H. Viseu CH Univ. Coimbra 1
Gouveia Guarda Centro H. Viseu CH Univ. Coimbra 1
Manteigas Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Meda Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Pinhel Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Sabugal Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Seia Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Trancoso Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
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Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
CENTRO Vila Nova de Foz
Côa
Guarda Centro CH Univ. Coimbra 1
Belmonte Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Covilhã Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Fundão Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Cova da Beira Centro CH Univ. Coimbra 1
Castelo Branco Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Idanha-a-Nova Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Oleiros Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Penamacor Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Proença-a-Nova Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Sertã Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Vila de Rei Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
Vila Velha de
Rodão
Castelo
Branco
Centro CH Univ. Coimbra 1
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Região
de
Saúde
Área
geográfica /
Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica
de Intervenção
Nível de
Resposta
CENTRO Espinho Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
Oliveira de
Azeméis
Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
Ovar Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
Santa Maria
da Feira
Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
S. João da
Madeira
Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
Arouca Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
Castelo de
Paiva
Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
Vale de
Cambra
Aveiro Centro CH V. N. Gaia 1
Águeda Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Aveiro Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Estarreja Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Albergaria-a-
Velha
Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Ílhavo Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Oliveira do
Bairro
Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
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Região de
Saúde
Área
geográfica /
Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de
Intervenção
Nível de
Resposta
CENTRO Sever do
Vouga
Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Vagos Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Anadia Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Mealhada Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Murtosa Aveiro Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra Norte Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra /
Eiras
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra / Sé
Nova
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra / Sª
Cruz
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra/ Stº
Antº Olivais
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Mira Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Miranda do
Corvo
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Mortágua Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Arganil Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Cantanhede Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
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Região de
Saúde
Área
geográfica /
Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de
Intervenção
Nível de
Resposta
CENTRO Góis Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Lousã Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Oliveira do Hospital
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Pampilhosa da Serra
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Penacova Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Tábua Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
V. N. Poiares Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra Sul Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra / Stª Clara
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Coimbra / S. Martinho do Bispo
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Figueira da Foz Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Alvaiázere Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Ansião Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Castanheira de Pêra
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Condeixa-a-Nova
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
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Nota- Os concelhos assinalados constituem a área potencial de influência do Hospital de S. André.
Região de
Saúde
Área
geográfica /
Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de
Intervenção
Nível de
Resposta
CENTRO Figueiró dos Vinhos
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Montemor-o-Velho
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Pedrogão Grande
Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Penela Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1
Soure Coimbra Centro CH Univ. Coimbra 1 Alcobaça Leiria Centro H. Santo André
CH Univ. Coimbra 1
Leiria Leiria Centro H. Santo André CH Univ. Coimbra 1
Pombal Leiria Centro H. Santo André CH Univ. Coimbra 1
Porto-de-Mós Leiria Centro H. Santo André CH Univ. Coimbra 1
Batalha Leiria Centro H. Santo André CH Univ. Coimbra 1
Marinha Grande Leiria Centro H. Santo André CH Univ. Coimbra 1
Nazaré Leiria Centro CH Univ. Coimbra 1
Caldas da Rainha
Leiria Centro H. Santo André CHL Norte (S Maria)
1
Peniche Leiria Centro CHL Norte (S Maria)
1
Bombarral Leiria Centro CHL Norte (S Maria)
1
Óbidos Leiria Centro CHL Norte (S Maria)
1
99
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Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
LISBOA e
Alvalade Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
VALE DO
Benfica Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
TEJO Loures Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Lumiar Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Odivelas Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Pontinha Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Alenquer Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Alhandra Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Arruda dos Vinhos
Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Azambuja Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Póvoa Stº Adrião
Lisboa Lisboa CHL Central 1
V. F. Xira Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Cadaval Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Sobral de Monte Agraço
Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Lourinhã Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Mafra Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
100
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
LISBOA e
Torres Vedras Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
VALE DO
Cascais Lisboa Lisboa CHL Ocidental (SCruz)
1
TEJO Oeiras Lisboa Lisboa CHL Ocidental (SCruz)
1
Parede Lisboa Lisboa CHL Ocidental (SCruz)
1
Ajuda Lisboa Lisboa CHL Ocidental (SCruz)
1
Alcântara Lisboa Lisboa CHL Ocidental (SCruz)
1
Carnaxide Lisboa Lisboa CHL Ocidental (SCruz)
1
Stº Condestável
Lisboa Lisboa CHL Norte (S Maria)
1
Algueirão / Mem Martins
Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
Amadora Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
Cacém Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
101
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
LISBOA e
P. Pinheiro Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
VALE DO
Queluz Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
TEJO Reboleira Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
Rio de Mouro Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
Sintra Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
Venda Nova Lisboa Lisboa H. Fernando da Fonseca
1
Graça Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Lapa Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Luz Soriano Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
S. Mamede Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Stª. Isabel Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Alameda Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Coração de Jesus
Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
Penha de França
Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
102
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
LISBOA E
S. João Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
VALE DO
Olivais Lisboa Lisboa CHL Central (SMarta)
1
TEJO Sacavém Lisboa Lisboa CHL Central
(SMarta)
1
Sete Rios Lisboa Lisboa CHL Norte - 1
Santarém Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Almeirim Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Alpiarça Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Cartaxo Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Chamusca Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Coruche Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Rio Maior Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Salvaterra de
Magos
Santarém Lisboa CHLC (S Marta) 1
Abrantes Santarém Lisboa CHL Norte/CHLO 1
Constância Santarém Lisboa CHL Norte/CHLO 1
Mação Santarém Lisboa CHL Norte /CHLO 1
Sardoal Santarém Lisboa CHL Norte (CHLO) 1
Gavião Santarém Lisboa CHL Norte (S
Maria)
1
103
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
LISBOA
E
Vila de Rei Santarém Lisboa CHL Norte (S
Maria)
1
VALE
DO Tomar Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
TEJO Ferreira do
Zêzere Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
Ourém Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
Torres Novas Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
Alcanena Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
Entroncamento Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
Golegã Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
V. N.
Barquinha Santarém Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
Ponte de Sôr Portalegre Lisboa
CHL Norte (S
Maria)
1
Barreiro Setúbal Lisboa H. Setúbal 1
Alcochete Setúbal Lisboa H. Setúbal 1
Moita Setúbal Lisboa H. Setúbal 1
Montijo Setúbal Lisboa H. Setúbal 1
Almada Setúbal Lisboa H. Garcia de Orta 1
Seixal Setúbal Lisboa H. Garcia de Orta 1
Sesimbra Setúbal Lisboa H. Garcia de Orta 1
104
Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Região de Saúde
Área geográfica / Concelho
Distrito CODU Hemodinâmica de Intervenção
Nível de Resposta
LISBOA E Santiago do Cacém Setúbal Lisboa H. D Setubal 1
VALE DO Setúbal Setúbal Lisboa H. D. Setúbal 1
TEJO Alcácer do Sal Setúbal Lisboa H. D Setubal 1
Grândola Setúbal Lisboa H. D Setubal 1
Palmela Setúbal Lisboa H. D Setubal 1
Sines Setúbal Lisboa H. D Setubal 1
Alentejo Distrito Portalegre Portalegre Lisboa H. Espírito Santo 1
Distrito Évora Évora Lisboa H. Espírito Santo 1
Distrito Beja Beja Lisboa H. Espírito Santo / H.D. Faro
1
ALGARVE Lagos Faro Lisboa H.D. Faro 1
Portimão Faro Lisboa H.D. Faro 1
Aljezur Faro Lisboa H.D. Faro 1
Lagoa Faro Lisboa H.D. Faro 1
Monchique Faro Lisboa H.D. Faro 1
Silves Faro Lisboa H.D. Faro 1
Vila do Bispo Faro Lisboa H.D. Faro 1
Faro Faro Lisboa H.D. Faro 1
Albufeira Faro Lisboa H.D. Faro 1
Castro Marim Faro Lisboa H.D. Faro 1
Loulé Faro Lisboa H.D. Faro 1
Olhão Faro Lisboa H.D. Faro 1
Tavira Faro Lisboa H.D. Faro 1
V. R. Stº. António Faro Lisboa H.D. Faro 1
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Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
Os quadros anteriores podem apresentar informação incompleta atendendo a algumas
especificidades geográficas dentro de cada concelho, condicionadas nomeadamente
pela rede rodoviária. A atualização destes elementos deverá ser realizada em
conjugação com a informação do INEM.
Independentemente das recomendações operacionais para as vias verdes coronária e
do AVC, releva para o conteúdo deste documento a situação atual das áreas de
influência dos diferentes centros de hemodinâmica, com capacidade para realização
de angioplastia primária, terapêutica de eleição do enfarte agudo do miocárdio.
De uma forma simplificada pode ser afirmado que as áreas definidas num raio de 60 e
90Km, constituem a zona de influência direta desses centros.
Poderá assim ser constatada a elevada percentagem de cobertura populacional já
existente, motivando a recomendação atual de consolidação das equipas de
intervenção dos centros, em detrimento da abertura de novos pontes de rede.
Apresenta-se em seguida a última análise da distribuição geográfica e demográfica de
zonas de influência por região geográfica (ARS’s) realizada em 2009.
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Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
ARS Norte
ARS Centro
ARS Lisboa e Vale do Tejo
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Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
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Programa Nacional para as Doenças Cérebro-Cardiovasculares Alameda D. Afonso Henriques, 45 6º Tel.: (351) 21 843 06 03 [email protected] 1049-005 Lisboa, PORTUGAL Fax: (351) 21 843 06 20 www.dgs.pt
ARS Alentejo
ARS Algarve