desempenho sustentÁvel - a importÂncia do marketing ... · instituto a vez do mestre...
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INSTITUTO A VEZ DO MESTRE
POacuteS-GRADUACcedilAtildeO LATU SENSU EM GESTAtildeO AMBIENTAL
DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL - A IMPORTAcircNCIA DO MARKETING AMBIENTAL PARA
AS EMPRESAS TORNAREM-SE ldquoVERDESrdquo
Por CLARISSA DAL MOLIN CALADO
Monografia de conclusatildeo da
Poacutes Graduaccedilatildeo apresentada como exigecircncia final do curso
Orientador Francisco Carrera Rio de Janeiro julho de 2010
1
Dedico este trabalho ao Grande Saacutebio - ldquo que maior estupidez pode ser imaginada do que chamar joacuteias prata e ouro de ldquopreciososrdquo e a terra e o
solo de ldquoordinaacuteriosrdquo As pessoas que assim o fazem devem lembrar-se de que se houvesse uma escassez de solo tatildeo grande quanto agrave de joacuteias ou
metais preciosos natildeo haveria um priacutencipe que natildeo gastasse um alqueire de diamantes e rubis e uma carroccedila cheia de ouro apenas para ter terra
suficiente para plantar um jasmim num pequeno pote ou semear uma semente de laranjeira e vecirc-la germinar crescer e produzir suas folhas
formosas suas flores fragrantes e frutas primorosashelliprdquo Galileu Galilei
2
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 03 2 Desempenho Sustentaacutevel 07 21 Caracteriacutesticas 08 22 Princiacutepios 08 23 Benefiacutecios que o DS traz para as Empresas 11 3 Desempenho Sustentaacutevel X Desenvolvimento Sustentaacutevel 12 4 Sistema de Gestatildeo Ambiental para Desempenho Sustentaacutevel 14 41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada 16 42 Treinamento Inicial de Desempenho Sustentaacutevel Concluiacutedo 17 43 Projetos Iniciais de Melhoria em Andamento 17 44 Suporte ao Desenvolvimento de Tecnologias Ambientais em andamento 18 45 Sistema de Auditorias e Emissatildeo de Relatoacuterios em Operaccedilatildeo 18 46 Coalizotildees Formadas 19 47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao DS 19 5 Pressotildees 20 51 Situaccedilatildeo Global 20 52 Aparecimento de Pressotildees 21 53 Preferecircncia do Consumidor 22 54 Leis de Crimes Ambientais 22 55 Organizaccedilotildees Ambientais e Coacutedigos Internacionais de Meio Ambiente 23 56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes 25 57 Compradores que exigem Certificaccedilotildees 26 6 Por que os Administradores devem tornar-se Verdes 28 7 Marketing Ambiental 31 8 A Importacircncia da Marca do Produto 33 9 Conclusatildeo 36 BIBLIOGRAFIA 38 ANEXOS 40
3
1 INTRODUCcedilAtildeO
A nova exigecircncia dos consumidores por produtos ecologicamente
corretos e com a disseminaccedilatildeo dos conceitos de Qualidade Total a Gestatildeo
Ambiental passou a ocupar uma posiccedilatildeo de destaque entre as funccedilotildees
organizacionais A Qualidade Ambiental tornou-se assim parte de
Qualidade Total almejada pela empresa e desempenha um importante papel
na estruturaccedilatildeo de sua imagem tanto pela contribuiccedilatildeo positiva que agrega
agrave imagem da empresa como tambeacutem pelos efeitos danosos que um mau
desempenho ambiental pode causar a essa imagem
De agora em diante as organizaccedilotildees que natildeo responderem agraves questotildees
ambientais com produtos mais seguros e projetados de modo a minimizar
seu impacto ambiental arriscam-se a perder a sintonia com o consumidor
As grandes transformaccedilotildees por que tem passado a sociedade nas
uacuteltimas deacutecadas em relaccedilatildeo agraves questotildees ambientais e a importacircncia que esta
foi tomando junto agrave escolha dos consumidores por produtos e serviccedilos que
causem pouco ou mesmo nenhum dano ao meio ambiente me estimulou a
estudar o assunto e a me perguntar como as empresas no presente momento
podem se reestruturar a fim de garantir aos seus clientes produtos ldquolimposrdquo
e de pouco impacto ambiental Para auxiliar essas empresa nessa nova
empreitada surge uma ferramenta denominada Desempenho Sustentaacutevel
cabendo agora aos profissionais envolvidos com Gestatildeo Ambiental auxiliar
as empresas nessa nova era
Seraacute tratado nesse trabalho como as organizaccedilotildees estatildeo sendo
pressionadas por uma sociedade cada vez mais consciente das questotildees
ambientais a demonstrarem sua capacidade de oferecer serviccedilos e produtos
4
amigos do meio ambiente e de como a questatildeo ambiental evolui para se
tornar uma importante preocupaccedilatildeo de todos
Dentro desse contexto o profissional envolvido na Gestatildeo Ambiental
deve relacionar suas forccedilas agrave comunicaccedilatildeo a fim de mover a opiniatildeo
puacuteblica agrave praacutetica da Responsabilidade soacutecio-ambiental uma vez que esta
opiniatildeo eacute emergente do direito social de informaccedilatildeo e participaccedilatildeo dos
indiviacuteduos Como a Gestatildeo Ambiental eacute uma atividade relativamente nova
dentro deste mercado ainda natildeo existe um profissional uacutenico especiacutefico
para exercer tal funccedilatildeo de extrema importacircncia tornando a atividade de
gestatildeo uma junccedilatildeo de vaacuterias competecircncias e transformando o setor
ambiental numa aacuterea transdiciplinar Mediante este novo conceito o Gestor
Ambiental eacute um dos elementos de integraccedilatildeo entre os objetivos das
organizaccedilotildees e o interesse puacuteblico
A sociedade e consequumlentemente os puacuteblicos quando bem informados
e conscientes da postura eacutetica e socialmente responsaacutevel da organizaccedilatildeo
tem maior credibilidade quanto as suas atividades o que contribui para a
expansatildeo de seus negoacutecios O posicionamento estrateacutegico do Gestor
Ambiental permite que a atividade da empresa vaacute aleacutem do seu
desenvolvimento podendo contribuir para o processo de decisotildees criaccedilatildeo
oportunidades para a vantagem competitiva e ainda fazer com que a
organizaccedilatildeo cumpra com o seu papel de cidadatilde
Seraacute mostrado tambeacutem neste trabalho como o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel estaacute proporcionando agraves empresas uma forma de
tornarem-se mais competitivas atraveacutes de uma atitude ecologicamente
correta em uma economia cada vez mais globalizada inserida numa
sociedade onde o consumidor mostra-se cada vez mais consciente de seu
papel na busca pela preservaccedilatildeo ambiental
5
Natildeo vatildeo ser expliacutecitos os aspectos teacutecnicos pertinentes agrave implantaccedilatildeo
de um Plano de Gestatildeo visando a Qualidade Ambiental nem tatildeo pouco os
procedimentos teacutecnicos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo de certificaccedilotildees para o
funcionamento das empresas Ao longo do trabalho seratildeo demonstrados os
benefiacutecios trazidos por estes esforccedilos realizados em prol do meio ambiente
sendo este o real objetivo desta monografia citando a importacircncia do
Gestor Ambiental para as organizaccedilotildees
O assunto abordado nesta monografia eacute de extrema importacircncia para
qualquer profissional interessado na aacuterea de Gestatildeo Ambiental ou apenas
aqueles que tenham um miacutenimo de preocupaccedilatildeo ambiental pois a
diminuiccedilatildeo do desperdiacutecio nas organizaccedilotildees no contexto mundial
globalizado em que nos encontramos eacute essencial para fornecer produtos e
serviccedilos com qualidade e preccedilos competitivos Aleacutem disso as empresas
devem buscar a integraccedilatildeo com a comunidade atraveacutes da preservaccedilatildeo do
meio ambiente a fim de adquirir confiabilidade entre seus consumidores
reais ou em potenciais
Poreacutem o fator de maior relevacircncia eacute que a proteccedilatildeo ambiental eacute uma
questatildeo de cidadania cabendo a cada um a responsabilidade de zelar pelo
meio ambiente garantindo a qualidade de vida para os cidadatildeos dessa e das
futuras geraccedilotildees
Com o objetivo de situar o leitor sobre o tema proposto o Capiacutetulo 2
iraacute explicar o conceito de Desempenho Sustentaacutevel sua origem e sua
importacircncia
Em seguida no Capiacutetulo 3 seratildeo esclarecidas as diferenccedilas e as principais
semelhanccedilas entre Desempenho Sustentaacutevel e Desenvolvimento
Sustentaacutevel conceitos estes comumente confundidos
6
No Capiacutetulo 4 referente ao Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) seraacute
descrito uma seacuterie de marcos necessaacuterio ao sucesso do Desempenho
Sustentaacutevel Jaacute no Capiacutetulo 5 seraacute identificado agraves pressotildees sofridas pelas
empresas para se tornarem ambientalmente responsaacuteveis
O Capiacutetulo 6 mostraraacute a importacircncia do Profissional de Gestatildeo em
identificar na questatildeo ambiental uma oportunidade de ganhar vantagem
competitiva O Capiacutetulo 7 que aborda o tema de Marketing Ambiental vem
trazendo as vantagens que um projeto de marketing ambientalmente
esclarecedor traraacute para as empresas No Capiacutetulo 8 descreverei os requisitos
que uma empresa deve ter para se comunicar com credibilidade e impacto
aleacutem das vantagens trazidas agraves empresas que procuram levar informaccedilotildees
aos seus clientes antes que seus concorrentes o faccedilam Posteriormente no
Capiacutetulo 9 vai ser citado como a marca do produto influencia o poder de
compra dos consumidores e de como essa marca pode se tornar cada vez
mais forte e confiaacutevel se a empresa optar pelo Desempenho Sustentaacutevel
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
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ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
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ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
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os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
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ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
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9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
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14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
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ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
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consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
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ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
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ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
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ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
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credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
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ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
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A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
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Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
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No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
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Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
1
Dedico este trabalho ao Grande Saacutebio - ldquo que maior estupidez pode ser imaginada do que chamar joacuteias prata e ouro de ldquopreciososrdquo e a terra e o
solo de ldquoordinaacuteriosrdquo As pessoas que assim o fazem devem lembrar-se de que se houvesse uma escassez de solo tatildeo grande quanto agrave de joacuteias ou
metais preciosos natildeo haveria um priacutencipe que natildeo gastasse um alqueire de diamantes e rubis e uma carroccedila cheia de ouro apenas para ter terra
suficiente para plantar um jasmim num pequeno pote ou semear uma semente de laranjeira e vecirc-la germinar crescer e produzir suas folhas
formosas suas flores fragrantes e frutas primorosashelliprdquo Galileu Galilei
2
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 03 2 Desempenho Sustentaacutevel 07 21 Caracteriacutesticas 08 22 Princiacutepios 08 23 Benefiacutecios que o DS traz para as Empresas 11 3 Desempenho Sustentaacutevel X Desenvolvimento Sustentaacutevel 12 4 Sistema de Gestatildeo Ambiental para Desempenho Sustentaacutevel 14 41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada 16 42 Treinamento Inicial de Desempenho Sustentaacutevel Concluiacutedo 17 43 Projetos Iniciais de Melhoria em Andamento 17 44 Suporte ao Desenvolvimento de Tecnologias Ambientais em andamento 18 45 Sistema de Auditorias e Emissatildeo de Relatoacuterios em Operaccedilatildeo 18 46 Coalizotildees Formadas 19 47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao DS 19 5 Pressotildees 20 51 Situaccedilatildeo Global 20 52 Aparecimento de Pressotildees 21 53 Preferecircncia do Consumidor 22 54 Leis de Crimes Ambientais 22 55 Organizaccedilotildees Ambientais e Coacutedigos Internacionais de Meio Ambiente 23 56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes 25 57 Compradores que exigem Certificaccedilotildees 26 6 Por que os Administradores devem tornar-se Verdes 28 7 Marketing Ambiental 31 8 A Importacircncia da Marca do Produto 33 9 Conclusatildeo 36 BIBLIOGRAFIA 38 ANEXOS 40
3
1 INTRODUCcedilAtildeO
A nova exigecircncia dos consumidores por produtos ecologicamente
corretos e com a disseminaccedilatildeo dos conceitos de Qualidade Total a Gestatildeo
Ambiental passou a ocupar uma posiccedilatildeo de destaque entre as funccedilotildees
organizacionais A Qualidade Ambiental tornou-se assim parte de
Qualidade Total almejada pela empresa e desempenha um importante papel
na estruturaccedilatildeo de sua imagem tanto pela contribuiccedilatildeo positiva que agrega
agrave imagem da empresa como tambeacutem pelos efeitos danosos que um mau
desempenho ambiental pode causar a essa imagem
De agora em diante as organizaccedilotildees que natildeo responderem agraves questotildees
ambientais com produtos mais seguros e projetados de modo a minimizar
seu impacto ambiental arriscam-se a perder a sintonia com o consumidor
As grandes transformaccedilotildees por que tem passado a sociedade nas
uacuteltimas deacutecadas em relaccedilatildeo agraves questotildees ambientais e a importacircncia que esta
foi tomando junto agrave escolha dos consumidores por produtos e serviccedilos que
causem pouco ou mesmo nenhum dano ao meio ambiente me estimulou a
estudar o assunto e a me perguntar como as empresas no presente momento
podem se reestruturar a fim de garantir aos seus clientes produtos ldquolimposrdquo
e de pouco impacto ambiental Para auxiliar essas empresa nessa nova
empreitada surge uma ferramenta denominada Desempenho Sustentaacutevel
cabendo agora aos profissionais envolvidos com Gestatildeo Ambiental auxiliar
as empresas nessa nova era
Seraacute tratado nesse trabalho como as organizaccedilotildees estatildeo sendo
pressionadas por uma sociedade cada vez mais consciente das questotildees
ambientais a demonstrarem sua capacidade de oferecer serviccedilos e produtos
4
amigos do meio ambiente e de como a questatildeo ambiental evolui para se
tornar uma importante preocupaccedilatildeo de todos
Dentro desse contexto o profissional envolvido na Gestatildeo Ambiental
deve relacionar suas forccedilas agrave comunicaccedilatildeo a fim de mover a opiniatildeo
puacuteblica agrave praacutetica da Responsabilidade soacutecio-ambiental uma vez que esta
opiniatildeo eacute emergente do direito social de informaccedilatildeo e participaccedilatildeo dos
indiviacuteduos Como a Gestatildeo Ambiental eacute uma atividade relativamente nova
dentro deste mercado ainda natildeo existe um profissional uacutenico especiacutefico
para exercer tal funccedilatildeo de extrema importacircncia tornando a atividade de
gestatildeo uma junccedilatildeo de vaacuterias competecircncias e transformando o setor
ambiental numa aacuterea transdiciplinar Mediante este novo conceito o Gestor
Ambiental eacute um dos elementos de integraccedilatildeo entre os objetivos das
organizaccedilotildees e o interesse puacuteblico
A sociedade e consequumlentemente os puacuteblicos quando bem informados
e conscientes da postura eacutetica e socialmente responsaacutevel da organizaccedilatildeo
tem maior credibilidade quanto as suas atividades o que contribui para a
expansatildeo de seus negoacutecios O posicionamento estrateacutegico do Gestor
Ambiental permite que a atividade da empresa vaacute aleacutem do seu
desenvolvimento podendo contribuir para o processo de decisotildees criaccedilatildeo
oportunidades para a vantagem competitiva e ainda fazer com que a
organizaccedilatildeo cumpra com o seu papel de cidadatilde
Seraacute mostrado tambeacutem neste trabalho como o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel estaacute proporcionando agraves empresas uma forma de
tornarem-se mais competitivas atraveacutes de uma atitude ecologicamente
correta em uma economia cada vez mais globalizada inserida numa
sociedade onde o consumidor mostra-se cada vez mais consciente de seu
papel na busca pela preservaccedilatildeo ambiental
5
Natildeo vatildeo ser expliacutecitos os aspectos teacutecnicos pertinentes agrave implantaccedilatildeo
de um Plano de Gestatildeo visando a Qualidade Ambiental nem tatildeo pouco os
procedimentos teacutecnicos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo de certificaccedilotildees para o
funcionamento das empresas Ao longo do trabalho seratildeo demonstrados os
benefiacutecios trazidos por estes esforccedilos realizados em prol do meio ambiente
sendo este o real objetivo desta monografia citando a importacircncia do
Gestor Ambiental para as organizaccedilotildees
O assunto abordado nesta monografia eacute de extrema importacircncia para
qualquer profissional interessado na aacuterea de Gestatildeo Ambiental ou apenas
aqueles que tenham um miacutenimo de preocupaccedilatildeo ambiental pois a
diminuiccedilatildeo do desperdiacutecio nas organizaccedilotildees no contexto mundial
globalizado em que nos encontramos eacute essencial para fornecer produtos e
serviccedilos com qualidade e preccedilos competitivos Aleacutem disso as empresas
devem buscar a integraccedilatildeo com a comunidade atraveacutes da preservaccedilatildeo do
meio ambiente a fim de adquirir confiabilidade entre seus consumidores
reais ou em potenciais
Poreacutem o fator de maior relevacircncia eacute que a proteccedilatildeo ambiental eacute uma
questatildeo de cidadania cabendo a cada um a responsabilidade de zelar pelo
meio ambiente garantindo a qualidade de vida para os cidadatildeos dessa e das
futuras geraccedilotildees
Com o objetivo de situar o leitor sobre o tema proposto o Capiacutetulo 2
iraacute explicar o conceito de Desempenho Sustentaacutevel sua origem e sua
importacircncia
Em seguida no Capiacutetulo 3 seratildeo esclarecidas as diferenccedilas e as principais
semelhanccedilas entre Desempenho Sustentaacutevel e Desenvolvimento
Sustentaacutevel conceitos estes comumente confundidos
6
No Capiacutetulo 4 referente ao Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) seraacute
descrito uma seacuterie de marcos necessaacuterio ao sucesso do Desempenho
Sustentaacutevel Jaacute no Capiacutetulo 5 seraacute identificado agraves pressotildees sofridas pelas
empresas para se tornarem ambientalmente responsaacuteveis
O Capiacutetulo 6 mostraraacute a importacircncia do Profissional de Gestatildeo em
identificar na questatildeo ambiental uma oportunidade de ganhar vantagem
competitiva O Capiacutetulo 7 que aborda o tema de Marketing Ambiental vem
trazendo as vantagens que um projeto de marketing ambientalmente
esclarecedor traraacute para as empresas No Capiacutetulo 8 descreverei os requisitos
que uma empresa deve ter para se comunicar com credibilidade e impacto
aleacutem das vantagens trazidas agraves empresas que procuram levar informaccedilotildees
aos seus clientes antes que seus concorrentes o faccedilam Posteriormente no
Capiacutetulo 9 vai ser citado como a marca do produto influencia o poder de
compra dos consumidores e de como essa marca pode se tornar cada vez
mais forte e confiaacutevel se a empresa optar pelo Desempenho Sustentaacutevel
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
bull ABIQUIM newsletter Congresso debate relaccedilatildeo entre Meio
Ambiente e negoacutecios ano 9 nordm 21 julhoagosto98
bull ACESSOCOM Trecho retirado do texto de anaacutelise Empresas com
responsabilidade social conquistam consumidores Publicaccedilatildeo on line
em 19 de marccedilo de 2001 Disponiacutevel emlthttpacessocomgt Acesso
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bull ISO 14000 ndash Mata Dentro Uacutenica Empresa do setor Ecoturiacutestico a
receber certificaccedilatildeo Disponiacutevel em httpecoviagenscombr
Acesso em maio de 2004
bull JORNAL FOLHA ON LINE Induacutestria Cataguases natildeo se pronuncia
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ambiental de 22 empresas 17 de dezembro de 2001
bull KINLAW Dennis C Empresa Competitiva e Ecoloacutegica
Desempenho sustentado na Era Ambiental Trad Lenke Peres Alves
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bull KOTLER Philip GARY Armstrong Princiacutepios de Marketing Trad
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39
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Carlos Minc nordm12 Novembro2003 Rio de janeiro por Alexandre
Cassiano ndash Ag O Globo
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Nascimento Satildeo Paulo Makron Books 1994 190p
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bull VALLE Cyro Eyer do Qualidade ambiental como ser competitivo
protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
2
SUMAacuteRIO
1 Introduccedilatildeo 03 2 Desempenho Sustentaacutevel 07 21 Caracteriacutesticas 08 22 Princiacutepios 08 23 Benefiacutecios que o DS traz para as Empresas 11 3 Desempenho Sustentaacutevel X Desenvolvimento Sustentaacutevel 12 4 Sistema de Gestatildeo Ambiental para Desempenho Sustentaacutevel 14 41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada 16 42 Treinamento Inicial de Desempenho Sustentaacutevel Concluiacutedo 17 43 Projetos Iniciais de Melhoria em Andamento 17 44 Suporte ao Desenvolvimento de Tecnologias Ambientais em andamento 18 45 Sistema de Auditorias e Emissatildeo de Relatoacuterios em Operaccedilatildeo 18 46 Coalizotildees Formadas 19 47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao DS 19 5 Pressotildees 20 51 Situaccedilatildeo Global 20 52 Aparecimento de Pressotildees 21 53 Preferecircncia do Consumidor 22 54 Leis de Crimes Ambientais 22 55 Organizaccedilotildees Ambientais e Coacutedigos Internacionais de Meio Ambiente 23 56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes 25 57 Compradores que exigem Certificaccedilotildees 26 6 Por que os Administradores devem tornar-se Verdes 28 7 Marketing Ambiental 31 8 A Importacircncia da Marca do Produto 33 9 Conclusatildeo 36 BIBLIOGRAFIA 38 ANEXOS 40
3
1 INTRODUCcedilAtildeO
A nova exigecircncia dos consumidores por produtos ecologicamente
corretos e com a disseminaccedilatildeo dos conceitos de Qualidade Total a Gestatildeo
Ambiental passou a ocupar uma posiccedilatildeo de destaque entre as funccedilotildees
organizacionais A Qualidade Ambiental tornou-se assim parte de
Qualidade Total almejada pela empresa e desempenha um importante papel
na estruturaccedilatildeo de sua imagem tanto pela contribuiccedilatildeo positiva que agrega
agrave imagem da empresa como tambeacutem pelos efeitos danosos que um mau
desempenho ambiental pode causar a essa imagem
De agora em diante as organizaccedilotildees que natildeo responderem agraves questotildees
ambientais com produtos mais seguros e projetados de modo a minimizar
seu impacto ambiental arriscam-se a perder a sintonia com o consumidor
As grandes transformaccedilotildees por que tem passado a sociedade nas
uacuteltimas deacutecadas em relaccedilatildeo agraves questotildees ambientais e a importacircncia que esta
foi tomando junto agrave escolha dos consumidores por produtos e serviccedilos que
causem pouco ou mesmo nenhum dano ao meio ambiente me estimulou a
estudar o assunto e a me perguntar como as empresas no presente momento
podem se reestruturar a fim de garantir aos seus clientes produtos ldquolimposrdquo
e de pouco impacto ambiental Para auxiliar essas empresa nessa nova
empreitada surge uma ferramenta denominada Desempenho Sustentaacutevel
cabendo agora aos profissionais envolvidos com Gestatildeo Ambiental auxiliar
as empresas nessa nova era
Seraacute tratado nesse trabalho como as organizaccedilotildees estatildeo sendo
pressionadas por uma sociedade cada vez mais consciente das questotildees
ambientais a demonstrarem sua capacidade de oferecer serviccedilos e produtos
4
amigos do meio ambiente e de como a questatildeo ambiental evolui para se
tornar uma importante preocupaccedilatildeo de todos
Dentro desse contexto o profissional envolvido na Gestatildeo Ambiental
deve relacionar suas forccedilas agrave comunicaccedilatildeo a fim de mover a opiniatildeo
puacuteblica agrave praacutetica da Responsabilidade soacutecio-ambiental uma vez que esta
opiniatildeo eacute emergente do direito social de informaccedilatildeo e participaccedilatildeo dos
indiviacuteduos Como a Gestatildeo Ambiental eacute uma atividade relativamente nova
dentro deste mercado ainda natildeo existe um profissional uacutenico especiacutefico
para exercer tal funccedilatildeo de extrema importacircncia tornando a atividade de
gestatildeo uma junccedilatildeo de vaacuterias competecircncias e transformando o setor
ambiental numa aacuterea transdiciplinar Mediante este novo conceito o Gestor
Ambiental eacute um dos elementos de integraccedilatildeo entre os objetivos das
organizaccedilotildees e o interesse puacuteblico
A sociedade e consequumlentemente os puacuteblicos quando bem informados
e conscientes da postura eacutetica e socialmente responsaacutevel da organizaccedilatildeo
tem maior credibilidade quanto as suas atividades o que contribui para a
expansatildeo de seus negoacutecios O posicionamento estrateacutegico do Gestor
Ambiental permite que a atividade da empresa vaacute aleacutem do seu
desenvolvimento podendo contribuir para o processo de decisotildees criaccedilatildeo
oportunidades para a vantagem competitiva e ainda fazer com que a
organizaccedilatildeo cumpra com o seu papel de cidadatilde
Seraacute mostrado tambeacutem neste trabalho como o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel estaacute proporcionando agraves empresas uma forma de
tornarem-se mais competitivas atraveacutes de uma atitude ecologicamente
correta em uma economia cada vez mais globalizada inserida numa
sociedade onde o consumidor mostra-se cada vez mais consciente de seu
papel na busca pela preservaccedilatildeo ambiental
5
Natildeo vatildeo ser expliacutecitos os aspectos teacutecnicos pertinentes agrave implantaccedilatildeo
de um Plano de Gestatildeo visando a Qualidade Ambiental nem tatildeo pouco os
procedimentos teacutecnicos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo de certificaccedilotildees para o
funcionamento das empresas Ao longo do trabalho seratildeo demonstrados os
benefiacutecios trazidos por estes esforccedilos realizados em prol do meio ambiente
sendo este o real objetivo desta monografia citando a importacircncia do
Gestor Ambiental para as organizaccedilotildees
O assunto abordado nesta monografia eacute de extrema importacircncia para
qualquer profissional interessado na aacuterea de Gestatildeo Ambiental ou apenas
aqueles que tenham um miacutenimo de preocupaccedilatildeo ambiental pois a
diminuiccedilatildeo do desperdiacutecio nas organizaccedilotildees no contexto mundial
globalizado em que nos encontramos eacute essencial para fornecer produtos e
serviccedilos com qualidade e preccedilos competitivos Aleacutem disso as empresas
devem buscar a integraccedilatildeo com a comunidade atraveacutes da preservaccedilatildeo do
meio ambiente a fim de adquirir confiabilidade entre seus consumidores
reais ou em potenciais
Poreacutem o fator de maior relevacircncia eacute que a proteccedilatildeo ambiental eacute uma
questatildeo de cidadania cabendo a cada um a responsabilidade de zelar pelo
meio ambiente garantindo a qualidade de vida para os cidadatildeos dessa e das
futuras geraccedilotildees
Com o objetivo de situar o leitor sobre o tema proposto o Capiacutetulo 2
iraacute explicar o conceito de Desempenho Sustentaacutevel sua origem e sua
importacircncia
Em seguida no Capiacutetulo 3 seratildeo esclarecidas as diferenccedilas e as principais
semelhanccedilas entre Desempenho Sustentaacutevel e Desenvolvimento
Sustentaacutevel conceitos estes comumente confundidos
6
No Capiacutetulo 4 referente ao Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) seraacute
descrito uma seacuterie de marcos necessaacuterio ao sucesso do Desempenho
Sustentaacutevel Jaacute no Capiacutetulo 5 seraacute identificado agraves pressotildees sofridas pelas
empresas para se tornarem ambientalmente responsaacuteveis
O Capiacutetulo 6 mostraraacute a importacircncia do Profissional de Gestatildeo em
identificar na questatildeo ambiental uma oportunidade de ganhar vantagem
competitiva O Capiacutetulo 7 que aborda o tema de Marketing Ambiental vem
trazendo as vantagens que um projeto de marketing ambientalmente
esclarecedor traraacute para as empresas No Capiacutetulo 8 descreverei os requisitos
que uma empresa deve ter para se comunicar com credibilidade e impacto
aleacutem das vantagens trazidas agraves empresas que procuram levar informaccedilotildees
aos seus clientes antes que seus concorrentes o faccedilam Posteriormente no
Capiacutetulo 9 vai ser citado como a marca do produto influencia o poder de
compra dos consumidores e de como essa marca pode se tornar cada vez
mais forte e confiaacutevel se a empresa optar pelo Desempenho Sustentaacutevel
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
3
1 INTRODUCcedilAtildeO
A nova exigecircncia dos consumidores por produtos ecologicamente
corretos e com a disseminaccedilatildeo dos conceitos de Qualidade Total a Gestatildeo
Ambiental passou a ocupar uma posiccedilatildeo de destaque entre as funccedilotildees
organizacionais A Qualidade Ambiental tornou-se assim parte de
Qualidade Total almejada pela empresa e desempenha um importante papel
na estruturaccedilatildeo de sua imagem tanto pela contribuiccedilatildeo positiva que agrega
agrave imagem da empresa como tambeacutem pelos efeitos danosos que um mau
desempenho ambiental pode causar a essa imagem
De agora em diante as organizaccedilotildees que natildeo responderem agraves questotildees
ambientais com produtos mais seguros e projetados de modo a minimizar
seu impacto ambiental arriscam-se a perder a sintonia com o consumidor
As grandes transformaccedilotildees por que tem passado a sociedade nas
uacuteltimas deacutecadas em relaccedilatildeo agraves questotildees ambientais e a importacircncia que esta
foi tomando junto agrave escolha dos consumidores por produtos e serviccedilos que
causem pouco ou mesmo nenhum dano ao meio ambiente me estimulou a
estudar o assunto e a me perguntar como as empresas no presente momento
podem se reestruturar a fim de garantir aos seus clientes produtos ldquolimposrdquo
e de pouco impacto ambiental Para auxiliar essas empresa nessa nova
empreitada surge uma ferramenta denominada Desempenho Sustentaacutevel
cabendo agora aos profissionais envolvidos com Gestatildeo Ambiental auxiliar
as empresas nessa nova era
Seraacute tratado nesse trabalho como as organizaccedilotildees estatildeo sendo
pressionadas por uma sociedade cada vez mais consciente das questotildees
ambientais a demonstrarem sua capacidade de oferecer serviccedilos e produtos
4
amigos do meio ambiente e de como a questatildeo ambiental evolui para se
tornar uma importante preocupaccedilatildeo de todos
Dentro desse contexto o profissional envolvido na Gestatildeo Ambiental
deve relacionar suas forccedilas agrave comunicaccedilatildeo a fim de mover a opiniatildeo
puacuteblica agrave praacutetica da Responsabilidade soacutecio-ambiental uma vez que esta
opiniatildeo eacute emergente do direito social de informaccedilatildeo e participaccedilatildeo dos
indiviacuteduos Como a Gestatildeo Ambiental eacute uma atividade relativamente nova
dentro deste mercado ainda natildeo existe um profissional uacutenico especiacutefico
para exercer tal funccedilatildeo de extrema importacircncia tornando a atividade de
gestatildeo uma junccedilatildeo de vaacuterias competecircncias e transformando o setor
ambiental numa aacuterea transdiciplinar Mediante este novo conceito o Gestor
Ambiental eacute um dos elementos de integraccedilatildeo entre os objetivos das
organizaccedilotildees e o interesse puacuteblico
A sociedade e consequumlentemente os puacuteblicos quando bem informados
e conscientes da postura eacutetica e socialmente responsaacutevel da organizaccedilatildeo
tem maior credibilidade quanto as suas atividades o que contribui para a
expansatildeo de seus negoacutecios O posicionamento estrateacutegico do Gestor
Ambiental permite que a atividade da empresa vaacute aleacutem do seu
desenvolvimento podendo contribuir para o processo de decisotildees criaccedilatildeo
oportunidades para a vantagem competitiva e ainda fazer com que a
organizaccedilatildeo cumpra com o seu papel de cidadatilde
Seraacute mostrado tambeacutem neste trabalho como o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel estaacute proporcionando agraves empresas uma forma de
tornarem-se mais competitivas atraveacutes de uma atitude ecologicamente
correta em uma economia cada vez mais globalizada inserida numa
sociedade onde o consumidor mostra-se cada vez mais consciente de seu
papel na busca pela preservaccedilatildeo ambiental
5
Natildeo vatildeo ser expliacutecitos os aspectos teacutecnicos pertinentes agrave implantaccedilatildeo
de um Plano de Gestatildeo visando a Qualidade Ambiental nem tatildeo pouco os
procedimentos teacutecnicos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo de certificaccedilotildees para o
funcionamento das empresas Ao longo do trabalho seratildeo demonstrados os
benefiacutecios trazidos por estes esforccedilos realizados em prol do meio ambiente
sendo este o real objetivo desta monografia citando a importacircncia do
Gestor Ambiental para as organizaccedilotildees
O assunto abordado nesta monografia eacute de extrema importacircncia para
qualquer profissional interessado na aacuterea de Gestatildeo Ambiental ou apenas
aqueles que tenham um miacutenimo de preocupaccedilatildeo ambiental pois a
diminuiccedilatildeo do desperdiacutecio nas organizaccedilotildees no contexto mundial
globalizado em que nos encontramos eacute essencial para fornecer produtos e
serviccedilos com qualidade e preccedilos competitivos Aleacutem disso as empresas
devem buscar a integraccedilatildeo com a comunidade atraveacutes da preservaccedilatildeo do
meio ambiente a fim de adquirir confiabilidade entre seus consumidores
reais ou em potenciais
Poreacutem o fator de maior relevacircncia eacute que a proteccedilatildeo ambiental eacute uma
questatildeo de cidadania cabendo a cada um a responsabilidade de zelar pelo
meio ambiente garantindo a qualidade de vida para os cidadatildeos dessa e das
futuras geraccedilotildees
Com o objetivo de situar o leitor sobre o tema proposto o Capiacutetulo 2
iraacute explicar o conceito de Desempenho Sustentaacutevel sua origem e sua
importacircncia
Em seguida no Capiacutetulo 3 seratildeo esclarecidas as diferenccedilas e as principais
semelhanccedilas entre Desempenho Sustentaacutevel e Desenvolvimento
Sustentaacutevel conceitos estes comumente confundidos
6
No Capiacutetulo 4 referente ao Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) seraacute
descrito uma seacuterie de marcos necessaacuterio ao sucesso do Desempenho
Sustentaacutevel Jaacute no Capiacutetulo 5 seraacute identificado agraves pressotildees sofridas pelas
empresas para se tornarem ambientalmente responsaacuteveis
O Capiacutetulo 6 mostraraacute a importacircncia do Profissional de Gestatildeo em
identificar na questatildeo ambiental uma oportunidade de ganhar vantagem
competitiva O Capiacutetulo 7 que aborda o tema de Marketing Ambiental vem
trazendo as vantagens que um projeto de marketing ambientalmente
esclarecedor traraacute para as empresas No Capiacutetulo 8 descreverei os requisitos
que uma empresa deve ter para se comunicar com credibilidade e impacto
aleacutem das vantagens trazidas agraves empresas que procuram levar informaccedilotildees
aos seus clientes antes que seus concorrentes o faccedilam Posteriormente no
Capiacutetulo 9 vai ser citado como a marca do produto influencia o poder de
compra dos consumidores e de como essa marca pode se tornar cada vez
mais forte e confiaacutevel se a empresa optar pelo Desempenho Sustentaacutevel
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
4
amigos do meio ambiente e de como a questatildeo ambiental evolui para se
tornar uma importante preocupaccedilatildeo de todos
Dentro desse contexto o profissional envolvido na Gestatildeo Ambiental
deve relacionar suas forccedilas agrave comunicaccedilatildeo a fim de mover a opiniatildeo
puacuteblica agrave praacutetica da Responsabilidade soacutecio-ambiental uma vez que esta
opiniatildeo eacute emergente do direito social de informaccedilatildeo e participaccedilatildeo dos
indiviacuteduos Como a Gestatildeo Ambiental eacute uma atividade relativamente nova
dentro deste mercado ainda natildeo existe um profissional uacutenico especiacutefico
para exercer tal funccedilatildeo de extrema importacircncia tornando a atividade de
gestatildeo uma junccedilatildeo de vaacuterias competecircncias e transformando o setor
ambiental numa aacuterea transdiciplinar Mediante este novo conceito o Gestor
Ambiental eacute um dos elementos de integraccedilatildeo entre os objetivos das
organizaccedilotildees e o interesse puacuteblico
A sociedade e consequumlentemente os puacuteblicos quando bem informados
e conscientes da postura eacutetica e socialmente responsaacutevel da organizaccedilatildeo
tem maior credibilidade quanto as suas atividades o que contribui para a
expansatildeo de seus negoacutecios O posicionamento estrateacutegico do Gestor
Ambiental permite que a atividade da empresa vaacute aleacutem do seu
desenvolvimento podendo contribuir para o processo de decisotildees criaccedilatildeo
oportunidades para a vantagem competitiva e ainda fazer com que a
organizaccedilatildeo cumpra com o seu papel de cidadatilde
Seraacute mostrado tambeacutem neste trabalho como o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel estaacute proporcionando agraves empresas uma forma de
tornarem-se mais competitivas atraveacutes de uma atitude ecologicamente
correta em uma economia cada vez mais globalizada inserida numa
sociedade onde o consumidor mostra-se cada vez mais consciente de seu
papel na busca pela preservaccedilatildeo ambiental
5
Natildeo vatildeo ser expliacutecitos os aspectos teacutecnicos pertinentes agrave implantaccedilatildeo
de um Plano de Gestatildeo visando a Qualidade Ambiental nem tatildeo pouco os
procedimentos teacutecnicos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo de certificaccedilotildees para o
funcionamento das empresas Ao longo do trabalho seratildeo demonstrados os
benefiacutecios trazidos por estes esforccedilos realizados em prol do meio ambiente
sendo este o real objetivo desta monografia citando a importacircncia do
Gestor Ambiental para as organizaccedilotildees
O assunto abordado nesta monografia eacute de extrema importacircncia para
qualquer profissional interessado na aacuterea de Gestatildeo Ambiental ou apenas
aqueles que tenham um miacutenimo de preocupaccedilatildeo ambiental pois a
diminuiccedilatildeo do desperdiacutecio nas organizaccedilotildees no contexto mundial
globalizado em que nos encontramos eacute essencial para fornecer produtos e
serviccedilos com qualidade e preccedilos competitivos Aleacutem disso as empresas
devem buscar a integraccedilatildeo com a comunidade atraveacutes da preservaccedilatildeo do
meio ambiente a fim de adquirir confiabilidade entre seus consumidores
reais ou em potenciais
Poreacutem o fator de maior relevacircncia eacute que a proteccedilatildeo ambiental eacute uma
questatildeo de cidadania cabendo a cada um a responsabilidade de zelar pelo
meio ambiente garantindo a qualidade de vida para os cidadatildeos dessa e das
futuras geraccedilotildees
Com o objetivo de situar o leitor sobre o tema proposto o Capiacutetulo 2
iraacute explicar o conceito de Desempenho Sustentaacutevel sua origem e sua
importacircncia
Em seguida no Capiacutetulo 3 seratildeo esclarecidas as diferenccedilas e as principais
semelhanccedilas entre Desempenho Sustentaacutevel e Desenvolvimento
Sustentaacutevel conceitos estes comumente confundidos
6
No Capiacutetulo 4 referente ao Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) seraacute
descrito uma seacuterie de marcos necessaacuterio ao sucesso do Desempenho
Sustentaacutevel Jaacute no Capiacutetulo 5 seraacute identificado agraves pressotildees sofridas pelas
empresas para se tornarem ambientalmente responsaacuteveis
O Capiacutetulo 6 mostraraacute a importacircncia do Profissional de Gestatildeo em
identificar na questatildeo ambiental uma oportunidade de ganhar vantagem
competitiva O Capiacutetulo 7 que aborda o tema de Marketing Ambiental vem
trazendo as vantagens que um projeto de marketing ambientalmente
esclarecedor traraacute para as empresas No Capiacutetulo 8 descreverei os requisitos
que uma empresa deve ter para se comunicar com credibilidade e impacto
aleacutem das vantagens trazidas agraves empresas que procuram levar informaccedilotildees
aos seus clientes antes que seus concorrentes o faccedilam Posteriormente no
Capiacutetulo 9 vai ser citado como a marca do produto influencia o poder de
compra dos consumidores e de como essa marca pode se tornar cada vez
mais forte e confiaacutevel se a empresa optar pelo Desempenho Sustentaacutevel
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
5
Natildeo vatildeo ser expliacutecitos os aspectos teacutecnicos pertinentes agrave implantaccedilatildeo
de um Plano de Gestatildeo visando a Qualidade Ambiental nem tatildeo pouco os
procedimentos teacutecnicos necessaacuterios agrave obtenccedilatildeo de certificaccedilotildees para o
funcionamento das empresas Ao longo do trabalho seratildeo demonstrados os
benefiacutecios trazidos por estes esforccedilos realizados em prol do meio ambiente
sendo este o real objetivo desta monografia citando a importacircncia do
Gestor Ambiental para as organizaccedilotildees
O assunto abordado nesta monografia eacute de extrema importacircncia para
qualquer profissional interessado na aacuterea de Gestatildeo Ambiental ou apenas
aqueles que tenham um miacutenimo de preocupaccedilatildeo ambiental pois a
diminuiccedilatildeo do desperdiacutecio nas organizaccedilotildees no contexto mundial
globalizado em que nos encontramos eacute essencial para fornecer produtos e
serviccedilos com qualidade e preccedilos competitivos Aleacutem disso as empresas
devem buscar a integraccedilatildeo com a comunidade atraveacutes da preservaccedilatildeo do
meio ambiente a fim de adquirir confiabilidade entre seus consumidores
reais ou em potenciais
Poreacutem o fator de maior relevacircncia eacute que a proteccedilatildeo ambiental eacute uma
questatildeo de cidadania cabendo a cada um a responsabilidade de zelar pelo
meio ambiente garantindo a qualidade de vida para os cidadatildeos dessa e das
futuras geraccedilotildees
Com o objetivo de situar o leitor sobre o tema proposto o Capiacutetulo 2
iraacute explicar o conceito de Desempenho Sustentaacutevel sua origem e sua
importacircncia
Em seguida no Capiacutetulo 3 seratildeo esclarecidas as diferenccedilas e as principais
semelhanccedilas entre Desempenho Sustentaacutevel e Desenvolvimento
Sustentaacutevel conceitos estes comumente confundidos
6
No Capiacutetulo 4 referente ao Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) seraacute
descrito uma seacuterie de marcos necessaacuterio ao sucesso do Desempenho
Sustentaacutevel Jaacute no Capiacutetulo 5 seraacute identificado agraves pressotildees sofridas pelas
empresas para se tornarem ambientalmente responsaacuteveis
O Capiacutetulo 6 mostraraacute a importacircncia do Profissional de Gestatildeo em
identificar na questatildeo ambiental uma oportunidade de ganhar vantagem
competitiva O Capiacutetulo 7 que aborda o tema de Marketing Ambiental vem
trazendo as vantagens que um projeto de marketing ambientalmente
esclarecedor traraacute para as empresas No Capiacutetulo 8 descreverei os requisitos
que uma empresa deve ter para se comunicar com credibilidade e impacto
aleacutem das vantagens trazidas agraves empresas que procuram levar informaccedilotildees
aos seus clientes antes que seus concorrentes o faccedilam Posteriormente no
Capiacutetulo 9 vai ser citado como a marca do produto influencia o poder de
compra dos consumidores e de como essa marca pode se tornar cada vez
mais forte e confiaacutevel se a empresa optar pelo Desempenho Sustentaacutevel
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
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ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
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ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
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os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
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ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
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9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
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14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
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ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
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consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
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credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
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Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
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No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
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Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
6
No Capiacutetulo 4 referente ao Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) seraacute
descrito uma seacuterie de marcos necessaacuterio ao sucesso do Desempenho
Sustentaacutevel Jaacute no Capiacutetulo 5 seraacute identificado agraves pressotildees sofridas pelas
empresas para se tornarem ambientalmente responsaacuteveis
O Capiacutetulo 6 mostraraacute a importacircncia do Profissional de Gestatildeo em
identificar na questatildeo ambiental uma oportunidade de ganhar vantagem
competitiva O Capiacutetulo 7 que aborda o tema de Marketing Ambiental vem
trazendo as vantagens que um projeto de marketing ambientalmente
esclarecedor traraacute para as empresas No Capiacutetulo 8 descreverei os requisitos
que uma empresa deve ter para se comunicar com credibilidade e impacto
aleacutem das vantagens trazidas agraves empresas que procuram levar informaccedilotildees
aos seus clientes antes que seus concorrentes o faccedilam Posteriormente no
Capiacutetulo 9 vai ser citado como a marca do produto influencia o poder de
compra dos consumidores e de como essa marca pode se tornar cada vez
mais forte e confiaacutevel se a empresa optar pelo Desempenho Sustentaacutevel
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
7
2 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL
O conceito de Desempenho Sustentaacutevel surgiu pela primeira vez em
1989 atraveacutes do documento denominado como Princiacutepios Valdez (vide
ANEXO) composto de dez itens ajudando as empresas a estabelecer
poliacuteticas de investimentos saudaacuteveis em termos financeiros e de meio
ambiente Este documento foi desenvolvido pela Coalition for
Environmentally Responsible Economies (CERES) que eacute uma associaccedilatildeo
sem fins lucrativos constituiacuteda de investidores grupos ambientalistas
organizaccedilotildees religiosas administradores de fundos de previdecircncia e grupos
de interesse puacuteblico
E posteriormente na Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel da Cacircmara de Comeacutercio Internacional (vide
ANEXO) publicada em abril de 1991 por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia
Mundial da Induacutestria sobre Gestatildeo do Meio Ambiente
Segundo Dennis C Kinlaw ldquodesempenho sustentaacutevel eacute a evoluccedilatildeo das
empresas para sistemas de produccedilatildeo de riqueza que sejam completamente
compatiacuteveis com os ecossistemas naturais que geram e preservam a vidardquo 1
Desempenho Sustentaacutevel eacute uma estrateacutegia ambiental e um guia de
planejamento que se propotildee ajudar as organizaccedilotildees a sobreviverem e
competirem em um mundo cada vez mais preocupado com as questotildees
ambientais
O Desempenho Sustentaacutevel propotildee que as empresas devam crescer
economicamente poreacutem de maneira que suas operaccedilotildees sejam sustentaacuteveis
para o meio ambiente de forma que ela possa continuar operando no futuro
1Kinlaw Dennis CEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era ambiental Satildeo Paulo Makron Books
1997 pp 81
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
8
21 Caracteriacutesticas
Vamos simplificar Desempenho Sustentaacutevel a partir de agora com a
sigla DS para agilizarmos a leitura O DS possui duas caracteriacutesticas
baacutesicas o lucro e desempenho O lucro pode ser majorado atraveacutes de
economias de custos eliminaccedilatildeo de determinados custos e a descoberta de
ldquonichos verdesrdquo de mercado para novos produtos e serviccedilos Aleacutem de o DS
enfatizar seu claro compromisso com o lucro ele ainda enfatiza o
desempenho ou seja a qualidade total e a contiacutenua melhoria dos processos
serviccedilos e produtos
22Princiacutepios
O DS assim como o Gerenciamento da Qualidade Total (TQM)
representa um conjunto de mudanccedila nos valores ou princiacutepios que regem a
atuaccedilatildeo empresarial
bull Da definiccedilatildeo de qualidade por padrotildees finitos para a definiccedilatildeo de qualidade
pelas percepccedilotildees e expectativas do cliente
bull Do foco em ldquoapagar incecircndiosrdquo e ldquoconsertar os estragosrdquo para o foco em
uma mudanccedila sistecircmica e na descoberta de novas formas de operar
bull Do controle das pessoas para ajudar agraves pessoas no sentido de atingirem
niacuteveis cada vez mais altos de influecircncia pessoal e de equipe
bull Da comunicaccedilatildeo de ideacuteias agraves pessoas para o estimulo no sentido de elas
desenvolverem suas proacuteprias ideacuteias
bull Da concentraccedilatildeo nos indiviacuteduos como unidades principais de trabalho para
a concentraccedilatildeo nas equipes como unidades principais de trabalho
bull Da concentraccedilatildeo nas responsabilidades funcionais para a concentraccedilatildeo nas
responsabilidades ligadas a processos e sistemas
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
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em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
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tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
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bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
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O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
9
bull Do estiacutemulo agrave competiccedilatildeo interna para o estiacutemulo agrave cooperaccedilatildeo interna
bull Da postura de dizer agraves pessoas o que elas precisam melhorar para a postura
de ajudaacute-las a buscar a implementar suas proacuteprias melhorias
O DS iraacute programar essas mudanccedilas na empresa poreacutem de forma a
cooperar com a natureza Por isso as empresas que jaacute estiverem com uma
poliacutetica de Qualidade Total natildeo encontraratildeo muitas dificuldades em
desenvolver seus processos de maneira sustentaacutevel ao meio ambiente
Os princiacutepios do DS nos descrevem essa nova forma de entender a
organizaccedilatildeo e a qualidade da lideranccedila necessaacuteria a esse novo contexto
empresarial Esses princiacutepios auxiliaratildeo no entendimento do conceito e no
planejamento das etapas para ser atingido o DS Segundo Kinlaw (1997
pp105) os princiacutepios do DS satildeo
ldquoPrinciacutepio Um - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de pensamento
anaacutelise e integraccedilatildeo em termos de sistema que exige que a empresa seja
entendida e administrada como um sistema
Princiacutepio Dois - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de
interdependecircncia ecoloacutegica e exige que todos os processos produtos e
serviccedilos da empresa sejam revistos ou substituiacutedo de modo a assegurar sua
compatibilidade com os ecossistemas da natureza
Princiacutepio Trecircs - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo orientado para
resultados e exige o claro compromisso dos liacutederes da empresa para com
resultados especiacuteficos e mensuraacuteveis
Princiacutepio Quatro - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de construccedilatildeo
de um censo comunitaacuterio Isso exige que as empresas cooperem entre si e
usem o meio ambiente de forma que sejam mutuamente equumlitativas Exige
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
10
tambeacutem que as empresas envolvam nos processos de planejamento e
implementaccedilatildeo do DS todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Cinco - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo limitativo Exige
que as empresas reconheccedilam que haacute custos associados com os recursos e
ecossistemas do planeta que precisam ser incluiacutedos nos processos contaacutebeis
das empresas custos estes que imporatildeo limites agrave dimensatildeo e natureza de
seus negoacutecios
Princiacutepio Seis - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo aberto e exige que
as empresas comuniquem por completo todos os aspectos de seu
desempenho ambiental real e planejado a todas as partes nela interessadas
Princiacutepio Sete - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo de melhoria
contiacutenua de cada aspecto do desempenho da empresa e exige o pleno
envolvimento de cada um dos membros de sua forccedila de trabalho
Princiacutepio Oito - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo baseado em dados
que exigem informaccedilotildees concretas obtidas das auditorias mediccedilotildees e
relatoacuterios do desempenho ambiental da empresa
Princiacutepio Nove - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo dependente da
tecnologia e exige que as empresas desenvolvam parcerias com governos
outras empresas entidades educacionais grupos de pesquisa e
desenvolvimento fornecedores e clientes de modo a descobrir e programar
novas formas de melhorar o desempenho sustentaacutevel
Princiacutepio Dez - Desempenho Sustentaacutevel eacute um processo que abrange a
empresa inteira e exige que todos os seus sistemas de planejamento de
processo decisoacuterio e de recursos humanos estejam em plena harmonia como
compromisso da empresa para com o Desempenho Sustentaacutevelrdquo 2
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
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ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
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os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
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ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
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9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
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14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
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ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
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consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
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ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
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ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
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ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
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credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
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ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
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A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
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Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
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No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
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Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
11
23 Benefiacutecios que o DS traz para as empresas
As empresas que adotam o DS visam uma reduccedilatildeo de seus custos de
produccedilatildeo e passam a utilizar de novas tecnologias desejando fabricar
produtos de qualidade Aleacutem dos benefiacutecios trazidos pelas respostas agraves
pressotildees sofridas pelas empresas para se tornarem ambientalmente corretas
tais como evitar multas e custos punitivos oriundos de leis ambientais
manterem a credibilidade dos consumidores que buscam produtos verdes e
ainda a facilidade na obtenccedilatildeo de empreacutestimos junto agraves instituiccedilotildees
financeiras tambeacutem existem as recompensas pessoais O DS nos fornece
uma oportunidade de colocarmos em praacutetica aquilo que acreditamos ser
correto tanto para a empresa como para os consumidores e para o meio
ambiente E por fim estaremos contribuindo para que as necessidades do
presente sejam atendidas sem comprometer a capacidade das nossas futuras
geraccedilotildees de atender suas proacuteprias necessidades
2Ibdem pp 105-106
3 Ibdem pp 106-107
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
12
3 DESEMPENHO SUSTENTAacuteVEL X DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL
A Conferecircncia do Meio Ambiente das Naccedilotildees Unidas auto
denominada Earth Summit foi realizada primeiramente em Estocolmo no
ano de 1972 e tinha como tema central a poluiccedilatildeo do ar a discussatildeo sobre a
Guerra Fria e a ameaccedila nuclear A partir daiacute poluir passa a ser considerado
crime ambiental em diversos paiacuteses mudando radicalmente as relaccedilotildees
mundiais
Vinte anos depois foi realizada na cidade do Rio de Janeiro a
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento conhecida tambeacutem como ECO 92 Este encontro reuniu
mais de cem liacutederes mundiais e outros trinta mil participantes onde a
premissa central foi que os problemas ambientais natildeo poderiam mais ser
resolvidos em niacuteveis nacionais As questotildees agora incluiacuteam os problemas
que vatildeo desde o aquecimento global ateacute o desmatamento debatendo
inclusive sobre pobreza e subdesenvolvimento Nesta conferecircncia foram
firmados diversos documentos por liacutederes mundiais definindo seus direitos
e deveres em relaccedilatildeo ao tema ambiental
A questatildeo eacute clara os paiacuteses desenvolvidos cresceram acostumados
com estilos de vida que consomem uma parcela desproporcional de recursos
naturais e estatildeo gerando a maior parte da poluiccedilatildeo global Por outro lado os
paiacuteses em desenvolvimento estatildeo esgotando recursos insubstituiacuteveis para
atender sua populaccedilatildeo que cresce sem controle Poreacutem a soluccedilatildeo natildeo parece
estar muito clara As naccedilotildees do mundo deveriam abandonar praacuteticas
autodestrutivas em favor do Desenvolvimento Sustentaacutevel
Uma sociedade sustentaacutevel eacute aquela que gerencia seu crescimento
econocircmico de maneira a natildeo causar danos irreparaacuteveis ao meio ambiente
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
13
Isso se daraacute atraveacutes do balanceamento das necessidades econocircmicas com
preocupaccedilotildees ambientais sem colocar em perigo as expectativas das futuras
geraccedilotildees
A Coalition for Environmentally Responsible Economies (CERES) e a
International Chamber of Commerce (ICC) satildeo umas das organizaccedilotildees que
estatildeo liderando o movimento pela participaccedilatildeo empresarial no
Desenvolvimento Sustentaacutevel e anteciparam a definiccedilatildeo do conceito de
Desempenho Sustentaacutevel em documentos como os Princiacutepios CERES e a
Carta do Meio Empresarial pelo Desenvolvimento Sustentaacutevel
Abaixo reproduzirei a diferenccedila entre DS e DVS segundo a visatildeo de
Dennis C Kinlaw
ldquoDesenvolvimento Sustentaacutevel (DVS) eacute a macro descriccedilatildeo de como todas as
naccedilotildees devem proceder em plena cooperaccedilatildeo com os recursos e
ecossistemas da Terra para manter e melhorar as condiccedilotildees econocircmicas
geradas de seus habitantes presentes e futuras O DVS concentra-se nas
poliacuteticas nacionais e internacionaisrdquo
ldquoDesempenho Sustentaacutevel (DS) eacute a micro descriccedilatildeo daquilo que cada
empresa ou induacutestria deve fazer para traduzir o conceito de DVS em
praacutetica empresariais O DS afirma que para que as naccedilotildees sobrevivam as
empresas dessas naccedilotildees precisam sobreviver e para que as empresas
sobrevivam precisam obter lucrordquo 4
As principais semelhanccedilas entre DVS e DS provecircm do conceito de
sustentabilidade Ambos se relacionam com o futuro que se prolonga para
aleacutem de limites de tempo claramente demarcaacuteveis e com a economia do
aperfeiccediloamento e da sobrevivecircncia da espeacutecie humana
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
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bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
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O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
14
4 SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL PARA DESEMPENHO
SUSTENTAacuteVEL
Para ser atingido o DS um modelo de gerenciamento deve ser seguido
Um Sistema de Gestatildeo Ambiental (SGA) deve ser elaborado contendo as
medidas procedimentos e os marcos que devem ser alcanccedilados a fim de ser
obtida uma melhoria continuam nos processos de forma a reduzir o impacto
no meio ambiente
Para o pleno ecircxito do funcionamento de um modelo de SGA eacute
necessaacuterio um compromisso por parte das gerecircncias um envolvimento da
forccedila de trabalho e o envolvimento outras partes interessadas que se
constituem em clientes acionistas credores oacutergatildeos oficiais fornecedores
representantes da comunidade em que opera a organizaccedilatildeo e representantes
de grupos ambientalistas ou grupos de defesa ambiental
Seraacute enfocado o fluxo central do modelo de gerenciamento de
Desempenho Sustentado proposto por Dennis C Kinlawem seu livro
ldquoEmpresa Competitiva e Ecoloacutegica Desempenho Sustentado na Era
Ambientalrdquo pois este permitiraacute que a organizaccedilatildeo se concentre na conquista
de metas especiacuteficas
4Kinlaw opcitpp 83
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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wwwminccombr e o Site oficial da Secretaria de Meio Ambiente
bull MINC Carlos Minc em Revista Informe Trimestral do Mandato
Carlos Minc nordm12 Novembro2003 Rio de janeiro por Alexandre
Cassiano ndash Ag O Globo
bull OTTMAN Jacquelyn A Marketing Verde Trad de Marina
Nascimento Satildeo Paulo Makron Books 1994 190p
bull PINOTTI Rafael Os Desafios Ambientais do Seacuteculo XXI Petrobraacutes
bull Relatoacuterio Nacional da Repuacuteblica Federal da Alemanha para
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio ambiente e
Desenvolvimento no Brasil em Junho de 1992 Proteccedilatildeo ao meio
ambiente na Alemanha
bull REVISTA EXAME Maiores e Melhores 2002
bull VALLE Cyro Eyer do Qualidade ambiental como ser competitivo
protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
15
O autor divide o modelo em duas partes Os marcos - o conjunto de
fontes do conhecimento e o preparo necessaacuterio agrave conquista do DS Estas
fontes satildeo
bull Caracteriacutesticas do Desempenho Sustentaacutevel - lucro e desempenho que
iratildeo diferenciaacute-lo do Desenvolvimento Sustentaacutevel
bull Modelos de Sistemas para o Desempenho Sustentaacutevel - abrange insumos
processos de trabalho produccedilatildeo final fornecedores e clientes interagindo
com o meio ambiente
bull Princiacutepios do Desempenho Sustentaacutevel - iratildeo auxiliar no entendimento do
significado do DS
bull Niacutevel de Resposta - descreve como o porquecirc as empresas respondem ao
desafio ambiental
bull Estrateacutegias - cinco estrateacutegias principais que devem ser usadas
combinadas e todas elas levam ao desempenho lucrativo e responsaacutevel
bull Avaliaccedilatildeo de Desempenho Sustentaacutevel - ferramenta de acompanhamento
do processo de DS que leva agrave formulaccedilatildeo de metas e projetos especiacuteficos de
melhoria
bull Auditorias - tem como finalidade envolver toda forccedila de trabalho no
processo de contiacutenua melhoria
bull Pontos de Referecircncia - ferramenta para determinaccedilatildeo do melhor exemplo
de desempenho de uma funccedilatildeo ou processo para posteriormente ser
realizada uma auto comparaccedilatildeo
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida - processo de anaacutelise de insumos e produto final
para determinar o impacto ambiental total da produccedilatildeo e do uso de um
produto
bull Pressotildees - satildeo forccedilas imediatas que forccedilam as empresas a avanccedilar rumo agrave
era ambiental ou a sair do mercado 5
5Kinlaw opcitpp 83
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
16
O autor descreve 8 (oito) marcos como fundamentais ao sucesso do
Desempenho Sustentaacutevel
1 Poliacutetica de DS divulgada
2 Linhas de base do DS estabelecidas
3 Treinamento inicial de DS concluiacutedo
4 Projetos iniciais de melhoria em andamento
5 Suporte ao desenvolvimento de tecnologia ambiental em andamento
6 Sistema de auditoria e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilatildeo
7 Coalizotildees formadas
8 Sistemas gerecircncias e de recursos humanos para dar suporte ao DS revistos
41 Poliacutetica de Desempenho Sustentaacutevel Divulgada
A Poliacutetica Ambiental da empresa deve conter os objetivos ambientais
estrateacutegicos da empresa e deve expressar seu compromisso de atuar de
maneira responsaacutevel com o meio ambiente Ela deve seguir no miacutenimo
alguns criteacuterios
bull Natildeo deve haver qualquer elemento que seja incompatiacutevel com os princiacutepios
e caracteriacutesticas do DS
bull A poliacutetica deve ser concreta para que natildeo haja duacutevidas sobre os valores da
organizaccedilatildeo a respeito do meio ambiente e a maneira de conduzir seus
negoacutecios
bull Ela deveraacute interligar o sucesso empresarial com o desempenho ambiental
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
17
bull Deveraacute ser divulgada e ser de conhecimento geral das pessoas envolvidas
direta ou indiretamente no funcionamento da empresa 6
42 Treinamento inicial de Desempenho Sustentaacutevel concluiacutedo
O treinamento para o DS se constitui em duas etapas A primeira etapa
eacute o processo de Educaccedilatildeo e Conscientizaccedilatildeo Ambiental
Nesta parte a empresa mostra aos seus funcionaacuterios que cada um eacute
responsaacutevel pela proteccedilatildeo ambiental e pela seguranccedila esse treinamento iraacute
deixar claro o significado de DS suas caracteriacutesticas e princiacutepios aleacutem das
pressotildees que forccedilam a organizaccedilatildeo a essas mudanccedilas
A segunda etapa eacute o treinamento especializado relativo agrave aacuterea de
atuaccedilatildeo especiacutefica da empresa Esse treinamento eacute diferenciado por ramo de
atividade de cada organizaccedilatildeo O treinamento visa agrave reduccedilatildeo de possiacuteveis
problemas que podem vir a causar acidentes assim como erros
operacionais
43 Projetos iniciais de melhoria em andamento
Eacute um conjunto de planos e metas que a empresa estabelece dejesando
que sejam atingidas futuramente Nesta fase seraacute analisada a situaccedilatildeo
ambiental da empresa e quais os seus objetivos a serem alcanccedilados rumo ao
DS
6 Ibdem pp 28
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
18
44 Suporte ao Desenvolvimento de tecnologias ambientais em andamento
Uma empresa que se compromete com o DS deve estar tambeacutem
comprometida em descobrir maneiras que lhes satildeo novas de operar de
forma a melhorar seu desempenho ambiental A empresa deve estar disposta
a apoiar e operar novas e melhores tecnologias Mesmo que essa empresa
natildeo tenha como desenvolver equipes de tecnologia ambiental ela tem de se
mostrar conhecedora dessas tecnologias atraveacutes da participaccedilatildeo em
conferecircncias sobre o tema ou mesmo se utilizando de revista e informativos
que forneccedilam visotildees atualizadas a respeito das tecnologias ambientais
Existem atualmente tecnologias limpas que tecircm como finalidade a
reduccedilatildeo dos riscos ao meio ambiente Essas tecnologias buscam prevenir a
geraccedilatildeo de resiacuteduos e diminuir o uso de mateacuteria-prima e energia
45 Sistema de auditorias e emissatildeo de relatoacuterios em operaccedilotildees
A Internacional Chamber of Commerce daacute a seguinte definiccedilatildeo de
auditoria
() ferramenta de gerenciamento envolvendo a avaliaccedilatildeo sistemaacutetica
documentada perioacutedica e objetiva do niacutevel de desempenho ambiental de
processos gerenciamento e equipamento com o objetivo de auxiliar na
proteccedilatildeo do meio ambiente () 8
A auditoria eacute um instrumento de gestatildeo e procura certificar se a
legislaccedilatildeo e a poliacutetica ambiental estatildeo sendo cumpridas Ela pode ser
externa quando imposta pela legislaccedilatildeo ou ainda pode ser interna partindo
da proacutepria empresa a iniciativa de se fazer uma auditoria ambiental a fim de
se conhecer os impactos causados ao meio ambiente
7International Chamber of CommerceICC Guide for Environmental AuditingParis ICC Publishing SA 1991
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
19
Todas as unidades importantes da empresa devem ser auditadas e
documentadas fornecendo relatoacuterios com informaccedilotildees que iratildeo determinar
os niacuteveis de desempenho que a empresa se encontra os niacuteveis de risco
atuais e futuros e ainda iratildeo identificar oportunidades de melhorias
46 Coalizotildees Formadas
As empresas devem procurar apoiar o desenvolvimento de novas
tecnologias e deveratildeo procurar aliar-se a grupos de cooperaccedilotildees com
interesse em questotildees ambientais Tambeacutem podem recorrer a universidades
institutos tecnoloacutegicos centros de pesquisa organizaccedilotildees ambientalistas
legisladores especialistas e outros envolvidos em assuntos ambientais tanto
para formalizar seu interesse ambiental e oferecer apoio quanto para
requerer informaccedilotildees que as auxiliem no processo de mudanccedila para
assegurar uma posiccedilatildeo competitiva junto ao mercado
47 Sistemas Gerenciais para dar Suporte ao Desempenho Sustentaacutevel
O DS representa uma nova forma de pensar da organizaccedilatildeo Por isso
os sistemas gerenciais devem estar em sintonia com o novo propoacutesito da
empresa
O planejamento estrateacutegico deve trabalhar oportunidades e estrateacutegias
ambientais e cada gerente e cada colaborador devem conhecer sua
responsabilidade atraveacutes de descriccedilatildeo de suas funccedilotildees no sistema Todas as
aacutereas da empresa devem estar em concordacircncia com os objetivos do DS
gestatildeo ambiental comunicaccedilatildeo marketing vendas produccedilatildeo engenharia
treinamento recrutamento e seleccedilatildeo logiacutestica recursos humanos e outras
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
20
5 PRESSOtildeES
51 Situaccedilatildeo Global
Quem iraacute ganhar a corrida para vender tecnologias verdes iraacute depender
na maior parte em quem tiver engenharia e o marketing mais avanccedilados
Mas igualmente importante eacute o apoio que as companhias conseguem de
seus liacutederes poliacuteticos Alguns paiacuteses como o Brasil estatildeo pesquisando
conservaccedilatildeo de energia e fontes de forccedila renovaacuteveis e soacute em 2009 foram
gastos mais de US$ 540 milhotildees
No Japatildeo por exemplo a competiccedilatildeo agressiva entre as empresas eacute o
que impulsiona a inovaccedilatildeo mas as poliacuteticas governamentais como leis de
apoio agrave pesquisa tecnoloacutegica satildeo uma grande ajuda
As naccedilotildees europeacuteias estatildeo pressionando suas induacutestrias a perceberem
os lucros na responsabilidade ambiental Um bom exemplo de tecnologia
limpa eacute o TGV um trem que alcanccedila 300 kmh que ganhou passageiros de
aviotildees poluidores da rota Paris-Lyons
Na Gratilde-Bretanha onde o mercado para produtos ambientais estava
estimado em 50 bilhotildees de doacutelares em 2009 o Governo investiu 20 milhotildees
em inovaccedilatildeo em reciclagem monitoramento ambiental e reduccedilatildeo de lixo e
poluiccedilatildeo de processos industriais
A naccedilatildeo considerada mais correta ambientalmente eacute a Alemanha onde
bancos comerciais fazem empreacutestimos a juros baixos para projetos proacute-
ambientais e hoteacuteis persuadem hoacutespedes a evitarem trocas diaacuterias de toalhas
para economizar aacutegua e energia O governo tem investido 90 milhotildees de
doacutelares desde 1974 em desenvolvimento de baterias reciclaacuteveis de carros
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
21
eleacutetricos e pretendem reduzir as emissotildees de anidrido carbocircnico em 25 a
30 ateacute o ano de 2012
52 Aparecimento de Pressotildees
Vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos 90 contribuiacuteram para o
aumento da consciecircncia de questotildees ambientais como a dizimaccedilatildeo da
Floresta Negra na Alemanha por chuva aacutecida a liberaccedilatildeo acidental de
produtos quiacutemicos no Rio Reno o desastre nuclear de Chernobyl na Europa
Oriental e o desastre no Rio Paraiacuteba do Sul pela Empresa Cataquases de
Papel no Rio de Janeiro exemplo aqui no Brasil
O desenvolvimento descontrolado do homem pocircs em risco a qualidade
da vida humana e a proacutepria continuaccedilatildeo desta Ao poluirmos a aacutegua o solo
e o ar estamos pondo em risco a nossa sobrevivecircncia e transformando as
nossas fontes de vida em um grande lixatildeo
Quando o homem se conscientiza que os recursos da terra satildeo finitos e
cabe unicamente a ele preservaacute-lo para que natildeo se esgotem ele comeccedila
entatildeo a se preocupar com o destino final que estaacute sendo dado aos produtos
por ele consumidos e ainda como a fabricaccedilatildeo deste produto afetou eou
afetaraacute a natureza Surgem desse modo fortes pressotildees por vaacuterios segmentos
da sociedade sobre as questotildees ambientais
Esta conscientizaccedilatildeo aos poucos forccedila as empresas a prestarem
informaccedilotildees as suas partes interessadas sobre os seus produtos e os
impactos causados ao meio 40 de todos os novos produtos domeacutesticos
apresentam uma alegaccedilatildeo ambiental em seu roacutetulo ou propaganda8
influenciando desta forma a decisatildeo de compra
8Ottman Jacquelyn A Marketing Verde Satildeo Paulo Makron Books 1994 pp XVII
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
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ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
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os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
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ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
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9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
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14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
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ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
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consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
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ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
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ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
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ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
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credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
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ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
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A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
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Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
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No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
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Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
22
53 Preferecircncia do Consumidor (cidadania despertada e concorrecircncia)
Quanto mais conscientes esses consumidores estiverem sobre os
impactos ambientais natildeo soacute do produto final mas tambeacutem de toda a fase de
produccedilatildeo mais eles poderatildeo exigir das empresas mais eles poderatildeo
pressionaacute-las para que tomem atitudes referentes agrave preservaccedilatildeo do meio em
que vivem
Eacute claro que essa conscientizaccedilatildeo leva tempo eacute necessaacuterio que ela faccedila
parte da vida em longo prazo Futuramente os consumidores natildeo se
importaratildeo em pagar mais por produtos ambientalmente corretos eles soacute
natildeo mais aceitaratildeo sacrificar a qualidade ambiental pelo bem de uma
economia forte
Este conhecimento deve ser fornecido primeiramente pelas escolas que
devem ministrar educaccedilatildeo ambiental em todos os niacuteveis de ensino
conforme declarado na Constituiccedilatildeo de 1988
Os consumidores em sua maior parte soacute vecircem a satisfaccedilatildeo imediata dos
seus desejos eles procuram embalagens praacuteticas simples e descartaacuteveis
mas futuramente se espera que eles se preocupem tambeacutem com a disposiccedilatildeo
do lixo
54 Lei de Crimes Ambientais
As Leis de Crimes Ambientais foram aprovadas em 12 de fevereiro de
1998 pelo Congresso Nacional e sancionada pelo entatildeo Presidente da
Repuacuteblica Fernando Henrique Cardoso A Legislaccedilatildeo eacute muito moderna em
seus conceitos e tambeacutem muito severa em suas penalidades
A legislaccedilatildeo sobre Crimes Ambientais pode servir de incentivo agrave
produtividade e a eficiecircncia econocircmica mas tambeacutem eacute preciso tomar
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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bull OTTMAN Jacquelyn A Marketing Verde Trad de Marina
Nascimento Satildeo Paulo Makron Books 1994 190p
bull PINOTTI Rafael Os Desafios Ambientais do Seacuteculo XXI Petrobraacutes
bull Relatoacuterio Nacional da Repuacuteblica Federal da Alemanha para
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio ambiente e
Desenvolvimento no Brasil em Junho de 1992 Proteccedilatildeo ao meio
ambiente na Alemanha
bull REVISTA EXAME Maiores e Melhores 2002
bull VALLE Cyro Eyer do Qualidade ambiental como ser competitivo
protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
23
cuidado para que a severidade da lei natildeo crie barreira para o progresso para
isso deve-se evitar um conflito entre o meio ambiente e o desenvolvimento
das empresas fazendo com que eles caminhem juntos desta forma o
desenvolvimento natildeo prejudicaraacute a natureza e sim ajudaraacute na preservaccedilatildeo
desta
As penalidades impostas pelas secretarias municipais e estaduais do
meio ambiente e pelo IBAMA incluem multas diaacuterias aleacutem da empresa
tambeacutem poder ter venda ou a fabricaccedilatildeo do produto suspensa e ter seus
responsaacuteveis condenados a pena de ateacute cinco anos de prisatildeo A multa pode
inclusive chegar a 50 milhotildees de acordo com a gravidade da infraccedilatildeo e se a
empresa for reincidente ou natildeo 9
As empresas portanto devem ser proacute-ativas ou seja devem se
antecipar as leis a fim de evitar multas e custos punitivos que poderiam
colocar as empresas em situaccedilatildeo sem volta
55 Organizaccedilotildees Ambientais e os Coacutedigos Internacionais de Meio
Ambiente
Muitos grupos ambientalistas vecircm sendo vistos como extremistas e
radicais pelas atitudes que tomam Por isso as empresas e ambientalistas
tradicionalmente se encontram em poacutelos diferentes de opiniatildeo
Organizaccedilotildees ambientais que natildeo entendem que o progresso eacute
necessaacuterio mas com ele deve vir agrave conservaccedilatildeo ambiental estatildeo
contribuindo para acirrar o conflito
9 Brazilian Business desrespeito ao meio ambiente pode sair caro pp 20
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
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ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
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ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
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os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
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ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
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9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
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14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
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ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
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consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
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credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
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Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
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No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
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Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
24
Poreacutem organizaccedilotildees ambientais que pregam o desenvolvimento
sustentaacutevel vecircm estabelecendo alianccedilas com empresas a fim de ajudar
aquelas que se interessam em operar de forma ecologicamente correta
assim atingindo objetivos muacutetuos
Os ambientalistas satildeo formadores de opiniatildeo divulgando problemas
ambientais e pressionando as empresas a resolverem questotildees concernentes
a estes Por isso atraveacutes destas alianccedilas as empresas estabelecem
credibilidade com consumidores e a miacutedia obteacutem insumos valiosos para a
empresa e planejamento de marketing aleacutem de garantir a comunicaccedilatildeo de
um ponto de vista equilibrado para todos os outros formadores de opiniatildeo
Vaacuterios grupos internacionais desenvolvem coacutedigos princiacutepios e cartas
de compromisso para servir de guia para as empresas que pretendem
desenvolver e programar poliacuteticas ambientais Esses grupos aumentam a
pressatildeo na medida em que aumenta a popularidade das poliacuteticas
internacionais ambientais Assim as empresas que natildeo adotarem estas
poliacuteticas ficam a mercecirc de terem suas imagens prejudicadas e sua posiccedilatildeo
competitiva abalada Seguem alguns exemplos
bull Os Princiacutepios Valdez (mais tarde denominados Princiacutepios CERES)
desenvolvidos pela Coalition on Environmentally Responsible
Economies
bull A Carta do Meio Empresarial para o Desenvolvimento Sustentaacutevel
desenvolvida pela Internacional Chamber of Commerce (ICC)
bull Os Criteacuterios para Gerenciamento do Desempenho Sustentaacutevel
emitidos pelo United Nations Center for Transnational
Corporations
bull A Declaraccedilatildeo do Business Council for Sustainable Development
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
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ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
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os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
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ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
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9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
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14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
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ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
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consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
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ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
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ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
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ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
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credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
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ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
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A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
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Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
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No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
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Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
25
bull A Carta Keidanren pelo Meio Ambiente Mundial publicada pelo
Japatildeo
Apesar da ldquoECO 92rdquo ter sido um marco as suas principais realizaccedilotildees
a Agenda 21 e os Tratados sobre Biodiversidade e Mudanccedila Climaacutetica natildeo
renderam muitos efeitos praacuteticos O Tratado sobre Mudanccedila Climaacutetica que
evoluiu para o Protocolo de Kyoto passou por um momento de
revigoramento talvez tardio com a ratificaccedilatildeo do documento propiciada
pela adesatildeo da Ruacutessia O Tratado sobre Biodiversidade esbarra no
problema da quantificaccedilatildeo do nuacutemero de espeacutecies e das taxas de extinccedilatildeo
A Agenda 21 se constitui num poderoso instrumento de reconversatildeo
da sociedade industrial rumo a um novo paradigma que exige a
reinterpretaccedilatildeo do conceito de progresso contemplando maior harmonia e
equiliacutebrio holiacutestico entre o todo e as partes promovendo a qualidade natildeo
apenas a quantidade do crescimento
Com a Agenda 21 criou-se um instrumento aprovado pela OMF
internacionalmente que tornou possiacutevel repensar o planejamento Abriu-se
o caminho capaz de ajudar a construir politicamente as bases de um plano
de accedilatildeo e de um planejamento participativo em acircmbito global nacional e
local de forma gradual e negociada tendo como meta um novo paradigma
econocircmico e civilizatoacuterio
56 Investidores e Instituiccedilotildees Financeiras Ambientalmente Conscientes
Nenhum outro problema envolve todas as naccedilotildees do mundo como a
questatildeo ambiental A preocupaccedilatildeo de investidores companhias de seguro
bancos e instituiccedilotildees de empreacutestimos surgiu entre dez e quinze anos atraacutes
quando estas empresas comeccedilaram a computar prejuiacutezos referentes a danos
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
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ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
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os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
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ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
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9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
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14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
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ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
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consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
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REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
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ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
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ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
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ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
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credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
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ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
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A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
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Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
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No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
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Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
26
ambientais causados sobre seus segurados Desde entatildeo ldquo115 bancos e 75
companhias de seguro de 65 paiacuteses assumiram o compromisso de incluir o
fator ambiental na anaacutelise das suas transaccedilotildees e a operar as proacuteprias
instalaccedilotildees de maneira ambientalmente responsaacuteveisrdquo 11
Em um curto espaccedilo de tempo as empresas natildeo seratildeo somente
analisadas pelo prejuiacutezo e o lucro obtido Este fator natildeo seraacute mais decisivo
para a concessatildeo de empreacutestimos os investidores agora se preocupam se as
empresas satildeo verdes e limpas se elas causam dano ao meio ambiente
57 Compradores que Exigem Certificaccedilotildees
Como eacute premissa da Qualidade Total as empresas devem satisfazer as
necessidades de seus clientes Com isso os clientes passam a exercer uma
significante pressatildeo ao exigirem certificaccedilotildees ambientais de seus
fornecedores Em certos ramos de atividade a importacircncia dos clientes eacute
mais crucial pois ao perderem aacutes vezes somente um cliente pode vir a
trazer uma crise para a empresa
Os compradores na intenccedilatildeo de manter a qualidade de seus produtos
passam a exigir de seus fornecedores que possuam certificaccedilotildees
ambientais como a ISO 14000 (Vide Anexo) BD 7750 e EMAS (Esquema
de Ecogestatildeo e Auditoria) As duas uacuteltimas sendo de menos abrangecircncia
que a ISO 14000 pois aleacutem de se concentrarem apenas no Sistema
Ambiental da empresa tem importacircncia no acircmbito do Reino Unido e da
Uniatildeo Europeacuteia respectivamente Em contrapartida a ISO 14000 tem
validade internacional
Com a crescente preocupaccedilatildeo mundial sobre temas ambientais foi
elaborada a seacuterie de normas ISO 14000 que visava padronizar
internacionalmente os sistemas de Gestatildeo Ambiental a serem
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
27
desenvolvidos Esta norma se aplica as atividades extrativas
agroindustriais e de serviccedilo
A ISO 14000 eacute um sistema de normas gerencias que possibilita a
certificaccedilatildeo encontra facilidades junto ao mercado globalizado para
negociar e exportar seus produtos jaacute que esta eacute reconhecida
internacionalmente como padratildeo de qualidade ambiental Para as empresas
obtenham a certificaccedilatildeo natildeo eacute necessaacuterio atingir o melhor desempenho
ambiental possiacutevel mas precisa sim ter um sistema de Gestatildeo Ambiental
que dite o niacutevel de excelecircncia que a empresa pretende atingir o que ela faraacute
para que isso ocorra e a que tempo isso aconteceraacute Portanto ela natildeo
precisa jaacute ter alcanccedilado o Desempenho Sustentaacutevel e sim ter um plano
traccedilado para que isto ocorra atraveacutes de uma melhoria contiacutenua Aleacutem do
Sistema de Gestatildeo Ambiental (ISO 14000 ISO 14001 e ISO 14004) outros
marcos do Desempenho Sustentaacutevel tambeacutem satildeo certificaacuteveis pelas
diversas normas da seacuterie ISO 14000 (vide Anexo)
bull Anaacutelise do Ciclo de Vida (ISO 14010 14041 e 14013)
bull Auditoria Ambiental (ISO 14010 14011 14012 e 14015)
bull Avaliaccedilatildeo de DS (ISO 14031)
11O Estado de Satildeo Paulo 28 de agosto de 1998 ldquoEmpresas que se descuidam da ecologia teratildeo dificuldades com bancos e
investidoresrdquo Marco Antocircnio Rocha
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
28
6 POR QUE AS EMPRESAS DEVEM TORNAR-SE VERDES
As empresas que pretendem continuar competindo em um contexto
globalizado devem levar em consideraccedilatildeo que as naccedilotildees mais competitivas
do mundo estatildeo se empenhando agressivamente em tornar suas empresas
cada vez mais sustentaacuteveis ao meio ambiente As empresas brasileiras que
quiserem exportar seus produtos para paiacuteses conscientizados
ambientalmente deveratildeo mudar em direccedilatildeo a um desempenho sustentado
Produtos e serviccedilos nocivos ao meio ambiente natildeo seratildeo aceitos e com
isso natildeo conseguiratildeo penetrar nestes mercados ou mesmo perderatildeo
espaccedilo para empresas verdes
Diversos motivos levam a uma empresa a adotar um programa de
ldquoMarketing Verderdquo como por exemplo
bull A satisfaccedilatildeo dos acionistas e funcionaacuterios que se sentem melhores
por estarem associados a uma empresa ambientalmente responsaacutevel
e essa satisfaccedilatildeo pode ateacute mesmo resultar em aumento de
produtividade
bull Reduccedilatildeo de Custos ocorre na medida em que a poluiccedilatildeo representa
materiais mal aproveitados devolvidos ao meio ambiente ou seja a
maior parte da poluiccedilatildeo resulta de processos ineficientes que natildeo
aproveitam completamente os materiais utilizados Aleacutem disso a
simples auditoria ambiental pode identificar custos desnecessaacuterios
que a empresa pode eliminar
bull Facilidades na obtenccedilatildeo de recursos bancos e principalmente
organizaccedilotildees de desenvolvimento (como BNDES) oferecem linhas de
creacutedito especiacuteficas para projetos ligados ao meio ambiente com
melhores condiccedilotildees tais como maior prazo de carecircncia e menores
taxas de juros Aleacutem disso a maior parte dos bancos analisa o
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
29
desempenho ambiental das empresas no momento de conceder
financiamentos Dessa forma empresas mais agressiva ao meio
ambiente podem precisar pagar juros mais altos ou ateacute mesmo ver
negado seu pedido de financiamento
bull Pressatildeo Governamental os diversos Governos no mundo atraveacutes de
legislaccedilatildeo vecircm buscando punir atraveacutes de multas e proibiccedilotildees
praacuteticas das empresas que tenham impactos ambientais significativos
A legislaccedilatildeo vem sendo cada vez mais rigorosa na busca pelo
ldquoImpacto Ambiental Zerordquo O Governo ainda pode atuar atraveacutes de
suas compras ou seja proibindo a aquisiccedilatildeo por parte de suas
empresas e oacutergatildeos de produtos que afetem significativamente o
ambiente fiacutesico e estimulando o consumo de produtos
ldquoecologicamente corretosrdquo
bull Pressatildeo da ONGs as diversas ONGs pressionam empresas atraveacutes de
campanhas veiculadas na imprensa e lobby junto a legisladores
Empresa sob a mira de uma das principais ONGs seraacute bombardeada
na imprensa e provavelmente passaraacute a ser percebida pela populaccedilatildeo
como ambientalmente irresponsaacutevel o que representa forte
publicidade negativa
Atualmente a populaccedilatildeo estaacute preocupada em proteger sua vida e sua
subsistecircncia por isso optam por produtos e serviccedilos que causem pouco ou
nenhum dano ao meio ambiente A maneira das pessoas mostrarem esse
interesse por produtos verdes eacute agindo nas prateleiras dos supermercados
ou seja consumindo produtos ambientalmente saudaacuteveis e rejeitando os
demais O consumerismo sustentaacutevel cresce rapidamente e a
compatibilidade ambiental ou seja a qualidade verde de um produto se
torna um fator desempatador na prateleira como foi agrave qualidade o preccedilo e a
conveniecircncia agregando agora tambeacutem o valor ao produto
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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ambiental de 22 empresas 17 de dezembro de 2001
bull KINLAW Dennis C Empresa Competitiva e Ecoloacutegica
Desempenho sustentado na Era Ambiental Trad Lenke Peres Alves
de Arauacutejo Satildeo Paulo Makron Books 1997 250p
bull KOTLER Philip GARY Armstrong Princiacutepios de Marketing Trad
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39
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bull MINC Carlos Minc em Revista Informe Trimestral do Mandato
Carlos Minc nordm12 Novembro2003 Rio de janeiro por Alexandre
Cassiano ndash Ag O Globo
bull OTTMAN Jacquelyn A Marketing Verde Trad de Marina
Nascimento Satildeo Paulo Makron Books 1994 190p
bull PINOTTI Rafael Os Desafios Ambientais do Seacuteculo XXI Petrobraacutes
bull Relatoacuterio Nacional da Repuacuteblica Federal da Alemanha para
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio ambiente e
Desenvolvimento no Brasil em Junho de 1992 Proteccedilatildeo ao meio
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bull REVISTA EXAME Maiores e Melhores 2002
bull VALLE Cyro Eyer do Qualidade ambiental como ser competitivo
protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
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econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
30
Essa tendecircncia ambiental do consumidor se move com muita rapidez
As empresas que tiverem visatildeo de futuro iratildeo atender as demandas desses
consumidores ganhando espaccedilo de mercado por se mostrarem inovadoras e
atentas as necessidades de seus clientes como tambeacutem ganharatildeo vantagem
competitiva junto agraves empresas que nada fizerem
O consumidor verde amplia o conceito de Qualidade intriacutenseca de um
produto ou serviccedilo incorporando a Qualidade Ambiental relativos aos
impactos ambientais do processo de produccedilatildeo distribuiccedilatildeo e consumo
Esses consumidores possuem algumas caracteriacutesticas como a busca da
qualidade evitando o consumo de produtos com impactos negativos recusa
produtos derivados de espeacutecies em extinccedilatildeo observa os certificados de
origem validade e os selos verdes considera e valoriza a
biodegradabilidade do produto prefere produtos isentos de conservantes
alvejantes e corantes admite produto com sobre-preccedilo devido agrave qualidade
ambiental prefere produtos com embalagem reciclaacuteveis eou retornaacuteveis e
evita produtos com embalagens natildeo-biodegradaacuteveis
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente
saudaacuteveis natildeo soacute fornecem agraves empresas a oportunidade de agirem de forma
correta como tambeacutem ajudam a aumentar a imagem corporativa e da
marca
Cabe aos profissionais envolvidos neste processo agirem com
inovaccedilotildees em suas operaccedilotildees e produtos no momento em que as atitudes e
opiniotildees ainda estatildeo se formando para conquistarem esta nova fatia de
mercado assim como cabe a eles descobrirem as necessidades destes
consumidores O consumerismo ambiental eacute a nova tendecircncia do marketing
e natildeo soacute uma moda passageira como alegam alguns quem agir em favor do
desempenho sustentaacutevel agora sairaacute na frente amanhatilde
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
31
7 MARKETING AMBIENTAL
Ou Marketing ldquoVerderdquo como alguns gostam de chamar surgiu nos
anos 80 na Europa quando os consumidores comeccedilaram a reconsiderar suas
decisotildees de compra Muitos destes consumidores se mostram dispostos a
pagar mais e a abandonar a conveniecircncia em favor dos produtos seguros
para o meio ambiente Desta maneira as empresas alertas criaram
oportunidades junto aos problemas sociais e comeccedilaram a desenvolver
produtos e serviccedilos ldquoverdesrdquo
O Marketing teraacute a funccedilatildeo de maximizar a vantagem competitiva
trazida pelo Desempenho Sustentaacutevel estabelecendo um canal de
comunicaccedilatildeo entre a empresa e seus consumidores levando ao
conhecimento destes as atitudes que a empresa estaacute tomando em prol do
meio ambiente
O Marketing Verde eacute uma nova oportunidade de fazer surgir
necessidades latentes em consumidores Atraveacutes de divulgaccedilatildeo continua a
empresa deve demonstrar aos seus clientes a importacircncia de projetar
produtos de modo a minimizar seu impacto ambiental Assim o consumidor
se depara com uma nova necessidade a de consumir produtos
ecologicamente corretos
ldquoCampanhas educativas como a do Mc Donaldrsquos conseguiu convencer
seus consumidores que as embalagens de poliestireno satildeo 100 reciclaacuteveis
e melhores para o meio ambiente do que as de papelrdquo12
Eacute bem verdade que muitas campanhas de Marketing que afirmam que
os produtos satildeo ldquoreciclaacuteveis ldquobiodegradaacuteveisrdquo e ldquoseguro para o meio
ambienterdquo satildeo falsas ateacute porque estes termos ainda natildeo foram bem
definidos Sendo assim algumas empresas exploram e distorcem os termos
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
32
em detrimento dos produtos Algumas destas campanhas jaacute foram inclusive
atacadas por ambientalistas ao fazerem afirmaccedilotildees sem provas ou
improacuteprias Quando as campanhas mostram ldquoa coisa como ela realmente eacuterdquo
geram a confianccedila de seus consumidores ganhando vantagem junto agraves
outras empresas que enganam seus clientes com falsas rotulagens
Ao tomarem suas decisotildees de preferecircncia por produtos verdes os
consumidores precisam de informaccedilatildeo sobre a forma de identificar produtos
e onde obtecirc-los As empresas que possuiacuterem uma estrateacutegia de Marketing
eficaz levaraacute ao puacuteblico-alvo correto as informaccedilotildees que este necessite
O Marketing Ambiental tem dois objetivos-chaves ldquodesenvolver
produtos que equilibrem necessidades dos consumidores tenham um preccedilo
viaacutevel e conveniecircncia com compatibilidade ambiental ou seja exerccedilam um
impacto miacutenimo sobre o meio ambienterdquo e ldquoProjetar uma imagem de alta
qualidade incluindo sensibilidade ambiental quanto aos atributos de um
produto e quanto ao registro de trajetoacuteria de seu fabricante no que se refere
ao respeito ambientalrdquo12
Estrateacutegias de Marketing convencional natildeo funcionaratildeo pois estamos
tratando de uma mudanccedila de paradigma de mudanccedila de comportamento
O marketing convencional poderaacute explorar rotulaccedilotildees ambientais
inconsistentes e enganadoras Mas soacute o Marketing Verde demonstraraacute o
empenho completo de todas as partes operacionais da empresa desde a
elaboraccedilatildeo de produtos ateacute publicidade
12 Ottman opcitpp 46
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
33
8 COMO SE COMUNICAR COM CREDIBILIDADE E IMPACTO
Comunicar os benefiacutecios de produtos ambientalmente mais saudaacuteveis
por ser desafiador Esses benefiacutecios podem ser comunicados atraveacutes de
diversos tipos de miacutedia e inclusive atraveacutes do profissional de Comunicaccedilatildeo
Social que aleacutem de estabelecerem uma imagem ambiental para produtos
ajudando a aumentar as vendas tambeacutem podem ampliar o valor agregado
do produto
A Responsabilidade Ambiental das empresas tem sido constantemente
o alvo de anaacutelises no mundo empresarial E a expressatildeo de compromisso
com as causas ambientais estaacute incorporando um modelo de gestatildeo e se
tornando estrateacutegia empreendedora de grandes empresas sintonizadas com
um mundo globalizado cada vez mais exigente em relaccedilatildeo agrave dinacircmica de
seus negoacutecios e agrave sustentabilidade empresarial Para que tarefas
empreendedoras aconteccedilam de forma eficiente e eficaz as empresas
necessitam de profissionais que faccedilam a diferenccedila pois onde algumas
pessoas vecircem problemas empreendedores vecircem oportunidades
O profissional de Comunicaccedilatildeo Social vem ganhando espaccedilo nas
grandes empresas devido agrave nova postura empresarial que se deu conta do
quatildeo importante eacute o seu papel para a organizaccedilatildeo Na produccedilatildeo de um plano
de gestatildeo de comunicaccedilatildeo de uma empresa um importante elemento que o
profissional de comunicaccedilatildeo deve ter sempre em mente eacute o objetivo geral a
ser alcanccedilado O desafio eacute convencer a opiniatildeo puacuteblica de que a instituiccedilatildeo
que estaacute sendo assessorada eacute cidadatilde porque em todas as suas accedilotildees a
empresa visa o bem estar da comunidade em que estaacute inserida
Os comunicadores quando digo comunicadores digo todos os
profissionais envolvidos no processo de desenvolvimento da Gestatildeo
Ambiental inseridos no contexto da organizaccedilatildeo jaacute que a aacuterea de atuaccedilatildeo de
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
34
tal profissional torna-se cada vez mais transdisciplinar envolvendo diversas
aacutereas como a Comunicaccedilatildeo Social Relaccedilotildees Puacuteblicas jornalistas
assessores de imprensa etc Os profissionais envolvidos com a Gestatildeo
Ambiental vem crescendo cada vez mais e ajudando no exerciacutecio da
democracia e na orientaccedilatildeo do cidadatildeo Aleacutem disso buscamos com o nosso
trabalho fazer com que as organizaccedilotildees tenham desenvolvimento
econocircmico social cultural e educacional da populaccedilatildeo como um todo e
principalmente o desenvolvimento do integrante da instituiccedilatildeo em que
estamos inseridos O profissional de Gestatildeo Ambiental seja qual for sua
aacuterea de formaccedilatildeo busca fortalecer a credibilidade social da empresa
No momento em que a empresa decide comunicar-se pode haver
represaacutelias partindo de formadores de opiniatildeo contestando a veracidade de
suas informaccedilotildees Poreacutem se a empresa decide em natildeo comunicar-se outro
concorrente poderaacute dar um passo a frente e ganhar espaccedilo no mercado Se a
empresa natildeo emprega sua qualidade ambiental os consumidores podem
presumir que seus produtos natildeo sejam ambientalmente saudaacuteveis
As empresas mais conservadoras utilizam diversas teacutecnicas para
comunicar benefiacutecios ambientais como suplantares Assim aleacutem de
fornecerem credibilidade a terceiros reduzem o potencial para represaacutelias
Embora qualquer empresa queira evitar a possibilidade de enfrentar criacuteticas
somente atraveacutes de grandes desafios eacute que acumularatildeo grandes
recompensas
Em geral as comunicaccedilotildees de esforccedilos verdes funcionam melhor
quando
bull ldquoos atributos de produtos verdes satildeo oacutetimos legiacutetimos e significativos
para a quantia razoaacutevel de consumidores
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
35
bull Os benefiacutecios ambientais de um produto satildeo tangiacuteveis podendo ser
comunicados com clareza e simplicidade
bull ldquoOs esforccedilos de marca individual satildeo reforccedilados por iniciativas e ecircxito
corporativos essenciaisrdquo 13
A empresa para se comunicar com credibilidade deve
bull ldquoser uma liacuteder sendo a primeira do mercado a ousar
bull Comunicar produtos verdes como parte de uma poliacutetica corporativa de
excelecircncia ambiental
bull Natildeo prometer demais natildeo exagerar nem enganar Deve se prometer
menos e cumprir mais
bull Ser clara em suas declaraccedilotildees ambientais
bull Distinguir entre benefiacutecios de produtos e de embalagem
bull Fornecer informaccedilotildees completas a fim de servir de base de comparaccedilatildeo
com produtos da concorrecircncia
bull Conseguir o apoio de terceiros dignos de confianccedila
bull Considerar o impacto ambiental de seus meacutetodos de marketing como
utilizar impressos em papel reciclado
bull Considerar a possibilidade de utilizar certificados ambientaisrdquo 14
13 Ottman opcitpp 121
14Ibdempp 129-133
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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Ambiente e negoacutecios ano 9 nordm 21 julhoagosto98
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bull IRVING Marta de Azevedo Diplomacia Contemporacircnea e Meio
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receber certificaccedilatildeo Disponiacutevel em httpecoviagenscombr
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lthttpagenciafolhacombrgtAcesso em abril de 2003
bull JORNAL O GLOBO Caderno Economia Relatoacuterio faz balanccedilo
ambiental de 22 empresas 17 de dezembro de 2001
bull KINLAW Dennis C Empresa Competitiva e Ecoloacutegica
Desempenho sustentado na Era Ambiental Trad Lenke Peres Alves
de Arauacutejo Satildeo Paulo Makron Books 1997 250p
bull KOTLER Philip GARY Armstrong Princiacutepios de Marketing Trad
Alexandre S Martins Rio de Janeiro Pretince-Hall do Brasil LTDA
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39
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wwwminccombr e o Site oficial da Secretaria de Meio Ambiente
bull MINC Carlos Minc em Revista Informe Trimestral do Mandato
Carlos Minc nordm12 Novembro2003 Rio de janeiro por Alexandre
Cassiano ndash Ag O Globo
bull OTTMAN Jacquelyn A Marketing Verde Trad de Marina
Nascimento Satildeo Paulo Makron Books 1994 190p
bull PINOTTI Rafael Os Desafios Ambientais do Seacuteculo XXI Petrobraacutes
bull Relatoacuterio Nacional da Repuacuteblica Federal da Alemanha para
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio ambiente e
Desenvolvimento no Brasil em Junho de 1992 Proteccedilatildeo ao meio
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bull REVISTA EXAME Maiores e Melhores 2002
bull VALLE Cyro Eyer do Qualidade ambiental como ser competitivo
protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
36
9 CONCLUSAtildeO
As empresas que pretendem sobreviver e lucrar no futuro necessita
planejar em longo prazo e pensar hoje o que elas precisam ter para atender
o cliente do amanhatilde
Por isso os empreendedores devem idealizar a empresa do amanhatilde
atraveacutes da prospecccedilatildeo do mercado ou seja devem ter visatildeo do futuro
O passo seguinte eacute a Qualidade Total lema dos novos tempos eacute o
reconhecimento da responsabilidade ambiental das empresas As empresas
que enxergarem na questatildeo ambiental uma oportunidade competitiva e uma
recompensa social sairatildeo na frente de seus concorrentes Isso devido agrave
conscientizaccedilatildeo e aumento de interesse que os consumidores estatildeo vindos a
ter por produtos e serviccedilos ecologicamente corretos aleacutem da crescente
cobranccedila por empresas que se desenvolvam tecnologias limpas
Esse consumerismo por produtos ambientais cresceu na medida em
que as pessoas presenciam vaacuterios desastres ambientais ocorridos nos anos
90 que contribuiacuteram para o aumento da conscientizaccedilatildeo de questotildees
ambientais Com isso passaram a se preocupar em proteger suas vidas e sua
subsistecircncia e uma forma de demonstrarem isso atraveacutes da sua preferecircncia
por produtos considerados ambientalmente saudaacuteveis
Eacute necessaacuterio que as empresas respondam de forma raacutepida e decisiva
aos interesses ambientais de seus consumidores a fim de manter sua
imagem de mercado
Conforme Tom Peters afirmou o ldquoesverdeamentordquo do mercado eacute ldquouma
oportunidade extraordinaacuteria talvez uacutenica num seacuteculordquo para as empresas que
tenham visioning para aproveitaacute-la
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
BIBLIOGRAFIA
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bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
37
O desenvolvimento de produtos e processos ambientalmente saudaacuteveis
fornece uma oportunidade de aumentar a imagem corporativa e da marca
economizar dinheiro e abrir novos mercados para produtos que tenham o
intuito de satisfazer as necessidades dos consumidores que clamam por uma
melhoria na qualidade de vida
A Responsabilidade Ambiental nos negoacutecios eacute um conceito que se
aplica a toda a cadeia produtiva Natildeo somente o produto final deve ser
avaliado por fatores ambientais mas o conceito eacute de interesse comum e
portanto deve ser difundido ao longo de todo e qualquer processo
produtivo Assim como consumidores empresas tambeacutem satildeo responsaacuteveis
por seus fornecedores e devem fazer valer seus coacutedigos de eacutetica aos
produtos e serviccedilos usados durante sua empreitada
A Responsabilidade Ambiental anda de matildeos dadas com o conceito de
Desempenho Sustentaacutevel Uma atitude responsaacutevel em relaccedilatildeo ao meio
ambiente e agrave sociedade natildeo soacute garante a natildeo escassez de recursos mas
tambeacutem amplia o conceito a uma escala mais ampla O DS natildeo soacute se refere
ao ambiente mas por via do fortalecimento de parcerias duraacuteveis promove
a imagem da empresa como um todo e por fim leva ao crescimento
orientado Uma postura sustentaacutevel eacute por natureza preventiva e possibilita a
prevenccedilatildeo de riscos futuros como impactos ambientais ou processos
judiciais
38
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40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
38
BIBLIOGRAFIA
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sobre o vazamento toacutexico Belo Horizonte Disponiacutevel em
lthttpagenciafolhacombrgtAcesso em abril de 2003
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ambiental de 22 empresas 17 de dezembro de 2001
bull KINLAW Dennis C Empresa Competitiva e Ecoloacutegica
Desempenho sustentado na Era Ambiental Trad Lenke Peres Alves
de Arauacutejo Satildeo Paulo Makron Books 1997 250p
bull KOTLER Philip GARY Armstrong Princiacutepios de Marketing Trad
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39
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bull OTTMAN Jacquelyn A Marketing Verde Trad de Marina
Nascimento Satildeo Paulo Makron Books 1994 190p
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Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio ambiente e
Desenvolvimento no Brasil em Junho de 1992 Proteccedilatildeo ao meio
ambiente na Alemanha
bull REVISTA EXAME Maiores e Melhores 2002
bull VALLE Cyro Eyer do Qualidade ambiental como ser competitivo
protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
39
bull Leis de Crimes Ambientais (12 de fevereiro de 1998) Site
wwwminccombr e o Site oficial da Secretaria de Meio Ambiente
bull MINC Carlos Minc em Revista Informe Trimestral do Mandato
Carlos Minc nordm12 Novembro2003 Rio de janeiro por Alexandre
Cassiano ndash Ag O Globo
bull OTTMAN Jacquelyn A Marketing Verde Trad de Marina
Nascimento Satildeo Paulo Makron Books 1994 190p
bull PINOTTI Rafael Os Desafios Ambientais do Seacuteculo XXI Petrobraacutes
bull Relatoacuterio Nacional da Repuacuteblica Federal da Alemanha para
Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio ambiente e
Desenvolvimento no Brasil em Junho de 1992 Proteccedilatildeo ao meio
ambiente na Alemanha
bull REVISTA EXAME Maiores e Melhores 2002
bull VALLE Cyro Eyer do Qualidade ambiental como ser competitivo
protegendo o meio ambiente Satildeo Paulo Pioneira 1995 137p
bull VARGAS Carlos Cesar Ferreira Marketing Societal Rio de Janeiro
Monografia 1998 87p
bull VERGARA Sylvia Constant Projetos e Relatoacuterios de pesquisa em
administraccedilatildeo Satildeo Paulo Atlas 1997 90p
bull Suacutemula Ambiental ndash FIRJANCIRJ nordm898
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
40
ANEXOS
ANEXO 1
A Carta do Rio ou Declaraccedilatildeo do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento como eacute formalmente denominada foi aprovada em 1992 e firmada durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento realizada naquele ano no Rio de Janeiro Em seguida seraacute reproduzido os 27 Princiacutepios da Carta do Rio como eacute encontrado na obra do autor Cyro Eyer do Vale Princiacutepio 1 - Os seres humanos satildeo ponto focal dos esforccedilos pelo desenvolvimento sustentaacutevel Tecircm direito a uma vida saudaacutevel e produtiva em harmonia com a natureza Princiacutepio 2 - Os Estados tecircm em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas e com os princiacutepios da lei internacional o direito soberano de explorar seus proacuteprios recursos segundo suas proacuteprias poliacuteticas de meio ambiente e desenvolvimento e a responsabilidade de assegurar que as atividades sob sua jurisdiccedilatildeo ou controle natildeo causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou aacutereas fora de suas respectivas jurisdiccedilotildees nacionais Princiacutepio 3 - O direito ao desenvolvimento deve ser mantido de maneira a atender de forma justa agraves necessidades ambientais e de desenvolvimento das atuais e futuras geraccedilotildees Princiacutepio 4 - Para alcanccedilar o desenvolvimento sustentaacutevel a proteccedilatildeo ambiental constituiraacute parte integrante do processo de desenvolvimento natildeo podendo ser considerada isolada do mesmo Princiacutepio 5 - Todos os Estados e todos os indiviacuteduos cooperam com a tarefa essencial de irradiaccedilatildeo da pobreza como um requisito indispensaacutevel para o desenvolvimento sustentaacutevel de forma a reduzir as disparidades nos padrotildees de vida e melhor atender agraves necessidades da maioria da populaccedilatildeo mundial Princiacutepio 6 - Prioridade especial deveraacute ser atribuiacuteda agrave situaccedilatildeo especiacutefica e necessidades dos paiacuteses em desenvolvimento particularmente daqueles menos desenvolvidos e dos mais vulneraacuteveis sob o ponto de vista
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
41
ambiental As accedilotildees internacionais no campo do meio ambiente e desenvolvimento deveratildeo tambeacutem abordar os interesses e necessidades de todos os paiacuteses Princiacutepio 7 - Os Estados cooperaratildeo num espiacuterito de parceria global para conservar proteger e restaurar a sauacutede e a integridade do ecossistema da Terra Considerando as distintas contribuiccedilotildees para a degradaccedilatildeo ambiental global os Estados tecircm responsabilidades comuns porem diferentes Os paiacuteses desenvolvidos reconhecem responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do desenvolvimento sustentaacutevel em vista das pressotildees exercidas por suas sociedades sobre o meio ambiente global e das tecnologias e recursos financeiros sob seu controle Princiacutepio 8 - Para alcanccedilar o DS e uma qualidade de vida mais elevada para todos os indiviacuteduos os Estados devem reduzir e eliminar padrotildees insustentaacuteveis de produccedilatildeo e consumo e promover poliacuteticas demograacuteficas adequadas Princiacutepio 9 - Os Estados devem cooperar com vistas ao fortalecimento da capacitaccedilatildeo endoacutegena para o DS aperfeiccediloando a compreensatildeo cientifica atraveacutes de intercacircmbios de conhecimentos cientiacuteficos e tecnoloacutegicos e pela intensificaccedilatildeo do desenvolvimento adaptaccedilatildeo difusatildeo e transferecircncia de tecnologias inclusive tecnologias novas e inovadoras Princiacutepio 10 - As questotildees ambientais satildeo melhor solucionadas com a participaccedilatildeo de todos os cidadatildeos envolvidos no niacutevel pertinente No niacutevel nacional cada individuo deveraacute ter acesso apropriado agrave informaccedilatildeo relativa ao meio ambiente detida pelas autoridades puacuteblicas inclusive a informaccedilatildeo sobre materiais e atividades perigosas em comunidades e a oportunidade de participar dos processos decisoacuterios Os Estados facilitaratildeo e encorajaratildeo a conscientizaccedilatildeo e participaccedilatildeo puacuteblica fazendo com que a informaccedilatildeo esteja amplamente disponiacutevel Seraacute dado acesso efetivo a processos judiciais e administrativos incluindo-se reparaccedilatildeo e assistecircncia Princiacutepio 11 - Os Estados promulgaratildeo legislaccedilatildeo ambiental eficaz Os padrotildees objetivos de gestatildeo e prioridades ambientais deveratildeo refletir o contexto ambiental e de desenvolvimento a que se aplicam Os padrotildees aplicaacuteveis por alguns paiacuteses podem der inadequados e envolver custos econocircmicos e sociais para outros e em particular para os paiacuteses em desenvolvimento Princiacutepio 12 - Os Estados devem cooperar para a promoccedilatildeo de um sistema econocircmico internacional aberto e de apoio que conduza ao crescimento
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
42
econocircmico e DS em todos os paiacuteses para melhor lidar com os problemas da degradaccedilatildeo ambiental Medidas de poliacutetica comercial para propoacutesitos ambientais natildeo devem constituir um meio para discriminaccedilatildeo arbitraacuteria ou injustificaacutevel ou uma restriccedilatildeo disfarccedilada ao comeacutercio internacional Accedilotildees unilaterais para lidar com os desafios ambientais fora da jurisdiccedilatildeo do paiacutes importador devem ser evitadas As medidas ambientais dirigidas a problemas internacionais ou globais deveratildeo no possiacutevel ser baseadas num consenso internacional Princiacutepio 13 - Os Estados desenvolveratildeo legislaccedilatildeo nacional relativa agrave responsabilidade e indenizaccedilatildeo das viacutetimas da poluiccedilatildeo e outros danos ambientais Os Estados deveratildeo tambeacutem cooperar de forma expedita e mais determinada para o desenvolvimento de uma legislaccedilatildeo internacional relativa agrave responsabilidade vecirc indenizaccedilatildeo pelos efeitos adversos dos danos ambientais causados por atividades dentro de sua jurisdiccedilatildeo ou controle a outras aacutereas fora de sua jurisdiccedilatildeo Princiacutepio 14 - Os Estados devem cooperar de modo efetivo para desestimular ou impedir a recolocaccedilatildeo ou transferecircncia para outros Estados de quaisquer atividade ou substacircncia que causem degradaccedilatildeo ambiental grave ou que sejam prejudiciais agrave sauacutede humana Princiacutepio 15 - A fim de proteger o meio ambiente a abordagem preventiva seraacute amplamente aplicada pelos Estados de acordo com sua capacidade Nos casos em que existam ameaccedilas de danos graves ou irreversiacuteveis a ausecircncia de certeza cientiacutefica plena natildeo seraacute usada como motivo para adiar medidas economicamente viaacuteveis para impedir a degradaccedilatildeo ambiental Princiacutepio 16 - As autoridades nacionais devem procurar promover a internalizaccedilatildeo dos custos ambientais e o uso de instrumentos econocircmicos levando em consideraccedilatildeo que o poluidor deve em princiacutepio arcar com os custos da poluiccedilatildeo em respeito ao interesse puacuteblico e sem distorccedilatildeo do comeacutercio e investimento internacionais Princiacutepio 17 - O estudo de impacto ambiental como instrumento nacional seraacute elaborado para as atividades propostas que tenham probabilidade de ter impacto adverso significativo sobre o meio ambiente e estejam sujeitas agrave decisatildeo de uma autoridade nacional competente Princiacutepio 18 - Os Estados notificaratildeo imediatamente outros Estados de quaisquer desastres naturais ou outras emergecircncias que possam provocar efeitos prejudiciais bruscos sobre o meio ambiente desses Estados Todos
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
43
os esforccedilos seratildeo enviados pela comunidade internacional para auxiliar os Estados assim afetados Princiacutepio 19 - Os Estados daratildeo notificaccedilatildeo preacutevia e em tempo haacutebil e informaccedilotildees relevantes aos Estados potencialmente afetados sobre atividades que possam vir a ter efeitos ambientais adversos significativos aleacutem-fronteiras e consultaratildeo tais Estados com antecedecircncia e em boa feacute Princiacutepio 20 - As mulheres desempenham um papel vital na gestatildeo e no desenvolvimento ambiental Sua participaccedilatildeo integral eacute portanto essencial para que seja alcanccedilado o desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 21 - A criatividade ideais e coragem da juventude do mundo devem ser mobilizadas para forjar uma parceria global que assegure o desenvolvimento sustentaacutevel e garanta um futuro melhor para todos Princiacutepio 22 - As populaccedilotildees indiacutegenas e suas comunidades bem como outras comunidades locais tecircm papel fundamental na gestatildeo do meio ambiente e desenvolvimento devido a seus conhecimentos e praacuteticas tradicionais Os Estados devem reconhecer e apoiar devidamente sua identidade cultura e interesses e possibilitar sua participaccedilatildeo efetiva na concretizaccedilatildeo do desenvolvimento sustentaacutevel Princiacutepio 23 - O meio ambiente e os recursos naturais dos povos oprimidos ocupados e dominados seratildeo protegidos Princiacutepio 24 - A Guerra eacute inerentemente contraacuteria ao desenvolvimento sustentaacutevel Os Estados portanto respeitaratildeo as leis internacionais de proteccedilatildeo ambiental em tempos de conflito armado e cooperaratildeo para seu futuro desenvolvimento na medida do necessaacuterio Princiacutepio 25 - Paz desenvolvimento e proteccedilatildeo ao meio ambiente satildeo interdependentes e indivisiacuteveis Princiacutepio 26 - Os Estados resolveratildeo todos seus litiacutegios ambientais pacificamente e por apropriados em conformidade com a Carta das Naccedilotildees Unidas Princiacutepio 27 - Os Estados e os indiviacuteduos cooperaratildeo em boa feacute e com espiacuterito de parceria para que sejam alcanccedilados os princiacutepios incorporados nesta Declaraccedilatildeo para o desenvolvimento adicional das leis internacionais no campo do desenvolvimento sustentaacutevel
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
44
ANEXO 2
Por ocasiatildeo da Segunda Conferecircncia Industrial Mundial sobre
Gerenciamento Ambiental em 1991 a International Chamber of
Commerce introduziu formalmente a Carta do Meio Empresarial pelo
Desenvolvimento Sustentaacutevel Abaixo seraacute transcrita conforme Cyro Eyer
do Vale
CARTA DO MEIO EMPRESARIAL PELO DESENVOLVIMENTO
SUSTENTAacuteVEL - PRINCIacutePIO DE GESTAtildeO AMBIENTAL
1- PRIORIDADE NA EMPRESA
Reconhecer a gestatildeo do ambiente como uma das principais prioridades
na empresa e como fator dominante do Desenvolvimento Sustentaacutevel
estabelecer poliacuteticas programas e procedimentos para conduzir as
atividades de modo ambientalmente seguro
2- GESTAtildeO INTEGRADA
Integrar plenamente em cada empresa essas poliacuteticas programas e
procedimentos como elemento essencial de gestatildeo em todos os seus
domiacutenios
3- PROCESSO DE APERFEICcedilOAMENTO
Aperfeiccediloar continuamente as poliacuteticas os programas e o desempenho
ambiental das empresas levando em conta os desenvolvimentos teacutecnicos o
conhecimento cientiacutefico os requisitos dos consumidores e as expectativas
da comunidade tendo como ponto de partida a regulamentaccedilatildeo em vigor e
aplicar os mesmos criteacuterios ambientais no plano internacional
45
4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
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4- FORMACcedilAtildeO DE PESSOAL
Formar treinar e motivar o pessoal para desempenhar suas atividades
de maneira responsaacutevel face ao ambiente
5- AVALIACcedilAtildeO PREacuteVIA
Avaliar os impactos ambientais antes de iniciar nova atividade ou
projeto e antes de desativar uma instalaccedilatildeo ou abandonar um local
6- PRODUTOS E SERVICcedilOS
Desenvolver e fornecer produtos ou serviccedilos que natildeo produzam
impacto indevido sobre o ambiente e sejam seguros em sua utilidade
prevista que apresentem o melhor rendimento em termos de consumo de
energia e de recursos naturais que possam ser reciclados reutilizados ou
cuja disposiccedilatildeo final natildeo seja perigosa
7- CONSELHOS DE CONSUMIDORES
Aconselhar e em casos relevantes propiciar a necessaacuteria informaccedilatildeo
aos consumidores aos distribuidores e ao puacuteblico quanto aos aspectos de
seguranccedila a considerar na utilizaccedilatildeo transporte armazenagem e disposiccedilatildeo
dos produtos fornecidos e aplicar consideraccedilotildees anaacutelogas agrave prestaccedilatildeo de
serviccedilos
8- INSTALACcedilOtildeES E ATIVIDADES
Desenvolver projetar e operar instalaccedilotildees tendo em conta a eficiecircncia
no consumo da energia e dos materiais a utilizaccedilatildeo sustentaacutevel dos recursos
renovaacuteveis a minimizaccedilatildeo dos impactos ambientais adversos e da produccedilatildeo
de resiacuteduos e o tratamento ou disposiccedilatildeo final desses resiacuteduos de forma
segura e responsaacutevel
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
46
9- PESQUISAS
Realizar ou patrocinar pesquisas sobre impactos ambientais das
mateacuterias-primas dos produtos dos processos das emissotildees e dos resiacuteduos
associados agraves atividades da empresa e sobre os meios de minimizar tais
impactos adversos
10- MEDIDAS PREVENTIVAS
Adequar agrave fabricaccedilatildeo a comercializaccedilatildeo a utilizaccedilatildeo de produtos ou
serviccedilos ou a conduccedilatildeo de atividades em harmonia com os conhecimentos
cientiacuteficos e teacutecnicos para evitar a degradaccedilatildeo grave ou irreversiacutevel do
ambiente
11- EMPREITEIROS E FORNECEDORES
Promover a adoccedilatildeo destes Princiacutepios pelos empreiteiros contratados
pela empresa encorajando e em casos apropriados exigindo a melhoria de
seus procedimentos de modo compatiacutevel com aqueles em vigor na empresa
e encorajar a mais ampla adoccedilatildeo deste s Princiacutepios pelos fornecedores
12- PLANOS DE EMERGEcircNCIA
Desenvolver e manter nos casos em que existe risco significativo
planos de accedilatildeo para situaccedilotildees de emergecircncia em coordenaccedilatildeo com os
serviccedilos especializados as principais autoridades e a comunidade local
tendo em conta os possiacuteveis impactos transfronteiriccedilos
13- TRANSFEREcircNCIA DE TECNOLOGIA
Contribuir para transferecircncia de tecnologia e meacutetodos de gestatildeo que
respeitem o ambiente tanto nos setores industriais como nos de
administraccedilatildeo puacuteblica
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
47
14- CONTRIBUICcedilAtildeO PARA ESFORCcedilO COMUM
Contribuir para o desenvolvimento de poliacuteticas puacuteblicas de programas
empresariais Governamentais e intergovernamentais e de iniciativas
educacionais que valorizam a consciecircncia e a proteccedilatildeo ambiental
15- ABERTURA AO DIAacuteLOGO
Promover a abertura ao diaacutelogo com o pessoal da empresa e com o
puacuteblico em antecipaccedilatildeo e em resposta as respectivas preocupaccedilotildees quanto
ao risco e impactos potenciais das atividades produtos resiacuteduos e serviccedilos
incluindo aqueles de significado transfronteiriccedilo ou global
16- CUMPRIMENTO DE REGULAMENTOS E INFORMACcedilAtildeO
Aferir o desempenho das accedilotildees sobre o ambiente proceder
regularmente a auditorias ambientais e avaliar o cumprimento das
exigecircncias internas da empresa dos requisitos legais e destes Princiacutepios e
periodicamente fornecer as informaccedilotildees pertinentes ao Conselho de
Administraccedilatildeo aos acionistas ao pessoal agraves autoridades e ao puacuteblico
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
48
ANEXO 3
Apresentado pela primeira vez em 1989 como Princiacutepio Valdez os
Princiacutepios CERES (Coalition for Environmentally Responsible Economies)
satildeo uma eacutetica ambiental composto de dez itens Os Princiacutepios tecircm a
finalidade de estimular o desenvolvimento de programas destinados a
prevenir a degradaccedilatildeo ambiental e a ajudar as empresas a estabelecer sua
poliacutetica e possibilitar aos investidores escolhas informadas com relaccedilatildeo a
questotildees ambientais
PRINCIacutePIO CERES
INTRODUCcedilAtildeO
Ao adotar estes princiacutepios declaramos publicamente nossa convicccedilatildeo
de que as empresas tecircm uma responsabilidade pelo meio ambiente devendo
conduzir todos os aspectos do seu negoacutecio como profissionais responsaacuteveis
do meio ambiente atraveacutes de formas de operaccedilatildeo que projetam a Terra
Acreditamos que as empresas natildeo devem comprometer a capacidade das
operaccedilotildees futuras de se auto-sustentar Atualizaremos constantemente nossa
praacutetica agrave luz dos avanccedilos da tecnologia e dos novos conhecimentos da aacuterea
da sauacutede e da ciecircncia ambiental Em colaboraccedilatildeo com a CERES
promovemos um processo dinacircmico com a finalidade de assegurar que os
princiacutepios sejam interpretados de forma a acomodar as mudanccedilas na
tecnologia e as realidades ambientais Pretendemos fazer progressos
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
49
consistentes e mensuraacuteveis na implantaccedilatildeo desses princiacutepios e aplicaacute-los a
todos os aspectos de nossas operaccedilotildees pelo mundo
PROTECcedilAtildeO DA BIOSFERA
Reduziremos e fazemos um progresso contiacutenuo rumo agrave eliminaccedilatildeo da
liberaccedilatildeo de qualquer substacircncia que possa causar prejuiacutezo ambiental agrave
atmosfera aos recursos hiacutedricos ou a Terra e seus habitantes
Salvaguardaremos todos os habitats afetados por nossas operaccedilotildees e
protegeremos os espaccedilos abertos e a vida selvagem ao mesmo tempo em
que preservaremos a biodiversidade
USO SUSTENTAacuteVEL DE RECURSOS NATURAIS
Usaremos de forma sustentaacutevel os recursos renovaacuteveis tais como aacutegua
solos e florestas Conservaremos os recursos naturais natildeo-renovaacuteveis
atraveacutes do uso eficiente e do planejamento cuidadoso
REDUCcedilAtildeO E DESCARGA DE RESIacuteDUOS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos a geraccedilatildeo de resiacuteduos
atraveacutes de reduccedilatildeo do uso e da reciclagem de recursos Todos os resiacuteduos
seratildeo manuseados e descartados pelo uso de meacutetodos seguros e
responsaacuteveis
CONSERVACcedilAtildeO DE ENERGIA
Conservaremos a energia e melhoraremos a eficiecircncia de energia de
nossas operaccedilotildees internas e dos produtos e serviccedilos que comercializamos
Envidaremos todos os nossos esforccedilos para usar recursos de energia
ambientalmente seguros e sustentaacuteveis
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
50
REDUCcedilAtildeO DE RISCOS
Dedicaremos todo o nosso empenho para minimizar os riscos ao meio
ambiente agrave sauacutede e a seguranccedila de nossos funcionaacuterios e das comunidades
em que operamos utilizando tecnologias instalaccedilotildees e procedimentos e de
operaccedilatildeo seguros e estando preparados para emergecircncias
PRODUTOS E SERVICcedilOS SEGUROS
Reduziremos e onde for possiacutevel eliminaremos o uso a fabricaccedilatildeo ou
a venda de produtos e serviccedilos que causem prejuiacutezo ambiental ou
apresentem perigo agrave sauacutede ou a seguranccedila Informaremos nossos clientes a
respeito dos impactos ambientais de nossos produtos ou serviccedilos e
tentaremos corrigir seu uso inseguro
RESTAURACcedilAtildeO AMBIENTAL
Corrigiremos de forma pronta e responsaacutevel as condiccedilotildees que
tivermos causado que coloquem em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio
ambiente Ateacute o limite da viabilidade repararemos os prejuiacutezos fiacutesicos que
tivermos causado a pessoas ou os prejuiacutezos que tivermos causado ao meio
ambiente e restauraremos o meio ambiente
INFORMACcedilOtildeES AO PUacuteBLICO
Sempre que for o caso informaremos todos aqueles que possam ser
afetados por condiccedilotildees causadas por nossa empresa e que possam colocar
em perigo a sauacutede a seguranccedila ou o meio ambiente Buscaremos
regularmente o parecer o aconselhamento de terceiros atraveacutes do diaacutelogo
com membros das comunidades proacuteximas as nossas instalaccedilotildees Natildeo
tomaremos qualquer medida contra funcionaacuterios que reportarem a
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
51
ocorrecircncia de condiccedilotildees ou incidentes perigosos agrave gerecircncia ou agraves
autoridades competentes
COMPROMISSO DA GEREcircNCIA
Implementaremos esses princiacutepios e manteremos um sistema que
assegure que os membros do Conselho e o presidente-executivo sejam
plenamente informados sobre as questotildees ambientais pertinentes e sejam
completamente responsaacuteveis pela poliacutetica ambiental Na designaccedilatildeo dos
membros do Conselho um dos fatores que levaremos em consideraccedilatildeo seraacute
a evidecircncia do compromisso com o meio ambiente
AUDITORIAS E RELATOacuteRIOS
Faremos uma auto-avaliaccedilatildeo anual de nosso progresso na
implementaccedilatildeo desses princiacutepios Apoiaremos a oportuna criaccedilatildeo de
procedimentos de auditoria ambiental de aceitaccedilatildeo geral Preencheremos
anualmente o Relatoacuterio CERES que seraacute divulgado para o puacuteblico
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
52
ANEXO 4
A Internacional Organization for Standardization conhecida
mundialmente pela sigla ISO eacute uma organizaccedilatildeo natildeo governamental
existente desde 1974 com sede em Genebra Suiacuteccedila A organizaccedilatildeo foi
criada para reunir normas teacutecnicas e padronizar medidas e especificaccedilotildees
como por exemplo tamanho de cartotildees telefocircnicos e de creacutedito filmes
fotograacuteficos tamanho de papeacuteis de parafusos normas de seguranccedila entre
outros
A ISO trabalha atraveacutes de comitecircs teacutecnicos subcomitecircs e grupos de
trabalho em todo o mundo e seus recursos financeiros vecircm de membros
associados (80) e de publicaccedilotildees (20)
Um dos serviccedilos mais importantes criado pela ISO reuacutene normas e
padrotildees referentes agrave qualidade dentro da empresa o ISO 9000 e agrave questatildeo
ambiental o ISO 14000 Seguindo esses padrotildees e implantado sistemas de
qualidade e gestatildeo ambiental as empresas podem receber os certificados
ISO bastante exigidos por consumidores
BOM PARA A EMPRESA BOM PARA O MEIO AMBIENTE
A ideacuteia do ISO 14000 surgiu das discussotildees de desenvolvimento
sustentaacutevel durante a Conferecircncia das Naccedilotildees Unidas sobre o Meio
Ambiente tambeacutem conhecida como ECO 92 A seacuterie ISO 14000 reuacutene
normas internacionais que estabelecem regras para que as empresas
possam implantar Sistemas de Gestatildeo Ambiental com a finalidade de
reduzir desperdiacutecios quantidade de mateacuteria-prima de aacutegua de energia e de
resiacuteduos usados e obtidos durante o processo da produccedilatildeo tentando dessa
forma minimizar os impactos ambientais e estar de acordo com a legislaccedilatildeo
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
53
ambiental A ideacuteia central dos Sistemas de Gestatildeo Ambiental eacute usar menos
para produzir mais e com melhor qualidade
O ISO 14000 abrange 6 aacutereas estudadas nos Sub-Comitecircs (SC)
Coordenados pelos institutos de normatizaccedilatildeo dos paiacuteses que os sediam
I ndash Processo Produtivo (Empresa)
bull SC1 ndash SISTEMA DE GESTAtildeO AMBIENTAL estudadas pela
Inglaterra ndash BSI
bull SC2 ndash AUDITORIAS AMBIENTAIS estudadas pela Holanda ndash
NNI
bull SC3 ndash ROacuteTULO AMBIENTAIS ndash SELOS VERDES estudadas
pela Austraacutelia-SSA
II ndash Produto
bull SC4 ndash AVALIACcedilAtildeO DE DESEMPENHO AMBIENTAL
estudada pelo EUA ndash ANSI
bull SC5 ndash ANAacuteLISE DO CICLO DE VIDA estudada pela Franccedila ndash
AFNOR
bull SC6 ndash TERMOS E DEFINICcedilOtildeES estudada pela Noruega ndash NFS
(para I e II)
bull E mais um aacuterea estudada em grupo de trabalho (WORK GROUP)
WG- ASPECTOS AMBIENTAIS EM NORMAS E PRODUTOS
estudadas pela Alemanha ndash DIN
No Brasil o ISO eacute representado pela ABNT ndash Associaccedilatildeo Brasileira
de Normas e Teacutecnicas que participa dos comitecircs e tem direito a voto na
organizaccedilatildeo Aleacutem disso a ABNT tambeacutem trabalha como certificadora
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
54
credenciada pelo INMETRO ndash Instituto Nacional de Metrologia
Normalizaccedilatildeo e Qualidade Industrial que eacute o responsaacutevel por credenciar as
certificadoras brasileiras
A certificaccedilatildeo eacute voluntaacuteria ou seja deve ser requerida pela proacutepria
empresa com a vantagem de que o implante desses padrotildees ambientais
internacionais pode facilitar a entrada de seus produtos no mercado
externo Apoacutes implantar Sistema de Gestatildeo Ambiental ligados agrave qualidade
do ar da aacutegua e do solo a empresa recebe o certificado e depois
anualmente a certificadora realizaraacute auditorias de acompanhamento pra
manutenccedilatildeo do certificado Se a empresa abandonar algum dos padrotildees
estabelecidos correm o risco de perder o certificado ISO 14000 De 3 em 3
anos realizam-se auditorias de renovaccedilatildeo mas os periacuteodos variam de
empresa para empresa Eacute tambeacutem dever do INMETRO fiscalizar as
certificadoras brasileiras quanto agrave realizaccedilatildeo de seu trabalho
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
55
ANEXO 5
O que eacute Agenda 21 Brasileira
Mais do que um documento a Agenda 21 Brasileira eacute um processo de
planejamento estrateacutegico participativo Este processo estaacute sendo conduzido
pela Comissatildeo de Poliacuteticas de Desenvolvimento Sustentaacutevel e da Agenda
21 Nacional - CPDS A metodologia de elaboraccedilatildeo da Agenda privilegia
uma abordagem multissetorial da realidade brasileira procurando focalizar
a interdependecircncia das dimensotildees ambiental econocircmica social e
institucional Aleacutem disso determina que o processo de elaboraccedilatildeo e
implementaccedilatildeo deve estabelecer parcerias entendendo que a Agenda 21
natildeo eacute um documento de governo mas um produto de consenso entre os
diversos setores da sociedade brasileira
Processo de elaboraccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira
O desafio de implementaccedilatildeo de um novo paradigma de
desenvolvimento para o paiacutes soacute pode ser alcanccedilado em etapas A primeira
encerrada em junho de 2002 trata do processo de elaboraccedilatildeo da Agenda
21 adotando uma metodologia participativa onde a parceria entre governo
setor produtivo e sociedade civil eacute a palavra-chave
Para a segunda etapa - a implementaccedilatildeo - foi definido entre os
membros da CPDS e o Ministeacuterio do Planejamento que a estrateacutegia de
internalizaccedilatildeo das proposiccedilotildees que a Agenda vier a apontar como poliacutetica
puacuteblica brasileiras se constitua na base da elaboraccedilatildeo dos Planos
Plurianuais do governo - PPA obrigaccedilatildeo constitucional brasileira de a cada
quatros anos aprovar no Congresso Nacional os programas nos quais seratildeo
aplicados os recursos puacuteblicos do paiacutes
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
56
A conduccedilatildeo do processo
A metodologia de trabalho aprovada pela CPDS selecionou as aacutereas
temaacuteticas e determinou a forma de consulta e construccedilatildeo do documento
Agenda 21 Brasileira A escolha dos temas centrais foi feita de forma a
abarcar a complexidade do paiacutes e suas regiotildees dentro do conceito da
sustentabilidade ampliada Foram seis eixos temaacuteticos que tomaram os
nomes de Agricultura Sustentaacutevel Cidades Sustentaacuteveis Infra-estrutura e
Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos Naturais Reduccedilatildeo das
Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento
Sustentaacutevel
Os eixos temaacuteticos tiveram como princiacutepio para sua definiccedilatildeo natildeo soacute a
anaacutelise das potencialidades como eacute o caso da gestatildeo dos nossos recursos
naturais - um grande diferencial do Brasil no panorama internacional - mas
tambeacutem fragilidades reconhecidas historicamente no nosso processo de
desenvolvimento ou seja as desigualdades sociais
Outro criteacuterio perseguido pela CPDS para a definiccedilatildeo dos seis temas
foi agrave necessidade de fugir da temaacutetica setorial que exclui grupos e reforccedila
corporaccedilotildees e como consequumlecircncia leva a soluccedilotildees equivocadas
Assim apesar de natildeo ser a uacutenica forma possiacutevel para encaminhar a
construccedilatildeo da Agenda 21 Brasileira - pois poderiam ter sido pensados oito
dez eixos - a proposta feita pela CPDS permitiu discutir de forma ampla a
sustentabilidade do desenvolvimento do Brasil
Sobre cada tema foi realizado um trabalho de consulta aos diferentes
segmentos da sociedade Natildeo sendo um documento de governo esse
processo de consulta foi capitaneado por entidades da sociedade sob a
coordenaccedilatildeo do MMA na condiccedilatildeo de Secretaria Executiva da CPDS
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
57
Assim sendo o MMA contratou por intermeacutedio de edital de concorrecircncia
puacuteblica nacional seis consoacutercios que se encarregaram de organizar a
discussatildeo e elaboraccedilatildeo de documentos de referecircncia sobre os temas
definidos como centrais da Agenda 21 Por meio de workshops e
seminaacuterios abertos ao puacuteblico procurou-se envolver todos os setores da
sociedade que se relacionam com os temas em questatildeo A consulta visava
identificar em cada tema a opiniatildeo dos diferentes atores sociais e os
conceitos os entraves e as propostas para a construccedilatildeo da sustentabilidade
Os resultados do trabalho das consultorias realizado durante o ano de
1999 foram sistematizados e consolidados em seis publicaccedilotildees que
tomaram os nomes dos eixos temaacuteticos Agricultura Sustentaacutevel Cidades
Sustentaacuteveis Infra-estrutura e Integraccedilatildeo Regional Gestatildeo dos Recursos
Naturais Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais e Ciecircncia e Tecnologia para o
Desenvolvimento Sustentaacutevel Essas publicaccedilotildees foram lanccediladas em
janeiro de 2000 e podem ser obtidas por download neste site
Concluiacutedo o processo de consultas a CPDS realizou uma anaacutelise
criacutetica sobre o processo desenvolvido e entendeu que deveria ser ampliada
a discussatildeo em torno da agenda natildeo soacute para que alguns temas ausentes e
relevantes fossem incluiacutedos como tambeacutem para que segmentos da
sociedade que natildeo tiveram oportunidade de se manifestar o fizessem Soacute
assim concluiu a CPDS se obteria o resultado esperado de formulaccedilatildeo de
poliacuteticas pactuadas entre os diferentes setores da sociedade brasileira
Essa constataccedilatildeo levou a decisatildeo de consolidar os trabalhos realizados
ateacute aquele momento numa publicaccedilatildeo chamada Agenda 21 Brasileira -
Bases para Discussatildeo Esse documento foi entregue ao Presidente da
Repuacuteblica em 8 de junho de 2000
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
58
No evento de lanccedilamento foi anunciada a continuidade do processo de
elaboraccedilatildeo da agenda por meio da realizaccedilatildeo de debates estaduais a serem
consolidados em encontros regionais Com objetivo de construir uma
agenda de desenvolvimento para o paiacutes que aleacutem do recorte temaacutetico que
provocou a consulta inicial reflita a diversidade inter-regional natildeo
deixando de apontar para a construccedilatildeo de um projeto nacional de
desenvolvimento em bases sustentaacuteveis
O envolvimento do Presidente da Repuacuteblica na convocaccedilatildeo dos
diferentes segmentos da sociedade para ampliar os debates sobre as
estrateacutegias de desenvolvimento sustentaacutevel foi decisivo para a divulgaccedilatildeo
do processo e para o despertar do interesse dos diferentes segmentos da
sociedade
Como resultado dos debates estaduais foi produzido um documento na
forma de relatoacuterio para cada estado brasileiro expressando a visatildeo
predominante no estado sobre as contribuiccedilotildees apresentadas pelas
diferentes entidades locais e sobre as diretrizes e accedilotildees constantes no
documento Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo
Em cada regiatildeo do Paiacutes ao final dos debates estaduais foi realizado
um encontro regional onde foram analisados os relatoacuterios dos estados com
o objetivo de definir um documento que expresse os resultados da regiatildeo
A ampliaccedilatildeo da Consulta agrave Sociedade Brasileira
De julho2000 a maio de 2001 a CPDS e o MMA visitaram todos os
26 estados da federaccedilatildeo divulgando organizando e realizando os debates
estaduais
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
59
Esse processo de convocaccedilatildeo da sociedade para o debate em torno da
Agenda 21 contou com a parceria dos governos estaduais por meio das
secretarias de meio ambiente e das instituiccedilotildees oficiais de creacutedito e de
fomento ao desenvolvimento a saber Banco do Nordeste
Superintendecircncia de Desenvolvimento do Nordeste Superintendecircncia do
Desenvolvimento da Amazocircnia Banco da Amazocircnia Caixa Econocircmica
Federal Banco do Brasil Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo
Sul e Petrobraacutes
Objetivos dos debates estaduais
bull Ampliar o debate do elenco de propostas constante do documento
Agenda 21 Brasileira - Bases para Discussatildeo recolhido dos seis
eixos temaacuteticos da agenda
bull Contemplar a visatildeo dos estados sobre o desenvolvimento sustentaacutevel
na Agenda 21 Brasileira e afirmar os compromissos assumidos entre
os diferentes setores da sociedade com as estrateacutegias definidas na
Agenda
Nos vinte e seis debates realizados foram apresentadas e discutidas
5839 propostas endereccediladas aos seis temas da agenda nacional
Agricultura Sustentaacutevel foi o tema que mais recebeu propostas (32)
seguido por Gestatildeo dos Recursos Naturais (21) Infra-Estrutura e
Integraccedilatildeo Regional (14) Reduccedilatildeo das Desigualdades Sociais (12)
Ciecircncia e Tecnologia para o Desenvolvimento Sustentaacutevel (11) e Cidades
Sustentaacuteveis (10) Trecircs mil e novecentos representantes de instituiccedilotildees
governamentais civis e do setor produtivo participaram dos debates
estaduais realizados
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
60
Os encontros regionais foram realizados no periacuteodo de junho a
outubro de 2001 e visavam obter as tendecircncias predominantes entre as
propostas apresentadas nos estados de cada regiatildeo Desses encontros
resultaram cinco relatoacuterios para as cinco regiotildees brasileiras
Os resultados da consulta nacional
O processo de consulta nacional desencadeado pela CPDS passou por
diferentes fases consulta temaacutetica em 1999 consulta aos estados da
federaccedilatildeo em 2000 e encontros regionais em 2001 Nos documentos
produzidos nessas fases constam os nomes de 6000 representantes das
mais diferentes instituiccedilotildees Podemos garantir que nestes quatro anos em
torno de 40 mil pessoas se envolveram no processo contando que toda
reuniatildeo foi precedida por inuacutemeros encontros de sensibilizaccedilatildeo que cada
uma das secretarias de meio ambiente estaduais realizaram durante quatro
meses pelo interior de seus estados
CONCLUSAtildeO DA AGENDA 21 BRASILEIRA
A fase final desse trabalho em prol do desenvolvimento sustentaacutevel
brasileiro foi realizada no mecircs de maio de 2002 com a realizaccedilatildeo do
seminaacuterio nacional que se constituiu em cinco reuniotildees setoriais a saber
executivo legislativo produtivo academia e sociedade civil organizada
Nessas reuniotildees a CPDS apresentou sua plataforma de accedilatildeo baseada nos
subsiacutedios da consulta nacional e definiu com as lideranccedilas de cada setor os
meios e compromissos de implementaccedilatildeo
O lanccedilamento da Agenda 21 Brasileira em julho de 2002 finaliza a
fase de elaboraccedilatildeo e marca o iniacutecio do processo de implementaccedilatildeo um
grande desafio para sociedade e governo
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional
61
Dois documentos compotildeem a Agenda 21 Brasileira ldquoAgenda 21
Brasileira - Accedilotildees Prioritaacuteriasrdquo que estabelece os caminhos preferenciais
da construccedilatildeo da sustentabilidade brasileira e ldquoAgenda 21 Brasileira ndash
Resultado da Consulta Nacionalrdquo produto das discussotildees realizadas em
todo o territoacuterio nacional