controladoria. agenda apresentação pessoal e expectativas apresentação do programa bibliografia...
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CONTROLADOCONTROLADORIARIA
AgendaAgenda
Apresentação pessoal e expectativas
Apresentação do Programa
Bibliografia
Sistema de Avaliação
Nome
Atividade atual
Expectativas com o módulo de Controladoria
Apresentação pessoalApresentação pessoal
Módulo 1 – Introdução - Função da Controladoria Módulo 2 – Custos
Módulo 3 - Administração do Capital de Giro
Módulo 4 – Fluxo de Caixa
ProgramaPrograma
BibliografiaBibliografia
Preparação PréviaApós a leitura do texto do módulo A – Controladoria (que
consta no programa da disciplina), responda às questões:
1.O que você entendeu por Controladoria? Faça a sua definição.2.Os controles exercidos pela controladoria não deveriam ser feitos pelas próprias áreas? Qual é a sua experiência sobre isso?3.Descreva as fases para elaboração do planejamento orçamentário.4.Quais são as fases do processo de gestão empresarial?
Controladoria • Identificando a área de controladoria na estrutura organizacional
como órgão de linha, possui responsabilidade clara na gestão econômica da empresa e participa do Planejamento Estratégico como tal, elaborando seu planejamento tático e oferecendo apoio às demais áreas na obtenção das melhores informações sobre as variáveis ambientais de caráter econômico.
Controladoria • A controladoria é então a gestora do sistema de informações
econômico/financeiras, sendo, assim, a responsável pelos conceitos que devem sustentar tal sistema.
• A especialidade da controladoria é o desenvolvimento e operacionalização de modelos e sistemas de informação econômico/financeiro, podendo nesta fase do processo de gestão prestar apoio às áreas que necessitarem de avaliações quantitativas para a formulação de diretrizes táticas ou estratégicas.
Administração financeira
•A administração financeira se preocupa com as tarefas do administrador financeiro de uma empresa.
• O administrador financeiro gere ativamente a área financeira de qualquer tipo de organização, seja ela pública ou privada, grande ou pequena, com ou sem fins lucrativos.
• A crescente globalização tem aumentado a complexidade da função de administração financeira.
• Novas condições econômicas e regulatórias também tornam mais complexa a função de administração financeira.
Ativos: Passivos e patrimônio líquidoAtivos circulantes P assivos circulantes
Caixa e aplicações Contas a pagar Contas a receber Instituições financeiras a pagar Estoques Total de passivos circulantes Total de ativos circulantes P assivos de longo prazoAtivos fixos Total de passivos
Ativos fixos (valor bruto) P atrimônio líquido: Menos: depreciação acum. Capital (ações ordinárias) Fundo de comércio Ágio na venda de ações Outros ativos de longo prazo Lucros retidos Total de ativos fixos Total de patrimônio líquidoTotal de ativos Passivos e patrimônio líquido
Balanço31 de dezembro de 19xx
Capitalde giro Capital
de giro
Decisões deinvestimento Decisões de
financiamento
Nível macro
Atividades básicas do administrador financeiro
Custos
Custos para Tomada de DecisõesCusteio Variável e Custeio por absorção
- O custeio variável não é aceito pela legislação do imposto de renda, já que diminui o lucro da empresa no período, em relação ao custeio por absorção.
- Na metodologia do custeio por absorção, nas empresas que produzem diversos produtos, os custos fixos são apropriados aos produtos com base em critérios de rateio.
- No custeio variável, somente os custos variáveis são considerados custos de produção, sendo que os custos fixos são considerados despesas.
- Custeio por absorção é aquele que, por assim dizer, “absorve” todos os custos incorridos para se obter a produção de um bem ou serviço, seja custo fixo ou variável, seja diretos ou indiretos.
- A principal utilidade do custeio variável é servir como ferramenta para tomadas de decisões gerenciais.
OBJETOS DE CUSTO
Para guiar suas decisões, os gestores sempre desejam saber quanto custa determinada coisa (um novo produto, um equipamento, um serviço ou processo, etc.). Chamamos esta "coisa" de objeto de custo.
ACUMULACÃO E APROPRIACÃO DE CUSTOS
Um sistema de custo tipicamente considera dois estágios básicos:
Acumulam-se custos de acordo com alguma classificação "natural" como materiais, mão-de-obra, combustível, propaganda ou expedição.
Apropriam-se estes custos aos objetos de custo. A acumulação de custos é a compilação de dados de custo de maneira organizada através de um sistema contábil.
A apropriação de custo é um termo geral que engloba:
ACUMULACÃO E APROPRIACÃO DE CUSTOS
a) Apropriação direta dos custos acumulados a um objeto de custo e,
b) Alocação dos custos acumulados a um objeto de custo.
Custos que são apropriados diretamente a um objeto de custo são denominados custos diretos;
e custos que são alocados a um objeto de custo são denominados de custos indiretos.
Os avanços tecnológicos na coleta de informação (por exemplo, scanner de código de barras) estão facilitando bastante a apropriação simultânea de custos, à medida que são incorridos, a mais de um objeto de custo.
APROPRIACÃO DIRETA E RATEIO DE CUSTOS
A maior questão com relação a custos é saber quando eles têm um relacionamento direto ou indireto com um determinado objeto de custo.
Custos diretos de um objeto de custo são: os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo, e que podem ser identificados com este de maneira economicamente viável.
Custos indiretos de um objeto de custo são: os custos que estão relacionados a um determinado objeto de custo, mas não podem ser identificados com este de maneira economicamente viável.
APROPRIACÃO DIRETA E RATEIO DE CUSTOS
Os custos indiretos são alocados ao objeto de custo através de um método de alocação de custo denominado rateio.
A apropriação direta de custo é o processo de transferência dos custos diretos a um objeto de custo desejado.
A apropriação de custo engloba os dois processos acima.
DIRECIONADORES DE CUSTO
Os esforços para redução de custos freqüentemente se concentram em duas áreas chaves:
- Realizar somente atividades que adicionam valor, ou seja, aquelas atividades que os clientes percebem como adicionadoras de valor aos produtos ou serviços que eles compram.
- A utilização eficiente de direcionadores de custo naquelas atividades que adicionam valor.
Administração do Capital de Giro
Análise do fluxo de caixa da empresa
• O fluxo de caixa (diferentemente do “lucro”) é a preocupação
principal do administrador financeiro.
• Um fator importante na determinação do fluxo de caixa é a
depreciação.
• Do ponto de vista contábil, o fluxo de caixa é resumido na
demonstração de fluxos de caixa de uma empresa.
• Do ponto de vista financeiro, as empresas se preocupam
freqüentemente tanto com o fluxo de caixa operacional, utilizado na
tomada de decisões, quanto com o fluxo de caixa livre, acompanhado
atentamente no mercado de capitais.
Depreciação
• Depreciação é o lançamento sistemático de uma parcela dos custos de
ativos fixos contra as receitas de cada exercício.
• Para fins fiscais, a depreciação é determinada com base no sistema
modificado de recuperação acelerada de custo (MACRS).
• Por outro lado, vários outros métodos de depreciação costumam ser
usados para fins de divulgação de resultados.
• Os administradores financeiros preocupam-se muito mais com os
fluxos de caixa do que com os lucros.
• Para ajustar a demonstração de resultado de modo a obter os fluxos de
caixa operacionais, todas as despesas não desembolsadas devem ser
somadas de volta ao lucro líquido depois do imposto de renda.
• Com a redução do lucro tributável, a depreciação e outras despesas
não desembolsadas, cria-se um benefício fiscal e aumenta o fluxo de
caixa.
Depreciação e fluxo de caixa
• O valor depreciável de um ativo é dado pelo seu custo integral, incluindo os gastos de instalação.
• Nenhum ajuste é exigido em função de valor residual esperado.
• Para fins fiscais, a vida útil de um ativo é determinada por seu prazo de recuperação predeterminado e aceito pela legislação fiscal.
Valor depreciável e vida útil
• Os planos financeiros de longo prazo consideram uma variedade de atividades financeiras, incluindo:
– gastos propostos em ativos permanentes;
– atividades de pesquisa e desenvolvimento;
– desenvolvimento de produtos e marketing;
– estrutura de capital;
– fontes básicas de financiamento.
• Esses planos geralmente apóiam-se em uma série de orçamentos e planos de resultados anuais.
Planos financeiros de longo prazo e fluxos de caixa
• Os planos financeirosde curto prazo (operacionais) determinam as providências financeiras de curto prazo e o impacto previsto dessas providências, abrangendo um período operacional de um a dois anos.
• Os dados básicos incluem a previsão de vendas e outros dados operacionais e financeiros.
• Os produtos básicos são orçamentos de operações, o orçamento de caixa e as demonstrações financeiras projetadas.
• Esse processo é descrito graficamente no próximo slide.
Planos financeiros de curto prazo e fluxo de caixa
• O orçamento de caixa ou previsão de caixa é uma demonstração das entradas e saídas previstas de caixa da empresa.
• É utilizado para estimar necessidades de caixa no curto prazo, com atenção especial a superávits e déficits previstos.
• Os superávits devem ser aplicados, e os déficits, cobertos.• O orçamento de caixa é uma ferramenta útil para a determinação
da distribuição de entradas e saídas em certo período.
• É comum serem preparados orçamentos mensais para um período de um ano.
• O orçamento de caixa começa com uma previsão de vendas, a qual é simplesmente uma predição das receitas de venda para um período.
• Um pré-requisito da previsão de vendas é uma previsão da economia, do setor, da empresa e de outros fatores externos e internos que possam influenciar as vendas da empresa.
• A previsão de vendas é usada a seguir como base da estimativa das entradas mensais de caixa resultantes das vendas projetadas, bem como das saídas decorrentes de gastos de produção, gerais e outras despesas.
Formato geral de um orçamento de caixa
• Uma das maneiras de lidar com a incerteza na elaboração de orçamentos de caixa é preparar vários deles com base em diferentes cenários (exemplos: pessimista, mais provável, otimista).
• Com base nessa faixa de fluxos de caixa, o administrador financeiro pode determinar o volume de financiamento necessário para cobrir a situação mais desfavorável.
• Esse método também dá uma idéia do risco associado às alternativas.
• As demonstrações financeiras projetadas são demonstrações previstas – demonstrações de resultado e balanços.
• Os dados necessários para preparar as demonstrações financeiras projetadas com as abordagens mais comuns incluem:
– demonstrações financeiras do ano anterior;
– previsão de vendas para o ano seguinte;
– premissas básicas a respeito de gastos.
Planejamento de resultados: demonstrações financeiras projetadas
Ativos Circulantes: Caixa Títulos Negociáveis Pagamentos Antecipados Contas a Receber Estoques
Passivos Circulantes: Fornecedores Despesas a Pagar Dívidas de Curto Prazo Impostos a Recolher
Ativos Permanentes: Ativos Financeiros Instalações & Equipamentos Terrenos & Prédios
Financiamento de Longo Prazo: Capital de Terceiros Capital Próprio
• O capital de giro inclui os ativos circulantes de uma
empresa, ou seja, caixa e títulos negociáveis de curto prazo,
além de contas a receber e estoques.
• Também compreende passivos circulantes, incluindo contas
a pagar (fornecedores), instituições financeiras a pagar
(empréstimos bancários) e despesas a pagar.
• Capital de giro líquido é a diferença entre ativos circulantes
e passivos circulantes.
• É indispensável observar que ‘rentabilidade’ e ‘liquidez’(ou fluxo de caixa) não são necessariamente a mesma coisa.
• Uma empresa pode ser rentável e ainda assim passar por sérios problemas de fluxos de caixa.
• A chave está na duração do ciclo de capital de giro – ou seja, quanto tempo é necessário para converter caixa novamente em caixa.
‘Rentabilidade’ versus ‘liquidez’
Ativoscirculantes
Capital de girolíquido > 0
Ativos permanentes
Passivos circulantes
Exigível delongo prazo
Capital próprio
Capital de giro líquido positivo(baixo retorno e baixo risco)
Baixo retorno
Alto retorno
Baixo custo
Alto custo
Custo mais alto
Ativoscirculantes
Ativospermanentes
Passivoscirculantes
Capital de girolíquido < 0
Exigível delongo prazo
Capitalpróprio
Capital de giro líquido negativo(alto retorno e alto risco)
Baixo retorno
Alto retorno
Baixo custo
Alto custo
Custo mais alto
Métodos de Avaliação de Fluxo de Caixa
• Indicadores – – VPL – TIR – TMA – Payback descontado
• Indicadores – Eficiência – PMRV – PMRE – PMPC – ciclo operacional e
financeiro • Indicadores – Financeiros
– Estrutura de Capital – Alavancagem Financeira
• Exercício – Uma empresa apresenta um lucro operacional de
$180.000 e investimentos totais em ativos operacionais de $ 600.000.
• Admitindo-se a inexistência de imposto de renda, pede-se calcular o
• RSA – Retorno Sobre Ativo = remunera dois capitais de 3º e próprio
(Lucro Líquido + Despesas Financeiras) / Ativo Operacional
• RSPL – Retorno Sobre Patrimônio Líquido = Lucro Líquido / PL
• GAF – Grau de Alavancagem Financeira = RSPL / RSA
desta empresa para cada estrutura de capital apresentada a seguir:
O custo de financiamento para todas as situações é de 15%
Estrutura 1 –
• Financiamento = 100.000
• Patrimônio Líquido = 500.000
Estrutura 2 –
• Financiamento = 300.000
• Patrimônio Líquido = 300.000
Estrutura 3 –
• Financiamento = 500.000
• Patrimônio Líquido = 100.000
• Gestão financeira de curto prazo – a gestão de ativos e passivos
circulantes – é uma das atividades mais importantes e que consomem
mais tempo do administrador financeiro.
• O objetivo da gestão financeira de curto prazo é administrar cada um
dos ativos e passivos circulantes da empresa para obter um equiíbrio
entre rentabilidade e risco que contribua positivamente para o valor
da empresa.
• Essencial para a gestão financeira da empresa é uma compreensão do
ciclo de conversão de caixa.
1. Girar o estoque com a maior velocidade possível, sem faltas que resultem em vendas perdidas.
2. Cobrar as contas a receber com a maior rapidez possível, sem perder vendas em conseqüência do uso de técnicas de cobrança muito agressivas.
3. Gerir os tempos de correspondência, processamento e compensação para reduzi-los ao cobrar dos clientes e aumentá-los ao pagar aos fornecedores.
4. Efetuar o pagamento das contas a pagar com a maior lentidão possível, sem prejudicar a classificação de crédito da empresa.
Objetivos
• Classificação de estoques:– matérias-primas – itens adquiridos para consumo na fabricação
de um produto final;– produção em andamento – todos os itens ainda sendo
processados na produção;– produtos acabados – itens produzidos, mas ainda não vendidos.
Fundamentos de estoques
Consiste na apropriação de todos os custos de produção aos bens elaborados.
. Variáveis: M.P. / M.O.D. / M.A.
. Fixos: Salários Supervisão Fábrica / Depreciação / Aluguel / Seguro
Afeta os estoques.Desvantagens: CFt independem volume/rateio / vol.prod. próprio e de outros
Método Legalmente aceito:CUSTEIO POR ABSORÇÃO
CUSTOS FIXOSCUSTOS FIXOSMão Obra Indireta,Mão Obra Indireta,
Depreciação, Depreciação, AluguelAluguel
Seguro, TributosSeguro, Tributos
ADM / VENDA / MKTSalário,
Depreciação,Aluguel, Seguro,
Tributos
CUST
OSCU
STOS
DEDEPR
ODUÇ
ÃOPR
ODUÇ
ÃO
Produção Produção em em
andamentoandamento
Estoque de Produtos Acabados
VENDAS LÍQUIDAS
(-) CUSTO DOS PROCUTOS VENDIDOS
CUSTOS VARIÁVEIS
Matéria-primaMão Obra DiretaMaterial Auxiliar
Fluxo do Método de Custeamento por Absorção.FONTE: SANTOS, Joel José dos, 1988, p. 41.
DESP
ESAS
DESP
ESAS
DEMONTRAÇÃDEMONTRAÇÃOODEDE
RESULTADORESULTADO
(=) LUCRO BRUTO
(-) DESPESAS OPERACIONAIS
(=) LUCRO OPERACIONAL
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
• Os diversos departamentos de uma empresa (finanças, produção, marketing etc.) geralmente têm posições diferentes sobre o que é um nível ‘apropriado’ de estoques.
• Os administradores financeiros gostariam que os níveis de estoque fossem baixos, para garantir que os fundos fossem aplicados adequadamente.
• Os executivos de marketing gostariam de manter estoques altos para garantir o rápido atendimento de pedidos.
• Os executivos de produção prefeririam que o estoque de matérias-primas fosse grande para evitar atrasos no processo de produção e para que os lotes de produção fossem mais econômicos.
Pontos de vista distintos quanto ao nível de estoques
• O sistema ABC de administração classifica os estoques em três grupos, em ordem decrescente de importância, com base no valor monetário do investimento em cada grupo.
• Em um sistema típico, o grupo A seria formado por 20% dos itens, valendo 80% do total; o grupo B seria o segundo maior investimento, e assim por diante.
• O controle dos itens do grupo A seria intenso, por causa do elevado investimento.
• O modelo do lote econômico (economic order quantity – EOQ) seria mais apropriado para gerir itens dos grupos A e B.
Sistema ABC
EOQ = 2 x S x O C
onde:
S = consumo em unidades por período (ano)
O= custo de pedido, por pedido
C = custo de carregamento por unidade, por período (ano)
Modelo do lote econômico (EOQ)
• O sistema just-in-time minimiza o investimento em estoques, fazendo com
que os materiais exigidos cheguem exatmente no momento em que são
necessários na produção.
• Para que um sistema JIT funcione, é preciso haver muita coordenação entre
a empresa, seus fornecedores, e as empresas transportadoras, para que os
materiais cheguem a tempo.
• Além disso, os materiais devem ser de qualidade e consistência quase
perfeitas, já que não existirão estoques de segurança.
Sistema just-in-time (JIT)
• Os sistemas MRP são utilizados para determinar o que deve ser pedido, quando e que prioridades devem ser atribuídas às encomendas de materiais.
• O MRP usa conceitos do modelo EOQ para determinar quanto deve ser pedido, com o apoio de programas de computação.
• Simula a lista de necessidades de materiais de cada produto, considerando todos os seus componentes, o nível de seu estoque e o processo de produção.
• Como na versão simples do EOQ, o objetivo dos sistemas MRP é minimizar o investimento global em estoques de uma empresa sem prejudicar a sua produção.
Planejamento de necessidades de materiais (MRP)
Administração de contas a receber
• O segundo componente do ciclo de conversão de caixa é o prazo médio de
recebimento – o tempo médio para que uma venda a prazo seja paga e o
pagamento se converta em fundos disponíveis à empresa.
• O prazo de recebimento tem duas partes:
– período desde a venda até a remessa do pagamento pelo cliente;
– período desde a remessa do pagamento até que os fundos entrem na conta da empresa.
• Caráter
• Capacidade
• Capital
• Colateral (garantia)
• Condições
Cinco Cs do crédito
• A atribuição de escores de crédito é um procedimento que resulta em
um escore que funciona como medida da qualidade geral de um
cliente, sendo calculado como média ponderada de escores de
diversos aspectos de crédito.
• O escore final é utilizado na tomada de decisões de aceitação/rejeição
do pedido de crédito feito pelo cliente.
• A finalidade dos escores de crédito é levar à tomada de uma decisão
informada de concessão de crédito com certa rapidez e a custo baixo.
Escores de crédito
Variáveis básicas
Variável Direção da variação Efeito sobre os lucrosVolume de vendas Aumento PositivoInvestimento em contas a receber Aumento NegativoPerdas com clientes Aumento Negativo
Variações de variáveis básicas em conseqüência deum relaxamento de padrões de crédito
Variável Direção da variação Efeito sobre os lucrosVolume de vendas Diminuição NegativoInvestimento em contas a receber Diminuição PositivoPerdas com clientes Diminuição Positivo
Variações de variáveis básicas em conseqüência depadrões de crédito mais rigorosos
• Os padrões de crédito de uma empresa especificam os prazos de
pagamento exigidos de todos os clientes que compram a prazo.
• Os termos de crédito têm três componentes:
– valor do desconto por pagamento rápido;
– prazo do desconto por pagamento rápido;
– prazo de crédito.
• Por exemplo, com termos de 2/10, 30 dias líquidos, o desconto é de
2%, o prazo de desconto é de 10 dias e o prazo de crédito é de 30 dias.
Alteração de padrões de crédito
Desconto por pagamento rápido
Direção EfeitoVariável da Variação sobre LucroVolume de vendas aumento positivoInvestimento em contas a receberresultante do fato de que alguns clientesaproveitam o desconto e pagam mais rápido redução positivoInvestimento em contas a receberdevido a novos clientes aumento negativoPerdas com clientes redução positivo
Política de cobrança
• A política de cobrança de uma empresa é o conjunto de procedimentos adotados para cobrar contas a receber quando elas vencem.
• A eficácia dessa política pode ser parcialmente avaliada por um exame do nível de perdas com clientes.
• Como visto nos exemplos anteriores, esse nível não depende apenas da política de cobrança, mas também da política de crédito da empresa.
• Em geral, deve-se gastar dinheiro para cobrar clientes em atraso até o ponto em que o custo marginal supera o benefício marginal.
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXOADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXADE CAIXA
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
A administração da liquidez, é uma das atividades mais importantes do administrador financeiro. Para desempenhar essa função, utiliza-se do fluxo de caixa.
FLUXO DE CAIXA (Cash Flow):
“Movimentos de Caixa” – entradas e saídas dos recursos financeiros da empresa em um determinado período de tempo.
Através da utilização do fluxo de caixa, o administrador tem um poderoso instrumento para cumprir seu principal objetivo, a maximização do retorno dos proprietários, sem no entanto comprometer a liquidez, reduzindo dessa forma o risco incorrido pelos detentores do controle da empresa.
Principais Objetivos
prognosticar as necessidades de captação de recursos;
aplicar os excedentes de caixa nas alternativas mais rentáveis para a empresa, sem comprometer a sua liquidez. ;
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Demais objetivos:
proporcionar o levantamento das necessidades de recursos financeiros para a realização das transações definidas no planejamento da empresa;
empregar da forma eficaz os recursos disponíveis, evitando que fiquem sem remuneração;
saldar tempestivamente as obrigações incorridas pela empresa;
analisar as fontes de crédito onerosas de forma a minimizar o custo de utilização das mesmas;
controlar e planejar os recursos financeiros destinados a manter e ampliar as atividades da empresa, de forma a maximizar seu resultado.
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Fatores que afetam o Fluxo de Caixa
FATORES INTERNOS:
expansão descontrolada das vendas, implicando em um volume maior de compras e custos operacionais;
aumento no prazo de vendas concedido pela empresa como forma de aumentar seu grau de competitividade ou aumentar sua participação no mercado;
capitalização inadequada com a conseqüente utilização de capital de terceiros de forma excessiva, aumentando o nível de endividamento;
compras em volume incompatível com as projeções de vendas;
diferenças acentuadas no giro do contas a pagar e a receber em decorrência dos prazos médios de recebimento e pagamento;
ciclos de produção extremamente longos e incompatíveis com o prazo médio concedido pelos fornecedores;
giro do estoque lento;
baixa ocupação do ativo fixo;
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
Fatores Internos que afetam o Fluxo de Caixa (cont.)
distribuição de lucros em volumes incompatíveis com a capacidade de geração de caixa;
custos financeiros elevados em decorrência de um nível de endividamento incompatível com a estrutura de capital da empresa;
política salarial incompatível com a estrutura da empresa;
aumento do nível de inadimplência.
FATORES EXTERNOS:
redução nas vendas causadas por retração do mercado;
aumento da concorrência;
alterações nas alíquotas de impostos sobre venda/lucro /importação;
aumento geral do nível de inadimplência causada por fatores como, por exemplo, o aumento das taxas de juros.
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA
DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO
Situação gerada pela má administração do caixa, que pode levar à falência.
Quadro Descritivo:
Queda na “qualidade” do dinheiro que a empresa consegue captar, em função do maior risco de crédito apresentado.
Insuficiência crônica de caixa
Captação sistemática de recursos através de empréstimos
Causas básicas: perda de receita e aumento dos custos operacional, administrativo e financeiro;excesso de investimentos em estoques e ativos fixos; discrepância anormal entre: prazos médio do giro dos estoques; prazo médio de recebimento e o prazo médio de pagamento;
ADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXAADMINISTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO:
Conseqüências:
Menor agilidade e maior vulnerabilidade frente à eventuais flutuações nas nas condições do mercado em que a empresa opera;
Atrasos nos pagamentos, aumento da inadimplência, levando à possibilidade de concordata ou falência;
Medidas de saneamento:
Aumento do capital próprio através do aporte de novos recursos dos proprietários atuais ou de novos sócios;
Busca de linhas de crédito mais baratas (BNDS, Governos, etc.)
Adequação do nível de atividade aos volumes de recursos disponíveis para financiamento das operações
Controle rígido de custos e despesas operacionais e administrativas
Desmobilização de ativos ociosos,
Maximização do planejamento tributário.
DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA LIQUIDODEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA LIQUIDO
Indica a origem de todo o dinheiro que entrou no Caixa,bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período, e, ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro.
Fornece um resumo dos fluxos de caixa da empresarelativos às atividades operacionais, de investimentos e de financiamentos, e reconciliados com as variações em seu disponível.
A Demonstração do Fluxo de Caixa permite extrair importantes informações sobre o comportamentofinanceiro da empresa no exercício.
Quase sempre os problemas de insolvência ou iliquidez ocorrem por falta de adequada administração do fluxo de caixa; daí a importância de sua análise;
Para análise do fluxo de caixa apresenta-se uma demonstração financeira chamada Demonstração do Fluxo Líquido de Caixa (DFLC).
A DFLC não tem sua publicação exigida pela Lei das SA’s, o que não torna a sua elaboração menos importante;
A elaboração da DFLC é de grande utilidade para a análise do desempenho financeiro da empresa e pode ser preparada de FORA da empresa.
Através da DFLC sabe-se muito à respeito de como a empresa vem administrando o dilema “risco X retorno”.
Principais objetivos da DFLC:avaliar e controlar as decisões com reflexos monetários que são tomadas pelas empresas ao longo do tempo;
avaliar alternativas de investimentos;
avaliar as situações presente e futura do caixa na empresa, posicionando-as para que não se chegue a situações de iliquidez;
certificar que os excessos momentâneos de caixa estão sendo devidamente aplicados;
verificar a “saúde” financeira dos movimentos de caixa da empresa.
A DFLC Demonstra o efeito de cada variável e das decisões determinantes do caixa, tais como:
recebimentos / pagamentos;
realização de investimentos / tomada de financiamentos;
aportes de capital / distribuição de dividendos.
Informa como:
Buscar um autofinanciamento das operações.
Obter independência do sistema bancário
Gerar recursos para manter e expandir o nível de investimentos.
Amortizar dívidas de curto e longo prazos.
A DFLC pode ser facilmente preparada de fora da empresa, a partir das demonstrações financeiras usualmente publicadas, sendo as principais: Balanço Patrimonial;
Demonstração de Resultados,
Outras informações adicionais são obtidas na:
DOAR – Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos,
BALANÇO PATRIMONIALBALANÇO PATRIMONIAL
ATIVOATIVO PASSIVOPASSIVOCirculanteCirculante
PermanentePermanente
Realiz. L.P.Realiz. L.P.
Patrim. LíquidoPatrim. Líquido
Exig. L.P.Exig. L.P.
Disponível (Caixa e Bancos) 600Duplicatas a Receber (Clientes) 1.700Estoques 700
Total 3.000
CirculanteCirculanteFornecedores 600Empréstimos a pagar 1200Contas a Pagar 800
Total 2.600
Títulos a Receber 1.000Total 1.000
Investimentos 600Imobilizado 1.000Diferido 400
Total 2.000
Empréstimos a Pagar 1.000Total 1.000
Capital Social 2.000Reservas 100Lucro do Exercício 300
Total 2.400
TOTAL DO ATIVOTOTAL DO ATIVO 6.000 6.000 TOTAL DO PASSIVO 6.000TOTAL DO PASSIVO 6.000
Fluxos OperacionaisFluxos OperacionaisEntradas e saídas de caixa diretamente relacionadas à produção e
venda dos produtos e serviços da empresa.
Fluxos de InvestimentosFluxos de InvestimentosEntradas e saídas de caixa associados com a compra e venda de ativos e com a participação societária.
Fluxos de FinanciamentosFluxos de Financiamentos Entradas e saídas de caixa em função de empréstimos tomados e investimentos realizados.
TRANSAÇÕES QUE AUMENTAM O CAIXATRANSAÇÕES QUE AUMENTAM O CAIXA Operacionais(+)Vendas à vista e recebimentos de Duplicatas a Receber
Investimentos(+) Venda de itens do Ativo Permanente(+) Integralização do Capital feitas em Dinheiro pelos Sócios ou
Acionistas Financiamentos(+) Empréstimos bancários e financiamentos realizados Curto e Longo
Prazos.(+) Outras(Juros recebidos, dividendos de outras empresas).
TRANSAÇÕES QUE DIMINUEM O CAIXATRANSAÇÕES QUE DIMINUEM O CAIXAOperacionais(-) Compras à vista e Pagamentos de Fornecedores (referentes à Compras à Prazo);(-) Pagamentos de Despesas/Custos, Contas à Pagar, etc
Investimentos(-) Pagamentos de dividendos aos acionistas;(-) Aquisição de um item do Ativo Permanente;
Financiamentos(-) Pagamento dos Juros e Amortização do Principal de Dívidas referentes à financiamentos tomados.(-) Investimentos em ativos financeiros e outras empresas;
TRANSAÇÕES QUE NÃO AFETAM O CAIXATRANSAÇÕES QUE NÃO AFETAM O CAIXA Operações e lançamentos contábeis que não exigem um desembolso monetário, sendo as principais:
Depreciação, Amortização e Exaustão. Provisão para devedores duvidosos. Reavaliação de bens. Resultado de Equivalência Patrimonial. Variações cambiais/monetárias de longo prazo.
Outros exemplos que não afetam de imediato o caixa: Compras à prazo; Vendas à prazo;
Análise e mensuração da DFLC: a elaboração e análise da DFLC demonstra, por fim, como a empresa vem lidando com a dualidade risco X retorno.
pois ao mesmo tempo que se recomenda que se invistam os saldos operacionais em ativos, a fim de buscar um maior retorno, deve-se ter cuidado com a exposição ao risco de insolvência;
ao se apurar o saldo líquido dos diferentes fluxos monetários, o instrumento da DFLC permite que se estabeleçam prognósticos com relação a eventuais sobras ou falta de recursos;
e, para que se estabeleçam prognósticos razoáveis, é importante salientar que o fluxo de caixa não deve ser enfocado como uma preocupação exclusiva da área financeira;
deve haver comprometimento de todos os setores empresariais como os resultados e prognósticos de fluxos de caixa, conforme segue:
Demais áreas comprometidas com o Fluxo de Caixa: Produção: deve ajudar a promover alterações nos prazos de fabricação que impactam nos prazos de estoque. Precisa buscar a redução dos custos de fabricação, que tem importantes reflexos no caixa;
Compras: precisa adequar os prazos de pagamentos de compras com os de recebimentos. Deve se preocupar com a redução dos custos, principalmente os indiretos (serviços, administrativos, etc.).
Cobrança: tem que estabelecer uma política de crédito adequada ao setor em que a empresa atua e deve buscar minimizar o tempo de recebimento.
Vendas
precisa avaliar reflexos sobre o fluxo de caixa gerados por importantes decisões de vendas, tais como os prazos concedidos e as despesas com publicidade, propaganda, equipe de vendas, etc.
Fluxo de Caixa e Capital de Giro
a administração do Fluxo de Caixa, assim como de outros componentes de Disponível e o controle sobre os estoques, valores a receber e a pagar garantem a sobrevivência da empresa e compõem basicamente as decisões de Administração do Capital de Giro da empresa..