diagnóstico de propriedade rural ii
DESCRIPTION
Diagnósticp ambiental, Propriedade RuralTRANSCRIPT
FAED – Faculdade Educacional de Dois Vizinhos
Leocádio Ceresoli
Marcos J. Chaves
Maurício Meurer
Osny Balardini Jr
Roni S. dos Santos
Thiago L. Veronese
DIAGNÓSTICO AMBIENTAL PARA
ADEQUAÇÃO DE PROPRIEDADES RURAIS
SÍTIO CERESOLI
MICROBACIA HIDROGRÁFICA DO RIO VORÁ
MUNICÍPIO DE NOVA PRATA DO IGUAÇU, PR
Diagnóstico ambiental elaborado na
disciplina de Projetos Ambientais Rurais
como critério parcial de aprovação, sob a
orientação do Professor Dr. José Roberto
Winckler.
Dois Vizinhos, 19 de Abril de 2010
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 4
2. IDENTIFICAÇÃO.......................................................................................................................... 5
2.1 PROPRIEDADE...................................................................................................................... 5
2.2 ROTEIRO DE ACESSO ........................................................................................................... 5
2.2.1 Localização da Propriedade através de Imagem de Satélite........................................ 6
2.2.2 Mapa de Uso do Solo ................................................................................................... 6
2.2.3 Hipsometria (m) ........................................................................................................... 7
2.2.4 Mapa de Declividade (%).............................................................................................. 7
2.3 PROPRIETÁRIO..................................................................................................................... 8
3. DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DA REGIÃO ................................................. 8
3.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO AO PAÍS, ESTADO E REGIÃO... 8
3.2 Aspectos gerais da hidrografia .......................................................................................... 10
3.3 Aspectos climáticos do município ..................................................................................... 10
3.4 Situação social demográfica do município........................................................................ 10
3.5 Situação social fundiária do município.............................................................................. 10
3.6 Aspectos da economia local.............................................................................................. 11
3.6.1 Atividades econômicas;.............................................................................................. 11
3.6.2 Principais produtos agropecuários............................................................................. 12
3.6.4 Programas de desenvolvimento estaduais e/ou locais.............................................. 12
3.6.5 Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e/ou Ambiental. ............................ 12
4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA PROPRIEDADE......................................................... 13
4.1 LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO/QUADRO NATURAL ................................................... 13
5. VEGETAÇÃO EXISTENTE........................................................................................................... 15
6. HIDROGRAFIA E REGIME HÍDRICO .......................................................................................... 16
7. ASPECTOS DA FAUNA EXISTENTE NA PROPRIEDADE.............................................................. 16
8. LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO / BENFEITORIAS E MELHORIAS ........................................ 16
3
8.1 REDE VIÁRIA E ELETRICA EXISTENTE ................................................................................. 16
8.2 EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES;........................................................................................... 16
8.3 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS ......................................................................................... 17
9. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL.................................................................................. 17
9.1 Histórico da área considerada:.......................................................................................... 17
9.2 As pessoas ligadas a área e Organização Social ................................................................ 17
9.3 Sistema Produtivo ............................................................................................................. 18
9.4 Atividades Produtivas Não-Agrícolas ................................................................................ 18
10. SITUAÇÃO FINANCEIRA DO AGRICULTOR ............................................................................. 18
11. MEDIDAS PARA READEQUAÇÃO DA PROPRIEDADE.............................................................. 18
11.1 Reformulação do Mapa de Uso e Ocupação do Solo...................................................... 18
11.2 Silvicultura na Propriedade ............................................................................................. 19
11.3 Utilização de águas pluviais............................................................................................. 21
12. CONCLUSÃO .......................................................................................................................... 24
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................................. 25
4
1. INTRODUÇÃO
O presente estudo objetiva fazer um levantamento planialtimétrico da
área em questão, delimitando suas divisas e mostrando o uso atual do solo,
além de seus aspectos ambientais.
A partir dessas informações, é possível montar um planejamento para
que o produtor rural possa melhorar o modo como utiliza sua propriedade, os
recursos que ela oferece e dessa forma administrar suas ações, possivelmente
aumentando sua renda e ao mesmo tempo agindo em prol do meio ambiente,
proporcionando a ele, à família e à sociedade, melhor qualidade de vida.
É necessário nos dias de hoje fazer com que a propriedade realize
projetos para melhorar o uso e ocupação do solo, aumentando assim a
produtividade. Também é importante utilizar a água das chuvas para fazer
irrigação e para higienização das instalações preservando assim o uso dos
recursos naturais. A silvicultura atualmente mostra-se como uma fonte de
renda auxiliar para o futuro podendo assim ser implementada juntamente com
as áreas de pastagens formando um sistema agrosilvopastoril. As propriedades
rurais devem estar sempre procurando inovar, diminuindo os custos de
produção e aumentando a produtividade com responsabilidade ambiental.
5
2. IDENTIFICAÇÃO
2.1 PROPRIEDADE
Nome da propriedade: Sítio Ceresoli
Área total: 14,52 ha
Localização: Linha Nova Gaúcha.
Microbacia hidrográfica do Rio Vorá
Município: Nova Prata do Iguaçu, Estado do Paraná, BRASIL
2.2 ROTEIRO DE ACESSO
Saindo da cidade de Nova Prata do Iguaçu pela Avenida Iguaçu, usa-se a
Rodovia PR-180 em direção a Usina Hidrelétrica de Salto Caxias. Após
percorrer 2 km, entrar à direita para chegar à sede da propriedade.
Figura 01: Mapa de acesso até a propriedade
Fonte: Google Maps
6
2.2.1 Localização da Propriedade através de Imagem de Satélite
Figura 02: Mapa da área da propriedade Fonte: Google Earth
2.2.2 Mapa de Uso do Solo
Figura 03: Mapa de uso do solo
Fonte: Coleta com GPS particular
7
2.2.3 Hipsometria (m)
Figura 04: Mapa hipsométrico
Fonte: Coleta com GPS particular
2.2.4 Mapa de Declividade (%)
Figura 05:Mapa de declividade do terreno
Fonte: Coleta com GPS particular
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2.3 PROPRIETÁRIO
Nome: Celso Ceresoli
CPF: 123.456.789-00
Posse da terra: Proprietário
Endereço do proprietário: Linha Nova Gaúcha
Endereço: Rodovia PR 180.
CEP: 85685-000
Telefone/e-mail/CP: (46) 3545 - 2185
Cidade: Nova Prata do Iguaçu, PR
3. DIAGNÓSTICO SOCIOECONÔMICO E AMBIENTAL DA REGIÃO
3.1 LOCALIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO EM RELAÇÃO AO PAÍS, ESTADO E REGIÃO
O município de Nova Prata do Iguaçu situa-se no interior do estado do
Paraná (Figura 6) em relação ao Brasil.
Figura 06: Localização do Paraná em relação ao Brasil
Fonte: www.wikipedia.org
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Nova Prata do Iguaçu esta inserida na região sudoeste do Paraná,
fazendo divisa com o Norte do Estado de Santa Catarina e com o Nordeste da
República Argentina (Figura 7)
Figura 07: Localização do Sudoeste em relação ao Paraná
Fonte: www.wikipedia.org
O Município de Nova Prata do Iguaçu situa-se entre a região sudoeste e
oeste do estado do Paraná. (Figura 8)
Figura 08: Localização de Nova Prata do Iguaçu em relação ao Paraná
Fonte: www.wikipedia.org
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3.2 Aspectos gerais da hidrografia O município de Nova Prata do Iguaçu esta inserida no na bacia do Rio
Iguaçu.
“A bacia do rio Iguaçu apresenta-se como uma das mais
importantes do estado do Paraná, na medida em que seu rio principal
atravessa a maior parte do estado na direção Leste-Oeste, desaguando
no rio Paraná”. (SANTOS, 2005 p. 72)
3.3 Aspectos climáticos do município O município de Nova Prata do Iguaçu possui clima do tipo Cfa (subtropical),
que caracteriza-se por ter chuvas bem distribuídas, sem estação seca, verões
rigorosos, geadas menos frequentes, médias térmicas entre 17ºC e 19ºC e
ocorre em altitudes inferiores a 850m.
Possui precipitação média em torno de 2.000mm/ano.
3.4 Situação social demográfica do município
O município possui 11.615 habitantes, sendo que destes 4.171(36%)
residem na área urbana e 7.444(64%) na área rural.
3.5 Situação social fundiária do município
O município de Nova Prata do Iguaçu é composto, além de seu território
urbano, por 1079 terras próprias, 201 terras arrendadas, 121 em parceria e 66
ocupadas.
Áreas cujo tamanho corresponde até 10ha somam 693 propriedades; de 10
a 20ha: 388; de 20 a 50ha: 287; de 50 a 100ha: 65; de 100 a 200ha: 19; de 200
a 500ha: 10; de 500 a 1000ha: 5 e de 1000 a 2000ha: 1.
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propriedades rurais Nova Prata do Iguaçu
47,21%
26,43%
19,55%
4,43%
1,29%
0,68%
0,41%
menor que 10ha
10 a 20ha
20 a 50ha
50 a 100ha
100 a 500ha
500 a 1000ha
mais que 1000ha
Figura 09: Gráfico de propriedades rurais.
Fonte: IBGE
3.6 Aspectos da economia local A economia do Município de Nova Prata do Iguaçu é caracterizada pela
agricultura familiar, agropecuária, indústria e serviços.(IPARDES, 2009).
3.6.1 Atividades econômicas;
As principais atividades econômicas desenvolvidas pelo Município de
Nova Prata do Iguaçu dividem-se em: Agricultura, silvicultura, criação de
animais, extração vegetal e pesca, comércio atacadista, instituições de crédito,
serviços médicos, odontológicos e veterinários (IPARDES, 2009).
12
3.6.2 Principais produtos agropecuários
Os principais produtos agropecuários explorados no Município de Nova
Prata do Iguaçu atualmente são: leite, soja, milho, trigo, feijão, mandioca,
silvicultura, suinocultura, avicultura e gado de corte. (IPARDES 2009)
3.6.4 Programas de desenvolvimento estaduais e/ou l ocais
Existem programas estaduais que fornecem linhas de crédito para os
agricultores para a aquisição de máquinas e equipamentos. Entre eles está o
programa de Governo do Estado do Paraná com o Trator Solidário que
proporciona taxas de juro menores que o praticado no mercado. A linha Pronaf
de financiamentos junto aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais e o
Programa Mais Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Agrário para
maquinas e equipamentos.
3.6.5 Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e/ou Ambiental.
A secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Nova Prata do Iguaçu
juntamente com a administração municipal desenvolve programas relacionados
a atividades agropecuárias e Meio Ambiente. Entre eles estão o Programa
Balde Cheio destinado aos agricultores que se dedicam a produção de leite no
município. Esses recebem assistência técnica para o melhoramento de
pastagens, assistem palestras e fazem visitas a diferentes propriedades. Junto
a esse programa existe outro paralelamente, do qual trata de Bebedores
Ecológicos para os animais. São fornecidos palanques e arames para o
produtor rural cercar as nascentes de água impedindo que os animais tenham
acesso. A água é levada através de mangueiras para recipientes que então os
animais possam saciar a sede sem provocar contaminação e desperdício.
Em Março de 2009 é lançado o Programa Porteira Adentro onde os
produtores que comprovarem a compra de mercadorias no município de Nova
Prata do Iguaçu através de notas fiscais poderão trocar estas notas por
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hora/máquina para melhorias na propriedade. Este programa vai disponibilizar
de máquinas que passarão em cada comunidade do município trabalhando em
cada uma das propriedades seguindo um cronograma, fazendo cascalhamento,
conservação de estradas e práticas para a conservação do solo dentro das
propriedades. Não haverá deslocamento dessas máquinas para outros fins
enquanto que o restante do maquinário da prefeitura continuará com a
conservação das estradas principais e outras obras de interesse social.
(PEREIRA 2009)
4. DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO ATUAL DA PROPRIEDADE
4.1 LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO/QUADRO NATURAL
Figura 10 – Uso atual do Solo
Na determinação do levantamento do meio físico elaborou-se o mapa
(croqui) de uso atual, separando as diferentes classes de capacidade de uso
do solo, conforme a figura 10, e após chegou-se ás conclusões enumeradas na
tabela 1 para cada gleba da propriedade.
Talhões e suas características
GLEBA Fertilidade Profund. Permeab. Decliv.(%) Pedreg.(%) Drenagem Eros. Laminar
Erosão em Sulcos
Tipo de
Solo Uso Atual Uso
Recomendado
01 Baixa 0,5-0,25 Lenta 10-20 20-50 Fraca 5-15 Rasos frequentes
IV Pastagem Pastagem com práticas simples
02 Média <2 Rápida 10-20 <1 Fraca 5-15 Rasos frequentes
II Lavoura Lavoura com práticas simples
03 Média <2 Moderada 5-10 Sem pedras
Fraca 5-15 Rasos ocasionais
VII Floresta e pastagem
Floresta
04 Baixa <2 Lenta 0-2 Sem pedras
Fraca 5-15 Inexistente III Sede e benfeitorias
Lavoura com práticas intensas
05 Média <2 Moderada 5-10 Sem pedras
Fraca 5-15 Inexistente II Pastagem Lavoura com práticas simples
06 Alta <2 Moderada 0-2 Sem pedras
Fraca 25 Inexistente I Horticultura Lavoura sem restrições
07 Média <2 Moderada 10-20 Sem pedras
Adequada 25 Inexistente II Lavoura Lavoura com práticas simples
08 Média <2 Lenta 20-40 1-10 Adequada 25 Rasos ocasionais
III Floresta Lavoura com práticas intensas*
09 Alta <2 Moderada 10-20 Sem pedras
Adequada 25 Rasos ocasionais
II Lavoura Lavoura com práticas simples
10 Média <2 Lenta 5-10 Sem pedras
Adequada 5-15 Rasos ocasionais
II Floresta Lavoura com práticas simples*
Tabela 1 – Talhões e suas Características *Essa área está averbada como reserva legal da propriedade.
Conforme mostrado nas características de cada talhão, a propriedade
apresenta as seguintes classes de capacidade de uso do solo:
CLASSE I: formada por terras que não têm limitações ao aparentes ao uso ou
riscos de depauperamento e que podem ser utilizadas segura e
permanentemente para culturas anuais. As terras desta classe, não necessitam
de práticas de controle à erosão e/ou de melhoramento, devendo serem
usadas apenas as práticas de manutenção.
CLASSE II: formada por terras que têm limitações moderadas ao uso. Estão
sujeitas a riscos moderados de depauperamento, requerendo práticas simples
de controle àerosão e de melhoramento, para assegurar o uso agrícola.
CLASSE III: formada por terras com fortes limitações ao uso. Estão sujeitas a
severos riscos de depauperamento, requerendo medidas intensivas e
complexas de conservação do solo e da água, para poderem ser cultivadas
segura e permanentemente com culturas anuais adaptadas.
CLASSE VI: formada por terras impróprias para culturas anuais, mas
adaptadas para pastagens e/ou reflorestamentos com moderados problemas
de conservação, podendo ser utilizadas em casos especiais, para culturas
perenes, que sejam protetoras do solo.
CLASSE VII: formada por terras que, por estarem sujeitas a muitas limitações
permanentes, além de serem impróprias para culturas anuais, apresentam
severas limitações, mesmo para as permanentes, que são protetoras do solo,
como pastagens e florestas.
5. VEGETAÇÃO EXISTENTE
É cultivada soja, milho, aveia de inverno e de verão e cana-de-açúcar; Existe
um pequeno pedaço de vegetação secundária, cerca de 1 (um) ha; A área de
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preservação permanente encontra-se semi-degradada, porém em estágio de
recuperação; A área de reserva legal encontra-se em estágio avançado.
6. HIDROGRAFIA E REGIME HÍDRICO
A área da propriedade está situada na Mesobacia Hidrográfica do Rio
Iguaçu pertencente à Bacia Hidrográfica do Rio Vorá.
7. ASPECTOS DA FAUNA EXISTENTE NA PROPRIEDADE
São encontradas algumas espécies de aves como pombos, bem-te-vis,
beija-flores, gaviões, entre outros. Cobras e lagartos são encontrados
esporadicamente.
Quanto aos mamíferos, tatus, morcegos, raposas e gatos do mato são
avistados com freqüência.
8. LEVANTAMENTO DO MEIO FÍSICO / BENFEITORIAS E MELHORIAS
8.1 REDE VIÁRIA E ELETRICA EXISTENTE
A única rede viária encontrada na propriedade é a rodovia PR 180, que a
corta ao meio.
8.2 EDIFICAÇÕES E INSTALAÇÕES;
A propriedade possui um barracão de 20x12m servindo como garagem,
paiol, estábulo, chiqueiro e galinheiro.
Casa mista com tamanho de 10x11m e porão com tamanho de 8x11m.
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8.3 MAQUINAS E EQUIPAMENTOS
Quadro 01: Equipamentos da propriedade
TIPO QUANTIDADE CONSERVAÇÃO Trator 3 Ótima Arado de disco 1 Boa Grade 2 Regular Batedor de cereais 1 Boa Carreta agrícola 1 Boa Plantadeira Tatu 8/4 1 Boa Escarificador 2 Boa Pulverizador jato AMD 1 Ótima Ordenhadeira 1 Boa
9. MEIO SÓCIO-ECONÔMICO E CULTURAL
9.1 Histórico da área considerada:
Os proprietários da área, Sr. Celso Ceresoli e Sra. Izabel R. Ceresoli,
chegaram em meados de 1980, onde adquiriram parte da propriedade e, com o
tempo, compraram a área que a compõe hoje.
Estas pessoas sempre viveram da agricultura e pecuária, sendo sua única
fonte de renda.
9.2 As pessoas ligadas a área e Organização Social
São quatro os ocupantes da casa, sendo que os mais jovens possuem
idade de 19 e 28 anos, e seus pais com idade de 55 e 54 anos.
Nenhum deles é beneficiado em termos de aposentadoria ou outros
benefícios periódicos do governo, apenas com os programas agrícolas.
18
9.3 Sistema Produtivo
O sistema produtivo adotado na propriedade é o de agricultura familiar,
englobando todos os membros da família, assim como acontece na maior parte
das propriedades da região.
9.4 Atividades Produtivas Não-Agrícolas
Prestação de serviços de plantio, gradeamento, aração, subsolagem,
pulverização, entre outros. Embora estejam ligados ao setor agrícola, este
serviço é feito para terceiros, não tendo relação com a produtividade da
propriedade em questão.
10. SITUAÇÃO FINANCEIRA DO AGRICULTOR
Possui vínculo com programas governamentais diretamente ligados ao
setor agrícola como PRONAF, Mais Alimentos do Ministério do
Desenvolvimento Agrário e financiamentos do Banco do Brasil.
11. MEDIDAS PARA READEQUAÇÃO DA PROPRIEDADE
O trabalho consistiu em visitas à propriedade e verificação dos principais
problemas existentes. Como forma de aumentar a rentabilidade da propriedade
e o padrão de vida dos moradores definiu-se como atitudes a serem tomadas a
reformulação do mapa de uso e ocupação do solo, a captação da água pluvial
e o plantio de eucalipto para renda futura.
11.1 Reformulação do Mapa de Uso e Ocupação do Solo
Dados levantados de GPS auxiliaram na elaboração do atual mapa de
uso e ocupação do solo, com as informações em mãos dividiu-se a área em
talhões e elaborou-se a classe de capacidade de uso do solo de cada talhão.
Depois de analisadas as informações chegou-se a conclusão de que
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para os talhões 01, 02, 04, 07, 09 e 10 não deve haver alterações quanto ao
uso do solo, pois estes estão adequados. Desde que utilizadas práticas
conservacionistas, o atual modelo de uso para esses talhões está correto.
Para o talhão 03 deve-se vetar a utilização da área como pastagem e
recomenda-se a silvicultura, como será detalhada posteriormente.
Para o talhão 05 a melhor utilização é a lavoura, porém torna-se inviável,
pois a propriedade necessita de uma área de pastagem para a criação de gado
de leite, o que complementa a renda da família.
O talhão 06 poderia ser utilizado para lavoura, mas pela sua pequena
área ela continuaria a ser utilizada para o plantio de hortaliças e leguminosas
para a alimentação da família.
O talhão 08 é a área de reserva legal da propriedade, não podendo ser
alterada.
11.2 Silvicultura na Propriedade O talhão 03, como proposto anteriormente, pode ter um melhor
aproveitamento sendo utilizado para a silvicultura, mais especificamente o
plantio de eucalipto.
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O termo silvicultura provém do Latim silva (floresta) e cultura (cultivo de
árvores), considera-se como sendo o conjunto de todas as medidas para
incrementar o rendimento econômico das árvores até se alcançar um nível que
se permita o manejo sustentável (Ribeiro et al, 2002). A área desse talhão é de
1,12 há, sendo que toda sua extensão pode ser utilizada para tal prática.
Para atender a demanda atual de produtos florestais, tem aumentado a
área plantada com florestas puras, sendo que, em vários países, e em especial
no Brasil, essas florestas têm sido estabelecidas com espécies do gênero
eucalyptus, cujos materiais genéticos são adaptados a diferentes condições
ambientais.
O cultivo do eucalipto tem sido amplamente utilizado para fins de
produção de papel e celulose, energia, madeira para serraria, dentre outros,
em razão da grande diversidade de espécies e de usos, elevada taxa de
crescimento e, capacidade de regenerar-se por brotação a partir da cepa e ser
manejada em várias rotações.
O mercado alvo para a comercialização de eucalipto é servir como lenha
para empresas que utilizam caldeiras, como cerealistas. Por isso foi escolhida
a espécie eucalyptus grandis por ser uma espécie que fornece grande
quantidade de lenha em curto prazo, possuir grande disponibilidade dessa
espécie e melhor adaptação em nossa região.
A literatura indica que o espaçamento entre linhas deve ser de 2,5m e
entre árvores de 2,5m, sendo 1600 mudas por ha, totalizando 1792 árvores nos
1,12 ha da área em questão.
Para uma área desse tamanho recomenda-se o plantio manual, que
consiste em balizamento e alinhamento, abertura de covas, distribuição de
mudas e plantio propriamente dito.
Depois de plantado, é necessária limpeza periódica através das capinas
entre linhas e por roçadas. A prevenção ao ataque das formigas cortadeiras
deve ser realizada constantemente, através da vigilância e do combate na fase
de preparo do solo, na qual a localização e o próprio combate são facilitados.
Serão utilizadas iscas granuladas nos caminhos e olheiros e pulverização de
inseticidas.
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O replantio deverá ser realizado num período de trinta dias após o plantio,
sendo que normalmente a sobrevivência é inferior a 90%.
Os desbastes são cortes parciais realizados em povoamentos imaturos,
com o objetivo de estimular o crescimento das árvores remanescentes e
aumentar a produção da madeira utilizável.
A condução dos talhões de eucalipto geralmente é realizada para corte
aos cinco, dez e quinze anos.
Quando o povoamento de eucalipto atinge a idade para o primeiro corte,
deve-se efetuar a limpeza do local para facilitar os trabalhos de corte e retirada
da madeira. O corte deverá ser chanfrado a 5 cm acima do solo.
A produção média estimada é de 300m3 por ha, sendo a produção da
área total de 336m3. O faturamento total estimado é de R$11.760,00.
11.3 Utilização de águas pluviais
A preservação da qualidade a água constitui, hoje, um dos principais
desafios da humanidade. Sabe-se que a água é um recurso renovável, porém,
grande parte é água salgada, em forma de gelo ou ainda, está poluída.
Segundo OLIVEIRA (2004, p.351) “a água é um dos mais importantes
elementos da natureza. Ela se reveste de um caráter de imprescindibilidade,
pois, sem a sua presença não há vida, muito menos possibilidade de as
pessoas adquirirem riquezas. ’’ Na propriedade rural, sua importância não é
menor, sendo utilizada na dessedentação dos animais, limpeza de instalações,
irrigação entre outros usos que exigem respectivamente certo nível de
qualidade da água.
O sistema de captação de águas pluviais é uma das alternativas para a
redução da escassez de água e conservação dos mananciais. Deve-se levar
em consideração que a água da chuva deve ser utilizada para usos menos
nobres, não podendo ser consumida diretamente pelo homem sem prévio
tratamento.
A propriedade em estudo é composta pelas seguintes benfeitorias:
Barracão de 20 m x 12 m e casa de 10 m x 11 m, totalizando 350 m2 de área
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construída que servirá para captação da água. Considerando a precipitação
média anual de 2000 mm, teremos uma captação anual de 700m3 de água.
Para o projeto em questão sugere-se uma cisterna de tijolos de
capacidade de 15.000 litros, necessitando dos seguintes materiais e
respectivos valores estimados para sua construção:
Quantidade Material Preço unitário Preço total
4.000 tijolo 0,025 100,00
15 saco de cimento 7,80 117,00
10 saco de cal 2,20 22,00
0,5 m³ brita/seixo 70,00 35,00
48 kg de ferro 1/4" 1,00 48,00
Total 322,00
6 dias de pedreiro e servente
15,00 90,00
Total 412,00
Devem ser observados alguns fatores importantes para a qualidade da água pluvial, tais como: • A área de captação deve ser conservada limpa, impermeabilizada, feita com
material não tóxico e livre de fissuras e vegetações;
•Um sistema de filtragem deverá ser implementado antes da água entrar na
cisterna;
• Para evitar entrada de animais na cisterna, deve-se colocar proteções em
todas as entradas do tanque;
• O tanque deve ser mantido fechado impedindo a entrada de iluminação para
evitar o crescimento de algas e microorganismos e sua proliferação;
• Periodicamente deve-se realizar a limpeza de calhas, telas e outros materiais
que compõem o sistema de captação;
• Não deve ser realizado o consumo direto da água do tanque sem qualquer
tratamento após a primeira precipitação;
• Deve-se evitar misturar a água captada da chuva com outras fontes de água.
23
Para uma melhor qualidade da água captada é recomendado o descarte dos
primeiros milímetros de água de chuva devido à concentração de poluentes
tóxicos na atmosfera de áreas urbanas como o dióxido de enxofre (SO2) e o
óxido de nitrogênio (NO), além da poeira e fuligem acumulada nas superfícies
coletoras (calhas e cobertura).
Fica evidente que o sistema de captação de águas pluviais apresentado
apresenta baixo custo de implantação e sua utilização representa garantia no
abastecimento da propriedade principalmente em períodos de estiagem.
24
12. CONCLUSÃO
Para um melhor uso e ocupação do solo das propriedades rurais é
necessário que se elabore projetos objetivando sempre a maximização dos
lucros das propriedades. Também são necessários projetos que utilizem os
recursos naturais de forma sustentável e que não agridam o meio ambiente. A
utilização de água das chuvas se mostra como uma interessante forma de
maximizar o uso da água. A geração de renda nas propriedades rurais se faz
necessária. A implementação de sistema agrosilvopastoril melhora o uso e
ocupação do solo. A sombra das arvores serve para abrigo do gado em
períodos de forte insolação e no futuro uma excelente fonte de renda. Também
pode-se usar a madeira na propriedade para construções e como forma de
lenha.
25
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
www.wikipedia.org Acesso em 20 de Março de 2010
www.maps.google.com.br/maps?hl=pt-BR&tab=wl Acesso em 20 de Março de
2010.
www.ibge.gov.br Acesso em 20 de Março de 2010.
SANTOS, Edelso dos - MAPEAMENTO DA FRAGILIDADE AMBIENTAL DA
BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO JIRAU MUNICÍPIO DE DOIS VIZINHOS –
PARANÁ – Curitiba, 2005
IPARDES Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social –
Caderno Estatístico – Município de Nova Prata do Iguaçu, Novembro 2009.
PEREIRA, Mauricio, Secretário de Agricultura do Município de Nova Prata do
Iguaçu, Nova Prata do Iguaçu, 2009.
OLIVEIRA, Celso Maran, Instrumentos da Política Nacional de Recursos
Hídricos do Brasil in Bacia Hidrográfica: Diversas Abordagens em Pesquisa -
Ed. RIMA, São Carlos: 2004.