david hume (1711-1776) · david hume (1711-1776) * filósofo, historiador e ensaísta britânico,...
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DAVID HUME (1711-1776)
* Filósofo, historiador e ensaísta britânico, nasceu em Edimburgo, na Escócia, e se tornou célebre por seu empirismo radical e seu ceticismo filosófico.
*Hume opôs-se particularmente à filosofia de Descartes e, também, àquelas que consideravam a razão, o homem, e o conhecimento desde um ponto de vista teológico-metafísico.
*Sua importância no desenvolvimento do pensamento contemporâneo é considerável, pois teve profunda influência sobre o pensamento de Kant e grande parte da filosofia do século XX.
Principais obras:
* Tratado da Natureza Humana (1739-1740).
* Ensaios Morais e políticos (1741-1742).
* Ensaio filosófico sobre o entendimento
humano (1748) – publicado anonimamente e,
posteriormente, reintitulado: Investigação
sobre o entendimento humano.
*Investigação sobre os princípios da moral
(1751).
Crítica à causalidade
*A causalidade é um princípio segundo o qual
todos os eventos da natureza podem ser explicados
a partir de uma causa. Sendo assim, toda causa
teria um efeito respectivo, compondo a teoria de
causa e efeito.
*Além da experiência, existe em nós um
sentimento de convicção, que Hume intitula como
um tipo de crença refinada. Se uma pessoa visse
uma garrafa de vidro cheia de água virar-se, não
só pensaria no derramamento da água e na quebra
da garrafa, como acreditaria piamente que isso, de
fato, aconteceria. O fato de crer que isto iria
acontecer, Hume chama de crença refinada.
*Estipulamos vínculos entres as coisas através
da nossa experiência e, que através do hábito,
acreditamos que uma causa terá sempre um
respectivo efeito. A crença nesses vínculos que
achamos necessários, lógicos e coerentes nas
coisas se concretiza pela experiência que
temos de fatos semelhantes de causa e efeito no
passado. Essa crença vai se fortalecendo com
o passar do tempo pelo hábito e então
passamos a acreditar que de fato a causalidade
existe de forma objetiva.
VÍDEO
Crítica à causalidade
Seção II – Da Origem das Ideias - Seção III – Da Associação de Ideias
INVESTIGAÇÃO ACERCA DO
ENTENDIMENTO HUMANO
A teoria do conhecimento de Hume, é uma refutação à teoria de Descartes. O conhecimento, para Hume, não vem da razão, mas da experiência. Imaginemos agora que uma pessoa passe a vida toda numa cela fechada com nenhuma janela que lhe permita olhar para fora. Ela não tem contato com nenhuma pessoa, só come um tipo determinado de comida (pão), e só bebe água.
*Que tipo de conhecimento esta pessoa teria?
*Como ela conheceria as coisas?
*Como saberia as cores, o sabor de outros alimentos/bebidas (doce, azedo, amargo...)?
*Como saberíamos das coisas sem as experimentarmos?
*Como saberíamos distinguir as emoções (tristeza, alegria, dor...)?
*Como identificar princípios ‘inatos’ (contradição, identidade, negação, Deus, alma, substância)?
EXPERIÊNCIA PARA HUME
A experiência será tudo aquilo que experimentamos, seja internamente (sentimentos), seja externamente (cinco sentidos).
A experiência nos fornece a matéria de nossos conhecimentos. Toda experiência é armazenada em nossa memória e pode ser acessada sempre que necessário.
Todo o nosso mundo, toda imagem que fazemos de nós mesmos e do mundo, são imagens baseadas em percepções. Deste modo, para Hume, não conhecemos o mundo como é em si mesmo.
TEMOS EXPERIÊNCIAS E POR ISSO
CONHECEMOS
*A única coisa que percebemos são aquelas causadas
pelas impressões e reduzidas a ideias. Não podemos
garantir nada, além disso, podemos garantir. Mas
podemos dizer isso porque, dirá Hume, fomos
educados pelo hábito.
*Hume não está preocupado em garantir o motivo pelo
qual as coisas sempre foram, ou sempre vão ser de
determinado modo (verdade fixa e absoluta). O que
podemos é, unicamente, fazer suposições, já que a
única certeza é de que temos percepções.
*Imaginamos agora, por exemplo, uma montanha de ouro, no meio de um vale com grama de diamantes vermelhos.
*Quando pensamos nessa paisagem, formamos uma imagem de coisas que não são, necessariamente, reais, ou que nunca vimos pessoalmente.
*O que fazemos é unir ideias que tínhamos guardadas na memória, que associamos com outras para formar uma terceira.
*Tudo o que a mente cria, segundo Hume, deve estar associado com coisas que já conhecemos de algum modo.
*É possível pensar em uma cor que nunca vimos?
*Ou sentir um gosto que nunca provamos, ou que não exista?
*Hume diferencia duas classes de pensamentos: Impressões e Ideias.
*IMPRESSÕES: São fortes, representam as nossas vivências atuais, que “imprimem” uma ideia em nosso pensamento; a primeira aparição de uma ‘coisa’ na mente. Diferente da lembrança, a impressão é mais vívida, sempre é atual e se dá no exato momento em que experimentamos uma coisa.
*IDEIAS: São fracas, representam as lembranças das impressões, são o vestígio das impressões que tivemos em algum determinado momento determinado. As ideias afloram à consciência, quando pensamos ou raciocinamos.
* Impressões e ideias podem, ambas, ser simples e complexas. A primeira é indivisível ao pensamento; a segunda reúne várias outras ideias.
MAPA CONCEITUAL
Teoria do conhecimento
em Hume
Em linhas gerais, podemos pontuar alguns elementos
básicos de sua teoria:
*não existe a causalidade, pois a relação causa-
efeito é produzida pela experiência que temos
com os fenômenos e por nosso hábito de
estabelece ligações entre eles.
*não há como o ser humano dar origem a ideias,
pois, em nossa condição, somos inteiramente
submetidos aos sentidos.
Experiência
Ideia da gelatina
*Todo mundo já comeu gelatina?
*Qual era a cor da gelatina?
*Como era o sabor da gelatina? Doce,
salgada, amarga ou azeda?
*A gelatina era quente ou fria?
*Como era a consistência da gelatina?
Líquida, sólida, grossa, mole, dura?
Impressão da gelatina
*Qual a cor da sua gelatina agora?
*Qual é o sabor da sua gelatina? Doce, salgada, amarga ou azeda?
*A gelatina está fria ou quente?
*A gelatina está com qual consistência? Líquida, sólida, grossa, mole, dura?
Fim …
Obrigada!