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Distúrbios de aprendizagem Psicopedagogo Rosalvo de Santana Gomes

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Distúrbios de aprendizagem

Psicopedagogo Rosalvo de Santana Gomes

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O QUE SÃO DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM?

OS DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM - são caracterizados por problemas no sistema nervoso central que fazem com que os indivíduos tenham dificuldades em aprender conteúdos ou atividades específicas, como por exemplo, escrever, ler ou fazer cálculos matemáticos.

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DIFICULDADES X DISTURBIOS DE APRENDIZAGEM

DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM - podem ser entendido como todo e qualquer obstáculo encontrado por um indivíduo no processo ensino-aprendizagem. Eles podem ser causados por uma série de fatores como: conflitos familiares, baixo QI, metodologia de ensino inapropriada, diferenças culturais, falta de interesse, desnutrição e muitos outros. Independente de suas causas, as dificuldades causam problemas no processo de aprendizagem que podem afetá-lo de forma parcial ou total.

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Distúrbios também geram dificuldades na aprendizagem. Porém, eles são causados por problemas no sistema nervoso central e produzem dificuldades específicas. Assim, eles podem se apresentar em crianças com QI normal, qualidade de vida adequada, métodos de ensinos apropriados, e outros.

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A maior parte dos distúrbios passa a ser observado quando a criança começa a freqüentar a escola. É importante que os professores percebam suas diferenças no processo ensino-aprendizagem em relação aos demais alunos da mesma idade. Porem, para que isso seja possível, é necessário que esses profissionais tenham os conhecimentos adequados.

UM PONTO IMPORTANTE

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Esquerdo

Direito

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A dislexia é um distúrbio na leitura afetando a escrita. A criança dislexa possui inteligência normal ou muitas vezes acima da média. Sua dificuldade consiste em não conseguir identificar símbolos gráficos (letras e/ou números) tendo como conseqüência disso a dificuldade na leitura e escrita.

A dislexia é hereditária. Segundo pesquisas, uma em cada 20 crianças é disléxica (três vezes mais meninos que meninas) e, se um dos pais for disléxico, a criança terá dezessete vezes mais probabilidade de sofrer da doença.

Para simplificar, pode-se dizer que a dislexia é causada por alterações nas áreas do cérebro responsáveis pelos sons da linguagem, e do sistema que transforma o som em escrita ou uma letra em um som.

DISLEXIA

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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS

Confusão de letras, sílabas ou palavras que se parecem

graficamente: a-o, e-c, f-t, m-n, v-u.

Inversão de letras com grafia similar: b/p, d/p, d/q, b/q, b/d, n/u, a/e.

Inversões das silabas: em/me, sol/los, las/sal, par/pra.

Ao ler pula linha ou volta para a linha anterior.

Soletração defeituosa: lê palavra por palavra, silaba por silaba, ou

reconhece letras isoladamente sem poder ler.

freqüentemente não conseguem orientar-se no espaço sendo

incapazes de distinguir direita de esquerda. Isso traz dificuldade para

se orientarem com mapas, globos e o próprio ambiente.

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TRATAMENTO E ORIENTAÇÕES

O tratamento será realizado por um especialista ou alguém que tenha noções de ajuda ao disléxico.

Algumas orientações: ÞReforçar a aprendizagem visual com o uso de letras em alto relevo, com diferentes texturas e cores.ÞDeve-se iniciar por leituras muito simples com livros atrativos, aumentando conforme o seu ritmo..ÞSuas habilidades devem ser julgadas mais em suas respostas orais do que nas escritas.=>Sempre que possível, a criança deve ser encorajada a repetir o que foi lhe dito para fazer, isto inclui mensagens. Sua própria voz é de muita ajuda para melhorar a memória.

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ADICIONAL

De acordo LEILA SARA (2008) se uma criança é diagnosticada entre 4 e 5 anos, quando for à escola provavelmente necessitará somente de cerca de meia hora de instrução extra por dia, num período de seis meses, para trazê-la aos padrões normais de leitura e escritaSegundo a autora, se a dislexia não for diagnosticada até que complete 7 ou 8 anos de idade, ela terá que fazer muitas coisas para superar seus problemas.

Pesquisa recente na opinião de Tomasso e outros (2007) sugere que, ao mesmo tempo em que têm problemas com a leitura e escrita, as crianças disléxicas também tem dificuldades para distinguir diferentes sons. Mostram os autores que , além disso, apresentam problemas de memória e equilíbrio, que devem merecer atenção especial.

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DisgrafiaA disgrafia também é conhecida como “letra feia” porque as crianças que possuem esse tipo de distúrbio, apresentam uma escrita ilegível e lenta. As crianças não conseguem coordenar as informações visuais com a realização motora do ato de escrever.Existem dois tipos de disgrafia: a motora e a pura. A primeira atinge a maioria das crianças com este distúrbio e consiste na dificuldade em escrever palavras e números corretamente. A segunda é mais difícil de ser diagnosticada porque aparece quando a criança sofre algum trauma emocional e isso se reflete na sua letra. Existem alguns sinais que podem indicar as relações entre os problemas causados por este distúrbio e as condições emocionais da criança:• Letras pequenas demais podem indicar uma timidez excessiva.• Letras grandes demais podem indicar uma criança que necessita estar sempre no centro das atenções.•Letras feitas com muita força, que chegam a marcar as outras páginas do caderno, podem indicar que a criança esteja tensa.

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ALGUMAS CARACTERÍSTICAS

Lentidão na escrita Letra ilegível Traços irregulares: ou muito fortes que chegam a marcar o papel ou muito leves.Desorganização geral na folha por não possuir orientação espacial.Desorganização do texto, pois não observam a margem parando muito antes ou ultrapassando. Quando este ultimo acontece, tende a amontoar letras na borda da folhaO espaço que dá entre as linhas, palavras e letras são irregulares.Liga as letras de forma inadequada e com o espaçamento irregular

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A disgrafia normalmente é observada um ou dois anos depois que a criança aprende a escrever. É comum que os professores demorem para perceber o problema, pois eles estão mais preocupados com o desenvolvimento intelectual dos alunos do que com o motor. Embora não se treine de forma efetiva a organização espacial das crianças, exige-se que elas tenham uma boa escrita, o que pode ser visto como uma problemática na educação infantilA idade mais indicada para se começar a tratar a disgrafia é a partir dos oito anos, quando a letra começa a se firmar. Quando não tratado, o distúrbio pode trazer problemas mais sérios na vida adulta, entre eles a dificuldade de comunicação. Em processos seletivos como vestibulares, por exemplo, é preciso escrever textos relativamente longos e tem-se pouco tempo disponível pra isso. Candidatos que sofrem com a disgrafia, já se apresentam em desvantagem na concorrência.

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ORIENTAÇÕES

Algumas atitudes podem ser tomadas no sentido de minimizar os problemas causados pela disgrafia. Pode-se citar como exemplo exercícios como o ombro (como os realizados com o brinquedo “vai e vem”), para o cotovelo (como os realizados ao jogar peteca), para os punhos e mãos (como brincar com massinhas ou argilas e pintar com lápis de cor ou giz de cera).Deve-se destacar a importância dos esportes. Através deles é possível trabalhar a orientação espacial e a coordenação motora da criança. Brincadeiras como jogar vôlei, xadrez e peteca também podem ajudar na melhora da letra, já que fazem a criança usar as mãos e planejar os movimentos.Tome cuidado e oriente as crianças para que tenham uma postura adequada na hora de sentar e pegar no lápis ou caneta, posicionando corretamente a folha de papel ou caderno em que se pretende escreverNão imponha nenhum modelo de letra para os alunos, mas sim respeite o seu grafismo desde que ele seja legível, claro e atinja o objetivo principal da escrita, que é a transmissão da linguagem oral.

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DISORTOGRAFIA

A disortografia também é um problema encontrado na linguagem, onde

a criança apresenta dificuldades em realizar a escrita e a fala, lidar com

todas as sinalizações gráficas e outros conhecimentos. Caracteriza-se

pelos sintomas: trocas, inversões, adições junções e omissões.

Exemplos:Troca de letras que se parecem sonoramente: faca/vaca,

chinelo/jinelo, porta/borta.Confusão de sílabas como: encontraram/encontrarão.Adições: ventitiladorOmissões: cadeira/cadera, prato/pato.Fragmentações: en saiar, a noitecerInversões: pipoca/picoca.Junções: No diaseguinte, sairei maistarde

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A causa da disortografia encontra se no processo de decodificação. Segundo Tomaso (2007) essa alteração na decodificação é causada por um fundo emocional.

ORIENTAÇÕES

Estimular a memória visual através de quadros com

letras do alfabeto, números, famílias silábicas.

Não exigir que a criança escreva vinte vezes a palavra,

pois isso de nada irá adiantar

Não reprimir a criança e sim auxilia - lá positivamente

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DISCALCULIAA Discalculia está ligado às dificuldades com as habilidades matemáticas. As crianças são capazes de compreender as lições transmitidas, mas quando tentam colocar em prática o que aprenderam, acabam trocando e invertendo as ordens das operações .

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Algumas das principais dificuldades enfrentadas por aqueles que possuem discalculia são:Visualizar conjuntos de objetos dentro de um conjunto maior. Conservar a quantidade .Exemplo: Não compreendem que 1kg é igual a quatro pacotes de 250 g Os sinais de soma, multiplicação e os demais. Seqüenciar números, como, por exemplo, o que vem antes do 11 e depois do 15 (antecessor e sucessor). Classificar números. Dificuldade na memória de trabalho. Dificuldade de memória em tarefas não-verbais. Dificuldade na soletração de não-palavras (tarefa de escrita). Dificuldade na memória de trabalho que implica contagem. Montar operações. Contar através dos números cardinais e ordinais. Estabelecer correspondência um a um: não relaciona o número de alunos de uma sala à quantidade de carteiras.

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DICAS PARA O PROFESSOR:

Não force o aluno a fazer as lições quando estiver nervoso por não ter conseguido;

Explique a ele suas dificuldades e diga que está ali para ajudá-lo sempre que precisar;

Proponha jogos na sala; Procure usar situações concretas, nos problemas.

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“Se não posso, de um lado, estimular os

sonhos impossíveis, não devo, de outro, negar a

quem sonhao direito de sonhar. Lido com gente e não com

coisas”( PAULO FREIRE)