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Ronaldo Lobo
Básico I 2
EDIÇÃO | Janeiro de 2012
MÉTODO DE ENSINO
AUTOR E COORDENADOR DIDÁTICO DO CURSO
DE CONTRABAIXO ELÉTRICO | Ronaldo Lobo
DIAGRAMAÇÃO | Dimitrius Ramos
REVISÃO | Verônica Menezes
Esta coleção é composta por cinco métodos de ensino: Básico I e II, intermediário I e II e
Avançado.
Esta metodologia vem sendo usada com muito sucesso pelo autor durante os 23 anos em que
atua no mercado, com vários métodos lançados em todo o Brasil. As apostilas de contrabaixo
fazem parte da Metodologia de Ensino Musical “Musical Concept” que produz material didático
para escolas de música.
O projeto baseia-se no fornecimento de material didático para escolas de música e escolas que
possuam na sua grade curricular a matéria música ou musicalização.
Interessados em adotar nossa metodologia ou abrir uma franquia Bass Lines ou Musical
Concept, entrar em contato:
Telefones | 55 (11) 3909.7221 ou 55 (11) 98143.1524
Copyright2012 by Ronaldo Lobo
Todos os direitos reservados e controlados por Ronaldo Lobo – All rights reserved.
Proibida a reprodução total ou parcial sem prévia autorização
Ronaldo Lobo
Básico I 3
Como Professor, leciona desde 1989 em aulas
particulares e também em várias escolas de São Paulo
e interior.
É autor dos métodos “Contrabaixo elétrico - Básico I” e
“Fundamentos” e do vídeo-aula mais vendido do país (DVD)
“Contrabaixo na Linha de Frente”, foi transcripter e colaborador
da revista Cover Baixo, foi editor técnico da Revista Baixo Brasil
e professor do I.B.T. (E.M.&T.) e ainda, instrutor musical da rede
de ensino da Prefeitura de Barueri por 9 anos.
Foi sócio fundador da Escola de Música Chromazone
(Pinheiros) durante 5 anos. Lançou no ano de 2008, o CD solo
Boca de Lobo. Ao lado de Celso Pixinga, Ronaldo Lobo é diretor
do IB&T Bass Festival, do site e dos festivais que são realizados
em todo o país e ainda conta
com uma revista eletrônica, onde
Ronaldo Lobo é editor chefe.
Seu mais recente trabalho é
apresentar o Programa Baixo
Mania via Internet, um programa
de entrevistas direcionado aos
baixistas brasileiros e ao público
apreciador de música.
Sobre o autor
Ronaldo Lobo | Contrabaixo Elétrico
l www.ronaldolobo.com.br
l www.ibtbassfestival.com.br
l www.myspace.com/ronaldolobobaixo
n Endorsees PEZO Bass System – Amplificadores
n S.G. – Cordas
n Power Click – In Ear Monitor
n Baixos – Mendes
Ronaldo Lobo
Básico I 4
02 è Apresentação
03 è Sobre o autor
04 è Índice
05 è Partes do Contrabaixo
Introdução06 è Postura
08 è Posição das mãos e abafamento
10 è Como trocar as cordas de seu baixo
11 è Definições
Capítulo 1 - Teoria13 è Teoria Musical
24 è Tabelas de Intervalos
Capítulo 2 - Leitura25 è Leitura Rítmica Faixa 2
27 è Exercícios de Leitura Faixa 3
Capítulo 3 - Exercícios 29 è Digitações Faixa 4
30 è Exercícios de coordenação Faixa 5
31 è Exercícios de Técnica nº 1 e 2 Faixas 6 e 7
32 è Exercícios de ligaduras Faixa 8
33 è Exercícios de aberturas Faixa 9
Capítulo 4 - Escalas/Modos/Arpejos34 è Escalas / Modos
35 è Escala Maior (Modo Jônio) Faixa 10
36 è Escala Menor (Modo Eólio) Faixa 11
37 è Escala Maior e Menor em duas oitavas Faixa 12
37 è Exercício técnico para mão direita Faixa 13
38 è Escalas Pentatônicas Faixa 14
40 è Padrão em Tercinas Faixa 15
41 è Padrão em Semicolcheias Faixa 16
42 è Tríades Faixa 17
Capítulo 5 - Técnicas43 è Introdução ao Slap Faixas 19 e 20
45 è Introdução ao Tapping Faixas 21 e 22
Capítulo 6 - Grooves47 è Blues Faixa 23
48 è Funk Faixa 24
19 è Rock Faixa 25
50 è Rock Shuffle Faixa 26
51 è Nomenclatura
índice
Obs. è As faixas de áudios não estão presentes em todos os exercícios, apenas onde o autor julgou necessário.
Ronaldo Lobo
Básico I 5
1 - Cabeça ou Headstock
2 - Tarraxa
3 - Pestana
4 - Tensor
5 - Escala
6 - Braço
7 - Traste
8 - Pino da correia
9 - Cordas
10 - Captadores
11 - Knobs
12 - Ponte
13 - Pino da correia
14 - Jack - entrada do plugue
15 - Corpo
[1]
[5]
[4]
[11][13] [14]
[15]
[12]
[9]
[10]
[6]
[2]
[7]
[8]
[3]
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casa 9
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Notas no braço
Ronaldo Lobo - INTRODUÇÃO
Básico I 6
Postura
[1]
A postura do instrumento musical em relação ao corpo e a postura do corpo são muito
importantes. Uma postura inadequada pode levar a vários problemas relacionados à
coluna cervical (tendões, músculos, etc). Além de comprometer o desempenho esperado.
O ideal é manter a coluna ereta o tempo todo e fazer o uso de uma correia (de preferência larga
para melhor distribuir o peso nas costas). Além disso, é importante deixar o instrumento na
diagonal, com a parte do corpo (mão direita) para baixo, onde a tensão será menor, pois o braço
direito não estará tão dobrado. A parte do braço (mão esquerda) para cima e mais próxima do
rosto, facilitando a visão do braço e a posição da mão esquerda.
(Principalmente no Pizzicato, nas outras técnicas a postura pode variar um pouco). [1]
Durante o tempo que estamos estudando costumamos ficar sentados, mas nos ensaios e shows
permanecemos em pé, mudando muito a posição do instrumento em relação ao corpo. Essa
mudança traz problemas de execução (principalmente na parte técnica) para a maioria dos
baixistas. Por isso considero muito importante o uso da correia também quando estamos sentados
estudando. Assim, procure manter a mesma posição do instrumento estando sentado ou em pé.
[2] [3 - veja a seguir]
Ronaldo Lobo - INTRODUÇÃO
Básico I 7
[2] [3]
“Coincidentemente” esta postura que considero ideal para se tocar o baixo, é muito próxima da
posição usada pelos violonistas clássicos.
A postura do instrumento é algo muito pessoal. Cada pessoa deve procurar a mais adequada. Mas,
lembre-se: nem sempre a postura mais confortável é a melhor posição para seu corpo, por isso
leve em consideração essas dicas.
Obs. è É aconselhável alongar e aquecer as mãos e os braços (músculos, tendões, etc) por meio de alguns exercícios, seja antes de estudar, ensaiar, shows, enfim. O aquecimento pode ser feito com exercícios técnicos, sempre iniciando-os lentamente. Visando assim, preservar os músculos, tendões etc.
Ronaldo Lobo - INTRODUÇÃO
Básico I 8
Posição das Mãos e Abafamento
Mão direita (Pizzicato)
Procure manter a mão direita curvada. O polegar pode ser apoiado no corpo do baixo, no captador
ou na corda mais grave (o que já ajuda no abafamento) quando for tocar as demais cordas.
O local mais indicado para se tocar as cordas seria próximo a ponte onde você terá uma melhor
definição do som.
Evite apoiar o antebraço no corpo do baixo, o apoio fica
mesmo no polegar.
O pizzicato pode ser tocado com dois dedos (mão direita),
dedo n.º 1 = i = indicador e
dedo n.º 2 = m = médio. Alguns baixistas usam três dedos,
acrescentando o dedo anelar.
O movimento para se tocar as cordas é pincelado, evitando
puxar as cordas (isso no pizzicato). [4]
Mão esquerda
O polegar fica apoiado na parte de trás do braço do baixo.
Procure manter a mão curvada (para os dedos ficarem na
mesma altura) e os dedos na vertical. [5]
O local onde se coloca os dedos dentro das casas para se
prender as cordas, dando assim a nota desejada, deve ser
bem próximo ao traste. Assim você fará menos pressão e evita
trastejamento. Não deve ser em cima do traste, pois abafará a nota. [6] [6b]
[4]
[5]
[6] [6b]
Ronaldo Lobo - INTRODUÇÃO
Básico I 9
Abafamento
O abafamento é muito importante no baixo, pois evita vários tipos de “ruídos”. Deve ser aplicado
para todas as técnicas, usando as duas mãos.
Mão direita (Pizzicato)
O abafamento pode ser conseguido de várias formas. Uma delas é usar o polegar na vertical
encostando nas cordas. Nesta técnica você perde o apoio do polegar. A outra maneira é apoiar os
dedos nas cordas, começando com o polegar na corda mais grave, depois o dedo mínimo na corda
que segue e o dedo anelar na próxima corda. Deixando os dedos médio e indicador livres. [7]
Mão esquerda
A mão esquerda é o complemento, ajudando a mão direita a abafar principalmente as cordas
agudas. O dedo indicador ajuda muito, usado
na posição de pestana, tocando a nota com
a ponta do dedo e apenas encostado nas
demais. Os outros dedos e também o próprio
indicador auxiliam no abafamento. Quando
não estiverem sendo usados para tocar as
notas, podem ficar encostados nas cordas. [8]
[7]
[8]
Ronaldo Lobo - INTRODUÇÃO
Básico I 10
Como trocar as cordas do seu contrabaixo
Talvez as pessoas pensem que para trocar as cordas de seu baixo, basta tirar as cordas velhas e
colocar as novas no lugar e pronto.
É, não é bem assim. Para o melhor aproveitamento de suas cordas, de seu timbre, durabilidade e
outros fatores que iremos abordar aqui, existe um “ritual”, que devemos seguir para a troca das
cordas de nosso precioso instrumento.
Aqui vão algumas dicas:
1º Passo
Nunca retire todas as cordas do baixo de uma
só vez, lembre-se que a tensão promovida pelas
cordas é muito alta, além disso, o tensor tem a
finalidade de compensar essa tensão. Então se
você retirar todas as cordas o tensor continuará
puxando o braço do instrumento, só que desta
vez sem as cordas, podendo danificar o
braço. Mesmo porque, para retirar todas
as cordas seria necessário soltar o tensor
também, o que é aconselhável que um
profissional o faça.
O ideal, então, é você retirar uma corda
por vez, colocar a nova corda e afiná-la,
só então, troque a próxima e assim por
diante. [9]
2º Passo
Tome cuidado quando for enrolar as
cordas nas tarraxas, corte o excesso da corda com um alicate, deixando, aproximadamente, duas
ou três voltas, enroladas na tarraxa, evitando que a corda enrole uma em cima da outra, (pois isso
poderia comprometer a estabilização da afinação). [10]
Antes de prender definitivamente a corda na ponte, deixe uns três dedos para fora e depois
comece a enrolar a mesma na tarraxa, assim você evita que a corda seja enrolada torcida,
prejudicando a sua vibração. [11 - veja a seguir]
[9]
[10]
Ronaldo Lobo - INTRODUÇÃO
Básico I 11
3º Passo
Nunca passe da afinação pela qual a corda
foi projetada, para ser esticada no seu
máximo. Exemplo à corda Lá foi projetada
para (quando tocada solta) produzir 55
hertz, se você passar muito disto (esticar
mais que o necessário) a corda estará mais
suscetível a quebrar.
4º Passo
Cada tipo de encordoamento e marca, variam muito a tensão, é aconselhável você usar um jogo
de cordas sempre do mesmo calibre (exemplo: 0-40 - calibre da corda Sol) e da mesma marca,
pois a tensão de cordas do mesmo calibre de marcas diferentes, tem tensões diferentes. Se for
necessário mudar de calibre ou de marca, leve a um luthier para ajustar o tensor para o novo jogo
de cordas.
Mito è Nunca desafine as cordas do baixo (soltando todas as cordas) para “guardar” o instrumento. Algumas pessoas faziam isto acreditando que estariam preservando o braço do baixo, mas na verdade o estavam prejudicando.
Definições
Ponto de aumento
é um ponto que se escreve a direita da nota para aumentar metade de seu valor.
Duplo ponto de aumento
são dois pontos que se escreve a direita da nota para aumentar ¾ do seu valor.
Ponto de diminuição (staccato)
é um ponto que se escreve em cima ou abaixo da nota para diminuir metade de seu valor.
Fermata
é um sinal que se escreve sobre a nota ou a pausa para sustentá-la por um tempo que corresponde
aproximadamente o dobro de seu valor.
Ligadura
é uma linha curva que une duas notas da mesma altura, somando as suas durações. (ligadura de
duração)
Valor simples
é a nota sem ponto de aumento.
[11]