dados de identificaÇÃo - diaadiaeducacao.pr.gov.br · o tema de estudo que fundamenta esta...
TRANSCRIPT
DADOS DE IDENTIFICAÇÃO PROFESSOR PDE: IDEVAL TEIXEIRA ÁREA PDE: EDUCAÇÃO FISICA NRE: TOLEDO PROFESSOR ORIENTADOR IES: DR. CARMEM ELISA HENN BRANDL IES VINCULADO: UNIOESTE: CAMPOS DE MARECHAL CANDIDO RONDON ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL HUMBERTO ALENCAR CASTELO BRANCO PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: ALUNOS DAS PRIMEIRAS SÉRIES DO ENSINO MÉDIO. TEMA: ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO TITULO: UM RESGATE DOS CONTEÚDOS DO BASQUETEBOL NO ENSINO MÉDIO
APRESENTAÇÃO
Trabalho em um Colégio Estadual, na região oeste do Paraná, onde
recebo alunos do Ensino Fundamental de várias escolas da rede pública deste
município e tenho observado, a cada ano que passa, que estes alunos apresentam
falta de conhecimento para a realização do que é proposto nas aulas de Educação
Física de Ensino Médio, especialmente no que diz respeito ao conteúdo
estruturante esporte, mais especificamente na modalidade de basquetebol.
Possivelmente não adquiriram conhecimentos suficientes do conteúdo programado
nas séries anteriores (nem na prática nem na teoria) o que impossibilita aos
professores darem seqüência e aprofundamento, no conteúdo programado para o
Ensino Médio, dentro da disciplina.
O tema de estudo que fundamenta esta unidade didática abordará sobre
esporte contemplado como conteúdo estruturante das Diretrizes Curriculares da
rede Publica de Educação Básica do estado do Paraná, tendo em vista que o
material foi elaborado a partir de uma pesquisa com os alunos dos primeiros anos do
ensino médio, a qual demonstrou que os alunos maior dificuldade de assimilação do
conteúdo da modalidade de basquetebol.
Este material didático será composto pelos seguintes conteúdos:
Texto 1 - Contextualização da Educação Física - com o objetivo de
mostrar para o alunos a origem e a importância da Educação Física na Escola.
Texto 2 - O esporte enquanto objeto de Ensino com valor educacional –
demonstrando a diferença entre as diversas manifestações do mesmo, mas
especialmente sua função educativa no ambiente escolar.
Na seqüência serão trabalhados textos específicos do Basquetebol, com
o objetivo de destacar a importância do conhecimento teórico, aliado às atividades
práticas, fortalecendo assim o aprendizado dos alunos nos conteúdos propostos.
Texto 3 - Histórico da modalidade de basquetebol - onde estará
contextualizado a origem e o surgimento, e toda a evolução da modalidade tanto na
Europa quanto no Brasil.
Texto 4 - Fundamentos técnicos e táticos básicos - desde passes,
arremessos, dribles, até sistemas defensivos e ofensivos,.
Texto 5 - Principais regras do basquetebol.
TEXTO 01 - A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
A Educação Física é entendida hoje como o processo educacional das
condutas motoras, através das atividades físicas que envolvem jogos, esportes,
recreação, e tudo, que de maneira geral, esteja presente na cultura corporal do
movimento, sendo este o objeto de estudo (NOVAIS, 2010).
Segundo o mesmo autor até chegar nesta concepção, a Educação Física
passou por várias tendência e concepções, como por exemplo: o culto ao corpo, o
modelo de saúde, o militarismo, esportivista, recreacionista , entre outras.
Considerando-se toda a história e as diferentes influências e mudanças acerca da
concepção e prática da Educação Física pode-se observar que a disciplina passou
pelas mais diversas perspectivas praticas e teóricas, desde as mais reacionárias às
mais críticas, o que resultou a sistematização de proposta hegemônica sobre a
instrumentalização do corpo, que deveria dar espaço a formação humana do
educando em todas as dimensões.
A Educação Física pretende desenvolver diferentes experiências, de
diversas regiões, escolas e professores, que incluem reflexões sobre a necessidade
atual de ensino e a superação da visão dicotômica do homem. Deve ser trabalhada
com disciplinas variadas que permitam entender o corpo em sua complexidade, ou
seja, sob uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica,
filosófica e política.
Tendo em vista as diferentes concepções e as atuais possibilidades da
Educação Física na Escola, venho neste momento dar uma atenção especifica para
o Ensino Médio.
De acordo com Dumazedier (citado por Nista-Piccolo, 1993), a dimensão
do esporte no Ensino Médio deverá ir muito além de sua prática simplesmente. Na
visão do autor, é dever do profissional de Educação Física formar atitudes e
conhecimento do esporte como elemento indispensável para seu estado de lazer.
Apresentar, através de uma visão humanista a práxis de pessoas comprometida
com o esporte, mas que nela demonstram comportamentos diferenciados entre sua
vida social e vida esportiva.
O conteúdo ministrado através do esporte, será incorporado a medida que
seus valores forem sendo exercitados na pratica, pois a atitude apresentada pelos
indivíduos através de jogo esclarecerão o comportamento e o tipo de relação de vida
das pessoas na sociedade moderna.
Professores da área titulam a Educação Física como uma Disciplina, no
entanto ministram as aulas caracterizando-a como uma atividade limitando-se a
comandar exercícios e uma atividade desportiva esquecendo a sua principal função
como educador que é elaboração e transmissão de conhecimento (KOLYNIAK,
2000).
De acordo com Betti, (citado por Paraná 2008), a Educação Física na
escola deve introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando
o cidadão que vai produzir-la, reproduzi-la e transformá-la, instrumentalizando-o
para usufruir do jogo, do esporte das atividades rítmicas e dança, das ginásticas e
práticas de aptidões, em beneficio da qualidade da vida. A integração que
possibilitará o usufruto da cultura corporal de movimento há de ser plena envolvendo
os aspectos afetivo, social, cognitivo e motor.
Para isso, não basta aprender habilidades motoras e desenvolver
capacidades físicas, aprendizagem estas necessária, mas não suficientes. Se o
aluno aprende os fundamentos técnicos e táticos de um esporte coletivo, precisa
também aprender a organizar-se socialmente para praticá-lo, precisa compreender
as regras como um elemento que torna o jogo possível ( portanto é preciso também
que aprenda a interpretar a aplicar por si próprio ), aprender a respeitar o adversário
como um companheiro e não um inimigo, pois sem ele não há competição esportiva.
É tarefa da Educação Física preparar o aluno para ser um praticante lúcido e ativo,
que incorpore o esporte e os demais componentes da cultura corporal em sua vida,
para deles tirar o melhor proveito.
De acordo com as Diretrizes Curriculares Estaduais (Paraná, 2008),
através dos conteúdos estruturantes, o esporte é contemplado como
importantíssimo no contexto da aprendizagem escolar. O esporte hoje vem
ocupando um espaço cada vez maior em nossa sociedade, é só observarmos a
nossa volta, para vermos a importância com que a mídia trata este assunto. O
esporte está em destaque nas mais famosas revistas, jornais, e emissoras de
televisão do País e do mundo.
O reconhecimento do esporte como um fenômeno social contemporâneo
estimula reflexões sobre o seu tratamento como um conteúdo curricular escolar.
Essa popularidade levou o esporte a ser o conteúdo mais desenvolvido nas aulas de
Educação Física das Escolas brasileiras.
Mesmo sendo o conteúdo mais trabalhado, como professor no Ensino
Médio, tenho constatado uma crescente dificuldade em relação aos conteúdos,
apresentados por alunos que chegam ao 1ª ano do ensino Médio.
TEXTO 02 - O ESPORTE ENQUANTO OBJETO DE ENSINO COM FINALIDADES
EDUCACIONAIS
De acordo com Tubino (citado por Kunz, 1991 ), o esporte se torna
educacional a partir da mudança de seu conceito, quando propõe os conceitos de
“Esporte-performance, Esporte-participação, Esporte-educação”, referindo-se a este
último como o esporte com compromisso educativo.
O autor, define que o esporte é capaz de promover, naquele que o
pratica, uma certa consciência crítica, ou ele, por si só, da forma como se encontra
estruturado, é um elemento a mais a forjar indivíduos aptos a exercerem os seus
papéis frente ao nosso sistema econômico?
Galvão et.al. (2005, p. 181) escreve que:
O esporte performance, chamado também de esporte de rendimento, traz consigo os propósitos de novos êxitos e a vitória sobre os adversários. As diferentes modalidades esportivas estão ligadas às Instituições (ligas, federações, comitês Olímpicos) que organizam as competições locais, nacionais ou internacionais e tem a função de zelar pelo cumprimento das regras e dos códigos éticos.
O esporte participação é referenciado, pelos autores, pelo principio do
prazer lúdico. Essas manifestações ocorrem em espaço não comprometidos com o
tempo e livres de obrigações da vida cotidiana, apresentam como propósito a
descontração, a diversão, o desenvolvimento pessoal e a interação social. O esporte
participação pode ser praticado por jovens, adultos, indivíduos da terceira idade,
portadores de necessidades especiais, homens e mulheres.
O esporte-educação é focalizado na escola, tem por finalidade
democratizar e gerar cultura pelo movimento de expressão do individuo em ação
como manifestação social e de exercício crítico da cidadania, evitando a exclusão e
a competitividade exacerbada. Assim, o professor, ao trabalhar o esporte-educação,
além de proporcionar aos alunos a vivência de diferentes modalidades, deve levá-los
a refletir de forma critica, não só sobre os problemas que envolvem o esporte na
sociedade, tais como a utilização de drogas ilícitas para melhorar a performance, a
corrupção e a violência, mas também sobre seus aspectos positivos, como a
geração de empregos, o desenvolvimento de pesquisas cientificas, tanto no tocante
a novas tecnologia, como na área médica.
Concordo com o autor no que diz respeito ao esporte educação, mas
discordo com relação ao que ele diz que a Educação Física tem que tratar sobre
desenvolvimento de pesquisa cientifica, ou sobre assuntos da área médica.
Segundo. Tubino (apud GALVÃO; RODRIGUES; SILVA, 2008: p. 180) escrevem
que:
“o ensinar na Educação Física e no esporte, não deve se caracterizar numa simples transformação de conhecimento ou imitação de gestos, mas, sim, deve ser entendido como uma prática pedagógica que leve em conta o sujeito, o seu contexto. O educando deve ser instigado a aprender a aprender esportes, por meio de uma pedagogia desafiante, que possibilite uma busca pelo superar-se; o esporte há de ser uma atividade instauradora e promotora de valores”.
Queiros (2004) considera que estamos perante uma sociedade em que há
uma crise dos valores morais e sociais, os quais nos conduzem muitas vezes a uma
situação de incerteza e insegurança, especialmente, entre grupos de jovens que
necessitam, por assim dizer, de um novo rumo no caminho da valorização, das
certezas e da inclusão social, é neste sentido o papel que o esporte deve
representar, o de agente, um meio ambiente ou entorno, possibilitador de novas
mensagens e de comunicações que venham alterar, “irritar” o entorno de um novo
enquadramento axiológico nos diferentes grupos ou sistemas sociais.
TEXTO 03 - HISTÓRICO DO BASQUETEBOL
FERREIRA (2007), escreve que o basquetebol, depois de passar por
diversas alterações em mais de um século, mostra-se um dos principais esportes na
atualidade.
Com o seu surgimento colaborou com certeza para mudar concepção de
esportes coletivos. Os Estados Unidos, tão acostumados com seu futebol
(Americano) excessivamente violento ganhou um esporte pacífico.
Além de inovar o seu país natal, também trouxe inovações para o Brasil,
que por sua vez também estava acostumado com o Futebol (campo).
O basquetebol iniciou mais do que um esporte, iniciou um estilo de vida.
Influenciando culturalmente estilos de vida e até músicas.
De acordo com o mesmo autor, em 1890, quando o professor James
Naismith criou o basquetebol, nos Estados Unidos praticava apenas alguns jogos
coletivos, tais como, rugby , beisebol e muito pouco o futebol, sendo que o rugby, se
praticava no verão, e no inverno os alunos eram obrigados a praticar ginástica em
aparelhos ou ginástica calistênica.
Precisavam criar um esporte que fosse interessante, que pudesse ser
praticado no inverno em ambiente fechado. Então diante destes fatos o dr. Gulick (
diretor do Springlield Collge), solicitou ao professor Naismith que criasse um novo
jogo. Foi onde nasceu o basquetebol um esporte criativo e motivante, que não
provocasse muito contato físico e que tivesse um sentido coletivo.
A partir de um grupo de dezoito alunos que lhe foram atribuídos, grupo
este muito descontente com o fato de praticar apenas atividades de ginástica
durante todo o inverno, Naismth arrumou uma câmara de bola de futebol e dois
cestos velho de colher pêssegos, onde foi colocado cada um em uma extremidade
da galeria a uma altura de 10 pés ( 3,05 m ). O grupo então foi dividido em dois,
cada um com nove alunos. E as seguintes regras foram transmitidas: o inicio do jogo
seria no meio do campo com dois jogadores saltando para tocar a bola; a bola só
poderia se deslocar através de passes entre os companheiros e o objetivo final era
de arremessar a bola na cesta do adversário. Venceria o jogo a equipe que
acertasse mais arremessos, ( jogo este realizado em dezembro de 1891 ). A partir
de então se iniciou um processo de popularização do basquetebol, primeiramente
dentro dos EUA e logo após, por outros países da Europa e das Américas.
3.1 BASQUETEBOL NO BRASIL
De acordo com GIORDANI (1976), citado pelo Caderno Técnico
didático,1980, basquetebol teve inicio no Brasil pelo Norte Americano Augusto Shaw
nascido na cidade de Chuville, região de Nova York.. Onde em 1892 graduou-se
como bacharel em artes e onde tomou contato pela primeira vez com o
basquetebol.
Vindo para o Brasil, dois anos depois, recebeu um convite para lecionar
no tradicional Mackenzie College, em São Paulo, onde além de livros sobre a
história da arte, Shaw trouxe também uma bola de basquetebol. A nova modalidade
foi apresentada e aprovada imediatamente pelas mulheres, movidos pelo forte
machismo da época. Para piorar havia forte concorrência do futebol.
Aos poucos Augusto Shaw foi convencendo seus alunos de que o
basquetebol não era um jogo só de mulheres. Quebrada a resistência, ele conseguiu
montar a primeira equipe do Mackenzie College, ainda em 1896.
Em 1912 no ginásio da rua da Quitanda nº 47, no centro do Rio de
Janeiro, aconteceram os primeiros torneios de basquete.
As primeiras regras em Português foram traduzidas em 1915. Nesse ano
a ACM ( Associação Cristã de Moços) realizou o primeiro torneio da América do Sul,
com a participação de seis equipes. O sucesso foi tão grande que a liga
Metropolitana de Sport Atlético, responsável pelos esportes no Rio de Janeiro,
resolveu adotar o basquete em 1916. O primeiro Campeonato oficial pela liga foi em
1919, com a vitória do Flamengo.
Em 1922 foi convocada a primeira seleção Brasileira, participou de um
campeonato Latino-Americano com participação de Brasil, Argentina e Uruguai,
onde o Brasil sagrou-se campeão.
3.2 PRINCIPAIS DATAS NA HISTÓRIA DO BASQUETEBOL
Segundo o Caderno Técnico de Basquetebol (1980), as principais datas
na história do Basquetebol foram:
1892 - São publicadas as 13 primeiras regras do jogo de basquetebol,
onde limitava-se o número de jogadores de cada lado.
1893 - Neste ano deu-se o primeiro passo para a padronização dos
integrantes de uma equipe cinco jogadores para quadras pequenas e nove
jogadores para quadras de maiores dimensões.
1894 - A bola de futebol foi substituída por uma bola específica de
basquetebol trazida pelo professor Augusto Shaw, dos Estados Unidos.
1897 - Surge obrigatoriedade de 5 jogadores em cada equipe.
1904 - É feito a primeira apresentação do basquetebol em ocasião das
olimpíadas de ST. Louis, nos Estados Unidos.
1954 - No segundo campeonato mundial de países realizado no Brasil
Estado do Rio de Janeiro, o Brasil fica com a segunda colocação (medalha de
prata).
1955 - Foi criada a bola oficial que era de borracha, bola utilizada para
treinamento até hoje, pois a oficial de jogo é a de couro.
1958 - O Brasil vence o campeonato Sul Americano em Santiago no
Chile.
1959 - O Brasil vence o campeonato Mundial pela primeira vez em
Santiago no Chile.
TEXTO 04 – FUNDAMENTOS TÉCNICOS E TÁTICOS DO BASQUETEBOL
4.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS
Os fundamentos do basquetebol apresentam-se como as várias partes
que compõe o jogo propriamente dito, e de acordo com esta afirmação, para se
jogar basquetebol é necessário que se divida o jogo em partes. Partes estas que
acreditamos serem básicas para seu aprendizado inicial, salientamos ainda que
algumas destas partes ( fundamentos) são ainda subdivididas em outras, chamadas
de divisões do fundamento (FERREIRA, 2007).
De acordo com o mesmo autor os fundamentos técnicos e táticos, que
são considerados básicos para a aprendizagem do basquetebol, são os seguintes:
a) Técnicos: Manejo de corpo; Manejo de bola / recepção; Dribles; Passes;
Arremessos; Rebotes defensivo e ofensivo.
b) Táticos: Sistemas defensivo; Sistemas ofensivo.
4.2 ASPECTOS TÉCNICOS
a) Manejo de corpo
De acordo com FERREIRA (2007), manejo de corpo é a capacidade de
executar os movimentos dos gestos específicos do esporte. Por conta do
basquetebol ser um esporte muito dinâmico, faz necessário que todas as pessoas
que o praticam possuam um excelente trabalho deste fundamento, pois ele servirá
como base para a boa execução de todos os outros, mas para que isso aconteça, é
necessário que o trabalho seja constante e não somente na fase inicial do
aprendizado.
• Principais movimentos e gestos
- Corridas: para frente, para traz e com mudanças de direção.
- Deslocamentos: para frente, para traz, para as laterais e para as diagonais.
- Paradas Bruscas.
- Giros.
- Fintas.
- Saltos: com um dos pés, com ambos os pés.
b) Manejo de Bola
O manejo da bola, está relacionado com as diversas formas de manusear
a bola, levando o aluno a obter um eficiente grau de domínio sobre a mesma,
tornando assim o mais fácil possível o aprendizado dos demais fundamentos.
Dessa maneira dividiremos o aprendizado deste fundamento em duas
formas:
1ª – Adaptação à bola, com exercícios simples que visem a familiarização
do aluno a conhecer a principal matéria de trabalho ( bola ).
2ª – Levará o aluno a adquirir uma maior habilidade ( domínio da bola )
através de exercícios específicos, além disto, estas formas de trabalho também
estarão desenvolvendo, nos alunos, uma maior coordenação motora, e noção de
espaço temporal.
c) Drible
O drible no basquetebol corresponde a ação do aluno em impulsionar
consecutivamente a bola contra o solo, para isto, utiliza de uma das mãos
isoladamente ou as duas alternadamente. Ele é também uma forma do aluno
avançar para a quadra adversária, com deslocamentos tanto para frente ou para as
laterais.
O drible tem como objetivo principal, livrar-se do adversário, aproximação
da cesta para a execução do arremesso, organização do jogo, execução de fintas
tentando assim passar pelo adversário, deve ser utilizado também para melhorar o
ângulo do passe.
• Tipos de dribles no basquetebol
01) Drible baixo ( proteção), este tipo de drible é utilizado principalmente quando o
aluno sofre uma marcação mais apertada de um ou mais adversário.
02) Drible alto ( velocidade), este tipo de drible é utilizado principalmente quando o
jogador que esta de posse da bola não esta sofrendo uma marcação mais severa,
ou quando ocorre a oportunidade de um ataque mais rápido( contra ataque).
Fonte: Ferreira (2007)
d) Passe e recepção
O passe é considerado um fundamento de ataque, pois é através deste
que a bola chega a quadra adversário, através de um companheiro a outro, podendo
o aluno utilizar para este fim, muitas formas diferentes de movimentos.
A recepção é um fundamento que está diretamente relacionado ao passe,
pois é a forma de receber a bola do companheiro da melhor maneira possível, são
varias as formas de recepção, as mais usadas são recepção, alta, média, baixa.
• Tipos de passes mais utilizados no basquetebol
01) Passe com uma das mãos: Este tipo de passe tem uma boa utilização nos
jogos de basquetebol, principalmente quando há a necessidade de enviar a bola a
um jogador mais distante.
Fonte: Ferreira (2007)
02) Passe de peito: ideal para distâncias curtas e medianas. Como o nome indica,
com a bola à altura do peito é arremessada frontalmente na direcção do alvo. Neste
movimento os polegares é que darão força ao passe e as palmas das mãos deverão
apontar para fora no final do gesto técnico.
Técnica do movimento
1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar um movimento de repulsão com os braços;
4. Executar a rotação dos pulsos;
5. Após a execução do passe, deve-se ficar com as palmas das mãos viradas
para fora e os polegares a apontar para dentro e para baixo.
03) Passe picado: ideal para curtas distâncias, principalmente quando o aluno está
sofrendo uma marcação mais próxima.
Fonte: Ferreira (2007)
Muito semelhante ao passe de peito, tendo em conta que o alvo inicial é o
solo. O ressalto da bola terá um objetivo comum ao do passe de peito, isto é, a mão
alvo do colega ou as zonas próximas do peito.
Técnica do movimento
1. Colocar os cotovelos junto ao corpo;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar um movimento de repulsão com os braços.
04) Passe de ombro: É utilizado nas situações que solicitam um passe comprido. A
bola é lançada como no lançamento de uma bola no baseball (daí o nome). É um
tipo de passe com uma trajectória linear (sem arco), e em direcção ao alvo.
Fonte: Ferreira 2007
Técnicas do movimento
1. Segurar a bola com as duas mãos e por cima do ombro;
2. Colocar o cotovelo numa posição levantada;
3. Avançar o corpo e a perna do lado da bola;
4. Fazer a extensão do braço e finalizar o passe para as distancias maiores
05) Passe por cima da cabeça: passe utilizado para curtas distâncias, utilizados
mais pelos armadores alas, com passes para os pivôs ou outros jogadores próximo
a cesta, usado quando existe um adversário entre dois jogadores da mesma equipe.
Fonte: Ferreira 2007
Técnica do movimento
1. Elevar os braços acima da cabeça;
2. Avançar um dos apoios;
3. Executar o passe com o movimento dos pulsos e dos dedos.
e) ARREMESSO
O arremesso é um fundamento importante, pois através dele a equipe irá
fazer pontos, é considerado um fundamento de ataque consiste no lançamento da
bola em direção a cesta. Por ser um fundamento importante necessita de maior
tempo de dedicação por parte dos praticantes de basquetebol
• Tipos de arremesso
01) Arremesso com uma das mãos com apoio: Este é o arremesso mais simples
de ser executando por isso é o primeiro a ser ensinado aos alunos.
É mais utilizado quando: o jogador não sofre marcação próxima, e em situação de
lance livre.
Fonte: Ferreira 2007
Técnica do movimento
1 – Olhar para cesta
2 - Pernas afastadas
3 - Leve flexão dos joelhos
4 - Ponta dos pés voltada para frente
5 - Mão de arremesso atrás da bola, dedos abertos, e relaxados
6 - Cotovelos flexionados e paralelo ao solo
7 - Bola a frente e ligeiramente ao lado do braço de arremesso.
02) Arremesso de bandeja: Este arremesso é de grande utilidade, é considerado o
tipo mais complexo e difícil de ser ensinado, pois exige muita coordenação motora.
Este arremesso é utilizado nas seguintes situações, finaliza de costa para
a cesta, e quando há infiltração do jogador no garrafão adversário, em ação a cesta;
quando o jogador executa uma finta no adversário e penetra no garrafão executa a
bandeja.
.
Fonte: Ferreira (2007)
Técnica do movimento
1 - Olhar a cesta
2 - Primeira passada direita / esquerda
3 - Leve flexão dos joelhos
4 - Mão de arremesso atrás da bola
5 - Mão de arremesso ao lado da bola e
6 - Bola na altura da cesta
03) Arremesso de gancho: No basquetebol atual é o arremesso menos utilizado
devido a sua dificuldade forma de execução, no jogo é utilizado basicamente pelos
jogadores que atuam na posição de pivô.
Fonte: Ferreira (2007)
Técnica do movimento
1 - Ficar de costa para a cesta
2 - Leve flexão dos joelhos
3 - Mão de arremesso embaixo da bola e mão de equilíbrio acima e um pouco atrás
da bola
f) REBOTE
O rebote é um fundamento utilizado tanto na defesa quanto no ataque,
caracteriza-se pela recuperação da bola, após um arremesso não convertido.
Fonte: Ferreira 2007
• Tipos de rebote
- Rebote defensivo: executado por um jogador de defesa, onde o jogador tenta
antecipar-se ao adversário e tomar posse da bola.
- Rebote ofensivo: executado por um jogador de ataque, dando assim continuidade
na jogada em direção a cesta ou reiniciar com os companheiros a jogada de ataque.
−
4.3 ASPECTOS TÁTICO
a) Defesa: Defender ou marcar é dificultar ou impedir que o adversário receba a
bola, arremesse a bola, passe corretamente a bola, drible tranquilamente, corra
livremente, organize seu ataque, ganhe o jogo, para que isso aconteça exige do
jogador, determinação, agressividade e trabalho.
• Sistemas defensivos
a) Marcação por zona: ( 2-1-2 , 1-2-2 , 1-3-1)
b) Individual: comum com flutuação, agressiva, linha da bola.
Fonte: Caderno técnico- didático de basquetebol (1980)
c) Combinada: mista ( zona e individual)
d) Pressão: individual ( comum, agressiva, linha da bola)
DEFESA POR ZONA ( 2-1-2)
Para se defender no sistema 2-1-2, é necessária muita solidariedade,
compreensão, amizade, coletividade, e isso nem sempre é possível, porque a
indolência do atleta, quando mal preparado, não o capacita para tanta
responsabilidade.
Este tipo de defesa exige um desgaste físico muito grande dos dois
homens que marcam em cima, proveniente da maior movimentação da bola nesse
setor, de onde saem a maioria dos arremessos adversários.
Fonte: Caderno técnico- didático basquetebol (1980)
OBJETIVOS
- Dificulta os arremessos de meia distancia.
- Maior sentido de cobertura nas áreas vulneráveis.
- Dá responsabilidade mais definidas a cada defensor.
DEFESA POR ZONA (1-3-1)
Esta defesa objetiva especificamente, ou seja, concentrar um maior número
de jogadores a cima da área de lance livre, mas deve haver uma atenção pois
haverá uma desguarnição considerável embaixo da cesta, facilitando o
deslocamento livre dos pivôs adversários (CADERNO TÉCNICO DIDATICO,
BRASILI
A,
MEC/DD
D, 1980).
Fonte: Caderno técnico- didático de basquetebol (1980)
OBJETIVOS
- É adequada para qualquer tipo de ataque.
- Contra equipes fracas nos fundamentos.
- Permite flutuações e o corte de passes e dribles.
- Para finais de jogo em que esta perdendo.
- Contra equipes mal preparada fisicamente.
- Contra equipes ma preparada taticamente.
• Sistemas Ofensivo
O ataque tem como princípios fundamentais: em um jogo de basquetebol,
qualquer equipe deve procurar utilizar todos os seus recursos técnicos. As
diferenças que separam uma equipe da outra estão na capacidade de aplicação
destas técnicas, podendo ser individuais ou coletivas (CADERNO PADAGOGICO
DIDATICODE,BRASILA,MRC/DDD,1980),
TIPOS DE ATAQUE
01) Contra Ataque: é uma arma poderosa para qualquer equipe, por momentos ou
por todo um jogo. O contra ataque tem por finalidade surpreender o adversário na
sua volta para a defesa, com um jogo de velocidade, uma seqüência de dribles ou
passes. Para organizar e planejar o nosso contra ataque, é importante ocupar
espaços na quadra sem marcação, para o deslocamento, com um jogo de
velocidade. Para isso, é importante observar se esses espaços oferecem segurança,
quer nos passes ou nos dribles.
02) Corta Luz: Corta luz é uma tática ofensiva individual, com objetivos definidos e
com movimentos específicos, onde procura-se dificultar ou impedir a boa
movimentação da defesa nos seus deslocamentos, dando assim uma maior
liberdade de ação ao companheiro de ataque.
Posição básica: posição do corpo próximo ao adversário, pernas afastadas para o
maior equilíbrio, braços caídos naturalmente ( nunca abertos ), visão voltada para o
companheiro e o adversário, suportar os cheques e as reações de adversário, evitar
as faltas pessoais no ataque.
Objetivo tático: o corta luz é uma poderosa arma de ataque, essencial para qualquer
equipe, o objetivo é tentar dificultar qualquer trabalho defensivo do adversário
provocando assim em certos casos a troca de marcação.
03) Infiltração: A infiltração, a penetração e a cortada são nomes mais utilizados na
linguagem do basquetebol. A infiltração é um dos movimentos mais espetacular e
dos mais insinuantes do jogo.
É o momento em que mais se salienta a superação do homem sobre o
homem, onde entra uma série de fatores em disputa, tais como: inteligência,
criatividade, força, agilidade, elasticidade, velocidade, reflexo, capacidade de
superar as situações adversas; em fim, ultrapassam os limites da nossa imaginação.
• Posições dos jogadores no ataque
Armadores: trocam passes rápidos afim de deslocarem a marcação.
Alas: trocam passes com o armador e pivôs, e se deslocam rapidamente para o
ataque.
Pivôs: jogam debaixo da sexta, fortes no rebotes e no arremesso.
Observação: a troca de passe entre os jogadores deverá ser muito segura e
cautelosa.
TEXTO 04 - PRINCIPAIS REGRAS
CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BASQUETEBOL, Regras oficiais de
basquetebol e manual dos árbitros, 2011
REGRA ( 1 )
1.1 - Jogo de basquetebol: O basquetebol é jogado por 2 equipes de 5 jogadores
cada. O objetivo de cada equipe é jogar a bola dentro da cesta adversária.
1.2 - Movimento da bola: A bola poderá ser passada, arremessada, “tapeada”,
rolada ou driblada em qualquer direção
1.3 - Vencedor do jogo: A equipe que fizer maior numero de pontos ao final do
tempo de jogo, quarto período, ou se necessário um período extra, será o
vencedor do jogo
REGRA ( 2 )
2.1 - A quadra de jogo: Deverá ser retangular, plana e livre de obstáculos. Para as
principais competições oficiais da FIFA as dimensões deverão ser 28m no
comprimento e 15m na largura.
2.2 - Linhas: Uma quadra de basquetebol contém linhas laterais, fundo, linha de
lance livre identificada por um semi circulo
2.3 - Círculo central: O circulo central será marcado no centro da quadra e terá um
raio de 1,80m.
2.4 – Áreas das cestas de campo de três pontos deverá ser toda a área da quadra
do jogo com exceção da área próxima da cesta de seus oponentes limitadas e
incluída por: duas linhas paralelas saindo da linha final ( fundo ), medindo 6,25m.
REGRA ( 3 )
3.1 - Tabela e suporte de tabela: deverão ser construídas com material adequado,
vidro temperado transparente ou madeira.
3.2 - Dimensões das tabelas: devem ser de 1,80m horizontal, 1,05m vertical.
REGRA ( 4 )
4.1 – As cestas: As cestas compreenderão os aros e as redes. O material usado é
ferro solido, com diâmetro de no mínimo 45cm e Maximo de 45,7cm pintados na cor
branca.
4.2 – As redes: devem ser de cor branca, suspensas dos aros e construídas de
maneira que retardem, momentaneamente, a bola.
REGRA ( 5 )
5.1 - A bola de basquetebol: Deve ser esférica com uma tonalidade laranja, deverá
ser feita de couro, borracha ou sintética.
5.2 – A bola deverá pesar entre 567g e 650g, com uma circunferência entre 74,9cm,
e 78cm.
REGRA ( 6 )
6.1 - Tempo de jogo: A partida deverá consistir de quatro (4) períodos de (10)
minutos.
6.2 - Deverá existir intervalo de 2 minutos entre os períodos, com 15 minutos de
intervalo para descanso entre o 2 e 3 período.
6.3 – Se o placar estiver empatado no término do jogo, deverá haver um tempo extra
de 5 minutos até que saia o vencedor.
REGRA ( 7 )
7.1 – Cinco faltas: o jogador que cometer 5 faltas, sejam elas pessoais ou técnicas,
deverá deixar o jogo imediatamente, ele deverá ser substituído dentro de 30
segundos.
7.2 – Controle da bola: O controle da bola é considerada quando um jogador está
driblando ou passando a mesma entre os companheiros.
REGRA ( 8 )
8.1 – Uma cesta será creditada nos seguintes casos: uma cesta de lance livre vale 1
ponto, uma cesta da área de 2 pontos vale 2 pontos, uma cesta da área de 3 pontos
vale 3 pontos.
REFERÊNCIA BIBIOGRÁFICA BRASIL. Caderno Técnico- Didático: basquetebol. Ministério da Educação e Cultura. Secretaria de Educação Física e Desporto: Brasília, MEC/DDD, 1980. CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE BASQUETEBOL. Regras Oficiais de Basquetebol e Manual dos árbitros. Rio de Janeiro, 2011. Ferreira, N. C. Basquetebol na Escola. Rio de Janeiro: 3ª edição: Sprint, 2007. PICCOLO, Vilma l. Nista. Educação Física Escolar: Ser ou não Ter? Editora da Unicamp: Campinas SP. 1993. KOLYNIAK C O. O esporte como objeto da Educação Física ou da ciência da motricidade humana. Discorpo. v 7,p31-46: São Paulo, 1997. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Educação Física. MEC: Brasília, 1998. PARANÁ. Diretrizes Curriculares Estaduais – Educação Física. SEED:Curitiba, 2008. KUNS, Elenor. Transformação didática - pedagógica do Esporte. Ijui: Unijuí, 1991. GALVÃO et al. Esporte. In: DARIDO, S. C. ; RANGEL, I. C. A. Educação Física na Escola, Implicações para a Prática Pedagógica. Guanabara Koogan: Rio de Janeiro, 2008. Queiros, Paula. Por um novo enquadramento axiológico na participação de crianças e jovens no desporto. In: GAVA, Androaldo; MARQUES, Antonio; TANI, GO (Orgs). Desporto para crianças e jovens: razões e finalidades. Porto Alegre: UFRGS, 2004, p. 187-198.