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Alguns dados sobre a
violência contra as mulheres no Brasil
e no Mundo em 2006
51% dos entrevistados declaram conhecer ao menos uma mulher que é ou foi agredida por seu companheiro.
75% consideram as penas aplicadas em casos de violência contra a mulher são irrelevantes.
54% dos entrevistados acham que os serviços de atendimento a casos de violência contra as mulheres não funcionam.
64% acham que o homem que agride a mulher deve ser preso (na opinião tanto de homens como mulheres); prestar trabalho comunitário (21%); e doar cesta básica (12%). Um segmento menor prefere que o agressor seja encaminhado para: grupo de apoio (29%); ou terapia de casal (13%).
Os dois temas que mais preocupam a mulher brasileira na opinião dos entrevistados é a violência contra a mulher em casa e a violência contra a mulher fora de casa/assédio sexual, esses dois assuntos superam
outros como: doenças como câncer de mama e útero, Aids e o crescimento da Aids entre mulheres, forma de evitar filhos e igualdade de salários com homens.
Para a maioria da população (83%), os homens agridem as
mulheres principalmente após o consumo de bebidas alcoólicas.
1 bilhão de mulheres já foram espancadas ou estupradas. 1 bilhão de mulheres, ou uma em cada três do planeta, já foram espancadas, forçadas a ter relações sexuais
ou submetidas a algum outro tipo de abuso.
Quando perguntadas sobre o respeito de forma não comparativa, 43% das mulheres avaliam que são tratadas com respeito no Brasil. No entanto, ao compararem o tratamento que recebem com o tratamento dispensado aos homens, 81% das entrevistadas afirmam que os homens brasileiros são mais respeitados.
Para 53% das mulheres brasileiras é no convívio familiar que a mulher é mais respeitada. Já quando a pergunta é inversa e indaga sobre o ambiente onde a mulher é mais desrespeitada, as opiniões não
convergem para uma única alternativa. 24% das entrevistadas sentem que a mulher não é respeitada em seu ambiente de trabalhe e 23% identificam a família como principal local de desrespeito.
Mulher com pós-graduação é mais discriminada no ambiente de trabalho O desrespeito no ambiente de trabalho é percebido de forma diferenciada segundo o grau de instrução: para 46% das mulheres com pós-
graduação o mundo do trabalho não respeita as mulheres. Neste segmento, 54% consideram que as mulheres são tratadas com respeito apenas em determinadas situações.
Um terço das mulheres entrevistadas (33%) afirmam que a violência sexual é a forma mais grave de violência doméstica, seguida pela violência física(29% ). Para 35% das mulheres brasileiras os tipos mais
graves de violência são os mais sutis e que não deixam marcas aparentes, como é o caso da violência moral e da psicológica.
Das mulheres que reconhecem nesta pesquisa que já sofreram violência doméstica, 66% responderam ser o marido/companheiro o autor da agressão. A pesquisa ratifica dados da OMS, segundo os quais
metade dos crimes cometidos contra a mulher é de autoria dos maridos em todo o mundo.
A importância da manutenção da família para as mulheres e a fragilidade na apuração e punição da violência doméstica são fatores que desestimulam a denúncia da vítima. A violência contra a mulher é praticada, portanto, de
forma continuada. Para as que reconhecem já terem sido agredidas, 50% afirmam ter sofrido agressão quatro ou mais vezes. Outras 28% só admitem uma única agressão e 21% já foram agredidas duas ou três vezes.