desempenho da vale no 2t19 · 3 desempenho da vale no 2t19 rio de janeiro, 31 de julho de 2019 –...
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DESEMPENHO DA VALE NO
2T19
Conclusão da Estação de Tratamento de Água do Córrego Ferro-Carvão em Brumadinho, MG
www.vale.com
Tel.: (55 21) 3485-3900
Departamento de Relações com Investidores
André Figueiredo
André Werner
Fernando Mascarenhas
Samir Bassil
Bruno Siqueira
Clarissa Couri
Julio Molina
Luiza Caetano
Pedro Terra
Renata Capanema
Teleconferência e webcast na 5ª feira, dia 1 de agosto
Português às 10:00h, horário do Rio de Janeiro
Brasil: (55 11) 3193-1001 ou (55 11) 2820-4001 USA e Canada: (1 800) 492-3904 ou (1 800) 469-5743 Outros países: (1 646) 828-8246 ou (1 646) 291-8936 Código de acesso: VALE
Inglês às 12:00h, horário do Rio de Janeiro (11:00h em Nova Iorque, 16:00h em Londres).
Brasil: (55 11) 3193-1001 ou (55 11) 2820-4001 USA e Canada: (1 844) 204-8942 Outros países: (1 412) 717-9627 Código de acesso: VALE
As informações operacionais e financeiras contidas neste press release, exceto quando de outra forma indicado, são apresentadas com base em números consolidados de acordo com o IFRS. Tais informações, são baseadas em demonstrações contábeis trimestrais revisadas pelos auditores independentes. As principais subsidiárias da Vale consolidadas são: Companhia Portuária da Baía de Sepetiba, Mineração Corumbaense Reunida S.A., Minerações Brasileiras Reunidas S.A., PT Vale Indonesia Tbk, Salobo Metais S.A, Vale International Holdings GMBH, Vale Canada Limited, Vale International S.A., Vale Manganês S.A., Vale Malaysia Minerals Sdn. Bhd., Vale Moçambique S.A., Vale Nouvelle-Calédonie SAS, Vale Oman Pelletizing Company LLC and Vale Oman Distribution Center LLC. Este comunicado pode incluir declarações sobre as expectativas atuais da Vale sobre eventos ou resultados futuros (estimativas e projeções). Muitas dessas estimativas e projeções podem ser identificadas através do uso de palavras com perspectivas futuras como “antecipar," “acreditar," “poder“, “esperar," “dever“, "planejar" “pretender“, "estimar“, “fará” e "potencial," entre outras. Todas as estimativas e projeções envolvem vários riscos e incertezas. A Vale não pode garantir que tais declarações venham a ser corretas. Tais riscos e incertezas incluem, entre outros, fatores relacionados a: (a) países onde a Vale opera, especialmente Brasil e Canadá; (b) economia global; (c) mercado de capitais; (d) negócio de minérios e metais e sua dependência à produção industrial global, que é cíclica por natureza; e (e) elevado grau de competição global nos mercados onde a Vale opera. A Vale cautela que os resultados atuais podem diferenciar materialmente dos planos, objetivos, expectativas, estimativas e intenções expressadas nesta apresentação. A Vale não assume nenhuma obrigação de atualizar publicamente ou revisar nenhuma estimativa e projeção, seja como resultado de informações novas ou eventos futuros ou por qualquer outra razão. Para obter informações adicionais sobre fatores que podem originar resultados diferentes daqueles estimados pela Vale, favor consultar os relatórios arquivados pela Vale na U.S. Securities and Exchange Commission (SEC), na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), na Autorité des Marchés Financiers (AMF) e, em particular, os fatores discutidos nas seções “Estimativas e Projeções” e “Fatores de Risco” no Relatório Anual - Form 20-F da Vale. Nota cautelar para investidores norte-americanos – A SEC permite companhias mineradoras, em seus arquivamentos na SEC, fornecer apenas os depósitos minerais que a companhia pode economicamente e legalmente extrair ou produzir. Nós apresentamos certas informações nesta apresentação, incluindo ‘recursos mensurados’, ‘recursos indicados’, ‘recursos inferidos’, ‘recursos geológicos’, os quais não seriam permitidos em um arquivamento na SEC. Estes materiais não são reservas prováveis ou provadas, como definido pela SEC, e não podemos assegurar que estes materiais serão convertidos em reservas prováveis ou provadas, como definido pela SEC. U.S. Investidores norte-americanos devem considerar as informações no Relatório Anual 20-K, que pode ser obtido através do nosso website ou no site http://http://us.sec.gov/edgar.shtml. As informações contidas neste comunicado incluem métricas financeiras que não são preparadas de acordo com o IFRS. Essas métricas não-IFRS diferem das métricas mais diretamente comparáveis determinadas pelo IFRS, mas não apresentamos uma reconciliação com as métricas IFRS mais diretamente comparáveis, porque as métricas não-IFRS são prospectivas e uma reconciliação não pode ser preparada sem envolver esforços desproporcionais.
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Desempenho da Vale no 2T19
Rio de Janeiro, 31 de julho de 2019 – Seis meses após a ruptura da Barragem I na mina de
Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), a Vale segue comprometida com a rápida e justa
reparação dos danos causados às famílias, à infraestrutura, às comunidades e ao meio
ambiente. No entanto, a agenda da Companhia vai além da reparação total e progressos foram
feitos, durante o 2T19, na jornada da Vale para alcançar excelência operacional, integridade de
ativos, resultados sustentáveis e valor aos acionistas.
Eduardo Bartolomeo, Diretor-Presidente, comentou: “Conforme progredimos para uma reparação
completa e efetiva, o 2T19 foi um trimestre de transição para o negócio, com o rompimento da
Barragem em Brumadinho ainda impactando volumes, custos e despesas. Entretanto, nossa
resposta começou a dar frutos para garantir a segurança das pessoas e das operações da
Companhia, bem como para reduzir incertezas e entregar resultados sustentáveis com um
portfólio de produtos de alta qualidade, que já serão refletidos no próximo trimestre”.
I. Reparação
• Assinamos 15 acordos com entidades federais, estaduais e municipais para estabelecer um
quadro jurídico estável à reparação. Esses acordos incluem: (a) 4 com escopo social, que
preveem apoio aos municípios, incluindo serviços e doações; (b) 9 com escopo ambiental,
incluindo a construção de novos sistemas de captação de água na cidade de Pará de Minas
e uma estação de tratamento de água em parceria com a Companhia de Saneamento de
Minas Gerais (COPASA), bem como iniciativas para proteger a fauna e a flora; (c) 2 com
Ministérios Públicos, envolvendo a contratação de novos auditores externos para revisar
algumas das estruturas da Vale.
• Passamos a integrar o programa “Aliança por Brumadinho”, lançado pelo Governo Federal,
que deixará um legado para a área, incluindo: (a) 35 novas unidades de cuidados com saúde
em Brumadinho; (b) um novo serviço de trem de passageiros; (c) o fortalecimento do turismo
em Brumadinho, entre outros projetos.
• Avançamos nos Acordos Preliminares com as autoridades brasileiras, visando o pagamento
de indenizações, sendo: (a) 104.686 indenizações emergenciais pagas1; (b) 263 acordos
trabalhistas assinados para indenizar famílias de trabalhadores que perderam suas vidas;
(c) 188 acordos individuais de indenização assinados2. No 3T19, nosso foco será acelerar
os acordos individuais de indenização.
• Concluímos diversas estruturas de contenção de sedimentos e a estação de tratamento de
águas fluviais no córrego Ferro-Carvão. Esta estação tem capacidade de 2 milhões de litros
por hora e assegura que sedimentos não sejam mais carregados a partir do ponto de
rompimento da barragem em direção ao rio Paraopeba. Também apresentamos às
autoridades públicas o Plano de Contenção de Rejeitos para garantir a remoção e a
1 Pagamentos para todos os residentes de Brumadinho e para aqueles que residem em um raio de 1 km do leito do rio Paraopeba,
entre Brumadinho e a cidade de Pompéu, na barragem de Retiro de Baixo. 2 Procedimento de indenização acelerada com o apoio da Defensoria Pública de Minas Gerais.
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disposição apropriada de sedimentos, como parte da recuperação ambiental, bem como 23
estruturas integradas para prevenir o fluxo de sedimentos no rio Paraopeba.
• Sabemos que ainda há muito a ser feito e estamos comprometidos em fazê-lo. Na página
vale.com/prestacaodecontas da internet, apresentamos a prestação de contas atualizada
das ações que tomamos até agora.
II. Segurança
• Nossa governança de gestão de risco operacional foi reforçada com a nomeação do novo
Diretor Executivo de Segurança e Excelência Operacional, Carlos Medeiros, com o papel de
elevar a segurança e a excelência operacional a um novo nível.
• A barragem de Vargem Grande teve seu nível de emergência reduzido de 2 para 1 como
resultado de uma série de melhorias implementadas, tais como: o rebaixamento do nível de
água do reservatório; a limpeza dos canais de drenagem e estudos de sensibilidade
atualizados, realizados por uma empresa de auditoria independente, para avaliar o impacto
do rebaixamento do nível de água na estabilidade da barragem. Consequentemente, 51
pessoas retornaram para suas casas.
III. Redução de incertezas
• Tivemos progresso substancial no 2T19 quanto à interrupção de produção de 93 Mtpa de
minério de ferro no 1T19. A retomada das operações de Brucutu em 22 de junho de 2019
permitiu a recuperação de 30 Mtpa de capacidade de produção, e o retorno parcial do
processamento a seco no complexo de Vargem Grande, adicionando cerca de 12 Mtpa (5
Mt em 2019). Quanto à produção de cerca de 50 Mtpa, atualmente interrompida, esperamos
que 20 Mtpa com processamento a seco sejam gradualmente retomadas, começando no
final deste ano, e que as restantes 30 Mtpa, que incluem processamento à úmido, tenham
retorno estimado em dois ou três anos.
• No 2T19, pudemos, segundo nossos melhores conhecimentos, avaliar e reconhecer
provisões para todas as categorias de impactos do rompimento da barragem de
Brumadinho. Registramos uma provisão total de US$ 1,374 bilhão referente: (a) a medidas
ambientais e acordos relacionados (US$ 1,190 bilhão); (b) ao descomissionamento ou
descaracterização de outras estruturas não consideradas no 1T19 (US$ 98 milhões); (c) à
revisão de provisão referente aos acordos com as autoridades, incluindo a compensação
por danos morais coletivos, que é parte dos termos e condições definidos no acordo
recentemente assinado com o Ministério Público do Trabalho – MPT (US$ 86 milhões).
Adicionalmente, registramos US$ 158 milhões em despesas de reparação em andamento
relacionadas a Brumadinho.
IV. Resultados sustentáveis
• Nossa geração de caixa de US$ 2,2 bilhões no 2T19 permitiu a retomada de nossa trajetória
de redução de dívida e fortaleceu nosso balanço ainda mais. Consequentemente, nossa
dívida líquida foi reduzida de US$ 12,0 bilhões no 1T19 para US$ 9,7 bilhões no 2T19.
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• Nossa dívida bruta totalizou US$ 15,8 bilhões em 30 de junho de 2019, diminuindo US$ 1,3
bilhão em relação a 31 de março de 2019, principalmente como resultado de pagamentos
de dívida primariamente relacionada às novas linhas de crédito levantadas no 1T19.
• Com a recente decisão da Vara de Fazenda Pública de Belo Horizonte que autorizou a Vale
a substituir R$ 5 bilhões bloqueados por outras garantias financeiras e com o acordo
assinado com o Ministério Público do Trabalho do Estado de Minas Gerais que determinou
a liberação de R$ 1,6 bilhão do montante bloqueado, a dívida líquida pró-forma seria de US$
8,0 bilhões no 2T19. A liberação dos fundos deve ocorrer até agosto.
• Nosso EBITDA pró-forma (excluindo as provisões e despesas de reparação em andamento,
relativas ao rompimento da barragem em Brumadinho) totalizou US$ 4,6 bilhões no 2T19,
US$ 529 milhões acima do 1T19. O aumento é devido, principalmente, aos maiores preços
realizados (US$ 822 milhões) e aos volumes de vendas mais altos de Ferrosos3 (US$ 742
milhões), os quais foram parcialmente compensados pelo aumento em vendas perdidas
(US$ 644 milhões) e despesas de paradas e despesas extraordinárias de logística (US$ 204
milhões) relacionadas a Brumadinho.
• Tivemos o segundo trimestre consecutivo de perdas. Nosso lucro líquido alcançou US$ 133
milhões negativos no 2T19, principalmente como resultado de provisões adicionais
relacionadas: (a) à ruptura da barragem de Brumadinho (US$ 1,5 bilhão), (b) ao
descomissionamento da barragem de rejeitos de Germano (US$ 257 milhões) e (c) à
Fundação Renova (US$ 383 milhões).
3 Excluindo volumes de vendas perdidas por Brumadinho. Não inclui Manganês e Ferroligas.
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Minerais Ferrosos
• O EBITDA de Minerais Ferrosos totalizou US$ 4,2 bilhões, com US$ 621 milhões acima do
1T19, apesar dos impactos de chuvas pouco usuais no Sistema Norte e de outros eventos
decorrentes do rompimento da barragem de Brumadinho, que afetaram custos e despesas.
• O prêmio de qualidade de minério de ferro e pelotas atingiu US$ 11,4/t4 no 2T19, ficando
US$ 0,7/t acima do 1T19, o que se deveu, principalmente, ao aumento na contribuição de
pelotas.
• O custo caixa de finos de minério de ferro C1 foi de US$ 17,6/t no 2T19, ficando US$ 3,6/t
acima do 1T19, devido, principalmente: (a) ao consumo de estoques com média de custos
de produção superior ao 1T19 (US$ 1,4/t); (b) a custos mais altos de demurrage no Sistema
Norte (US$ 1,2/t) pela fila estendida de navios no terminal de Ponta da Madeira, resultado
do redirecionamento de navios com destino ao Sul e Sudeste em direção ao Norte; (c) a
preços do benchmark de minério de ferro e volumes sobre compras de terceiros mais altos
(US$ 1,0/t), os quais foram parcialmente compensados pelo impacto positivo da depreciação
4,1% do BRL (US$ 0,4/t). A fila de navios no terminal de Ponta da Madeira e a média de
custos de produção foram normalizados, o que se traduzirá em uma redução em torno de
US$ 2,5/t no custo caixa do minério de ferro C1 no 3T195.
• Despesas de parada e despesas extraordinárias de logística relacionadas ao rompimento
da barragem de Brumadinho no 2T19 foram de US$ 5,7/t, ficando US$ 3,0/t acima do 1T19,
como resultado, principalmente, de parada durante todo trimestre (frente a,
aproximadamente, 2 meses de parada no 1T19), além de provisões para reclamações
contratuais de clientes e contratos take-or-pay de ferrovias de partes relacionadas (MRS).
Olhando para o futuro, as despesas unitárias de parada podem ser reduzidas em cerca de
US$ 1,5/t no 3T195 como resultado do reinício das operações de Brucutu e Vargem Grande
e do efeito de diluição nas despesas de maiores volumes.
• O custo unitário de frete marítimo da Vale por tonelada foi reduzido em US$ 0,3/t, totalizando
US$ 16,5/t no 2T19, apesar do aumento nos preços de bunker oil (US$ 0,3/t)6, devido,
principalmente, aos menores contratos de afretamento.
• O EBITDA break-even de finos de minério de ferro e pelotas totalizou US$ 36,8/t no 2T19,
ficando US$ 6,5/t acima do 1T19, devido, principalmente, aos efeitos de custo caixa de C1
mais alto e despesas relacionadas à Brumadinho mais altas, ambos mencionados acima, os
quais foram compensados por maior contribuição de pelotas e menores custos de frete.
Metais Básicos
• O EBITDA de Metais Básicos totalizou US$ 465 milhões no 2T19, ficando US$ 40 milhões
abaixo do 1T19. Isso decorreu, principalmente, de menores preços do cobre e de menor
4 Prêmio de minério de ferro de US$ 5,7/t e contribuição do resultado de pelotas ponderada pelos volumes totais de US$ 5,7/t. A contribuição do ajuste de pelotas divulgado no relatório de Produção e Vendas da Vale no 2T19 foi reavaliada. Como este é um valor gerencial, a mudança não impactou os resultados da Vale. 5 Considerando taxa de câmbio de BRL 3,85/USD no 3T19. 6 O preço médio do bunker oil no portfólio de frete da Vale aumentou de US$ 403/t no 1T19 para US$ 417/t no 2T19.
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produção em VNC, resultando em menor diluição de custo fixo. Tais custos foram parcialmente
compensados pela realização superior de preço do níquel e por melhorias no desempenho de
PTVI.
• O preço realizado do níquel atingiu US$ 12.877/t, ficando US$ 306/t acima do 1T19, enquanto
o preço médio LME foi US$ 111/t menor no mesmo período. Como resultado, o preço de
realização aumentou para 105,0% do preço LME, com 101,6% no 1T19.
Indicadores financeiros selecionados
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita operacional líquida 9.186 8.203 8.616
Custos totais e outras despesas 5.743 5.180 5.767
Despesas relacionadas a Brumadinho 1.532 4.504 -
EBIT ajustado 2.132 (1.453) 3.014
Margem EBIT ajustado (%) 23% (18%) 35%
EBITDA ajustado 3.098 (652) 3.875
Margem EBITDA ajustado (%) 34% (8%) 45%
Minério de ferro – preço de referência 62% Fe 100,1 82,7 65,3
Lucro líquido (perda) (133) (1,642) 76
Dívida líquida ¹ 9.726 12.031 11.519
Investimentos 730 611 705
¹ Não inclui arrendamentos (IFRS 16).
US$ milhões 1S19 1S18 %
Receita operacional líquida 17.389 17.219 1,0
Custos totais e outras despesas 10.923 11.317 (3,5)
Despesas relacionadas a Brumadinho 6.036 - -
EBIT ajustado 679 6.067 (88,8)
Margem EBIT ajustado (%) 4% 35% (31 p.p.)
EBITDA ajustado 2.446 7.801 (68,6)
Margem EBITDA ajustado (%) 14% 45% (31 p.p.)
Lucro líquido (perda) (1.775) 1.666 (206,5)
Investimentos 1.341 1.595 (15,9)
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Visão de mercado
MINÉRIO DE FERRO
O preço médio de referência do minério de ferro 62% Fe foi de US$ 100,1/dmt no 2T19, ficando
21% maior do que no 1T19 e 53% maior do que no 2T18, em consequência à maior produção de
aço na China e à diminuição dos estoques de minério de ferro, como resultado do gargalo de oferta
do minério de ferro ao longo do 1S19. As importações seaborne diminuíram sobretudo em virtude
das interrupções de produção no Brasil e na Austrália.
Na China, a produção de aço bruto apresentou um resultado robusto no 2T19, pois a demanda do
setor de construção permaneceu forte, guiada pela melhoria das condições de crédito tendo um
efeito positivo na demanda de aço de 2019.
As margens de lucro das usinas chinesas diminuíram, com a produção de aço tendo se mantido
robusta mesmo com o aumento do custo de matérias-primas. Na Europa, as usinas reduziram sua
produção para adaptar-se a um cenário de demanda de aço mais conservador e preservar os
preços do aço, ao mesmo tempo que arcam com custos de taxas de CO2. Similarmente, o menor
preço do aço no EUA fez com que usinas reduzissem a produção de modo a proteger suas
margens. No entanto, as usinas nessas regiões permanecem rentáveis, e espera-se que melhorem
seus resultados com a queda de custos e o alinhamento da oferta de aço com a demanda,
mantendo o preço de venda em patamares saudáveis.
A média do índice MB65% Fe foi de US$ 114,4/dmt no 2T19, ficando 20% maior do que no 1T19
e 33% maior do que no 2T18. Prêmios de minério de ferro costumam apresentar correlação com
as margens das usinas siderúrgicas, pois produtos de maior qualidade aumentam a produtividade
de altos-fornos, criando uma demanda maior por estes produtos, reduzindo a tendência de redução
de prêmios.
Olhando para frente, dados do mercado imobiliário chinês no 1S19 sugerem que a demanda por
metais permanecerá alta, com a expectativa do governo chinês anunciar estímulos ao longo do
resto do ano, o que criaria um suporte para o consumo de commodities no país em meio à guerra
comercial entre China e EUA. Além disso, preços do aço nos EUA e em outras regiões estão se
recuperando, com sinais de tendência a permanecer em patamares elevados no 2S19 em relação
ao 1S19.
CARVÃO
O preço médio do carvão metalúrgico seaborne caiu de US$ 205,8/t no 1T19 para US$ 203,2/t
no 2T19. O trimestre se iniciou com preços ficando abaixo de US$ 200/t no início de abril,
representando o menor valor em 16 meses na China, devido à baixa utilização da capacidade
de altos-fornos e às baixas margens do aço. Os preços se recuperaram em maio atingindo a
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máxima de US$ 212,5/t, devido, principalmente, à retomada de usinas siderúrgicas, à
disponibilidade limitada de carvão doméstico premium na China em meio às inspeções de
segurança e meio ambiente e à estocagem antes da época de monções na Índia. Em junho, os
preços voltaram a cair, ficando entre US$195-200/t, principalmente devido a cortes de produção
na Europa, ao início de monções na Índia e aos volumes adicionais de Queensland antes do fim
do 2T19.
No mercado de carvão térmico, a média do preço Richards Bay FOB foi de US$ 65,9/t no 2T19,
ficando 21% abaixo do 1T19 e 34% abaixo do 2T18, principalmente devido: (a) aos altos níveis
de estoque; (b) ao clima mais ameno e ao maior uso de fontes de energia hídrica na China; (c)
aos menores preços do gás e sobreoferta, ao clima mais ameno e à maior geração de energia
via fontes renováveis (máxima de 4 anos em abril) na Europa; e (d) à ampla oferta da Rússia e
da Indonésia e à maior produção da China.
NÍQUEL
A média dos preços LME do níquel permaneceram relativamente iguais no 2T19 em relação ao
1T19 (US$ 12.258/t e US$ 12.369/t, respectivamente).
Os estoques totais nas bolsas de metais (LME e SHFE) continuaram caindo, ficando próximos
de 178 kt no final do 2T19, o que significou uma queda de quase 13 kt desde o 1T19. Os estoques
da LME no final do 2T19 eram de 161,7 kt, representando uma queda de 21 kt desde o final do
1T19. Os estoques da SHFE aumentaram 7,6 kt para 16,3 kt no final do 2T19.
A produção global de aço inoxidável aumentou 4,4% no 2T19 em relação ao 2T18, com forte
crescimento liderado pela Indonésia, Índia e China, enquanto o crescimento do consumo é
estimado em 2-3%. Este descompasso entre a produção e o consumo de aço inoxidável está
resultando em superávit e é evidenciado pelos recordes de estoques de aço inoxidável
registrados especialmente na China. As vendas de veículos elétricos (VE) no mundo cresceram
41% nos 5M19 em relação aos 5M18, ao mesmo tempo em que foi observado um contínuo
declínio nas vendas de automóveis em geral (uma queda de 6% ano a ano na comparação entre
4M19 e 4M18). A demanda por níquel em outras aplicações é mista, com o setor aeroespacial
apoiando o aumento do crescimento do setor de super alloys, enquanto os resultados ruins para
o mercado automotivo impactam negativamente o setor de plating. A oferta de níquel aumentou
aproximadamente 7% no 2T19 em relação ao 2T18, com o crescimento da produção do níquel
Classe II de 15% e a diminuição da produção do níquel Classe I de 3% no mesmo período.
Nossa visão de curto prazo para o níquel permanece relativamente positiva, uma vez que
esperamos que o mercado permaneça deficitário no restante de 2019. Suporte de preço
adicional pode ser percebido em anúncios recentes de aumento dos custos de HPAL na
Indonésia. Isso mostra claramente que os projetos HPAL são mais complexos do que o previsto
originalmente e têm o potencial de aumentar o ônus financeiro dos produtores de níquel para
atender à demanda crescente de baterias. Uma consideração importante para todas as
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commodities são os fatores macroeconômicos abrangentes, como a disputa comercial em curso
e a desaceleração da economia global, que afetando a percepção do mercado e a demanda e,
consequentemente, o preço.
Nossa visão de longo prazo para o níquel permanece positiva. O níquel em baterias de veículos
elétricos se tornará uma fonte cada vez mais importante de crescimento da demanda,
especialmente porque a química da bateria favorece o aumento do teor de níquel devido ao
menor custo e à maior densidade de energia contra o cenário de crescimento robusto da
demanda em outras aplicações de níquel. A maior incerteza no mercado do lado da oferta são
os custos do HPAL na Indonésia (que, como mencionado anteriormente, parecem estar
aumentando), o ritmo de construção (o que ainda é muito cedo para avaliar) e os embargos de
exportações indonésias de minério de níquel em 2022. As exportações de níquel indonésio
devem cessar em 2022, depois que um período de carência iniciado em 2017 começou a dar
suporte à construção doméstica de smelter de níquel. As exportações indonésias de minério de
níquel suportam uma grande parte da produção nacional de NPI (nickel pig iron), fornecendo até
250 kt de níquel em NPI com base na cota de 2019. A paralisação das exportações de minério
de níquel na Indonésia é esperada, dados os recentes comentários de autoridades do governo
indonésio.
COBRE
O preço LME do cobre foi, em média, de US$ 6.113/t no 2T19, representado uma queda de 1,6%
em relação ao 1T19 (US$ 6.215/t).
Os estoques de cobre na LME aumentaram 73 kt no 2T19 em relação ao 1T19, enquanto os
estoques de cobre na SHFE e COMEX diminuíram 115 kt e 10 kt, respectivamente. No geral, os
estoques nas três Bolsas diminuíram 52 kt no período.
A demanda global cresceu aproximadamente 1,3% no 2T19 em relação ao 2T18, com a China
em crescimento, mercados nos Estados Unidos permanecendo estáveis e a Europa dando sinais
de enfraquecimento devido a desafios econômicos. Do lado da oferta, a produção mundial de
cobre refinado aumentou 0,5% no 2T19 em relação ao 2T18, enquanto o recente embargo de
sucata na China fortaleceu uso primário de cobre.
Nossa perspectiva de curto prazo para o cobre é relativamente positiva. Esperamos que o
mercado permaneça essencialmente equilibrado, com algum risco positivo de déficits em 2019
e com fatores macroeconômicos, como a disputa comercial entre a China e os EUA, continuando
a influenciar os preços, como ocorreu no último trimestre.
Já nossa perspectiva de longo prazo é positiva. Espera-se que a demanda por cobre cresça,
parcialmente impulsionada por carros elétricos e energia renovável, bem como pelos
investimentos em infraestrutura, ao mesmo tempo em que o crescimento futuro da oferta é
desafiador, tendo em vista o declínio nos teores de minério e a necessidade de investimento
greenfield, o que cria uma perspectiva de mercado positiva.
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COBALTO
O preço de referência do cobalto foi, na média, de US$ 34.527/t no 2T19, permanecendo
relativamente similar ao preço do 1T19 (US$ 34.468/t). Nossa expectativa de curto prazo quanto
ao cobalto é de que o mercado continue em superávit devido ao crescimento da oferta no
República Democrática do Congo (RDC), moderado por produção artesanal.
O cobalto é um dos principais metais, além do níquel, na produção de baterias com alta
densidade energética para utilização em carros elétricos. O mercado de cobalto necessita de um
crescimento significativo para atender à demanda das baterias, mas, diferentemente dos outros
metais, o cobalto é predominantemente um subproduto das minas de níquel e cobre. Isto significa
que não há flexibilidade para responder às pressões de demanda de forma rápida, como no caso
de outros metais. Além disso, muito do cobalto vem da RDC, o que introduz questões éticas de
fornecimento, assim como de confiança nas operações sob uma jurisdição instável.
No longo prazo, apesar de vermos a demanda com bom suporte do mercado de baterias, os
desenvolvimentos mais recentes em relação às composições químicas das baterias estão se
movendo em direção a compostos ricos em níquel, que oferecem menores custos e maiores
densidades energéticas. Como resultado do aumento da demanda, o mercado precisará de
crescimento significativo na oferta de materiais para baterias. Dada a necessidade de
crescimento de níquel para sustentar o mercado de baterias para carros elétricos, nossa
perspectiva é de que o aumento na produção de níquel resultará em maior disponibilidade de
unidades de cobalto no futuro.
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Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA)
O EBITDA ajustado foi de US$ 3,098 bilhões no 2T19, ficando US$ 3,750 bilhões acima do 1T19,
principalmente devido a menores provisões e despesas relacionadas a Brumadinho (US$ 1,532
bilhão no 2T19 contra US$ 4,504 bilhões no 1T19), a maiores preços (US$ 822 milhões) e ao
impacto de maiores volumes de vendas na receita e custos (US$ 136 milhões).
Em uma base pró-forma, o EBITDA ajustado (excluindo as provisões e as despesas de
reparação já incorridas da ruptura da barragem de Brumadinho) totalizou US$ 4,6 bilhões no
2T19, ficando US$ 529 milhões maior do que no 1T19. O aumento deveu-se principalmente a
maiores preços de finos e pelotas de minério de ferro (US$ 822 milhões) e maiores volumes de
vendas de ferrosos7 (US$ 742 milhões), parcialmente compensados pelo aumento nas vendas
perdidas (US$ 644 milhões) e despesas de paradas e extraordinárias de logística (US$ 204
milhões) relacionadas a Brumadinho.
Impacto das provisões e despesas com reparação relacionadas a Brumadinho
No 2T19, a Vale pode, com base no melhor conhecimento dos administradores, medir e
reconhecer a provisão para todas as categorias referentes ao impacto da ruptura da barragem
em Brumadinho. Foi provisionado o total de US$ 1,374 bilhão relacionado a: (a) ações e acordos
ambientais (US$ 1,190 bilhão), (b) descomissionamento ou descaracterização de outras
pequenas estruturas que não foram consideradas na provisão do 1T19 (US$ 98 milhões), e (c)
revisão da provisão referente aos termos e acordos assinados, incluindo a compensação por
danos morais coletivos, parte integrante dos termos e condições definidos no acordo
7 Excluindo volumes de vendas perdidas em razão de Brumadinho. Não inclui manganês e ferroligas.
13
recentemente firmado com Ministério Público do Trabalho – MPT (US$ 86 milhões).
Adicionalmente, registramos US$ 158 milhões de despesas relacionadas a reparações em
andamento relacionadas a Brumadinho.
Provisões e despesas com reparação relacionadas ao evento de Brumadinho
Provisão para ações e acordos ambientais
A Vale entrou em negociações com as autoridades ambientais e tem atuado para remediar os
danos ambientais causados. Durante o 2T19, foram desenvolvidos estudos e projetos para
garantir a segurança geotécnica das estruturas remanescentes na mina do Córrego do Feijão,
em Brumadinho, e a remoção e apropriada disposição dos rejeitos, especialmente ao longo do
rio Paraopeba, dentre outros projetos para recuperar a vegetação e compensar a sociedade.
Foi fechado um acordo com a Companhia de Saneamento de Minas Gerais – COPASA para
construir uma nova estação de coleta de água no município de Pará de Minas e uma estação de
tratamento de água, assim como outras iniciativas para proteção da fauna e da flora.
Houve avanços nos Acordos Preliminares para indenizações com as autoridades brasileiras
contando com: (a) 104.686 indenizações de emergência pagas, (b) 263 acordos trabalhistas
assinados para indenizar as famílias dos trabalhadores que perderam suas vidas, e (c) 188
acordos de indenização individuais assinados.
Foi reconhecida uma provisão para o acordo final com o MPT para indenizar empregados diretos
e de terceiros que foram afetados pelo término das operações. Conforme os termos do ajuste
final, os empregos dos empregados diretos e terceiros serão mantidos até 25 de janeiro de 2023,
ou terão este benefício convertido em compensação monetária.
4.504
1.190
98 86 158
6.036
Provisões edespesas
1T19 ¹
Programas eacordos
ambientais
Descom.de outras pequenas estruturas
Termos eacordos
Despesasincorridas
Provisões edespesas
2T19 ²
Provisões em 2T19 = 1.374
1 Incluidos US$1,855 bilhão relacionados à descaracterização de estruturas a montante2 Incluidos US$1,953 bilhão relacionados à descaracterização de estruturas
Valores em US$ milhões
14
O acordo definiu uma indenização por dano moral coletivo em R$ 400 milhões, aproximadamente
US$ 104 milhões, a serem pagos até 6 de agosto de 2019.
Este acordo também contempla pagamento de indenização aos parentes das vítimas fatais do
evento, a qual pode variar dependendo do grau de parentesco com a vítima, seguro médico
vitalício beneficiando as viúvas e viúvos, e um benefício similar para os dependentes da vítima
até que estes completem 25 anos.
Descomissionamento de outras pequenas estruturas
Foi reconhecida uma provisão adicional de descomissionamento para incluir o programa de
descaracterização de outras pequenas estruturas.
Adicionalmente, foi reconhecida neste período a provisão no valor de U$ 257 milhões em
“Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint ventures”, não incluídos na
provisão mencionada acima, relacionada à descaracterização da barragem de Germano da
Samarco.
EBITDA ajustado US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita operacional líquida 9.186 8.203 8.616
CPV (5.173) (4.701) (5.377)
Despesas com vendas, gerais e administrativas (110) (110) (122)
Pesquisa e desenvolvimento (90) (71) (92)
Despesas pré-operacionais e de parada (335) (214) (67)
Despesas relacionadas a Brumadinho (1.532) (4.504) -
Outras despesas operacionais (35) (84) (109)
Dividendos e juros de coligadas e JVs 221 28 165
EBIT ajustado 2.132 (1.453) 3.014
Depreciação, amortização e exaustão 966 801 861
EBITDA ajustado 3.098 (652) 3.875
EBITDA ajustado por segmento US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Minerais ferrosos 4.223 3.602 3.228
Carvão (106) (69) 45
Metais básicos 465 505 778
Outros 48 (186) (176)
Impacto de Brumadinho (1.532) (4.504) -
Total 3.098 (652) 3.875
15
Receita operacional líquida por área de negócio US$ milhões 2T19 % 1T19 % 2T18 %
Minerais ferrosos 7.315 79,6 6.343 77,3 6.321 73,4
Minério de ferro - finos 5.849 63,7 4.477 54,6 4.570 53,0
ROM 6 0,1 10 0,1 5 0,1
Pelotas 1.300 14,2 1.674 20,4 1.518 17,6
Manganês 27 0,3 57 0,7 74 0,9
Ferroligas 42 0,5 28 0,3 41 0,5
Outros 91 1,0 97 1,2 113 1,3
Carvão 256 2,8 333 4,1 356 4,1
Carvão Metalúrgico 194 2,1 258 3,1 261 3,0
Carvão Térmico 62 0,7 75 0,9 95 1,1
Metais básicos 1.538 16,7 1.451 17,7 1.870 21,7
Níquel 740 8,1 632 7,7 911 10,6
Cobre 495 5,4 543 6,6 570 6,6
PGMs 115 1,3 102 1,2 126 1,5
Ouro como subproduto 152 1,7 132 1,6 156 1,8
Prata como subproduto 5 0,1 8 0,1 9 0,1
Cobalto 26 0,3 30 0,4 94 1,1
Outros 5 0,1 4 0,0 4 0,0
Outros 77 0,8 76 0,9 69 0,8
Total 9.186 100,0 8.203 100,0 8.616 100,0
CPV por área de negócio US$ milhões 2T19 % 1T19 % 2T18 %
Minerais Ferrosos 3.264 63 2.920 62 3.507 65
Metais Básicos 1.378 27 1.218 26 1.417 26
Carvão 445 9 473 10 379 7
Outros 86 2 90 2 74 1
CPV total 5.173 100 4.701 100 5.377 100
Depreciação 871 - 748 - 827 -
CPV ¹, sem depreciação 4.302 - 3.953 - 4.550 -
¹ A exposição do CPV por moeda no 2T19 foi composta por: 47% em USD, 46% em BRL, 6% em CAD, 1% em EUR.
16
Despesas US$ milhões 2T19 1T19 2T18
SG&A sem depreciação 94 96 109
SG&A 110 110 122
Administrativas 85 89 88
Pessoal 41 46 41
Serviços 13 14 18
Depreciação 16 14 13
Outros 15 15 16
Vendas 25 21 34
P&D 90 71 92
Brumadinho - despesas extraordinárias de logística 126 - -
Despesas pré-operacionais e de parada 335 214 67
Brumadinho - despesas de parada 238 160 -
Stobie & Birchtree - 4 -
Onça Puma 4 - -
S11D - - 19
Outros 14 11 27
Depreciação 79 39 21
Despesas relacionadas a Brumadinho 1.532 4.504 -
Provisões 1.374 4.278 -
Despesas incorridas 158 226 -
Outras despesas operacionais (91) 84 109
Despesas totais 2.102 4.983 390
Depreciação 95 53 34
Despesas sem depreciação 2.007 4.930 356
17
Lucro líquido
A Vale registrou prejuízo líquido de US$ 0,1 bilhão no 2T19, ficando US$ 1,5 bilhão acima do
1T19. O prejuízo líquido deve-se principalmente às provisões relacionadas: (a) à ruptura da
barragem de Brumadinho (US$ 1,5 bilhão), (b) ao descomissionamento da barragem de rejeitos
de Germano (US$ 257 milhões) e (c) à Fundação Renova (US$ 383 milhões).
Resultado financeiro
Os resultados financeiros líquidos representaram uma perda de US$ 728 milhões, ficando em
linha com o 1T19 e de acordo com a estrutura da dívida da Vale. O valor de Debêntures
participativas foi de US$ 251 milhões devido ao ajuste a mercado resultante de maiores preços
de minério de ferro. Para os próximos trimestres, os juros brutos devem diminuir, ficando em
linha com a redução da dívida bruta e do pré-pagamento de linhas de créditos mais caras de
curto prazo.
Resultado financeiro US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Despesas financeiras (751) (808) (781)
Juros brutos (274) (252) (294)
Capitalização de juros 40 37 44
Debêntures participativas¹ (251) (377) (304)
Outros (223) (174) (176)
Despesas financeiras (REFIS) (43) (42) (51)
Receitas financeiras 122 97 81
Derivativos² 66 93 (306)
Swaps de moedas e taxas de juros 25 (9) (387)
Outros³ (bunker oil, commodities, etc) 41 102 81
Variação cambial 21 (7) (1.946)
Variação monetária (186) (81) (103)
Resultado financeiro líquido (728) (706) (3.055)
¹ No 2T19, US$ 90 milhões foram pagos como remuneração das debêntures participativas.
² O ganho líquido com derivativos de US$ 66 milhões no 2T19 inclui a realização de perdas de US$ 19 milhões e ganhos de marcação a mercado de US$ 85 milhões.
³ Outros derivativos incluem derivativos de bunker oil, que em 2T19 foi US$ 0 (zero).
18
Investimentos
Os investimentos totalizaram US$ 730 milhões no 2T19, sendo compostos por US$ 130 milhões
em execução de projetos e US$ 600 milhões na manutenção das operações, dos quais US$ 67
milhões estão relacionados a projetos de reposição.
Investimento total por área de negócio US$ milhões 2T19 % 1T19 % 2T18 %
Minerais ferrosos 399 54,7 365 59,7 462 65,5
Carvão 27 3,7 50 8,2 34 4,8
Metais básicos 301 41,2 193 31,6 208 29,5
Energia 3 0,4 3 0,5 1 0,1
Outros - - - - - -
Total 730 100,0 611 100,0 705 100,0
Execução de projetos
Os investimentos em execução de projetos totalizaram US$ 130 milhões no 2T19, sendo os
projetos Sistema Norte 240 Mtpa e Salobo III os principais projetos em desenvolvimento.
O projeto Sistema Norte 240 Mtpa progrediu com a contratação de fornecedores e o
desenvolvimento da engenharia detalhada, assim como o recebimento de parte dos britadores
e equipamentos móveis ao longo do 2T19.
O projeto Salobo III concluiu a terraplanagem nas áreas de moagem e de flotação.
Indicadores de progresso de projetos de capital8
8 Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam
incluídas na coluna de capex estimado total, ficando em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex é revisada apenas uma vez por ano.
Projeto Capacidade
(Mtpa)
Data de
start-up
Capex realizado
(US$ milhões)
Capex estimado
(US$ milhões) Avanço
físico 2019 Total 2019 Total
Projetos de Minerais Ferrosos
Sistema Norte
240 Mtpa 240 (10)a 2S22 5 5 50 770 5%
Projetos de Metais Básicos
Salobo III (30-40)a kt 1S22 38 41 193 1.128 15%
a Capacidade l íquida adicional.
19
Execução de projetos por área de negócio US$ milhões 2T19 % 1T19 % 2T18 %
Minerais ferrosos 87 66,9 86 86,9 171 83,4
Carvão - - - - 15 7,3
Metais básicos 42 32,3 11 11,1 19 9,3
Energia 1 0,8 2 2,0 - -
Outros - - - - - -
Total 130 100,0 99 100,0 205 100,0
Investimentos de manutenção das operações existentes
Os investimentos na manutenção das operações totalizaram US$ 600 milhões no 2T19,
compostos principalmente por US$ 358 milhões em melhorias nas operações, US$ 71 milhões
em investimentos em barragens e pilhas de estéril (dos quais US$ 32 milhões, 45% do total, são
relacionados a gestão de barragens), US$ 67 milhões em projetos de reposição e US$ 50
milhões em saúde e segurança.
Indicadores de progresso de projetos de reposição9
Investimentos em barragens e pilhas de estéril – 2T19
US$ milhões 2T19
Gestão de barragens 32
Novas barragens convencionais 9
Empilhamento a seco 14
Alteamentos 10
Pilhas de estéril 6
Outros -
Total 71
Investimento realizado por tipo - 2T19
US$ milhões Minerais Ferrosos
Carvão Metais
Básicos TOTAL
Melhorias nas operações 182 19 157 358
Projetos de reposição 24 - 43 67
Gestão de barragens 13 - 20 33
Outros investimentos em barragens e pilhas de estéril 19 - 20 39
Saúde & Segurança 38 1 11 50
Investimentos sociais e proteção ambiental 14 5 4 23
Administrativo & Outros 24 2 4 30
Total 314 27 259 600
9 Na tabela, não incluímos as despesas pré-operacionais no capex estimado para o ano, embora estas despesas estejam
incluídas na coluna de capex estimado total, em linha com o nosso processo de aprovação pelo Conselho de Administração. Além disso, nossa estimativa para o capex é revisada apenas uma vez por ano.
Projeto Capacidade
(Ktpa)
Data de
start-up
Capex realizado
(US$ milhões)
Capex estimado
(US$ milhões) Avanço
físico 2019 Total 2019 Total
Expansão da
mina de
Voisey’s Bay
40 1S21 67 290 311 1.694 29%
Gelado 9.700 2S21 23 28 87 428 17%
20
Investimento em manutenção realizado por área de negócio US$ milhões 2T19 % 1T19 % 2T18 %
Minerais ferrosos 312 52,0 279 54,5 291 58,2
Carvão 27 4,5 50 9,8 19 3,8
Metais básicos 259 43,2 182 35,5 189 37,8
Níquel 228 38,0 155 30,3 160 32,0
Cobre 31 5,2 27 5,3 29 5,8
Energia 2 0,3 1 0,2 1 0,2
Outros - - - - - -
Total 600 100,0 512 100,0 500 100,0
Segurança das barragens
A Vale continua tomando diversas medidas para aumentar seus padrões de segurança na
gestão de barragens, com progresso substancial no 2T19.
No 2T19, a Vale iniciou a automatização de piezômetros nas barragens em nível 3 do Plano de
Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM). O procedimento representa um
importante passo para garantir maior frequência de informações dos instrumentos obtidas
remotamente, reduzindo a exposição humana a áreas de risco.
• Na barragem Sul Superior, na mina Gongo Soco, em Barão de Cocais (MG), a ação
quadriplica a automatização, passando de 5 para 20 piezômetros automatizados (no
total são 43).
• Na barragem Forquilha III, na mina Fábrica, em Ouro Preto (MG), a automatização de
17 piezômetros foi concluída (total de 108 piezômetros).
• Na barragem B3/B4, na mina Mar Azul, em Nova Lima (MG), a Vale automatizou 17
piezômetros em julho (total de 18 piezômetros).
Devido às medidas de segurança, o acesso a estas áreas é restrito e, por isso, o procedimento
de checagem dos piezômetros é feito com auxílio de helicóptero e técnicas de alpinismo. A
atividade foi homologada pela ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e é feita por equipes
especializadas para esse tipo de ação. Em caso de emergência, os profissionais são içados
imediatamente até o helicóptero.
Um exemplo concreto do efeito das iniciativas para aumentar os padrões de segurança foi a
redução do nível de alerta do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração
(PAEBM) de 2 para 1 na barragem de Vargem Grande, na mina Abóboras, em Nova Lima (MG),
no dia 5 de junho de 2019. A mudança no status é fruto de uma série de melhorias que a Vale
vem implantando na estrutura desde janeiro deste ano, como o rebaixamento do nível de água
do reservatório, a limpeza dos canais de drenagem e estudos de sensibilidade junto à empresa
auditora para avaliação do impacto do rebaixamento do nível d’água na estabilidade da
barragem. Foi feita ainda uma detalhada avaliação técnica das deformações apresentadas no
21
sistema de monitoramento por inclinômetros (instrumentos instalados em furos de sondagem
para medição de deformações). A expectativa é de que, com a continuidade dessas ações, a
estrutura seja totalmente retirada da condição de alerta. Com a redução do nível de alerta
PAEBM para 1 na barragem de Vargem Grande, 51 moradores da Zona de Autossalvamento
(ZAS) retornaram para casa.
Por fim, a Vale reforçou o compromisso de se tornar a mais segura e confiável empresa de
mineração no mundo com a criação da Diretoria Executiva de Segurança e Excelência
Operacional reportando-se diretamente ao CEO e com a nomeação de Carlos Medeiros para
ocupá-la. A sua comprovada capacidade de liderar grandes projetos de transformação, aliada à
disciplina e forte orientação para processos, trará uma importante contribuição para a segurança
e a eficiência das nossas operações. Entre suas funções na área de Segurança e Excelência
Operacional está a responsabilidade de estabelecer padrões técnicos, tecnológicos e de gestão
mínimos para “temas críticos” (barragens, fornos, usinas etc.) a partir de competências técnicas,
além de suportar o uso de ferramentas e modelos de gestão de risco e gestão de ativos, tendo
a autoridade para interromper a operação de ativos no caso de desvios críticos.
22
Fluxo de caixa livre
O Fluxo de Caixa Livre Operacional foi de US$ 2,221 bilhões no 2T19, ficando US$ 639 milhões
acima do 1T19, principalmente devido aos maiores preços (US$ 822 milhões) e ao impacto de
maiores volumes de vendas na receita e custos (US$ 136 milhões). A forte geração de fluxo de
caixa operacional possibilitou amortizações líquidas de dívida de US$ 1,3 bilhão e aumento do
caixa e equivalente de caixa em US$ 1,040 bilhão.
Fluxo de caixa livre 2T19
23
Indicadores de endividamento
A dívida bruta totalizou US$ 15,790 bilhões em 30 de junho de 2019, reduzindo-se em US$ 1,261
bilhão na comparação com 31 de março de 2019, principalmente como resultado de
amortizações líquidas de US$ 1,3 bilhão, principalmente relacionadas às novas linhas de crédito
contratadas no 1T19.
A dívida líquida totalizou US$ 9,726 bilhões em 30 de junho de 2019, reduzindo US$ 2,305
bilhões contra US$ 12,031 bilhões em 31 de março de 2019. À luz da recente decisão do Tribunal
de Justiça de Belo Horizonte, autorizando a Vale a substituir os R$ 5 bilhões que foram
bloqueados por outras garantias financeiras e do acordo firmado com o Ministério Público do
Trabalho de Minas Gerais, que determinou a liberação de R$ 1,6 bilhão do montante bloqueado,
a dívida líquida pró-forma seria de US$ 8,0 bilhões no 2T19. A liberação dos recursos deverá
ocorrer até agosto.
O prazo médio da dívida aumentou para 8,37 anos em 30 de junho de 2019 quando comparado
a 7,96 anos em 31 de março de 2019. O custo médio da dívida, após swaps cambiais e de juros,
foi reduzido para 4,96% ao ano em 30 de junho de 2019, quando comparado a 5,08% por ano
em 31 de março de 2019. A alavancagem, medida pela relação da dívida líquida/LTM10 EBITDA
ajustado, reduziu-se para 0,9x, e o índice de cobertura de juros, medido pelo indicador LTM
EBITDA ajustado/LTM juros brutos, diminuiu ligeiramente para 10,4x em 30 de junho de 2019
contra 10,9x em 31 de março de 2019.
Além disso, de acordo com o IFRS 16, a Vale reconheceu o passivo de arrendamentos no valor
de US$ 1,840 bilhão.
Indicadores de endividamento US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Dívida bruta ¹ 15.790 17.051 17.906
Dívida líquida ¹ 9.726 12.031 11.519
Arrendamentos (IFRS 16) 1.840 1.746 -
Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 1,4 1,4 1,1
Dívida líquida / LTM EBITDA ajustado (x) 0,9 1,0 0,7
LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 10,4 10,9 11,4
¹ Não inclui arrendamentos (IFRS 16).
10 Últimos doze meses.
24
25
O desempenho dos segmentos de negócios
Informações dos segmentos ― 2T19, conforme nota explicativa das demonstrações contábeis Despesas
US$ milhões Receita Líquida
Custos¹ SG&A e outras¹
P&D¹ Pré-
operacional e de parada¹
Dividendos e juros de
coligadas e JVs
EBITDA Ajustado
Minerais ferrosos 7.315 (2.807) (150) (30) (249) 144 4.223
Minério de ferro - finos
5.849 (2.093) (148) (24) (236) - 3.348
ROM 6 - - - - - 6
Pelotas 1.300 (576) (3) (5) (13) 144 847
Outros 91 (82) 2 - - - 11
Mn & ferroligas 69 (56) (1) (1) - - 11
Carvão 256 (386) 2 (6) - 28 (106)
Metais básicos 1.538 (1.029) (25) (15) (4) - 465
Níquel² 1.076 (794) (22) (8) (4) - 248
Cobre³ 462 (235) (3) (7) - - 217
Outros 77 (80) 44 (39) (3) 49 48
Impacto de Brumadinho
- - (1.532) - - - (1.532)
Total 9.186 (4.302) (1.661) (90) (256) 221 3.098
¹ Excluindo depreciação e amortização
² Incluindo cobre e outros subprodutos das operações de níquel
³ Incluindo subprodutos das operações de cobre
26
Minerais Ferrosos
EBITDA AJUSTADO
O EBITDA do segmento de Minerais Ferrosos foi impactado pelos desdobramentos da ruptura
da barragem de Brumadinho e pelas chuvas anormais no Sistema Norte e no Porto de Tubarão,
que impactaram volumes, custos e despesas. No entanto, a Vale está transitando para uma
performance mais previsível, com a retomada das operações de Brucutu em 22 de junho,
recuperando 30 Mtpa de capacidade, e o retorno parcial de processamento a seco no Complexo
de Vargem Grande, adicionando cerca de 12 Mtpa (5 Mt em 2019), assim como a normalização
da fila de navios no Terminal de Ponta da Madeira, diminuindo os custos de demurrage no 3T19.
O EBITDA ajustado do segmento de Minerais Ferrosos foi de US$ 4,223 bilhões no 2T19, ficando
17% acima do 1T19, principalmente devido aos maiores preços (US$ 904 milhões) e maiores
volumes de vendas de Ferrosos11 (US$ 742 milhões), que foram parcialmente compensados por:
(a) maior período de parada de produção resultando em perda de vendas (US$ 644 milhões);
(b) maiores despesas de parada e despesas extraordinárias de logística (US$ 204 milhões); (c)
e maior custo caixa unitário (US$ 309 milhões).
Além do impacto do rompimento da barragem de Brumadinho no EBITDA de Minerais Ferrosos,
as provisões relacionadas a Brumadinho foram registradas conforme detalhado no box
11 Exclui volumes de venda perdidos por Brumadinho.
27
“Provisões relacionadas ao rompimento da barragem de Brumadinho” na seção “EBITDA
ajustado” deste relatório.
A participação de produtos premium12 no total de vendas foi de 86% no 2T19, superior ao 81%
registrado no 1T19, principalmente devido a maiores vendas de Carajás. Os prêmios de
qualidade de finos e pelotas de minério de ferro alcançaram US$ 11,4/t13 no 2T19 contra US$
10,7/t no 1T19, principalmente devido à maior contribuição do negócio de pelotas.
Prêmio de qualidade finos de minério de ferro e pelotas
US$/t 2T19 1T19 2T18
Prêmio de qualidade finos de minério de ferro 5,7 5,6 7,1
Contribuição ponderada média de pelotas 5,7 5,1 3,2
Prêmio de qualidade total finos de minério de ferro e pelotas 11,4 10,7 10,3
Composição das vendas - em %
MARGEM EBITDA DE MINERAIS FERROSOS14
O EBITDA ajustado por tonelada do Minerais Ferrosos, excluindo Manganês e Ferroligas, foi de
US$ 59.5/t no 2T19, significando um aumento de US$ 6.7/t quando comparado com US$ 52.8/t
no 1T19, principalmente devido aos maiores preços de mercado e à maior contribuição das
pelotas para as margens.
12 Composto por pelotas, Carajás, Brazilian Blend Fines (BRBF), pellet feed e Sinter Feed Low Alumina (SFLA). 13 Prêmio de minério de ferro de US$ 5,7/t e contribuição do resultado de pelotas ponderada pelos volumes totais de US$ 5,7/t. A contribuição do ajuste de pelotas divulgado no relatório de Produção e Vendas da Vale no 2T19 foi reavaliado. Como este é um valor gerencial, a mudança não impactou os resultados da Vale. 14 Excluindo minério de manganês e ferroligas.
28
Finos de minério de ferro (excluindo Pelotas e ROM)
EBITDA AJUSTADO
O EBITDA ajustado de finos de minério de ferro foi de US$ 3,348 bilhões no 2T19, ficando 27%
acima do 1T19, principalmente devido a maiores preços (US$ 795 milhões), maiores volumes de
vendas (US$ 351 milhões), que foram parcialmente compensados por maiores custos (US$ 246
milhões) e maiores despesas (US$ 227 milhões).
RECEITA E VOLUMES DE VENDAS
A receita líquida de finos de minério de ferro, excluindo pelotas e ROM, aumentou para US$
5,849 bilhões no 2T19, contra US$ 4,477 bilhões no 1T19, como resultado de maiores preços de
venda (US$ 795 milhões) e maiores volumes de venda (US$ 577 milhões).
O volume de vendas de finos de minério de ferro totalizou 61,9 Mt no 2T19, ficando 6,7 Mt acima
do 1T19, o que foi devido, principalmente ao consumo de estoques offshore.
As vendas de CFR de finos de minério de ferro totalizaram 47,3 Mt no 2T19, representando 76%
de todos os volumes de vendas de minério de ferro no 2T19, ficando ligeiramente superior ao
1T19.
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Minério de ferro - finos 5.849 4.477 4.570
ROM 6 10 5
Pelotas 1.300 1.674 1.518
Manganês e Ferroligas 69 85 115
Outros 91 97 113
Total 7.315 6.343 6.321
Volume vendido
mil toneladas métricas 2T19 1T19 2T18
Minério de ferro - finos 61.873 55.204 72.921
ROM 72 211 368
Pelotas 8.842 12.314 13.231
Manganês 92 252 239
Ferroligas 39 25 34
29
PREÇOS REALIZADOS
Distribuição do sistema de preços - em %
Realização de preços – finos de minério de ferro
No 2T19, o preço de referência 62% CFR China aumentou US$ 17,4/t, enquanto o preço
CFR/FOB realizado da Vale aumentou US$ 13,5/t, totalizando US$ 94,6/t, principalmente devido
a efeitos do mecanismo de precificação (US$ 2,3/t), o que foi impactado negativamente por
preços inferiores nos períodos anteriores e ao maior desconto de umidade (US$ 1,4/t).
O percentual das vendas registradas no sistema
de preços provisórios em relação às vendas totais
no 2T19 foi superior ao do 1T19, principalmente
devido à mudança do mix do portfólio de produtos.
30
Preço médio realizado US$ por tonelada 2T19 1T19 2T18
Minério de ferro - Metal Bulletin 65% index 114,4 95,2 86,0
Minério de ferro - Metal Bulletin 62% low alumina index 103,6 84,2 n.d
Minério de ferro - preço de referência 62% Fe 100,1 82,7 65,3
Preço provisório no final do trimestre 108,4 85,1 64,0
Referência de finos de minério de ferro CFR (dmt) 106,8 91,6 72,7
Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB 94,6 81,1 62,7
Pelotas CFR/FOB (wmt) 147,1 135,9 114,7
Manganês 294,6 227,8 310,1
Ferroligas 1.073,8 1.162,7 1.194,4
CUSTOS
Os custos de finos de minério de ferro totalizaram US$ 2,093 bilhões (ou US$ 2,412 bilhões
incluindo depreciação) no 2T19. Os custos aumentaram US$ 246 milhões quando comparados
com o 1T1915, principalmente devido a maiores custos caixa C1 unitários.
CPV MINÉRIO DE FERRO - 1T19 x 2T19
Principais variações
US$ milhões 1T19 Volume Câmbio Outros Variação
total 2T19
Custo caixa C1 774 90 (23) 245 312 1.086
Frete 680 113 - (12) 101 781
Outros 190 23 - 13 36 226
Custos totais antes de depreciação e amortização
1.644 226 (23) 246 449 2.093
Depreciação 255 28 (23) 59 64 319
Total 1.899 254 (46) 305 513 2.412
O custo unitário de frete marítimo por tonelada de minério de ferro diminuiu US$ 0,3/t, passando
a ser de US$ 16,5/t no 2T19, apesar do aumento dos preços de bunker oil (US$ 0,3/t). Isto se
deveu, principalmente, aos menores custos nos contratos de frete. Os custos de frete podem
aumentar no curto prazo como resultado do atual frete spot e da nova regulação IMO 2020. O
efeito da IMO 2020 será gradualmente compensado durante 2020 e 2021, com a instalação de
scrubbers e os novos Guaibamax iniciando operação.
CUSTO CAIXA C1
O custo caixa total C1 FOB no porto por tonelada métrica de finos de minério de ferro sem
royalties aumentou de US$ 14,0/t no 1T19 para US$ 17,6/t no 2T19, o que se deveu,
principalmente, aos seguintes fatores: (a) consumo de estoques com maiores custos de
15 Após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 226 milhões) e do impacto positivo das variações cambiais (US$ 23 milhões).
31
produção, totalizando US$ 1,4/t de aumento; (b) maior custo de demurrage no Sistema Norte,
causado pela maior fila de navios criada pelo redirecionamento de navios para o Terminal de
Ponta da Madeira, totalizando US$ 1,2/t de aumento; (c) maiores preços benchmark de minério
de ferro e maiores volumes de compras de terceiros, totalizando US$ 1,0/t de aumento, o que foi
parcialmente compensado pelo impacto positivo da depreciação do BRL de 4,1% (US$ 0,4/t). A
normalização da fila de navios no Terminal de Ponta da Madeira combinado com menores custos
de produção em maio, junho e julho, que impactarão positivamente o COGS no 3T19, ocasionará
uma redução de cerca de US$ 2,5/t do custo caixa C1 no 3T1916.
É importante ressaltar que o impacto de paradas decorrentes da ruptura da barragem de
Brumadinho (US$ 5,7/t) foi registrado como despesas (ver “Despesas” abaixo).
Custos e despesas de finos de minério de ferro em reais R$/t 2T19 1T19 2T18
Custo caixa C1¹ 68,9 52,9 53,3
Despesas de parada relacionadas a Brumadinho¹ 22,1 10,3 -
Outras despesas¹ 3,6 2,8 3,9
Total 94,5 66,0 57,2
¹ Líquido de depreciação
Custo unitário de finos de minério de ferro e frete
2T19 1T19 2T18
Custos (US$ milhões)
Custos, sem depreciação e amortização 2.093 1.644 2.144
(-) Custos de distribuição 63 67 51
(-) Custos de frete marítimo (A) 781 680 861
Custos FOB no porto (ex-ROM) 1.249 897 1.232
(-) Royalties 163 123 160
Custos FOB no porto (ex-ROM e royalties) (B) 1.086 774 1.072
Volumes de vendas (Mt)
Volume total de minério de ferro vendido 61,9 55,4 73,3
(-) Volume total de ROM vendido 0,0 0,2 0,4
Volume vendido (ex-ROM) (C) 61,9 55,2 72,9
Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t) (B/C)
17,6 14,0 14,7
Frete
Custos de frete marítimo (A) 781 680 861
% de Vendas CFR (D) 76% 73% 69%
Volume CFR (Mt) (E = C x D) 47,3 40,5 50,0
Custo unitário de frete de minério de ferro (US$/t) (A/E) 16,5 16,8 17,2
16 Considera câmbio BRL de 3,85/USD no 3T19.
32
DESPESAS
As despesas com minério de ferro, excluindo depreciação, foram de US$ 408 milhões no 2T19,
aumentando US$ 219 milhões em relação ao 1T19, principalmente como resultado dos itens
relacionados à ruptura da barragem de Brumadinho: efeito durante todo o trimestre da parada
contra aproximadamente dois meses no 1T19 e despesas extraordinárias de logística, que são
relacionadas, principalmente, a provisão de requisições contratuais de clientes e ao take-or-pay
dos contratos de ferrovias de terceiros (MRS).
As despesas com vendas e outros totalizaram US$ 148 milhões no 2T19, aumentando US$ 135
milhões em comparação com o 1T19, devido, principalmente às despesas extraordinárias de
logística mencionadas anteriormente. As despesas de P&D totalizaram US$ 24 milhões,
aumentando US$ 5 milhões em relação ao 1T19, seguindo a sazonalidade usual dos
desembolsos.
As despesas pré-operacionais e de parada, excluindo as despesas de parada relacionadas a
Brumadinho, líquidas de depreciação, totalizaram US$ 11 milhões no 2T19, ficando em linha
com o 1T19.
Olhando para frente, o custo unitário de despesas de parada deve ser reduzido em cerca de US$
1,5/t no 3T1917, como resultado da retomada das operações de Brucutu e Vargem Grande e do
efeito de diluição das despesas com maiores volumes.
Despesas - finos de minério de ferro US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Vendas 15 11 19
P&D 24 19 25
Despesas pré-operacionais e de parada 236 157 27
Despesas de parada por Brumadinho 225 150 -
Outros 11 7 27
Despesas extraordinárias de logística 126 - -
Outras despesas 7 2 7
Despesas totais 408 189 78
Pelotas
O EBITDA ajustado de pelotas no 2T19 foi de US$ 847 milhões, ficando 6% abaixo do 1T19,
principalmente devido a menores volumes (US$ 253 milhões), que foram parcialmente
compensados por maiores preços de mercado (US$ 78 milhões) e maiores dividendos
recebidos18 (US$ 144 milhões).
17 Considera câmbio BRL de 3,85/USD no 3T19. 18 Dividendos de plantas de pelotização arrendadas, usualmente pagos a cada seis meses, no 2T e 4T.
33
As vendas totalizaram 8,8 Mt no 2T19, ficando 28% abaixo do 1T19, principalmente devido ao
efeito da parada completa durante o trimestre das plantas de pelotização do Sistema Sul, assim
como às manutenções realizadas e às chuvas anormais nas plantas de Tubarão.
As vendas de pelotas CFR de 3,2 Mt no 2T19 representaram 37% do total de vendas de pelotas,
permanecendo em linha com o 1T19. As vendas de pelotas FOB totalizaram 5,6 Mt no 2T19.
Os preços realizados CFR/FOB no 2T19 foram, em média, de US$ 147,1/t, aumentando US$
11,2/t em relação ao 1T19, inferior ao aumento do preço de referência 62% Fe (US$ 17,4/t),
principalmente devido aos mecanismos do sistema de precificação baseados no trimestre
anterior, que foi impactado por preços menores.
Os custos totalizaram US$ 576 milhões (ou US$ 680 milhões com depreciação) no 2T19,
significando um aumento19 de US$ 38 milhões em relação ao 1T19, principalmente devido aos
maiores custos de manutenção.
As despesas totalizaram US$ 21 milhões no 2T19, permanecendo em linha com o 1T19.
Pelotas - EBITDA
2T19 1T19
US$
milhões US$/wmt
US$ milhões
US$/wmt
Receita líquida / Preço realizado 1.300 147,1 1.674 135,9
Dividendos recebidos (plantas de pelotização arrendadas) 144 16,3 - -
Custo (Minério de ferro, arrendamento, frete, suporte, energia e outros)
(576) (65,1) (753) (61,1)
Despesas pré-operacionais e de parada (13) (1,5) (10) (0,8)
Despesas (Vendas, P&D e outros) (8) (0,9) (9) (0,7)
EBITDA 847 95,8 902 73,2
Break-even de caixa de finos de minério de ferro e pelotas20
No 2T19, o EBITDA break-even de finos de minério de ferro e pelotas da Vale aumentou US$
6,5/t, totalizando US$ 36,8/t, principalmente devido ao resultado de maiores custo caixa C1 (US$
3,6/t), maiores despesas de parada relacionadas a Brumadinho (US$ 3,0/t) e maiores royalties
(US$ 0,4/t), que foram parcialmente compensados por uma maior contribuição de pelotas (US$
0,6/t) e menores custos de frete (US$ 0,3/t).
19 Após a dedução dos efeitos de maiores volumes de vendas (US$ 199 milhões) e do impacto positivo das variações cambiais (US$ 16 milhões). 20 Não inclui impacto do sistema de precificação de finos e pelotas de minério de ferro.
34
Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas¹ US$/t 2T19 1T19 2T18
Custo unitário de minério de ferro (ex-ROM, ex-royalties), FOB (US$/t) 17,6 14,0 14,7
Custo de frete de finos de minério de ferro (ex-bunker oil hedge) 16,5 16,8 17,2
Custo de distribuição de finos de minério de ferro 1,0 1,2 0,7
Despesas de parada² de finos de min. de ferro relacionadas a Brumadinho 5,7 2,7 -
Despesas² & royalties de finos de minério de ferro 3,5 2,9 3,3
Ajuste de umidade de minério de ferro 4,0 3,3 3,2
Ajuste de qualidade de minério de ferro (5,7) (5,6) (7,1)
EBITDA de equilíbrio de finos de minério de ferro (US$/dmt) 42,6 35,4 32,0
Ajuste de pelotas de minério de ferro (5,7) (5,1) (3,2)
EBITDA de equilíbrio de finos minério de ferro e pelotas (US$/dmt) 36,8 30,3 28,8
Investimentos correntes de finos de minério de ferro 4,5 4,2 3,5
Break-even caixa entregue na China de minério de ferro e pelotas (US$/dmt) 41,3 34,4 32,3
¹ Medido pelo custo unitário + despesas+ investimentos correntes ajustado por qualidade.
² Líquido de depreciação e incluindo dividendos recebidos.
Manganês e ferroligas
O EBITDA ajustado de minério de manganês e ferroligas foi de US$ 11 milhões no 2T19, ficando
59% inferior ao 1T19, principalmente devido aos menores volumes e menores preços de
mercado.
O volume de vendas de minério de manganês atingiu 92.000 t no 2T19, ficando 63,5% abaixo
do 1T19, principalmente devido à menor produção e às chuvas anormais no Terminal de Ponta
da Madeira, que impactaram embarques.
O volume de vendas de ferroligas totalizou 39.000 t no 2T19, ficando 58% acima do 1T19 como
resultado de novos clientes nos mercados doméstico e internacional.
Vendas de minério de ferro e pelotas por destino mil toneladas métricas 2T19 1T19 2T18
Américas 9.013 8.534 10.155
Brasil 6.720 6.260 7.064
Outros 2.293 2.274 3.091
Ásia 50.530 46.748 59.261
China 38.984 36.196 45.995
Japão 5.818 5.800 8.094
Outros 5.728 4.752 5.172
Europa 8.242 8.349 13.109
Alemanha 3.272 3.284 4.545
França 1.353 1.121 1.769
Outros 3.617 3.944 6.795
Oriente Médio 1.485 2.248 1.960
Resto do mundo 1.517 1.851 2.035
Total 70.787 67.730 86.520
35
Indicadores financeiros selecionados - Minerais ferrosos US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita líquida 7.315 6.343 6.321
Custos¹ (2.807) (2.531) (3.101)
Despesas¹ (150) (26) (33)
Despesas pré-operacional e de parada¹ (249) (160) (33)
Despesas com P&D (30) (24) (32)
Dividendos e juros de coligadas e JVs 144 - 106
EBITDA ajustado 4.223 3.602 3.228
Depreciação e amortização (532) (428) (425)
EBIT ajustado 3.691 3.174 2.803
Margem EBIT ajustado (%) 50,5 50,0 44,3
¹ Excluindo depreciação e amortização
Indicadores financeiros selecionados - Finos de minério de ferro
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
EBITDA ajustado (US$ milhões) 3.348 2.644 2.349
Volume vendido (Mt) 61,9 55,2 72,9
EBITDA ajustado (US$/t) 54 48 32
Indicadores financeiros selecionados - Pelotas
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
EBITDA ajustado (US$ milhões) 847 902 797
Volume vendido (Mt) 8,8 12,3 13,2
EBITDA ajustado (US$/t) 96 73 60
Indicadores financeiros selecionados - Ferrosos ex Manganês e Ferroligas
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
EBITDA ajustado (US$ milhões) 4.212 3.575 3.181
Volume vendido (Mt)¹ 70,8 67,7 86,5
EBITDA ajustado (US$/t) 60 53 37
¹ Volume inclui finos de minério de ferro, pelotas e ROM.
36
Metais Básicos
As operações de Metais Básicos no Atlântico Norte alcançaram desempenho sólido nas
atividades de mineração, moagem e smelting no 2T19. Por sua vez, as atividades de refino foram
afetadas pelas manutenções planejadas e não planejadas que também levaram a um menor
feed de cobalto, ouro, prata e PGMs que reduziram os créditos de subprodutos. No entanto, a
produção de cobre de Sudbury ficou 4,7% maior em relação ao 1T19, já que as linhas de
produção de concentrado de cobre são independentes da operação das refinarias de níquel. Nos
próximos trimestres, o desempenho das minas do Atlântico Norte no 2T19 será refletido no output
das refinarias no 2S19, que retornaram à operação após as paradas de manutenção. De forma
semelhante, após concluir sua manutenção no 1T19, PTVI teve um aumento significativo de
volume de produção no seu site, um dos principais fatores para o aumento trimestral no EBITDA.
As operações de cobre foram impactadas por menores preços realizados de cobre no 2T19,
parcialmente compensados pelo desempenho operacional de Salobo, que alcançou custo caixa
unitário abaixo de US$ 900/t devido ao forte desempenho operacional e aos maiores créditos de
subprodutos.
O EBITDA ajustado de Metais Básicos foi de US$ 465 milhões no 2T19 vs. US$ 505 milhões no
1T19, principalmente devido aos menores preços realizados de cobre (US$ 73 milhões) e
maiores custos (US$ 25 milhões), parcialmente compensados por maiores volumes de níquel,
cobre e subprodutos (US$ 44 milhões) e, ainda, pelo efeito positivo das variações cambiais (US$
11 milhões).
Preço médio realizado US$ por tonelada 2T19 1T19 2T18
Níquel - LME 12.258 12.369 14.476
Cobre - LME 6.113 6.215 6.872
Níquel 12.877 12.571 14.784
Cobre¹ 5.199 6.051 6.030
Ouro (US$ por onça troy) 1.341 1.279 1.330
Prata (US$ por onça troy) 13,09 15,24 15,28
Cobalto (US$ por tn) 24.222 25.886 73.984
¹Considera operações de Salobo e Sossego.
EBITDA de Metais Básicos por operação – 2T19
US$ milhões Atlântico
Norte PTVI (site)
VNC (site)
Onça Puma
Sossego Salobo Outros Total
Metais Básicos
Receita líquida 789 166 53 49 119 343 19 1.538
Custos (508) (132) (139) (40) (82) (153) 25 (1.029)
Vendas e outras despesas (15) - - (1) (1) (2) (6) (25)
Despesa pré-operacional e de parada
- - - (4) - - - (4)
P&D (4) (1) (1) (1) (6) (1) (1) (15)
EBITDA 262 33 (87) 3 30 187 37 464
37
Operações de níquel
Operações de Níquel – EBITDA por operação US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Operações do Atlântico Norte¹ 262 293 393
PTVI 33 4 66
VNC (87) (64) 1
Onça Puma 3 16 25
Outros² 37 16 12
Total 248 265 497
¹ Inclui as operações no Canadá e no Reino Unido.
² Inclui os off-takes de PTVI e VNC, eliminação das vendas intercompany e compras de níquel acabado.
Operações de Níquel – custo caixa unitário das vendas após crédito de subprodutos
US$/t 2T19 1T19 2T18
Operações do Atlântico Norte¹ 5.159 3.972 4.680
PTVI 7.774 8.834 7.170
VNC 27.316 22.771 12.515
Onça Puma 9.991 8.846 7.957
¹ Números do Atlântico Norte incluem custos de refino em Clydach.
Os detalhes do EBITDA ajustado por operação de níquel são:
• O EBITDA das operações do Atlântico Norte foi de US$ 262 milhões, diminuindo US$
31 milhões em relação ao 1T19, principalmente devido aos menores preços realizados
dos subprodutos (US$ 21 milhões) e às maiores despesas (US$ 8 milhões). O custo
caixa unitário aumentou para US$ 5.159/t, principalmente em razão dos menores
créditos de subprodutos e custos de manutenção.
• O EBITDA de PTVI foi de US$ 33 milhões, aumentando US$ 29 milhões em relação ao
1T19, principalmente devido à maior diluição de custos fixos com os maiores volumes
(US$ 18 milhões) e maiores preços realizados de níquel (US$ 9 milhões). Após a
finalização de obras de manutenção no 1T19 no site de PTVI, o custo caixa unitário
diminuiu para US$ 7.774/t no 2T19 conforme maiores volumes no trimestre diluíram
custos fixos e as operações retornaram a um ritmo de produção mais elevado com a
energia hidroelétrica.
• O EBITDA de VNC foi negativo em US$ 87 milhões, diminuindo US$ 23 milhões em
relação ao 1T19, principalmente como resultado do maior custo caixa unitário (US$ 27
milhões), apesar do efeito positivo dos créditos do subproduto de cobalto (US$ 9
milhões). O custo caixa unitário aumentou para US$ 27.316/t no 2T19, principalmente
devido aos custos associados com o programa de manutenção que visa melhorar o
38
desempenho futuro das operações, assim como o efeito de menor diluição de custos
fixos devido aos menores volumes no site de VNC.
• O EBITDA de Onça Puma foi de US$ 3 milhões, diminuindo US$ 13 milhões em relação
ao 1T19, principalmente devido ao maior custo unitário (US$ 6 milhões), menores
volumes (US$ 4 milhões) e maiores despesas (US$ 4 milhões). O custo caixa unitário
aumentou para US$ 9.991/t, em razão, principalmente, dos menores volumes como
resultado da suspensão das atividades de processamento em junho de 2019
relacionada à decisão de um tribunal brasileiro.
Break-even EBITDA – operações de níquel21
RECEITA E VOLUME DAS VENDAS
As receitas das vendas de níquel foram de US$ 740 milhões no 2T19, aumentando US$ 108
milhões em relação ao 1T19 como resultado de maiores volumes (US$ 93 milhões) e maior
realização de preço (US$ 15 milhões). O volume das vendas de níquel foi de 57,5 kt no 2T19,
ficando 7,2 kt acima do 1T19, refletindo a decisão da Vale de otimizar as oportunidades de sua
cadeia de valor e usar estoques regionais em linha com a demanda.
O subproduto de cobre das operações de níquel gerou receita de US$ 170 milhões no 2T19,
diminuindo US$ 21 milhões em relação ao 1T19 como resultado de menor realização de preço
(US$ 23 milhões) compensada por maior volume de vendas (US$ 2 milhões). O volume das
vendas do subproduto de cobre foi de 32,5 kt no 2T19, ficando em linha com o 1T19.
As vendas do subproduto de cobalto geraram US$ 26 milhões no 2T19, diminuindo US$ 4
milhões em relação ao 1T19, principalmente em razão dos menores preços de cobalto (US$ 2
21 Considerando apenas o efeito caixa de US$ 400/oz que a Wheaton Precious Metals paga por 70% do subproduto de ouro
de Sudbury, o break-even EBITDA aumentaria para US$ 8.831/t.
39
milhões) e menores volumes (US$ 2 milhões) no trimestre. O volume das vendas do
subproduto de cobalto foi de 1.072 t no 2T19, ficando 101 t abaixo do 1T19.
Receita operacional líquida por produto - operações de Níquel US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Níquel 740 632 911
Cobre 170 191 176
Ouro como subproduto 18 16 23
Prata como subproduto 2 5 5
PGMs 115 102 126
Cobalto 26 30 94
Outros 5 4 4
Total 1.076 980 1.340
Volume vendido - operações de Níquel mil toneladas métricas 2T19 1T19 2T18
Níquel 57 50 62
Níquel Classe I 38 29 37
Níquel Classe II Battery-suitable 12 12 16
Níquel Classe II 4 5 4
Produtos intermediários 4 4 4
Cobre 32 32 30
Ouro como subproduto ('000 onça troy) 14 13 18
Prata como subproduto ('000 onça troy) 204 302 329
PGMs ('000 onça troy) 92 76 138
Cobalto (ton) 1.072 1.173 1.272
PREÇO REALIZADO DE NÍQUEL
Os produtos de níquel da Vale são classificados como Classe I, Classe II Battery-suitable, Classe
II e Intermediários. No 2T19, 66% de nossas vendas foram de produtos Classe I de alta
qualidade.
40
Produtos Classe I, 37,9 kt, 66% das vendas de níquel no 2T19
Os produtos Classe I são provenientes de 100% da produção das operações do Atlântico Norte
e de 32% da produção das operações de PTVI no 2T19.
Uma parte dos produtos de níquel Classe I é vendida a maiores prêmios para o mercado de
specialties / alta qualidade, porém outra parte é vendida para o mercado Classe II de aço
inoxidável, com menores prêmios. Conforme a demanda por produtos specialty e baterias de
carros elétricos aumenta, uma porção maior de nossos produtos Classe I de alta qualidade será
vendida para mercados Classe I, capturando uma maior proporção de prêmios no mix de
produtos.
Classe II Battery-suitable, Classe II e Intermediários, 19,6 kt, 34% das vendas de níquel
no 2T19
Os produtos de níquel Classe II Battery-suitable apresentam variados níveis de upside para
serem usados como insumos na cadeia de valor de baterias para carros elétricos. Ainda que,
tecnicamente, qualquer níquel possa ser beneficiado para alcançar o nível de pureza requerido
41
pelo mercado de baterias para carros elétricos, os produtos que compõem a categoria de
Classe II Battery-suitable são aqueles que oferecem soluções de custos muito baixos para
serem beneficiados e utilizados neste mercado. Os diversos produtos incluídos nesta categoria
oferecem graus diferentes de potencial e prontidão para serem utilização em carros elétricos.
A totalidade (100%) da produção de VNC e 42% da produção de PTVI, no 2T19, foram de
produtos de níquel Classe II Battery-suitable.
É economicamente desafiador usar produtos de níquel Classe II, como por exemplo, o ferro-
níquel, em aplicações de baterias para carros elétricos. Isto se deve, principalmente, às
impurezas, aos custos operacionais e de capital associados ao processo de conversão. Os
produtos de níquel Classe II da Vale, no 2T19, foram 100% constituídos da produção das
operações de Onça Puma.
Os produtos intermediários de níquel foram compostos por 26% da produção de PTVI no 2T19.
Estes produtos não representam produção acabada de níquel e são geralmente vendidos com
desconto, uma vez que ainda precisam ser processados antes de se tornarem vendáveis na
forma de produtos acabados.
Prêmio / desconto por produto de níquel US$/t 2T19 1T19 2T18
Níquel Classe I 1.090 1.320 1.430
Níquel Classe II Battery-suitable (200) (90) (180)
Níquel Classe II (70) (50) 420
Intermediários (2.550) (2.460) (2.690)
A média do preço realizado de níquel foi de US$ 12.877/t, ficando US$ 619/t acima da média do
preço de níquel na LME de US$ 12.258/t no 2T19. O impacto agregado dos prêmios e dos
descontos citados anteriormente (considerando seus respectivos volumes no mix de vendas) foi
o seguinte:
• prêmio pelos produtos de níquel Classe I que representaram 66% das vendas, com
impacto agregado no valor de US$ 719/t;
• desconto pelos produtos de níquel Classe II Battery-suitable que representaram 21%
das vendas, com impacto agregado de -US$ 42/t;
• descontos pelos produtos de níquel Classe II que representaram 7% das vendas, com
impacto agregado de -US$ 5/t;
• descontos pelos produtos intermediários que representaram 6% das vendas, com
impacto agregado de -US$ 153/t;
• outros ajustes relacionados a efeitos temporários e de precificação, principalmente
devido às diferenças entre o preço de níquel da LME no momento da venda e a média
de preços da LME no trimestre, junto aos impactos dos contratos de venda futura com
preço fixo, com impacto agregado de US$ 100/t.
42
Prêmio/desconto de níquel por produto e médias agregadas dos prêmios
CPV Níquel - 1T19 x 2T19
Principais variações
US$ milhões 1T19 Volume Câmbio Outros Variação total 2T19
Operações de níquel 688 85 (5) 26 106 794
Depreciação 257 27 (3) 22 46 303
Total 945 112 (8) 48 152 1.097
DESPESAS
As despesas de vendas e outras despesas totalizaram US$ 22 milhões no 2T19, incluindo as
relacionadas à manutenção de minas mais antigas no Atlântico Norte (US$ 12 milhões),
provisões de folha de pagamento (US$ 4 milhões) e provisões para obsolescência de
suprimentos (US$ 4 milhões).
As despesas pré-operacionais e de parada foram de US$ 4 milhões no 2T19 em razão das
despesas de parada em Onça Puma.
As despesas com pesquisa e desenvolvimento foram de US$ 8 milhões no 2T19, maiores do
que os US$ 7 milhões registrados no 1T19. Essas despesas englobam iniciativas de P&D para
maiores incrementos no desempenho operacional, com o Atlântico Norte, VNC, PTVI e Onça
Puma correspondendo a US$ 4 milhões, US$ 1 milhão, US$ 1 milhão e US$ 1 milhão,
respectivamente, no trimestre.
43
Indicadores financeiros selecionados - operações de Níquel
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita líquida 1.076 980 1.340
Custos¹ (794) (688) (810)
Despesas¹ (22) (12) (18)
Despesas pré-operacionais e de parada¹ (4) (8) (7)
Despesas com P&D (8) (7) (8)
Dividendos e juros de coligadas e JVs - - -
EBITDA ajustado 248 265 497
Depreciação e amortização (310) (259) (313)
EBIT ajustado (62) 6 184
Margem EBIT ajustado (%) (5,8) 0,6 13,7
¹ Excluindo depreciação e amortização
Operações de cobre – Salobo e Sossego
Cobre – EBITDA por operação US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Salobo 187 190 220
Sossego 30 50 61
Total 217 240 281
Operações de Cobre – custo caixa unitário das vendas após crédito de subprodutos US$/t 2T19 1T19 2T18
Salobo 816 1.086 937
Sossego 3.293 3.383 3.212
Os detalhes do EBITDA ajustado por operação de cobre são:
• O EBITDA de Salobo foi de US$ 187 milhões, ficando em linha com o 1T19, com
menores preços realizados de cobre (US$ 31 milhões), que foram compensados por
maiores volumes (US$ 15 milhões), maiores preços de subprodutos (US$ 6 milhões) e
menores custos unitários (US$ 4 milhões). O custo caixa unitário diminuiu para US$
816/t o que se deve, principalmente, a maiores créditos de subprodutos.
• O EBITDA de Sossego foi de US$ 30 milhões, diminuindo US$ 20 milhões em relação
ao 1T19, em razão, principalmente, dos menores preços realizados de cobre (US$ 19
milhões). O custo caixa unitário reduziu-se para US$ 3.293/t devido aos maiores créditos
de subprodutos.
44
Break-even EBITDA – operações de cobre22
O preço realizado que deve ser usado contra o break-even EBITDA das operações de cobre é o
preço de cobre realizado antes dos descontos (US$ 5.765/t), uma vez que os TC/RCs e outros
descontos já são considerados no gráfico de build-up do break-even EBITDA.
RECEITA E VOLUME DAS VENDAS
A receita das vendas de cobre foi de US$ 325 milhões no 2T19, representando uma redução de
US$ 27 milhões em relação ao 1T19, como resultado do menor preço realizado (US$ 50
milhões), que foi compensado por maiores volumes (US$ 22 milhões). O volume das vendas de
cobre foi de 62,5 kt no 2T19, ficando 4,3 kt acima do 1T19, e em linha com o aumento da
produção no trimestre.
A receita de subprodutos foi de US$ 137 milhões no 2T19, aumentando US$ 18 milhões em
relação ao 1T19 como resultado dos maiores volumes de subprodutos (US$ 12 milhões) e do
maior preço realizado (US$ 6 milhões). O volume das vendas do subproduto de ouro foi de 99
mil onças no 2T19, portanto, 9 mil onças acima do 1T19, e o volume das vendas do subproduto
de prata foi de 164 mil onças no 2T19, ou seja, 40 mil onças abaixo do 1T19.
22 Considerando apenas o efeito caixa de US$ 400/oz que a Wheaton Precious Metals paga por 75% do subproduto de ouro
de Salobo, o break-even EBITDA das operações de cobre aumentaria para US$ 3.220/t.
45
Receita operacional líquida por produto - operações de Cobre US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Cobre 325 352 394
Ouro como subproduto 134 116 133
Prata como subproduto 3 3 4
Total 462 471 530
Volume vendido - operações de cobre mil toneladas 2T19 1T19 2T18
Cobre 63 58 65
Ouro como subproduto ('000 onça troy) 99 90 99
Prata como subproduto ('000 onça troy) 164 204 259
PREÇO REALIZADO DE COBRE
O preço realizado de cobre foi de US$ 5.199/t, ficando US$ 914/t abaixo da média do preço de
cobre na LME, que foi de US$ 6.113/t no 2T19. Os produtos de cobre da Vale são vendidos com
base em preços provisórios durante o trimestre, com os preços finais sendo determinados em
um período futuro, geralmente de um a quatro meses à frente.
O preço realizado de cobre diferiu da média do preço da LME no 2T19 devido aos seguintes
fatores23:
• ajustes de preço do período atual: marcação a mercado das faturas ainda abertas no
trimestre com base no preço de cobre na curva forward ao fim do trimestre (+US$ 61/t);
• ajustes de preço de períodos anteriores: variação entre o preço usado nas faturas finais
(e na marcação a mercado das faturas de períodos anteriores ainda abertas no fim do
trimestre atual) e os preços provisórios usados nas vendas de trimestres anteriores (-
US$ 409/t);
• TC/RCs, penalidades, prêmios e descontos por produtos intermediários (-US$ 566/t).
23 Em 30 de junho de 2019 a Vale havia precificado provisoriamente vendas de cobre de Sossego e Salobo no montante de 76.928 toneladas, precificadas ao preço forward da LME de US$ 5.995/t, sujeita à precificação final nos próximos meses.
46
Realização de preço – operações de cobre
CPV Cobre - 1T19 x 2T19
Principais variações
US$ milhões 1T19 Volume Câmbio Outros Variação total 2T19
Operações de cobre 226 16 (7) - 9 235
Depreciação 47 3 (1) (3) (1) 46
Total 273 19 (8) (3) 8 281
DESPESAS
Despesas de venda e outras despesas foram de US$ 3 milhões no 2T19. Despesas com
pesquisa e desenvolvimento foram de US$ 7 milhões no 2T19, com Sossego e Salobo
correspondendo a US$ 6 milhões e US$ 1 milhão, respectivamente, no trimestre.
Indicadores financeiros selecionados - operações de Cobre
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita líquida 462 471 530
Custos¹ (235) (226) (245)
Despesas¹ (3) - -
Despesas pré-operacionais e de parada¹ - - -
Despesas com P&D (7) (5) (4)
Dividendos e juros de coligadas e JVs - - -
EBITDA ajustado 217 240 281
Depreciação e amortização (46) (47) (53)
EBIT ajustado 171 193 228
Margem EBIT ajustado (%) 37,0 41,0 43,0
¹ Excluindo depreciação e amortização
47
Carvão
EBITDA AJUSTADO
O EBITDA ajustado do segmento de Carvão foi negativo em US$ 106 milhões no 2T19, ficando
US$ 37 milhões menor do que no 1T19, principalmente, em razão do menor volume de vendas
e menores preços do carvão metalúrgico e térmico.
O ano de 2019 está sendo desafiador para o negócio do Carvão. Embora algumas iniciativas
tenham resultado em uma maior disponibilidade de equipamentos na mina e no aumento de
toneladas movimentadas, a menor qualidade do ROM e do mix coletado durante a abertura das
novas seções de lavra, assim como a maior manutenção nas usinas de processamento, levaram
a Vale a rever o seu guidance de produção e a reavaliar o seu plano de lavra.
A reavaliação dos planos de lavra no 2S19 será um importante passo para preparar o caminho
para uma maior estabilidade da qualidade do ROM que alimenta as usinas, atingindo assim, um
nível de produção sustentável no futuro.
Volume vendido mil toneladas métricas 2T19 1T19 2T18
Carvão metalúrgico 1.037 1.291 1.408
Carvão térmico 1.056 1.103 1.101
Total 2.093 2.394 2.509
Receita e realização de preços
As receitas decresceram em US$ 77 milhões para US$ 256 milhões no 2T19 contra US$ 333
milhões no 1T19, devido ao menor volume de vendas (US$ 54 milhões) e aos menores preços
do carvão térmico e metalúrgico (US$ 23 milhões).
As vendas de carvão totalizaram 2,1 Mt no 2T19, ficando 11,7% abaixo do volume de produção
no mesmo período, o que ocorreu em consequência de um aumento das vendas em que a
mudança da propriedade da carga para o cliente e o reconhecimento da receita acontece quando
a carga é descarregada no porto24. Essas vendas serão reconhecidas no próximo trimestre.
Receita operacional líquida por produto US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Carvão metalúrgico 194 258 261
Carvão térmico 62 75 95
Total 256 333 356
24 DAP e DAT INCOTERMS.
48
Realização de preço – carvão metalúrgico
US$/t, 2T19
Realização de preço – carvão térmico
US$/t, 2T19
49
Preços - carvão US$ por tonelada métrica 2T19 1T19 2T18
Índice para carvão metalúrgico¹ 203,2 205,8 190,2
Preço realizado do carvão metalúrgico 186,7 200,2 185,9
Índice para carvão térmico² 66,0 83,0 100,3
Preço realizado do carvão térmico 59,1 67,7 86,1
Preço médio realizado da Vale 122,3 139,1 142,1
¹ Preço de referência Premium Low Vol Hard Coking Coal FOB Australia.
² McCloskey FOB Richards Bay
Custos e despesas
Os custos totalizaram US$ 386 milhões no 2T19, ficando US$ 37 milhões menores do que no
1T19, principalmente devido ao impacto de custos variáveis sobre o menor volume de vendas.
O custo pró-forma C1 totalizou US$ 169,2/t no 2T19, o que significou um aumento de US$ 5,7/t
em relação ao 1T19, o que pode ser explicado principalmente pela menor diluição de custos
fixos, que foram parcialmente compensadas pela queda na tarifa não operacional de Nacala.
Custo cash pró-forma US$ por tonelada métrica 2T19 1T19 2T18
Custo operacional pró-forma¹ (A) 128,7 117,8 75,5
Tarifa não operacional de Nacala ² ³ (B) 46,5 53,6 49,0
Outros custos (C) 7,4 3,8 3,6
Custo colocado no porto de Nacala (D = A+B+C) 182,6 175,2 128,1
Serviço de dívida do CLN para a Vale (E) 13,4 11,7 11,6
Custo cash C1 pró-forma (F = D-E) 169,2 163,5 116,6
¹ Inclui os componentes da tarifa inferida do CLN relacionados a custo fixo e variável e excluí royalties
² Inclui os componentes da tarifa inferida do CLN relacionados aos investimentos correntes, capital de giro, impostos e outros itens financeiros
³ Realocação de US$ 6,9/t no 2T18 e US$ 11,7/t no 1T19 entre o custo operacional pró-forma e a linha de tarifa não operacional de Nacala.
Indicadores financeiros selecionados - Carvão US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita líquida 256 333 356
Custos¹ (386) (423) (327)
Despesas¹ 2 (1) (7)
Despesas pré-operacionais e de parada¹ - - -
Despesas com P&D (6) (6) (6)
Dividendos e juros em coligadas e JVs 28 28 29
EBITDA ajustado (106) (69) 45
Depreciação e amortização (60) (49) (56)
EBIT ajustado (166) (118) (10)
Margem EBIT ajustado (%) (64,8) (35,4) (2,9)
¹ Excluindo depreciação e amortização
50
ANEXOS
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS SIMPLIFICADAS Demonstração de resultado US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita operacional líquida 9.186 8.203 8.616
Custo dos produtos vendidos e serviços (5.173) (4.701) (5.377)
Lucro bruto 4.013 3.502 3.239
Margem bruta (%) 43,7 42,7 37,6
Despesas com vendas e administrativas (110) (110) (122)
Despesas com pesquisa e avaliações (90) (71) (92)
Despesas pré-operacionais e de parada operacional (335) (214) (67)
Evento de Brumadinho (1.532) (4.504) -
Outras despesas operacionais, líquido (35) (84) (109)
Impairment e alienação de ativos não circulantes (109) (204) 5
Lucro operacional 1.802 (1.685) 2.854
Receitas financeiras 122 97 81
Despesas financeiras (751) (808) (781)
Outros itens financeiros, líquido (99) 5 (2.355)
Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint ventures
(743) 84 (370)
Resultado antes de impostos 331 (2.307) (571)
IR e contribuição social correntes (366) (247) (127)
IR e contribuição social diferido (107) 879 791
Lucro líquido das operações continuadas (142) (1.675) 93
Ganho (prejuízo) atribuído aos acionistas não controladores (9) (33) (7)
Perda de operações descontinuadas - - (10)
Lucro (prejuízo) líquido atribuídos aos acionistas da controladora
(133) (1.642) 76
Lucro por ação (atribuídos aos acionistas da controladora - US$) (0,03) (0,32) 0,01
Lucro por ação básico e diluído (atribuídos aos acionistas da controladora - US$)
(0,03) (0,32) 0,01
Resultado de participações societárias US$ milhões 2T19 % 1T19 % 2T18 %
Minerais ferrosos 71 79 84 79 105 256
Carvão 3 3 (5) (5) 8 20
Metais básicos - - - - - -
Logística - - - - - -
Outros 16 18 27 25 (72) (176)
Total 90 100 106 100 41 100
51
Balanço patrimonial US$ milhões 30/06/2019 31/03/2019 30/06/2018
Ativo
Ativo circulante 15.914 15.075 15.468
Caixa e equivalentes de caixa 6.048 5.008 6.369
Contas a receber 2.983 2.453 2.348
Outros ativos financeiros 402 467 482
Estoques 4.724 4.909 3.999
Tributos antecipados sobre o lucro 508 567 657
Tributos a recuperar 684 1.188 1.023
Outros 565 483 590
Ativo não circulante 17.424 17.360 12.694
Depósitos judiciais 5.035 5.124 1.744
Outros ativos financeiros 3.118 3.108 3.042
Tributos sobre o lucro 695 560 505
Tributos a recuperar 511 560 564
Tributos diferidos sobre o lucro 7.698 7.711 6.535
Outros 367 297 304
Ativos fixos 62.394 61.715 59.925
Ativos Total 95.732 94.150 88.087
Passivo
Passivos circulante 12.834 12.467 9.186
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 3.907 3.331 3.587
Empréstimos e financiamentos 1.287 2.715 1.822
Arrendamentos 239 219 -
Outros passivos financeiros 1.109 1.434 795
Tributos pagáveis 607 669 640
REFIS 445 433 255
Provisões 942 818 1.005
Passivos associados a controladas e joint ventures 412 280 273
Passivos associados a Brumadinho 2.320 1.642 -
Descaracterização de barragens 388 158 -
Outros 1.178 768 809
Passivos não circulante 39.574 38.490 36.013
Empréstimos e financiamentos 14.503 14.336 16.084
Arrendamentos 1.601 1.527 -
Outros passivos financeiros 3.215 3.011 2.994
REFIS 3.815 3.825 4.071
Tributos diferidos sobre o lucro 1.469 1.524 1.678
Provisões 8.104 7.456 6.567
Passivos associados a controladas e joint ventures 1.298 765 895
Passivos associados a Brumadinho 1.208 749 -
Descaracterização de barragens 1.630 1.674 -
Receita diferida - Operação de ouro 1.461 1.522 1.725
Outros 1.270 2.101 1.999
Total do passivo 52.408 50.957 45.199
Patrimônio líquido 43.324 43.193 42.888
Total do passivo e patrimônio líquido 95.732 94.150 88.087
52
Fluxo de caixa US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Fluxo de caixa das atividades operacionais:
Lucro líquido (prejuízo) antes dos tributos sobre o lucro 331 (2.307) (571)
Ajustado para:
Depreciação, exaustão e amortização 966 801 861
Resultado de participações e outros resultados em coligadas e JVs 743 (84) 370
Impairment e alienação de ativos não circulantes 109 204 (5)
Resultados financeiros, líquido 728 706 3.055
Outros (281) - -
Variação dos ativos e passivos:
Contas a receber (557) 464 201
Estoques 229 (461) (262)
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros 434 (103) (37)
Provisão - Salários, encargos sociais e outros 166 (460) 175
Transação de Cobalto - - 690
Passivos relacionados a Brumadinho 1.069 2.423 -
Descaracterização de barragens 83 1.855 -
Tributos ativos e passivos, líquidos e outros (375) 16 (440)
Caixa líquido proveniente das operações 3.645 3.054 4.037
Juros de empréstimos e financiamentos pagos (237) (246) (274)
Derivativos recebidos (pagos), líquido (4) (118) 12
Remuneração paga às debêntures participativas (90) - (72)
Tributos sobre o lucro (incluindo REFIS) (359) (490) (159)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 2.955 2.200 3.544
Fluxos de caixa das atividades de investimento: - - -
Investimentos (730) (611) (705)
Adições aos investimentos (1) - (6)
Aquisição de subsidiária, líquido - (496) -
Recursos provenientes da alienação de bens e investimentos 11 93 259
Dividendos recebidos de joint ventures e coligadas 193 - 136
Depósitos bancários e depósitos judiciais 124 (3.490) -
Outras atividades de investimentos, líquido (190) 38 (124)
Caixa líquido utilizado nas atividades de investimento (593) (4.466) (440)
Fluxos de caixa provenientes das atividades de financiamento:
Empréstimos e financiamentos:
Empréstimos e financiamentos de terceiros 300 1.842 765
Pagamentos - empréstimos e financiamentos de terceiros (1.636) (216) (2.599)
Pagamentos de arrendamentos (3) (75) -
Pagamentos aos acionistas:
Dividendos e juros sobre o capital próprio pagos aos acionistas não controladores
(14) (63) (6)
Caixa líquido provenientes das (utilizado nas) atividades de financiamento
(1.353) 1.488 (1.840)
Caixa líquido utilizado em operações descontinuadas - - (2)
Aumento (redução) no caixa e equivalentes de caixa 1.009 (778) 1.262
Caixa e equivalentes no início do período 5.008 5.784 5.368
Efeito de variações da taxa de câmbio no caixa e equivalentes 31 2 (247)
Efeitos da alienação de subsidiárias e fusões, líquido de caixa e equivalentes de caixa
- - (14)
Caixa e equivalentes de caixa no final do período 6.048 5.008 6.369
Transações que não envolveram caixa:
Adições ao imobilizado com capitalizações de juros 40 37 44
53
RECEITAS, VENDAS, PREÇOS E MARGENS
Receita operacional líquida por destino US$ milhões 2T19 % 1T19 % 2T18 %
América do Norte 533 5,8 557 6,8 578 6,7
EUA 367 4,0 307 3,7 354 4,1
Canadá 137 1,5 220 2,7 184 2,1
México 29 0,3 30 0,4 40 0,5
América do Sul 1.086 11,8 896 10,9 890 10,3
Brasil 941 10,2 765 9,3 735 8,5
Outros 145 1,6 131 1,6 155 1,8
Ásia 5.679 61,8 4.794 58,4 5.060 58,7
China 4.200 45,7 3.387 41,3 3.264 37,9
Japão 589 6,4 632 7,7 759 8,8
Coreia do Sul 320 3,5 292 3,6 402 4,7
Outros 570 6,2 483 5,9 635 7,4
Europa 1.383 15,1 1.295 15,8 1.549 18,0
Alemanha 453 4,9 380 4,6 427 5,0
Itália 152 1,7 66 0,8 150 1,7
Outros 778 8,5 849 10,3 972 11,3
Oriente Médio 252 2,7 356 4,3 252 2,9
Resto do mundo 253 2,8 305 3,7 287 3,3
Total 9.186 100,0 8.203 100,0 8.616 100,0
Volume vendido - Minérios e metais mil toneladas métricas 2T19 1T19 2T18
Minério de ferro - finos 61.873 55.204 72.921
ROM 72 211 368
Pelotas 8.842 12.314 13.231
Manganês 92 252 239
Ferroligas 39 25 34
Carvão térmico 1.056 1.103 1.101
Carvão metalúrgico 1.037 1.291 1.408
Níquel 57 50 62
Cobre 95 90 95
Ouro como subproduto ('000 oz) 113 103 117
Prata como subproduto ('000 oz) 368 505 588
PGMs ('000 oz) 92 76 138
Cobalto (tonelada métrica) 1.072 1.173 1.272
Preços médios
US$/tonelada métrica 2T19 1T19 2T18
Referência de finos de minério de ferro CFR (dmt) 106,8 91,6 72,7
Preço realizado de finos de minério de ferro CFR/FOB 94,6 81,1 62,7
Pelotas CFR/FOB 147,1 135,9 114,7
Manganês 294,6 227,8 310,1
Ferroligas 1.073,8 1.162,7 1.194,4
Carvão térmico 59,1 67,7 86,1
Carvão metalúrgico 186,7 200,2 185,9
Níquel 12.877 12.571 14.784
Cobre¹ 5.206 6.012 6.020
Ouro (US$ por onça troy) 1.341 1.279 1.330
Prata (US$ por onça troy) 13,09 15,24 15,28
Cobalto (US$ por tn) 24.222 25.886 73.984
¹Considera operações de Salobo, Sossego e do Atântico Norte.
54
Margens operacionais por segmento (margem EBIT ajustada)
% 2T19 1T19 2T18
Minerais ferrosos 50,5 50,0 44,3
Carvão (64,8) (35,4) (2,9)
Metais básicos 7,1 13,7 22,0
Total¹ 23,2 (17,7) 35,3
¹ Excluindo efeitos não recorrentes
55
Reconciliação de informações “NÃOGAAP” e informações correspondentes em IFRS
(a) EBIT Ajustado
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Receita operacional líquida 9.186 8.203 8.616
CPV (5.173) (4.701) (5.377)
Despesas com vendas, gerais e administrativas (110) (110) (122)
Pesquisa e desenvolvimento (90) (71) (92)
Despesas pré-operacionais e de parada (335) (214) (67)
Despesas relacionadas a Brumadinho (1.532) (4.504) -
Outras despesas operacionais (35) (84) (109)
Dividendos e juros de coligadas e JVs 221 28 165
EBIT ajustado 2.132 (1.453) 3.014
(b) EBITDA ajustado
O termo EBITDA se refere a um indicador definido como lucro (prejuízo) antes de juros, impostos, depreciação e amortização. A Vale utiliza o termo EBITDA ajustado para refletir que este indicador exclui ganhos e/ou perdas na venda de ativos, despesas não recorrentes e inclui os dividendos recebidos de coligadas. Todavia, o EBITDA ajustado não é uma medida definida nos padrões IFRS e pode não ser comparável com indicadores com o mesmo nome reportados por outras empresas. O EBITDA ajustado não deve ser considerado substituto do lucro operacional ou medida de liquidez melhor do que o fluxo de caixa operacional, que são determinados de acordo com o IFRS. A Vale apresenta o EBITDA ajustado para prover informação adicional a respeito da sua capacidade de pagar dívidas, realizar investimentos e cobrir necessidades de capital de giro. O quadro a seguir demonstra a reconciliação entre EBITDA ajustado e fluxo de caixa operacional, de acordo com a sua demonstração de fluxo de caixa:
Reconciliação entre EBITDA ajustado x fluxo de caixa operacional
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
EBITDA ajustado 3.098 (652) 3.875
Capital de giro:
Contas a receber (557) 464 201
Estoque 229 (461) (262)
Fornecedor 434 (103) (37)
Provisões - Salários, encargos sociais e outros 166 (460) 175
Passivos relacionados a Brumadinho 1.069 2.423 -
Descaracterização de barragens 83 1.855 -
Outros (877) (12) 85
Caixa proveniente das atividades operacionais 3.645 3.054 4.037
Tributos sobre o lucro (251) (378) (46)
Tributos sobre o lucro - REFIS (108) (112) (113)
Juros de empréstimos e financiamentos (237) (246) (274)
Pagamento de debêntures participativas (90) - (72)
Recebimentos (pagamentos) de derivativos, líquido (4) (118) 12
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 2.955 2.200 3.544
56
Reconciliação entre EBITDA ajustado x lucro líquido (prejuízo)
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
EBITDA ajustado das operações continuadas 3.098 (652) 3.875
Depreciação, amortização e exaustão (966) (801) (861)
Dividendos recebidos e juros de empréstimos de coligadas e joint ventures
(221) (28) (165)
Impairment e alienação de ativos não circulantes (109) (204) 5
Lucro operacional 1.802 (1.685) 2.854
Resultado financeiro (728) (706) (3.055)
Resultado de participações e outros resultados em coligadas e joint ventures
(743) 84 (370)
Tributos sobre o lucro (473) 632 664
Lucro líquido das operações continuadas (142) (1.675) 93
Lucro líquido atribuído aos acionistas não controladores (9) (33) 7
Lucro líquido atribuído aos acionistas da Vale (133) (1.642) 86
(c) Dívida líquida US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Dívida bruta 15.790 17.051 17.906
Caixa e equivalentes de caixa¹ 6.064 5.020 6.387
Dívida líquida 9.726 12.031 11.519
¹ Incluindo investimentos financeiros.
(d) Dívida bruta / LTM EBITDA ajustado
US$ milhões 2T19 1T19 2T18
Dívida Bruta / LTM EBITDA ajustado (x) 1,4 1,4 1,1
Dívida Bruta / LTM Fluxo de Caixa Operacional (x) 1,3 1,3 1,5
(e) LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros US$ milhões 2T19 1T19 2T18
LTM EBITDA ajustado/ LTM juros brutos (x) 10,4 10,9 11,4
LTM EBITDA ajustado / LTM Pagamento de juros (x) 11,8 12,1 11,4
LTM Lucro operacional / LTM Pagamento de juros (x) 7,0 8,1 8,6