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MUNICÍPIO DE GUARAPARI ESTADO DO ESPIRITO SANTO GABINETE DO PREFEITO DECRETO Nº. 541/2012 REGULAMENTA AS NORMAS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAS ATIVIDADES POTENCIAL OU EFETIVAMENTE POLUIDORAS INSTALADAS OU A SE INSTALAREM NO MUNICÍPIO DE GUARAPARI, CONFORME ART. 20 DA LEI MUNICIPAL Nº 3.372/2012. O PREFEITO MUNICIPAL DE GUARAPARI, no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo art. 88, inciso III, da Lei Orgânica do Município e considerando o estabelecido no art. 20 da Lei Municipal nº 3.372/2012, de 20 de março de 2012. D E C R E T A: CAPÍTULO I DAS NORMAS GERAIS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAS ATIVIDADES POTENCIAIS OU EFETIVAMENTE POLUIDORES E SUA REVISÃO Art. 1°. Este Decreto regulamenta os dispositivos da lei 3372/2012 que trata das atividades e empreendimentos potenciais ou efetivamente poluidores considerados de impacto local instalados ou a se instalar no Município, passíveis de licenciamento ambiental. Art. 2°. O licenciamento ambiental e sua revisão são instrumentos da Política Municipal de Meio Ambiente, essenciais para a defesa e preservação ambiental no Município de Guarapari, visando garantir a qualidade de vida da população, mediante a normatização da localização, instalação, operação, ampliação, bem como o controle e a fiscalização de atividades potenciais ou efetivamente poluidoras. Parágrafo único. Cabe a Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMA, por meio de seu corpo técnico, a análise dos requerimentos de licenciamento ambiental de que trata este Regulamento, ouvido o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Guarapari - COMDEMAG, quando couber.

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MUNICÍPIO DE GUARAPARIESTADO DO ESPIRITO SANTO

GABINETE DO PREFEITO

DECRETO Nº. 541/2012

REGULAMENTA AS NORMAS DO LICENCIAMENTOAMBIENTAL DAS ATIVIDADES POTENCIAL OUEFETIVAMENTE POLUIDORAS INSTALADAS OU A SEINSTALAREM NO MUNICÍPIO DE GUARAPARI, CONFORMEART. 20 DA LEI MUNICIPAL Nº 3.372/2012.

O PREFEITO MUNICIPAL DE GUARAPARI, no uso das atribuiçõesque lhe são conferidas pelo art. 88, inciso III, da Lei Orgânica do Município e considerando oestabelecido no art. 20 da Lei Municipal nº 3.372/2012, de 20 de março de 2012.

D E C R E T A:

CAPÍTULO IDAS NORMAS GERAIS DO LICENCIAMENTO AMBIENTAL DAS

ATIVIDADES POTENCIAIS OU EFETIVAMENTE POLUIDORES E SUA REVISÃO

Art. 1°. Este Decreto regulamenta os dispositivos da lei 3372/2012 quetrata das atividades e empreendimentos potenciais ou efetivamente poluidores considerados de impactolocal instalados ou a se instalar no Município, passíveis de licenciamento ambiental.

Art. 2°. O licenciamento ambiental e sua revisão são instrumentos daPolítica Municipal de Meio Ambiente, essenciais para a defesa e preservação ambiental no Município deGuarapari, visando garantir a qualidade de vida da população, mediante a normatização da localização,instalação, operação, ampliação, bem como o controle e a fiscalização de atividades potenciais ouefetivamente poluidoras.

Parágrafo único. Cabe a Secretaria Municipal de Meio Ambiente -SEMA, por meio de seu corpo técnico, a análise dos requerimentos de licenciamento ambiental de quetrata este Regulamento, ouvido o Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de Guarapari -COMDEMAG, quando couber.

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Art. 3°. A execução de planos, programas, projetos e obras, alocalização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos eatividades utilizadores de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bemcomo aquelas capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental no Município deGuarapari, dependerão de prévio licenciamento a ser procedido pela SEMA.

§ 1º. O rol dos empreendimentos e atividades sujeita ao licenciamentoambiental de que trata este artigo é definido no Anexo I, parte integrante deste Decreto.

§ 2º. São dispensadas do Licenciamento Ambiental as atividadesrelacionadas no Anexo II, parte integrante deste decreto.

Art. 4°. Para formalização e análise do requerimento de licenciamentoambiental, serão observadas as seguintes etapas:

I – O empreendedor deverá realizar junto ao balcão de atendimento daSEMA, Consulta Prévia para orientação e enquadramento da atividade ou empreendimento.

II – De posse dos documentos, projetos e estudos ambientais, oempreendedor deverá dirigir-se até a Gerencia de Controle e Licenciamento Ambiental para conferênciados documentos e emissão do Documento de Arrecadação Municipal – DAM, para o recolhimento dastaxas devidas e em seguida o requerente deverá se dirigir ao setor do Protocolo Geral da PrefeituraMunicipal de Guarapari para abertura oficial do processo de requerimento de Licença Ambiental.

III – Após a abertura do processo o requerente deverá proceder apublicação do requerimento da Licença em jornal de grande circulação e no Diário Oficial do Estado doEspírito Santo, conforme regulamentação especial, estando o início da análise do requerimentocondicionado a apresentação destas.

IV – A SEMA procederá a análise da documentação, projetos eestudos ambientais apresentados e a realização de vistorias técnicas necessárias;

V – Caso necessário, a SEMA solicitará esclarecimentos ecomplementações, após os procedimentos previstos no item anterior;

VI – Audiência pública, quando couber;

VII – Encaminhamento ao Conselho Municipal de Defesa do MeioAmbiente – COMDEMAG nos casos previstos em lei;

VIII – Emissão de parecer conclusivo e, quando couber, parecerjurídico;

IX – Deferimento ou indeferimento do pedido de licença.

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§ 1º. Não serão formalizados os requerimentos de licenciamento quenão estejam acompanhados dos documentos descritos no Anexo III parte integrante deste Decreto, ouque estejam acompanhados de formulários ou documentos desatualizados ou omissos quanto ainformações obrigatórias essenciais para análise técnica.

§ 2 °. Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverãoser realizados por profissionais liberais ou empresas legalmente habilitados.

§ 3°. Os licenciamentos que dependam de manifestação, certidão,licenciamentos de quaisquer espécie ou autorização de órgãos da União ou do Estado, só serãoapreciados pela SEMA mediante apresentação dessa documentação.

Art. 5°. A SEMA, após as etapas descritas no Art. 4º, expedirá oinstrumento requerido.

§ 1°. São instrumentos de licenciamento e controle ambiental daSEMA:

I – Autorização Ambiental – AA;

II – Anuência Prévia Ambiental – APA;

III – Licença Municipal Prévia – LMP;

IV – Licença Municipal de Instalação – LMI;

V – Licença Municipal de Operação – LMO;

VI – Licença Ambiental Simplificada – LAS

VII – Licença Municipal Única – LMU

VIII – Licença Ambiental de Regularização – LAR

Parágrafo único. A expedição de que trata o “caput” deste artigo, seráprocedida pela SEMA por meio de formulário próprio, disponível no site oficial da prefeitura Municipal deGuarapari.

Art. 6°. Autorização Ambiental é um ato administrativo emitido emcaráter precário e com prazo máximo de 6 (seis) meses, não renovável, mediante o qual a SEMAestabelece as condições de realização ou operação de empreendimentos, atividades, pesquisas,serviços de caráter temporário, para execução de obras que não caracterizem instalações permanentes,

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obras emergenciais de interesse público, transporte de cargas e resíduos perigosos ou, ainda, paraavaliar a eficiência das medidas adotadas pelo empreendimento ou atividade.

Parágrafo único - O valor da taxa cobrada para Autorização Ambientalserá similar ao valor cobrado para taxa de expediente.

Art. 7°. Anuência Prévia Ambiental é a concordância quanto ao uso e

ocupação do solo pelo Município, para os empreendimentos, atividades e serviços considerados efetivaou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente, passíveis de LicenciamentoAmbiental, que não sejam de impacto local ou não atendam ao porte limite estabelecido na Tabela deClassificação das Atividades, que integra o Anexo I parte integrante deste decreto e cujo licenciamentose dê em outro nível de competência.

Parágrafo único – Em caso de atividades e serviços

considerados efetiva ou potencialmente poluidores e/ou degradadores do meio ambiente, passíveis deLicenciamento Ambiental, que não sejam de impacto local ou não atendam ao porte limite estabelecidona Tabela de Classificação das Atividades, que integra o Anexo I deste Decreto e cujo licenciamento sedê em outro nível de competência, a SEMA expedirá a Anuência Prévia Ambiental quanto ao uso eocupação do solo, para fins de Licenciamento junto a outro órgão competente.

Art. 8°. A Licença Municipal Prévia - LMP, requerida a SEMA peloproponente do empreendimento ou atividade na fase inicial do processo de licenciamento, deveráobservar as normas de uso e ocupação do solo de âmbito federal, estadual e municipal.

Art. 9°. A LMP será expedida pela SEMA caso as informações edocumentos apresentados pelo proponente sejam aprovados, devendo especificar condições básicas delocalização.

Parágrafo único - Na LMP deverá estar claro que a mesma faz parteda fase inicial do Processo de Licenciamento.

Art. 10º. A Licença Municipal de Instalação - LMI será expedida pelaSEMA, mediante Cronograma de Implantação do Projeto e do Sistema de Controle Ambiental e após aanálise e aprovação do Memorial Descritivo, Fluxograma de Processo, Memorial Técnico e ProjetosExecutivos devidamente aprovados pela Secretaria Municipal de Planejamento Rural e Urbano -SEMPRAD.

Parágrafo único - As obras de implantação do empreendimento ouatividade só poderão ser iniciadas após a liberação da LMI, sob pena de embargo e aplicação dasdemais sanções previstas em lei e neste Decreto.

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Art. 11. A Licença Municipal de Operação – LMO será expedida pelaSEMA após a verificação da implantação dos projetos executivos e respectivos sistemas de controleambiental exigidos na fase de licenciamento de instalação do empreendimento ou atividade.

§ 1°. Para a verificação de que trata o “caput” deste artigo serárealizada vistoria técnica ou adotado outro meio de comprovação de que as obras e os sistemas decontrole ambiental estão de acordo com os projetos aprovados pela SEMA.

§ 2°. A SEMA deverá incluir entre as condicionantes da LMO, arealização de monitoramento ambiental pelo responsável pela atividade ou empreendimento,objetivando verificar a eficiência dos sistemas de controle ambiental com relação às emissões e ocumprimento das normas que estabelecem padrões de emissão e de qualidade ambiental.

§ 3°. A eficiência dos sistemas de controle ambiental deverá sertestada nos primeiros 90 (noventa) dias de funcionamento da atividade ou empreendimento, cabendo aSEMA determinar as alterações necessárias, caso as emissões não estejam atendendo os padrõesambientais.

§ 4°. Cabe ao responsável pela atividade ou empreendimentolicenciado, cumprir as condicionantes estabelecidas na LMO e manter as especificações constantes doprojeto aprovado, sob pena de suspensão da licença, quando a irregularidade for sanável ou acassação, caso as irregularidades não possam ser corrigidas provocando danos ambientais ou perigo àsaúde, à segurança, e às atividades sociais e recreativas, sem prejuízo de outras sanções cabíveis,previstas em regulamento próprio.

Art. 12. Fica instituída a Licença Ambiental Simplificada – LAS, comoinstrumento de gestão e monitoramento das atividades realizadas por empreendimentos de baixoimpacto ambiental, conforme enquadramento constante no Anexo I parte integrante deste Decreto.

§ 1º. As atividades mencionadas neste artigo são aquelas que, emfunção de sua natureza, localização, porte e outras peculiaridades, tenham impacto ambiental de baixamagnitude.

§ 2º. Os grupos a que se refere o caput são os seguintes:

I. Grupo I – Agropecuária e Efluentes Orgânicos;

II. Grupo II – Uso e Ocupação do Solo, Energia e Saneamento; III. Grupo III – Resíduos Sólidos e Beneficiamento de Rochas Ornamentais; IV. Grupo IV – Extração Mineral; V. Grupo V – Indústrias Químicas;

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VI. Grupo VI – Beneficiamento de Minerais, Borracha Natural e Grãos; VII. Grupo VII – Indústrias Diversas, Estocagem e Serviços.

VII. Grupo VIII – Estradas, Rodovias e Obras afins.

§ 3º. Poderão também requerer o licenciamento simplificadoempreendimentos já instalados e em funcionamento, que se enquadre entre as atividades descritas noANEXO I parte integrante deste decreto, desde que os controles ambientais estejam de acordo com alegislação vigente.

§ 4º. O licenciamento simplificado dos empreendimentos ficacondicionado ao atendimento dos limites de porte e dos critérios explicitados neste Decreto.

§ 5º. Os critérios que se referem o § 5º deste artigo, são:

I. Possuir Certidão de Dispensa de Outorga ou Portaria de Outorga de Recursos Hídricos casorealizem intervenções em recursos hídricos, tais como captação, barramento, lançamento e outros,conforme Resoluções e Instruções Normativas vigentes, quando couber;

II. A área prevista para implantação ou a área onde o empreendimento está implantado não devecorresponder a Área de Preservação Permanente - APP, conforme Lei Federal 4.771/65 ou outra quevier a substituir, Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA 302/02 e 303/02,ou áreas de alagados, lagoas / lagunas costeiras, costões rochosos, cordões arenosos e praiasexcetuando-se somente os casos de utilidade pública ou de interesse social previstos na ResoluçãoCONAMA 369/06;

III. Caso a área prevista para implantação ou a área onde o empreendimento está implantado estejalocalizada em Unidade de Conservação ou em zona de amortecimento, conforme definiçõesconstantes na Lei Federal 9.985/00 que regulamente o Sistema Nacional de Unidades deConservação - SNUC deverá possuir anuência do órgão gestor da respectiva Unidade;

IV. Em caso de supressão de vegetação, possuir anuência do Instituto de Defesa Agropecuária eFlorestal - IDAF, conforme Lei Estadual nº. 5.361/96 que institui a Política Florestal do Estado doEspírito Santo e em suas alterações;

V. Poderão ser realizadas movimentações de terra (cortes e aterros), na própria obra ou em áreasde empréstimo e/ou bota-fora, que formem taludes inferiores a 6 (seis) metros de altura,devendo-se garantir que sejam desenvolvidos com segurança, com completa cobertura vegetal, esem a promoção de risco de interferência no regime de escoamento das águas de modo a prevenirrepresamentos ou carreamento de sedimentos para corpos d’água;

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VI. No caso de utilização de madeira como combustível, ou seus subprodutos, deverá possuir registroatualizado de consumidor, processador e comerciante de produtos e subprodutos florestaisexpedido pelo IDAF, conforme estabelecido no Decreto Estadual nº. 4.124-N e em suas alterações;

VII. Realizar tratamento e destinação adequada dos efluentes domésticos conforme as Normas Técnicas7.229/93 e 13.969/97, editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, oucomprovar a destinação para sistema de coleta e tratamento público;

VIII. Possuir sistema de tratamento de efluentes do processo produtivo dimensionado e projetado paraatender aos períodos de maior demanda, conforme legislação pertinente ou anuência daconcessionária do serviço de coleta de esgoto para recebimento de seu efluente;

IX. Não realizar lançamento in natura de qualquer tipo de efluente, salvo no caso de possuir outorgaemitida para este fim;

X. Realizar o gerenciamento e a adequada destinação de resíduos sólidos, domésticos e industriaisgerados, mantendo no empreendimento os comprovantes de destinação para fins de fiscalização econtrole do órgão ambiental;

XI. No caso de uso de produtos perigosos ou geração de resíduos perigosos, como óleos, graxas, tintas esolventes, realizar manuseio em área com piso impermeabilizado e coberto, dotado de estrutura decontenção, de separação e de coleta;

XII. Caso existam tanques de combustível no empreendimento, estes devem ser aéreos e comcapacidade máxima total de até 15.000 litros, dotados de bacia de contenção e demais mecanismosde controle e segurança estabelecidos nas Normas Técnicas 15.461 e 17.505 da ABNT;

XIII. No caso de possuir tanque de armazenamento de amônia, o empreendimento deverá apresentarPlano de Contingência e Emergência prevendo ações em caso de vazamentos;

XIV. Não realizar resfriamento com gás freon ou semelhante;

XV. Atender integralmente às Instruções Normativas editadas pela SEMA e Resoluções COMDEMAG, noque tange à atividade objeto do requerimento de licenciamento ambiental.

§ 6º. Os critérios específicos para o grupo I (Agropecuária e EfluentesOrgânicos) são:

I. Em caso de criação de mamíferos, répteis e aves de grande,médio e pequeno porte (fauna silvestre) aplicam-se as seguintes observações:

a. A atividade não deve inserir-se em perímetro urbano;

b. Deve-se contar com o adequado gerenciamento dos resíduos

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orgânicos e tratamento dos efluentes líquidos provenientes doprocesso produtivo.

c. Os resíduos orgânicos não poderão ser dispostosinadequadamente sobre o solo.

d. Obter, antes de povoar o criadouro, Autorização do InstitutoBrasileiro de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IBAMA para acriação de fauna silvestre.

II. Em caso de Abatedouro de frangos e outros animais de pequenoporte aplicam-se as seguintes observações:

a. Todos os resíduos oriundos do processo produtivo somentepoderão ser destinados à coleta pública municipal se suadestinação final se der de forma controlada, em um aterro sanitáriodevidamente licenciado.

b. Visando à redução da carga orgânica no efluente, é vedado odescarte do sangue no sistema de tratamento de efluentes. Osangue deverá ser segregado e adequadamente manejado edestinado.

§ 7º. Os critérios específicos para o grupo II (Uso e Ocupação do Solo,Energia e Saneamento) são:

I. Em caso de unidades básicas de saúde, clínicas médicas eclínicas veterinárias, o empreendimento deverá apresentar plano de gerenciamento de resíduos deserviço de saúde conforme Resoluções CONAMA 358/05 e RDC 306/04 da Agência Nacional deVigilância Sanitária - ANVISA;

II. A instalação de linhas de transmissão e subestações de energiaelétrica não deve acarretar a supressão de vegetação em estágio médio e avançado de regeneração,conforme Decreto Federal nº. 750/93 e em suas alterações;

III. No caso de instalações de Estações Rádio Base (telefonia), oempreendedor deve possuir:

a. Relatório de Conformidade elaborado por técnico habilitadocomprovando o atendimento dos limites de exposição a camposelétricos, magnéticos e eletromagnéticos, na faixa deradiofreqüências entre 9 kHz e 300 GHz, conforme o disposto na

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Resolução da Agência Nacional de Telecomunicações - ANATELnº 303/02;

b. Atender os critérios e limites da Lei Municipal nº 2505/2005 ououtra que vier a substituí-la.

IV. No caso de instalação de cemitérios horizontais:

a. O nível inferior das sepulturas deverá estar a uma distância depelo menos um metro e meio acima do nível mais alto do lençolfreático, medido no fim da estação das cheias e a área desepultamento deve manter um recuo mínimo de cinco metros emrelação ao perímetro do cemitério, sendo o referido perímetro e aárea interna do cemitério providos de sistema de drenagem;

b. O subsolo da área pretendida para o cemitério deverá serconstituído por materiais com coeficientes de permeabilidade entre10-5 e 10-7 cm/s, na faixa compreendida entre o fundo dassepulturas e o nível do lençol freático, medido no fim da estaçãodas cheias. Para permeabilidades maiores, é necessário que onível inferior dos jazigos esteja pelo menos dez metros acima donível do lençol freático.

V. Para o parcelamento do solo, bem como para a construção deUnidades Habitacionais Populares:

a. Se enquadra como Unidades Habitacionais Populares, advindosde projetos sociais

b. Não adotar terrenos que apresentem alguma condição geológicaque ofereça risco ao empreendimento (deslizamento de barrancose/ou rochas, riscos de erosão, fraturas em rochas ou outros);

c. Caso a gleba ou parte dela possua declive igual ou superior a30% (trinta por cento), atender as diretrizes e exigênciasespecíficas definidas pela Prefeitura Municipal.

d. Não poderão ser ocupadas áreas alagadas e/ou alagáveis.

VI. No caso da instalação de unidades habitacionais populares emloteamentos consolidados:

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a. Se enquadra como Unidades Habitacionais populares, advindosde projetos sociais

b. O responsável deverá possuir relatórios descritivos e plantas dosloteamentos contendo, no mínimo, sistema viário e soluções paraesgotamento sanitário, abastecimento de água e coleta de lixo;

c. Se possuir sistema de tratamento coletivo deve dispor de outorgapara lançamento do efluente em corpo d´água ou anuência daconcessionária local (ou do município, se for ele o gestor) paradestiná-los para estação de tratamento de esgoto;

d. Não poderão ser implantadas sobre terrenos aterrados commaterial nocivo à saúde pública;

VII. No caso de instalação de unidades habitacionais

populares em loteamentos não consolidados:

a. O responsável deverá possuir relatórios descritivos e

plantas/pranchas dos loteamentos contendo: o partido urbanístico(distribuição dos lotes na gleba, arranjo do sistema viário,localização dos equipamentos e espaços públicos e quadro deárea), o sistema de abastecimento de água, o sistema deesgotamento sanitário e o sistema de drenagem pluvial.

b. O sistema de esgotamento sanitário deverá ser coletivo, seinterligado ao sistema administrado pela concessionária local desaneamento, possuir carta de anuência desta sobre a viabilidadede atendimento e a sustentabilidade do empreendimento quanto àoperação e manutenção deste sistema. Caso não seja interligadoao sistema administrado pela concessionária local de saneamento,requerer o licenciamento em separado para a Estação deTratamento de Esgoto, conforme esta Instrução Normativa;

c. No caso de tratamento individual deverá ser adotados sistema defossa, filtro e sumidouro dimensionados e construídas segundo asNormas Técnicas vigentes;

d. O responsável deverá possuir em caso de imóveis rurais, odocumento que comprove a baixa de inscrição no INCRA; a cartade anuência da concessionária local saneamento sobre a

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viabilidade de atendimento e a sustentabilidade doempreendimento quanto à operação e manutenção dos sistemasde abastecimento de água; carta de viabilidade técnica quanto aofornecimento de energia elétrica; e declaração de viabilidade deatendimento quanto à coleta de lixo, emitida pelo município ou pelaconcessionária responsável por este serviço na localidade doempreendimento;

e. Não poderão ser implantadas sobre terrenos aterrados commaterial nocivo à saúde pública.

VIII. No caso de atividades de corte, aterro, terraplanagem e ou

áreas de empréstimo:

a. A(s) área(s) envolvida(s) deve(m) ser georreferenciada(s);

b. No caso de movimentação de terra externa ao empreendimento erelacionadas a este devem ser georreferenciadas e adocumentação referente à aquisição e/ou destinação do materialdeve ser mantida arquivada para fins de comprovação àfiscalização;

c. A atividade deve ser desenvolvida com segurança, promovendo ocontrole da erosão e não incorrendo em risco de interferência noregime de escoamento das águas nas áreas adjacentes, de modoa prevenir represamentos ou carreamento de sedimentos paracorpos d’água;

d. A altura dos taludes de corte e ou aterro devem estar limitados a6(seis) metros, considerando a totalidade da intervenção,abrangendo uma área total máxima de 10.000 m²;

e. Deverá ser prevista a implantação de sistema de drenagem e arevegetação de cobertura nos taludes gerados, bem como serassegurada sua estabilidade;

f. Em caso de atividade de corte e aterro na área urbana domunicípio, somente será exigido o Licenciamento AmbientalSimplificado em atividades cuja movimentação de terra sejarealizada em área compreendida entre 1.000 m² e 10.000 m² etaludes entre 3 e 6 metros de altura. Nos casos em que a área formenor que 1.000 m² e com talude inferior a 3 metros de altura,deverá o requerente solicitar uma Autorização Prévia junto à

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SEMA, através do formulário disponibilizado no site oficial daPrefeitura Municipal de Guarapari, devendo-se observar o dispostonos § 15º e 17º deste artigo.

g. Em caso de atividade de corte e aterro na Zona Rural domunicípio, somente será exigido o Licenciamento AmbientalSimplificado em atividades cuja movimentação de terra sejarealizada em área entre 2.000 m² e 10.000 m² e com talude entre3 e 6 metros de altura. Nos casos em que a área for menor que2.000 m² e com talude inferior a 3 metros de altura e que nãopossuam interferência em Área de Preservação Permanente(APP), conforme Lei Federal 4.771/65 e Resoluções CONAMA302/02 e 303/02, ou áreas de alagados, lagoas / lagunascosteiras, costões rochosos, cordões arenosos e praias.Excetuam-se somente os casos de utilidade pública ou deinteresse social previstos na Resolução CONAMA 369/06 (artigo2º), deverá o requerente solicitar uma Autorização Prévia junto àSEMA, através do formulário disponibilizado no site oficial daPrefeitura Municipal de Guarapari, devendo observar o dispostonos § 15º e 17º deste artigo.

IX. No caso de Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) eEstações de Tratamento de Água (ETAs) a tecnologia empregada e a localização das estruturas nãodeverão ocasionar impactos ambientais negativos significativos, especialmente os paisagísticos, porruídos, vibrações ou emissões atmosféricas (odores), devendo seu projeto contemplar soluçõestecnicamente reconhecidas para mitigação desses impactos, em caso de existência dos mesmos.

X. Todas as unidades operacionais do Sistema de EsgotamentoSanitário deverão estar fora da cota de inundação, dos corpos hídricos próximos às mesmas ou deveráser adotada tecnologia que garanta a eficiência e o não contato dos efluentes coletados com os corposhídricos e com o solo por meio de alagamentos, infiltrações e outros meios que possam causar danosao meio ambiente.

§ 8º. Os critérios específicos para o grupo III (Resíduos Sólidos eBeneficiamento de Rochas Ornamentais) são:

I. Não armazenar resíduos (pré-triagem) por período superiora 24 horas (exceto para marmorarias), salvo em condições em que não existir a mistura com resíduosorgânicos;

II. Para os casos de resíduos de construção civil edemolição, submetê-los a prévia triagem, atendendo aos critérios da Resolução CONAMA 307/02;

III. No caso de indústrias de beneficiamento de rochas:

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a. Limitar-se ao exercício das atividades de aparelhamento (corte eacabamento) e, ou polimentos manuais, ou seja, sem a operaçãode teares ou politrizes automáticas;

b. Possuir sistemas de controle/amenização de ruídos e de emissõesatmosféricas;

c. Não realizar operação de resinagem;

d. Não possuir passivo ambiental na área de sua instalação;

e. Realizar o correto tratamento, armazenamento temporário edestinação final dos resíduos.

§ 9º. Os critérios específicos para o grupo IV (Extração Mineral) são:

I. Possuir acordo com o proprietário do solo;

II. Realizar controle permanente de processos erosivos por meio dedispositivos de drenagem, suavização dos taludes formados, revegetação e demais alternativaseficazes;

III. No caso de extração de areia em leito de rio, além dos incisosacima:

a. Deverá ser dragado apenas o material decorrente do processode assoreamento, observando afastamento da balsa de nomínimo 1,50 metro das margens do rio como forma depreservar a calha natural e minimizar a interferência na suadinâmica;

b. O material dragado deverá ser depositado diretamente sobre acaçamba do caminhão ou em depósito temporário instalado emárea plana próxima ao porto de dragagem, desde que sejamantida distância de, no mínimo, 15 (quinze) metros da bordado rio;

c. Deverá possuir e executar Plano de Recuperação de ÁreaDegradada baseado no reflorestamento com espécies nativas eque sigam características de mata ciliar, oferecendo condiçõespara o perfeito desenvolvimento das mesmas;

d. A água bombeada durante o processo de extração deverá

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retornar ao corpo hídrico desprovida de resíduos e de modoque não cause desmoronamentos da margem;

e. As operações de reabastecimento do conjunto moto-bomba dabalsa de sucção de areia de leito de rio deverão ser realizadasde maneira a evitar acidentes que possam causarderramamentos ou qualquer impacto ambiental ao leito do rio;

f. O local pretendido para a atividade de extração deverá estarlocalizado somente em trecho de cursos d’água cuja larguramédia naquela área seja de, no máximo, 30 (trinta) metros.

IV. Para extração de areia, argila ou saibro:

a. Não deverá ocasionar o afloramento do lençol freático e nem aformação de qualquer tipo de lagoa dentro da área de extração,devendo esta atividade ser realizada acima do nível da águasubterrânea;

b. Deverá possuir e executar Plano de Recuperação de ÁreaDegradada baseada no reflorestamento de espécies nativas;

V. Possuir Registro de Licenciamento ou Registro de Extração no

DNPM;

§ 10º. Os critérios específicos para o grupo V (Indústrias Químicas)são:

I. Não aplicar agrotóxicos;

II. Utilizar somente produtos registrados pelo Ministério da Saúdeou Ministério da Agricultura;

III. Possuir área de depósito ou manuseio de produtos com pisoimpermeabilizado;

IV. Executar o gerenciamento dos resíduos sólidos gerados noprocesso produtivo de acordo com a Resolução CONAMA 275/01;

V. Em caso de laboratórios de análises clínicas e farmácia demanipulação, o empreendimento deverá possuir plano de gerenciamento de resíduos de serviço de

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saúde conforme Resoluções CONAMA 358/05 e RDC 306/04 da ANVISA;

VI. No caso de fracionamento e embalagem de produtos químicos,possuir bacia de contenção ou sistema de tratamento adequadamente dimensionado;

VII. No caso de farmácia de manipulação não lançar efluentes dosistema produtivo na rede de esgoto sem o prévio tratamento (no mínimo neutralização);

VIII. No caso de aplicação de produtos domissanitários:

a. Realizar a tríplice lavagem, armazenar e destinar adequadamenteresíduos contaminados (inclusive embalagens vazias) e produtoscom validade vencida;

b. Não lançar em rede de esgoto, pluvial ou corpo hídrico efluenteoriginário de produto domissanitário ou biocida;

c. Não realizar fumigação ou expurgo.

§ 11º. Os critérios específicos para o grupo VI (Beneficiamento deMinerais, Borracha Natural e Grãos) são:

I. No caso de desempenhar as atividades sujeitas à emissão demateriais particulados (do tipo ensacamento de argila, pilagem e classificação de grãos), oempreendimento deverá possuir sistema de controle/amenização/contenção de emissões atmosféricas(poeira e resíduos) adequado;

II. No caso de fabricação de cerâmicas e derivados de argila:

a. Havendo utilização de resíduos de lama abrasiva provenientes dobeneficiamento de rochas ornamentais ou de lama de alto fornocomo insumo no processo produtivo, estes insumos deverão serarmazenados em área com piso impermeabilizado e coberto,dotado de estrutura de contenção;

b. Não utilizar material combustível úmido, devendo seuarmazenamento ser feito em local abrigado;

c. Os fornos deverão localizar-se a uma distância mínima de 100metros de rodovias e 300 metros de residências;

d. Estar distante a mais de 1.000 metros de áreas urbanas.

III. No caso de torrefação e/ou moagem de café e outros grãos, o

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funcionamento do empreendimento somente poderá se dar em período diurno.

§ 12º. Os critérios específicos para o grupo VII (Indústrias Diversas,Estocagem e Serviços) são:

I. Não realizar operações de tratamento térmico, galvanotécnico,fundição de metais, esmaltação e/ou pintura por aspersão, mesmo que possua cabine de pintura;

II. Coletar e reciclar os fluidos de corte ou de usinagem esgotados,destinando-os a empresas devidamente licenciadas;

III. Armazenar insumos, matérias-primas e resíduos de qualquerespécie em local abrigado da ação do vento e da chuva ou, no caso de materiais para produção depré-moldados, umectar ou cobrir as pilhas de modo a controlar a emissão de particulados quecomprometam a qualidade do ar e causem incômodos à vizinhança;

IV. No caso de atividades de processamento de madeira, possuirsistema de exaustão de material particulado (pó de serra);

V. Possuir certidão de vistoria de corpo de bombeiros para estaçãode odorização de gás;

VI. No caso de empresas que realizem Coleta e Transporte deLíquidos provenientes de Esgotos Domésticos e Águas Pluviais:

a. Manter inventário semestral, com dados mensais comprovando adestinação final dos resíduos em aterro sanitário, devidamentelicenciado por órgão ambiental competente, mantendo arquivadosos documentos que comprovem a efetiva comercialização /destinação final dos resíduos (notas fiscais/ reciboscomprobatórios de recebimento, devidamente assinados pelorecebedor);

b. Deve ser observado o devido licenciamento das áreas dedisposição final;

c. Caso a empresa seja sediada em outra unidade da federação,manter atualizada a Licença Ambiental de Operação emitida porórgão ambiental competente do Estado de Origem;

d. Possuir e manter atualizado o PLANO DE CONTINGÊNCIA /EMERGÊNCIA DA OPERAÇÃO DE CARGA E MANUSEIO, quedeverá atender as normas específicas estabelecidas pelo órgãoambiental.

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VII. No caso específico de Coleta e Transporte de Produtos eResíduos Não-Perigosos (Resíduos Classe II):

a. No caso de resíduos sólidos transportados em carroceria abertaou em caçambas, as cargas deverão estar devidamente lonadas;

b. Os resíduos não-perigosos eventualmente utilizados em aterro outerraplenagem deverão ser dispostos em áreas devidamenteautorizadas ou licenciadas;

c. Possuir e manter atualizado o PLANO DE CONTINGÊNCIA /EMERGÊNCIA DA OPERAÇÃO DE CARGA E MANUSEIO, quedeverá atender as normas específicas estabelecidas pelo órgãoambiental.

VIII. No caso de a atividade de limpeza e/ou manutenção dosveículos transportadores ser exercida pela própria empresa, possuir e manter atualizada a LicençaAmbiental de Operação para a realização do serviço.

IX. As atividades de pátio de estocagem, armazém ou depósito nãopodem representar risco para a qualidade do solo e da água, estando nelas incluídas a atividade deensacamento/armazenamento de carvão e materiais de construção, dentre outros.

§ 13º. O requerimento da licença simplificada deverá ser formalizadocom os documentos contidos no Anexo III deste Decreto. Seguindo os procedimentos do Art. 5° desteDecreto.

§ 14º. Não caberá o licenciamento simplificado para os seguintescasos:

I. Ampliação de atividades sujeitas ao licenciamento simplificado, cujoporte total exceda o limite estabelecido neste Decreto. Nestes casos, o empreendimento deverá migrarpara o licenciamento comum, enquadrando-se na Classe referente ao porte final;

II. Licenciamento em separado de unidades produtivas de umamesma atividade, exceto para o caso de saneamento;

III. Quando existirem atividades interdependentes numa mesma áreanão enquadradas como simplificadas, o empreendimento deverá ser contemplado em outrasmodalidades de licenças ambientais previstas neste Decreto, exceto para o caso de saneamento;

IV. Licenciamento de mais de uma frente de lavra sob o mesmoregistro do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). Neste caso, será permitida somenteuma licença simplificada para cada registro do DNPM;

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V. Para a atividade de corte, aterro, terraplanagem e ou áreas deempréstimo quando se tratar de atividade meio para uma atividade sujeita ao licenciamento comum.

VI. Para a atividade de corte, aterro, terraplanagem e ou áreas deempréstimo quando se tratar de atividade meio para uma atividade sujeita ao licenciamento simplificadodeverá também ser apresentado, devidamente preenchido, o formulário de caracterização (FCE) paraatividade de terraplanagem juntamente com as demais documentações.

§ 15°. Caso o empreendimento exerça mais de uma atividadeenquadrada como simplificada, caberá o licenciamento de cada atividade em separado, observando-seo disposto no Parágrafo 17.

§ 16°. No caso de diversificação ou alteração do processo produtivodo empreendimento, ou da atividade objeto de licenciamento simplificado, deverá ser requerido novalicença ambiental, podendo esta também ser simplificada caso se enquadre nos limites e critériosestabelecidos.

§ 17°. A solicitação de Licença Ambiental Simplificada será apreciadaem uma única fase, cujo prazo máximo para emissão pela SEMA será de 45 (quarenta e cinco) diasúteis.

§ 18°. A instrução processual para o LAS será precedida daobservância dos procedimentos simplificados, bem como do preenchimento do formulário.

§ 19°. A ampliação, mudança de atividade ou descumprimento dalegislação ambiental obriga a empresa a pedir uma reanálise do seu enquadramento no LAS oucompulsoriamente, se assim entender o órgão ambiental licenciador.

Art. 13. Licença Ambiental Única é o ato administrativo pelo qual o

órgão ambiental emite uma única licença estabelecendo as condições, restrições e medidas de controleambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor para empreendimentos e/ou atividadespotencialmente impactantes ou utilizadoras de recursos ambientais, independentemente do grau deimpacto, mas que, por sua natureza, constituem-se, tão somente, na fase de operação e que não seenquadram nas hipóteses de Licença Simplificada nem de Autorização Ambiental.

Art. 14. Licença Ambiental de Regularização - LAR, ato administrativopelo qual o órgão ambiental emite uma única licença, que consiste em todas as fases do licenciamento,para empreendimento ou atividade que já esteja em funcionamento ou em fase de implantação, que nãoestão enquadradas no licenciamento simplificado, respeitando de acordo com a fase, as exigênciaspróprias das Licenças Prévia, de Instalação e de Operação, estabelecendo as condições, restrições emedidas de controle ambiental, adequando o empreendimento às normas ambientais vigentes.

Art. 15. Licença de Operação de Pesquisa - LOP, ato administrativo delicenciamento prévio, pelo qual o órgão ambiental licencia empreendimentos ou atividades que

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objetivam, exclusivamente, desenvolver estudos/pesquisas sobre a viabilidade econômica da exploraçãode recursos minerais, consoante procedimento estabelecido pelo órgão.

Art. 16. A ampliação de empreendimentos, atividades ou serviçosautorizados a se implantarem no Município, que implique em aumento da capacidade nominal deprodução ou prestação de serviços, dependerão de prévia consulta à SEMA, quando compreenderalterações:

I – na natureza ou operação das instalações;II – na natureza dos insumos básicos, ou.III – na tecnologia de produção.

Art. 17. A ampliação de que trata o artigo anterior dependerá deanálise e aprovação pela SEMA das informações, projetos e estudos ambientais pertinentes,obedecendo às normas aplicáveis a cada uma das fases do licenciamento prévio, de instalação eoperação.

Art. 18. Os licenciamentos ambientais de atividades eempreendimentos de competência estadual e federal, localizados nos limites territoriais do Município deGuarapari, deverão ser objeto de Anuência Prévia Ambiental da SEMA, nos termos da legislaçãovigente aplicável, para garantir o atendimento das normas que assegurem a qualidade ambiental.

§ 1º. Caso o órgão estadual ou federal proceda a licenciamentos deque trata o “caput” deste artigo sem Anuência Prévia Ambiental da SEMA ou que não assegurem aqualidade ambiental no Município, deverão ser requeridas ao Ministério Público providências paragarantir o cumprimento da legislação ambiental.

§ 2º. A emissão da Anuência Prévia Ambiental e a emissão daslicenças Ambientais cujo porte do potencial poluidor for classificado como grande, deverá serprocedida de aprovação do COMDEMAG por maioria simples.

CAPÍTULO II

DOS ESTUDOS

Art. 19. Caso o estudo ambiental apresentado não preencha os requisitosestabelecidos nos Termos de Referências, será solicitada a apresentação de novo estudo ao empreendedor.

§ 1º. O novo estudo ambiental deverá ser apresentado no prazo de no

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máximo 90 (noventa) dias. I - Caso não seja cumprido o prazo estabelecido a SEMA arquivará o processo

em questão.

§ 2º. Se o estudo ambiental apresentado, ainda assim não for satisfatório, aSEMA poderá arquivar definitivamente o processo em questão.

§ 3º. Ocorrendo a hipótese do parágrafo 2º o empreendedor deverá iniciarnovo procedimento de licenciamento.

Art. 20. Após a análise dos documentos e estudos, caso seja identificada anecessidade de informações complementares, será concedido o prazo máximo de 120 (cento e vinte) dias para oatendimento ao solicitado.

Art. 21. A responsabilidade do responsável técnico está limitada àelaboração e à adaptação dos projetos referentes ao controle ambiental (inclusive planos de manutenção dasinstalações e dos sistemas de controle), aos Planos de Gerenciamento de Resíduos e Planos de Contingência eEmergência, se couber. A responsabilidade pela não observância de qualquer das recomendações elencadas nosplanos e projetos incidirá unicamente sobre o empreendedor ou seu representante legal.

CAPÍTULO III

DO ENQUADRAMENTO DAS ATIVIDADES E DOS CUSTOS DO LICENCIAMENTO

Art. 22. O enquadramento dos empreendimentos e atividadespotenciais ou efetivamente poluidores será definido de acordo com a classificação de seu porte epotencial poluidor, para estabelecer os valores das bases de cálculo equivalentes aos custos de análisedos requerimentos de licenciamento.

Art. 23. O enquadramento das atividades será procedido de acordocom os seguintes critérios:

I – Quanto ao porte, caberá uma análise técnica pela equipe

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multidisciplinar do SEMA, levando-se sempre em consideração a área útil das instalações dosestabelecimentos, sua localização e tipologia, que serão classificadas em:

a. Pequeno porte; b. Médio porte; c. Grande porte.

II – Quanto ao potencial poluidor, caberá uma análise técnica pelaequipe multidisciplinar da SEMA levando-se em consideração o maior ou menor potencial poluidorquanto à quantidade de resíduos sólidos e/ou geração de poluentes do empreendimento ou atividade,que serão classificados em:

a. Pequeno potencial poluidor; b. Médio potencial poluidor; c. Grande potencial poluidor.

Art. 24. Os custos de análise dos requerimentos de licença ambientalserão calculados de acordo com o enquadramento do Anexo I e será estabelecido com base eminformações prestadas pelo interessado, mediante o preenchimento de formulário próprio fornecido peloSEMA, devendo ser arcado pelo empreendedor.

Parágrafo único. O cálculo dos custos de que trata o “caput” desteartigo será feito com base na Tabela do Anexo IV deste Decreto, que serão recolhidos em favor doMunicípio de Guarapari, através de guia correspondente, fornecida pelo SEMA, sem o que não poderáser iniciado o processo de análise do licenciamento requerido.

Art. 25. São contribuintes das taxas de que tratam este Capítulo aspessoas físicas ou jurídicas responsáveis por atividades ou empreendimentos potencial ou efetivamentepoluidor que requererem licenciamento ambiental junto à SEMA.

CAPÍTULO IV

DISPOSIÇÕES FINAIS

Art. 26. Não será permitida a implantação, ampliação ou renovação dequaisquer licenças ou alvarás municipais de instalações ou atividades em favor de contribuintesinadimplentes com o Município.

Art. 27. Os Requerimentos de Licença Ambiental, Autorização

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Ambiental e Anuência Prévia e os Formulários de Caracterização do Empreendimento – FCE específicopara cada atividade enquadrada como Simplificada serão elaborados pela equipe técnica da SEMA edisponibilizados no site oficial da Prefeitura Municipal de Guarapari.

Art. 28. Aplicam-se as normas de licenciamento estabelecidas nesteregulamento, inclusive as relativas à EPIA/RIMA, para os empreendimentos e atividades em andamentono Município que não tenham ainda se regularizado junto à SEMA.

Art. 29. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação,ficando revogadas as disposições em contrário.

Art. 30. Revogam-se as disposições em contrário, em especial aoDecreto nº. 517/2008.

Guarapari (ES), de de 2012.

EDSON FIGUEIREDO MAGALHÃES PREFEITO MUNICIPAL