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DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Celso Spitzcovsky 1) Nação básica e reflexos A única finalidade que a administração pode perseguir quando atua é o interesse da coletividade (interesse público primário ). A administração não atua em nome próprio, pois a finalidade desta é interesse da coletividade, diferente do particular que pode atuar em nome próprio, por isso as regras para um e para outro são diferentes. A base disso é o artigo 1º da CF, quando diz República (res pública) o Brasil é uma coisa pública, e o titular do poder dessa res é o povo. Nós colocamos o administrador para nos atuar apenas para nos representar. Toda vez que a administração se afastar dessa finalidade única, incidirá em desvio de finalidade. E este ato poderá ser apreciado pelo judiciário, porque é o único que o controle que o judiciário pode fazer da administração, que é o controle de legalidade dos atos da administração. Isso em homenagem ao princípio da separação dos poderes. Por força destes interesses que a administração representa é que ela recebe do ordenamento jurídico prerrogativas e obrigações, que não se estende aos particulares. Para preservar os interesses da coletividade a administração apresenta como prerrogativa a possibilidade dela executar sozinha seus próprios atos, de não ter necessidade de ter autorização judicial (auto-executoriedade, que é um atributo do ato administrativo). Já o particular não pode fazer isso. Por outro lado, a administração não pode contratar quem quiser, diferente do particular. Ao conjunto dessas prerrogativas e obrigações que o ordenamento jurídico confere a administração se dá o nome de regime jurídico da administração . 2) Princípios da administração pública a. Localização : art. 37, caput. LIMPE (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência). b. Natureza : meramente exemplificada, trata-se de um elenco mínimo que comporta ampliação. Outros: motivação, supremacia do interesse público sobre o particular, razoabilidade, segurança das relações jurídicas, boa-fé objetiva... c. Destinatários desses princípios : administração direta e indireta poderes da União , Estado , DF e município . i. Administração direta : encontramos ÓRGÃOS (sem personalidade jurídica, não são pessoas, portanto, não são sujeitos de direitos e obrigações, são centros de competência), em regra os órgãos não tem capacidade processual (para promover ou sofrer medidas judicias). Assim, quem responde pelos danos que eles causarem a terceiros? A esfera de governo onde eles se encontraram terá obrigação perante terceiros. Exemplos: 1. Esfera federal : Ministérios. 2. Esferas estadual e municipal : Secretarias. 3. Esfera municipal : Subprefeituras ou administrações regionais. Exemplos de órgãos que integram a administração pública, mas tem capacidade processual : personalidade jurídica do Ministério Público? Ele não tem personalidade jurídica, pois integra a administração pública direta,

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  • DIREITO ADMINISTRATIVOProf. Celso Spitzcovsky

    1) Nao bsica e reflexosA nica finalidade que a administrao pode perseguir quando atua o interesse dacoletividade (interesse pblico primrio). A administrao no atua em nomeprprio, pois a finalidade desta interesse da coletividade, diferente do particularque pode atuar em nome prprio, por isso as regras para um e para outro sodiferentes. A base disso o artigo 1 da CF, quando diz Repblica (res pblica) oBrasil uma coisa pblica, e o titular do poder dessa res o povo. Ns colocamos oadministrador para nos atuar apenas para nos representar. Toda vez que aadministrao se afastar dessa finalidade nica, incidir em desvio de finalidade. Eeste ato poder ser apreciado pelo judicirio, porque o nico que o controle que ojudicirio pode fazer da administrao, que o controle de legalidade dos atos daadministrao. Isso em homenagem ao princpio da separao dos poderes. Porfora destes interesses que a administrao representa que ela recebe doordenamento jurdico prerrogativas e obrigaes, que no se estende aosparticulares. Para preservar os interesses da coletividade a administrao apresentacomo prerrogativa a possibilidade dela executar sozinha seus prprios atos, de noter necessidade de ter autorizao judicial (auto-executoriedade, que um atributodo ato administrativo). J o particular no pode fazer isso. Por outro lado, aadministrao no pode contratar quem quiser, diferente do particular. Aoconjunto dessas prerrogativas e obrigaes que o ordenamento jurdicoconfere a administrao se d o nome de regime jurdico da administrao.

    2) Princpios da administrao pblicaa. Localizao: art. 37, caput. LIMPE (legalidade, impessoalidade,

    moralidade, publicidade e eficincia).

    b. Natureza: meramente exemplificada, trata-se de um elenco mnimoque comporta ampliao. Outros: motivao, supremacia do interessepblico sobre o particular, razoabilidade, segurana das relaesjurdicas, boa-f objetiva...

    c. Destinatrios desses princpios: administrao direta e indiretapoderes da Unio, Estado, DF e municpio.

    i. Administrao direta: encontramos RGOS (sempersonalidade jurdica, no so pessoas, portanto, no sosujeitos de direitos e obrigaes, so centros decompetncia), em regra os rgos no tem capacidadeprocessual (para promover ou sofrer medidas judicias).Assim, quem responde pelos danos que eles causarem aterceiros? A esfera de governo onde eles se encontraram terobrigao perante terceiros. Exemplos:

    1. Esfera federal: Ministrios.

    2. Esferas estadual e municipal: Secretarias.

    3. Esfera municipal: Subprefeituras ou administraesregionais.

    Exemplos de rgos que integram a administrao pblica, mas tem capacidadeprocessual: personalidade jurdica do Ministrio Pblico? Ele no tempersonalidade jurdica, pois integra a administrao pblica direta,

    Reflexo

  • excepcionalmente ele tem capacidade processual. Assim, como a defensoriapblica, excepcional a cmera dos vereadores a assembleia legislativa.

    i. Administrao indireta: so PESSOAS e tem personalidadejurdica e so sujeitos de direito e obrigaes. Tendocapacidade para estar em juzo. Ou para propor ou parasofrer medidas judiciais. Exemplos:

    1. Autarquias

    a. Agncias reguladoras e Associaes pblicas,que so espcies do gnero, autarquias.

    2. Fundaes

    3. Empresas pblicas

    4. Sociedades de economia mista

    ESPCIES DE PRINCPIOS1) Legalidade: o particular pode fazer tudo que a lei no probe, ele no

    depende da existncia de lei anterior para poder editar seus atos, afinal decontas o particular atua em nome prprio, preservando seus prpriosinteresses, seu prprio patrimnio. A administrao s poder fazer oque a lei expressamente determina. De modo que, para a administraoeditar seus atos, necessria uma lei anterior disciplinando a matria. Poisa administrao representa a coletividade. A administrao sub lege.

    Exemplo: O que est no edital da carreira pleiteada tem que estar previsto na leique disciplina a carreira. O edital um simples ato administrativo, de modo que oedital no pode inovar em relao a lei. Assim se o ato invlido posso ir nojudicirio que far o controle de legalidade. Exigncia dos trs anos (EC 45prescreveu s para o MP e magistratura), de modo que se o edital repetiu a lei, masa lei est em descompasso na CF, a exigncia inconstitucional. Com base no art.37, II, CF a exigncia s ser vlida se tiver base em lei. Art. 5, XIII, livre oexerccio de qualquer trabalho, atendidas as qualificaes profissionais previstas emlei. O edital inovou, e administrao s faz o que a lei expressamente determina.

    2) Impessoalidade: a administrao est obrigada a manter uma posio deneutralidade em relao aos administrados, s promovendodiscriminaes que se justifiquem para a preservao dos interessesda coletividade. A administrao no pode nem privilegiar nem prejudicarningum a no ser para preservao dos interesses da coletividade.

    Exemplos: impessoalidade para contratar pessoas, ser concurso. Impessoalidadepara contratar servios, pois a regra abertura de licitao. Impessoalidade parapagamento de credores (deve respeitar a ordem cronolgica dos precatrios), aquientra a exceo, como os precatrios alimentares.

    3) Moralidade: se moralidade princpio constitucional, ato imoral atoinconstitucional. Assim, atos imorais podero ser levados a apreciao dopoder judicirio (que s faz controle de legalidade da administrao). umamoralidade intimamente ligada ao interesse pblico. O ato imoral aqueleque no preserva o interesse pblico. Existe uma espcie qualificada deimoralidade, qual seja:

    a. Improbidade administrativa: sinnimo de desonestidadeadministrativa. Por trs da desonestidade est o dolo, que elemento comum da improbidade. Hipteses configuradoras das

    Teoria do rgo: atribui a responsabilidade a esfera de governo onde ele se encontra.Excees: MP e DEFENSORIAL ainda q seja um rgo, sem personalidade, tem capacidade para estar em juzo.

    Estado de direito - resolve se pela lei e no pela fora

    Sumula 686

    Qdo o fator de discriminado NO estiver de acordo com o objetivo a ser alcanado a discriminao ser invlida, e quem for atingida - judicirio.

    Sumula 683

    37,1 - parte final. Impessoalidade.

  • hipteses de improbidade (o critrio foi a gravidade do ato) - LEI N8.429, DE 2 DE JUNHO DE 1992. uma espcie qualificada demoralidade.

    (Art. 13) declarao de bens: objetivo saber quais os patrimnios que uma pessoatinha quando ingressou na administrao, ademais, ano a ano a declaraotem que ser repetida, com esses elementos na mo. No momento do registro dacandidatura (que ocorre at o dia 5 de julho do ano das eleies)(Art. 9) Dos Atos de Improbidade Administrativa que Importam EnriquecimentoIlcito. Para que este ato se materializa-se, necessrio um enriquecimentoilcito (est por trs o dolo) que resulte de um cargo, emprego, funo oumandato dentro da administrao. O elenco do art. 9 meramenteexemplificativo, como: Receber vantagem econmica para si ou para outrem. Uso de equipamentos pblicos para fins particulares. Ministro de Estado usa

    uma aeronave oficial para passar o fim de semana em Fernando de Noronha.(Art. 10) tem que dano aos cofres pblicos e dolo. O dolo continua sendoelemento comum aos atos (mesmo com esse artigo dizendo tem modalidadeculposa). Alienao de bens pblicos abaixo dos valores de mercado. Aquisio de bens de terceiros acima dos valores de mercado.

    (Art. 11) atos de improbidade que agridem princpios da administrao. Opressuposto para que esse ato se materialize o dolo. Exemplos: Contratar sem concurso, quando a lei exigia que ele fosse realizado. Fornecimento de informaes privilegiadas para terceiros.

    Aes que podem ser utilizadas para combater atos dessa natureza; quaisso as aes previstas no nosso ordenamento jurdico voltadas a combateros atos de improbidade administrativa:

    AO POPULAR AO CIVIL PBLICASujeitoativo

    Art. 5 LXXIII cidado o nacionalde um Estado que se encontra nopleno exerccios dos direitos polticos(capacidade para votar e ser votado).Nem todo nacional cidado. Todocidado nacional. S pessoa fsica tem

    legitimidade para propor.De modo que estrangeiro est fora. OMP (rgo que integra a adm. direta)no pode propor ao popular, pois s o cidado. Propor a ao o MPno tem legitimidade, masassumir o lugar do autor popularno curso da ao quando eledesistir dela, se o ato deimprobidade tiver configurado emesmo com edital ningumassumir o lugar do autor popular oMP tem a obrigao de fazer (Lei4.717/65 art. 6 c/c 9 - Art. 9 Se o autordesistir da ao ou der motiva absolvio da instncia, sero publicadoseditais nos prazos e condies previstos no art. 7, inciso II, ficandoassegurado a qualquer cidado, bem como ao representante do MinistrioPblico, dentro do prazo de 90 (noventa) dias da ltima publicao feita,

    Art. 129, III diz que a legitimidade doMinistrio Pblico. MP um rgo queexcepcionalmente tem capacidade jurdica. Atpor fora da posio que ele se encontra no nossoordenamento jurdica, ou seja, representante dosinteresses da coletividade.Art. 129 1 - A legitimao do MinistrioPblico para as aes civis previstas neste artigono impede a de terceiros, nas mesmashipteses, segundo o disposto nesta Constituioe na lei.Assim essa legitimidade no privativa, desdeque tenham previso legal.Desse modo, qual a lei que amplia os legitimadospara essa ao (art. 5 Lei 7.347/85). Alm doMP e defensoria esto legitimidades Unio,Estados, Municpios, DF, autarquia,fundaes, empresas pblicas e sociedadede economias mistas. A lei tambm legitima asassociaes a promoverem ACP, mas desde queestejam legalmente constituda, emfuncionamento a pelo menos 1 ano, edemonstrem a existncia de pertinncia

    Hipteses configuradoras de improbidade

    Rol exemplificativo. Atos e omisses

    Iniciativa privada

  • promover o prosseguimento da ao.). Nas outrasgarantias o individuo vai a juzo emnome prprio. Aqui o indivduo vai ajuzo para defender os interesses dacoletividade. para muitos a aopopular aparece como um caso desubstituio popular.

    temtica (tem que ter uma estreita ligao entreseu objeto social e a natureza do ato combatido ex. SOS Mata Atlntica objeto preservaoambiental) entre os seus estatutos e o ato deimprobidade que est sendo combatido.

    Sujeitopassivo

    Pessoa fsica que praticou oato de improbidade.

    Terceiros que se beneficiaramdo ato. Ningum pode selocupletar custa dopatrimnio pblico.

    Pessoa jurdica que com elese prejudicou. A PJ jurdica aoinvs de contestar a inicial elapoder dar razo ao autorpopular, saindo do polo passivoe indo para o polo ativo daao, ao lado dele. Exemplo:particular A se candidata aprefeito, concorrendo com B,que tenta a reeleio. A entracontra o Muncipio (PJ),Prefeito A (PF) e empreiteira(terceiro) por improbidade.Depois A ganha, e a PJconcorda com a ao popular.

    Lei n. 8429/1992Art. 2 Reputa-se agente pblico [todas as pessoas que seencontram dentro da administrao no importa a que tipo], paraos efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda quetransitoriamente ou sem remunerao, por eleio, nomeao,designao, contratao ou qualquer outra forma de investidura ouvnculo, mandato, cargo, emprego ou funo nas entidadesmencionadas no artigo anterior.O objetivo do legislador por pegar qualquer pessoa que esteja naadministrao se processada pela prtica de improbidade.Art. 3 As disposies desta lei so aplicveis, no que couber,quele que, mesmo no sendo agente pblico, induza ouconcorra para a prtica do ato de improbidade ou dele se beneficiesob qualquer forma direta ou indireta.CF - Art. 37 - 6 - As pessoas jurdicas de direito pblico eas de direito privado prestadoras de servios pblicosrespondero pelos danos que seus agentes*, nessaqualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito deregresso contra o responsvel nos casos de dolo ou culpa.

    Portanto, no plo passivo: Agentes pblicos Aqueles que no sendo agentes (fora da

    administrao) tenham contribudopara que o ato ocorresse ou deletenham se beneficiado.

    *AGENTES PBLICOS envolvem: Agentes polticos: so os agentes pblicos que no mantem com o Estado

    um vnculo de natureza profissional. Eles no titularizam nem cargos nememprego, mas, to somente, mandatos, que podem ser eletivos ou no.Exemplos: Presidente, Governadores e Prefeitos, Parlamentares (eletivos).Ministros, Secretrios (no eletivos).

    Servidores pblicos: so os agentes pblicos que mantem com o Estadoum vnculo de natureza profissional. Funcionrios pblicos: so os servidores pblicos que titularizam

    cargos pblicos. Submetendo-se, portanto, ao regime profissionalestatutrio, em regra. Em regra entra por concurso (comisso) e nomeado a cargo temporrio ou efetivo.

    Empregados pblicos: so servidores pblicos que titularizamempregos pblicos. Submetendo-se, portanto, ao regime profissionalceletista. Existe a necessidade para a aprovao por concurso, nostermos:Art. 37 - II - a investidura em cargo ou emprego pblico depende de aprovaoprvia em concurso pblico de provas ou de provas e ttulos, de acordo com anatureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei,ressalvadas as nomeaes para cargo em comisso declarado em lei de livrenomeao e exonerao.

    Diferenas entre o empregado pblico e particular:

    No pode exceder subsdio mensal dos ministros STF.

  • No pode ser demitido sem justa causa. Na Justia doTrabalho existe uma diviso, alguns entendem que possvele outros entendem que no. Tem at uma OJ/TST n. 247 queautoriza demisses sem motivao de empresas pblicas e emsociedades de economia mista, com exceo dosCorreios-EBCT. Aguarda-se que o STF analise o mrito de umRE, para ver se pode ou no.

    Temporrios: so os servidores pblicos contratos por prazodeterminado para o exerccio de funes para fazer frente asituaes de excepcional interesse pblico. CF Art. 37 - IX - a leiestabelecer os casos de contratao por tempo determinado para atender anecessidade temporria de excepcional interesse pblico (grosso modo, sosituaes anormais, imprevisveis em que o poder pblico precisa contratar,mas ano tem tempo hbil para faz-lo por intermdio de concurso). Ex.municpio da regio serrana do Rio, gente isolada, gente doente por guacontaminada, precisa de mdicos. Mas no existe tempo hbil para concurso.

    Particulares em colaborao com o Estado: so os agentes pblicos queno integram a estrutura do Estado, mas com ele colaboram voluntria oucompulsoriamente. Ex: jurado, quem presta servio militar obrigatrio,notrios ( um particular que exerce uma funo pblica por delegao, noconfundir com os funcionrios do cartrio) e mesrio em eleio.

    Passando assim as coisas, o art. 37 diz agentes pblicos, quando a lei lanamo dessa expresso, tem a inteno de permitir que qualquer pessoa queesteja dentro da administrao, no importa a que ttulo, possa serprocessada pela prtica de atos de improbidade. Exemplos do uso desses conceitos e dessas expresses diferenciadas

    Responsabilidade. Art. 37 6 - As pessoas jurdicas de direitopblico e as de direito privado prestadoras de servios pblicosrespondero pelos danos que seus agentes, nessa qualidade,causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra oresponsvel nos casos de dolo ou culpa.

    Regras de aposentadorias incidem sobre servidores. Art. 40.Aos servidores titulares de cargos efetivos da Unio, dosEstados, do Distrito Federal e dos Municpios, includas suasautarquias e fundaes, assegurado regime de previdncia decarter contributivo e solidrio, mediante contribuio do respectivoente pblico, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,observados critrios que preservem o equilbrio financeiro e atuarial eo disposto neste artigo. Aposentadoria aos 70 compulsria paraos servidores, o parlamentar agente poltico, assim como otitular de cartrio (que desde 2006 o STF pacificou o entendimentoque ele particular em colaborao com o Estado).

    Destarte, todos os agentes pblicos podem ser processados por atos deimprobidade, assim todos que esto dentro da administrao podero serprocessados por ato de improbidade. Mas por qual lei? Na RCL 2138/2007 o STF, por 6 a 5, decidiu que

    qualquer agente pblico pode ser processado por ato de improbidade. Emregra os agentes pblicos sero processados por ato de improbidade pelasregras da lei 8429/92. Porm o STF entendeu que os agentes polticos,ainda que possam ser processados por ato de improbidade no seropela lei 8429/92. Pois, pelo Art. 85, quando presidente da repblica

    Tst 390 - empregado pblico dos rgos das adm direta, autarquia e fundaes.

    Funo. Ex. Chefe, corregedor.

  • pratica um ato de improbidade administrativa o presidente comete um crimede responsabilidade (que de natureza poltica) e este dever ser regido poruma lei especfica, que a Lei 1079/50. Foi essa lei que julgou a Collor. Sea CF fez essa previso para o presidente da repblica esta previso seriaestendida para o demais agentes polticos, assim estes por ato deimprobidade que cometerem se submetem ao regime jurdico da lei1079/50. Desse modo, pelo cometimento de um ato de improbidade,quaisquer agentes pblicos, menos os agentes polticos o caminho oapontando pela lei 8429/92. Se for agente poltico ser 1079/50 e odecreto 201 para prefeitos, na rea municipal.E a competncia? Por serem agente polticos esto sujeitos a lei especficae tero foro privilegiado.A CF atribui uma funo atpica (julgar) ao legislativo: Art. 52. Competeprivativamente ao Senado Federal: I - processar e julgar o Presidente e oVice-Presidente da Repblica nos crimes de responsabilidade, bem comoos Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e daAeronutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles;Por que o Senado julga? Porque crime de responsabilidade um crime denatureza poltica, enquanto os demais agentes pblicos sero julgadospelo judicirio quando praticarem ato de improbidade, este agentes polticos(presidente e vice) sero julgados pelo Senado Federal.Compete ao STF, processar e julgar originariamente: Art. 102, I, c) nasinfraes penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Ministros deEstado e os Comandantes da Marinha, do Exrcito e da Aeronutica,ressalvado o disposto no art. 52, I, os membros dos Tribunais Superiores, osdo Tribunal de Contas da Unio e os chefes de misso diplomtica de carterpermanente;Concluindo a STF decidiu na RCL 2138/2007 o seguinte: Ao julgar aReclamao 2138 (Informativo STF n 471) o Plenrio do Supremo TribunalFederal em deciso por maioria de votos, explicitou que os agentes polticos,por serem regidos por normas especiais de responsabilidade, inscritas no art.102, I, 'c', da Constituio da Repblica de 1988, regulado pela Lei1.079/50, no respondem por improbidade administrativa com base no art.37, 4, da CR/88, regulado pela Lei 8.429/92, mas apenas por crime deresponsabilidade perante o STF.

    1) Tem regime diferenciado lei diferenciada.2) Tambm so dotados de foro privilegiado

    a. Senadob. STF

    Demais agentes, pela lei 8429/92 e sem foro.Problema: A Lei 1079/50 no incide no bolso do parlamentar. Porm oSTF disse que RCL 2138/2007 no tem efeito vinculante, devendo omagistrado olhar caso a caso.

    E juzes e promotores? Onde se encaixa entre os agentes pblicos.Seriam funcionrios pblicos? No d pelas diferenas entre eles, quaissejam: Funcionrios pblicos estgio probatrio 3 anos se aprovados

    ao termino do estgio vo conquistar estabilidade que os assegura noservio, e no no cargo. Existe hierarquia e subordinao e o regime estatutrio.

    Juzes e promotores estgio probatrio 2 anos se aprovados aotermino do estgio vo conquistar a vitaliciedade ( uma garantiaque assegura no cargo e no no servio). No tem hierarquia esubordinao. O regime profissional especial e oferecido pelas leisorgnicas.E a, como que fica? Duas posies.

    Agente poltico, no responde pela lei 8429/92 (improbidade).Pois respondem pela 1079/50 (crime de responsabilidade). Seno bis in idem Quem so:- presidente- ministros- governadores- secretriosPrefeito responde improbidade, pois no est no rol.

  • 1) Hely Lopes Meirelles: enquadra os juzes entre os agentespolticos. Pois eles seriam uma fora superior do Estado. Mas uma posio isolada.

    2) Jos dos Santos Carvalho Filho: eles so servidores pblicosde regime especial. (POSIO ADOTADA PELA MAIORIA)

    SANES EM FACE DOS ATOS DE IMPROBIDADEArt. 37 4 - Os atos de improbidade administrativa importaro, na forma egradao previstas em lei, sem prejuzo da ao penal cabvel, a suspenso dos direitos polticos, a perda da funo pblica, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao errio,

    As sanes podero incidir de forma isolada ou cumulativa. Para que essassanes possam incidir exigi-se, em regra, o transito em julgado de umasentena o que pressupe o oferecimento do contraditrio e ampla defesa para osacusados. em regra, pois temos uma exceo, pois a indisponibilidade dosbens uma medida cautelar que pode ser aplicada em qualquer momento,quando se percebe que existem indcios de que o ru est promovendo umadilapidao no seu patrimnio. Esta situao est prevista no art. 7 da Lei8429/1992: Quando o ato de improbidade causar leso ao patrimnio pblico ou ensejarenriquecimento ilcito, caber a autoridade administrativa responsvel pelo inqurito representarao Ministrio Pblico, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. Pargrafo nico. Aindisponibilidade a que se refere o caput deste artigo recair sobre bens que assegurem ointegral ressarcimento do dano, ou sobre o acrscimo patrimonial resultante do enriquecimentoilcito. Se o ru tem um patrimnio de um milho e na ao esto cobrando 100 mil, obviamentea indisponibilidade s poder recair sobre 100 mil, pois o objetivo de garantir uma futuraexecuo. Uma futura condenao poder ser repassada para o herdeiros, mas claro, noslimites da herana: Art. 8 O sucessor daquele que causar leso ao patrimnio pblico ou seenriquecer ilicitamente est sujeito s cominaes desta lei at o limite do valor da herana.A intensidade das sanes est prevista no artigo 12 da Lei de Improbidade. O critrioutilizado pelo legislador para gradao foi a gravidade do ato. De modo que ele graduou essaintensidade de trs formas:

    Suspensodos direitospolticos

    Multa Prazo que os condenadosno podero contratar com aadministrao ou dela receberqualquer tipo de benefcio

    Art. 9E n r i q u e c i m e n t oIlcito

    8 10 anos At 3 vezes ovalor doenriquecimento

    10 anos

    Art. 10Causam Prejuzo aoErrio

    5 8 anos At 2 vezes odano causado

    5 anos

    Art. 11Atentam Contra osPrincpios daA d m i n i s t r a oPblica

    3 5 anos At 100 vezes ovalor daremuneraodo agente

    3 anos

    Note-se nas duas primeiras colunas que o legislador ofereceu uma margem deliberdade ao magistrado. Ainda mais, no art. 12 diz o seguinte, que o juiz dever,no momento de fixao das penas, levar em conta a extenso do dano causado eo proveito patrimonial obtido pelo agente.Art. 12 Pargrafo nico. Na fixao das penas previstas nesta lei o juiz levar [O JUIZ DEVEVER ESTES DOIS ITENS] em conta a extenso do dano causado, assim como o proveitopatrimonial obtido pelo agente.Esta previso no art. 12 pargrafo nico que compatibilizada com Art. 5 XLVI daCF (individualizao da pena). Lei estabelece ao juiz a possibilidade dele dosar a

  • pena, e individualizar a pena. Por meio dos dois itens o juiz vai dosar a intensidade(dosimetria da pena).PRESCRIO EM MATRIA DE ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVAArt. 23. As aes destinadas a levar a efeitos as sanes previstas nesta lei podem serpropostas:I - at cinco anos aps o trmino do exerccio de mandato, de cargo em comisso ou defuno de confiana;II - dentro do prazo prescricional previsto em lei especfica para faltas disciplinares punveiscom demisso a bem do servio pblico, nos casos de exerccio de cargo efetivo ou emprego.[A Lei 8112/90 tambm prescreve em cinco anos. Contado a partir de que oagente deixa os quadros].

    4) Publicidade: obrigao atribuda administrao pblica de mantertransparncia em relao a todos os seus atos e a todas as informaesarmazenadas nos seus bancos de dados.

    a. Art. 5, XXXIII: todos tm o direito de obter dos rgos pblicosinformaes de interesse particular, coletivo ou geral, no prazo da lei.XXXIII - todos tm direito a receber dos rgos pblicos informaes de seuinteresse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que sero prestadas noprazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigiloseja imprescindvel segurana da sociedade e do Estado;

    A garantia Constitucional a ser utilizada fica na direta dependncia danatureza da informao solicitada. Nesse sentido, se a informaosolicitada por de natureza

    i. Personalizada, a respeito do autor do pedido. Ex. euquero saber o que existe a meu respeito no banco de dados daadministrao aqui habeas data (art. 5 LXX)

    ii. No for personalizada. Ser mandado de segurana(art. 5 LXIX com base no XXXIII). O MS tem carter residualao habeas data e ao habeas corpus.

    Art. 37 1 da CF (mescla do princpio da publicidade com o daimpessoalidade) - A publicidade dos atos, programas, obras, servios ecampanhas dos rgos pblicos dever ter carter educativo, informativo ou deorientao social, dela no podendo constar nomes, smbolos ou imagens quecaracterizem promoo pessoal de autoridades ou servidores pblicos.

    5) Eficincia: obrigao atribuda ao poder pblico de manter ou ampliar aqualidade dos seus servios com economia de gastos.

    a. Eficincia para ingressar na administrao uma vez que a regra geralexige a aprovao em concursos.

    b. Eficincia para passar pelo estgio probatrio, pois no d paraapurar durante o concurso a assiduidade, produtividade,disciplina, respeito a hierarquia.

    c. Eficincia para adquirir estabilidade. A aquisio da estabilidade no automtica. Art. 41, 4, CF - Como condio para a aquisio da

    12.527/11 - transparncia

    Existem 3 garantias do direito lquido e certo.HC HD (especficos)MS (demais)

  • estabilidade, obrigatria a avaliao especial de desempenho por comissoinstituda para essa finalidade.

    d. Eficincia para que o servidor estvel no perder o cargo. paraevitar a acomodao do servidor. Art. 41 1 III - medianteprocedimento de avaliao peridica de desempenho, na formade lei complementar, assegurada ampla defesa. Note-se que umanorma de eficcia limita, dependendo de norma posterior. Demodo que so disposies que esto na constituio. Spodendo produzir seus efeitos aps a edio de leicomplementar. O que ainda no ocorreu.

    e. Art. 37, XII. No teto est includa todas as vantagens recebidas peloservidor, tendo elas a natureza que tiverem (no s salrio).

    PODERES DA ADMINISTRAO: Uso para preservar os interesses pblico, dentroda lei, se ultrapassada essa barreira, estaremos diante de figuras como o abuso depoder, desvio de finalidade.

    1) Vinculado: aquele em que o administrador se encontra totalmente presoao enunciado da lei. No existindo espao para um juzo de valores, deconvenincia e oportunidade. Quando se fala em poder vinculado oadministrador se encontra diante de situaes de comportam soluo nica,previamente definida por lei. Ex. pedido de aposentadoria compulsriapelo servidor

    2) Discricionrio: o administrador est preso ao enunciado da lei, porm nototalmente, existindo espao para que se faa um juzo de valores, deconvenincia e oportunidade. Aqui tem diversas solues possveis, podendooptar por aquela que melhor atenda o interesse pblico. Ex. cadeiras na ruapara o bar. Ex2 Cuidado. Nomeao antes era entendida comodiscricionrio hoje vinculado.

    a. Princpio da motivao: a motivao dos atos discricionrios assumeimportncia ainda maior que nos atos vinculados para efeito decontrole de sua legalidade pelo Poder Judicirio, em face do princpioda motivao.

    3) Hierrquico: poder conferido a administrao para se auto-organizar. Deatribuir campos de competncia para as pessoas (dos rgos naadministrao direta, e das pessoas na administrao indireta) que ali seencontra. Os servidores tambm devem ser organizados em carreiras. Fixarcompetncias, delegar (descentralizar, transferir para terceiros)competncias e avocao (centraliza, toma para si), so figuras querefletem o poder hierrquico.

    4) Disciplinar: o poder para aplicao de sanes aos seus servidores pelaprtica de infraes de carter funcional. Exemplo de sanes: advertncia,

    Limitao da atuao do porre pblico em homanagem a eficincia.Proibido comprometer alm do estabelecido com o pagamento de folha - impostos.-Unio 50%-Outros 60%

    Exceo. Quem se encontra em empresas pblicas e sociedades de economia mista, que estejam auto-suficientes, no dependendo de verbas do oramento para o pagamento das suas despesas em geral. Art. 37, 9 da CF

    Poder vinculado: obrigao que administrao tem de nomear dentro do nmero de vagas no edital.Poder discricionrio: mas o momento da nomeao fica de forma discricionria, s at o prazo de validade do concurso.

    9784/99 limites

  • suspenso, demisso... S irregularidades de carter funcional, ligadasa atribuio do cargo que o servidor titulariza. Se o servidor espancar ocnjuge no tem qualquer relao com as atribuies do cargo, evidente quese ele for condenado na rea penal ter reflexos. Requisitos para aplicar asano:

    a. Tem que atribuir ao servidor contraditrio e ampla defesa.Ningum pode ser penalizado sem contraditrio e ampla defesa. Noimportando a intensidade da sano a ser aplicada. Mesmo emflagrante tem contraditrio e ampla defesa.

    b. O contraditrio e ampla defesa tem que ser oferecido ou dentro deuma sindicncia ou em processo administrativo disciplinar.Ambos so instrumentos voltados a apurao de irregularidades naesfera administrativa.

    i. Sindicncia: s pode ser instaurada para apurao deirregularidades que comportem no mximo a pena desuspenso.

    ii. Processo administrativo disciplinar: no tem limitede atuao. Pode apurar quaisquer irregularidades.

    Servidor demitido. Justia o absolveu. Pode ser reintegrado? Duas posies:a. Se a absolvio veio por falta de provas, portanto, sem a anlise do

    mrito, o servidor no ter direito a reintegrao.b. Se a absolvio teve anlise de mrito, em que se conclua pela

    inexistncia do ilcito ou negativa de autoria, a sim ele ter direito areintegrao.

    5) Normativo ou regulamentar: o poder conferido a administrao para aexpedio de decretos e regulamentos. Modalidades, ambos tem comoreferencia a lei:

    a. Decretos ou regulamentos autnomos: so aqueles que nodependem da existncia de lei anterior para serem editados.Podem inovar no ordenamento jurdico, criando direitos e obrigaes.Se, ao serem editados os decretos autnomos extrapolarem seuslimites sero considerados inconstitucionais, pois derivamdiretamente da CF, igual a lei. De modo que recai o controle deconstitucionalidade. Mas no h reserva regulamentar: por fim,os regulamentos independentes tambm explicitam diretamente aConstituio, mas em matrias que podero ser tratadas por leis aqualquer tempo (ou seja, no h reserva regulamentar).

    b. Decretos ou regulamentos de execuo: eles dependem daexistncia lei anterior para serem editados. No podendo inovar noordenamento jurdico. Seus limites se encontram na lei. Suahierarquia est a abaixo da lei. Ao serem editados o mximo que sepermite que ofeream a lei fiel execuo, ou seja, melhor detalharou esclarecer itens j previstos na lei. Ser ilegal se ultrapassar seuslimites.

    Quais dessas figuras tm no Brasil:

    -devem ser consideradas pelo administrador (poder vinculado)Natureza da infraoGravidade delaPrejuzos que causouAntecedente do servidor (ficha funcional)Atenuantes e agravantes do caso concreta

    -sumula vinculante 5. A falta de defesa tcnica de advogado no anula o processo.

    Servidor demitido de forma ilegal.

    -Ato discricionrio - decide se reintegra-Ato vinculado - obrigatria a reintegrao

    decretos autnomos est ao lado da lei

    Controle de legalidade

  • a) Os decretos de execuo existem no Brasil: Art. 84. Competeprivativamente ao Presidente da Repblica: IV - sancionar, promulgar efazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos parasua fiel execuo; [est na redao original, no foi includa por EC]

    b) Decretos autnomos. Controvrsia. STF vale.Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da Repblica:VI - dispor, mediante decreto, sobre:a) organizao e funcionamento da administrao federal, quando noimplicar aumento de despesa nem criao ou extino de rgos pblicos;b) extino de funes ou cargos pblicos, quando vagos;(Includa pela Emenda Constitucional n 32, de 2001)

    Com efeito, por meio dessas alteraes ampliou-se a possibilidade de o Presidente,por decretos, atuar em relao a certas matrias, o que antes no era possvel poressa espcie normativa.Assim se ele utilizar decretos fora dessas situaes trazidas pela Emenda n. 32,obviamente ser possvel levar a efeito um controle de constitucionalidade porderivarem dessas espcies normativas diretamente.No Brasil para o STF os dois tipos existem. A exceo o decreto autnomo.Cuidado no concurso, para doutrina no Brasil s tem decreto de execuo,mas cuidado.

    Min. Gilmar Mendes, em seu voto na ADI 3.614 , de 2007, que analisava um decreto apoiado no art. 84, VI, a, da CRFB, determinou acompetncia excepcional de legislar pelo Executivo, sendo tal prerrogativa estatuda no referido dispositivo constitucional. Tal exposiofez-se necessria devido ao ltimo ponto a ser abordado, que diz respeito ao contedo do decreto expedido pelo Prefeito, que pretendecriar obrigaes aos cidados, no os deixando circular com seus carros particulares no perodo de 45 dias. Tal ato caracteriza-se comodiscricionrio, visto que se configura um espao que a lei d para o administrador agir escolhendo entre determinadas opes. Se a leinada estabelece a esse respeito, a Administrao escolhe o momento que lhe parea mais adequado para atingir a consecuo dedeterminado fim . Ressalte-se que o poder discricionrio no ilimitado, devendo ser realizado luz da finalidade pblica, comoestabelece o REsp 764.085 - PR . Ademais, Maria Sylvia Di Pietro conclui: o interesse pblico, ao invs de implicar, necessariamente,discricionariedade administrativa, constitui um dos princpios limitadores dessa discricionariedade. Por conseguinte, tendo em vista afinalidade envolvida de aliviar o trnsito e melhorar a circulao durante Olimpadas de 2016, perodo em que a cidade receber nmeroexpressivo de turistas, no h problemas com o contedo do decreto, que revestido de interesse pblico. Cabe, ainda, avaliar se odecreto se adqua ao princpio da proporcionalidade, um dos pilares da administrao pblica, o qual pretende evitar o excesso e o abusode poder. Dessa forma, importa buscar resposta a trs perguntas inerentes desse princpio: (i) existe adequao do decreto ao fimdesejado? (ii) existe necessidade do decreto? (iii) o decreto proporcional em strictu sensu? Uma rpida avaliao permite afirmar queno haveria violao a esse princpio visto que apresenta uma soluo para o problema do trnsito no Rio de Janeiro no perodo dasOlimpadas 2016. O trfego que, normalmente, j muito intenso, tornar-se-ia catico se o Prefeito no implementasse alguma medida, oque demonstra a necessidade de tal ato. Alm disso, o direito de ir e vir no est sendo limitado, tendo as pessoas a alternativa de utilizaro transporte pblico, no havendo, ento, restries proporcionalidade strictu sensu. Estar-se-ia proporcionando um ambiente favorvelpara a prtica dos Jogos Olmpicos, assunto de notrio interesse pblico. Em suma, como Procurador Geral do Municpio, aps apresentaros aspectos divergentes tanto na doutrina como na prpria jurisprudncia em relao ao ato pretendido pelo Prefeito, garante-se serpossvel a edio de decreto autnomo versando sobre proibio de circulao de carros em benefcio da ordem pblica. Saliente-se quenenhum indivduo ser privado de circulao e que os servios pblicos, como meios de realizao de direitos fundamentaisautonomamente considerados , estaro disponveis de forma a suprir as necessidades dos cidados. Dessa forma, diante da (i)competncia dos Municpios em questes de interesse local, (ii) competncia do Prefeito para expedir decretos autnomos, (iii) aceitaorecente e progressiva da juridicidade de tais atos administrativos, no havendo reserva de lei normatizao de assuntos relativos aotrnsito, (iv) constitucionalidade do contedo, tem-se que nada impede o Prefeito de realizar o apetecido. o parecer.

    6) Polcia: o poder conferido a administrao para limitar, restringir, frenar,disciplinar, condicionar, direitos e atividades dos particulares para apreservao dos interesses da coletividade. O fundamento asupremacia do interesse pblico sobre o do particular.

    a. Fundamento para a cobrana de tributos art. 145, II impostos,taxas (podem ser cobradas pelo exerccio do poder de polcia),contribuies de melhorias. Ele fato gerador da cobrana detaxas. Art. 78. Considera-se poder de polcia atividade da administrao pblica que,limitando ou disciplinando direito, intersse ou liberdade, regula a prtica de ato ouabsteno de fato, em razo de intresse pblico concernente segurana, higiene, ordem, aos costumes, disciplina da produo e do mercado, ao exerccio de atividades

    S o chefe do executivo e existir lei anterior.Pode inovar? Se ele ato infralegal, estaramos invertendo a hierarquia.

    Atos Punitivos: So aqueles que contm uma sano imposta pela administrao, queles que descumprirem ou desrepeitarem disposies legais. Exemplo: Aplicao de multa, Interdio de estabelecimento, suspenso de aluno em escola pblica.

    Obs. Atos punitivos tem extenso muito maior do que o poder disciplinar, pois aplica sano mesmo para

    aqueles que no fazem parte da administrao.

  • econmicas dependentes de concesso ou autorizao do Poder Pblico, tranqilidadepblica ou ao respeito propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.

    b. Exemplos: licenciamento de veculo, fechamento de um restaurantepor falta de higiene na cozinha, fechamento de uma casa deespetculo por falta de segurana, proibio de venda de bebidaalcolica para menores, lei da cidade limpa, reduo da velocidademxima nas vias pblicas.

    Note-se: Art. 220. A manifestao do pensamento, a criao, a expresso ea informao, sob qualquer forma, processo ou veculo no sofreroqualquer restrio, observado o disposto nesta Constituio. 2 - vedada toda e qualquer censura de natureza poltica, ideolgica e artstica. 3 - Compete lei federal: fazer a classificao indicativa da rdio, TV eespetculos pblicos em geral. 4 - A propaganda comercial de tabaco,bebidas alcolicas [BEBA COM MODERAO], agrotxicos,medicamentos e terapias estar sujeita a restries legais, nos termos doinciso II do pargrafo anterior, e conter, sempre que necessrio,advertncia sobre os malefcios decorrentes de seu uso.A possibilidade, contudo, conferida administrao a ttulo de exerccio dopoder de polcia, de propor uma classificao indicativa da programao, nopoder extrapolar os limites estabelecidos pela CF, pois passaria a exerceratividades prprias de um censor. A exceo se apresenta, por bvio, emrelao aquela programao que fizer apologia de valores proibidos pela CF,como o caso daquelas que levem a discriminaes raciais, ideolgicas,religiosas, ou que conduzam a pratica de crimes, como o caso do trficode entorpecentes. classificao e no censura: Art. 21. Compete Unio: XVI - exercer aclassificao, para efeito indicativo, de diverses pblicas e de programas derdio e televiso;Em regra o ato do poder de polcia tem auto-executoriedade. Menos asmulta de trnsito. Para que elas possam gerar efeitos tem que se enviar umacorrespondncia e outros requisitos. Nas outras, verifica a infrao, j lavrado sem necessidade de concordncia do judicirio.

    ATOS ADMINISTRATIVOS1) Definio: so aqueles editados pela administrao de baixo de regras de

    direito pblico para a preservao dos interesses da coletividade.Destaque: os atos editados pela administrao so regidos por regras dedireito pblico.

    Estas regras de direito pblico conferem aos atos administrativos atributos erequisitos de validade que no se estendem aos atos dos particulares existempara preservar o interesse pblico da coletividade [CUIDADO QUE OEXAMINADOR MISTURA ATRIBUTOS E REQUISITOS]:

    2) Atributos dos atos administrativosa. Presuno de legitimidade: os atos administrativos desde a sua

    edio pressupem a legitimidade. uma presuno iuris tantum,relativa, admitindo prova em contrrio.

    b. Imperatividade ou coercibilidade: tem carter cogente,imperativo, obrigatrio, foroso, coercitivo, mesmo que impliquemem sacrifcio de direito de terceiros, surgindo como conseqncia da

  • supremacia do interesse pblico sobre o particular; decreto dedesapropriao ato coercitivo, podendo determinar adesapropriao para construir uma escola, alargar uma avenida...

    c. Auto-executoriedade: a administrao pode executar sozinha seusprprios atos sem a necessidade de concordncia prvia do judicirio.Ex. danceteria que toca msica alta, o vizinho no pode fazer nada,s entrar na justia. O fiscal da prefeitura pode lavrar um de infrao.

    3) Requisitos de validade dos atos administrativos (os requisitos de validade noCC, art. 104, so agente capaz, objeto lcito e forma prescrita ou defesa emlei)

    a. Competncia: para saber se o ente administrativo era competentena edio do ato necessria a atuao do poder hierrquico.

    b. Objeto: enquanto nos atos praticados pelos particulares verificadasua no contrariedade lei, os atos administrativos aferida suacompatibilidade em relao a ela.

    c. Forma: a administrao s pode exteriorizar os atos de acordo com aforma previamente estabelecida por lei, que, em geral, escrita.Exceo: apitos emitidos por um guarda.

    d. Finalidade: representa a essncia das atividades desenvolvidas pelopoder pblico. Preservao do interesse pblico.

    e. Motivo: a mesma concluso se impe aqui. Que se traduz pelaobrigao que tem a administrao de oferecer aqueles querepresentam explicaes quanto aos atos que edita.

    Teoria dos motivos determinantes: a apresentao dos motivos imprescindvel,pois atravs desses que se far o controle de legalidade. Apresentados osmotivos eles passam a determinar a conduta a ser seguida peloadministrador que deles no poder se afastar, sob pena de desvio definalidade.Ex. a administrao publica um decreto de desapropriao para a construo deuma escola. Mas ela constri um hotel, a conduta se afasta dos motivosinicialmente, possvel o judicirio apreciar o ato.Exceo: quando o administrador se afasta dos motivos inicialmente apresentados,mas mantm uma situao de interesse pblico. Ex. ia construir a escola, masconstruiu uma delegacia. No tem problema aqui.

    4) Formas de extino dos atos administrativos: instrumentos atravs dosquais se promove a extino desses:

    ANULAO REVOGAOFUNDAMENTO Ilegalidade Convenincia e oportunidadeTITULARIDADE A d m i n i s t r a o

    (incidncia do princpioda autotutela)

    Poder Judicirio(controle de legalidadedesde que provocadopor terceiros, poriniciativa prpria no)

    AdministraoSTF smula 346 e 473

  • EFEITOS DA DECISO ex tunc retroage at omomento em que o ato foieditado, para eliminar todosos efeitos at ento gerados.No se cogita dapossibilidade de invocao dedireitos adquiridos. Poisningum pode-se locupletar,se beneficiar, de um ato ilegal,ao menos que os terceirosestejam de boa-f.

    ex nunc pois at omomento antes darevogao, o ato era vlido,devendo manter os efeitosgerados at ento. Sendoassim mantidos os efeitos, possvel invocar direitosadquiridos.

    PRAZO 5 anos Lei 9784/99 Art. 54.O direito da Administrao deanular os atos administrativos deque decorram efeitos favorveispara os destinatrios decai emcinco anos, contados da data emque foram praticados, salvocomprovada m-f.

    No tem prazo pararevogao, pois as razoes deconvenincia e oportunidadepodero ser invocadas aqualquer momento.

    Smula 473 do STF: A administrao pode anular seus prprios atos, quandoeivados de vcios que os tornam ilegais, porque deles no se originam direitos; ourevog-los, por motivo de convenincia ou oportunidade, respeitados osdireitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial.

    Ateno a parte final desta smula: Exemplo: administrao abre uma licitaopara adquirir uma biblioteca jurdica. Imagine que no curso da licitao, depois delicitantes inscritos, imagine-se que se fale um grande jurista. De modo que afamlia resolve doar a biblioteca dele. E agora? A administrao revoga alicitao, pois tendo em vista a doao, o prosseguimento da licitao medidaque no se revela mais conveniente e oportuna, ou seja, desnecessria. Porm oslicitantes em nada contriburam para que tal licitao fosse revogada, e tambmtiveram gastos nesses perodos, tendo direito a indenizao. Se a administraono respeitar tal direito, nesse caso, os licitantes podero ir ao judicirio,resultante de uma revogao. No o judicirio que revoga atos daadministrao, ele analise agresses a direitos adquiridos resultantes darevogao do ato administrativo. Isso que quer dizer a parte final da smula473 e ressalvada, em todos os casos, a apreciao judicial. O judicirio nopode adentrar no mrito do ato administrativo.

    Outras formas de extino:1) Cassao: tambm uma forma de extino dos atos administrativos,

    resultante do descumprimento de obrigaes pelo administrado.2) Caducidade: tambm uma forma de extino dos atos administrativos

    resultante da edio de norma posterior em sentido diverso. O poderpblico d uma licena para um estabelecimento, pois a zona era comercial,mas posterior a isso, sobrevm uma norma sem sentido diverso, mudando ozoneamento daquela rea. Aqui far jus a indenizao, pois oadministrado em nada contribui, no caso da cassao no, pois foi oadministrado que contribui para a extino.

    3) Contraposio: tambm uma forma de extino dos atos administrativosresultante da edio posterior de um ato em sentido contrrio. Ex. ademisso, se contrape a nomeao de um funcionrio.

  • Convalidao dos atos administrativosConvalidar um ato significa tornar vlido o que de incio no dotado de algumailicitude.A Lei 9784/99 em seu art. 55 admite a convalidao desde que eles no tenhamcausado prejuzo a terceiros, e desde que o vcio inicialmente apresentadopossa ser objeto de correo.Art. 55. Em deciso na qual se evidencie no acarretarem leso ao interessepblico nem prejuzo a terceiros, os atos que apresentarem defeitossanveis podero ser convalidados pela prpria Administrao.O que se entende por defeitos sanveis ou por vcio que seja passvel de correo?Requisitos dos atos administrativos: competncia, objetivo, forma, motivoe finalidade. Em algumas circunstncias no tem como corrigir um vcio(objeto), j em outras situaes possvel corrigir o vcio (motivo).SERVIOS PBLICOS

    1) Definio: servio pblico todo aquele prestado pela administrao oupor quem lhe faa as vezes (quem presta?) - de baixo de regras dedireito pblico (como?) para a preservao dos interesses dacoletividade (para que?).

    (QUEM PRESTA) Titularidade: A titularidade de um servio pblicopertence administrao e intransfervel. Jamais a titularidade sertransferida para particulares. At porque, os interesses a serem preservadosno sero os mesmos. O particular atua em nome prprio, a administraojamais atuar em nome prprio. A titularidade da administraopblica: Direta: rgos, ministrios, secretarias, subprefeituras.

    Indireta: autarquia, fundao, empresas publicas, sociedades deeconomia mista.

    Entretanto, a execuo, poder ser feita pelo prprio titular (administraopblica), ou pode ser transferida para particulares (s execuo, tem que teruma licitao), podendo ser passada a execuo para os particulares porintermdio de uma:

    a. Concesso

    b. Permisso

    c. Autorizao de servio

    Essas trs figuras surgem como instrumentos atravs dos quais aadministrao transfere, via licitao, a execuo, somente aexecuo, pois a titularidade intransfervel, de servios pblicospara particulares.

    Note-se que, quem detm a titularidade pode fixar regras para a execuo doservio. De modo que, quem fixa regras tem competncia para fiscalizar ocumprimento delas. Quem fixa regras e fiscaliza seu cumprimento, temcompetncia para sancionar na hiptese de seu descumprimento. Ex. Tim, Claro,Vivo so empresas particulares, que executam o servio pblico detelecomunicao. Essas empresas atuam de baixo de regras da administrao e sofiscalizadas por elas e se houve descumprimento entre elas e seus usurios, quemvai aplicar sanes a prpria administrao. Elas no detm a titularidade do

    Execuo indireta ou descentralizada. Pode ser para entes pblica da administrao indireta ou para particulares.

    Execuo direta ou centralizada, desconcentrada.

  • servio. Apenas a execuo. S pode ser privatizado o servio, pois alm dapossibilidade de aplicar sanes, a administrao se estiver insatisfeita aadministrao poder retomar a execuo dos servios.(CF) Art. 175. Incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ousob regime de concesso ou permisso, sempre atravs de licitao, aprestao de servios pblicos.A titularidade divida entre os 4 entes federativos. A essncia de umafederao a existncia de uma diviso de competncia entre as esferas degoverno que a integram.Casos em que a titularidade apenas em um dos entes da federao: Art. 21. Compete Unio:

    XI - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso, osservios de telecomunicaes, nos termos da lei, que dispor sobre aorganizao dos servios, a criao de um rgo regulador e outros aspectosinstitucionais;

    XII - explorar, diretamente ou mediante autorizao, concesso ou permisso:

    a. os servios de radiodifuso sonora, e de sons e imagens;b. os servios e instalaes de energia eltrica e o aproveitamento

    energtico dos cursos de gua, em articulao com os Estados ondese situam os potenciais hidroenergticos;

    c. a navegao area, aeroespacial e a infra-estruturaaeroporturia;

    d. os servios de transporte ferrovirio e aquavirio entre portosbrasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites deEstado ou Territrio;

    e. os servios de transporte rodovirio interestadual einternacional de passageiros;

    f. os portos martimos, fluviais e lacustres;

    Art. 30. Compete aos Municpios:V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de concesso ou permisso, osservios pblicos de interesse local, includo o de transporte coletivo, que temcarter essencial; Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituies e leis que

    adotarem, observados os princpios desta Constituio. 2 - Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante concesso, os servios locais de gs

    canalizado, na forma da lei, vedada a edio de medida provisria para a sua regulamentao

    (COMO?) debaixo de regras de direito pblico: assim no importa quem estejaa frente do servio pblico (particular ou administrao), as regras sempre sero dedireito pblico, que comandam a execuo de servios pblicos.Princpio da continuidade da sua prestao: como regra geral a execuo deum servio pblico no pode ser interrompida. Posso cogitar de greve do serviopblico? A greve implica na paralisao da atividade, esse princpio estariaenfraquecido. Entretanto, pela primeira vez, a CF/1988 atribui a possibilidade, aosservidores pblicos, a greve, art. 37 da CF. Porm, a CF estabeleceu limites, apesarde ser assegura aos servidores pblicos, que dever ser exercidos nos termos elimites fixados em lei. De modo que, pode fazer greve, mas ela ter um perfildiferente aos trabalhadores da iniciativa privada. O problema que h 23 anos noveio a lei regulamentando o direito de greve, mas o STF tem uma orientao slidaa esse respeito. Pode ter greve, mas no a total. No particular pode ser.

  • (PARA QU?) para preservao dos interesses da coletividade: todas asinformaes anteriores se justificam em razo deste item.ADMINISTRAO PBLICA INDIRETA

    Definio Finalidade Criao Caractersticas Responsabilidade

    Autarquia5/6

    Pessoajurdica dedireitopblico

    Podem ser criadaspara prestao deservios pblicos,por fora doprincpio daespecializao(aqui no temcompetio coma iniciativaprivada).

    So criadas porLei, de iniciativado Executivo2.Lei aprovada criaa autarquia.

    Autonomia emrelao a quem ascriou. No existindohierarquia, nemsubordinao. Omximo que o criadorpoder fazer, exercer um controlede legalidade deseus atos.

    Ela mesmar e s p o n d e .Responsabilidade subsidiria4da esfera degoverno em quea pessoa seencontra.

    Fundaes Pessoajurdica dedireitopblico

    Podem ser criadaspara prestao deservios pblicos,por fora doprincpio daespecializao(aqui no temcompetio coma iniciativaprivada).

    So criadas porLei, de iniciativado Executivo2.Aqui a Leia p e n a sautoriza3 acriao dapessoa.

    Autonomia emrelao a quem ascriou. No existindohierarquia, nemsubordinao. Omximo que o criadorpoder fazer, exercer um controlede legalidade deseus atos.

    Ela mesmar e s p o n d e .Responsabilidade subsidiria4da esfera degoverno em quea pessoa seencontra.

    Empresaspblicas

    Pessoajurdica dedireitoprivado

    Podem ser criadaspara prestao deservios pblicos,por fora doprincpio daespecializao.Tambm pode criarpara atividadeeconmica (aquicompetem com ainiciativaprivada)1.

    So criadas porLei, de iniciativado Executivo2.Aqui a Leia p e n a sautoriza3 acriao dapessoa.

    Autonomia emrelao a quem ascriou. No existindohierarquia, nemsubordinao. Omximo que o criadorpoder fazer, exercer um controlede legalidade deseus atos.

    Ela mesmar e s p o n d e .Responsabilidade subsidiria4da esfera degoverno em quea pessoa seencontra.

    Sociedade deEconomiamista

    Pessoajurdica dedireitoprivado

    Podem ser criadaspara prestao deservios pblicos,por fora doprincpio daespecializao.Tambm pode criarpara atividadeeconmica (aquicompetem com ainiciativaprivada)1.

    So criadas porLei, de iniciativado Executivo2.Aqui a Leia p e n a sautoriza3 acriao dapessoa.

    Autonomia emrelao a quem ascriou. No existindohierarquia, nemsubordinao. Omximo que o criadorpoder fazer, exercer um controlede legalidade deseus atos.

    Ela mesmar e s p o n d e .Responsabilidade subsidiria4da esfera degoverno em quea pessoa seencontra.

    Demais anotaes:a) Autarquia: tem base associativa. Ex. Banco Central, INSS, CADE.

    b) Fundaes: tem base fundacional. Cuidado para no confundir comas fundaes particulares (Fundao Bradesco, Ita, Ayrton Senna,

  • Xuxa). Ex. de fundaes pblicas (Funai, Procon). A fundao nopassa de um patrimnio personalizado, pois parte dopatrimnio da administrao pblica, que destacado paraconstituir algo especfico, tudo gravida em torno de seupatrimnio.

    c) Empresas pblicas: o capital inteiramente pblico. No temparticipao da iniciativa privada. Ex. Infraero, Caixa, RadioBras (Vozdo Brasil), BNDS.

    d) Sociedade de economia mista: o capital misto. Ex. Petrobras,Banco do Brasil, METRO. Pode ter aes em bolsa.

    1Quando se cria uma pessoa da administrao indireta, no existe competio coma iniciativa privada. Porm se passam a competir entre si, no caso de atividadeeconmica, serem regidos pelos princpios da ordem econmica (art. 170). Para queesta concorrncia se mantenha livre a empresa pblica e a sociedade de economiamista, devero se submeter, ao mesmo regime jurdico das empresas privadas,inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis, comerciais, trabalhistas etributrias.

    Art. 170. A ordem econmica, fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fimassegurar a todos existncia digna, conforme os ditames da justia social, observados os seguintes princpios:

    I - soberania nacional;II - propriedade privada;III - funo social da propriedade;IV - livre concorrncia;V - defesa do consumidor;VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos

    produtos e servios e de seus processos de elaborao e prestao;VII - reduo das desigualdades regionais e sociais;VIII - busca do pleno emprego;IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constitudas sob as leis brasileiras e que tenham

    sua sede e administrao no Pas.Pargrafo nico. assegurado a todos o livre exerccio de qualquer atividade econmica, independentemente de

    autorizao de rgos pblicos, salvo nos casos previstos em lei.

    Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituio, a explorao direta de atividade econmica peloEstado s ser permitida quando necessria aos imperativos da segurana nacional ou a relevante interesse coletivo,conforme definidos em lei.

    1 A lei estabelecer o estatuto jurdico da empresa pblica, da sociedade de economia mista e de suassubsidirias que explorem atividade econmica de produo ou comercializao de bens ou de prestao de servios,dispondo sobre:

    I - sua funo social e formas de fiscalizao pelo Estado e pela sociedade;II - a sujeio ao regime jurdico prprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e

    obrigaes civis, comerciais, trabalhistas e tributrios;III - licitao e contratao de obras, servios, compras e alienaes, observados os princpios da administrao

    pblica;IV - a constituio e o funcionamento dos conselhos de administrao e fiscal, com a participao de acionistas

    minoritrios;V - os mandatos, a avaliao de desempenho e a responsabilidade dos administradores. 2 - As empresas pblicas e as sociedades de economia mista no podero gozar de privilgios fiscais

    no extensivos s do setor privado.

    2Art. 37, XIX - somente por lei especfica poder ser criada autarquia e autorizada ainstituio de empresa pblica, de sociedade de economia mista e de fundao, cabendo leicomplementar, neste ltimo caso, definir as reas de sua atuao;3Para fundaes, empresas pblicas e sociedade. A aprovao da lei, aprovao dosestatutos sociais, e registros destes estatutos.

    4No posso acionar a autarquia e o municpio, pois no solidria, a esfera degoverno s poder ser acionada depois de esgotadas as foras de uma dessas

  • pessoas jurdicas. Quando se comprovar que uma dessas pessoas no tem maiscondies para arcar com essa responsabilidade, a esfera de governo poder seracionada, essa a responsabilidade subsidiria.

    5AGNCIAS REGULADORASSo conhecidas por autarquias de regime especial. Assim, so pessoas jurdicasde direito pblicas, criadas s para prestar servios pblicos, constitudas e criadaspor lei, dotadas de autonomia e respondendo de obrigaes contra terceiros.Entretanto ela tem caractersticas que no se encontram presentes nasautarquias em geral, quais sejam: Poder normativo: poder atribudo a elas para edio ou elaborao de

    normas para execuo de servios, em especial, quando transferida paraparticulares. Ex. ANATEL (pode fiscalizar e aplicar sanes na hiptese dedescumprimento, se Oi, Tim, Vivo, Claro fazem besteira entra a ANATEL).ANEEL (energia eltrica), ANP (petrleo postos de combustveis), ANS(seguradora de sade), ANAC (aviao civil), ANVISA.

    Dirigentes so dotados de estabilidade (s sai se apurar falta grave emprocedimento administrativo) durante a vigncia de seus mandatos. Oscargos de cpula dessas agncias so preenchidos por nomeao dopresidente da repblica. A estabilidade para aumentar a autonomia eindependncia com relao a quem as criou, foram criadas a partir de 1995,quando se promoveu abertura da economia do pas ao capital internacional,assegurando que uma troca de poderes da presidncia no mudasse osdirigentes, a estabilidade ajuda a diminuir as incertezas dos investidoresinternacionais.

    6ASSOCIAES PBLICAS tambm so espcies de autarquias. As AssociaesPblicas so grupos de pessoas singulares ou colectivas que se agrupam paraprosseguirem os seus fins prprios. Estas associaes so responsveis pela gestodos seu bens. Tm oramento prprio e no integram o Oramento do Estado. Umexemplo de associaes pblicas so as ordens profissionais, como a ordem dosmdicos, a ordem dos advogados, etc.

    CONCESSES E PERMISSES (Lei 8987/1995)Instrumento atravs dos quais a administrao transfere, por intermdio delicitao, a execuo de servios de obras pblicas para particulares.(CF) Art. 175. Incumbe ao Poder Pblico, na forma da lei, diretamente ousob regime de concesso ou permisso, sempre atravs de licitao, aprestao de servios pblicos.Essa lei deveria dispor:

    Art. 175 - Pargrafo nico. A lei dispor sobre:I - o regime das empresas concessionrias e permissionrias de servios pblicos, o carter

    especial de seu contrato e de sua prorrogao, bem como as condies de caducidade, fiscalizao eresciso da concesso ou permisso;

    II - os direitos dos usurios;III - poltica tarifria;IV - a obrigao de manter servio adequado.

    Assim foi criada a Lei 8987/1995:Como a CF disse: a lei dever fixar:1) As caractersticas de um servio adequado.

    a) Continuidade da sua prestao: greve sim, mas greve total no.

  • i) Excees continuidade:

    (1) Pode parar em, sem aviso prvio, em situaes de emergncia ouimprevisibilidade.

    (2) Pode parar, com aviso prvio, para:

    (a) Servios de reforma ou manuteno.

    (b) Por inadimplncia do usurio (ex. no pagou a conta de energiaeltrica). Cuidado: a prestao de servios pblicos configurauma relao de consumo. Devendo ser regida pelo CDC(8078/90). No art. 22 dessa lei diz que no importa quem estejaa frente de execuo do servio pblico, se o servio for decarter essencial, no se visualiza nenhuma exceo para suadescontinuidade.

    b) Modicidade das tarifas: aquela acessvel ao usurio comum do servio. Seno for o usurio pode se socorrer ao judicirio.

    DO SERVIO ADEQUADOArt. 6o Toda concesso ou permisso pressupe a prestao de servio adequado ao pleno atendimento dos

    usurios, conforme estabelecido nesta Lei, nas normas pertinentes e no respectivo contrato. 1o Servio adequado o que satisfaz as condies de regularidade, continuidade, eficincia, segurana,atualidade, generalidade, cortesia na sua prestao e modicidade das tarifas. 2o A atualidade compreende a modernidade das tcnicas, do equipamento e das instalaes e a suaconservao, bem como a melhoria e expanso do servio.

    3o No se caracteriza como descontinuidade do servio a sua interrupo em situao de emergncia ouaps prvio aviso, quando: I - motivada por razes de ordem tcnica ou de segurana das instalaes; e, II - por inadimplemento do usurio, considerado o interesse da coletividade.

    2) Direito dos usurios.

    DOS DIREITOS E OBRIGAES DOS USURIOS Art. 7. Sem prejuzo do disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990 [CDC a prpria adm.reconhece], so direitos e obrigaes dos usurios: I - receber servio adequado; II - receber do poder concedente e da concessionria informaes para a defesa de interesses individuais ou coletivos; se no derem a informao pedida cabe mandado de segurana e no habeas data, (aqui squando a informao a respeito de quem pede)

    III - obter e utilizar o servio, com liberdade de escolha entre vrios prestadores de servios, quando for ocaso, observadas as normas do poder concedente. IV - levar ao conhecimento do poder pblico e da concessionria as irregularidades de que tenhamconhecimento, referentes ao servio prestado; V - comunicar s autoridades competentes os atos ilcitos praticados pela concessionria na prestao doservio; VI - contribuir para a permanncia das boas condies dos bens pblicos atravs dos quais lhes so prestadosos servios.

    Art. 7-A. As concessionrias de servios pblicos, de direito pblico e privado, nos Estados e no Distrito Federal,so obrigadas a oferecer ao consumidor e ao usurio, dentro do ms de vencimento, o mnimo de seis datas opcionaispara escolherem os dias de vencimento de seus dbitos.

    3) Poltica tarifria: a tarifa a principal fonte de arrecadao do concessionriodo permissionrio. exatamente atravs da cobrana de tarifa que oconcessionrio ou permissionrio, vo buscar recuperar investimento quefizeram.

    DA POLTICA TARIFRIA Art. 9o A tarifa do servio pblico concedido ser fixada pelo preo da proposta vencedora da licitao epreservada pelas regras de reviso previstas nesta Lei, no edital e no contrato.

    1o A tarifa no ser subordinada legislao especfica anterior e somente nos casos expressamente previstosem lei, sua cobrana poder ser condicionada existncia de servio pblico alternativo e gratuito para o usurio.

  • 2o Os contratos podero prever mecanismos de reviso das tarifas, a fim de manter-se o equilbrioeconmico-financeiro. 3o Ressalvados os impostos sobre a renda, a criao, alterao ou extino de quaisquer tributos ou encargoslegais, aps a apresentao da proposta, quando comprovado seu impacto, implicar a reviso da tarifa, para mais oupara menos, conforme o caso. 4o Em havendo alterao unilateral do contrato que afete o seu inicial equilbrio econmico-financeiro, o poderconcedente dever restabelec-lo, concomitantemente alterao. Art. 10. Sempre que forem atendidas as condies do contrato, considera-se mantido seu equilbrioeconmico-financeiro. Art. 11. No atendimento s peculiaridades de cada servio pblico, poder o poder concedente prever, em favorda concessionria, no edital de licitao, a possibilidade de outras fontes provenientes de receitas alternativas,complementares, acessrias ou de projetos associados, com ou sem exclusividade, com vistas a favorecer amodicidade das tarifas, observado o disposto no art. 17 desta Lei. Pargrafo nico. As fontes de receita previstas neste artigo sero obrigatoriamente consideradas para a aferiodo inicial equilbrio econmico-financeiro do contrato.

    RESPONSABILIDADE (art. 25)Art. 25. Incumbe concessionria a execuo do servio concedido, cabendo-lhe responder por todos os

    prejuzos causados ao poder concedente [PODER PBLICO], aos usurios ou a terceiros, sem que a fiscalizaoexercida pelo rgo competente exclua ou atenue essa responsabilidade.A RESPONSABILIDADE do concessionrio direta e OBJETIVA, perante usurios eterceiros no usurios do servio. No mximo a responsabilidade do poder pblicoser subsidirio.

    EXTINO DAS CONCESSES E PERMISSES (art. 25)

    a) Causas de extino, o que vai mudar s o fato gerador:i) Termo: extino por fora do trmino do prazo, inicialmente previsto.ii) Encampao ou resgate: extino das concesses durante a sua

    vigncia por razes de interesse pblico. Chamada de resgate, pois aadministrao pblica resgata o servio prestado pelo particular de volta.

    iii) Caducidade: extino das concesses durante a sua vigncia pordescumprimento de obrigaes pelo concessionrio. Tem que tercontraditrio e ampla defesa. Ex. quando o concessionrio, sem avisoprvio ao poder pblica, muda o responsvel pela concessionrio, orepresentante legal j no mais o mesmo com a mudana dosestatutos, ou quando ele transfere parte da execuo para terceiros subconcesso (Art. 27. A transferncia de concesso ou do controlesocietrio da concessionria sem prvia anuncia do poderconcedente implicar a caducidade da concesso).

    iv) Resciso: extino das concesses durante a sua vigncia pordescumprimento de obrigaes pelo poder pblico. Aqui a legitimidadepara extinguir do concessionrio. A lei permite que o poder pblicapode atrasar seus pagamento, por 90 dias. Assim o concessionrio podepedir a extino s se for atraso superior a 90 dias.

    v) Anulao: extino das concesses durante a sua vigncia por razes deilegalidade.

    vi) Falncia: extino das concesses durante a sua vigncia por falta decondies financeiras do concessionrio.

    b) Consequnciasi) Reassuno da execuo: a retomada da execuo do servio, pelo

    poder pblico, uma vez extinta a concesso.ii) Reverso de bens: a transferncia para o patrimnio pblico dos

    bens, considerados essenciais, para a continuidade da prestao doservio pblico. Fundamento:(1) Art. 18. O edital de licitao ser elaborado pelo poder concedente,

    observados, no que couber, os critrios e as normas gerais da

  • legislao prpria sobre licitaes e contratos e conter,especialmente: X - a indicao dos bens reversveis [tem queconstar obrigatoriamente, sob pena de ilegalidade, isso paraevitar surpresas, o concessionrio j vai saber, as regras dojogo tem que estar previamente definida]

    (2) Art. 23. So clusulas essenciais do contrato de concesso asrelativas: X - aos bens reversveis;

    DIFERENAS ENTRE CONCESSO E PERMISSO

    a) Concesso: um contrato administrativo, por meio do qual, transfere-se,mediante licitao (na modalidade de concorrncia), por prazodeterminado, a execuo de servios pblicos para particulares. Formabilateral.

    b) Permisso: um ato administrativo, precrio (no tem prazo, pode serdesfeita a qualquer momento), por meio do qual, transfere-se, mediantelicitao, a execuo de servios pblicos para particulares. Formaunilateral.

    PARCERIA PBLICO PRIVADA (tem natureza de concesso, mas nesse casono quero como remunerao s a tarifa, quero dinheiro)

    Modalidades deconcesses

    Legislao Objeto Fontes dearrecadao

    CONCESSO COMUM 8.987/1995 Servios ou obraspblicas

    Tarifa

    CONCESSOPATROCINADA

    Art. 1, 11.079/2004 Servios ou obraspblicas

    Tarifa +contraprestaopecuniria

    CONCESSOADMINISTRATIVA

    Art. 2, 11.079/2004 Prestao deservios pblicos

    Contraprestaopecuniria

    PARCERIA PBLICO PRIVADA1. Importncia: a principal razo para a criao de PPPs foi a criao de

    obras. Por isso a autentica PPP a modalida patrocinada.2. Natureza jurdica: so concesses de segunda gerao, elas vieram em um

    segundo momento, depois de 1995, com a abertura da economia brasileirapara o capital internacional (11.079/2004).

    3. Espcies ou modalidades de PPP: art. 2 da 11.079/2004:a. Patrocinadab. Administrativa: ela no passa de um simples contrato de prestao

    de servios em que o contrato na medida em que executa o seuobjeto remunerado por isso.

    Art. 2o Parceria pblico-privada o contrato administrativo de concesso, na modalidade patrocinada ouadministrativa. 1o Concesso patrocinada a concesso de servios pblicos ou de obras pblicas de que trata a Leino 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando envolver, adicionalmente tarifa cobrada dos usurios contraprestaopecuniria do parceiro pblico ao parceiro privado. 2o Concesso administrativa o contrato de prestao de servios de que a Administrao Pblica seja ausuria direta ou indireta, ainda que envolva execuo de obra ou fornecimento e instalao de bens. 3o No constitui parceria pblico-privada a concesso comum, assim entendida a concesso de serviospblicos ou de obras pblicas de que trata a Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, quando no envolvercontraprestao pecuniria do parceiro pblico ao parceiro privado.

  • Ento porque essa modalidade est na lei de PPP? Vamos ver os limitespara entender...

    4. Limites:a. Financeiro: no pode celebrar o contrato de PPP se o valor for inferir

    a 20 milhes. Esse o valor mnimo. No tendo valor mximo. Se forinferior a 20 milhes tem que ser concesso comum.

    b. Temporal:i. Prazo mnimo de prestao de servio: 5 anos.ii. Prazo mximo de prestao de servio: 35 anos.

    c. Objeto: proibio de celebrao de PP que tenham por objetoexclusivo o fornecimento de mo-de-obra, ou o fornecimento einstalao de equipamentos para execuo de obra pblica.

    Art. 2 4o vedada a celebrao de contrato de parceria pblico-privada: I cujo valor do contrato seja inferior a R$ 20.000.000,00 (vinte milhes de reais); II cujo perodo de prestao do servio seja inferior a 5 (cinco) anos; ou III que tenha como objeto nico o fornecimento de mo-de-obra, o fornecimento e instalao de equipamentosou a execuo de obra pblica.

    5. Garantias fornecidas pela administrao para o cumprimento dasobrigaes nas PPPs:

    a. Aval de uma instituio internacional ou de uma instituio financeirano controlada pelo poder pblico.

    b. Receitas pblicas, por at 35 anos

    Art. 8o As obrigaes pecunirias contradas pela Administrao Pblica em contrato de parceria pblico-privadapodero ser garantidas mediante: I vinculao de receitas, observado o disposto no inciso IV do art. 167 da Constituio Federal [art. 167 sovedados IV - a vinculao de receita de impostos a rgo, fundo ou despesa, ressalvadas a repartio doproduto da arrecadao dos impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinao de recursos para asaes e servios pblicos de sade, para manuteno e desenvolvimento do ensino e para realizao deatividades da administrao tributria, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 2, 212 e 37,XXII, e a prestao de garantias s operaes de crdito por antecipao de receita, previstas no art. 165, 8,bem como o disposto no 4 deste artigo] II instituio ou utilizao de fundos especiais previstos em lei; III contratao de seguro-garantia com as companhias seguradoras que no sejam controladas pelo PoderPblico; IV garantia prestada por organismos internacionais ou instituies financeiras que no sejam controladas peloPoder Pblico; V garantias prestadas por fundo garantidor ou empresa estatal criada para essa finalidade; VI outros mecanismos admitidos em lei.

    6. Licitao: s na modalidade de concorrncia pblica.Art. 10. A contratao de parceria pblico-privada ser precedida de licitaona modalidade de concorrncia, estando a abertura do processolicitatrio condicionada a:

    a. O objeto da PPP tem que estar includo no plano plurianual165 1 e 167 da CF. Se no for includo no plano plurianualconfigura crime de responsabilidade.

    b. Abertura de um prazo para consulta pblicac. Licena ambiental previa

    d. Art. 10 3o As concesses patrocinadas em que mais de 70%(setenta por cento) da remunerao do parceiro privado for paga pelaAdministrao Pblica dependero de autorizao legislativaespecfica

    e. I autorizao da autoridade competente, fundamentada em estudotcnico que demonstre:

  • i. a convenincia e a oportunidade da contratao, medianteidentificao das razes que justifiquem a opo pela forma deparceria pblico-privada;

    ii. que as despesas criadas ou aumentadas no afetaroas metas de resultados fiscais previstas no Anexo referidono 1o do art. 4o da Lei Complementar no 101, de 4 de maiode 2000, devendo seus efeitos financeiros, nos perodosseguintes, ser compensados pelo aumento permanente dereceita ou pela reduo permanente de despesa; e

    iii. quando for o caso, conforme as normas editadas naforma do art. 25 desta Lei, a observncia dos limites econdies decorrentes da aplicao dos arts. 29, 30 e 32 daLei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, pelasobrigaes contradas pela Administrao Pblica relativas aoobjeto do contrato;

    iv. elaborao de estimativa do impactooramentrio-financeiro nos exerccios em que deva vigoraro contrato de parceria pblico-privada;

    f. III declarao do ordenador da despesa de que as obrigaescontradas pela Administrao Pblica no decorrer do contrato socompatveis com a lei de diretrizes oramentrias e estoprevistas na lei oramentria anual;

    g. IV estimativa do fluxo de recursos pblicos suficientes para ocumprimento, durante a vigncia do contrato e por exercciofinanceiro, das obrigaes contradas pela Administrao Pblica;

    Poder ser includa a arbitragem como forma de soluo de conflitos.Art. 11, III o emprego dos mecanismos privados de resoluo de disputas, inclusive a arbitragem, a serrealizada no Brasil e em lngua portuguesa, nos termos da Lei no 9.307, de 23 de setembro de 1996, para dirimirconflitos decorrentes ou relacionados ao contrato.

    7. Sociedade de propsito especfico: criada com o objeto nico deimplantar e gerenciar o objeto da parceria. uma pessoa jurdica criada commorte anunciado, quando a parceira termina a sociedade acaba. Elaacompanha, pari passu, o andamento da PPP.

    a. A adminstracoa pblica no pode comandar a sociedade: Art. 9o Antes da celebrao do contrato, dever ser constituda sociedade de propsito especfico, incumbida deimplantar e gerir o objeto da parceria. 4o Fica vedado Administrao Pblica ser titular da maioria do capitalvotante das sociedades de que trata este Captulo.

    8. Contratos:

    Art. 5o As clusulas dos contratos de parceria pblico-privada atendero ao dispostono art. 23 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, no que couber, devendo tambm prever: I o prazo de vigncia do contrato, compatvel com a amortizao dos investimentosrealizados, no inferior a 5 (cinco), nem superior a 35 (trinta e cinco) anos, incluindo eventualprorrogao; II as penalidades aplicveis Administrao Pblica e ao parceiro privado em casode inadimplemento contratual, fixadas sempre de forma proporcional gravidade da faltacometida, e s obrigaes assumidas; III a repartio de riscos entre as partes, inclusive os referentes a caso fortuito, foramaior, fato do prncipe e lea econmica extraordinria; IV as formas de remunerao e de atualizao dos valores contratuais; V os mecanismos para a preservao da atualidade da prestao dos servios; VI os fatos que caracterizem a inadimplncia pecuniria do parceiro pblico, os modos eo prazo de regularizao e, quando houver, a forma de acionamento da garantia; VII os critrios objetivos de avaliao do desempenho do parceiro privado; VIII a prestao, pelo parceiro privado, de garantias de execuo suficientes ecompatveis com os nus e riscos envolvidos, observados os limites dos 3o e 5o do art. 56

  • da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, e, no que se refere s concesses patrocinadas, odisposto no inciso XV do art. 18 da Lei no 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; IX o compartilhamento com a Administrao Pblica de ganhos econmicos efetivos doparceiro privado decorrentes da reduo do risco de crdito dos financiamentos utilizados peloparceiro privado; X a realizao de vistoria dos bens reversveis, podendo o parceiro pblico reter ospagamentos ao parceiro privado, no valor necessrio para reparar as irregularidadeseventualmente detectadas.Portanto, o objetivo das PPP atrair a iniciativa privada para as demandasenvolvendo servios e obras pblicas. Para essa atrao a lei oferece:

    1. Dupla fonte de arrecadao cobrana de tarifa e contraprestaopecuniria.

    2. Inexistncias de valores mximos, s tem o mnimo de 20 milhes3. Prazos atraentes, mnimo de 5, mximo de 35 anos.4. Garantias especificas, entre as quais, comprometimento de receitas

    pblicas.5. Possibilidade de utilizao da arbitragem.6. Criao de uma SPE sem a possibilidade de maioria do capital votante

    controlada pelo poder pblico.7. Possibilidade de aplicao de sanes para a administrao pblica.8. Repartio de riscos entre as partes envolvidos.

    RDC Regime diferencial de contratao dispensa de licitao.Assim, a administrao pblica pode passar a execuo dos serviospblicos, por meio de licitao, para os particulares, por meio de concesso(PPP), permisso, autorizao e tambm para o terceiro setor.

    TERCEIRO SETOR: so entidades particulares que no integram a estrutura daadministrao e no tem finalidade lucrativa. Que em um determinado momento serelacionam com o poder pblico. O que diferencia uma da outra o fato geradorque as fazem relacionar com o poder pblico.

    Fato geradorOrganizaessociais

    Transferncia de serviospblicos no privativos doEstado. Ex. Cultura, Educao,meio-ambiente, sade epesquisa cientfica.

    Em troca de estarem assumindo o serviopblico recebem dotaes oramentrias(verbas pblicas), servidores pblicos e,ainda, patrimnio pblico. Por no teremfinalidade, podem ser contratados sem licitao.Ex. Santas casas. OSESP.

    S e r v i o ss o c i a i sautnomos

    Fomenta a execuo deservios de interesse pblicode auxlio a categoriasprofissionais. Ex. cursosprofissionalizantes. SESC,SENAC, SENAI, SEBRAE.

    S incentiva, no transferenenhum servio.

    Por meio da iseno para a manuteno daseguridade social, composta por assistnciasocial, diz o artigo 195 da CF, que ela mantidapelos oramentos das quatro esferas de governoe por contribuies que vem da iniciativaprivada. Art. 240 da CF.Art. 195. A seguridade social ser financiada por toda asociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei,mediante recursos provenientes dos oramentos daUnio, dos Estados, do Distrito Federal e dosMunicpios, e das seguintes contribuies sociais:Art. 240. Ficam ressalvadas do disposto no art. 195 asatuais contribuies compulsrias dos empregadoressobre a folha de salrios, destinadas s entidadesprivadas de servio social e de formaoprofissional vinculadas ao sistema sindical.

  • Organizaesda sociedadecivil dei n t e r e s s ep b l i c o(OSCIP)

    Fomenta a execuo deservios de interesse pblicovoltado assistncia social.Ex. combate a pobreza,voluntariado, desenvolvimentosustentvel.Aqui tambm s incentiva, notransfere nenhum servio.

    O governo fomenta as atividades que elesdesenvolvem, pois era o governo que deveriafazer. Pode fazer convnios.

    Art. 70 da CF, pargrafo nico. Embora no integram a estrutura da administrao, tem assuas verbas fiscalizadas pelo TCU. Como elas recebem incentivos, o TCU tem o dever defiscalizar de como estas verbas esto sendo fiscalizadas.Art. 70. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial da Unio e das entidades daadministrao direta e indireta, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao das subvenes erenncia de receitas, ser exercida pelo Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema decontrole interno de cada Poder.Pargrafo nico. Prestar contas qualquer pessoa fsica ou jurdica, pblica ou privada, que utilize, arrecade,guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores pblicos ou pelos quais a Unio responda, ou que, emnome desta, assuma obrigaes de natureza pecuniria

    RESPONSABILIDADE DO ESTADOArt. 37, 6, CF - As pessoas jurdicas de direito pblico e as de direito privadoprestadoras de servios pblicos respondero pelos danos que seus agentes,nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra oresponsvel nos casos de dolo ou culpa.

    1. Definio: a obrigao atribuda ao poder pblico de indenizar os danoscausados a terceiros, pelos seus agentes, agindo nesta qualidade.

    2. Reflexos:a. Fases da responsabilidade do Estado:

    i. Irresponsabilidade do Estado: The king can do no wrong (oEstado no erra).

    ii. Responsabilidade subjetiva: a culpa era annima, pois recaiasobre o servio, ou porque no foi prestado quando deveria, ouquando foi prestado de forma deficiente. faute du service (culpado servio).

    iii. Responsabilidade objetiva: a base o nexo causal. a relaode causa e efeito entre o fato ocorrido e as consequncias deleresultantes, sempre que existir uma ntima ligao entre causa eefeito o nexo causal estar configurado e, por via deconsequncia, a responsabilidade do estado.Variantes da responsabilidade objetiva: Risco integral: o Estado, acionado em juzo, responder porquaisquer danos experimentados pela vtima, ainda que o Estadono tenha sido o causador do dano. Sendo assim ele no poderinvocar em sua defesa, excludentes ou atenuantes deresponsabilidade. Risco administrativo: o Estado, acionado em juzo, s respondepelos danos que efetivamente tenha causados terceiros. Sendoassim ele poder invocar em sua defesa, excludentes ouatenuantes de responsabilidade, ou seja, poder invocar em suadefesa, situaes ou que excluam, afastem ou atenuem. Situaesem que o Estado poder invocar:(i) Caso fortuito(ii) Fora maior(iii)Culpa da vtima

  • 3. Perfil atual: no Brasil a responsabilidade do Estado objetiva na variantedo risco administrativo, ou seja, o Estado s responde pelos danos quetenha causado a terceiros, podendo invocar em sua defesa caso fortuito,fora maior e a culpa da vtima.

    A vtima poder acionar pessoas jurdicas de direito pblico e as de direitoprivado prestadoras de servios pblicos.Danos causados por: Autarquia e fundao, respondem com base no Art. 37, 6. Estas so

    criadas s para servios pblicos. Nesse caso as autarquias e fundaes querespondem. No caso rgos, ser a esfera de governo, que por ela responde.

    Empresa pblica e sociedade de economia mista podem ser criadas paraprestao de servio pblico ou para explorar a atividade econmica.Sempre que o dano for resultante da prestao de um servio pblicono importa quem esteja a frente dessa execuo a responsabilidadeser objetiva (Art. 37, 6). Quando se tratar de pessoa jurdica queexplore a atividade econmica, elas respondero como a iniciativa privadaresponderia (Art. 173, 1, II - a sujeio ao regime jurdico prprio dasempresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigaes civis,comerciais, trabalhistas e tributrios).

    No importa se a vtima era ou no era usurio do servio pblico, se o danofoi com base no servio pblico a responsabilidade com base no Art. 37, 6. O critrio adotado neste artigo o da natureza da atividade. Noimportando quem causou (se era servio pblico, foda-se), no importandoque sofreu. O foco tem que estar na atividade em que era desenvolvida. Nocaso: servio pblico.

    Portanto, a CF prestigiou a natureza da atividade (servio pblico) que eraprestado quando o dano se verificou responsabilidade objetiva com avariante do risco administrativo.

    4. Ao de regresso do Estado contra o agente: se o Estado foi condenadoo agente s responder se ficar comprovado dolo ou culpa. O perfil dareponsabilidade do agente a subjetiva.

    RESPONSABILIDADEOBJETIVA SUBJETIVA (omisso)

    Regra: variantedo riscoadministrativo.

    Exceo: variante do risco integral. S terrorista. resultante da Lei10.744/2003: responsabilidade do Estado no caso de atentado terrorista.CUIDADO: Dano nuclear responsabilidade objetiva, no tem nenhuma leidizendo e a CF, no diz nada: (Art. 21, XXIII, d) XXIII - explorar os servios einstalaes nucleares de qualquer natureza e exercer monoplio estatal sobre apesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrializao e ocomrcio de minrios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princpiose condies: d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe daexistncia de culpa. No se pode especular alguns precedentes.Do mesmo modo o dano ambiental objetiva.

    Diretamente doagente (no)

    Diretamente do agente (sim). Assim o agente responde subjetivamente.

    5. O Estado responde por danos resultantes de atividade judicial? Sim, Art. 37, 6 Art. 5 LXXV - o Estado indenizar o condenado por erro judicirio,assim como o que ficar preso alm do tempo fixado na sentena;

    6. O Estado responde por danos resultantes da atividade legislativa? Desdeque a inconstitucionalidade seja reconhecida pelo judicirio comefeito erga omnes.

  • 7. Qual o prazo de prescrio para da proposio da ao da vtimacontra o Estado: 5 anos.

    8. J o prazo para a propositura da ao de regresso do Estado contra oagente imprescritvel (art. 37 5 - A lei estabelecer os prazos deprescrio para ilcitos praticados por qualquer agente, servidor ou no, quecausem prejuzos ao errio, ressalvadas as respectivas aes deressarcimento).

    DIREITO DE PROPRIEDADEa. Perfil constitucional: Localizao: Artigos 5, caput, XXII, LIV, LV.

    Art. 170. A propriedade um direito (XXII) e um dever (XXXIII).

    i. XXII - garantido o direito de propriedade;

    ii. XXIII - a propriedade atender a sua funo social;

    iii. LIV - ningum ser privado da liberdade ou de seus bens sem odevido processo legal;

    b. Funo social da propriedade: Art. 170. A ordem econmica,fundada na valorizao do trabalho humano e na livre iniciativa, tempor fim assegurar a todos existncia digna, conforme os ditames dajustia social, observados os seguintes princpios: III - funo socialda propriedade; II propriedade privada (CF - assegurado o direito a propriedade.

    c. Propriedade urbana: Art. 182, 2 - A propriedade urbana cumpresua funo social quando atende s exigncias fundamentais deordenao da cidade expressas no plano diretor.

    i. Plano diretor: diploma legal que estabelece regras de formaa permitir que uma cidade possa crescer de forma organizada.Sempre que uma propriedade no atende as disposies doplano diretor, o proprietrio comete umainconstitucionalidade.

    ii. Sanes aplicveis: art. 182, 4 - facultado ao PoderPblico municipal, mediante lei especfica para rea includa no planodiretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietrio do solo urbanono edificado, subutilizado ou no utilizado, que promova seuadequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

    1. I - parcelamento ou edificao compulsrios;

    2. II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbanaprogressivo no tempo [IPTU PROGRESSIVO aqui aprogressividade do imposto surge como uma penalidaderesultante por no se ter dado, o proprietrio, uma funosocial para sua propriedade].

    3. III - desapropriao com pagamento mediante ttulos dadvida pblica de emisso previamente aprovada pelo SenadoFederal, com prazo de resgate de at dez anos, em parcelas

  • anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real daindenizao e os juros legais.

    Temos dois tipos de desapropriao, assim, ambastem direito a indenizao, mas o perfil daindenizao, que sempre devida, varia de acordo como fundamento da desapropriao:

    a. Se for por interesse pblico: neste caso oproprietrio perde a propriedade porque ointeresse pblico se sobrepe ao dele, cujaindenizao ser de acordo com o art. 5, XXIV,CF (indenizao prvia, justa, em dinheiro).Aqui proprietrio no fez nada errado.

    b. Se for por sano. por razes deinconstitucionalidade: quando o proprietrio nodeu propriedade sua funo social, neste casoa indenizao ser paga em ttulos da dvidapblica resgatveis em at 10 anos (art. 182,4, III, CF).