curtumes boaventura, lda
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Requerente
CURTUMES BOAVENTURA, LDA.
Concelho / Freguesia /Local
Santarém/ União das Freguesias de Alcanena e Vila
Moreira / Ponte da Pedra
Referencia do documento
18.CBO.A.LIC.SIR.01 REGIME DE ALTERAÇÕES DE ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL
[ao abrigo do n.º 1 do artigo 39º do decreto-lei n.º 73/2015, de 11 de
maio]
PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO
PROCEDIMENTO COM VISTORIA PRÉVIA
TIPOLOGIA DO ESTABELECIMENTO
TIPO 1
CONCELHO FREGUESIA LOCAL
SANTARÉM UNIÃO DAS FREGUESIAS DE
ALCANENA E VILA MOREIRA PONTE DA PEDRA
Classificação Portuguesa de Atividades Económicas, Revisão 3 (CAE – Rev 3)
15111 - Curtimenta e acabamento de peles sem pelo
Torres Novas, junho de 2018
Travessa das Arroteias, n.º 62
Parceiros de São João
2350-214 Parceiros de Igreja
Telf: +351 249 835 190
Telm: +351 917 882 462
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ÍNDICE
1 Folha de identificação da empresa que elaborou o processo ..................................................... 13
1.1 Identificação ........................................................................................................................ 13
1.2 Identificação dos técnicos Intervenientes ........................................................................... 13
2 Identificação dos Intervenientes .................................................................................................. 13
2.1 Identificação do Industrial ................................................................................................... 13
2.1.1 Identificação da Organização ..................................................................................................... 13
2.1.2 Identificação do Estabelecimento .............................................................................................. 14
2.2 Identificação do Representante do Industrial ..................................................................... 14
2.3 Identificação dos Responsável Técnico ............................................................................... 14
2.4 Identificação do Responsável Técnico de OGR ................................................................... 14
3 Objetivo e âmbito da memória descritiva .................................................................................... 15
4 Enquadramento da tipologia do estabelecimento industrial no âmbito do SIR .......................... 16
4.1 Introdução ............................................................................................................................ 16
4.2 Exploração de uma das atividades descritas na alínea e) do ponto 2 do artigo 11º
do SIR ............................................................................................................................. 16
4.3 Classificação do estabelecimento Industrial ....................................................................... 16
5 Descrição das Alterações ............................................................................................................. 16
5.1 Introdução ............................................................................................................................ 16
5.1.1 Metodologia de abordagem ....................................................................................................... 17
5.2 Instalação de novos equipamentos ..................................................................................... 17
5.2.1 Novos foulons ............................................................................................................................ 17
5.2.2 Ribeira ........................................................................................................................................ 17
5.2.3 Curtimenta ................................................................................................................................. 18
5.2.4 Remolho ..................................................................................................................................... 18
5.2.5 Novo equipamento de descarna ................................................................................................ 19
5.2.6 Tapete rolante de encaminhamento dos couros ....................................................................... 19
5.2.7 Máquinas de rebaixar ................................................................................................................ 19
5.2.8 Máquina de dividir ..................................................................................................................... 19
5.2.9 Depósitos e tanque de armazenagem de água de abastecimneto............................................ 19
5.3 Requalificação de espaços .................................................................................................. 20
5.3.1 Requalificação do telheiro do parque de resíduos e armazém de produtos químicos .............. 20
5.3.2 Requalificação da sala de refeições .......................................................................................... 20
5.3.3 Reformulação do escritório de produção ................................................................................... 20
5.3.4 Novo armazém de produtos químicos ....................................................................................... 20
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5.3.5 Passadiço ................................................................................................................................... 20
5.3.6 Reformulação do tanque de sulfuretos ..................................................................................... 20
5.4 Alterações da área edificada ............................................................................................... 21
5.5 Quantificação das Alterações .............................................................................................. 21
5.5.1 Verificação aumento da capacidade produtiva e área edificada ............................................... 21
6 Identificação da modalidade do regime de alterações ................................................................ 21
6.1 Introdução ............................................................................................................................ 21
6.2 Ponto 1 do artigo 39.º do DL nº 73/2015, de 11 de maio .................................................. 22
6.3 Ponto 3 do artigo 39.º do dl nº 73/2015 de 11 de maio .................................................... 22
6.4 Ponto 4 do artigo 39.º do dl nº 73/2015 de 11 de maio .................................................... 23
6.5 Conclusão ............................................................................................................................ 23
7 Localização do Estabelecimento Industrial ................................................................................. 24
7.1 Localização .......................................................................................................................... 24
7.1.1 Localização a nível nacional e regional ...................................................................................... 24
7.1.2 Localização a nível local............................................................................................................. 24
7.1.3 Ortofotomapa ............................................................................................................................. 25
7.2 Coordenadas do Estabelecimento ....................................................................................... 26
7.3 Confrontações do Estabelecimento ..................................................................................... 26
7.4 Área Poligonal do Estabelecimento ..................................................................................... 27
7.5 Identificação das áreas do estabelecimento ....................................................................... 27
7.5.1 Espaços e Edificações/ Parâmetros Urbanísticos...................................................................... 27
7.5.2 Área total de implantação e de construção do estabelecimento ............................................... 27
7.5.3 Áreas do estabelecimento ......................................................................................................... 28
7.6 Usos do solo e análise de condicionantes ........................................................................... 28
7.7 Licença de exploração industrial ......................................................................................... 28
8 Caracterização das Atividades Desenvolvidas no Estabelecimento Industrial ............................ 28
8.1 Introdução ............................................................................................................................ 28
8.2 Classificação de Actividades Económicas ........................................................................... 29
8.3 Capacidade produtiva a instalar .......................................................................................... 29
8.4 Caracterização da Matéria-Prima ........................................................................................ 29
8.5 Caracterização do Produto Final .......................................................................................... 29
8.6 Processo fabril ..................................................................................................................... 29
8.6.1 Diagrama do Processo ............................................................................................................... 29
8.6.2 Convenções ................................................................................................................................ 30
8.6.3 Diagramas de fluxo dos processos ............................................................................................ 30
8.6.4 Descrição da instalação de curtimenta de peles ....................................................................... 30
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8.6.5 Introdução .................................................................................................................................. 30
8.6.6 Duração temporal das operações .............................................................................................. 30
8.6.7 Receção de matéria-prima ......................................................................................................... 31
8.6.8 Peles verdes ............................................................................................................................... 31
8.6.9 Fase da ribeira ........................................................................................................................... 32
8.6.9.1 Molho ......................................................................................................................................... 32
8.6.9.2 Caleiro ....................................................................................................................................... 33
8.6.10 Operações complementares .................................................................................................... 34
8.6.10.1 Transporte de peles em tripa................................................................................................. 34
8.6.11 Divisão de crutes de tripa ........................................................................................................ 37
8.6.12 Fase de curtimenta .................................................................................................................. 38
8.6.12.1 Introdução ............................................................................................................................... 38
8.6.12.2 Desencalagem ........................................................................................................................ 38
8.6.12.3 Purga ....................................................................................................................................... 38
8.6.12.4 Piquelagem ............................................................................................................................. 39
8.6.12.5 Curtume .................................................................................................................................. 39
8.6.13 Escorrimento ............................................................................................................................ 40
8.6.14 Rebaixamento .......................................................................................................................... 40
8.6.15 Remolho................................................................................................................................... 40
8.7 Matérias-primas, Subsidiárias, Auxiliares e residuos utilizados .......................................... 41
8.7.1 Processo de curtimenta de peles ............................................................................................... 41
8.7.2 Matérias-primas e subsidiárias utilizadas .................................................................................. 41
8.7.3 Matérias Auxiliar a utilizar .......................................................................................................... 42
8.7.4 Resíduos Utilizados .................................................................................................................... 43
8.7.5 Produtos intermédios, subprodutos e finais .............................................................................. 43
8.7.5.1 Produtos finais fabricados ....................................................................................................... 43
8.7.6 Produtos intermédios fabricados ............................................................................................... 43
8.7.7 Subprodutos Gerados ................................................................................................................ 43
8.7.8 Resíduos Gerados ...................................................................................................................... 44
8.7.8.1 Identificação dos resíduos produzidos .................................................................................... 44
8.7.8.2 Identificação dos parques de resíduos ................................................................................... 45
8.8 Balanços de massas dos processos .................................................................................... 46
8.8.1 Instalação de curtimenta de peles ............................................................................................. 46
8.9 Capacidade Instalada .......................................................................................................... 47
8.9.1 Cálculo da capacidade instalada ............................................................................................... 47
8.9.2 Fluxograma de balanço de massas ........................................................................................... 49
8.10 TIPOS DE COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS/PRODUZIDOS ....................................................... 50
8.10.1 Combustíveis Utilizados ........................................................................................................... 50
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8.10.2 Armazenados na unidade ........................................................................................................ 50
8.10.3 Proveniência externa ............................................................................................................... 51
8.10.4 Utilização ................................................................................................................................. 51
8.10.5 Combustíveis Produzidos ......................................................................................................... 51
8.11 CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADES AUXILIARES ................................................................. 51
8.11.1 Produção de Vapor e produção de água quente ..................................................................... 51
8.11.2 Origem e Utilização .................................................................................................................. 51
8.11.3 Características dos equipamentos .......................................................................................... 52
8.11.4 Produção de Ar Comprimido .................................................................................................... 53
8.11.5 Origem e Utilização .................................................................................................................. 54
8.11.6 Características do equipamento .............................................................................................. 54
8.11.7 Produção de Frio ...................................................................................................................... 55
8.12 Listagem das máquinas e equipamentos ......................................................................... 55
8.13 Regime de laboração e indicação do número de trabalhadores por género, e por
atividade fabril ............................................................................................................... 55
8.13.1 Regime de laboração ............................................................................................................... 55
8.13.2 Identificação de Períodos de Paragem .................................................................................... 55
8.13.3 Número de trabalhadores ........................................................................................................ 55
8.14 Descrição das instalações de carácter social ................................................................... 56
8.14.1 Requisitos das instalações sanitárias – área de produção ..................................................... 56
8.14.2 Requisitos dos balneários – área de produção ....................................................................... 56
8.14.3 Descrição das instalações sanitárias, vestiários, balneários e sala de refeições ................... 57
8.14.4 Sala de refeições ..................................................................................................................... 58
8.14.5 Planos de higienização e desinfeção das instalações ............................................................. 58
8.15 Primeiros Socorros............................................................................................................. 58
8.16 Produção de Águas Quentes Sanitárias ............................................................................ 59
9 Segurança e Saúde no Trabalho .................................................................................................. 59
9.1 Serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho .......................................................... 59
9.1.1 Serviços de Segurança e Higiene no Trabalho ........................................................................... 59
9.1.2 Plano de exames de vigilância da saúde ................................................................................... 59
9.2 Ações para a prevenção de riscos ....................................................................................... 60
9.3 Plano de avaliação de riscos ............................................................................................... 60
9.4 Dimensão do Local de Trabalho .......................................................................................... 60
9.5 Estudo de identificação de perigos e avaliação de riscos para a segurança, higiene
e saúde no trabalho ....................................................................................................... 61
9.5.1 Identificação das fontes de perigo internas ............................................................................... 61
9.5.2 Agentes Químicos ...................................................................................................................... 61
9.5.3 Agentes físicos ........................................................................................................................... 61
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9.5.3.1 Introdução ................................................................................................................................. 61
9.5.3.2 Ruido ......................................................................................................................................... 61
9.5.3.3 Iluminância ................................................................................................................................ 62
9.5.3.4 Vibrações ................................................................................................................................... 62
9.5.3.5 Radiações .................................................................................................................................. 62
9.5.3.6 Ambiente térmico...................................................................................................................... 62
9.5.4 Agentes mecânicos .................................................................................................................... 62
9.5.5 Agentes biológicos ..................................................................................................................... 62
9.5.6 Fontes de perigos de incêndio e de explosão inerentes aos equipamentos ou de
produtos armazenados, utilizados ou fabricados, nomeadamente os inflamáveis, os tóxicos ou
outros perigosos .................................................................................................................................. 63
9.5.6.1 A nível de incêndio .................................................................................................................... 63
9.5.6.2 A nível de explosão ................................................................................................................... 63
9.5.7 A escolha de tecnologias que permitam evitar ou reduzir os riscos decorrentes da
utilização de equipamentos ou produtos perigosos ............................................................................ 63
9.5.8 Equipamentos ............................................................................................................................ 63
9.5.9 Matéria-prima, semi-acabado, subprodutos e produto acabado ............................................... 64
9.5.10 Veículos de transporte mecânico de carga .............................................................................. 64
9.5.11 Produtos perigosos .................................................................................................................. 64
9.5.12 As condições de armazenagem, movimentação e utilização de produtos inflamáveis,
tóxicos ou outros perigosos ................................................................................................................. 64
9.5.13 Condições de armazenagem ................................................................................................... 64
9.5.13.1 Matéria-prima /Mercadorias/Produtos acabados ............................................................... 64
9.5.14 Condições de movimentação ................................................................................................... 65
9.5.14.1 Matéria-prima /Mercadorias/Produtos acabados ............................................................... 65
9.5.15 Descrição das medidas e meios de prevenção de riscos profissionais e proteção de
trabalhadores ...................................................................................................................................... 65
9.5.16 Em matéria de segurança e higiene no trabalho ..................................................................... 66
9.5.17 Plano de manutenção (processo) ............................................................................................ 66
9.5.18 Medidas de organização do trabalho ...................................................................................... 66
9.5.18.1 Gestão dos tempos de exposição ......................................................................................... 66
9.5.18.2 Arrumação e limpeza dos locais de trabalho ........................................................................ 66
9.5.19 Instruções de segurança ......................................................................................................... 67
9.5.20 Medidas de formação e informação ........................................................................................ 67
9.5.21 Riscos de incêndio e explosão adotadas ................................................................................. 67
9.5.21.1 A nível do projeto .................................................................................................................... 67
9.5.21.2 Aquando da instalação, exploração e desativação .............................................................. 67
9.5.22 Sinalização de segurança ........................................................................................................ 68
9.5.23 Medidas de proteção individual ............................................................................................... 68
9.5.23.1 Identificação ........................................................................................................................... 68
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9.5.23.2 Plano de manutenção dos equipamentos de proteção individual ...................................... 68
9.5.24 Indicação das principais fontes de emissão de ruído e vibrações e das certificações e
sistemas de segurança das máquinas e equipamentos a instalar ..................................................... 69
9.5.25 Os meios de deteção e alarme das condições anormais de funcionamento suscetíveis
de criarem situações de risco .............................................................................................................. 69
9.6 Organização de emergência ................................................................................................ 69
9.6.1 Enquadramento ......................................................................................................................... 69
9.6.2 Medidas de autoproteção .......................................................................................................... 70
9.6.3 Ponto de situação ...................................................................................................................... 70
10 Proteção do Ambiente ............................................................................................................... 70
10.1 Água Abastecimento .......................................................................................................... 70
10.1.1 Origem da água utilizada/consumida e Caudais ..................................................................... 70
10.1.2 Usos/Sistema de Tratamento .................................................................................................. 71
10.1.3 Tratamento de águas ............................................................................................................... 72
10.1.4 Água Alimentação ao gerador de vapor e caldeira de água quente ........................................ 72
10.1.4.1 Sistema de Descalcificação ................................................................................................... 72
10.1.4.2 Acondicionamento da água descalcificada .......................................................................... 73
10.1.5 Água alimentação aos foulons ................................................................................................. 73
10.1.6 Reutilização ou Recirculação de Águas do processo ............................................................... 74
10.2 Águas Residuais ................................................................................................................ 74
10.2.1 Origem e Caudal ...................................................................................................................... 74
10.2.2 Ponto e Regime de Descarga................................................................................................... 74
10.2.3 Tratamento .............................................................................................................................. 74
10.2.4 Descrição do Sistema de Tratamento de Águas Residuais Industriais .................................... 75
10.2.5 Monitorização .......................................................................................................................... 76
10.2.6 Caracterização Qualitativa ....................................................................................................... 77
10.3 Efluentes Gasosos ............................................................................................................. 78
10.3.1 Origem dos efluentes ............................................................................................................... 78
10.3.2 Caracterização qualitativa e Quantitativa ................................................................................ 78
10.3.3 Dimensionamento das chaminés ............................................................................................ 79
10.3.4 Tomas de Amostragem ............................................................................................................ 79
10.3.5 Descrição das medidas destinadas à sua minimização e tratamento .................................... 79
10.4 Resíduos ............................................................................................................................ 79
10.4.1 Introdução ................................................................................................................................ 79
10.4.2 Caracterização qualitativa e Quantitativa ................................................................................ 79
10.4.3 Descrição das medidas internas destinadas à sua redução, valorização e eliminação .......... 80
10.4.4 Medidas de reutilização e valorização ..................................................................................... 80
10.4.5 Gestão dos resíduos produzidos .............................................................................................. 80
10.5 Ruído Ambiente ................................................................................................................. 80
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10.5.1 Enquadramento do Estabelecimento na Envolvente ............................................................... 80
10.5.2 Identificação das fontes de emissão de ruído ......................................................................... 80
10.5.3 Caracterização qualitativa e quantitativa do ruído para o exterior .......................................... 80
10.5.4 Medidas de prevenção e controlo ........................................................................................... 80
11 Tipos de energia utilizada e produzida no estabelecimento ..................................................... 81
11.1 Indicação dos tipos de energia utilizada explicitando o respetivo consumo
evidenciado a sua utilização racional ............................................................................ 81
11.2 Indicação dos tipos de energia produzida no estabelecimento ........................................ 81
12 Projeto Elétrico ........................................................................................................................... 81
12.1 Pedido de aprovação do projeto de eletricidade ............................................................... 81
12.2 Pedido de aprovação do projeto de produção de energia térmica ................................... 81
12.3 Aprovação do projeto de eletricidade ................................................................................ 82
13 Articulação com outros Regimes ............................................................................................... 82
13.1 Emissão de gases com efeito de estufa (CELE) ................................................................ 82
13.1.1 Referencial Legislativo ............................................................................................................. 82
13.1.2 Abrangência ............................................................................................................................. 82
13.2 Emissão de compostos orgânicos voláteis para o ambiente ............................................ 83
13.2.1 Referencial Legislativo ............................................................................................................. 83
13.2.2 Abrangência ............................................................................................................................. 83
13.3 Regime de prevenção e controlo das emissões de poluentes para a atmosfera ............. 84
13.3.1 referencial legislativo ............................................................................................................... 84
13.3.2 Abragência ............................................................................................................................... 84
13.4 Regime de prevenção e controlo da poluição sonora ....................................................... 85
13.4.1 Referencial legislativo .............................................................................................................. 85
13.4.2 Abrangência ............................................................................................................................. 85
13.5 Recursos hídricos .............................................................................................................. 85
13.5.1 Referencial legislativo .............................................................................................................. 85
13.5.2 Abragência ............................................................................................................................... 85
13.6 Regime geral aplicável à prevenção, produção e gestão de resíduos .............................. 86
13.6.1 Enquadramento legislativo ...................................................................................................... 86
13.6.2 Abrangência ............................................................................................................................. 86
13.7 Segurança alimentar ......................................................................................................... 86
13.8 Regulamento de Instalação, de Funcionamento, de Reparação e de Alteração de
Equipamentos sob Pressão (ESP) .................................................................................. 87
13.8.1 Referencial Legislativo ............................................................................................................. 87
13.8.2 Requisitos de Referência ......................................................................................................... 87
13.8.3 Despachos – Instruções Técnicas Complementares ............................................................... 87
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14 Termo de responsabilidade ....................................................................................................... 88
15 Anexos ........................................................................................................................................ 89
16 Plantas ....................................................................................................................................... 90
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Localização a nível nacional e regional do estabelecimento. ---------------------------------------------------------- 24 Figura 2 – Localização a nível local do estabelecimento (fonte: googleEarth). ------------------------------------------------ 24 Figura 3 – Localização do estabelecimento_ Carta Militar 329. ---------------------------------------------------------------------- 25 Figura 4 – Vista aérea do estabelecimento (Fonte: http://bing.com/maps/). ------------------------------------------------- 25 Figura 5 - Vista geral a Oeste do estabelecimento. -------------------------------------------------------------------------------------------- 26 Figura 6 - Vista geral a Norte do estabelecimento. -------------------------------------------------------------------------------------------- 26 Figura 7 - Fluxograma de cálculo da capacidade instalada. ------------------------------------------------------------------------------ 49
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ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 1 - Descrição das alterações associadas à fase de ribeira. .................................................................. 17 Tabela 2 - Descrição das alterações associadas à fase de curtimenta. ........................................................... 18 Tabela 3 - Descrição das alterações associadas à fase de remolho. ............................................................... 18 Tabela 4 - Avaliação do aumento acumulado da capacidade produtiva. ......................................................... 21 Tabela 5 - Coordenadas de localização do estabelecimento. (Fonte: geomatica.no.sapo.pt/proj4js.html). .. 26 Tabela 6 - Área poligonal do estabelecimento de acordo com o sistema de referência PT -TM06/ETRS89. 27 Tabela 7 - Quadro sinótico áreas do estabelecimento. ...................................................................................... 27 Tabela 8 – Identificação das áreas construção e implantação do estabelecimento. ...................................... 27 Tabela 9 – Identificação das áreas associadas aos edifícios/infraestruturas. ................................................ 28 Tabela 10 - CAE’s (rev. 03) do estabelecimento. ............................................................................................... 29 Tabela 11 - Formatação do fluxograma. ............................................................................................................. 30 Tabela 12 - Identificação dos tempos médios e tempos reais por operação. .................................................. 30 Tabela 13 - Resíduos resultantes do processo. ................................................................................................. 33 Tabela 14 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo. ...................................................................... 34 Tabela 15 - Registo fotográfico do processo de descarna mecânica. .............................................................. 36 Tabela 16 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo. ...................................................................... 37 Tabela 17 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias-primas e matérias
subsidiárias. .......................................................................................................................................................... 41 Tabela 18 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias auxiliares. ................ 42 Tabela 19 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e produção de produto acabado. ................... 43 Tabela 20 - Identificação das condições de acondicionamento do produto acabado. .................................... 43 Tabela 21 - Subprodutos de origem animal gerados na instalação. ................................................................. 44 Tabela 22 - Identificação dos resíduos não perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada
anualmente. .......................................................................................................................................................... 44 Tabela 23 - Identificação dos resíduos perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada
anualmente. .......................................................................................................................................................... 44 Tabela 24 - Identificação dos parques de resíduos existentes na unidade. .................................................... 46 Tabela 25 – Descrição do processo de cálculo da capacidade instalada de acordo com as alterações
pretendidas. .......................................................................................................................................................... 48 Tabela 26 - Identificação do tipo, capacidade de armazenagem e consumo de combustíveis. ..................... 50 Tabela 27 - Descrição das condições de armazenagem dos combustíveis. .................................................... 51 Tabela 28 - Energia consumida de proveniência externa. ................................................................................. 51 Tabela 29 - Características técnicas do gerador de vapor................................................................................. 52 Tabela 30 - Características depósito diário de alimentação de fuelóleo. ......................................................... 53 Tabela 31 - Características técnicas da caldeira de produção de águas quentes. .......................................... 53 Tabela 32 - Características do depósito de condensados. ................................................................................ 53 Tabela 33 - Características técnicas dos reservatórios de ar comprimido. ...................................................... 54 Tabela 34 - Características técnicas do compressor afeto aos RAC01 e RAC03 ............................................. 54 Tabela 35 - Descrição do regime de laboração da unidade. ............................................................................. 55 Tabela 36 - Distribuição de tarefas por trabalhadores. ..................................................................................... 55 Tabela 37 - Pé direito dos locais de trabalho. .................................................................................................... 61 Tabela 38 - Dimensão dos locais de trabalho. ................................................................................................... 61 Tabela 39 - Identificação das origens e caudais de água consumidos. ........................................................... 70 Tabela 40 - Identificação das utilizações de água. ............................................................................................ 71 Tabela 41 - Características do equipamento de tratamento água. ................................................................... 73 Tabela 42 - Origem, local e o caudal de águas residuais estimado. ................................................................. 74 Tabela 43 - Caracterização do ponto e regime de descarga. ............................................................................ 74 Tabela 44 - Tipo de tratamento efetuada para as águas residuais geradas - Linhas de Tratamento. ........... 74 Tabela 45 - Programa de autocontrolo................................................................................................................ 77 Tabela 46 - Identificação do ponto de amostragem e respetivas coordenadas. ............................................. 77 Tabela 47 - Caracterização qualitativa das águas residuais antes e após tratamento. .................................. 77 Tabela 48 - Fontes de emissão para a atmosfera. ............................................................................................. 78 Tabela 49 - Limiares mássicos mínimos e respetivos valores medidos. .......................................................... 79 Tabela 50 - Energia utilizada. .............................................................................................................................. 81 Tabela 51 - Energia produzida. ............................................................................................................................ 81
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Tabela 52 - Avaliação da abrangência do estabelecimento no diploma CELE. ................................................ 82 Tabela 53 - Avaliação da abrangência. ............................................................................................................... 83 Tabela 54 – Avaliação da obrigatoriedade de realização de avaliação acústica. ............................................ 85 Tabela 55 – Identificação dos equipamentos sob pressão existentes na unidade e respetivas
características. ..................................................................................................................................................... 87 Tabela 56 - Identificação dos anexos da memória descritiva. .......................................................................... 89 Tabela 57 – Identificação das plantas em anexo à memória descritiva. ......................................................... 90
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Curtumes Boaventura, Lda Complemento memória descritiva 18.CBO.A.LIC.SIR.01 junho/2018 13 _ 90
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1 FOLHA DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA QUE ELABOROU O
PROCESSO
1.1 IDENTIFICAÇÃO
DESCRIÇÃO CONTEÚDO
Nome da Organização Ambialca – Engenharia do Ambiente, Unipessoal Lda
Morada Sede
Travessa das Arroteias, n.º 62
Parceiros de São João
2350 - 214 Parceiros de Igreja (Torres Novas)
Telefone/Fax 249 835 190/---
N.º Pessoa Coletiva 504 948 245
1.2 IDENTIFICAÇÃO DOS TÉCNICOS INTERVENIENTES
NOME RESPONSABILIDADE E-MAIL
Paulo Cruz Coordenador Responsável E-mail: [email protected]
Cátia Carvalheira Ambiente, Segurança, Indústria e
Qualidade E-mail: [email protected]
2 IDENTIFICAÇÃO DOS INTERVENIENTES
1.3 IDENTIFICAÇÃO DO INDUSTRIAL
1.3.1 IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO
Denominação Social Curtumes Boaventura, Lda.
Morada da Sede social
Ponte da Pedra,
Apartado 27
2384-909
Freguesia União das Freguesias de Alcanena e Vila Moreira
Concelho/ Distrito Alcanena/ Santarém
Telefone/Fax +351 249 887 380/ +351 249 887 340
Fax + 351 249 887 389
E-mail [email protected]
N.º Identificação de Pessoa Coletiva (NIPC) 501 122 850
Código acesso à certidão permanente de
registo comercial 0028-0177-0666
CAE Principal (Rev.3) 15111 - Curtimenta e acabamento de peles sem pelo
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1.3.2 IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Denominação Social Curtumes Boaventura, Lda.
Morada do Estabelecimento
Ponte da Pedra, Apartado 27
2384-909
Alcanena
Freguesia Alcanena
Concelho/ Distrito Alcanena/ Santarém
Telefone/Fax +351 249 887 380/ + 351 249 887 389
1.4 IDENTIFICAÇÃO DO REPRESENTANTE DO INDUSTRIAL
Nome Narciso Gonçalo Maximiano Ferreira
Função Gerente
N.º Identificação Civil 111 331 293
Morada Estrada do Alviela, Nº 835 - São Pedro
Apartado 27 | 2384-909 ALCANENA
Telefone +351 249 887 380/ +351 249 887 340
E-mail [email protected]
1.5 IDENTIFICAÇÃO DOS RESPONSÁVEL TÉCNICO
Nome Paulo Alexandre Vicente Cruz
E-mail [email protected]
Denominação Social da Empresa Ambialca – Engenharia do Ambiente, Unipessoal Lda
Morada Sede Travessa das Arroteias, n.º 62 - Parceiros de São João
2350-214 Parceiros de Igreja (Torres Novas)
Telefone 249 835 190
Fax ---
N.º Identificação Civil 10715181
1.6 IDENTIFICAÇÃO DO RESPONSÁVEL TÉCNICO DE OGR
Não aplicável.
Nome ---
N.º Identificação Civil ---
E-mail ---
Denominação Social da Empresa ---
Morada Sede ---
Telefone ---
Fax ---
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3 OBJETIVO E ÂMBITO DA MEMÓRIA DESCRITIVA
O presente documento pretende apresentar as alterações efetuadas na instalação no que respeita aos
equipamentos com influência na capacidade instalada, alterações de outras tipologias de equipamentos e
alterações estruturais.
A atual memória descritiva parte da última memória descritiva, submetida no âmbito do processo n.º IAPMEI
DPR-DPLS N.º 3/ 5110, tendo como referência de equipamentos e processos descritos na referida memória
descritiva submetida a 20 de setembro de 2016.
Neste documento considerou-se complementarmente oportuno:
1. Enquadrar o estabelecimento na tipologia do estabelecimento industrial no âmbito do SIR, tendo
em conta que o processo é anterior à publicação do diploma do SIR;
2. Verificar o enquadramento das pretensões de alterações a realizar na instalação no artigo 39.º
(Modalidades do regime das alterações) do Decreto-Lei nº 73/2015, de 11 de maio que procede à
primeira alteração ao Sistema da Indústria Responsável (SIR), aprovado em anexo ao Decreto-Lei
n.º 169/2012, de 1 de agosto. De acordo com a definição descrita no Decreto-Lei nº 73/2015, de
11 de maio «Alteração de estabelecimento industrial» considera-se modificação ou a ampliação do
estabelecimento ou das respetivas instalações industriais face ao título de exploração da qual possa
resultar aumento dos riscos e inconvenientes para os bens referidos na alínea a) do n.º 2 do artigo
1º.
3. Avaliar o aumento da capacidade produtiva existente e da área edificada do estabelecimento
industrial.
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4 ENQUADRAMENTO DA TIPOLOGIA DO ESTABELECIMENTO
INDUSTRIAL NO ÂMBITO DO SIR
1.7 INTRODUÇÃO
Neste capítulo pretende-se enquadrar o estabelecimento na tipologia de estabelecimento industrial conforme
descrito no artigo 11º do diploma do SIR.
1.8 EXPLORAÇÃO DE UMA DAS ATIVIDADES DESCRITAS NA ALÍNEA E) DO PONTO
2 DO ARTIGO 11º DO SIR
Na tabela seguinte verifica-se o enquadramento do estabelecimento nas atividades descritas na alínea e) do
ponto 2 do artigo 11º do diploma do SIR, nos termos da legislação aplicável.
ATIVIDADE ENQUADRAMENTO?
OBSERVAÇÕES SIM NÃO
Agroalimentar que utilize matéria-prima de origem
animal não transformada.
Atividade que envolva a manipulação de
subprodutos de origem animal.
NCV nº: RST 014, para as atividades de:
1. Manuseamento e Armazenagem de
Subprodutos Animais
2. Produção couros curtidos
Atividade de fabrico de alimentos para animais que
careça de atribuição de número de controlo
veterinário ou de número de identificação individual.
1.9 CLASSIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL
Nos pontos anteriores, verifica-se o enquadramento do estabelecimento na tipologia, tipo 1, através da
avaliação de abrangência na circunstância referida na alínea e), do ponto 2 do artigo 11.º do Decreto-Lei nº
73/2015.
5 DESCRIÇÃO DAS ALTERAÇÕES
1.10 INTRODUÇÃO
Neste capítulo apresentam-se as alterações que o estabelecimento efetuou desde a última memória
descritiva submetida no âmbito do processo n.º IAPMEI DPR-DPLS N.º 3/ 5110, enviada a 20 de setembro
de 2016.
As alterações descritas neste capítulo encontram-se explanadas na planta de alterações em anexo á presente
memória descritiva.
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1.10.1 METODOLOGIA DE ABORDAGEM
As alterações descritas nos pontos seguintes tiveram como base o descrito na última memória descritiva
submetida relativa ao diploma SIR, conforme descrito no ponto anterior.
A instalação dará um maior enfase às capacidades associadas aos foulons associados á ribeira e curtume,
tendo em conta a importância dos primeiros no cálculo da capacidade produtiva associada ao processo, por
se tratar da etapa limitante do processo.
1.11 INSTALAÇÃO DE NOVOS EQUIPAMENTOS
1.11.1 NOVOS FOULONS
Com a finalidade de aumentar a sua capacidade produtiva e renovar equipamento existentes a empresa
pretende alterar as capacidades dos foulons associados ao processo, substituindo e adicionando novos
foulons aos existentes até à data.
Nos pontos seguintes encontram-se identificados os processos e equipamentos atualmente existentes no
estabelecimento e os que se pretendem implementar no âmbito das alterações pretendidas.
Nota: Procedeu-se à diferenciação das fases por cores por forma a facilitar a identificação de cada fase em
planta, pelo que a correspondência de cores será verde, azul, castanha e roxa para a ribeira, curtimenta com
adição de crómio, curtimenta sem adição de crómio e remolho respetivamente.
1.11.2 RIBEIRA
Na tabela seguinte encontram-se identificadas as alterações associadas à ribeira:
Tabela 1 - Descrição das alterações associadas à fase de ribeira.
Fase processo
Nº Foulon Antes Alteração
Capacidade Antes Alteração
Nº Foulon Após Alteração
Capacidade Após Alteração
Avaliação aumento
Ribeira 1 8 1 7 Ribeira 2 8 2 7 Ribeira 3 8 3 10 Ribeira 5 3 4 7 Ribeira 6 3 5 7 Ribeira -- -- 6 7 Ribeira -- -- 7 3 Total 5 30 7 48 60%
Conforme se pode verificar procedeu-se à alteração de grande parte dos foulons associados à fase de ribeira,
no caso do foulon 3 o mesmo foi requalificado tendo-se mantido.
Os restantes foulons associados à fase de ribeira foram removidos, tendo-se procedido complementarmente
à instalação de mais dois foulons, perfazendo atualmente um total de 7 foulons associados ao processo de
ribeira.
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As alterações evidenciadas poderão verificar-se na planta de alterações em anexo.
Verifica-se um aumento de 60% na capacidade dos foulons associados à ribeira.
1.11.3 CURTIMENTA
Na tabela seguinte encontram-se identificadas as alterações associadas à curtimenta:
Tabela 2 - Descrição das alterações associadas à fase de curtimenta.
Fase processo
Nº Foulon Antes Alteração
Capacidade Antes Alteração
Nº Foulon Após Alteração
Capacidade Após Alteração
Avaliação aumento
Curtimenta 7 8 8 8 Curtimenta 8 8 9 8 Curtimenta 9 8 10 8 Curtimenta 10 8 11 3 Curtimenta 11 8 12 8 Curtimenta 12 8 13 9 Curtimenta -- -- 14 8 Curtimenta -- -- 15 8 Curtimenta -- -- 16 8 Curtimenta ou Remolho 13 8 17 8 Curtimenta ou Remolho 14 8 18 8
Total 8 64 11 84 31%
Conforme se pode verificar procedeu-se à aquisição e instalação de novos foulons que substituem os
anteriores, nomeadamente os foulons com numeração atual 11, 13, 14, 15 e 16.
As alterações evidenciadas poderão verificar-se na planta de alterações em anexo.
Os foulons 17 e 18 (anteriormente numerados com 14 e 13) poderão estar associados à atividade de
curtimenta ou remolho conforme as necessidades existentes.
Verifica-se um aumento de 31% na capacidade dos foulons associados à curtimenta.
1.11.4 REMOLHO
Na tabela seguinte encontram-se identificadas os foulons associados ao remolho, sendo que neste caso os
mesmos não foram sujeitos qualquer alteração de capacidade apenas se procedeu à relocalização dos
foulons 19 e 20 (anteriormente numerados 15 e 16).
Tabela 3 - Descrição das alterações associadas à fase de remolho.
Fase processo
Nº Foulon Antes Alteração
Capacidade Antes Alteração
Nº Foulon Após Alteração
Capacidade Após Alteração
Avaliação aumento
Curtimenta ou Remolho 13 8 17 8
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Curtimenta ou Remolho 14 8 18 8 Remolho 15 3 19 3 Remolho 16 3 20 3
Total 4 22 4 22 0%
1.11.5 NOVO EQUIPAMENTO DE DESCARNA
A instalação procederá à instalação de um novo equipamento de descarna, procedendo à relocalização da
existente até à data. O novo equipamento terá exatamente a mesma função do anterior servindo como
complemento ao existente, no entanto, ocupará menos espaço e funcionará de forma mais expedita.
Para alimentar o novo equipamento de descarna serão instalados os seguintes complementos:
• Foço ao nível do pavimento com cerca de 16 toneladas de capacidade prevista: que as “banheiras”
de inox atualmente existentes, armazenando os couros provenientes da fase de ribeira e que
aguardam a descarna. Até à data eram utilizadas as “banheiras” em inox, sendo necessário
proceder à sua constante colocação e retirada;
• Linha de pinças: para agarrar os couros que chegam ao operador;
• Tapete rolante para elevação dos couros: este tapete elevará os couros que saírem da nova
máquina de descarna e da antiga máquina com a mesma função até aos foulons de curtimenta.
A linha de pinças permitirá um menor esforço por parte do trabalhador, uma vez que o mesmo apenas terá
de colocar as pinças nos couros, em vez de elevá-las como atualmente.
1.11.6 TAPETE ROLANTE DE ENCAMINHAMENTO DOS COUROS
Á saída das máquinas de descarna será instalado um tapete rolante que encaminhará diretamente as peles
descarnadas para os foulons de curtimenta. Este equipamento terá incorporado uma balança para controlo
interno do peso associado às peles descarnadas.
1.11.7 MÁQUINAS DE REBAIXAR
Serão instaladas duas máquinas de rebaixar cuja sua função consiste em raspar a pele do lado da carne
(carnaz) através de um rolo de lâminas com o fim de acertar a espessura para o valor pretendido.
1.11.8 MÁQUINA DE DIVIDIR
Será instalada mais uma máquina de dividir crutes em tripa, conforme se pode verificar na planta em anexo.
1.11.9 DEPÓSITOS E TANQUE DE ARMAZENAGEM DE ÁGUA DE ABASTECIMNETO
Serão instalados dois novos depósitos verticais para armazenagem da água de abastecimento em
complemento com um tanque com a mesma função.
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As capacidades dos depósitos e tanque em causa encontram-se descriminadas na planta de alterações em
anexo à presente memória descritiva.
1.12 REQUALIFICAÇÃO DE ESPAÇOS
1.12.1 REQUALIFICAÇÃO DO TELHEIRO DO PARQUE DE RESÍDUOS E ARMAZÉM DE PRODUTOS
QUÍMICOS
Serão requalificados os edifícios atualmente designados como parques de resíduos e armazém de produtos
químicos, por forma a melhorar as condições de armazenagem e acesso aos resíduos e substâncias
químicas.
A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.
1.12.2 REQUALIFICAÇÃO DA SALA DE REFEIÇÕES
No piso 0 a divisão atualmente existente será requalificada por forma a criar uma sala de refeições.
A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.
1.12.3 REFORMULAÇÃO DO ESCRITÓRIO DE PRODUÇÃO
No piso 1 será reformulado o espaço existente com a finalidade de servir como novo escritório para o diretor
fabril.
A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.
1.12.4 NOVO ARMAZÉM DE PRODUTOS QUÍMICOS
No piso 1 será construída uma área destinada à armazenagem das substâncias químicas a abastecer nos
foulons de curtimenta. Este novo armazém terá como objetivo armazenar apenas a quantidade de
substâncias químicas necessária para cada semana, evitando a necessidade de movimentação das mesmas
com periodicidade diária.
A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.
1.12.5 PASSADIÇO
Será criado um passadiço no piso 1 ao longo da unidade fabril com acesso às várias zonas dos foulons.
A alteração descrita encontra-se sinalizada na planta de alterações em anexo.
1.12.6 REFORMULAÇÃO DO TANQUE DE SULFURETOS
O estabelecimento procedeu à reformulação do processo afeto ao tanque de sulfuretos, acrescentando ao
mesmo um sistema de distribuição de arejamento, com difusores de bolhas. A montante do tanque será
instalado um tamisador de compressão, sendo eliminados os tamisadores existentes.
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No que respeita ao tratamento de odores será instalado um sistema de sução seguindo de um lavador de
gases que tratará os gases produzidos no tanque de sulfuretos.
1.13 ALTERAÇÕES DA ÁREA EDIFICADA
Nada a assinalar.
1.14 QUANTIFICAÇÃO DAS ALTERAÇÕES
O diploma SIR define na alínea d) do ponto 3 do artigo 39º [alterações sujeitas a procedimento] que os
seguintes aumentos, por efeito acumulado de anteriores alterações, têm implicação nos procedimentos a
realizar pelo estabelecimento industrial:
1. um aumento superior a 30 % da capacidade produtiva existente ou;
2. um aumento superior a 30 % da área edificada1 do estabelecimento industrial;
1.14.1 VERIFICAÇÃO AUMENTO DA CAPACIDADE PRODUTIVA E ÁREA EDIFICADA
Na tabela seguinte apresenta-se o aumento da capacidade produtiva e área edificada em relação à data do
último processo submetido [ano de 2016] e após as alterações apresentadas anteriormente neste
documento:
Tabela 4 - Avaliação do aumento acumulado da capacidade produtiva.
Descrição Projeto
licenciado 2016 Alteração 2018
Avaliação aumento
acumulado
Capacidade produtiva
[produto acabado] 10.5 t/dia
17 ton/dia
(Conforme calculado na Tabela 25) 62 %
Área edificada 4280 m2 4280 m2 0 %
Nota: As alterações efetuadas no interior do edifício apenas compreenderam alterações da área útil do
estabelecimento.
6 IDENTIFICAÇÃO DA MODALIDADE DO REGIME DE ALTERAÇÕES
1.15 INTRODUÇÃO
No artigo 39.º (Alterações sujeitas a procedimento), CAPÍTULO IV do Decreto-Lei n.º 73/2015, de 11 de maio
encontram-se definidos os diferentes procedimentos a que o estabelecimento se encontra sujeito de acordo
com as alterações efetuadas no mesmo.
1 A edificação é a atividade ou o resultado da construção, reconstrução, ampliação, alteração ou conservação de um imóvel destinado
a utilização humana, bem como de qualquer outra construção que se incorpore no solo com carácter de permanência. [Decreto
Regulamentar n.º 9/2009, de 29 de maio]
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O enquadramento do estabelecimento é verificado nos seguintes pontos.
1.16 PONTO 1 DO ARTIGO 39.º DO DL Nº 73/2015, DE 11 DE MAIO
Na tabela seguinte, procede-se à análise das condições a que fica sujeita ao procedimento com vistoria prévia
a alteração de estabelecimento industrial:
Verificação de aplicabilidade
APLICABILIDADE OBSERVAÇÕES
A NA
Pro
ce
dim
en
to c
om
vis
tori
a p
révia
a) Alteração de um projeto, na aceção do RJAIA;
Com as alterações: Capacidade de
produção ≥ 12 t/dia.
(alínea c) do ponto 8 do anexo II do DL
n.º 151-B/2013)
b) Alteração substancial, na aceção do RJPCIP;
Com as alterações: Capacidade de
tratamento superior a 12 t/dia.
(Ponto 6.3 do anexo I do DL n.º
127/2013)
c) Alteração substancial que implique um aumento do
risco do estabelecimento, na aceção do RPAG.
d) Alteração, que careça por si mesma, de alvará para
operação de gestão de resíduos perigosos
e) Alteração que implique a atribuição do número de
controlo veterinário ou número de identificação
individual, consoante se trate de operador no setor dos
géneros alimentícios ou subprodutos de origem animal
ou do setor dos alimentos para animais,
respetivamente, de acordo com a legislação aplicável.
O NCV existente afeto ao estabelecimento
não é alterado.
Da tabela anterior verifica-se que a alteração consubstanciada pelo estabelecimento fica sujeita a
procedimento com vistoria prévia.
1.17 PONTO 3 DO ARTIGO 39.º DO DL Nº 73/2015 DE 11 DE MAIO
Na tabela seguinte, procede-se à análise das condições a que fica sujeita ao procedimento sem vistoria prévia
a alteração de estabelecimento industrial:
Verificação de aplicabilidade APLICABILIDADE
OBSERVAÇÕES A NA
Pro
ce
dim
en
to s
em
vis
tori
a
pré
via
a) Estabelecimento industrial de tipo 1 que, não se
encontrando abrangida pelo disposto no n.º 1, configure,
ainda assim, uma «alteração de exploração», para efeitos do
n.º 1 do artigo 19.º ou do n.º 2 do artigo 66.º do Regime das
Emissões Industriais (REI);
b) Estabelecimento industrial de tipo 1 ou 2 que careça, por si
mesma, de alvará para operações de gestão de resíduos
não perigosos;
c) Estabelecimento industrial de tipo 1 ou 2 que corresponda
a uma alteração da natureza ou funcionamento da
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Verificação de aplicabilidade APLICABILIDADE
OBSERVAÇÕES A NA
instalação industrial na aceção do regime do comércio
europeu de licenças de emissão de gases com efeitos de
estufa (CELE);
d) Estabelecimento industrial de tipo 1 ou 2 que, não se
encontrando abrangida pelo n.º 1, implique, por si mesma,
ou por efeito acumulado de anteriores alterações, um
aumento superior a 30 % da capacidade produtiva existente
ou a 30 % da área edificada do estabelecimento industrial;
e) Estabelecimento de tipo 3 que implique a sua classificação
como estabelecimento de tipo 2;
f) De qualquer tipo, que implique a alteração das
características de efluentes rejeitados após tratamento ou
dos volumes titulados, bem como das áreas do domínio
hídrico ocupadas, nos termos do disposto no regime de
utilização de recursos hídricos.
Da tabela anterior verifica-se que a alteração consubstanciada pelo estabelecimento se encontra abrangido
por procedimento com vistoria prévia por se verificar um aumento da capacidade produtiva superior a 30%.
1.18 PONTO 4 DO ARTIGO 39.º DO DL Nº 73/2015 DE 11 DE MAIO
Na tabela seguinte, procede-se à análise das condições a que fica sujeita ao procedimento mera
comunicação prévia a alteração de estabelecimento industrial:
Verificação de aplicabilidade APLICABILIDADE
A NA
Mera comunicação
prévia
Alteração do estabelecimento industrial de tipo 3 que não se encontre
abrangida pelo disposto nos n.os 1 e 3, que implique a alteração da
atividade económica, classificada de acordo com a respetiva CAE,
exercida no estabelecimento.
Da tabela anterior verifica-se que a alteração consubstanciada pelo estabelecimento não se encontra
abrangido por procedimento de mera comunicação prévia.
1.19 CONCLUSÃO
Da análise dos pontos anteriores verifica-se que as alterações a realizar pelo estabelecimento industrial
Curtumes Boaventura, Lda. se encontram, abrangidas pelo regime das alterações aos estabelecimentos
industriais, sendo necessário proceder à execução de procedimento com vistoria prévia.
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7 LOCALIZAÇÃO DO ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL
1.20 LOCALIZAÇÃO
1.20.1 LOCALIZAÇÃO A NÍVEL NACIONAL E REGIONAL
Figura 1 – Localização a nível nacional e regional do estabelecimento.
1.20.2 LOCALIZAÇÃO A NÍVEL LOCAL
Figura 2 – Localização a nível local do estabelecimento (fonte: googleEarth).
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Figura 3 – Localização do estabelecimento_ Carta Militar 329.
1.20.3 ORTOFOTOMAPA
Figura 4 – Vista aérea do estabelecimento (Fonte: http://bing.com/maps/).
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1.21 COORDENADAS DO ESTABELECIMENTO
O estabelecimento encontra-se localizado segundo as seguintes coordenadas:
Tabela 5 - Coordenadas de localização do estabelecimento. (Fonte: geomatica.no.sapo.pt/proj4js.html).
Sistema de Coordenadas Longitude Latitude
Carta Militar nº 329 153438.20 276724.04
PT -TM06/ETRS89 - 46560.80 - 23276.20
WGS84 - 8.67409 39.45735
Coordenadas Geográficas - 8.67287 39.45577
Sistema de Posicionamento global (GPS) 8°40'22.3"W 39°27'20.8"N
1.22 CONFRONTAÇÕES DO ESTABELECIMENTO
As confrontações inerentes ao estabelecimento são:
❖ Norte e Sul - Edifícios habitacionais,
❖ Oeste – Estrada nacional 365 e terrenos com aptidão agrícola,
❖ Este – Edifícios pertencentes a uma unidade fabril.
O estabelecimento encontra-se a cerca de 1 Km do centro da vila de Alcanena, em espaço urbano
encontrando-se a habitação mais próxima a cerca de 30 metros da entrada do estabelecimento.
A via rodoviária de acesso ao estabelecimento industrial trata-se da Estrada Nacional 365 na Rua Tenente
Coronel Salgueiro Maia.
A Oeste do perímetro fabril a cerca de 3 Km encontra-se localizado o rio Alviela.
Figura 5 - Vista geral a Oeste do estabelecimento.
Figura 6 - Vista geral a Norte do estabelecimento.
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1.23 ÁREA POLIGONAL DO ESTABELECIMENTO
Na tabela seguinte encontram-se identificada a área poligonal do estabelecimento.
Tabela 6 - Área poligonal do estabelecimento de acordo com o sistema de referência PT -TM06/ETRS89.
1.24 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS DO ESTABELECIMENTO
1.24.1 ESPAÇOS E EDIFICAÇÕES/ PARÂMETROS URBANÍSTICOS
O estabelecimento apresenta os índices descritos na tabela seguinte:
Tabela 7 - Quadro sinótico áreas do estabelecimento.
Identificação Áreas
(m2)
Área total do perímetro fabril 5953
Área coberta (implantação do edificado) 4280
Área pavimentada/impermeabilizada 858
Área não impermeabilizada 815
Nº pisos acima da cota da soleira 1
Nota: As áreas apresentadas poderão sofrer pequenas alterações de acordo com o projeto de legalização do edificado que se encontra
em curso
1.24.2 ÁREA TOTAL DE IMPLANTAÇÃO E DE CONSTRUÇÃO DO ESTABELECIMENTO
Na tabela seguinte é apresentada exclusivamente a área total de implantação e de construção do
estabelecimento:
Tabela 8 – Identificação das áreas construção e implantação do estabelecimento.
Identificação Áreas
(m2)
VÉRTICE MERIDIANA
(X)
PERPENDICULAR
A MERIDIANA
(Y)
1 - 46459.58 - 23472.87
2 - 46484.93 - 23200.89
3 - 46456.52 - 23242.25
4 - 46441.56 - 23289.31
5 - 46454.07 - 23293.34
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Construção 4280
Implantação 4280
(Área edificada do estabelecimento, indicando para o efeito a totalidade da área de construção das instalações industriais).
Nota: As áreas apresentadas poderão sofrer pequenas alterações de acordo com o projeto de legalização do edificado que se encontra
em curso
1.24.3 ÁREAS DO ESTABELECIMENTO
A unidade fabril está dividida em diversas edificiações a saber:
Tabela 9 – Identificação das áreas associadas aos edifícios/infraestruturas.
Ref. Edifício/Infraestrutura Área Implantação
(m2)
Pé Direito
(m)
1 Armazenagem de Peles e Couros 347 4
2 Oficina e Parque de Resíduos 188 4
3 Unidade Fabril 3745 6
1.25 USOS DO SOLO E ANÁLISE DE CONDICIONANTES
A unidade encontra-se localizada quase na sua totalidade segundo o Plano Diretor Municipal em área
classificada como espaço urbano.
1.26 LICENÇA DE EXPLORAÇÃO INDUSTRIAL
A unidade industrial detém a Licença digital de exploração industrial N.º 5110/2016-1 datada de 4 de março
de 2016 emitida pelo IAPMEI.
8 CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO
ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL
1.27 INTRODUÇÃO
O estabelecimento da organização Curtumes Boaventura, Lda. constitui uma unidade industrial que executa
a atividade de curtume de pele animal de origem bovina, dando origem a peles curtidas em wet blue2, com
destino ao mercado nacional e internacional para utilização em indústrias de calçado, vestuário, estofos,
peças decorativas, etc.
A empresa integra pessoal técnico especializado, que assegura o fabrico de produtos com altos padrões de
qualidade, e utiliza também os mais modernos equipamentos em todo o ciclo de produção, desde o molho,
caleiro, descarna, desencalagem, piquelagem e curtume.
2 Wet blue – designação de peles que são curtidas com solução de crómio, pela sua cor características azul
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As peles em bruto [salgadas ou em verde] rececionadas provêem de matadouros, armazenistas e de países
do estado membro ou países terceiros devendo em qualquer um dos casos os estabelecimentos
fornecedores encontrarem-se aprovados pela autoridade competente, garantido desta forma a qualidade do
produto final.
1.28 CLASSIFICAÇÃO DE ACTIVIDADES ECONÓMICAS
De acordo com a classificação Portuguesa das Atividades Económicas (CAE – rev.3), o estabelecimento
industrial terá a atividade principal e secundária conforme definido no quadro que se segue:
Tabela 10 - CAE’s (rev. 03) do estabelecimento.
Rubrica PCIP Descrição
Anexo I, 6, 6.3 6.3 Curtimenta de peles quando a capacidade de tratamento for superior a 12 t de
produto acabado por dia;
1.29 CAPACIDADE PRODUTIVA A INSTALAR
A alteração da capacidade instalada associada à produção de peles wet-blue e respetiva metodologia de
cálculo da mesma encontra-se descrita na Tabela 25 – Descrição do processo de cálculo da capacidade
instalada de acordo com as alterações pretendidas.
1.30 CARACTERIZAÇÃO DA MATÉRIA-PRIMA
A instalação industrial receciona peles de bovino salgadas paletizadas e peles de bovino em verde
paletizadas.
No caso das peles salgadas paletizadas, procede-se á sua armazenagem temporária na unidade.
Já no que respeita às peles verdes as mesmas são diretamente encaminhaddas para os foulons de ribeira
assimque dão entrada na unidade.
No que respeita à sua classificação, as peles salgadas e verdes, são classificadas como subprodutos de
origem animal de categoria 3, de acordo com o regulamento (CE) n.º 1069/2009 do Parlamento Europeu e
do Conselho de 21 de outubro de 2009 e o regulamento (UE) n.º 142/2011 da Comissão de 25 de fevereiro
de 2011, devendo cumprir todos os requisitos descritos nos referidos regulamentos.
1.31 CARACTERIZAÇÃO DO PRODUTO FINAL
Associado à atividade de curtimenta a instalação industrial produz apenas um produto, peles curtidas Wet-
blue de bovino, desenvolvendo as fases de ribeira e de curtimenta.
1.32 PROCESSO FABRIL
1.32.1 DIAGRAMA DO PROCESSO
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1.32.2 CONVENÇÕES
Na elaboração dos fluxogramas aplica-se a seguinte formatação:
Tabela 11 - Formatação do fluxograma.
Atividade Início/Fim Decisão Documento Matérias/Produtos
Input / Output Sentido do fluxo de
atividades
Sentido dos Input /
Output
Sentido de fluxos
alternativos
Sentido dos
documentos
1.32.3 DIAGRAMAS DE FLUXO DOS PROCESSOS
Junta-se em anexo o diagrama de fluxo associados à operação de curtimenta de peles.
1.32.4 DESCRIÇÃO DA INSTALAÇÃO DE CURTIMENTA DE PELES
Seguidamente é apresentado uma descrição mais detalhada das principais etapas associadas ao processo
fabril da instalação de curtimenta de peles.
1.32.5 INTRODUÇÃO
A transformação da pele em bruto de bovino (peles verdes ou peles salgadas) até obter o produto acabado
(wet-blue ou wet-white) envolve um conjunto de operações físico-químicas e mecânicas cujo tempo de
duração depende da finalidade pretendida para o produto final, bem como da própria qualidade das peles
rececionadas.
1.32.6 DURAÇÃO TEMPORAL DAS OPERAÇÕES
A duração considerada por operação tem em conta os tempos de duração considerados de todo o processo
até obtenção do produto acabado, encontra-se de acordo com os tempos médios reais praticados no
estabelecimento, tendo sido estes fornecidos pelo Diretor Fabril.
Como termo de comparação, apresenta-se o intervalo de duração de cada operação encontrados na
bibliografia da especialidade descrito no manual: “Boas Práticas para o Setor de Curtumes (2015) do CTIC -
Centro Tecnológico das Indústrias do Couro e AUSTRA – Associação de Utilizadores do Sistema de Tratamento
de Águas Residuais de Alcanena”, conforme sintetizado na tabela abaixo:
Tabela 12 - Identificação dos tempos médios e tempos reais por operação.
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Fase Operação
Duração Média de
cada operação no
estabelecimento
Intervalo de Duração de cada
operação de acordo com a
Bibliografia da especialidade3
Receção Conservação
por sal 14 dias ND
Ribeira Molho 12 h Entre 6h e 48h
Ribeira Caleiro 36 h Entre 16h e 48h
Operação
complementar
Descarna
mecânica 1 h
Não apresentado no manual
Curtimenta Desencalagem 1 h Entre 20min a 2h
Curtimenta Purga 1 h Entre 15min a 1h
Curtimenta Piquelagem 8 h Entre 4h e 12h
Curtimenta Curtume 38 h 10h a 1 semana
1.32.7 RECEÇÃO DE MATÉRIA-PRIMA
1.32.7.1 PELES SALGADAS
A matéria-prima peles salgadas em paletes chegam á unidade nas viaturas de
transporte sendo encaminhada para a plataforma de descarga.
Nesta fase verificam-se os dados do produtor (nome, matrícula do carro, horário de
entrega, entre outros), a conformidade das referidas peles e a informação constante
na guia 376/DGAV de acompanhamento, subprodutos animais e produtos derivados.
As peles salgadas chegam organizadas em paletes de madeira, sendo descarregadas
da viatura, pesadas individualmente e por fim armazenadas no armazém de peles.
Peles salgadas armazenadas no armazém de peles salgadas [MN1].
1.32.7.2 PELES VERDES
3 “Boas Práticas para o Setor de Curtumes (2015) do CTIC - Centro Tecnológico das Indústrias do Couro e AUSTRA – Associação de
Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais de Alcanena”
Caís de receção de peles.
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No que respeita à receção de peles verdes em paletes, estas seguiram o seguinte destino:
• São descarregadas junto aos foulons e encaminhadas num curto espaço de tempo para a fase de
ribeira.
1.32.8 FASE DA RIBEIRA
A ribeira consiste em banhos, realizados em foulons, com adição de substâncias químicas com objetivo de
remoção da camada epiderme e hipoderme das peles, consistindo nas operações designadas de molho,
caleiro e descarna mecânica e esporadicamente na divisão de crutes em tripa conforme descrito nos pontos
seguintes.
1.32.8.1 MOLHO
As peles salgadas ou verdes são encaminhadas para o interior dos foulons associados ao processo de ribeira
(conforme planta em anexo), pelos operários fabris para a fase de molho, onde é realizado o primeiro
tratamento com recurso a água e substâncias químicas, nomeadamente tensioativos, eletrólitos, enzimas e
bactericidas, durante um período de 6 a 48 horas.
Nesta etapa, vulgarmente designada por reverdecimento, as peles sofrem uma hidratação, são eliminadas
sujidades, sangue, sal, chorume, entre outros possíveis compostos indesejáveis, sendo o objetivo final
preparar as peles para a absorção das substâncias químicas que se pretendem adicionar na etapa seguinte.
As paletes agora vazias, utlizadas no acondicionamento das peles, são temporariamente armazenadas
aguardando a lavagem e seleção de acordo com o seu estado de conservação.
• Do processo descrito anteriormente resultam:
Peles em molho.
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Tabela 13 - Resíduos resultantes do processo.
IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO
Paletes de Madeira
Nota: algumas paletes serão reutilizadas para a mesma
função
As paletes serão lavadas e higienizadas antes da
reutilização ou enviadas para operador de resíduos
Embalagens de plástico contaminadas
Embalagens de papel e cartão contaminadas
1.32.8.2 CALEIRO
A fase de caleiro pretende ajustar o pH das peles, sendo as mesmas mantidas no foulon referidos no ponto
anterior e seguidamente adicionadas substâncias químicas (Cal, sulfidratos e sulfuretos) ao molho existente.
Este processo dura entre 16 a 48 horas.
• Resíduos resultantes do processo:
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Tabela 14 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo.
IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO
Peles em tripa
Papel e cartão
Plástico
Aparas em bruto
Águas Residuais ----
1.32.9 OPERAÇÕES COMPLEMENTARES
1.32.9.1 TRANSPORTE DE PELES EM TRIPA
Para o transporte das peles em tripa é utilizado um carinho em inox com abertura basculante. O transporte
do referido carrinho é efetuado por um empilhador conforme se pode observar nas figuras seguintes.
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Transporte de peles em tripa.
Seguidamente ao transporte as peles são depositadas num foço existente no pavimento com capacidade
para abastecer um foulon (16 toneladas)
A alimentação do equipamento de descarna é realizada da seguinte forma:
• Tapete rolante para elevação dos couros: este tapete elevará os couros até ao equipamento de
descarna;
• Linha de pinças: para agarrar os couros que chegam ao operador;
• Tapete rolante: as peles caiem da descarnadora sob um tapete rolante que as encaminha para as
mesmas para a fase de curtimenta.
DESCARNA
Nesta fase pretende-se proceder á remoção mecânica da hipoderme, camada da pele onde se situa o tecido
adiposo, músculo e sebo. Esta etapa é fundamental visto que o tecido subcutâneo impede a penetração dos
produtos químicos usados nas etapas seguintes, retardando o processo de curtume e levando à obtenção
de uma pele com pouca qualidade.
Assim a pele emergente do caleiro, designada por pele em tripa, sai dos foulons para o interior das banheiras
metálicas de receção, sendo a referida banheira encaminhada para a máquina de descarnar com recurso a
um empilhador.
Sendo a descarna constituída pelas seguintes etapas:
• Elevação – nesta fase um operador agarra a pele em tripa com uma pinça metálica para que sejam
elevadas até á máquina de descarnar.
• Primeira descarna – as peles em tripa elevadas são encaminhadas até á primeira descarna onde
são seguradas pelos dois trabalhadores e colocadas no interior do rolo de descarna. Nesta fase os
trabalhadores têm à sua disposição serradura por forma a permitir uma maior aderência às peles.
• Segunda descarna – após a primeira descarna as peles caiem para um tapete rolante que
encaminha as mesmas para a máquina de segunda descarna onde se completa esta operação
caindo as peles descarnadas, através de um tapete rolante, em paletes de madeira.
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Tabela 15 - Registo fotográfico do processo de descarna mecânica.
FASE EQUIPAMENTO
UTILIZADO REGISTO FOTOGRÁFICO
1. Elevação Pinças
Linha de
elevação de
peles
2. Primeira
Descarna
Descarnadora
1 (117)
3. Segunda
Descarna
Descarnadora
2
(113)
4. Trasfega
de raspas
verdes
bomba de
trasfega de
raspas verdes
• Do processo descrito anteriormente resultam:
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Tabela 16 - Matérias finais e resíduos resultantes do processo.
IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO
Peles Descarnadas
Carniças em tripa
1.32.10 DIVISÃO DE CRUTES DE TRIPA
Esporadicamente as peles descarnadas são encaminhadas para as máquinas de divisão de crutes em tripa
resultando a divisão da pele (flor) do crute. Esta operação permite a obtenção de um produto final de
qualidade superior e a diminuição da quantidade de resíduos curtidos gerados.
Os produtos obtidos (peles e crutes) são encaminhados para a curtimenta separadamente, uma vez que
tendo em conta as suas características exigem processo de tratamento diferenciados.
• Deste processo resultam:
IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO
Crutes ND
Peles ND
Máquina de divisão de crutes em tripa.
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Aparas em tripa
1.32.11 FASE DE CURTIMENTA
1.32.11.1 INTRODUÇÃO
As peles descarnadas, livres de impurezas prejudicais para o produto final, poderão passar pelo processo
anterior ou seguir diretamente da descarna mecânica para a fase de curtimenta.
De uma forma sucinta a curtimenta consiste na estabilização das peles a partir da neutralização dos agentes
agressivos que promovem a degradação e putrefação das mesmas, passando pelas seguintes fases:
desencalagem, purga, piquelagem e curtume, encontrando-se as anteriores descritas de forma mais
pormenorizada nos pontos seguintes.
1.32.11.2 DESENCALAGEM
As peles descarnadas são pesadas e transportadas com recurso a um empilhador para os foulon destinados
ao processo de curtimenta (conforme identificado em planta em anexo). Este processo visa a eliminação da
cal presente nas peles, recorrendo a substâncias químicas que reajam com a cal (ácidos), revertendo o
inchamento da pele e transportando o pH para aproximadamente 8.
Esta operação tem uma duração aproximada de 20 a 120 minutos.
1.32.11.3 PURGA
Exemplo de Foulons utilizados no processo de
curtimenta.
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Seguidamente no mesmo molho da desencalagem procede-se à purga com a finalidade de estabilizar a
estrutura da pele e eliminar possíveis existências de epiderme, pelo e gorduras.
Esta operação é seguida de duas lavagens tendo uma duração de cerca de 15 a 60 minutos, dando origem
a águas residuais.
1.32.11.4 PIQUELAGEM
Nesta operação a pele é preparada para o curtume consistindo num banho em solução salino-ácida (ácido
fosfórico e ácido sulfúrico) que tem por objetivo ajustar o pH da pele para valores entre 2,5 e 4,5, preparando
a mesma para receber o tipo de curtume a ser empregado, normalmente sais de crómio.
A duração desta operação pode variar entre 4 a 12 horas.
1.32.11.5 CURTUME
Nesta fase o curtume da pele é efetuado no mesmo banho da operação anterior, recorrendo a saís de crómio
caso se pretenda obter peles wet blue, ou sem adição destes mesmos saís caso se pretenda obter peles wet
white.
A operação de curtume com sais de crómio consiste na reação de sais de metais ou de extratos taninos
vegetais ou sintéticos com grupos reativos na estrutura proteica. Os saís de crómio permitem dar à pele uma
maior estabilidade térmica e resistência. Os couros curtidos com crómio designam-se por wet-blue,
apresentando uma tonalidade azul e encontrando-se aptos para tingimentos, recurtimento e acabamento,
que irão conferir as características desejadas ao produto final.
Ao sair dos foulons as peles são colocadas em contentores metálicos e deixando os mesmos a escorrer.
No que respeita à duração da operação o curtume poderá ter uma duração de 10 horas na maioria dos casos
ou algumas semanas (no caso do curtume para produção de sola).
• Do processo descrito anteriormente resultam:
IDENTIFICAÇÃO REGISTO FOTOGRÁFICO
Peles wet white Não disponivel.
Peles wet-blue
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Aparas curtidas
Licores de curtimenta ao crómio ---
1.32.12 ESCORRIMENTO
Esporádicamente os caixotes metálicos poderão ser encaminhados até à máquina de escorrimento com
recurso a empilhador, nesta fase dois colaboradores encaminham os couros para o tapete rolante da
máquina sendo removida a água em excesso e preparada a pele para o processo seguinte.
• Deste processo resultam:
▪ Aparas curtidas,
▪ Águas residuais.
Medição da pele wet-blue.
1.32.13 REBAIXAMENTO
Nesta operação as peles são encaminhadas para as máquinas de rebaixamento, onde são submetidas ao
processo de rebaixamento que consiste em raspar a pele do lado da carne (carnaz) através de um rolo de
lâminas com o fim de acertar a espessura para o valor pretendido.
1.32.14 REMOLHO
A operação de remolho das peles já curtidas é esporádica uma vez que depende dos requisitos do produto
final.
O remolho consiste em bater os couros em seco, em foulons apropriados, libertando-os de parte do sal que
contenham. Esta técnica permite obter um couro mais apto ao processo de piquelagem, uma vez que o
elevado teor proteico do sal diminui o poder curtiente do crómio.
Entrada da wet-blue na máquina de
escorrimento. Pele wet-blue escorrida paletizada.
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Exemplo de Foulons utilizados no remolho.
1.33 MATÉRIAS-PRIMAS, SUBSIDIÁRIAS, AUXILIARES E RESIDUOS UTILIZADOS
1.33.1 PROCESSO DE CURTIMENTA DE PELES
1.33.2 MATÉRIAS-PRIMAS E SUBSIDIÁRIAS UTILIZADAS
Na tabela abaixo apresenta-se a capacidade de armazenagem e o consumo anual de matéria-prima estimado
para a unidade.
Tabela 17 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias-primas e matérias subsidiárias.
Código Designação
Capacidade
Armazenagem
[Volume]
Capacidade
Armazenagem
[Massa]
Acondicionamento Consumo anual Densidade Obs.
MN01
Paletes de
peles
salgadas
--- 200 t
[114 paletes] Paletes de madeira 1 640 t/ano Nd
MN02 Paletes de
peles verdes --- N.A. Contentores 1 640 t/ano Nd
MN03 Cal Hidratada Nd Nd Conforme fornecido
pelo fabricante 130 t/ano Nd
MN04 Sulfidratos Nd Nd Conforme fornecido
pelo fabricante 30 t/ano Nd
MN05 Sulfuretos Nd Nd Conforme fornecido
pelo fabricante 70 t/ano Nd
MN06 Saís de
crómio Nd Nd
Conforme fornecido
pelo fabricante 250 t/ano Nd
MN07 Ácido Fórmico 6 m³ 7.2 t Depósito de
armazenagem 20 t/ano Nd
MN08 Ácido
Sulfúrico 6 m³ 10.8 t
Depósito de
armazenagem 70 t/ano Nd
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Não disponível
MN01 MN02
MN03 MN04 MN05
MN06 MN07 MN08
1.33.3 MATÉRIAS AUXILIAR A UTILIZAR
O estabelecimento utilizará como matérias auxiliares as identificadas na tabela seguinte:
Tabela 18 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e consumo de matérias auxiliares.
TIPO ARMAZENAGEM
CONSUMO CAPACIDADE LOCAL ACONDICIONAMENTO
MA1 Paletes de Madeira ND Zona de armazenagem
do Edifício Fabril Granel ND
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MÊS/ANO PÁG _ TOTAL
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PGI.01_IP.05 (01)
MA2 Película estirável para
paletização ND
Armazém do Edifício
Fabril
Palatizado conforme
fornecido pelo fabricante ND
MA1 MA2
1.33.4 RESÍDUOS UTILIZADOS
Não aplicável.
1.33.5 PRODUTOS INTERMÉDIOS, SUBPRODUTOS E FINAIS
1.33.5.1 PRODUTOS FINAIS FABRICADOS
O estabelecimento produzirá o produto acabado e respetiva quantidade identificados na tabela seguinte:
Tabela 19 - Identificação do tipo, capacidade armazenagem e produção de produto acabado.
Código Designação Capacidade
Armazenagem Acondicionamento Produção anual Densidade Origem Obs.
PN01 Peles wet-
blue 3 t Contentor 1 560 t/ano Nd
MN01 a
MN08
PN02 Peles wet-
white 3 t Contentor 1 560 t/ano Nd
MN01 a
MN03
Na tabela seguinte abaixo apresentamos as condições de acondicionamento do produto acabado.
Tabela 20 - Identificação das condições de acondicionamento do produto acabado.
TIPO DE ACONDICIONAMENTO DO PRODUTO FINAL N.º ANDARES N.º DE PELES POR RECIPIENTE DE ARMAZENAGEM
Contentores 1 Não disponível
Paletes 1 Não disponível
1.33.6 PRODUTOS INTERMÉDIOS FABRICADOS
Nada a assinalar.
1.33.7 SUBPRODUTOS GERADOS
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MÊS/ANO PÁG _ TOTAL
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A tabela seguinte identifica os subprodutos de origem animal gerados na instalação.
Tabela 21 - Subprodutos de origem animal gerados na instalação.
Designação Categoria
de SPA Caraterização
Unidade/
Processo que
lhe deu
origem
Quantidade
gerada
Nome do
Transportador
Nome do
Destinatário
Operação
efetuada
dentro ou
fora da
instalação
SPAP01
SPOA de
categoria
3
Raspas
verdes
Descarna
mecânica 40 t/ano Próprio Compostagem
Nota: Não sendo possível o seu aproveitamento na unidade neste momento as raspas verdes têm sido
encaminhadas para unidades de compostagem.
1.33.8 RESÍDUOS GERADOS
1.33.8.1 IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS
Nas tabelas abaixo, são indicados os resíduos gerados pelo processo fabril sendo apresentada a quantidade
média gerada anualmente.
Tabela 22 - Identificação dos resíduos não perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada anualmente.
Designação Código LER Caracterização Origem Quantidade
Gerada Observações
RN01 040101 Resíduos das fases de ribeira e
divisão em tripa
Aparas Verdes
(antes do caleiro)
Raspas verdes
(após o caleiro)
30 t/ano
RN02 040199 Outros resíduos de processo Diversa (industrial) 15 t/ano
RN03 200101 Papel e cartão Diversa (industrial) 0.67 t/ano
RN04 200139 Plásticos Diversa (industrial) 0.70 t/ano
RN05 200301
Outros resíduos urbanos e
equiparados, incluindo misturas
de resíduos
Diversas ND
RN06 200138 Madeira não abrangida em 20
01 37 Pedaços de paletes 0.18 t/ano
Tabela 23 - Identificação dos resíduos perigosos produzidos e respetiva quantidade média gerada anualmente.
Designação Código LER Caracterização Origem Quantidade
Gerada Observações
RP01 040104 Licores de curtimenta, contendo
crómio Curtimenta 30.00 t/ano
Encaminhadas
para a SIRECRO
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Designação Código LER Caracterização Origem Quantidade
Gerada Observações
RP02 130208 (*) Outros óleos de motores,
transmissões e lubrificação
Óleos usados e
lubrificantes
provenientes das
viaturas e do
processo fabril
ND
RP03 150110
(*) Embalagens contendo ou
contaminadas por resíduos de
substâncias perigosas
Diversa (industrial) 0.08 t/ano
RP04 170204
(*) Vidro, plástico e madeira
contendo ou contaminados com
substâncias perigosas
Diversa (industrial) 0.03 t/ano
RP05 200121
(*) Lâmpadas fluorescentes e
outros resíduos contendo
mercúrio
Iluminação da
unidade fabril 1.00 t/ano
RP06 200135
(*) Equipamento elétrico e
eletrónico fora de uso não
abrangido em 20 01 21 ou 20
01 23 contendo componentes
perigosos (ver nota 2)
Alterações e
substituição de
equipamentos
ND
1.33.8.2 IDENTIFICAÇÃO DOS PARQUES DE RESÍDUOS
Na tabela seguinte encontram-se identificados os parques de resíduos destinados à armazenagem dos
resíduos produzidos na instalação.
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Tabela 24 - Identificação dos parques de resíduos existentes na unidade.
Cod. Área
total
Área
coberta
Área
impermeabilizada Vedado
Sistema
de
drenagem
Bacia de
retenção
[BR]
Volume
da BR
LER dos
resíduos
armazenados
Tipo recipiente de
acondicionamento
Capacidade
recipientes Obs.
PA1 40 m2 40 m2 40 m2 Não Não Não NA 200101
200139
Contentor metálico
Contentor metálico
25 m3
25 m3
PA2 25 m2 25 m2 25 m2 Não Sim Não NA
040101
040199
200138
040104
Palote plástico
Palote plástico
Palote plástico
Palote plástico
900 m3
900 m3
900 m3
900 m3
Drenagem para a
EPTARI.
PA3 50 m2 0 m2 50 m2 Não Não Não NA 040101
040104
Contentor metálico
Contentor metálico
25 m3
25 m3
1.34 BALANÇOS DE MASSAS DOS PROCESSOS
1.34.1 INSTALAÇÃO DE CURTIMENTA DE PELES
Instalação de Curtimenta de Peles
INPUT s Matérias-Primas
Matérias-Primas:
- Paletes de peles
salgadas
- Paletes de peles verdes
OUPUT´s DO PROCESSO
Produto Final:
- Peles wet-blue
- Peles wet-white
CONSUMOS
GNL
Emissões
Efluentes:
- Água Residual
- Emissões Gasosas
Matérias Subsidiárias:
- Cal hidratada
- Sulfidratos
- Sulfuretos
- Saís de crómio
- Ácido fórmico
- Ácido sulfúrico
Auxiliares
Processo
Vapor
Água
Subprodutos:
- Raspas verdesResíduos:
- Raspas
- Aparas curtidas
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1.35 CAPACIDADE INSTALADA
Na tabela e figura seguintes são apresentados os cálculos efetuados para determinar a capacidade instalada
atualmente existente no estabelecimento.
1.35.1 CÁLCULO DA CAPACIDADE INSTALADA
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Tabela 25 – Descrição do processo de cálculo da capacidade instalada de acordo com as alterações pretendidas.
FASE OPERAÇÃO DURAÇÃO INPUT OUTPUT
DESCRIÇÃO QUANTIDADE OBSERVAÇÕES DESCRIÇÃO QUANTIDADE OBSERVAÇÕES
RIB
EIR
A
MOLHO
48 h PELES
SALGADAS 48 TON.
Para a realização da fase da Ribeira, o
estabelecimento terá afetos 7 foulons que
correspondem uma capacidade de carga dos
foulons total de 48 toneladas de peles em
bruto.
PELES EM TRIPA 46 TON
CALEIRO
ÁGUAS RESIDUAIS ND
SAL 2 TON.
De acordo com a informação fornecida pelo estabelecimento,
as peles em bruto, apresentam em média, 5% em peso de sal,
que será dissolvido na água e será encaminhado junto das
águas residuais. A fonte bibliográfica da especialidade: “Boas
Práticas para o Setor de Curtumes (2015) do CTIC - Centro
Tecnológico das Indústrias do Couro e AUSTRA – Associação
de Utilizadores do Sistema de Tratamento de Águas Residuais
de Alcanena”, confirma este valor.
OP
ER
AÇ
ÃO
CO
MP
LE
ME
NTA
R
DESCARNA
MECÂNICA ---- PELES EM TRIPA 46 TON.
Este processo ocorre no exterior do foulon
com recurso a equipamento apropriado, por
essa razão não se considerou o tempo de
duração da operação em análise para o
cálculo da capacidade de produção da
unidade
PELES DESCARNADAS 36 TON. Nesta fase se procede á remoção das camadas inferiores das
peles, compostas por tecido adiposo, músculo e sebo
considera-se que as perdas (raspas verdes) correspondem a
cerca de 20% em peso da matéria-prima4 (fonte: dados
internos). RASPAS VERDES 10 TON.
CU
RTIM
EN
TA DESENCALAGEM
48 h PELES
DESCARNADAS 36 TON.
Para a realização da fase da Curtimenta, o
estabelecimento tem afetos 11 foulons
[7,8,9,10,11,12, 13, 14, 17, 18, 19] que
correspondem uma capacidade de carga dos
foulons no total de 88 toneladas de peles
em bruto.
PELES CURTIDAS 34 TON.
PURGA ÁGUAS RESIDUAIS ND
PIQUELAGEM APARAS CURTIDAS 2 TON.
Nesta fase as perdas, as aparas curtidas, correspondem a 5%
de peso da matéria-prima5 (fonte: Dados do estabelecimento). CURTUME
DURAÇÃO DO CICLO DE
PRODUÇÃO
96 h
[4 dias]
Da informação apresentada neste quadro podemos concluir:
1. A fase da ribeira é a operação limitante, tanto em tempo como em capacidade de carga dos foulons;
2. O processo de ribeira e curtimenta apresenta um desperdício que corresponde a 30 % em peso da matéria-prima6
Cálculo da capacidade instalada:
Matéria-prima máxima processada – 48 ton a que corresponde à produção de um produto acabado máximo de 34 ton. a cada 48 horas continuas de laboração, o que
corresponde uma capacidade instalada de produção de 17 ton/dia de peles CURTIDAS.
4 20% de 48 ton, equivale a 9,6 ton. 5 5% de 48 ton, equivale a 1,9 ton. 6 Valor que es dentro da gama apresentada no BATReferenceDocument for theTanningofHidesandSkins de 2013, que na sua página 35 refere que são gerados cerca de 190 a 470 kg de resíduos não curtidos
por tonelada de pele salgada.
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1.35.2 FLUXOGRAMA DE BALANÇO DE MASSAS
O seguinte fluxograma define o balanço de massas associado à capacidade de produção diária da unidade,
sendo que os valores apresentados estão justificados na tabela apresentada a seguir.
Processo Output
Peles Salgadas(48 t/dia)
(1)RIBEIRA (48h)
Peles em tripa(46 t/dia)
(2)DESCARNA MECÂNICA
Peles descarnadas(36 t/dia)
5% Sal(1)
Águas Residuais(1)
20% Raspas verdes(2)
(3)CURTIMENTA (48h)
Peles (Wet-Blue)(17 t/dia)
5% Aparas curtidas(3)
Águas Residuais(3)
Figura 7 - Fluxograma de cálculo da capacidade instalada.
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1.36 TIPOS DE COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS/PRODUZIDOS
1.36.1 COMBUSTÍVEIS UTILIZADOS
1.36.2 ARMAZENADOS NA UNIDADE
A tabela seguinte apresenta a capacidade de armazenagem e consumos de combustíveis estimados para os
combustíveis armazenados na instalação.
Tabela 26 - Identificação do tipo, capacidade de armazenagem e consumo de combustíveis.
Código Tipo Tipo
Deposito Proveniência
Capacidade de
Armazenamento Consumo anual Observações
CC01 FO: Fuel Óleo Superficial Interna 17 t 12 t/ano
Nota: O consumo médio foi baseado no consumo dos anos de 2016 e 2017.
CC01
Em anexo apresentamos peça desenhada com a localização dos locais de armazenagem de combustíveis.
DESCRIÇÃO DA ARMAZENAGEM
Na tabela seguinte apresenta-se a descrição do depósito de armazenagem de fuelóleo utilizado no gerador
de vapor do estabelecimento.
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Tabela 27 - Descrição das condições de armazenagem dos combustíveis.
1.36.3 PROVENIÊNCIA EXTERNA
A tabela seguinte apresenta a capacidade de armazenagem e consumos de combustíveis estimados para os
combustíveis com proveniência externa à instalação.
Tabela 28 - Energia consumida de proveniência externa.
Código Tipo Tipo de
Deposito Proveniência
Capacidade de
Armazenamento Consumo anual Observações
CC02 GN: Gás
Natural Subterrâneo Externa NA 46 m3/ano
CC03 EE: Energia
Elétrica Subterrâneo Externa NA 970 137 Kwh
Nota: O consumo médio foi baseado no consumo dos anos de 2016 e 2017.
1.36.4 UTILIZAÇÃO
Os combustíveis fósseis são utilizados da seguinte forma no estabelecimento:
• Fuel Óleo – uso como combustível da caldeira geradora de vapor que aquece indiretamente a água
contida no depósito um de armazenagem de água para o processo.
• GN – o gás natural é proveniente da rede pública de abastecimento utilizado na caldeira de produção
de águas quentes de alimentação ao depósito dois de armazenagem de água para o processo.
1.36.5 COMBUSTÍVEIS PRODUZIDOS
Da instalação de valorização de raspas verdes (SPOA de categoria 3) será obtida gordura de origem animal
de categoria 3 que poderá ser utilizada na caldeira de produção de vapor.
1.37 CARACTERIZAÇÃO DE ATIVIDADES AUXILIARES
1.37.1 PRODUÇÃO DE VAPOR E PRODUÇÃO DE ÁGUA QUENTE
1.37.2 ORIGEM E UTILIZAÇÃO
Na unidade existe produção de energia térmica (vapor de água) para aquecimento indireto do depósito de
água de menor capacidade (DS01), através 1 equipamento sob pressão denominado Gerador de Vapor JOTEX
(GV01) alimentado por um depósito superficial de fuelóleo.
Produto
armazenado
Capacidade
(L)
Material
Fabrico Tipo
Bacia de
Retenção e
Volume (m3)
Parede Dupla
(espessura
mm)
Bacia de
retenção na
boca de
enchimento
Sistema de
deteção de
fugas Ano
construção Sim
V (m3) Não Sim Não Sim Não Sim Não
FO - Fuel
Óleo 20 000 Aço Superficial N.D.
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PGI.01_IP.05 (01)
No mesmo edifício existe uma caldeira de produção de águas quentes MORISA (GAQ01) alimentada a gás
natural proveniente da rede pública de abastecimento. A referida caldeira funciona apenas em casos de
emergência a água quente produzida nesta caldeira é encaminhada para o depósito de água quente de maior
capacidade (DS02).
Assim a produção de águas quentes desenvolve-se conforme os passos descritos nos seguintes pontos:
• A água da rede publica à temperatura ambiente passa pelo descalcificador, sendo encaminhada
para o depósito de condensados, que alimenta a geradora de vapor e a caldeira de produção de
águas quentes da unidade.
• A geradora de vapor através de um processo térmico receciona água no seu estado liquido e emite
vapor, posteriormente através da sua própria pressão transporta o vapor gerado até ao depósito
(DS01). Através do sistema de permuta de calor por serpentina, aquece a água fria contida no
depósito (DS01), encaminhando a água aquecida para o depósito DS02. Neste processo de permuta
de calor são gerados condensados, sendo os mesmos recirculados para o depósito de condensados
o que permite a reutilização parcial da energia térmica.
• A caldeira de produção de águas quentes a GN alimenta o depósito de águas quentes (DS02),
funcionando apenas em caso de emergência.
• As águas quentes contidas no depósito (DS02) abastecem o processo fabril.
1.37.3 CARACTERÍSTICAS DOS EQUIPAMENTOS
Nas tabelas seguintes são apresentadas as características técnicas dos equipamentos utilizados na geração
de vapor, produção de águas quentes e respetivos equipamentos auxiliares.
GERADOR DE VAPOR
Tabela 29 - Características técnicas do gerador de vapor.
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência Interna --- GV01
N.º Registo --- 10209/L
Fabricante --- Joaquim de Oliveira Teixeira
& Cª, Lda
Marca --- JOTEX
Ano Fabrico --- 1992
N.º Fabrico --- 342
Pressão Máxima Admissível (PS) bar 10
Capacidade Total (V) m3 5
Potência MW 1.37
Produção de vapor Kg/h 1750
Superfície de Aquecimento m2 50
Combustível --- Fuelóleo
7 Valor calculado pela empresa JOTEXCALDEIRAS de acordo com e-mail datado de 11 de maio de 2016 para a Eng.ª Mónica Mendes.
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CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Fluído a conter --- Água/Vapor
Tabela 30 - Características depósito diário de alimentação de fuelóleo.
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO
Referência Interna --- DPD01
Fabricante --- n.d.
Marca --- n.d.
Ano Fabrico --- n.d.
N.º Fabrico --- n.d.
Capacidade Total (V) m3 0,5
Fluído a conter --- fuelóleo
CALDEIRA DE ÁGUAS QUENTES
Tabela 31 - Características técnicas da caldeira de produção de águas quentes.
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência Interna --- GV02
N.º Registo --- Não aplicável
Modelo --- MAQ720
Fabricante --- Morisa – Caldeira e
Equipamentos Industriais, S.A.
Marca --- MORISA
Ano Fabrico --- 1989
N.º Fabrico --- 31_89
Pressão Máxima Admissível (PS) bar 1,4
Capacidade Total (V) m3 2,1
Potência térmica MW 0.85
Superfície de Aquecimento m2 30
Combustível --- Gás Natural
EQUIPAMENTOS AUXILIARES
Tabela 32 - Características do depósito de condensados.
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO
Referência Interna --- DS05
Fabricante --- FANTINI COSMI SPA - Itália
Marca --- FANTINI
Ano Fabrico --- n.d.
N.º Fabrico --- CS44
Capacidade Total (V) m3 Não disponível
Fluído a conter --- Água/Condensados
1.37.4 PRODUÇÃO DE AR COMPRIMIDO
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1.37.5 ORIGEM E UTILIZAÇÃO
A unidade apresenta produção de ar comprimido para utilização no processo fabril através de 2
compressores e 3 reservatórios de ar comprimido.
1.37.6 CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO
Nas tabelas seguintes são apresentadas as principais características técnicas dos equipamentos.
Tabela 33 - Características técnicas dos reservatórios de ar comprimido.
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência interna --- RAC01
N.º Registo no MEI --- 33921/L
Fabricante --- n.d.
Ano Fabrico --- n.d.
N.º Fabrico --- n.d.
Modelo --- n.d.
Pressão Máxima Admissível (PS) bar 7,84
Capacidade Total (V) Litros 1 000
Fluido a conter --- AR
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência interna --- RAC02
N.º Registo no MEI --- N.a.
Fabricante --- FIAC
Ano Fabrico --- 2011
N.º Fabrico --- 270
Modelo --- 300
Pressão Máxima Admissível (PS) bar 7,84
Capacidade Total (V) Litros 270
Fluido a conter --- AR
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO Referência interna --- RAC03 e Compressor
N.º Registo no MEI --- NA
Fabricante --- FIAC
Ano Fabrico --- 2016
N.º Fabrico --- 22160
Modelo --- n.d.
Pressão Máxima Admissível (PS) bar 10
Capacidade Total (V) Litros 100
Fluido a conter --- AR
Tabela 34 - Características técnicas do compressor afeto aos RAC01 e RAC03
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Curtumes Boaventura, Lda Memória descritiva de alterações instalação 18.CBO.A.LIC.SIR.01 Junho/2018 55 _ 90
PGI.01_IP.05 (01)
CARACTERÍSTICA UNIDADE VALOR REGISTO FOTOGRÁFICO
Referência interna --- K01
Marca --- PONTECCHIO
MARCONI
Modelo --- NEWSILVER 10/300
Ano Fabrico --- 2011
N.º Série --- BMT 38679
Pressão bar 10
Capacidade L/min 860
Potência elétrica kW 8,2
1.37.7 PRODUÇÃO DE FRIO
Nada a assinalar.
1.38 LISTAGEM DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS
A listagem de equipamentos encontra-se em anexo ao presente documento.
1.39 REGIME DE LABORAÇÃO E INDICAÇÃO DO NÚMERO DE TRABALHADORES
POR GÉNERO, E POR ATIVIDADE FABRIL
1.39.1 REGIME DE LABORAÇÃO
Na tabela seguinte encontra-se descrito o regime de laboração:
Tabela 35 - Descrição do regime de laboração da unidade.
Regime de Laboração Horário
Segunda-feira a Sexta-feira 08h00 ás 17h00
Sábado Descanso Suplementar
Domingo Descanso Semanal
1.39.2 IDENTIFICAÇÃO DE PERÍODOS DE PARAGEM
A empresa procede a um período de paragem anual no mês de agosto e no final do mês de dezembro, com
o objetivo de efetuar manutenção preventiva aos equipamentos de trabalho.
1.39.3 NÚMERO DE TRABALHADORES
A distribuição dos trabalhadores é a apresentada na tabela seguinte.
Tabela 36 - Distribuição de tarefas por trabalhadores.
Função Homens Mulheres
Encarregado da Unidade 1 0
Preparador de Caleiros 1 0
LICENCIAMENTO
Industrial
CLIENTE
PROJECTO
REF. INTERNA
MÊS/ANO PÁG _ TOTAL
Curtumes Boaventura, Lda Memória descritiva de alterações instalação 18.CBO.A.LIC.SIR.01 Junho/2018 56 _ 90
PGI.01_IP.05 (01)
Função Homens Mulheres
Ribeira 2 0
Operadores de Descarna 4 0
Curtume 1 1
TOTAL 9 1
Nota: os postos de trabalho, à exceção dos especializados, são rotativos de acordo com o período de duração
das fases do processo.
1.40 DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES DE CARÁCTER SOCIAL
De acordo com o estabelecido no artigo 139º da Seção II, da portaria n.º 53/71, 3 de fevereiro relativamente
às instalações sanitárias, o estabelecimento Industrial, dispõe de instalações sanitárias de acesso fácil e
cómodo ao longo do piso onde se desenvolve a atividade industrial, sendo separadas por sexo e não
comunicando diretamente com os locais de trabalho.
As tabelas seguintes identificam para cada instalação sanitária o equipamento existente quanto ao número
de lavatórios, número de sanitas e número de urinóis.
1.40.1 REQUISITOS DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS – ÁREA DE PRODUÇÃO
Ponto 2, do art.º 139 da seção II da
Portaria n.º53/71, 3 de fevereiro
Instalações Sanitárias
Avaliação do Requisito - Art.º139, 2)
N.º
Trabalhadores
Quantidade
existente C NC NA
I.S. Masculinas
Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 15 2
Sanitas 1 por cada 25 trabalhadores ou fração 15 2
Urinol 1 por cada 25 trabalhadores ou fração 15 2
I.S. Femininas
Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 1 2
Sanitas 1 por cada 25 trabalhadores ou fração 1 1
1.40.2 REQUISITOS DOS BALNEÁRIOS – ÁREA DE PRODUÇÃO
Balneários
Portaria n.º53/71,
3 de fevereiro
Art.º 139
Avaliação do Requisito Art.º139
N.º
Trabalhadores
Quantidade
existente C NC
Balneários Masculinos
Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 15 2
Duches 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 15 2
Armários N.º Avaliação do Requisito 4.2.2
LICENCIAMENTO
Industrial
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PROJECTO
REF. INTERNA
MÊS/ANO PÁG _ TOTAL
Curtumes Boaventura, Lda Memória descritiva de alterações instalação 18.CBO.A.LIC.SIR.01 Junho/2018 57 _ 90
PGI.01_IP.05 (01)
NP 1116:1975 – Armários e
Vestiários – definição, utilização e
características
Trabalhadores Quantidade
existente C NC
N.º de
Armários
Individuais
Armários-vestiários tipo B, com dimensões
interiores mínimas de
150mmx480mmx1700mm, e o destinado ao
vestiário de uso corrente deve ter as dimensões
interiores mínimas de 300mmx480mmx1700mm
15 13
Balneários Femininos
Lavatório 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 1
2
Duches 1 por cada 10 trabalhadores ou fração 1
Armários
NP 1116:1975 – Armários e
Vestiários – definição, utilização e
características
N.º
Trabalhadores
Avaliação do Requisito 4.2.2
Quantidade
existente C NC
N.º de
Armários
Individuais
Armários-vestiários tipo B, com dimensões
interiores mínimas de
150mmx480mmx1700mm, e o destinado ao
vestiário de uso corrente deve ter as dimensões
interiores mínimas de 300mmx480mmx1700mm
1 1
1.40.3 DESCRIÇÃO DAS INSTALAÇÕES SANITÁRIAS, VESTIÁRIOS, BALNEÁRIOS E SALA DE
REFEIÇÕES
Portaria n.º53/71, 3 de Fevereiro
Seção I - Art.º 9
Paredes
Avaliação do Requisito
Art.º9
EXIGÊNCIA C NC
1 - As paredes dos locais de trabalho, quando não sejam construídas com material preparado para ficar à vista, serão guarnecidas com revestimentos apropriados que garantam as indispensáveis condições de salubridade.
As paredes estão executadas em alvenaria
rebocada
2 - As paredes devem ser de preferência lisas, de fácil limpeza e revestidas ou pintadas de cores claras não brilhantes, se outras cores não forem impostas por condições especiais.
As paredes estão revestidas a azulejo a uma altura
de 2m, sendo a restante pintada a cor branca
3 - Quando for necessário, as paredes devem ser revestidas com materiais impermeáveis até, pelo menos, 1,50 m de altura.
Sendo o azulejo o material de revestimento, este
aufere a impermeabilidade das paredes
Portaria n.º53/71, 3 de Fevereiro
Seção II - Art.º 139, 1)
1) Instalações Sanitárias
Avaliação do Requisito
Art.º139, 1)
EXIGÊNCIA C NC
Serem separadas por cada sexo São separadas por sexo Masculino e Feminino
Não comunicarem diretamente com os locais de trabalho e terem acesso fácil e cómodo. A comunicação com os locais de trabalho deve fazer-se, de preferência, por passagens cobertas, no caso de as instalações sanitárias se situarem em edifício separado;
Comunicam diretamente com o local de trabalho
Disporem de água canalizada e de esgotos ligados à rede geral ou a fossa séptica, com interposição de sifões hidráulicos
O abastecimento de água é feito a partir da
rede de distribuição pública, com uma pressão
mínima de 25 m.c.a.
A ligação da rede pública ao edifício é
constituída por tubagem em PVC PN16
LICENCIAMENTO
Industrial
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PGI.01_IP.05 (01)
Portaria n.º53/71, 3 de Fevereiro
Seção II - Art.º 139, 1)
1) Instalações Sanitárias
Avaliação do Requisito
Art.º139, 1)
EXIGÊNCIA C NC
No interior do edifício a rede é constituída por
tubagem em PPR PN16, á vista e fixa às paredes
ou tetos.
A água quente fornecida às instalações
sanitárias será feita com recurso á instalação de
um termoacumulador
Os esgotos encontram-se ligados a coletor
municipal
Serem iluminadas e ventiladas conforme as disposições do capítulo II respeitantes a esta matéria
A iluminação é artificial
A ventilação dos balneários e instalações
sanitárias é forçada e a mesma será do tipo
centrífugo próprios para montagem em linha com
pás de curvatura recuada, com motor diretamente
acoplado.
Os pavimentos serem revestidos de material resistente, liso e impermeável, inclinados para ralos de escoamento providos de sifões hidráulicos
Os pavimentos são revestidos a azulejo
As paredes serem de cor clara e revestidas de azulejo ou outro material impermeável até, pelo menos, 1,5 m de altura.
As paredes são revestidas a azulejo até uma altura
de 2m, e sendo este um material de revestimento,
este aufere a impermeabilidade das paredes
1.40.4 SALA DE REFEIÇÕES
A empresa possui sala de refeições no primeiro piso da unidade sem comunicação direta com a zona fabril.
1.40.5 PLANOS DE HIGIENIZAÇÃO E DESINFEÇÃO DAS INSTALAÇÕES
O plano de higienização identifica as medidas a tomar de modo a manter a limpeza das instalações de
produção, sanitárias, sala de refeição e serviços administrativos do estabelecimento.
Complementarmente o programa de higienização é útil na otimização da operação de limpeza e desinfeção
e na normalização das atividades que se referem à higienização por parte dos colaboradores responsáveis.
Para cada área é estabelecido um plano de limpeza e desinfeção específico, sendo selecionados produtos
de higienização adequados ao tipo de sujidade e de superfície.
Os detergentes e desinfetantes são armazenados em armário destinados ao efeito.
1.41 PRIMEIROS SOCORROS
De acordo com o artigo 75.º da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede à segunda alteração da Lei n.º
102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho,
a empresa ou o estabelecimento, “qualquer que seja a modalidade do serviço de segurança e saúde no
trabalho, deve ter uma estrutura interna que assegure as atividades de emergência e primeiros socorros, de
evacuação de trabalhadores e de combate a incêndios”.
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PGI.01_IP.05 (01)
Neste âmbito pretende-se realizar um levantamento das necessidades da unidade em termos da prestação
de cuidados de 1º socorros, sendo a mesma assegurada pela aquisição do material de 1º socorro (conteúdo
mínimo) e a sua monitorização assegurada com recurso a uma lista com indicação do conteúdo mínimo,
onde se monitoriza quantidades existentes e validades dos produtos. Em planta de equipamento é
apresentada a localização prevista para a localização da caixa de primeiros socorros.
O estabelecimento pretende complementarmente implementar as medidas de autoproteção uma vez que o
projeto de SCIE já se encontra aprovado pela autoridade competente.
1.42 PRODUÇÃO DE ÁGUAS QUENTES SANITÁRIAS
A produção de águas quentes sanitárias para abastecimento dos balneários é assegurada por
termoacumulador.
9 SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO
1.43 SERVIÇOS DE SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO
1.43.1 SERVIÇOS DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO
De acordo com o artigo 73º da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede á segunda alteração da Lei n.º
102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho,
a entidade empregadora deve organizar o serviço de segurança e saúde no trabalho de acordo com as
modalidades previstas no artigo 74º da referida Lei.
Na Organização do serviço de Segurança e Saúde no trabalho, o empregador pode adotar, uma das seguintes
modalidades (artigo 74º, Lei n.º 3/2014 de 28 de janeiro):
a. Serviço interno8;
b. Serviço comum;
c. Serviço externo.
A Entidade Empregadora adotou a modalidade de organização de Serviços Externos para a atividade de
serviços de Segurança e Saúde no Trabalho – MediSigma.
1.43.2 PLANO DE EXAMES DE VIGILÂNCIA DA SAÚDE
8Aplica-se para estabelecimentos que tenha pelo menos 400 trabalhadores; de estabelecimentos distanciados até 50 km daquele que ocupa maior número
de trabalhadores e que, com este, tenham pelo menos 400 trabalhadores; estabelecimento com actividades que envolvam risco elevado (artigo 78º, Lei
n.º 102/2009) a que estejam expostos pelo menos 30 trabalhadores
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De acordo com a secção VII da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede á segunda alteração da Lei n.º
102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da segurança e saúde no trabalho,
onde se encontra descrita a necessidade de existência de médico de trabalho no local.
Os serviços de Medicina do Trabalho realizam através de consultas de vigilância de saúde a realizar através
de Médico do trabalho os seguintes exames de saúde:
a) Exames de admissão, antes do início da prestação de trabalho ou, se a urgência da admissão o
justificar, nos 15 dias seguintes;
b) Exames periódicos, anuais para os menores e para os trabalhadores com idade superior a 50 anos,
e de 2 em 2 anos para os restantes trabalhadores;
c) Exames ocasionais, sempre que haja alterações substanciais nos componentes materiais de
trabalho que possam ter repercussão nociva na saúde do trabalhador, bem como no caso de
regresso ao trabalho depois de uma ausência superior a 30 dias por motivo de doença ou acidente.
Os Recursos Humanos da Organização têm a responsabilidade de elaborar em conjunto com a empresa
prestadora de serviços de Medicina do Trabalho um plano de exames de vigilância da Saúde.
1.44 AÇÕES PARA A PREVENÇÃO DE RISCOS
A prevenção consiste na adoção de um conjunto de medidas de proteção, de forma a impedir que a
segurança física do trabalhador possa ser comprometida (mera probabilidade e incerteza da ocorrência de
danos), durante a realização do seu trabalho.
O Plano de Prevenção implementado no estabelecimento visa identificar, prevenir e reduzir os riscos de
ocorrência, definindo regras de segurança, de exploração e de comportamento a adotar.
1.45 PLANO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
De acordo com a alínea b) e c), do ponto 1 do artigo 73.º-B da Lei nº 3/2014 de 28 de janeiro que procede á
segunda alteração da Lei n.º 102/2009 de 10 de novembro que aprova o regime jurídico da promoção da
segurança e saúde no trabalho, “O serviço de Segurança e de Saúde no Trabalho deve proceder à validação
de riscos, elaborando os respetivos relatórios”, “Elaborar o plano de prevenção de riscos profissionais, bem
como planos detalhados de prevenção e proteção exigidos por legislação especifica”.
A unidade apresenta a Avaliação de Riscos e respetivo plano de prevenção realizados pela empresa
prestadora de Serviços: MediSigma.
1.46 DIMENSÃO DO LOCAL DE TRABALHO
Nas tabelas seguintes são apresentados os pés direitos de todos os edifícios e a dimensão dos diversos
locais de trabalho.
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Tabela 37 - Pé direito dos locais de trabalho.
EDIFÍCIO PÉ DIREITO
(m)
Armazém de peles e couros > 3 m
Zona de Armazenagem e Produção > 3 m
Armazém de substâncias químicas > 3 m
Gabinete 2.7 m
Tabela 38 - Dimensão dos locais de trabalho.
LOCAL DE TRABALHO ÁREA
(m2/trabalhador)
VOLUME
(m3/trabalhador) OBSERVAÇÕES9
Armazém de peles e couros > 4 > 12
Zona de Armazenagem e
Produção > 4 > 12
Armazém de substâncias
sólidas e líquidas > 4 > 12
Gabinete > 2 > 12
1.47 ESTUDO DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS E AVALIAÇÃO DE RISCOS PARA A
SEGURANÇA, HIGIENE E SAÚDE NO TRABALHO
1.47.1 IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE PERIGO INTERNAS
1.47.2 AGENTES QUÍMICOS
A nível de agentes químicos foram identificadas as seguintes fontes de perigo de maior impacto:
• Ácido fórmico,
• Ácido sulfúrico.
1.47.3 AGENTES FÍSICOS
1.47.3.1 INTRODUÇÃO
As fontes de perigo internas relevantes referentes a agentes físicos identificados foram:
• Ruído,
• Iluminância,
• Vibrações,
• Ambiente térmico.
1.47.3.2 RUIDO
9 Fonte Portaria n.º 53/71 de 3 de fevereiro
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As fontes geradoras de resíduos de maior relevância (com nível de potencia sonora superior a 80 dB(A))
encontram-se descriminadas no módulo VIII, no documento com a seguinte designação MD.VIII.1.Ruido
submetido na plataforma LUA.
1.47.3.3 ILUMINÂNCIA
Ainda não se dispõe de dados suficientes para análise da adequação dos níveis de iluminância, a análise
será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de segurança e saúde no trabalho.
1.47.3.4 VIBRAÇÕES
Ainda não se dispõe de dados suficientes para análise das vibrações a que os trabalhadores se encontram
sujeitos, a análise será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de segurança e saúde
no trabalho.
1.47.3.5 RADIAÇÕES
Não aplicável.
1.47.3.6 AMBIENTE TÉRMICO
Ainda não se dispõe de dados suficientes para avaliação das temperaturas a que os trabalhadores se
encontram expostos, a análise será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de
segurança e saúde no trabalho.
1.47.4 AGENTES MECÂNICOS
As fontes de perigo internas referentes a agentes mecânicos identificados foram:
❖ Partes móveis dos equipamentos fabris,
❖ Equipamentos de transporte de carga.
Não se dispõe de dados suficientes que permitam avaliar todos os riscos mecânicos presentes no
estabelecimento, a análise será realizada de acordo com a avaliação realizada pela empresa de segurança
e saúde no trabalho.
1.47.5 AGENTES BIOLÓGICOS
De acordo com a avaliação de riscos efetuada pela empresa responsável pela Segurança e Saúde no
Trabalho na Curtumes Boaventura, Lda. os fatores de risco associados a agentes biológicos relacionam-se
com a presença no ambiente de trabalho de microrganismos como vírus, bactérias, fungos, parasitas,
germes, etc, penetrando no organismo do homem por via digestiva, respiratória, olhos e pele. Os fatores de
risco associados a agentes biológicos são responsáveis por transmissão de variadas doenças.
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PGI.01_IP.05 (01)
Associadas a tarefas de manipulação de peles, são comuns de acordo com a bibliografia disponível infeções
por borrelias, nomeadamente Doença de Lyme e infeções por rickettias também designadas por Febre Q.
Estão também, descritas algumas infeções por fungos originando dermatoses cutâneas e das unhas ou
Carbúnculo, doença infeciosa aguda provocada pela bactéria Bacillus anthracis, comum nos animais
herbívoros, mas que também pode afetar os seres humanos.
1.47.6 FONTES DE PERIGOS DE INCÊNDIO E DE EXPLOSÃO INERENTES AOS EQUIPAMENTOS
OU DE PRODUTOS ARMAZENADOS, UTILIZADOS OU FABRICADOS, NOMEADAMENTE
OS INFLAMÁVEIS, OS TÓXICOS OU OUTROS PERIGOSOS
1.47.6.1 A NÍVEL DE INCÊNDIO
As fontes de perigos neste domínio são os afetos a:
❖ Armazenagem de substâncias químicas sólidas e liquidas,
❖ Armazém de peles e couros,
❖ Telheiro de armazenagem de resíduos: papel/cartão e plástico,
❖ Equipamentos nomeadamente: Caldeiras,
❖ Quadros elétricos e de controlo.
1.47.6.2 A NÍVEL DE EXPLOSÃO
As fontes de perigos neste domínio são os afetos a:
❖ Reservatório de Ar comprimido (RAC),
❖ Caldeira de produção de vapor,
❖ Caldeira de produção de água quente,
❖ Motores elétricos.
1.47.7 A ESCOLHA DE TECNOLOGIAS QUE PERMITAM EVITAR OU REDUZIR OS RISCOS
DECORRENTES DA UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS OU PRODUTOS PERIGOSOS
1.47.8 EQUIPAMENTOS
Os equipamentos fabris a instalar apresentarão os seguintes aspetos de forma a minimizar o risco da sua
utilização:
❖ Confinamento dos RAC’s no exterior e uso de cabines de proteção;
❖ Partes móveis em movimento estão protegidas;
❖ Corte energia junto a cada equipamento;
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❖ Identificação de áreas restritas à permanência de trabalhadores;
❖ Uso de sinalização, nomeadamente sinalização de perigo e de informação;
❖ Informação e formação dos trabalhadores.
1.47.9 MATÉRIA-PRIMA, SEMI-ACABADO, SUBPRODUTOS E PRODUTO ACABADO
No que respeita a matéria-prima, mercadorias e produto acabado deverão ser previstas medidas de forma a
minimizar o risco da sua utilização.
1.47.10 VEÍCULOS DE TRANSPORTE MECÂNICO DE CARGA
Relativamente aos veículos de transporte mecânico de carga deverão ser tomados os seguintes aspetos de
forma a minimizar o risco da sua utilização:
❖ Sinalização,
❖ Identificação e sinalização a nível de pavimento os circuitos e passagem dos veículos,
❖ Uso exclusivamente por operadores autorizados e formados para a sua condução,
❖ Informação e formação dos trabalhadores.
1.47.11 PRODUTOS PERIGOSOS
Em relação aos produtos perigosos recomenda-se, a armazenagem em locais próprios, identificados e
separados por categoria com especial atenção para eventuais incompatibilidades.
1.47.12 AS CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM, MOVIMENTAÇÃO E UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS
INFLAMÁVEIS, TÓXICOS OU OUTROS PERIGOSOS
1.47.13 CONDIÇÕES DE ARMAZENAGEM
1.47.13.1 MATÉRIA-PRIMA /MERCADORIAS/PRODUTOS ACABADOS
a. Os locais onde estão armazenados os produtos químicos são dotados de piso impermeável;
b. Não existe ligação do sistema de drenagem do pavimento aos coletores de águas pluviais;
c. Os locais de armazenamento não estão expostos a intempéries;
d. Os locais de armazenamento têm acesso restrito a pessoas autorizadas;
e. Os locais destinados a armazenagem de produtos químicos apresentam boas condições de ordem
e limpeza;
f. Os locais estão adequadamente iluminados (200 Lux) permitindo a leitura fácil e objetiva da
identificação dos produtos e cuidados necessários para a manipulação dos mesmos;
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g. Os produtos químicos estão agrupados, tomando-se por base a família a qual pertençam, evitando-
se composições de risco;
h. Os produtos incompatíveis estão armazenados, distantes entre si, o máximo possível, sendo que,
quando não for viável, deverão existir barreiras físicas entre os mesmos;
i. Os produtos químicos são armazenados devidamente rotulados nos locais previamente definidos e
sinalizados;
j. As fichas contendo orientações de primeiros socorros em caso de acidentes, que obrigatoriamente
devem acompanhar os produtos são afixadas junto ao mesmo;
k. Os locais destinados a armazenagem de produtos químicos estão adequadamente sinalizados,
quanto ao produto e grau de agressividade do mesmo;
l. É expressamente proibido fumar nos locais de armazenamento e manipulação de produtos
químicos;
m. Não será permitido a ingestão de alimento de qualquer tipo, nos locais destinados ao
armazenamento e manipulação de produtos químicos.
1.47.14 CONDIÇÕES DE MOVIMENTAÇÃO
1.47.14.1 MATÉRIA-PRIMA /MERCADORIAS/PRODUTOS ACABADOS
A movimentação dos produtos químicos é executada da seguinte forma:
a. Todos os funcionários que estão expostos ou poderão vir a ficar expostos a produtos químicos devem
estar instruídos em relação aos procedimentos que devem adotar para que essa atividade seja feita
com total segurança;
b. Esses funcionários devem ainda ter conhecimento dos riscos oferecidos pelos produtos que
manuseiam e de como agir em caso de acidente;
c. É obrigatório o uso dos EPI - Equipamento de Proteção Individual indicados para o tipo de atividade
e/ou produto químico que se está a manipular;
d. Sempre que possível, deve-se substituir o produto em utilização por outro de menor toxidade ou que
apresente menor risco de agressão ao trabalhador e ao meio ambiente;
e. A rejeição dos resíduos gerados na utilização de produtos químicos será da responsabilidade de
quem o manipular, devendo consultar o responsável para orientação dos procedimentos a serem
tomados;
f. É proibido fumar durante o manuseio de produtos químicos.
1.47.15 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS E MEIOS DE PREVENÇÃO DE RISCOS PROFISSIONAIS E
PROTEÇÃO DE TRABALHADORES
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1.47.16 EM MATÉRIA DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO
Nesta matéria pode-se apontar as seguintes medidas e meios:
❖ Uso de proteções físicas que impeçam o trabalhador aproximar-se dos perigos;
❖ Uso de meios mecânicos para o transporte de cargas;
❖ Uso de Equipamento de Proteção Individual, tais como: vestuário, botas, luvas, máscara, óculos;
❖ Monitorização de forma a controlar a exposição dos trabalhadores a agentes físicos e químicos;
❖ Uso de sinalização (perigo e informação).
1.47.17 PLANO DE MANUTENÇÃO (PROCESSO)
Será elaborado um plano de manutenção específico para cada equipamento de processo, incluindo todos os
órgãos de segurança, que tipifica o tipo de manutenção, periodicidade de manutenção, responsável pela
manutenção e monitorização.
O plano de manutenção será elaborado de acordo com orientações e especificações do fabricante.
1.47.18 MEDIDAS DE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO
1.47.18.1 GESTÃO DOS TEMPOS DE EXPOSIÇÃO
A gestão dos tempos de exposição do trabalhador está associada à tarefa que o trabalhador executa em
relação ao fator de risco a que ele está exposto.
Na unidade em análise a gestão dos tempos de exposição não é um fator intrínseco estabelecido.
Na maioria das tarefas desempenhadas pelos trabalhadores, o tempo de duração é curto, sendo grande
parte da duração do processo destinado á ribeira e ao curtume. Poderemos considerar que o tempo de
exposição, com maior relevância, estará associado às seguintes tarefas:
❖ Descarna,
❖ Encaminhamento das peles para a máquina de escorrer.
1.47.18.2 ARRUMAÇÃO E LIMPEZA DOS LOCAIS DE TRABALHO
Encontram-se definidos princípios e regras aplicadas à arrumação e limpeza dos locais de trabalho.
Com essa finalidade serão definidos locais para armazenagem das ferramentas, utensílios e assessórios no
local de trabalho, bem como serão disponibilizados no local armários para a arrumação dos produtos de
limpeza e seus assessórios de limpeza.
Haverá periodicamente relatórios de acompanhamento a constatar o cumprimento desses princípios e regras
de arrumação e limpeza nos locais de trabalho.
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1.47.19 INSTRUÇÕES DE SEGURANÇA
Serão elaboradas diversas instruções de segurança nomeadamente:
❖ Utilização de EPI´s,
❖ Entrada em ambientes ruidosos,
❖ Operações de manutenção
1.47.20 MEDIDAS DE FORMAÇÃO E INFORMAÇÃO
Será elaborado e disponibilizado para este estabelecimento:
a. Manual de segurança;
b. Informação do modo de proceder em caso de incidente e acidente de trabalho;
c. Quais os riscos presentes no local de trabalho e na sua envolvente, sob a forma de plantas onde se
identificam quais os fatores de risco e sua intensidade;
d. Alertas de segurança, incluindo as boas práticas de segurança a adotar na unidade industrial;
e. Circuitos de circulação de matéria-prima, matéria subsidiária, produto final e resíduos
f. Serão calendarizadas ações de formação em matéria de Higiene e Segurança do trabalho, atuação
em caso de situação de emergência, atuação em caso de pequenos derrames e derrames de grande
dimensão.
1.47.21 RISCOS DE INCÊNDIO E EXPLOSÃO ADOTADAS
1.47.21.1 A NÍVEL DO PROJETO
A nível de projeto serão adotadas as medidas apresentadas em projeto da especialidade de SCIE aprovado
pela ANPC.
1.47.21.2 AQUANDO DA INSTALAÇÃO, EXPLORAÇÃO E DESATIVAÇÃO
As instalações apresentarão meios de primeira intervenção a nível do combate a incêndios, bem como a sua
deteção.
Nos pontos seguintes são descritas algumas medidas e meios de prevenção de riscos e proteção de
trabalhadores:
• Disponibilização de Equipamentos de Proteção Individual;
• Dispositivos de proteção dos elementos móveis em rotação ou translação (blindagem de
movimentos rotativos);
• Instalação de escadas com guarda corpos;
• Disponibilização de empilhadores para o transporte de cargas;
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• Mecanismos para paragem de emergência;
• Aplicação de estruturas de proteção contra o risco de queda de materiais;
• Condições de armazenagem adequada de substâncias ou preparações perigosas.
1.47.22 SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
A sinalização de segurança nas instalações industriais, tem normalmente uma configuração complexa não
sendo possível adotar uma solução de sinalização padronizada.
Deste modo, para cada sinal deve-se ter em consideração a maior distância de observação a que deverá ser
visualizado. Tendo em atenção estes pormenores, definir-se-á convenientemente a dimensão, o tipo de
aplicação e a altura de instalações dos sinais.
O estabelecimento industrial encontra a implementar/instalar a sinalização de Segurança Vertical e
Horizontal.
1.47.23 MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
1.47.23.1 IDENTIFICAÇÃO
Para este estabelecimento Industrial, vai ser efetuado uma instrução operacional, que tem como objetivo
identificar e selecionar quais os equipamentos de proteção individual a utilizar para as funções a
desempenhar.
Os passos a ter em consideração na identificação dos EPI’s são:
• Identificação e Seleção de EPI por Função/Tarefa
• Identifico o EPI de uso Geral
• Identifico a Tarefa
• Identifico o tipo de EPI para a tarefa
• Identifico as especificidades do EPI (proteção da exposição ao fator de risco presente)
1.47.23.2 PLANO DE MANUTENÇÃO DOS EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Com base nas especificidades do EPI em análise e uso, será elaborado um plano de manutenção para o
mesmo.
A manutenção do EPI da responsabilidade do operador que o utiliza.
Será disponibilizado na unidade industrial armários ou suportes para armazenar os EPI´s de uso geral para
cada operador.
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1.47.24 INDICAÇÃO DAS PRINCIPAIS FONTES DE EMISSÃO DE RUÍDO E VIBRAÇÕES E DAS
CERTIFICAÇÕES E SISTEMAS DE SEGURANÇA DAS MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS A
INSTALAR
Atualmente não se dispõe de todos os dados dos níveis de ruído produzidos pelos equipamentos existentes
na unidade, sendo que os níveis de ruido contantes na Erro! A origem da referência não foi encontrada. se e
ncontram de acordo com a última avaliação de ruído ocupacional efetuada a 03 de dezembro de 2014.
1.47.25 OS MEIOS DE DETEÇÃO E ALARME DAS CONDIÇÕES ANORMAIS DE FUNCIONAMENTO
SUSCETÍVEIS DE CRIAREM SITUAÇÕES DE RISCO
A unidade fabril disporá de meios automáticos de deteção contra incêndios e de alarme conforme descrito
no projeto da especialidade.
A assistência aos meios de intervenção em termos de SCIE será dada por empresa externa da especialidade.
No caso de uma emergência o processo será totalmente parado através de Paragem de emergência
acionando as betoneiras de emergência localizadas junto aos equipamentos.
1.48 ORGANIZAÇÃO DE EMERGÊNCIA
1.48.1 ENQUADRAMENTO
Os edifícios, os estabelecimentos e os recintos devem no decurso da exploração dos respetivos espaços, ser
dotados de medidas de organização e gestão da segurança designadas por medidas de autoproteção.
O responsável pela segurança contra incêndio (RS) perante a entidade
competente é a pessoa individual ou coletiva a que se referem os
n.º 3 e 4 do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de
outubro que procede á primeira alteração do Decreto-Lei n.º
220/2008 de 12 de novembro.
O artigo 20.º do Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro define que a entidade responsável designa um
delegado de segurança para que este execute as medidas de
autoproteção.
O delegado de segurança age em representação da entidade
responsável, ficando esta integralmente obrigada ao cumprimento
das condições de SCIE, previstas no RT-SCIE e demais legislação aplicável.
Responsável Segurança
DESIGNA
Delegado de Segurança
•Proprietário
Responsável Segurança
•Executa as medidas de autoprotecção
Delegado de Segurança
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1.48.2 MEDIDAS DE AUTOPROTEÇÃO
No artigo 21.º do Decreto-Lei n.º 224/2015, de 9 de outubro é referido que a autoproteção e a gestão de
segurança contraincêndios em edifícios e recintos, durante a exploração ou utilização dos mesmos, baseiam-
se nas seguintes medidas:
• Medidas preventivas, que tomam a forma de procedimentos de prevenção ou planos de prevenção,
conforme a categoria de risco;
• Medidas de intervenção em caso de incêndio, que
tomam a forma de procedimentos de emergência
ou de planos de emergência interno, conforme a
categoria de risco;
• Registo de segurança onde devem constar os
relatórios de vistoria ou inspeção, e relação de
todas as ações de manutenção e ocorrências
direta ou indiretamente relacionadas com a SCIE;
• Formação em SCIE, sob a forma de ações destinadas a todos os funcionários e colaboradores das
entidades exploradoras, ou de formação específica, destinada aos delegados de segurança e outros
elementos que lidam com situações de maior risco de incêndio;
• Simulacros, para teste do plano de emergência interno e treino dos ocupantes com vista a criação
de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
O plano de segurança interno será constituído pelo:
• Plano de prevenção;
• Plano de emergência interno (PEI);
• Registos de segurança.
1.48.3 PONTO DE SITUAÇÃO
As medidas de autoproteção encontram-se aprovadas pela ANPC.
10 PROTEÇÃO DO AMBIENTE
1.49 ÁGUA ABASTECIMENTO
1.49.1 ORIGEM DA ÁGUA UTILIZADA/CONSUMIDA E CAUDAIS
Na tabela seguinte são apresentadas as origens, utilizações e caudais de água consumidos no
estabelecimento.
Tabela 39 - Identificação das origens e caudais de água consumidos.
•Registos de segurança
•Plano de prevenção
•Plano de Emergência Interno
•Acções de sensibilização
•Simulacros
Medidas de Autoprotecção
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CÓDIGO
ORIGEM
LICENÇA ARMAZENAGEM CONSUMO
(m3/ANO)10 Tipo Coordenadas Geográficas
Longitude Latitude
AC1 FR1 Furo vertical - 8.671088 39.455565 ARHT/1442.09/T/A.CA.F NA 22 781
AC2 OT1 Rede
Pública
--- --- ---- NA 19
Legenda: NA – Não aplicável; FR – Furo; RT – Redes de terceiros, OT - Outra.
AC1 - Furo 1 Contador da Rede pública
Contador AC1
1.49.2 USOS/SISTEMA DE TRATAMENTO
Tabela 40 - Identificação das utilizações de água.
CÓDIGO UTILIZAÇÕES SISTEMA TRATAMENTO
OBSERVAÇÕES Sim Não Tipo
AC1 RG
PI
Rega
Preparação de caleiros
Adição de
Hipoclorito de sódio
AC2 DM Instalações sanitárias e refeitório NA
Legenda: NA – Não aplicável; RG – Rega; PI – Processo Industrial; DM: doméstica (instalações sanitárias, balneários, refeitório/cantina).
10 Valor referente ao ano de 2013
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1.49.3 TRATAMENTO DE ÁGUAS
1.49.4 ÁGUA ALIMENTAÇÃO AO GERADOR DE VAPOR E CALDEIRA DE ÁGUA QUENTE
A qualidade da água de alimentação ao gerador de vapor e caldeira de produção de água quente é um fator
fundamental para o bom funcionamento do sistema, como tal a água de alimentação é submetida a um
tratamento composto por descalcificação [permuta íonica para remoção do cálcio e magnésio] e adição de
produtos químicos para acondicionamento da água de forma a evitar a corrosão e formação de depósitos de
calcário.
1.49.4.1 SISTEMA DE DESCALCIFICAÇÃO
Para tratamento da dureza da água, existe no estabelecimento um
sistema de descalcificação volumétrico cujo processo consiste na
redução da dureza da água utilizando uma da resina de permuta iónica,
onde se removem os catiões de cálcio e magnésio, responsáveis pela
dureza conferida à água.
Quando a resina atinge a saturação tem de ser regenerada com uma
solução saturada de cloreto de sódio, onde se processa novamente a
troca iónica, ficando os iões de sódio retidos na resina, libertando o cálcio
e o magnésio na forma de cloretos.
Deste modo o tratamento de água de caldeiras realizado previne as seguintes anomalias:
• Corrosão provocada pelo vapor e água do gerador;
• Formação de incrustações e depósitos nas paredes dos tubos e tubulações; e
• Arrastamento de materiais contaminantes da água da caldeira para as demais partes do sistema de
vapor, como redes, válvulas e turbinas.
Na tabela seguinte encontram-se apresentadas as características técnicas do equipamento de tratamento
da água de alimentação ao gerador de vapor.
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Tabela 41 - Características do equipamento de tratamento água.
EQUIPAMENTO QUANTIDAD
E
VOLUME
OBSERVAÇÕES
Coluna descalcificadora 1 300 m3 Sistema Simplex
Depósito de preparação de
salmoura
1 500 L
1.49.4.2 ACONDICIONAMENTO DA ÁGUA DESCALCIFICADA
O acondicionamento da água descalcificada é realizado no tanque de condensados sendo efetuado o
doseamento de produtos formulados para a remoção de oxigénio e impedir a incrustação das tubagens,
recorrendo a uma bomba doseadora.
A referida bomba doseadora, encontra-se localizada junto ao depósito de alimentação das caldeiras (depósito
de condensados) que alimenta a caldeira geradora de vapor e a caldeira geradora de água quente.
O sistema de doseamento é composto por:
• Bomba doseadora diafragma com motor com sistema acoplado on/off – a dosagem de solução é
efetuada quando o gerador de vapor está em funcionamento.
• Cuba de armazenamento - Depósito em PP para preparação da solução.
• Sonda de nível em PP resiste à corrosão - Quando o tanque de solução atinge um baixo valor, a sonda
emite um sinal para desligar a bomba de modo a não ocorrer desgaste pelo trabalho a seco.
1.49.5 ÁGUA ALIMENTAÇÃO AOS FOULONS
Após o tratamento de descalcificação e de remoção do oxigénio presente na água esta é encaminhada ao
gerador de vapor ou à caldeira de água quente. A caldeira de água quente alimenta o depósito horizontal
(DP02) tendo a anterior permanentemente água quente. Já a caldeira de vapor através de um sistema de
serpentinas aquece a água à temperatura ambiente contida no depósito vertical (DP01).
SISTEMA DE DOSEAMENTO CARACTERÍSTICAS
Substância doseada: BOTAN FT 95/ BOTAN SR 95
Volume: 50 L
Abastece: 1 bomba doseadora
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Nas tabelas de equipamentos em anexo encontram-se apresentadas as características dos depósitos de
armazenagem de águas quentes.
1.49.6 REUTILIZAÇÃO OU RECIRCULAÇÃO DE ÁGUAS DO PROCESSO
Não aplicável.
1.50 ÁGUAS RESIDUAIS
1.50.1 ORIGEM E CAUDAL
Na tabela seguinte são identificadas a origem, o local e o caudal de águas residuais estimado.
Tabela 42 - Origem, local e o caudal de águas residuais estimado.
TIPO DE
ORIGEM
(1)
LOCAL GERADOR
CAUDAL DESCARGA MODO DETERMINAÇÃO
DO CAUDAL DE
DESCARGA(2)
CÓDIGO LOCAL
DE DESCARGA OBSERVAÇÕES MÉDIA
DIÁRIO (m3/dia)
MÉDIO
ANUAL (m3/ano)
IN
Ribeira e Pavimentos 79 19894 MC ED1
Curtume ND ND ES Tanque Águas residuais com
crómio
DM IS, Balneários ND ND ES ED2 Ano 2016: 15
trabalhadores
Legenda: (1) DM: Doméstico; PL: Pluvial; IN: Industrial; DI: Doméstico + Industrial; OT: Outro.
(2) MC: Método de cálculo; ES: Estimativa.
1.50.2 PONTO E REGIME DE DESCARGA
Tabela 43 - Caracterização do ponto e regime de descarga.
TIPO DE
ORIGE
M (1)
PONTO DE DESCARGA REGIME DE DESCARGA Coordenadas
Geográficas
Local de
Descarga
Meio de
Descarg
a (2)
Nome do Recetor Sistema
de
Descarg
a
Tip
o (3)
h/di
a
d/mê
s
Semana
/
ano Long Lat
IN - 8,671659 39,455729 ED1 CI ETAR/AUSTRA Caixa de
Visita
C 3 20 52
IN - 8,671732 39,455984 Tanque CT SIRECRO/AUSTR
A
Recolha
pela
AUSTRA
NA --- --- ---
DM ND ND --- CM --- ETAR da
Câmara
E --- --- ---
Legenda: (1) DM: Doméstico; PL: Pluvial; IN: Industrial; DI: Doméstico + Industrial; OT: Outro.
(2) CM: Coletor Municipal seguido de ETAR; CI: Coletor Industrial seguido de ETAR; CS: Coletor Misto seguido de ETAR; CN: Coletor Não
seguido de ETAR; CR: Cisterna; CT: Camião-Tanque ET: Entrega a Terceiros; OT: Outro (especifique na coluna Observações);
(3) C: descarga contínua; D: descarga descontínua; E: descarga esporádica (indicar periodicidade na coluna Observações, p.e. 2
horas/dia; 1 hora, 2 vezes por semana); P: descarga potencial (indicar causa na coluna Observações: derrames acidentais, esvaziamento
de reservatórios, etc.);
1.50.3 TRATAMENTO
Na tabela seguinte é apresentado o tipo de tratamento efetuada ás águas residuais geradas na unidade bem
como as linhas afetas ao mesmo.
Tabela 44 - Tipo de tratamento efetuada para as águas residuais geradas - Linhas de Tratamento.
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Origem das
águas
residuais
Código ponto
de descarga Etapas de Tratamento Observações
LT01 ED1 TM:
Tamisação GR: Gradagem
HM:
Homogeneização
Encaminhadas para o coletor
da entidade gestora: AUSTRA
LT02 ED2 TM:
Tamisação
As águas encaminhadas
para o tanque de
armazenagem apenas
sofrem uma tamisação
LT03 ED3 As águas residuais do tipo
doméstico não são sujeitas a
tratamento.
Legenda: (1) GR: Gradagem; TM: Tamisação; DO: Desoleador; NT: Neutralização; HM: Homogeneização; FL: Floculação; DC: Decantação;
LG: Lagunagem; DB: Discos Biológicos; LP: Leitos Percoladores; LA: Lamas Ativadas; FS: Fossa Séptica; FC: Fossa Séptica com Instalação
Complementar, TA: Tratamento Anaeróbio; AR: Arrefecimento.
1.50.4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUAIS INDUSTRIAIS
O estabelecimento gera duas tipologias distintas de água residuais:
• Águas residuais mistas: provenientes dos processos associados á ribeira e pavimentos,
• Águas residuais com crómio: provenientes dos processos associados á curtimenta (banhos de
crómio).
• Águas sulfuradas: provenientes de processos associados à ribeira.
O sistema de tratamento para as águas residuais mistas é constituído pelas seguintes etapas:
1. Gradagen,
2. Tamisagem,
3. Tanque de dessulfuração,
4. Homogeneização,
5. Medição de caudal.
6. Descarga em coletor industrial.
As águas residuais mistas são descarregadas no coletor com destino á ETAR de Alcanena.
Já no que respeita às águas residuais provenientes dos banhos de crómio o seu processo de tratamento
consiste na passagem por um tamisador, com a finalidade de reter as partículas sólidas de maior dimensão,
seguindo-se o encaminhamento para o tanque de armazenagem de banhos crómio. A recolha das referidas
águas é efetuada periodicamente pela associação AUSTRA encaminhando o efluente para a sua unidade
onde é realizada a recuperação de crómio.
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FLUXOGRAMA
Industria de Curtume
(1)
Caleiro
Gradagem
Tanque de sulfuretos
(2)
Conduta Mista
(3)
Curtume
Tamisagem
Caixa de Separação
Efluente com sulfuretos?
SIM
Gradagem
Tamisagem
NÃO
Tanque de Homogeneização
Medidor de caudal
Caixa de Visita
ETAR/AUSTRA
Tamisagem
Tanque de crómio
SIRECRO/AUSTRA
Recolha efluente(camião cisterna)
1.50.5 MONITORIZAÇÃO
As recolhas de amostras são realizadas pela entidade gestora (AUSTRA), enquadrando-se o estabelecimento
enquadrado na classe 2 – Unidade Industrial de curtumes que processe pele em bruto – ciclo completo
crómio de acordo com o definido no ponto 1 do artigo nº 8 do regulamento do sistema de águas residuais de
Alcanena, aprovado em assembleia geral de 17 de março de 2014.
Os parâmetros a monitorizar e respetivos valores limite encontram-se estabelecidos no Quadro A – Valores
Máximos Admissíveis das águas residuais a rejeitar no Sistema de Alcanena [VMA11] e no Quadro B– Valores
11 VMA – Valor Máximo Admissível, entendido como valor médio diário determinado com base numa amostra, representativa de água
residual, descarregada no período laboral
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Máximos Admissíveis pontuais das águas residuais a rejeitar no Sistema de Alcanena [VMAP12] do Anexo I do
referido regulamento.
Tabela 45 - Programa de autocontrolo.
LOCAL DE
AMOSTRAGEM
PARÂMETRO CL2 [MG/L] METODOLOGIA FREQUÊNCIA DE
AMOSTRAGEM VMA VMAP
Caixa à saída
da EPTARI
(Efluente)
pH --- 3 a 12.5 Escala de Sorenson Não definida
Amostragem e
controlo
executado pela
AUSTRA
SST 10000 30000 Não definido
CQO 12000 36000 Não definido
Cloretos 12000 36000 Não definido
Sulfuretos 7.5 60 SMEWW, 4500-S2, D
Crómio TOTAL 90 150 SMEWW, 3500-Cr, D
Gorduras 500 700 Não definido
Contador à
saída da EPTARI
Caudal --- --- Medição Diário
Tabela 46 - Identificação do ponto de amostragem e respetivas coordenadas.
LOCAL DE AMOSTRAGEM COORDENADAS GPS
Efluente
Longitude: - 8,671659
Latitude: 39,455729
1.50.6 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA
Na tabela seguinte apresentamos os resultados da caracterização efetuada durante o ano de 2015.
Tabela 47 - Caracterização qualitativa das águas residuais antes e após tratamento.
Data Laboratório N.º relatório pH Sulfuretos Crómio
--- --- E.S. mg/L mg O2/L
13/04/2015 AUSTRA 049/15 6,9 ---- <0,2
14/04/2015 4,1 ---- <0,2
15/04/2015 6,8 ---- <0,2
16/04/2015 8,3 ---- <0,2
17/04/2015 ---- ---- ----
12 VMAP – Valor Máximo Admissível Pontual, entendido como valor determinado com base numa amostra aleatória pontual
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20/07/2015 088/15 5,5 ---- <0,2
21/07/2015 5,1 ---- <0,2
22/07/2015 5,2 ---- <0,2
23/07/2015 ---- ---- ----
24/07/2015 ---- ---- ----
21/09/2015 104/15 8,9 ---- 5,5
22/09/2015 7,1 ---- 26,8
23/09/2015 3,0 ---- <0,2
24/09/2015 ---- ---- ----
25/09/2015 ---- ---- ----
Valor médio 6,1 ---- 3,4
VMA (Regulamento do sistema de águas residuais de
Alcanena)
--- 7.5 90
VMAP 3 a 12.5 60 150
1.51 EFLUENTES GASOSOS
1.51.1 ORIGEM DOS EFLUENTES
Na tabela seguinte são apresentadas as fontes de emissão existentes na unidade, bem como os
equipamentos associados às mesmas.
Tabela 48 - Fontes de emissão para a atmosfera.
CÓDIGO13 REF. INTERNA ORIGEM DA EMISSÃO OBSERVAÇÕES
Fontes Pontuais
FF1
GV01 Instalação de Combustão - Gerador de
vapor
GAQ01 Caldeira de produção de águas quentes
FF2 FF2 Lavador de gases associado ao tanque
de sulfuretos
Fontes Difusas
ED1 CC1 Depósito de fuelóleo Operações de carga e descarga
ED2 CC2 Gás natural No fornecimento á caldeira
ED3 --- Fumos de soldadura A periodicidade depende dos trabalhas a
realizar
ED4 --- Fugas Em flanges, válvulas e tubagens
ED5 --- Empilhadores a Diesel A periodicidade depende da utilização
1.51.2 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
13 FF – Fonte Fixa e ED – Emissão Difusa
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Na tabela seguinte são apresentados os limiares mássicos mínimos e identificado para a Fonte Fixa existente
no estabelecimento e as respetivas cargas poluentes emitidas de acordo com o relatório técnico de efluentes
gasosos n.º 2016/01241 emitido pelo Centro tecnológico de indústrias do couro (CTIC).
Tabela 49 - Limiares mássicos mínimos e respetivos valores medidos.
PARÂMETRO A
Limiar mínimo FF01
Pts [Kg/hora] 0,5 0,2
SO2 [Kg/hora] 2 1,9
NO2 [Kg/hora] 2 1,1
CO [Kg/hora] 5 0,58
COV [Kg/hora] 2 0,039
COVNM [Kg/hora] 1,5 ----
H2S [Kg/hora] 0,05 0,0047
Metais I 0,001 ----
Metais II 0,005 ----
Metais III 0,025 ----
1.51.3 DIMENSIONAMENTO DAS CHAMINÉS
Em anexo apresenta-se o parecer sobre altura das chaminés emitido pela CCDRLVT.
1.51.4 TOMAS DE AMOSTRAGEM
As tomas de amostragem cumprem os requisitos definidos na NP 2167.
1.51.5 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS DESTINADAS À SUA MINIMIZAÇÃO E TRATAMENTO
Nada a assinalar.
1.52 RESÍDUOS14
1.52.1 INTRODUÇÃO
A empresa encontra-se registada no SILIAMB, submetendo anualmente o formulário MIRR.
1.52.2 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Conforme definido no ponto 1.33.8 da presente memória descritiva.
14 Neste capítulo apenas são apresentados os resíduos gerados no estabelecimento, à exceção dos gerados no processo fabril, sendo
os mesmos identificados e descritos no capítulo afeto à descrição do processo fabril
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1.52.3 DESCRIÇÃO DAS MEDIDAS INTERNAS DESTINADAS À SUA REDUÇÃO, VALORIZAÇÃO E
ELIMINAÇÃO
Não são esperadas a implementação de qualquer medida interna de minimização de resíduos.
1.52.4 MEDIDAS DE REUTILIZAÇÃO E VALORIZAÇÃO
Não são esperadas a implementação de qualquer medida interna de reutilização e valorização de resíduos.
1.52.5 GESTÃO DOS RESÍDUOS PRODUZIDOS
Não existem medidas internas especiais de redução deste tipo de resíduo, existindo unicamente uma gestão
cuidadosa na sua gestão e uso de edifício específico para a sua armazenagem.
A gestão de resíduos a implementar na unidade fabril assenta nos seguintes pressupostos:
• Os resíduos com características diferentes são separados;
• A assegurar uma correta e adequada gestão de resíduos e que as empresas são operadores
recomendados pelo Instituto de Resíduos para fazer essa gestão,
• Armazenagem temporária dos resíduos nas próprias instalações, de forma a não causar danos para
o ambiente ou para a saúde humana,
• Entrega a entidades licenciadas para armazenagem, tratamento ou valorização dos resíduos,
• Quando o destino a atribuir a determinado resíduo é a entrega a terceiros, a empresa garante-se que
se trata de entidade licenciada para o receber e que o seu transporte é acompanhado da respetiva
guia de acompanhamento de resíduos (modelo n.º 1428 da INCM), a qual é adequadamente
preenchida.
1.53 RUÍDO AMBIENTE
1.53.1 ENQUADRAMENTO DO ESTABELECIMENTO NA ENVOLVENTE
A envolvente do estabelecimento é caracterizada por edifícios habitacionais a Norte, Oeste e Sul e edifícios
pertencentes a uma unidade fabril.
As habitações mais próximas ficam a cerca de 50 metros.
1.53.2 IDENTIFICAÇÃO DAS FONTES DE EMISSÃO DE RUÍDO
Ver capítulo 1.47.3.2 Ruído.
1.53.3 CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO RUÍDO PARA O EXTERIOR
Ver em anexo relatório da avaliação do ruido ambiente.
1.53.4 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E CONTROLO
Nada para assinalar.
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11 TIPOS DE ENERGIA UTILIZADA E PRODUZIDA NO
ESTABELECIMENTO
1.54 INDICAÇÃO DOS TIPOS DE ENERGIA UTILIZADA EXPLICITANDO O RESPETIVO
CONSUMO EVIDENCIADO A SUA UTILIZAÇÃO RACIONAL
A tabela seguinte apresenta a capacidade de armazenagem e o consumo anual de energia estimado para a
unidade.
Tabela 50 - Energia utilizada.
Código Tipo Tipo Deposito Proveniência Capacidade de
Armazenamento Consumo anual Observações
CC03 GN: Gás Natural
Subterrâneo Externa NA 26 304 t/ano
CC04 EE: Energia Elétrica
Subterrâneo Externa NA 433 821 Kwh
1.55 INDICAÇÃO DOS TIPOS DE ENERGIA PRODUZIDA NO ESTABELECIMENTO
A tabela abaixo identifica as tipologias de energias produzidas na instalação.
Tabela 51 - Energia produzida.
Código Origem
Tipo Energia
ou Produto
Energético
Gerado
Un.
Quantidade
Gerada
Anualmente
Destino/Utilização
para Consumo
Próprio
Percentagem
para
Consumo
Próprio
Percentagem
para Venda Observações
EP01
Caldeiras
produção
de vapor
ET: Energia
Térmica t Nd Processo fabril 100% 0%
12 PROJETO ELÉTRICO
1.56 PEDIDO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE ELETRICIDADE15
Não aplicável.
1.57 PEDIDO DE APROVAÇÃO DO PROJETO DE PRODUÇÃO DE ENERGIA TÉRMICA
Não aplicável.
15 Nos termos da legislação aplicável, caso o requerente opte pela sua entrega junto da entidade coordenadora ao abrigo da alínea a)
do n.º 1 do artigo 19.º do SIR
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1.58 APROVAÇÃO DO PROJETO DE ELETRICIDADE
Não aplicável.
13 ARTICULAÇÃO COM OUTROS REGIMES
1.59 EMISSÃO DE GASES COM EFEITO DE ESTUFA (CELE)
Pedido de título de emissão de gases com efeito de estufa, nos termos do regime de comércio de licenças
de emissão de gases com efeito de estufa, quando exigível nos termos da legislação aplicável.
1.59.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO
O Decreto-Lei n.º 154/2009 de 6 de julho estabelece a criação de um regime de comércio de licenças de
emissão de gases com efeito de estufa.
O presente diploma aplica-se às emissões provenientes das atividades constantes do Anexo I ao presente
decreto-lei, do qual faz parte integrante, e aos gases com efeito de estufa.
1.59.2 ABRANGÊNCIA
Após a comparação das atividades mencionadas no anexo I bem como os limiares associados às
mesmas verificou-se que a unidade não se encontra abrangida pelo Decreto-Lei nº 154/2006 de
julho, como se pode constatar na tabela seguinte.
Tabela 52 - Avaliação da abrangência do estabelecimento no diploma CELE.
Atividade abrangida no ANEXO I Abrangência
Observações Sim Não
Atividades no sector da energia:
Instalações de combustão com uma potência térmica nominal superior a
20 MW (com exceção de instalações para resíduos perigosos ou
resíduos sólidos urbanos).
Potência térmica
nominal:
Total = 2,15 MW
Refinarias de óleos minerais
Fornos de coque
Produção e transformação de metais ferrosos:
Instalações de ustulação ou sinterização de minério metálico (incluindo
sulfuretos)
Instalações para a produção de gusa ou aço (fusão primária ou
secundária), incluindo vazamento contínuo, com uma capacidade
superior a 2,5 t por hora.
Indústria mineral:
Instalações de produção de clínquer em fornos rotativos com uma
capacidade de produção superior a 500 t por dia ou de cal em fornos
rotativos com uma capacidade de produção superior a 50 t por dia, ou
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Atividade abrangida no ANEXO I Abrangência
Observações Sim Não
noutros tipos de fornos com uma capacidade de produção superior a 50
t por dia
Instalações de produção de vidro, incluindo fibra de vidro, com uma
capacidade de fusão superior a 20 t por dia
Instalações de fabrico de produtos cerâmicos por cozedura,
nomeadamente telhas, tijolos, tijolos refratários, ladrilhos, produtos de
grés ou porcelanas, com uma capacidade de produção superior a 75 t por
dia e ou uma capacidade de forno superior a 4 m3 e uma densidade de
carga enfornada por forno superior a 300 kg/m3.
Outras atividades:
Instalações industriais de fabrico de:
Pasta de papel a partir de madeira ou de outras substâncias fibrosas
Papel e cartão com uma capacidade de produção superior a 20 t por dia
1.60 EMISSÃO DE COMPOSTOS ORGÂNICOS VOLÁTEIS PARA O AMBIENTE
1.60.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO
O Decreto-Lei n.º 127/2013 de 30 de agosto estabelece o regime de emissões industriais aplicável à
prevenção e ao controlo integrados da poluição, bem como as regras destinadas a evitar e ou reduzir as
emissões para o ar, a água e o solo e a produção de resíduos, a fim de alcançar um elevado nível de proteção
do ambiente no seu todo, e transpõe para a ordem jurídica interna a Diretiva n.º 2010/75/UE, do Parlamento
Europeu e do Conselho, de 24 de novembro de 2010, relativa às emissões industriais (prevenção e controlo
integrados da poluição).
No CAPÍTULO V (Instalações e atividades que utilizam solventes orgânicos) define que as instalações e
atividades que utilizam solventes orgânicos, previstas no anexo VII do presente decreto-lei, notificam a APA,
I.P., para efeitos do registo nacional de COV, da informação constante na parte 9 do referido anexo, através
do balcão único.
1.60.2 ABRANGÊNCIA
A atividade desenvolvida no estabelecimento não se encontra listada no Anexo VII, pelo que o mesmo não se
encontra abrangido pelo Decreto-Lei n.º 127/2013 de 30 de agosto, como se pode constatar na tabela
seguinte.
Tabela 53 - Avaliação da abrangência.
CATEGORIA DAS ATIVIDADES
ANEXO VII do decreto-lei n.º 127/2013 de 30 de agosto de 2013
ABRANGIDA
SIM NÃO
2 - Revestimentos adesivos
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3 - Atividade de revestimento
3 a) Qualquer dos seguintes veículos16s
3 b) Superfícies metálicas e plásticas de aviões, barcos, comboios, etc.;
3 c) Superfícies de madeira;
3 d) Têxteis, tecidos, películas e superfícies de papel;
3 e) Curtumes.
4 - Revestimento de bobinas
5 - Limpeza a seco
6 - Fabrico de calçado
7 - Produção de misturas para revestimentos, vernizes, tintas de impressão e adesivos
8 - Fabrico de produtos farmacêuticos
9 - Impressão
10 - Processamento de borracha
11 - Limpeza de superfícies
12 - Extração de óleos vegetais e gorduras animais e refinação de óleos vegetais
13 - Retoque de veículos
14 - Revestimento de fios metálicos para bobinas
15 - Impregnação de madeira
16 - Fabrico de laminados de madeira e plástico
O estabelecimento não está abrangido por este regime jurídico.
1.61 REGIME DE PREVENÇÃO E CONTROLO DAS EMISSÕES DE POLUENTES
PARA A ATMOSFERA
1.61.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO
O Decreto-Lei n.º 78/2004, de 3 de abril, tem como objetivo estabelecer o regime da prevenção e controlo
das emissões de poluentes para a atmosfera, fixando os princípios, objetivos e instrumentos apropriados à
garantia de proteção do recurso natural ar, bem como as medidas, procedimentos e obrigações dos
operadores das instalações abrangidas, com vista a evitar ou reduzir a níveis aceitáveis a poluição
atmosférica originada nessas mesmas instalações.
1.61.2 ABRAGÊNCIA
16 As atividades de revestimento não incluem o revestimento de substratos com metais por técnicas eletroforéticas e pulverização
química. Caso a atividade de revestimento inclua uma fase em que o produto seja objeto de impressão por qualquer tipo de técnica,
essa fase é considerada parte integrante da atividade de revestimento. Não se incluem, contudo, as atividades de impressão autónomas;
estas podem, porém, ficar abrangidas pelo capítulo V do decreto-lei 127/2013 se a atividade de impressão se integrar no seu âmbito
de aplicação.
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O estabelecimento está abrangido pelo presente regime uma vez que possui uma fonte fixa de emissão
atmosférica FF1 associada a duas fontes de emissão: gerador de vapor (GV01) e caldeira de produção de
água quente (GQA01) com potência térmica nominal superior a 100 kWth.
1.62 REGIME DE PREVENÇÃO E CONTROLO DA POLUIÇÃO SONORA
1.62.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO
O Decreto-Lei n.º 9/2007, de 17 de janeiro, aprova o Regulamento Geral do Ruído, o qual, tem como objetivo
estabelecer o regime de prevenção e controlo da poluição sonora, visando a salvaguarda da saúde humana
e o bem-estar das populações.
1.62.2 ABRANGÊNCIA
O operador do estabelecimento deve efetuar medições do ruído ambiente no caso de serem apresentadas
queixas, caso venham se verifique alguma das situações descritas na tabela seguinte.
Tabela 54 – Avaliação da obrigatoriedade de realização de avaliação acústica.
OBRIGATORIEDADE DE AVALIAÇÃO ACÚSTICA OCORREU?
OBSERVAÇÕES
Sim Não
Estabelecido na DIA
Existência de reclamações relativas ao ruido
Ocorrerem alterações na instalação que possa ter interferência direta com
os níveis sonoros anteriormente existentes?
Ocorreram alterações implicam o aumento de equipamentos com emissões
sonoras para o exterior, o aumento do n.º de horas de funcionamento de
equipamentos ou alteração da sua disposição, que faça prever o aumento
do nível sonoro nos recetores sensíveis?
Aumento de
equipamentos com
emissões sonoras.
1.63 RECURSOS HÍDRICOS
1.63.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO
O Decreto-Lei n.º 226-A/2007, de 31 de maio, estabelece o regime da utilização dos recursos hídricos no
qual se enquadram as captações de água, superficiais e subterrâneas, e a descarga de águas residuais em
domínio hídrico.
1.63.2 ABRAGÊNCIA
Encontra-se abrangidos pelo presente regime jurídico os estabelecimentos que possuam captações da água
subterrânea e/ou efetuem descarga de águas residuais proveniente da ETARI, sendo detentor de títulos de
utilização de recursos hídricos para as diferentes utilizações.
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Para o efeito o operador é detentor de título de utilização de recursos hídricos para captação de águas
subterrâneas, encontrando-se obrigado a comunicar à entidade competente o autocontrolo de acordo com o
definido nos referidos títulos de utilização.
TIPO LICENÇA/COMUNICAÇÃO PRÉVIA Id.ª ABRANGIDO?
OBSERVAÇÕES Sim Não
Captação de Água
Subterrânea ARHT/1442.09/T/A.CA.F AC1
Rejeição de Águas
Residuais
Declaração AUSTRA de 09 de
fevereiro de 2006 CI
Coletor de responsabilidade
da AUSTRA
Apenas a captação subterrânea do estabelecimento se encontra abrangida pelo presente regime.
1.64 REGIME GERAL APLICÁVEL À PREVENÇÃO, PRODUÇÃO E GESTÃO DE
RESÍDUOS
1.64.1 ENQUADRAMENTO LEGISLATIVO
O Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho, que altera e república o Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de
outubro, aplica-se às operações de gestão de resíduos destinadas a prevenir ou reduzir a produção de
resíduos, o seu carácter nocivo e os impactes adversos decorrentes da sua produção e gestão, bem como a
diminuição dos impactes associados à utilização dos recursos, de forma a melhorar a eficiência da sua
utilização e a proteção do ambiente e da saúde humana.
1.64.2 ABRANGÊNCIA
O presente regime aplica-se ao estabelecimento no âmbito do registo de dados como produtor de resíduos
não urbanos, previsto na alínea a), do ponto 1, do artigo 48.º do Decreto-Lei n.º 73/2011, de 17 de junho,
na sua redação atual (RGGR), através do Mapa Integrado de Registo de Resíduos (MIRR).
O estabelecimento está abrangido por este regime jurídico submetendo anualmente o Mapa Integrado de
Registo de Resíduos (MIRR).
1.65 SEGURANÇA ALIMENTAR
Pedido de atribuição do número de controlo veterinário ou de aprovação, no caso de estabelecimentos que
manipulem matéria-prima de origem animal, nos termos da legislação aplicável.
O estabelecimento encontra-se abrangido por este regime jurídico tendo sido atribuído o Número de Controlo
Veterinário – RST014.
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PGI.01_IP.05 (01)
1.66 REGULAMENTO DE INSTALAÇÃO, DE FUNCIONAMENTO, DE REPARAÇÃO E
DE ALTERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO (ESP)
1.66.1 REFERENCIAL LEGISLATIVO
O DL n.º 90/2010 de 22 de julho tem por objeto a aprovação do Regulamento de Instalação, de
Funcionamento, de Reparação e de Alteração de Equipamentos sob Pressão, aos quais os mesmos ficam
sujeitos aos procedimentos previsto no presente regulamento.
O presente Regulamento aplica-se a todos os Equipamentos sob Pressão (ESP) destinados a conter um fluido
— líquido, gás ou vapor — a pressão superior à atmosférica, a todos os ESP usados, a todas as instruções
técnicas complementares (ITC) que definam, entre outros critérios, os relacionados com o projeto e a
construção de determinadas famílias de equipamentos (artigo 2.º).
1.66.2 REQUISITOS DE REFERÊNCIA
A tabela seguinte identifica os equipamentos sob pressão existentes no estabelecimento bem como as
respetivas características e verifica a sua abrangência de acordo com o estabelecido no Decreto-Lei nº
90/2010 de 22 de julho.
Tabela 55 – Identificação dos equipamentos sob pressão existentes na unidade e respetivas características.
EQUIPAMENTOS SOB PRESSÃO
CARACTERÍSTICAS
ABRANGÊNCIA
Ref.ª Tipo SIM NÃO
GV01 Gerador Vapor
Volume: 5000 Litros
PS: 10 bar
PS x V = 50 000 bar.L
RAC01 Reservatório de Ar Comprimido PS: 7,84 bar
PS x V = 7840 bar.L
RAC02 Reservatório de Ar Comprimido
Volume: 100 Litros
PS: 10 bar
PS x V = 1000 bar.L
RAC03 Reservatório de Ar Comprimido
Volume: 270 Litros
PS: 7,84 bar
PS x V = 2117 bar.L
No que respeita à avaliação de abrangência dos equipamentos dos equipamentos pressão foram realizadas
fichas de avaliação de abrangência de acordo com o estabelecido no pelo DL n.º 90/2010 de 22 de julho e
as respetivas características do ESP, juntando as mesmas em anexo.
1.66.3 DESPACHOS – INSTRUÇÕES TÉCNICAS COMPLEMENTARES
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Curtumes Boaventura, Lda Memória descritiva de alterações instalação 18.CBO.A.LIC.SIR.01 Junho/2018 88 _ 90
PGI.01_IP.05 (01)
Despacho nº 1859/2003 (2ª série) de 30 de janeiro - Aprova a Instrução Técnica Complementar (ITC) para
recipientes sob pressão de ar comprimido (RAC), definindo as regras técnicas aplicáveis.
As condições de instalação dos equipamentos, os órgãos de segurança afetos aos mesmos, devem seguir as
instruções mencionadas nas respetivas Instruções Técnicas Complementares.
14 TERMO DE RESPONSABILIDADE
Aceitação do termo de responsabilidade a que se refere o n.º 3 do artigo 33.º do SIR disponibilizado no
Balcão do Empreendedor, sempre que a atividade ou operação a exercer no estabelecimento industrial
esteja abrangida por licença ou autorização padronizada nos domínios do ambiente, da segurança e saúde
no trabalho e da segurança alimentar, no qual o requerente declara conhecer e cumprir todas as condições
constantes das licenças ou autorizações padronizadas em causa.
O estabelecimento não está abrangido por este termo de responsabilidade uma vez que se trata de um
estabelecimento de tipo 1.
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Curtumes Boaventura, Lda Memória descritiva de alterações instalação 18.CBO.A.LIC.SIR.01 Junho/2018 89 _ 90
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15 ANEXOS
Na tabela seguinte encontram-se listados os anexos que fazem parte integrante da presente memória
descritiva.
Tabela 56 - Identificação dos anexos da memória descritiva.
Identificação
18.CBO.A.LIC.SIR.01_FluxogramaProcesso.pdf
18.CBO.A.LIC.SIR.01_ListaEquipamentos.pdf
2007-01-03_CCDR_OF_2007-00209-S_CBO_A_ParecerAlturaChamine.PDF
2014-12-29_CTIC_RelatorioRuidoAmbiental.PDF
2016-03-04_IAPMEI_TituloExploracao_5110-2016-1.pdf
2016_2015_BoletinsAnaliticosAustra.PDF
2017-03-23_CBO_PLO_MIRR_APA_ComprovativoMIRR2016.pdf
2018-03-23_CBO_PLO_MIRR_APA_ComprovativoMIRR2017.pdf
2019-08-05_IPQ_ESP_96-GV-2014_2014-10-24_CBO_A_GV10209-L$CaldeiraNafta.pdf
CertidaoPermanente_Val_24-11-19.PDF
SP_APA_CAS_ARHT-1442.09-T-A.CA.F_2009-05-12_CBO_A_CaptacaoAC1.PDF
SP_AUSTRA_ADC_X_CBO_A_DeclaracaoDescargaAUSTRA.PDF
LICENCIAMENTO
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MÊS/ANO PÁG _ TOTAL
Curtumes Boaventura, Lda Memória descritiva de alterações instalação 18.CBO.A.LIC.SIR.01 Junho/2018 90 _ 90
PGI.01_IP.05 (01)
16 PLANTAS
Na tabela seguinte encontram-se listados as plantas que fazem parte integrante da presente memória
descritiva.
Tabela 57 – Identificação das plantas em anexo à memória descritiva.
Identificação
Planta01_Sintese.pdf
Planta02_LocalizacaoCaptacoesAgua.pdf
Planta03_LocalizacaoFontesFixas.pdf
Planta04_LocalizacaoCombustiveis-Energia.pdf
Planta05_LocalizacaoPontosRejeicaoAguasResiduais.pdf
Planta06_LocalizacaoEquipamentosSobPressao.pdf
Planta07_LocalizacaoParquesResiduos.pdf
Planta08_Alteracoes.pdf
Planta09_EquipamentoEdifico3Etari.pdf
Planta10_EquipamentoEdificio1-2-3.pdf