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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Produção Didático-Pedagógica
Versão Online ISBN 978-85-8015-053-7Cadernos PDE
VOLU
ME I
I
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL - PDE
CADERNO PEDAGÓGICO
Região Oeste Paranaense Por uma História de sua Cultura
LUCIANA EMÍLIA ROHDE
PARANÁ 2010
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO Superintendência da Educação
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais Programa de Desenvolvimento Educacional
Unioeste - Universidade Estadual do Oeste do Paraná
Região Oeste Paranaense
Por uma História de sua Cultura
LUCIANA EMÍLIA ROHDE
PARANÁ
2010
Região Oeste Paranaense - Por uma História de sua Cultura
Luciana Emilia Rohde
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AUTOR A: Profª. Luciana Emília Rohde
ORIENTADOR : Prof. Dr. Valdir Gregory
ÁREA PDE: História/ História do Paraná
NRE: Toledo
IES VINCULADA: Unioeste
COLÉGIO DE IMPLEMENTAÇÃO : C. E. Jardim Gisele
PÚBLICO ALVO DA INTERVEÇÃO: Alunos da 8ª série do Ensino
Fundamental anos finais, turno vespertino .
TEMA: A Representação da Cultura Local e a Cultura Comum.
TITULO: Região Oeste Paranaense – Por uma História de sua Cultura.
IDENTIFICAÇÃO
Região Oeste Paranaense - Por uma História de sua Cultura
Luciana Emilia Rohde
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1- Apresentação............................................................................................................. 6
1.1-Introdução............................................................................................................... 8
1.2.Metodologia ............................................................................................................. 10
2-UNIDADE I................................................................................................................ 14
2.1- Metacognição ......................................................................................................... 15
2.2 – Biblioteca .............................................................................................................. 16
2.3 – Colonização........................................................................................................... 17
2.4 - O Índio no Oeste Paranaense ............................................................................... 19
2.5 – Cultura.................................................................................................................. 21
2.6 – Religiosidade......................................................................................................... 28
3-UNIDADE II .............................................................................................................. 30
3.1 - Investigando a Imagem: A ocupação do território
paranaense..................................................................................................................... 31
3.2 - Analisando o filme: A Saga................................................................................... 33
3.3 - Investigando a Imagem: Paraná – imagens de uma
história de luta e trabalho............................................................................................. 35
4-UNIDADE III............................................................................................................. 36
4.1 - Doc. 1 – Cultura e Identidade: A Construção de
Memórias no Oeste do Paraná...................................................................................... 37
4.2 - Doc. 2 – Cultura e Identidade: A Construção de
Memórias no Oeste do Paraná...................................................................................... 38
SUMÁRIO
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Luciana Emilia Rohde
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4.3 - Doc. 3 – Região.................................................................................................... 39
4.4 - Doc. 4 – Região.................................................................................................... 39
4.5 - Doc. 5 – A Ideologia Etno-Cultural da Indústria
Madeireira Colonizadora Rio Paraná........................................................................ 40
5 – Encerramento........................................................................................................ 42
6 - Considerações Finais ............................................................................................. 43
7 – Referências ............................................................................................................ 44
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Luciana Emilia Rohde
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A opção deste trabalho - buscar conhecer as representações culturais do Oeste do Paraná
- se deu em função de perceber que algumas obras paranaenses, ao recontarem a história do
Estado, representaram cada região, utilizando-se de símbolos regionais.
Esses símbolos construíram, assim, um ideário de cultura paranaense, como percebido
no livro de Maria Auxiliadora Schmidt, intitulado Histórias do Cotidiano Paranaense, que
representou a região Oeste como sendo formada por missionários jesuíticos e povos indígenas,
pois utilizou como símbolos a igreja, a aldeia indígena e um barco de pescador, o que acabou por
construir um ideário cultural para aquela região.
Para analisar a Representação da Identidade Cultural do Oeste Paranaense e as
Tendências na Construção dessa Identidade, empregando como fonte as representações
imagéticas presentes em obras Paranaenses, filmes e materiais de divulgação das festas
populares, que abordam a História e a Cultura da Região, este trabalho terá ênfase, mais
especificamente, na contribuição da corrente historiográfica da Nova História Cultural, sendo
uma tendência mais contemporânea que propõe uma outra forma de interrogar a realidade e
procura ver as questões culturais sob o ponto de vista das representações simbólicas e tem em
Chartier um dos seus expoentes máximos.
Por meio das imagens e textos sobre a questão da “Representação Cultural da Região
Oeste do Paraná”, os alunos irão perceber a intenção do autor sobre esse tema, podendo compará-
lo com a realidade. Terão a oportunidade de analisar o período estudado e compreender as
mensagens descritas e mostradas nos livros. Poderão perceber que as imagens e os textos são
APRESENTAÇÃO
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representações culturais que mostram o modo de vida das pessoas em diferentes momentos e
lugares.
O uso da imagem como metodologia pedagógica apropriada dinamiza as aulas e facilita
a compreensão dos fatos históricos. Proporcionam uma outra forma de leitura da história, com
códigos e signos especiais, estimulando o interesse dos alunos pelos fatos históricos paranaenses
e mostrando que são sujeitos integrantes da história.
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Quem Constrói a História – tenta apresentar outra visão do fato histórico. A história da humanidade é escrita por várias mãos e “... um ponto de vista é visão de um ponto” podemos ver o fato histórico, objeto de estudo da História, de vários ângulos, e por que não ver do ponto de vista do homem simples, daquelas escolhas. Faz suas escolhas. Por que não ver do ponto de baixo?!?. (Jornal Diário de Pará de Minas, 2005)
Este Caderno Pedagógico está fundamentado nas Diretrizes Curriculares de História
para a Educação Básica (2008), que propuseram outro olhar para o estudo dessa disciplina,
valorizando os diferentes sujeitos históricos, em diferentes perspectivas a partir da utilização de
uma grande variedade de fontes, visando conhecer as ações humanas no tempo.
Essas novas possibilidades do estudo da História se deram em função das idéias
presentes nas correntes historiográficas da Nova Esquerda Inglesa, Nova História e Nova História
Cultural, as quais dialogam entre si e trazem grandes contribuições para a formação de um
pensamento histórico pautado em uma nova racionalidade histórica. Essa nova racionalidade se
pautou na quebra da linearidade como fim primeiro na busca do conhecimento histórico e
ampliou a noção de sujeito.
As relações culturais de uma sociedade permitem conhecê-la de forma ampliada, não se
fixando em apenas um aspecto, quer seja ele econômico, político, social ou cultural, pois estão
intrinsecamente relacionados. Essas práticas são aqui entendidas como sendo manifestações
culturais que partiram de um conjunto de valores e ideias, criando representações de uma
determinada sociedade. Segundo Chartier (1990, pág. 26), essas práticas e representações se
INTRODUÇÃO
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transformam em atos na medida em que os sujeitos históricos as reproduzem.
Para fixarem-se no meio social, utilizam-se de diferentes formas, sendo estas frutos de
vivências e experiências humanas como a música, o teatro, as imagens (fotografia, pintura,
desenho, dentre outros), criando representações de uma determinada sociedade ou um
determinado momento histórico e foram simbolicamente difundidos, perpetuando-se e
reconstruindo-se no tempo.
Pode-se, então, compreender as relações culturais de uma sociedade, sem abandonar o
rigor do conhecimento histórico, ao se considerar as diferentes práticas culturais dos sujeitos e ao
desenvolver uma consciência histórica.
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O objetivo central deste projeto é proporcionar parâmetros e temáticas para intervenção
pedagógica e fundamentar a pesquisa que propõe analisar e compreender a Representação da
Cultura local e a cultura comum, com a implementação de propostas metodológicas, aliadas às
tecnologias, na perspectiva de melhorar a qualidade do ensino de História do Paraná nas Escolas
Públicas do nosso Estado.
Os objetivos específico são:
Utilização das imagens como: linguagem apropriada; recurso didático e fonte
documental no ensino da História do Paraná, para compreender a representação no processo de
construção de um ideário cultural paranaense;
Provocar situações de aprendizagem nos diferentes níveis, da realidade Mundial ao
enfoque Regional, destacando aspectos econômicos, políticos, sociais e culturais, assim
despertando no aluno o interesse em resolver questões significativas para sua vida pessoal e
coletiva, já que é sujeito integrante da História;
Conciliar a utilização das imagens aos recursos tecnológicos disponíveis no Colégio, o
que desperta no aluno um comportamento participativo, criativo e interessado pela História do
Paraná e da região onde mora e desenvolve sua cultura;
Fazer levantamento, seleção e leitura de acervo bibliográfico disponível no Colégio, e,
assim, encaminhar os alunos para a iniciação à pesquisa e exploração do ambiente em que vivem
por meio dos diversos métodos de pesquisa e registro das atividades;
Confeccionar material didático-pedagógico em forma de álbum a partir de imagens
levantadas e selecionadas;
METODOLOGIA
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Levar os alunos a um processo ativo do conhecimento, apropriação e valorização de sua
herança histórica;
Estimular no espaço escolar a criação de um ambiente mais humano e criativo.
Para atingir os objetivos propostos adoto a metodologia de leitura da imagem de Erwin
Panofsky (1991, pág. 50), o qual, no seu livro Significado das artes visuais, propõe três passos,
que são: “tema primário” ou “natural”, constitui o mundo dos motivos artísticos e a identificação
de formas puras, que é factual ou expressional de gestos, poses e movimentos. “Temas
secundários” ou “convencionais”, constituindo o mundo das imagens, estórias e alegorias e que
faz da análise iconográfica um ato de interpretação. Encontra-se na relação existente entre o
objeto já identificado e o tema específico que ele representa. Significado “intrínseco”, ou
“conteúdo”, consiste na descoberta do mundo dos valores simbólicos. É a compreensão da
maneira pela qual, sob diferentes condições históricas, tendências da mente humana foram
expressas por temas específicos. Segundo Panofsky (1991, pág.50), todos os componentes da
imagem devem ser descritos e identificados com o maior cuidado para não cometer erros que
comprometam a real interpretação do seu significado.
Seguindo os passos de Rodriguez Dieguez (apud SANTOS, 2009, pág.06) que
desenvolveu um estudo sobre as funções didáticas da imagem definindo oito funções didáticas da
imagem dentro dos livros escolares:
Motivadora, responsável por cortar a monotonia de um texto escrito e despertar o interesse; Vicarial, que substitui a presença física de um objeto ou o uso de palavras; Catalisadora, que atua na reorganização do real; Informativa, que possui semelhança com a função vicarial, com exceção do fato de que a imagem nesse contexto ocupa papel central no discurso didático; Explicativa, serve para explicação gráfica de um processo ou seqüência de fatos; Facilitadora redundante, em que a interação texto-imagem se dá pela repetição exata do conteúdo textual através da imagem; Estética, que serve para equilibrar ou também quebrar a monotonia textual; Comprovadora, que atua na verificação de uma idéia ou processo.
Tendo como base norteadora o trabalho de Martins em: “Algumas idéias para uma
prática mais criativa nas aulas de Língua Portuguesa”, alguns procedimentos metodológicos serão
adotados para melhor desenvolvimento das atividades, tais como:
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A apresentação do professor e do
projeto
É fundamental que a apresentação seja
criativa, alegre e coerente.
Postura ao longo do ano
Manter o espírito aberto ao fluir da
criatividade. A criatividade deve ser
trabalhada.
Os 5 minutos antes da Ordem do
Dia
Por vezes, torna-se necessário acordar e
concretizar os "5 minutos antes da Ordem
do Dia". Momento de expressão das
emoções e tensões dos alunos. Ajuda a
estruturar a responsabilidade e a alicerçar a
cooperação para o resto da aula.
Método de Investigação –
Metacognição
Partir de situações problemas e realizar a
desconstrução, reconstrução e construção de
discursos. Idéias prévias e atividades de
metacognição. (ver o que aprendeu.).
Uso da imagem como metodologia
pedagógica apropriada
Na utilização das imagens como linguagem,
considerar as características da cultura,
refletindo sobre a educação da visualidade.
Uso de figuras e panfletos como
forma de dinamizar a expressão
imagética
O uso das figuras e panfletos não pretende
limitar o livre fluir das idéias dos alunos,
mas tão só espicaçá-los para os incontáveis
caminhos que podemos percorrer ao
escrever uma história.
Uso de suportes tecnológicos variados –
TV Multimídia; CD; Vídeo e imagens
variadas.
A imagem aparece na busca de
compreender como se escreve a história
através do conjunto de fenômenos que
constituem a cultura histórica de uma época.
Desenhos São normalmente bons incentivos
motivacionais para o aluno. A presença do
lápis de cor, da régua e da criatividade
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artística é, neste domínio, fundamental.
Uso da biblioteca
Estimula a convivência com ambiente
diferenciado e próprio para leituras e
estudos.
Grupos opostos: uma forma de
desenvolver o espírito crítico, a
capacidade de argumentação e a
expressão da oralidade.
Por vezes, na leitura de uma imagem ou
texto, deparamos com situações polêmicas,
em que as personagens tomam atitudes
contrárias.
Recolhas dos panfletos
(Presença permanente de dossiês na sala de
aula para guardar as recolhas que vão sendo
feitas pelos alunos e professor).
Promover a recolha de panfletos dos
acontecimentos regionais, enfatizando-se o
esforço e empenho dos alunos que fizeram a
recolha e, posteriormente, organizar e
divulgar em forma de álbum.
Uso do Laboratório de Informática e
Incentivo à pesquisa na internet
A Internet revolucionou o mundo. Não há
como deixar de reconhecer as mudanças
efetivadas pelo surgimento da rede mundial
de computadores e a entrada das
Tecnologias de Informação e Conhecimento
(TICs) na escola. O uso casado da Internet
com recursos básicos na sala de aula é
possível e necessário.
Confecção de álbum Incentiva e desenvolve a criatividade.
Entrega solene do álbum Estimula a participação e a sociabilidade.
Metodologia adequada para alcançar a
filosofia da escola
O Colégio deverá ser o local por excelência,
do aprendizado e da convivência.
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RELIGIOSIDADE
METACOGNIÇÃO
CULTURA
BIBLIOTECA
COLONIZAÇÃO
INDIO
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INVESTIGAÇÂO:
O que você gostaria de aprender sobre a nossa região?
Quais os lugares que você conhece no nosso Estado? Como conheceu?
O que você sabe sobre a Cultura da Região Oeste Paranaense?
O que é para você Identidade, Cultura, Região e Representação?
Como podemos aprender sobre a História (a partir de que fontes)?
(Recolher o texto desta narrativa histórica).
METACOGNIÇÃO
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LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO
Fazer um levantamento (em grupo) do acervo bibliográfico das obras
paranaenses na biblioteca do Colégio, para que estes materiais sejam de rápido e fácil acesso,
sendo utilizados nas aulas de História do Paraná como fontes de pesquisa e de análise,
desenvolvendo o hábito da pesquisa e leitura dos livros de autores locais, regionais e estaduais.
PESQUISA
Por meio da pesquisa na biblioteca ou na Internet, faça uma investigação
histórica sobre o que é:
Identidade:
Cultura:
Representação:
Símbolo:
Em círculo, na sala de aula, apresentar as investigações históricas referentes à pesquisa
para melhor compreensão e entendimento destes termos.
BIBLIOTECA
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Grande parte da colonização do oeste paranaense ocorreu nas décadas de quarenta e
cinquenta do século XX. Houve, neste período, dificuldades de importação de produtos
estrangeiros durante a 2ª guerra; aumento da urbanização; necessidade no aumento da produção e
fronteiras agrícolas; falência das empresas estrangeiras que atuavam na região oeste e excedentes
populacionais no sul do país. A situação mundial, com a crise pós-guerra estabelecia condições
favoráveis para a ocupação e a colonização.
Planejada pelo governo paranaense e efetivada por empresários da Região Sul do Brasil.
É o caso da Companhia Madeireira Rio Paraná Ltda – MARIPÁ -, que tinha uma política pautada
na etnia, na cultura e na religião, atraindo com propagandas, por meio de panfletos e notícias de
rádio migrantes oriundos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, marcando o auge da
colonização entre 1950 e 1970.
A ocupação ocorreu de forma rápida, pelo regime de pequenas propriedades, onde as
terras eram divididas em glebas de 25 hectares aproximadamente, sendo que quase todas tinham
cursos d’água.
Chegavam diariamente entre 50 e 200 pessoas à região, constituindo núcleos
populacionais como Toledo e Marechal Cândido Rondon. Nesta época a região oeste paranaense
era uma região isolada e precária em transportes e comunicação, o que retardou sua integração ao
conjunto do Estado.
Quando os catarinenses e gaúchos chegaram à região oeste encontraram pioneiros
paraguaios, caboclos e indígenas, que foram fundamentais no trabalho braçal, como a derrubada
de árvores e carregamento de toras. Eles conheciam a região e sabiam como enfrentar problemas
COLONIZAÇÃO
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na mata densa e quente.
Os paraguaios, que não podiam ser considerados colonos, propriamente ditos, foram, sem dúvida alguma, o elemento humano mais valioso para o trabalho braçal, derrubada de matas, abertura de estradas (como a que ligava Toledo a Porto Britânia, sem máquinas, apenas com foices e machados), medições de lotes rurais e sujeitando-se aos trabalhos mais penosos, como a construção de jangadas nas águas do São Francisco. Extremamente trabalhadores e humildes, segregavam-se socialmente por si. A colonização de Toledo deve muito ao paraguaio. (SILVA, 1988, pág. 92)
O desbravamento dos pioneiros que vieram da região sul foi viabilizado em parte, com a
ajuda daqueles que já estavam aqui.
Luso-brasileiro era todo aquele que não pertencia diretamente às correntes de origem italiana, alemã e outras (...). Geralmente era brasileiro nato e o português nato ou naturalizado. Era o chamado “caboclo brasileiro” ou “pêlo-duro”, só admitido como fonte de trabalho braçal. “Por não dispor de qualquer condição para adquirir terras, o caboclo luso-brasileiro excluiu-se a si próprio do plano da MARIPÁ, a não ser que permanecesse como força de trabalho braçal”. (OBERG, 1960, pág. 92-93)
Apesar dos caboclos e paraguaios terem feito o trabalho braçal, restringiram-se a fase
inicial da ocupação e colonização, sendo excluidos na participação dos empreendimentos no
período mais efetivo e de maior desenvolvimento, por serem considerados “primitivos” e de
baixo poder aquisitivo, tornando-se dispensáveis aos dirigentes da colonizadora MARIPÁ.
O antropólogo Kalervo Oberg, em sua pesquisa sobre o cotidiano das colônias e dos
colonos no Oeste do Paraná, relata que: formar uma região povoada por pequenos produtores
familiares com experiência na vida rural , estrutura fundiária e tradições culturais, foram alguns
dos motivos que levaram a MARIPÁ a optar pelos migrantes do sul do Brasil.
RESPONDA
Que motivos influenciaram no aumento populacional paranaense entre 1950 e
1970? E qual a política adotada para a ocupação das terras do oeste paranaense?
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Inicialmente, a região oeste do Paraná era ocupada por povos indígenas, principalmente
da tribo dos guaranis, que praticavam uma agricultura às vezes itinerante e de subsistência.
À medida que a terra se esgotava para a plantação, os Guarani se mudavam para outros
lugares em busca de terras férteis para o sustento da comunidade, sendo, portanto, seminômades.
Com a chegada dos colonizadores, iniciou-se efetivamente a formação de vilas e
cidades, de maneira organizada e planejada, onde a grande preocupação era a posse da terra e a
produção agrícola diversificada, com comercialização dos produtos. Em função disso:
As tentativas de colonização desencadearam a perseguição, escravização e morte de muitos povos nativos. Outros, devido a essas perseguições, para garantir a sobrevivência, foram forçados a fugir para a Região dos Sete Povos das Missões no Rio Grande do Sul, para o Uruguai e Paraguai. Ou seja, os processos de ocupação e colonização do Oeste do Paraná, além de um rastro de destruição predatória do meio ambiente, também provocaram uma vaga de destruição sócio-cultural. (ORSO, 2009, pág. 02)
Atualmente, a grande maioria dos índios do Paraná vive em reservas, na situação de
índios integrados. Isso significa que eles estão vivendo integrados à economia regional, seja
como produtores agrícolas, assalariados eventuais ou bóias-frias. Mesmo assim, eles tentam,
ainda, preservar seus valores e sua cultura.
O INDIO NO OESTE PARANAENSE
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Luciana Emilia Rohde
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CONVERSAÇÃO E DESENHO
Discuta com seus colegas sobre o que mudou na forma de viver dos índios,
caboclos e paraguaios, com a chegada dos colonizadores. Em seguida, produza uma
história em quadrinhos sobre essa questão.(incluir no álbum).
A IMAGEM DO INDIO HOJE
“Depois de 400 anos de sobrevivência conflituosa com o “branco”, é impossível
manter a imagem de um índio nu, saindo da floresta. Hoje, o índio real é o índio transfigurado, vestido como qualquer trabalhador rural, algumas vezes falando a sua língua, outras vezes não, tentando aprender a nossa para entender a nossa sociedade que o ameaça. (...) a partir do momento em que o interior do país deixou de ser domínio dos índios e caboclos, lavradores e posseiros, para se transformar em fazendas, o espaço de sobrevivência para as nações indígenas foi sendo restringido e ameaçado. (...) algumas décadas atrás, a invasão de uma área indígena pelas frentes de colonização implicava o deslocamento dos sobreviventes para outro território. Hoje não há mais para onde correr, fugir. (...) Os índios foram ficando ilhados e inseguros em suas terras. Estão sendo obrigados a lutar por elas no espaço que lhes sobrou”.
Fonte: SCHMIDT, Maria Auxiliadora. Histórias do cotidiano paranaense. Curitiba: Letraviva,1996, pág.18.
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Culturalmente, a maneira de viver local na Região Oeste foi acrescida com os hábitos e
valores dos gaúchos e catarinenses.
A colonização ocorrida fez com que, de forma geral, o Oeste do Paraná tivesse uma certa identidade cultural e histórica, isto é, a população da região seria muito semelhante na origem e na cultura, nos seus interesses e nas suas perspectivas. (EMER, 1997 apud GREGORY, 2002, pág.102)
O oeste teve um surto rápido de desenvolvimento, uma vez que foi colonizado no
período de transição da agricultura tradicional para a agricultura moderna. A modernização da
agricultura (tecnologia) influiu significativamente no conjunto das relações sociais e na cultura
do oeste paranaense. Todas essas transformações afetaram a identidade cultural das pessoas na
região.
A Visão de mundo, a relação homem/natureza estabeleceu um compromisso de êxito, que imprimiu um ritmo de domínio total da natureza, desafiando as leis do equilíbrio natural e ambiental, numa prova do poder do homem diante da necessidade de gerar riquezas para atender obrigações contratuais e as necessidades produzidas pelo mercado consumidor. (SCHALLENBERGER, 1994 apud VANDERLINDE; GREGORY; DEITOS, 2007, pág. 147-148).
A modernização da agricultura fez com que seu crescimento dependesse muito de
investimentos de capital e menos da mão de obra familiar e da policultura de subsistência,
necessitando, portanto, de grandes extensões de terra (grandes propriedades).
CULTURA
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É Importante destacar que apesar das dificuldades encontradas (altos custos dos insumos
para produção, pouco crédito rural, produção em pequena escala, etc.) os pequenos proprietários
convivem com os latifundiários e procuram alternativas econômicas e sociais para tornarem
viável sua reprodução social. (HESPANHOL; COSTA, 2002)
Com as mudanças ocorridas no meio rural, na década de 70, tornou-se necessário um
novo modo de vida para os agricultores. Isso não ocorreu de maneira homogênea, mas sim
ocasionando várias formas de adaptação e reação.
Nasceu o cooperativismo e o associativismo: órgãos públicos e empreendimentos
privados foram instituídos para auxiliarem esta nova forma de vida.
Segundo Rolim (1995), no Paraná do Agrobusiness temos muitas contradições na
agricultura: vão dos chamados “agricultores modernos” aos excluídos do meio de modernização
tecnológica; da agricultura empresarial à agricultura familiar, como também aos marginalizados.
Em síntese, alguns espaços culturais da região oeste foram influenciados pela atuação da
Companhia MARIPÁ, quando organizou a colonização e a ocupação desta região, foram
forçados a modificações advindas da nova forma de agricultura, afetando a maneira de ser dos
colonos.
Atualmente, grande parte da história na região oeste paranaense está relacionada às
festividades, destacando as etnias, principalmente, a germânica e a italiana, as tradições gaúchas,
a gastronomia e a religiosidade, elementos estes, que podem ser abordados pela Nova História
Cultural.
A região oeste do Paraná é composta por 50 municípios agrupados em três
microrregiões, que têm como cidades pólo: Foz do Iguaçu, Cascavel e Toledo.
Os dirigentes municipais investem na divulgação do potencial de seus municípios, para
divulgarem eventos a fim de tornar a região conhecida e formar uma identidade local, atraindo
resultados econômicos, políticos e culturais. “A construção de identidades ocorre a partir de
vivências vividas”. (GREGORY, 2006, pág. 97).
As atividades turísticas são vistas como divulgadoras de um novo momento do
desenvolvimento local e regional, os pontos turísticos da região são os mais diversos, desde
maravilhas naturais a maravilhas da construção humana e as festas gastronômicas.
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Texto
Principais festas de Toledo ligadas à gastronomia.
O Município de Toledo conta com várias opções de Turismo e Lazer na gastronomia,
cultura, esporte e eventos de negócios. No Pólo Gastronômico - Toledo oferece uma variedade de
pratos a base de carne bovina, aves, peixes e hortifrutigranjeiros. Festa Nacional do Porco
no Rolete - Um dos grandes eventos gastronômicos do Estado, a festa é realizada há mais de 35
anos. Atualmente é reconhecida nacional e internacionalmente, em 1995 no carnaval carioca foi
incluída no samba-enredo da Escola de Samba Unidos da Ponte, o que se constituiu em um
reconhecimento da sua importância no cenário cultural e turístico. Festa do Peixe - É realizada
no Distrito de Concórdia do Oeste. O evento gastronômico foi criado a partir da difusão da
piscicultura. Festa do Leitão na Estufa - realizada no Distrito de Vila Nova, e tem na
suinocultura uma de suas mais importantes fontes de economia. Festa do Frango - É realizada
no Distrito de Dez de Maio, precursora de uma verdadeira mania toledana, a de realizar grandes
eventos populares nos seus distritos. Bruderfest - Festa típica alemã realizada em Dois Irmãos.
Ipirangafest - é uma festa popular da localidade de Vila Ipiranga, é realizada para incentivar as
atividades produtivas da comunidade, especialmente a avicultura e a suinocultura. Michel´s
Fest - Evento realizado no Distrito de São Miguel, oferecendo como prato principal o costelão
assado na estufa.Festa da Ovelha e Costelão a Fogo de Chão - realizada no distrito de São Luiz
do Oeste, data em que a comunidade comemora o dia do Colono e do Motorista. Festa do
Milho - realizada na localidade de Bom Princípio. A festa é realizada por Toledo ser um dos
maiores produtores de grãos do Brasil. Festa do Leitão à Sarandi - O leitão é preparado
inteiro, grelhado e temperado de modo a proporcionar um sabor muito peculiar. Festa do
Leitão à Paraguaia - realizada na comunidade de São Salvador. O leitão é assado sem
tempero, que somente minutos antes de ser servido é injetado.
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Texto
Marechal Cândido Rondon – Festas e Pontos Turísticos
Com sua arquitetura germânica, a cidade de Marechal Cândido Rondon homenageia as
pessoas que a construíram, na sua grande maioria descendentes de alemães, constituindo-se em
uma das várias atrações do município. Os trajes típicos e a gastronomia atraem turistas de todo
país para dois grandes eventos: 25 de julho, com a Festa Nacional do Boi Assado no Rolete e a
Oktoberfest, considerada a maior festa do Estado do Paraná.
Principais Pontos Turísticos: Cachoeira da Onça: A Cachoeira da Onça,
localizada no distrito de São Roque, a aproximadamente 30 km da sede, oferece uma ótima
estrutura para o visitante, área para camping, , trilhas e pista de skate. A atração principal é a
cachoeira, que possui quase 30 metros de altura e é um local para a apreciação da natureza, da
paisagem e onde também se pode praticar rapel. Centro de Eventos Werner Wanderer : O
Centro de Eventos Werner Wanderer foi concluído em 17 de outubro de 2003, para ser palco da
16ª Oktoberfest realizada no município, além receber todos os grandes eventos que são
realizados. Estátua Cândido Mariano da Silva Rondon: A Estátua foi feita em
homenagem ao patrono do município, o Marechal Cândido Mariano da Silva Rondon, indianista,
pacificador, desbravador e sertanista. Fica bem em frente a Prefeitura Municipal. Museu
Histórico José Gaertner: É responsável pela preservação da história do Município. O museu
tem em seu acervo, peças de grande valor que eram utilizadas no antigo Porto Mendes
Gonçalves, fundado pela Companhia Mate Laranjeira em 1915. Hoje as antigas instalações do
Porto Mendes Gonçalves estão encobertas pelo Lago Internacional de Itaipu; porém muitas
máquinas, elementos decorativos e utensílios estão preservados no Museu de Porto Mendes. O
museu com o acervo histórico do município fica no distrito de Porto Mendes. Portal do
Município: O Portal do município foi construído em estilo germânico, representando a
colonização, é um local para turistas e rondonenses visitarem e obterem informações sobre o
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município e festividades. Rafting no Rio Guaçu: Trajeto: 10 km , aproximadamente 2h
em água, passando em corredeiras, saltos, remansos e toda parte natural do rio Arroio Guaçu.
Nível de dificuldade: III. Idade mínima: 10 anos. Terminal Turístico de Porto Mendes:
Possui uma área de 128.640m², que oferece ao turista local para camping uma infra-estrutura
completa para a estada em Porto Mendes. É o local que sedia os eventos de pesca do município,
como a Prova Aberta de Pesca a Corvina realizada sempre em abril e o Torneio de Pesca
Esportiva ao Tucunaré que acontece em setembro. De dezembro a fevereiro a programação é
especial, voltada aos veranistas com o Verão Ecológico, com várias atividades de lazer,
recreação, entretenimento. O Barco– Kattamaram. A embarcação faz roteiros especiais pelo
Lago de Itaipu ..
Texto
Paraná - Pontos Turísticos - Foz do Iguaçu.
O Parque Nacional do Iguaçu: Em 1986 foi tombado pela UNESCO como sendo
Patrimônio Natural da Humanidade, o Parque Nacional do Iguaçu tem uma das maiores reservas
ecológicas da América do Sul. A grande atração do parque são as Cataratas do Iguaçu, que se
caracterizam como um conjunto de 275 quedas de água a uma altura de até 72 metros no Rio
Iguaçu. Hidrelétrica de Itaipu: a usina hidrelétrica de Itaipu é considerada a hidrelétrica de
maior potência instalada no mundo. Localizada no rio Paraná, a usina levou vários anos para ser
construída. Marco das Três Fronteiras: trata-se de um monumento pintado com as cores dos
três países Brasil, Argentina e Paraguai, simbolizando a soberania e os limites territoriais desses
países.
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A caracterização da exploração do turismo, da religiosidade e de festas tradicionais que
buscam as origens, notadamente, a italiana e germânica, são formas de firmar e manter práticas,
costumes, e ideias predominantes, construindo identidades culturais.
O Oeste Paranaense encontra-se, atualmente, ocupado por uma grande diversidade
étnica. Além dos alemães e italianos temos os poloneses, ucranianos, holandeses, japoneses,
sírio-libaneses e judeus. É uma verdadeira fusão racial e cultural. Povos que ajudaram a construir
a região de hoje, trouxeram na bagagem sua cultura, costumes e tradições.
Atualmente, em qualquer lugar do Brasil a que se vá, muitas pessoas conhecem a Região
Oeste do Paraná. Muitos criaram em seu imaginário, uma imagem da terra, dos costumes e das
festas da região.
Os emissores deste novo momento diluíram-se no tecido social, formando uma
complexa organização, que procurava estabelecer a sua lógica, construindo e emitindo a sua regionalidade, com suas memórias, identidades e referências. No entanto, a vida concreta não deixou de evidenciar as exclusões, as informalidades. A pobreza, a violência, o comércio clandestino, os diversos tipos de tráfegos, a subversão de Sete Quedas e vários outros fenômenos constituem-se na demonstração de contradições sociais, culturais, econômicas intrínsecas. (GREGORY, 2006, pág. 97).
O Oeste do Paraná também enfrenta as consequências dos grandes problemas
econômicos e sociais brasileiros. Encontramos em determinados lugares muita miséria e pobreza
que vêm desafiando os planejadores e políticos.
O progressivo crescimento das cidades da região oeste coloca uma série de desafios que
deverão ser enfrentados nas próximas décadas: saúde, educação, meio ambiente, segurança
pública, etc.
Especificamente as questões ligadas à qualidade de vida irão merecer uma atenção
especial das políticas dedicadas a enfrentá-las.
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PESQUISA
Quais são os desafios que deverão ser enfrentados com o progressivo
desenvolvimento da região oeste paranaense? Por quê?
Procurar em revistas, jornais e/ou Internet, imagens sobre a região oeste paranaense.
Coletar panfletos de divulgação de eventos, (festas, turismo e religião) para
analisar a representação cultural e confeccionar o álbum da História do oeste paranaense.
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Durante o processo colonizador do oeste paranaense, com um grande contingente de
católicos e protestantes (Luteranos, Batistas, Metodistas, Espiritulistas, etc.), a cultura da
religiosidade foi mantida e preservada.
A igreja, com seus discursos, foi se afirmando e dando sentido ao mundo religioso,
realizando um trabalho muito parecido com o da região sul.
A participação da Igreja junto aos colonizadores viabilizou a construção de um
imaginário religioso por meio do qual ela valorizou a presença dos colonos e estes criaram uma
relação de valorização das funções desempenhas pela Igreja.
A Igreja lançou mão de práticas e discursos que fortaleceram sua presença na região,
desenvolvendo uma estratégia para se tornar necessária junto aos colonizadores, para provê-los
na vida espiritual e, também, construiu a imagem do colonizador como um homem bom e
trabalhador.
Para os colonos não existia padre sem capela e nem capela sem a presença de um padre; as duas coisas eram impensáveis. O padre representava corporalmente a autoridade religiosa, a intermediação entre a fé terrena e o ‘reino dos céus’. Não era admissível para esses colonos que alguém pudesse viver sem passar pela ritualização expressa pela Igreja. A religião era indispensável para o prosseguimento de uma vida correta. Assim, para esses colonos, viver sem a presença de um padre e de uma capela tornava-se impensável. (COLODEL, 1988 apud DEITOS, 2004, pág. 05)
RELIGIOSIDADE
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A relação entre a igreja e os colonos se sedimentava como fator fundamental na conduta
da vida espiritual.
Por falta de outras instituições, a capela institucionalizou-se como um ponto de encontro
para comunidade, onde ocorriam as tomadas de decisões para estruturar a vida da comunidade e
realizar as comemorarações festivas. Enfim, um lugar onde os colonos se aproximavam
culturalmente.
RESPONDA
Qual a importância da religião no período da colonização?
Atualmente, como a religiosidade influencia na vida cultural das pessoas? (Pesquise junto
com seus pais, vizinhos e colegas).
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INVESTIGANDO IMAGENS
ANALISANDO FILME
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RESPONDA
O que vocês conseguem visualizar na imagem?
Que imagens simbolizam a Região Oeste?
Quais são as regiões que compõem o Estado Paranaense? E que imagens as representam?
Investigando a Imagem
Imagem e Texto: A ocupação do território paranaense, do livro
Histórias do cotidiano paranaense de Maria Auxiliadora Schmidt. 1996.
pág. 8 e 9.
IMAGENS
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Como está representado o Litoral (mar)?
A que período da História Paranaense a autora se remete com estas representações
imagéticas?
A imagem como representação simbólica do Estado do Paraná nos ajuda a identificar a
continuidade, as transformações e rupturas da sociedade paranaense da atualidade? Por quê?
O texto na imagem relata a História do Paraná de maneira cronológica e harmoniosa entre
as múltiplas raças e culturas, dando a idéia de riqueza, prosperidade e ordem nas diversas
atividades. Será que realmente a ocupação do Paraná foi assim? Pesquise e apresente textos
ou imagens que mostrem outra versão da ocupação paranaense.
Que símbolos você usaria para representar a cultura na região Oeste do Paraná atual?
(Desenhar e criar um título para o trabalho. Incluir no álbum).
.
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FICHA DE ANÁLISE DO FILME Titulo A Saga - Da Terra Vermelha Brotou o Sangue
Direção Jorge Luiz Guirado
Produtora Jussara Cabral e Criss Machado
Duração (hh: mm): 02h15min
Ano e local de Publicação 2007. Cascavel – PR
Locais retratados
Temas retratados
Pessoas retratadas
Objetos retratados
Atributos dos personagens
Atributo das paisagens
Períodos retratados
Analisando o Filme
“A Saga”: Filme que conta a história da Colonização do Oeste
Paranaense, fazendo uma investigação sobre o real e o imaginário da
história. Analisar a história a partir de imagens assistidas, não
esquecendo que “as imagens não são o real, mas a representações dele”.
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REDIGIR TEXTO
Depois de assistir ao filme “A Saga”, redigir um texto, contemplando os pontos
relevantes da colonização: (do ponto de vista dos que já habitavam esta região e dos
desbravadores). Dividir a turma em 2 (dois) grupos. Cada grupo defenderá um ponto de
vista.
Grupo 1: Grupo dos que já habitavam a região (índios, caboclos e paraguaios).
Grupo 2: Grupo dos desbravadores/colonizadores.
.
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RESPONDA
O que esta imagem pretende representar sobre o Estado do Paraná e seu povo?
Analisando a imagem, como podemos compreender as transformações culturais que
acontecem em nosso Estado?
Qual o significado desta frase na imagem? “Paraná: imagens de uma história de luta e
trabalho”.
Quem luta e trabalha no Paraná?
Por que a História Paranaense é marcada por lutas, e que tipos de lutas são essas?
Investigando a Imagem
Imagem e Texto: Paraná: imagens de uma história de luta e
trabalho do livro Histórias do cotidiano paranaense de Maria
Auxiliadora Schmidt – 1996. pág. 119.
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DOCUMENTOS
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Documento 1
Cultura e Identidade: A Construção de Memórias no Oeste do
Paraná.
Valdir Gregory
Valério Lambaré, comentam Ondy Helio Niederauer e Venilda Saatkmp, é um
personagem que faz parte da história do Porto Britânia. “Quando os ingleses se retiraram de Porto Britânia, deixaram no local uma dezena de cabeças de gado e algumas ovelhas, recomendando a Lambaré que cuidasse de tudo até volterem. Quase dez anos após, quando a Maripá iniciou seus trabalhos de colonização, lá estava no Porto Britânia, o velho Lambaré pastoreando uma tropa com cerca de cinquenta cabeças de gado e pequeno rebanho de ovelhas, alegre e contente com ‘la vuelta Del Patron’. Este personagem faleceu em 14/09/1969, na cidade de Toledo, aos 74 anos. Venilda Saatkamp informa que ele permaneceu, até seu falecimento, na casa de Alberto e Olinda Locatelli. A construção da personalidade e das atitudes deste personagem é um aspecto interessante da memória da região. Ao que parece trata-se de um caboclo. Já foi escrito que era paraguaio, fiel aos compromissos assumidos. Era prestativo naquilo que se combinara com ele. Certamente, outros homens e, também, mulheres fizeram parte do cotidiano desta época neste local. No entanto, não foram contemplados com lembranças e registros, nem com a devida divulgação que permitiria incluí-los nesta história. Documentos que registram histórias destes grupos sociais podem e devem ser buscados e trabalhados pela pesquisa para construir uma história mais plural. SCHALLENBERGER, Erneldo (org.). Cultura e Memória Social: Territórios em Construção. Cascavel: Coluna do Saber, 2006, pág. 91-93.
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Documento 2
Cultura e Identidade: A Construção de Memórias no Oeste do Paraná.
“Tropelito foi outro remanescente de paraguaio que habitavam a região oeste do Paraná”. Foi contratado pela Colonizadora Maripá. Numa época em que as condições eram precárias, os paraguaios roçavam o mato a facão e depois derrubavam as árvores a machado. Muitas horas eram gastas, às vezes, para derrubar uma única árvore. Segundo informações de Afonso Foryta, moravam 17 famílias de paraguaios onde hoje é a Sanga Mineira no município de Mercedes. De acordo com Remo Mário Lorenzoni, a Maripá utilizou-se dos serviços dos paraguaios, principalmente para a extração de cedro, madeira que era vendida e transportada para a Argentina em forma de balsas que eram preparadas no Rio Paraná...
...Quando a frente pioneira começou a chegar do sul do Brasil ao lugar que se chamaria Mercedes, havia diversas pessoas como Tropelito vivendo e trabalhando na região. A empresa que colonizaria o “novo” espaço de vida contaria com o trabalho braçal dos paraguaios. Os primeiros moradores que vieram do sul chegaram a conhecer Tropelito, como também outros paraguaios...
...A utilização da mão-de-obra desta população foi fundamental nas décadas de 1940 a 60, pois eram, segundo relatos dos primeiros moradores e funcionários da MARIPÁ no Porto Britânia, pessoas com muito mais habilidade e resistência física no trabalho de derrubada de árvores, na montagem de jangadas de toras e no carregamento de madeira serrada nas embarcações. Sabiam como enfrentar a mata densa e agüentar o calor intenso e úmido nas barrancas do rio Paraná ou em meio à floresta. “Foi com os trabalhadores paraguaios e indígenas que muitos gaúchos e catarinenses tiveram que conviver e suportar carrapatos, borrachudos, mosquitos pólvora e cobras...” A História de Tropelito serve para mostrar à atual geração e às futuras que a aventura dos pioneiros que vieram do sul foi viabilizada, em parte, por pioneiros que já moravam na região quando os catarinenses e gaúchos chegaram ao local. Esse tipo de personagem, não raras vezes, é esquecido quando se conta dos tempos pioneiros no Oeste do Paraná. SCHALLENBERGER, Erneldo (org.). Cultura e Memória Social: Territórios em Construção. Cascavel: Coluna do Saber, 2006, pág. 91-93. A historia de Tropelito é de autoria de Valdir Gregory, Tarcísio Vanderlinde e Antônio Myskiw.
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Documento 3
Documento 4
VAMOS REFLETIR E RESPONDER
Qual a relação existente entre os textos do documento 1 e 2 e o texto de abertura na
apresentação intitulado “Quem Constrói a História”?
Vamos refletir sobre os documentos 3 e 4 e explicar a definição de “Região”. Cite
exemplos.
Região
É uma construção intelectual cujas interações com a realidade mais ampla e com a totalidade evidenciam a precariedade de suas delimitações. Não há limites geográficos rígidos para o fenômeno regional. O meu objeto regional pode ter a sua amplitude no Arroio Fundo ou no Prata ou na Metrópole Paulistana. Pode não se referir a determinado espaço físico. O que faz o regional ser são as relações, interações e não a delimitação de espaços. O regional e o espaço interagem, mas não se determinam”. (GREGORY, 1998, pág. 36)
Região
Pode ser qualquer área geográfica que forme uma unidade distinta em virtude de determinadas
características. Em termos gerais, costumam, mas não necessariamente, ser menores que um
país. Região. Disponível em:< http://pt.wikipedia.org/wiki/Regi%C3%A3o >. Acesso em 16 out. 2009.
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Documento 5
A Ideologia Etno-Cultural da Indústria Madeireira Colonizadora Rio Paraná S.A.
A Maripá é considerada a mais importante imobiliária do oeste paranaense. O controle acionista da imobiliária desde o início ficou dividido em dois grupos. O grupo Dalcanale – Ruaro, que descobriu e realizou o negócio da Fazenda Britânia, ficou com 33% das ações. Este era o grupo formado pelos acionistas de origem italiana. Com 66% das ações ficou o chamado grupo alemão. Ambos os grupos eram oriundos totalmente do Rio Grande do Sul. Em conseqüência uma das características mais marcantes da colonização promovida pela Maripá, foi a dicotomia: italiano-alemão e católico-protestante.
Nos primeiros anos da Maripá, predominou a orientação imprimida por Ruaro: os colonos que chegavam eram em maior parte gaúchos e de origem italiana. Mas, com a ascensão à chefia da Maripá do chamado “grupo alemão”, houve mudança substancial na política de recrutamento. Por isso, a cidade de Toledo ficou uma mistura de italianos e alemães, enquanto Marechal Cândido Rondon tornou-se um reduto de colonos de origem alemã.
Essa política etno-cultural-religiosa aplicada pela Maripá foi arquitetada por Willy Barth. Ele alterou a política inicial seguida por Ruaro e que se refletiu na composição étnica e religiosa apresentada até hoje por Toledo. A nova política não misturava no mesmo local descendentes de italianos e alemães, católicos e protestantes. As comunidades deveriam aglutinar pessoas da mesma origem étnica e religiosa. Elas deveriam conviver pacificamente, com respeito mútuo, porém viver isoladamente.
Willy Bath elegeu o núcleo de Marechal Cândido Rondon para rivalizar e concorrer com Toledo. Rondon deveria tornar-se um núcleo de origem alemã, com características da religião luterana. Indiscutivelmente era uma visão etnocêntrica, transplantada para a sociedade do oeste paranaense.
WACHOWICZ, Ruy Christovam. História do Paraná. Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2001.
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RESPONDA
Quais são as fronteiras culturais que representam as culturas: germânica e
italiana?
Que tipo de ideário cultural do oeste paranaense o documento “5” procura demonstrar?
Para você, o que é sentir-se paranaense? Justifique.
METACOGNIÇÃO
O que você aprendeu sobre a Cultura da Região Oeste Paranaense que se
relaciona com a compreensão do nosso presente, e com a compreensão dos nossos
projetos de futuro? fazer uma análise com a pergunta inicial, “o que sabiam?” (incluir as narrativas no álbum).
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EVENTO SOLENE
Como atividade de encerramento do projeto Região Oeste Paranaense – Por uma
História de sua Cultura, será realizado um Evento Solene nas dependências do Colégio.
O acontecimento consistirá numa apresentação feita pelos alunos detalhando a
elaboração e desenvolvimento do mesmo, seguido pela entrega do projeto em forma de álbum,
para o acervo da biblioteca do Colégio.
Neste evento contaremos com a presença de toda a comunidade escolar, bem como
convidados do NRE – Toledo e professores da Unioeste, campus de Marechal Cândido Rondon.
ENCERRAMENTO
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A realização deste Caderno Pedagógico é fruto do roteiro de pesquisas, leituras e
reflexões, desenvolvidas com o apoio do professor orientador, do NRE-Toledo, na pessoa da
técnica disciplinar de História, professora Adriane Mallmann Eede, e professores cursistas do
GTR (Grupo de Trabalho em Rede) inscritos no curso “Região Oeste Paranaense – Por uma
História de sua Cultua”.
O trabalho com ênfase no viés Cultural da História Regional e Local procurou
aproximar o educando de sua realidade histórica e, simultaneamente, dar auxílio e suporte para
que tenha condições de fazer uma análise e interpretação crítica das imagens.
Considerando que as imagens fazem parte do nosso dia a dia e que se encontram
presentes nos livros didáticos, que ainda são os materiais mais utilizados na sala de aula, o uso
das mesmas como metodologia pedagógica apropriada proporciona outra forma de leitura da
história, com códigos e signos especiais, procurando, de diversas maneiras, dinamizar as aulas e
facilitar a compreensão dos fatos históricos.
A proposta de usar imagens para a compreensão e o aprendizado em sala de aula está
lançada, disponibilizando novas pontes entre e as relações “professor x aluno” e “ensino x
aprendizagem”.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Rio de Janeiro: Difel, 1989.
BURKE, Peter. Abertura: a nova história, seu passado e seu futuro. In: BURKE, Peter
(org.). A Escrita da história: novas perspectivas. São Paulo: Editora da Universidade
Estadual Paulista, 1992.
CHARTIER, Roger. A história cultural: entre práticas e representações. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1990.
DEITOS, Nilceu Jacob. A Igreja Católica e os colonos no Oeste do Paraná: A
Nomização de um Espaço de Fronteiras. 2004. 250f. Tese (Doutorado em História) –
Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
Porto Alegre, 2004.
GREGORY, Valdir. Os eurobrasileiros e o espaço colonial: migrações no oeste do
Paraná (1940-1970). Cascavel: EDUNIOESTE, 2002.
________________. História: refexões metodológicas. In: LOPES, Marcos Antonio;
GREGORY, Valdir (orgs.). O Ensino e a Pesquisa em História na Unioeste: realizações
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REFERÊNCIAS
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Luciana Emilia Rohde
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