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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA
EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA O DIGITAL
Por: Josué de Sousa Guilherme
Orientador
Prof. Nelsom de Magalhães
Rio de Janeiro
2015
DOCUMENTO PROTEGID
O PELA
LEI D
E DIR
EITO AUTORAL
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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA
EVOLUÇÃO DA COMUNICAÇÃO PARA O DIGITAL
Apresentação de monografia à AVM Faculdade
Integrada como requisito parcial para obtenção do
grau de especialista em transmídia, gestão em mídias
digitais.
Por: Josué de Sousa Guilherme.
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AGRADECIMENTOS
A Deus por ter me dado saúde, força
para chegar até aqui.
Ao corpo docente desta universidade,
que sem dúvida abriram mais uma
janela de conhecimento e hoje posso
vislumbrar novos horizontes.
Ao orientador Nelsom de Magalhães,
pelo suporte no pouco tempo que lhe
coube, sou grato.
Aos meus pais, família e namorada que
em meio as situações, sempre me
deram forças e total apoio.
E a todos os colegas de classe, de
profissão, que direta e indiretamente
ajudaram na minha formação.
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DEDICATÓRIA
A Deus, que acima de tudo e todos é o
Senhor e criador, por me dar o folego de
vida e a motivação de cada dia em superar
cada dificuldade.
E ao meu pai (em memória), que mesmo
no pouco e nas dificuldades foi o meu
mestre nas matérias de honestidade,
sinceridade, e em como ser homem, devo
tudo a ele.
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RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo apresentar a evolução das mídias e seu
encadeamento nos processos comunicativos, partindo de uma análise da
evolução da linguagem desde os primórdios, até o digital, cada qual com suas
características individuais de comportamento. Com o advento da escrita, as
ações humanas, inclusive o processo da comunicação e a produção de
conhecimento, passaram a ser registrados, possibilitando avanços científicos de
grande relevância, inclusive em relação ao desenvolvimento de novas
tecnologias que intensificaram a própria comunicação humana. A partir deste
ponto, destacam-se os aspectos positivos e negativos deste avanço que passou
a ser mais digital do que social, assim como suas consequências e
perspectivas para os anos vindouros. Onde iremos parar? O método utilizado
por esta pesquisa será em grande parte bibliográfico, concentrando-se também
em dados estatísticos. Os dados recolhidos foram submetidos a uma análise
de conteúdo juntamente com a leitura de material bibliográfico, espera-se que
os resultados ofereçam maiores esclarecimentos sobre o tema pesquisado.
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METODOLOGIA
Esta pesquisa pode ser descrita como predominantemente qualitativa
interpretativista, já que não há nada de experimental e o papel do investigador
é o de observar o objeto, coletar os textos e fazer uma análise. Quanto às
perspectivas de pesquisa, consideramos duas abordagens: uma para a coleta
de dados e outra para a interpretação dos dados. A metodologia empregada
será de estudo comparativo das obras produzidas que acreditamos ser
significativas ao tema proposto. O estudo foi feito por meio de pesquisas
bibliográficas em livros da área de publicidade, comunicação, mídias sociais
digitais e em sites especializados em matérias realizadas sobre o tema. Para
que houvesse maior compreensão e entendimento dos aspectos teóricos e
práticos, foi analisado: história, conceito, função e uso de todas essas práticas,
considerando também as suas hipóteses a fim de comprovar os resultados
alcançados.
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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AM Amplitude Modulation (Modulação em amplitude)
ARPANET Advanced Research Projects Agency Network (Rede De
gências para Projetos De Pesquisas Avançadas)
BIT Binary Ditgit (Digíto binário)
CI Circuito Integrado
CRT Cathode ray tube (Tubo de raios catódicos)
FGV Fundação Getúlio Vargas
FM Frequency Modulation (Frequência modulada)
IBOPE Instituto brasileiro de opinião e estáticas
PCM Pulse Code modulation (Modulação por código de pulsos)
RADAR Radio Detection and Ranging (Detecção e Telemetria pelo rádio)
TV Televisão
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I - O conceito 10
CAPÍTULO II - Do Grito ao Digital 24
CAPÍTULO III - A revolução 36
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA 45
ANEXOS 50
INDICE 52
FOLHA DE AVALIAÇÃO 54
9
INTRODUÇÃO
Começamos por falar rapidamente sobre o objetivo desta pesquisa: a evolução
da comunicação para o digital. Este representa um dos fenômenos marcante
da espécie humana. Compreendê-la, implica seguir a sua linha do tempo, ir a
fundo à sua origem, no seu desenvolvimento e acompanhar o seu progresso
rumo a evolução, até chegarmos aos dias de hoje. O que podemos esperar
deste avanço que não para? Como será daqui a alguns anos? Caminharemos
por todas as etapas deste processo para alcançar o objetivo desejado.
Segundo Mayr (2006, p.95), “Uma pessoa do século XXI vê o mundo de maneira
bem diferente daquela de um cidadão da era vitoriana” e que “Essa mudança
teve fontes múltiplas, em particular os incríveis avanços da tecnologia.”
Seguindo este raciocínio, podemos ver que a comunicação tem evoluído de
maneira muito rápida, e da mesma forma o comportamento humano tem
acompanhado esta evolução, sendo assim, a linguagem, a cultura e a tecnologia
estão ligadas umas as outras de maneira inseparável, que alicerçam a presente
pesquisa.
Ao explorar o vasto campo da comunicação e seus diversos aspectos temos o
objetivo geral de contribuir para com teorias da comunicação e a sua evolução
para o digital. Considero o presente trabalho a servir como um contraponto à
história dos meios de comunicação, abordando nomes de pessoas de fortes
influências neste campo, que por muitas das vezes nem são lembrados, mas
que de maneira inteligente fizeram suas contribuições, considerando seus
conhecimentos, previsões e apontamentos futuros.
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CAPÍTULO I
O ÍNICIO DE TUDO
O CONCEITO
De imediato, podemos classificar a comunicação conforme
propõem os dicionários, assim o termo seria apenas mais um substantivo
feminino: “1. ato de comunicar; informação, aviso; 2. passagem, caminho,
ligação”. (Rocha 1997, p.154). Mas tal classificação, além de insciente para
descrever o fenômeno, se serve do longo processo de desenvolvimento da
linguagem para simplificar um dos fenômenos mais importantes da socialização,
cujos limites sempre estão por vir, conforme ressalta Baitello Júnior (1998,
p.11): “Todo processo comunicativo tem suas raízes em uma demarcação
espacial chamada corpo. O que se denomina “comunicação” nada mais é que a
ponte entre dois espaços distintos.” O autor afirma que a consciência deste
espaço enquanto entidade autônoma inicia-se no momento do nascimento. A
mudança de um espaço quente e aquoso para um espaço frio, aéreo e hostil
exige a manifestação explícita do novo ser, seja pelo choro, seja pelas outras
linguagens de seu corpo: linguagens térmicas (a febre ou a hipotermia),
linguagens olfativas (odores normais e anormais) ou linguagens visuais
(arroxeamento ou amarelecimento da pele, da face, dos lábios, cor das fezes).
O nascimento deveria ser definido como momento inaugural de toda
comunicação social, conforme afirma OLIVEIRA (1995).
1.1 – O início de tudo
11
As primeiras explicações sobre a origem da linguagem têm seus fundamentos
na religião. Deus teria dado a Adão uma língua e a capacidade de nomear tudo
o que existe. Haveria apenas uma língua, em que cada palavra teria apenas
um significado. O filósofo Jean-Jacques Rousseau (1712-1778) supôs que a
linguagem humana teria evoluído gradualmente, a partir da necessidade de
exprimir os sentimentos, até formas mais complexas e abstratas. Para
Rousseau, a primeira linguagem do homem foi o "grito da natureza", que era
usado pelos primeiros homens para implorar socorro no perigo ou como alívio
de dores violentas, mas não era de uso comum. (SILVA, 2007). A linguagem
propriamente dita só teria começado
"quando as ideias dos homens começaram a estender-se e a multiplicar-se, se estabeleceu entre eles uma comunicação mais íntima, procuraram sinais mais numerosos e uma língua mais extensa; multiplicaram as inflexões de voz e juntaram- lhes gestos que, por sua natureza, são mais expressivos e cujo sentido depende menos de uma determinação anterior". (ROUSSEAU, 1989, p. 35).
Já o filósofo e psicólogo americano George Herbert Mead (1863-1931),
contrariamente a Rousseau, afirmava que a linguagem gestual precedeu a
linguagem falada. A necessidade de combinarem certos gestos para
coordenarem suas ações durante as caçadas ou fugas de outros animais levou
os homens a desenvolverem certos gestos comuns que se repetiam. (SILVA,
2007; cf. MEAD, 1967, p. 13-16).
1.1.1 - Iniciando a comunicação
“Comunicação é a arte de ser entendido”. (Peter Ustinove – Inglaterra 1921)
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A comunicação é um marco histórico que revolucionou o mundo desde os
primatas, até os dias atuais. A sua presença ao longo de todo esse tempo, deu
o seu contributo histórico e favoreceu a tecnologia, que por sua vez avançou a
passos largos. Ela (a comunicação) foi e continua sendo o elo mais importante
da evolução humana, entre o passado e presente tornou-se grande o seu
diferencial.
O ato de se comunicar sempre foi uma necessidade humana. O homem primitivo
tinha o desejo de se expressar para seu semelhante e com ele comunicar-se. A
vontade de transmitir informação ao outro era tanta que ele criou um
desenvolvimento da fala através de desenhos, gestos, gemidos e gritos, e
mesmo não sendo dotado de uma capacidade de expressão completa ou
perfeita, ele se utilizava destes meios de comunicação até que fosse
compreendido. Podemos então observar que por natureza, o ser humano é um
ser de comunicação, é impossível se relacionar, sem comunicar. Só através da
comunicação que conseguimos transmitir ao próximo, nossos objetivos e
desejos, portanto tudo que ele fez e faz é comunicação. Falar é comunicar,
ficar calado também, gestos, atitudes, formas de agir, tudo que fazemos com o
nosso corpo, estamos comunicando algo. E embora os primatas fizessem isso
de forma limitada, com o passar do tempo foram adquirindo novos meios,
assim a forma de se comunicar se tornou cada vez mais clara, ela foi variando
ao longo dos séculos e evoluiu em paralelo com a evolução da espécie humana.
Foram desenvolvidas diversas formas de processos linguísticos até que
chegássemos à nossa forma atual.
1.2 - O processo de evolução da comunicação
“Toda comunicação humana começa na mídia primária, na qual os indivíduos
se encontram cara a cara, corporalmente e imediatamente, e toda comunicação
retorna para lá.” (PROSS, 1972, p.128)
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Durante este período pudemos ver como o processo de aprendizagem foi
crescente e constante. Uma simples observação sobre as diversas formas de
linguagens, nos mostra como ela foi se modificando através dos anos. A Cada
geração, um novo progresso. Um exemplo disso na prática é um senhor de
sessenta anos hoje, ele teve suas gírias, sua forma de se expressar, isso tudo
bem diferente de um jovem de hoje, que também tem sua forma de se
comunicar, mas devido a tais progressos, teve sua fala modificada de modo
significativo, isso nos mostra o quanto evoluímos em um espaço de sessenta
anos, quem dirá desde os primórdios.
1.3 - O processo da comunicação
De acordo com BERLO (1999, p.33), “Um dicionário, pelo menos, define
‘processo’ como qualquer fenômeno que apresente contínua mudança no tempo
ou qualquer operação ou tratamento contínuo”. Quinhentos anos antes do
nascimento de Cristo, Heráclito destacou a importância do conceito de processo,
ao declarar que um homem não pode entrar duas vezes no mesmo rio; o homem
será diferente e assim também o rio.
Se aceitarmos o conceito de processo, veremos os acontecimentos e as relações como dinâmicos, em evolução, sempre em mudança, contínuos. Quando chamamos algo de processo, queremos dizer também que não tem Ano IX, n. 11 – Novembro/2013 8 um começo, um fim, uma sequencia fixa de eventos. Não é coisas estática, parada. É móvel; Os ingredientes do processo agem uns sobre os outros; cada um influencia todos os demais. (BERLO, 2003, p.22 e 23)
Acolhendo o pressuposto de BERLO (2006, p. 28) assume o conceito de
comunicação como processo, em razão de que o termo “designa um fenômeno
contínuo [...] com sua evolução em interação”.
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Na psicologia, que procura lançar luzes sobre os elementos sensoriais e,
concomitantemente, sobre importantes aspectos da experiência estética.
O ser humano é um “sistema” aberto em constante intercâmbio consigo próprio (vida interior mental e visceral) e com o mundo ambiental”. Isso só é possível graças aos elementos e órgãos que forma o Conjunto sensorial (órgãos do sentido, sensibilidade à dor, etc., etc.) e às funções perceptivas. [...] Durante a transmissão de sinais ou símbolos, no trabalho de comunicação, o colorido emocional e a tonalidade afetiva tem fundamental importância [...] (PEREIRA, 1973, p.108)
Na sociologia, quando propõe que o processo de comunicação poderia ser
considerado como fundamento da vida social.
[...] Com efeito, num plano lógico de consideração dos fatos, o processo da comunicação humana poderia ser encarado como o fundamento da vida social e não o contrário, conquanto do ponto de vista da natureza ou da estrutura de tais fenômenos os dois se manifestam de forma nitidamente inseparáveis e, mais que isso, interdependente: [...].( MENEZES 1973, p.147)
O processo de comunicação é composto de três etapas subdivididas, e por
definição, um meio de comunicação deve compreender todos os elementos
desse processo:
Emissor: é a pessoa que pretende comunicar uma mensagem, pode ser
chamada de fonte ou de origem.
a) Significado: corresponde à ideia, ao conceito que o emissor deseja
comunicar.
b) Codificador: é constituído pelo mecanismo pelo qual a mensagem é
elaborada para que possa ser transmitida.
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Mensagem: é a ideia em que o emissor deseja comunicar.
a) Canal: também chamado de veículo, é o espaço situado entre o emissor e o
receptor.
b) Ruído: é a perturbação dentro do processo de comunicação.
Receptor: é a etapa que recebe a mensagem, a quem é destinada.
a) Descodificador: é estabelecido pelo mecanismo auditivo para decifrar a
mensagem, para que o receptor a compreenda.
b) Compreensão: é o entendimento da mensagem pelo receptor.
c) Regulamentação: o receptor confirmar a mensagem recebida do emissor
representa a volta da mensagem enviada pelo emissor (feedback).
A Humanidade mesmo que de maneira limitada, sempre teve a necessidade de se
exprimir nas mais diversas formas, na busca pelo até então desconhecido,
chegaram até a mais clara e fácil, todo processo foi evolutivo e de grande
importância, a pintura dos cenários do seu cotidiano, a reprodução dos sons dos
animais para possibilitar a distinção entre eles, a criação de algumas palavras,
tudo foi fundamental para chegarmos aonde chegamos. Passamos o a nos
comunicarmos através de letras, falas, caracteres, palavras talhadas em pedras
e enviadas ou deixada a outros.
Podemos dizer que o uso da escrita deu início a um tipo de comunicação que
tornava possível produzir mensagens e remetê-las até mesmo a pessoas que
estivessem a milhares de quilômetros a distância.
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Os gestos, os desenhos, os meios visuais e as escritas foram ferramentas
fundamentais para o processo de desenvolvimento da comunicação, mas a
linguagem oral sem dúvida foi à aquisição mais valiosa de toda a humanidade.
1.4 - Comunicações além das fronteiras
Devido à necessidade de uma comunicação rápida, confiável e que pudesse ser
compreendida, os irmãos Chappe, que eram franceses, começaram a construir
em 1790 um telégrafo, um aparelho que era feito com uma espécie de braços
articulados e possibilitava a transmissão de informações.
Em 1840, um senhor chamado Morse criou um telégrafo já mais moderno, a
criação de um aparelho e um código que tornaram-se padrões internacionais.
De longe, o mais prático. O remetente apenas pressionava uma tecla na
linguagem de pontos, e traços eram automaticamente marcados sobre o papel
do outro lado da linha.
Nenhuma invenção encolheu o mundo de forma tão espetacular quanto o
telégrafo, capaz de levar mensagens através de mares e continentes e que
ainda hoje é utilizado na comunicação entre navios de guerra e nas atividades
dos escuteiros.
João Gutenberg ou Johannes Gensfleisch zur Laden zum Gutenberg, também
nos deu seu reforço para que a comunicação fosse além das fronteira. A sua
contribuição foi a introdução de tipos (caracteres) individuais de metal e o
desenvolvimento de tintas à base de óleo para melhor usá-los. Aperfeiçoou
ainda uma prensa gráfica, inspirada nas prensas utilizadas para espremer as
uvas na fabricação de vinho, e com a prensa de tipos móveis, em 1439
revolucionou a produção de livros no século XV. Graças a essa invenção, os
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livros, que antes eram reproduzidos a mão, passaram a ser impressos e
produzidos de forma mais rápida e barata.
Como meios mais facilitadores para a comunicação, foram criadas outras formas
de correspondência que fossem mais rápidas e eficientes, como os correios,
cada país construiu o seu, isso possibilitou o envio de cartas de um local para
outro, eram cobradas taxas para despesas e a entrega e ficava sob a
responsabilidade das agências locais,
Dentre tantos outros meios de comunicações criados, os jornais são também
os mais antigos, nele são feitas publicações de notícias sobre os fatos que
acontecem no dia a dia. As revistas também noticiam assuntos diversos, como
políticos, de turismo, esportes, laser, fofocas de artistas, apresentam
documentários, fatos históricos, saúde, dentre outros tantos assuntos.
Era da comunicação de massa inicia-se no século XIX, com jornais, para
pessoas comuns, como também com o aparecimento das mídias electrónicas.
Ela está destinada ao grande público, e teve a sua maior adesão com o
surgimento do cinema, rádio e televisão, o que pode criar uma indústria cultural.
1.5 - Tecnologia na comunicação
Iniciamos o século XXI com o avanço das telecomunicações, que nos últimos
anos apresentam um salto evolutivo muito além de qualquer previsão. A micro
electrónica criou o Chip com dezenas de milhões de transístores e a
digitalização deu às telecomunicações a mesma linguagem dos computadores.
O mais moderno meio de comunicação.
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A partir daí, nascem às redes de computadores, e, entre elas, a de maior
impacto na vida das pessoas: a Internet, que nos permite comunicar com
pessoas de todo o mundo, num determinado momento, ou mesmo visitar lugares
que não conhecemos. Temos acesso ao mundo, sendo possível levantar
pesquisas e obter novas informações. As cartas são virtuais e receberam o nome
de e-mail. Programas e softwares incrementam esse meio de comunicação,
onde podemos até abrir uma câmera de vídeo e conversar vendo a outra
pessoa. A tecnologia é tão grande que falamos com sujeitos que estão do outro
lado do mundo, como se estivéssemos bem próximos.
Outra forma de comunicação muito utilizada na atualidade são os torpedos.
Pequenas mensagens enviadas de aparelhos telefônicos
(celulares/smartphones). Até mesmo crianças se utilizam dessas ferramentas
tecnológicas para falar com seus amigos e parentes. Com tantos recursos,
trocar informações, podemos observar que este processo tem sido rápido, e
que o ser humano tem buscado criar cada vez mais meios de se comunicar que
lhe atenda e que sejam tão eficientes quanto os que já possuem.
A humanidade assistiu ao longo do século X várias evoluções tecnológicas que
permitiram a conquista do espaço. Os satélites de telecomunicações são, talvez,
os maiores frutos dessa conquista. Além de permitirem a retransmissão de
programas da televisão educativa e comercial, eles abriram novas perspectivas
para a comunicação telefónica, a transmissão de dados, fax, internet e muitos
outros serviços especializados.
O desenvolvimento da tecnologia permitiu a digitalização de todas as formas de
comunicação como voz, dados, imagem, transformados em bits, que significam
a menor unidade de informação, levando à convergência de sons, dados e
imagem tratada em conjunto pelo computador, originando a multimídia e a
realidade virtual.
1.6 - Linha do tempo na evolução dos meios de comunicação
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1825 - William Sturgeon (inglês) desenvolve o eletroímã de multi espiras.
1837 - Samuel Morse (americano) patenteia o telégrafo eletromagnético, o qual
usava um código constituído de pontos e traços que representam letras e
números.
1872 - Thomas Edison (americano) patenteia a máquina de escrever elétrica.
1876 - Alexandre Bell (escocês naturalizado americano) inventa o telefone, no
qual o discador rotativo foi acrescentado em 1890; em 1900, os sistemas de
telefonia já estavam instalados em muitas localidades.
1887 - Heinrich Hertz (alemão) produz ondas de rádio e demonstra que elas
apresentam as mesmas propriedades que a luz.
1887 - Emil Berliner (americano) inventa o disco de gramofone.
1893 - Valdemar Poulsen (dinamarquês) inventa o primeiro gravador sonoro
magnético usando fio de aço como meio de gravação.
1896 - Guglielmo Marconi (italiano) deposita a primeira de suas muitas patentes
sobre transmissão sem fio por ondas de rádio. Em 1901, demonstra o
radiotelegrafo fazendo uma transmissão que cruza o Oceano Atlântico. Recebeu
o prêmio Nobel de Física de 1909 juntamente com Karl Braun (alemão).
1897 - Karl Braun (alemão) inventa o tubo de raios catódicos (CRT - cathode
ray tube). Recebeu o prêmio Nobel de Física de 1909 juntamente com Marconi.
1902 - Reginald Fessenden (americano) inventa a modulação em amplitude
para a transmissão telefônica. Em 1906, introduz a radiodifusão AM de voz e
música na véspera de Natal.
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1912 - Lee De Forest (americano) desenvolve o amplificador implementado
com válvula tríodo usada na telegrafia sem fio. Também em 1912 o pedido de
socorro emitido por ondas de rádio pelo Titanic foi captado a 58 milhas pelo
navio Carphatia, que conduziu o resgate de 705 passageiros do Titanic 3,5
horas depois do pedido de socorro.
1919 - Edwin Armstrong (americano) inventa o receptor super-heteródino para
rádio.
1920 - Início da radiodifusão comercial; a Westinghouse Corporation funda a
estação de rádio KDKA em Pittsburgh, Pensilvânia.
1923 - Vladimir Zworykin (russo naturalizado americano) inventa a televisão.
Em 1926, John Baird (escocês) transmite imagens de TV através de fios
telefônicos de Londres a Glasgow. A radiodifusão regular de TV começa na
Alemanha (1935), na Inglaterra (1936) e nos Estados Unidos (1939).
1926 - Início do serviço de telefonia transatlântica entre Londres e Nova York.
1932 - Primeiro enlace telefônico de micro-ondas instalado (por Marconi) entre
a cidade do Vaticano e a residência de verão do Papa.
1933 - Edwin Armstrong (americano) inventa a modulação em frequência (FM)
para a transmissão de rádio.
1935 - Robert Watson (escocês) inventa o RADAR.
1938 - H. A. Reeves (americano) inventa a modulação por codificação de pulso
(PCM).
1947 - William Schockley, Walter Brattain e John Bardeen (americanos)
inventam o transistor de junção nos laboratórios Bell. Receberam o prêmio Nobel
de Física de 1956.
1955 - Introdução do Pager como um produto de comunicação via rádio usado
em hospitais e fábricas.
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1955 - Navender Kapany (indiano naturalizado americano) demonstra o uso da
fibra óptica como um meio de transmissão de baixa perda usando sinais
luminosos.
1958 - Jack Kilby (americano) constrói o primeiro circuito integrado usando o
semicondutor germânio e, independentemente, Robert Noyce (americano)
constrói o primeiro CI usando o semicondutor silício.
1960 - Echo, o primeiro satélite passivo de comunicação, é lançado, obtendo- se
com êxito a reflexão de sinais de rádio de volta para a Terra. Em 1963, o
primeiro satélite de comunicação é colocado em órbita geoestacionária.
1969 - A ARPANET é instalada nos Estados Unidos pelo Departamento de
Defesa, evoluindo mais tarde e se transformando na Internet.
1979 - O Japão constrói a primeira rede de telefonia celular:
Em 1983 cria-se a primeira rede de telefonia celular nos Estados
Unidos.
Em 1990 os beepers eletrônicos se tornam comuns.
Em 1995 os telefones celulares já provêm acesso a Internet e vídeo.
1984 - A Internet se torna mundial.
1988 - Primeiro cabo de fibra óptica transatlântico entre os Estados Unidos e
Europa.
1997 - A sonda espacial Mars Pathfinder envia de Marte imagens para a Terra.
2004 - A comunicação wireless é emprega em aeroportos, universidades e
outras instalações para acesso à Internet.
1.7 - Os veículos de comunicação
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Jornal - Os jornais ganharam força a partir da invenção da prensa móvel de
Gutenberg. Eles são um meio de comunicação impresso e apesar de longos
anos de existência, continuam sendo uma das principais fontes de informação
da sociedade atual. Ele geralmente é diário e aborda uma diversidade de temas
como economia, esporte, política e cultura. Os jornais conseguem atingir um
grande número de pessoas. O primeiro jornal 100% brasileiro foi o Jornal do Rio
de Janeiro, publicado em 1808.
Revistas - Assim como o jornal, a revista também é um meio impresso, só que
enquanto o jornal possui matérias diversificadas para vários tipos de públicos,
a revista geralmente possui sempre um tema central que atrai pessoas
interessadas naquele assunto. Por exemplo: existem revistas educativas,
revistas de moda, muito comprada por estilistas e profissionais da área, revistas
empresariais, etc. A revista não é publicada todo dia, a maioria das revistas
são semanais e quinzenais, condiciona ao leitor uma assinatura mensal, no qual
ele receberá exemplares. A primeira revista de vida regular no Brasil foi
publicada em 1860 e se chamava Revista Ilustrada.
Rádio – “Um novo brinquedo” foi o que muitos pensaram quando viram pela
primeira vez aquela caixinha misteriosa que falava: o rádio. Embora inventado
em 1896, foi somente depois da Primeira Guerra Mundial que o rádio se
popularizou. Atualmente, o rádio é um dos meios de comunicação mais
utilizados, porque é um instrumento de baixo custo e pequeno porte. Ele é um
aparelho que transmite som e que apresenta uma programação diversificada, o
que aumenta ainda mais o número de pessoas que escutam rádio. No Brasil, o
rádio é muito importante porque, em certas regiões do país, é o único veículo
de comunicação que consegue chegar, informando e divertindo a população
fazendo possível a participação do ouvinte.
Telefone - É um meio de comunicação que transmite som e apesar de ser
usado por praticamente o mundo inteiro, ele é um meio que permite que poucas
pessoas se comuniquem ao mesmo tempo. O mais comum é que duas
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pessoas falem ao telefone. Foi inventado próximo ao ano de 1860 por Antônio
Meucci. Enquanto os telefones transmitem sons por meio de sinais elétricos,
o celular transmite som por meios de ondas eletromagnéticas e é por isso que
o sua área de funcionamento é mais extensa e nos permite utilizá-lo em mais
lugares do que, por exemplo, o telefone sem fio. Uma das maiores evoluções
deste aparelho (celular) é o smartphone que falaremos mais ao longo do
trabalho, um equipamento que hoje é praticamente a extensão do corpo humano
como importante veículo de comunicação.
Televisão - É um meio de comunicação que transmite som e imagem. Ela
consegue comunicar uma notícia a várias pessoas, ou seja, é um meio de
grande abrangência, conhecida também como comunicação em massa. Com
certeza, você já deve ter escutado: "Não acredito que você perdeu aquele
programa! Todo mundo assistiu!". A programação da TV, é bastante
diversificada e procura atingir o maior número de públicos.
O primeiro programa da TV brasileira, aconteceu no dia 18 de Setembro de
1950, e foi transmitido pela Rede Tupi.
Internet – É uma rede de redes em escala mundial de milhões de computadores
que permite o acesso à informações de todo tipo e transferência de dados. A
Internet é um meio de comunicação hipermídia, ou seja, que aplica a multimídia
(diversos meios simultaneamente, como escrita e audiovisual) em conjunto com
a hipertextualidade (caminhos não lineares de leitura do texto). Ela permite
comunicação seja feitas das mais diversas maneiras, seja através de textos,
vídeos e imagens com pessoas do mundo inteiro em tempo real. As notícias e
informações podem ser colocadas a qualquer momento na Internet, permitindo
que milhões de pessoas tenham acesso a elas.
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CAPÍTULO II
Do grito ao digital
O CONCEITO
Os avanços tecnológicos estão sendo utilizados praticamente por todos os ramos do conhecimento. As descobertas são extremamente rápidas e estão a nossa disposição com uma velocidade nunca antes imaginada. A internet, os canais de televisão à cabo e aberta, os recursos de multimídia estão presentes e disponíveis na sociedade. Em contrapartida, a realidade mundial faz com que nossos alunos estejam cada vez mais informados, atualizados, e participantes deste mundo globalizado. (KALINKE, 1999, p. 15)
2. – Tecnologia como ferramenta
Segundo Consentino (2006), as tecnologias atuais consistem em uma sucessão
de desdobramentos das ferramentas fabricadas pelos nossos ancestrais
coletores e caçadores. A capacidade de produzir e utilizar ferramentas não são
exclusividade do Homo Sapiens, pois outras espécies de primatas, demais
mamíferos e até algumas aves também possuem essa habilidade. O uso dessas
ferramentas propiciou uma modificação na dieta anteriormente herbívora e fez
com que aumentasse as fontes de energia que resultou na maior expansão e
evolução do cérebro. As primeiras ferramentas fabricadas pelo homem estavam
basicamente relacionadas à alimentação e serviam para cortar a carne e
desossar carcaças. Como podemos observar, a criação e o uso das
ferramentas supostamente alteraram e intensificaram o conhecimento, bem
como as trocas sociais, visto que o homem é uma espécie que se organiza em
sociedade. Essa forma de organização, segundo Foley (1996), também está
relacionada à evolução cerebral da espécie humana.
Entendo como tecnologia qualquer mecanismo que possibilite ao homem
executar suas tarefas fazendo uso de algo exterior ao seu corpo, ou seja, tudo
aquilo que se caracteriza como extensão do organismo humano. Assim visto, é
25
necessário ressaltar que o uso de tecnologia pelo homem teve início não
relacionado à comunicação, mas à sobrevivência, uma vez que as primeiras
ferramentas utilizadas pela espécie humana serviam para destrinchar alimentos,
mas podemos observar que na linha do tempo desta evolução comunicativa, a
tecnologia fora muita e bem utilizada.
Ao longo do século XX, mais precisamente entre os anos de 1940 e 1970, é
que se dá o início de uma era de desenvolvimento da última geração de avanços
tecnológicos. Em que através da técnica de imprimir ilustrações, como desenhos
e símbolos, tornou-se possível transmitir informações a um determinado grupo
de indivíduos, que por sua enorme expansão se torna cada vez mais acessível
a um maior número de pessoas. Esse novo método de comunicação, a escrita
em papel, passa a alterar o modo de vida das pessoas, pois tem maior influência
sobre o modo de viver e de pensar de uma sociedade.
Com o passar do tempo foi necessário aperfeiçoar ainda mais as formas de
comunicação e hoje existem vários meios além dos que já foram citados. Nos
dias de hoje não precisamos estar frente a frente com uma pessoa para
podermos nos comunicar com ela, através de smartphones, tablets e
computadores com auxílio de softwares comunicadores instantâneos e redes
sociais, basta um clique e isso já se torna possível, ainda que esta pessoa
esteja do outro lado do mundo. No caso dos celulares, por exemplo, ficou mais
fácil a comunicação de um tempo pra cá, com a inserção de diferentes
operadoras de telefonia no mercado e cada uma com seu diferencial e com
diversos planos que se adequa a cada público. Há também os tablets que são
dispositivos pessoais de tela touchscreen em formato de prancheta que pode
ser usado para acessos à internet, organização pessoal, visualização de fotos,
vídeos, leituras de livros, jornais e revistas e para entretenimento com jogos
em 3D e etc. Em geral o mercado está cheio de novidades na comunicação,
cheios de seus prós e contras. Mas afinal, esses novos meios de comunicação
aproximam ou distanciam as pessoas? Criamos esse espaço com a finalidade
26
de pensar em como se dar na evolução desta comunicação e a sua linguagem
atual chamada digital.
2.1 - Os benefícios e malefícios da evolução da comunicação
Como as tecnologias marcam a cultura e nos influenciam de forma inevitável, a
humanidade não poderá e nem desejará se desvencilhar dos equipamentos,
sistemas e processos (Marcondes Filho, 2001). Esses equipamentos já fazem
parte de nosso cotidiano e perpassam nossas relações tanto no espaço
presencial, quanto no virtual. Com isso, faz-se necessário abordar
conceitualmente a diferença entre Virtual, Real e Presencial.
Segundo definição de Lévy, o virtual é uma dimensão da realidade. Ele afirma:
Em geral acredita-se que uma coisa deva ser real ou virtual, que ela não pode, portanto, possuir as duas qualidades ao mesmo tempo. Contudo, a rigor, em filosofia o virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual: virtualidade e atualidade são apenas dois modos diferentes da realidade. (LÉVY, 1999, p.47).
Hoje raramente encontramos alguém que não tenha se rendido à tecnologia,
ela está definitivamente inserida em nossa rotina. O fato é que os dispositivos
móveis não saem das mãos das pessoas, seja para conversar, consultar
informações ou para fins de entretenimento. Um aspecto de alta relevância,
deste avanço é a comunicação sem limite de distância. Podemos nos conectar
a qualquer hora e com quem quisermos. Não precisamos nos preocupar se
vamos morar distante das pessoas que amamos ou se não iremos àquela
reunião importante que por algum motivo não pudemos comparecer, a
tecnologia nos possibilita e a distância não é mais um problema, pois o que era
possível apenas presencialmente foi substituído por videoconferência. Tudo
ficou simples, acessível e rápido! É inegável que esses recursos aproximam
27
aqueles que por qualquer razão não podem se encontrar “ao vivo e em cores”,
mas essas maravilhas da tecnologia nem sempre unem as pessoas. O uso
demasiado da internet pode acarretar sérios problemas na vida social e pessoal.
Hoje em dia fazemos quase tudo através da internet, no entanto, toda essa
facilidade nos coloca diante de um paradoxo, no qual os indivíduos estão cada
vez mais unidos pelas mídias, o convívio familiar foi afetado pelo uso
indisciplinado, estamos esquecendo o “tato” e as relações interpessoais. Isso
nos mostra que ao mesmo tempo em que somos beneficiados pela tecnologia,
também somos prejudicados em diversos quesitos. O avanço nos transformou
em uma geração imediatista, que quanto mais rápido e prático, melhor! Mas
praticidade não é sinônimo de qualidade. A comunicação instantânea e as
trocas de mensagens no dia a dia ficaram cada vez mais comuns e por vezes
elas são eficientes e práticas, mas por tantas outras, são ambíguas ou de difícil
compreensão. A interpretação comunicativa tornou-se duvidosa quanto ao que
se foi transmitido. Nem tudo que foi lido é o que se foi dito! Comunicar-se com
clareza nem sempre é um objetivo alcançado com êxito. Neste ponto, em
particular, vejo o quão negativo isso é, podemos ter progredido muito na
acessibilidade, na conectividade, mas estamos perdendo a precisão e qualidade
de informação, visto que os meios virtuais não possuem o poder de transparecer
expressões, entonações e pensamentos. É preciso ter cuidado com esses
meios! Esforçar-se para ser um bom comunicador nunca será demais. Com uma
comunicação clara, se evita ruídos.
2.2 - O ruído da comunicação
Na infância costumávamos brincar de “telefone sem fio”. André mandava uma mensagem para Carla, que a reenviava para Marcelo, que a repassava para Roberta. No final do processo a mensagem inicial era alterada e terminava com o conteúdo original completamente deformado. Às vezes, isso acontecia porque repassávamos somente aquilo que compreendíamos; em outras ocasiões, “aumentávamos um ponto” da mensagem de propósito para distorcer a comunicação original. O resultado
28
final era muita confusão. Chamamos isso de ruído na comunicação. (Marcos Gross Scharf – Dicas de profissionais).
Segundo PIGNATARI (1976, p.18), “[...] Todas as fontes de erros são agrupadas
sob a mesma denominação de ruído ou distúrbio”, sendo assim, podemos
definir ruído da comunicação toda forma de interferência na transmissão de uma
mensagem. Algo que prejudica a compreensão de uma ideia compartilhada
pelo emissor para o receptor, esse ruído não se limita apenas a possíveis
barulhos que dificultam a audição das mensagens transmitidas oralmente, pelo
contrário, ela está presente nas mensagens emitidas por outros meios, pode ser
causado pelo emissor, canal, receptor, ou uma fotografia fora de foco, celular
inaudível, dados imprecisos de um relatório, mensagens com duplo sentido e
até mesmo os erros de português de um e-mail, toda e qualquer obstrução que
deturpe a informação durante sua emissão.
Como menciona CARVALHO (1995, p. 82), “o ruído é identificado na
comunicação humana como o conjunto de barreiras, obstáculos, acréscimos,
erros e distorções que prejudicam a compreensão da mensagem em seu fluxo:
emissor x receptor e vice-versa”. Percebe-se com isso que por mais que existam
esforços para transmitir uma mensagem de maneira incessante e com boa
qualidade, nem sempre ela vai chegar de maneira íntegra ao receptor.
Sabemos que os ruídos existem desde os primórdios, e neste aspecto, não
evoluímos, mesmo que tenhamos evoluído de tamanha forma em nossos meios
de comunicação como internet, telefonia celular, TV, rádio, jornal, revista, entre
outros, ainda assim acontecem transtornos que interferem na perfeita
transmissão de informação. O processo de comunicação continua sujeito a
falhas, que vão das mais simples até as que comprometem a plena assimilação
da mensagem. Devemos ser atentos à emissão e recepção de mensagens,
a boa comunicação é responsabilidade de todos os seus participantes e a
melhor maneira de neutralizar os ruídos é confirmar se o receptor teve uma
total compreensão do que se foi dito, o entendimento errado
29
da mensagem pode trazer efeito contrário ao desejado pelo emissor. O ruído
pode ser causado por falhas de todos que fazem parte do processo
comunicativo, porém também pode ser causado por fatores externos ao
processo, como o ambiente. As consequências causadas pelos ruídos e a
ausência total ou parcial da compreensão da mensagem, podem trazer sérios
danos, e uma maneira eficiente de driblar esse ruído é ser redundante, pois
quanto mais vezes repetimos a mensagem, menores são as chances de haver
falhas na compreensão do conteúdo repassado. Repassar continuamente o
conteúdo da mensagem pode parecer monótono, mas para o processo da
comunicação isso é primordial.
Mesmo com todos os meios facilitadores que tecnologia comunicativa nos
proporcionou, eu, ainda que jovem, sou adepto de uma caneta e papel para
escrever, não gosto dos livros eletrônicos, gosto do contato com as páginas,
quem gosta de ler vai me entender, sinto um afeto físico pelos livros, gosto do
cheiro deles e de ver a estante cheia. Não sou muito fã de chats e desses tipos
de comunicadores, gosto do diálogo olho a olho e acredito que este é o meio
mais prático de evitar o ruído.
2.3 - Comunicação hoje
Gostaria de chamar a atenção agora, para a nossa comunicação atual, onde
estamos, quem somos e o que estamos fazendo com tanta informação que
esta evolução nos trouxe?
No mundo atual, tem-se utilizado dos meios mais fáceis para a comunicação,
busca-se praticidade, mobilidade e otimização do tempo. Os celulares que há
dez anos era uma tecnologia em formação, hoje já perde mercado para sua
evolução, os smartphones tomou seu lugar, é claro que uma pequena minoria
30
ainda possui os equipamentos ultrapassados, mas a tendência é que em um
futuro bem presente, os smartphones sejam cem por cento do mercado. Em
alguns anos mais à frente, já não teremos mais os smartphones, mas sim algo
bem mais evoluído, algo que vem a partir dele. Sim! Isso faz parte do processo,
fazer com que essa evolução tecnológica force o processo de comunicação. A
noção que já temos, é que, um depende do outro para que haja eficiência na
comunicação.
É importante frisarmos que desde a década de 1950, teóricos já chamavam
atenção para o fato de que os meios de informação e comunicação
constituíam uma escola onde seus indivíduos estariam encantados e atraídos
em conhecer conteúdos diferentes da escola convencional, inicia-se nesse
momento a análise do efeito da tecnologia sobre a sociedade e a educação,
pensando a análise nesses impactos, Friedmann e Pocher (1977) aponta que
as tecnologias são mais do que meras ferramentas a serviço do ser humano,
elas modificam o próprio ser, interferindo seu modo de perceber o mundo, de
se expressar sobre ele e de transformá-lo. O que se prima é que o uso das
Tecnologias em sala de aula faça desse local um ambiente articulador de
inovações e totalmente democrático, onde professor e aluno promovam ações
políticas participativas e inclusivas, transformando o ensino e aprendizagem de
forma a suprir a necessidades de todos os envolvidos a partir da interatividade.
A passagem de uma sociedade fechada para uma sociedade aberta impõe aos
profissionais da educação desafios, uma tomada de atitude e de coragem, pois
trata de um tempo em que a sociedade exige dos cidadãos atitudes criticas,
tomadas de decisões, reflexões sobre o seu próprio fazer. As mudanças
acontecem a todo o momento e não nenhum tipo de preocupação se os
profissionais da educação querem ou não essas mudanças, ninguém vai
questionar qual é a vontade desses profissionais. A opção é mudar ou ficar
parado no tempo vendo o “bonde” passar. Assim Freire enfatiza:
[...] a transição se torna então um tempo de opções. Nutrindo- se de mudanças, a transição é mais que mudanças. Implica realmente na marcha que faz a sociedade na procura de novos temas, de novas tarefas ou, mais precisamente, de sua
31
objetivação. As mudanças se reproduzem numa mesma unidade de tempo, sem afetá-la profundamente. É que se verificam dentro do jogo normal, resultante da própria busca de plenitude que fazem esses temas. (FREIRE, 1979, p. 65).
2.4 - A dependência tecnológica
Hoje, estamos cada vez mais presos à tecnologia, vivemos a era da
comunicação digital. Podemos observar que tudo ao nosso redor é alimentando
por uma ferramenta tecnológica trazendo alguma informação, ou seja, estamos
a todo o momento comunicando algo a todo instante fazendo uso da
tecnologia. Ouso em dizer que a tecnologia é a perna direita, e a
comunicação a esquerda da sociedade em que vivemos, se uma parar a outra
atrasa, só é possível ser eficiente em um processo de comunicação hoje,
caminhando com essas duas pernas. Hoje vemos a tecnologia e a comunicação
como parceria sem limites, e de fato isso é bom, tem nos facilitado em muito,
nos ajuda a organizar melhor nossos compromissos, passou a fazer parte do
cotidiano das pessoas de todo o mundo, seja pelo ato de comunicar-se ou por
atividades que estas exercem. Segundo Sherry Turkle (2012), pesquisadora
norte-americana e colunista do site economista.com, nos tempos atuais as
pessoas estão virtualmente conectadas o tempo todo. “Hoje as pessoas
costumam ficar todo o dia conectadas se comunicando, mesmo quando estão
trabalhando e isso, acaba implicando na questão produtividade”. Exemplo: Estar
conectados, é também estar em canais comunicativos, trocas de mensagens, e-
mails, comunicadores, etc.
Diante deste mundo digital, é impossível viver sem que esteja conectado pelo
menos a um único equipamento, e por mais simples que seja ele, o ser humano
atual é forçado a evoluir junto com esse caminhão de tecnologia e informação,
as empresas também são meio que obrigadas a atualizar-se diante de um
mercado totalmente digital. Estas mudanças trouxeram consigo múltiplos
modelos de negócios, levando as organizações a encontrar novas estratégias,
novas formas de planejar, bem como levaram a arrumar novas
32
ferramentas que permitissem a otimização de recursos e maximização da
produtividade. Tudo se movimenta com muita rapidez e para diversas direções.
A internet movimenta o mundo dos negócios e estabelece novas formas de
gerenciamentos que visam o aumento da capacidade produtiva com os menores
custos e expansão dos negócios para além das fronteiras nacionais, mostrando
que, cada vez mais, se gera informação mais rápida, exigindo maturidade
intelectual e preparação para continuar no mundo do trabalho. Muitos aspectos
da vida social, profissional e pessoal foram afetados pelas novas tecnologias.
Desta forma, não há como pensar nas relações entre as pessoas nas
empresas sem a mediação dos meios rápidos de informação, tais como e-mail,
mensagens instantâneas, torpedos, blogs, redes sociais, pastas com arquivos
comuns, celulares, câmeras fotográficas e outras ferramentas presentes na
era digital. Por mais que uma organização não queira e evitem passar pelo
digital e mundo tecnológico, pode ter certeza que em alguma fase do processo
irá ter que passar, não se pode ignorar se quiser sobreviver!
2.5 - A era digital na comunicação, marketing e redes sociais. Como se
portar?
Martha Gabriel faz uma definição histórica muito boa em relação à evolução da
postura da sociedade quanto à evolução e do marketing digital.
“É inegável que as tecnologias digitais têm se tornado cada vez mais presentes em todos os aspectos da vida humana – social, profissional, pessoal – impactando e afetando a sociedade, a cultura, o modo como vivemos e interagimos com o mundo”. (MARTHA GABRIEL, 2010, p.73).
Segundo a autora, a sociedade ao mesmo tempo em que alcança um avanço
tecnológico, também sofre um impacto cultural e na sua postura de interação
social. De fato, é bem notório, temos uma sociedade que se conecta ao mundo
virtual e se desliga do mundo social, e por que não dizer humano. Como já
tratamos anteriormente, ela produz malefícios e benefícios, e em uma visão de
marketing digital, o crescimento tem sido muito válido, mas para ela, isso não é
33
novo, apenas evidenciou com a evolução tecnológica e a necessidade de
comunicar algo. Nas palavras da autora:
No entanto, vários fenômenos que se apresentam hoje e são categorizados como novidades, na realidade, são fenômenos antigos que foram impulsionados pelo digital e não causados por ele, exemplo disso é o tão proclamado poder do usuário, do consumidor, que adquire papel central no cenário de marketing atual, esse poder do usuário foi realmente alavancado pela tecnologia digital (tecnologia interativa de informação e comunicação, mobilidade, computação ubíqua, etc.), mas existia muito antes, pelo menos desde a década de 1970 quando foi inventado o controle remoto de TV, que passou a permitir que com o movimento de apenas um dedo o usuário/consumidor mudasse de canal, editando facilmente, assim, a mídia à sua maneira. (MARTHA GABRIEL, 2010, p.73).
Vale lembrar que esta evolução do controle remoto, nada mais é que uma
personalização da programação o qual o indivíduo deseja assistir, algo bem
parecido com os canais virtuais, redes sociais e programação da vida diária,
hoje, por exemplo, as agendas de papel pouco são utilizadas, temos a
possibilidade de personalizar a nossa própria agenda de maneira muito mais
simples, fácil e fazendo dela até mesmo uma secretária virtual, nos lembrando
dos compromissos, as redes sociais também ajudam nesse papel, algumas
possuem suas agendas compartilhadas em grupos e até reuniões hoje tem sido
realizada no mundo virtual. Aulas, os empregos que antes eram de porta e porta
a busca, hoje por virtual (correio eletrônico), entrevistas, compras em mensal
do lar hoje também já se tem essa possibilidade, poderia aqui ficar citando
diversas evoluções e integrações da comunicação para o digital e a influencia
do marketing nele, mas uma coisa é certa, não dá pra viver sem estar
conectado a este mundo, é como se fosse um combustível interminável, assim
define Martha Gabriel: “Conforme as tecnologias digitais passam a permear cada
vez mais as atividades humanas, mais influencia o digital passa a ter no
marketing”. (2010 p.74). Segundo Torres (2010, p. 7), “o marketing digital está
se tornando cada dia mais importante para os negócios e para as empresas”.
Não é uma questão de tecnologia, mas uma mudança no
34
comportamento do consumidor, que está utilizando cada vez mais a Internet
como meio de comunicação, relacionamento e entretenimento.
O marketing por se tratar do estudo da comunicação humana, mercado (Market)
e o digital por se tratar da era tecnológica, a era avançada. Foi necessário unir
forças para então entender o que é de fato precioso no mundo atual, hoje não
basta somente entender de comunicação e mercado, é preciso entender
também do mundo tecnológico (Digital) pra se manter vivo, a comunicação
deixou de ser algo muito mais sociável para ser um mundo exclusivo, cada um
tem a sua exclusividade, personalização. Nós “pessoa física”, por exemplo,
estamos praticamente saindo da nossa vida real e vivendo em um mundo virtual,
as ferramentas criadas de comunicação hoje são praticamente todas no digital.
Não se escreve mais cartas, os e-mails hoje é uso profissional, a comunicação
mais rápida e prática são os comunicadores e as redes sociais digitais, mídias
sociais hoje tem sido praticamente o coração do negócio empreendedor tanto
na busca por profissionais, quanto também na promoção de seus produtos e
marca.
Presenciamos hoje a era da comunicação à distância, hoje praticamente não
se usa telefone com tanta frequência como antes, pois os comunicadores digitais
têm feito bem o seu papel, encurtamos com trocas de mensagens rápidas,
e também por ser de baixo custo.
Temos outro bom exemplo, os bancos que antes enfrentávamos grandes filas
para pagar contas e fazer saque, hoje com o uso dos smartphones e
computadores, basta se ter conexão com a internet e já fazemos todo serviço.
Outro dia mesmo vi uma reportagem na televisão que o brasileiro não anda
mais com dinheiro no bolso como antigamente, toda transação é feita pelo
cartão em débito ou via online.
Este impacto tecnológico tem forçado uma evolução constante, o que você
compra de novo ontem, amanhã você já precisa trocar, a inovação tecnológica
tem sido constante. Nesta ótica, vemos que as empresas são obrigadas a
acompanhar esta evolução para manter uma boa comunicação e interação
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com o seu cliente e o cliente por sua vez deseja-se manter comunicativo e de
preferência no mundo virtual, exigindo mais e mais do digital, com isso, ficamos
cada vez mais evoluídos no quesito digital e mais distante na questão papel,
social, escrita, toques e sensações, ou seja, estamos cada vez mais
exclusivistas e individuais.
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CAPÍTULO III
Revolução digital
A revolução
A linguagem digital tem sido por essência, bastante simples,
configurando-se como uma linguagem articulada com as tecnologias de
informação e comunicação, as “TIC” (Tecnologias de Informação e
Comunicação). Através dela, é possível obter e fornecer informações rápidas,
comunicar, interagir e em particular aprender.
Segundo (KENSKI, 2007,p. 31), a linguagem digital é:
Uma linguagem de síntese, que engloba aspectos da oralidade e da escrita em novos contextos [...] rompe com as formas narrativas circulares e repetidas da oralidade e com o encaminhamento contínuo e sequencial da escrita e se apresenta como um fenômeno descontínuo, fragmentado e, ao mesmo tempo, dinâmico, aberto e veloz. Deixa de lado a estrutura serial e hierárquica na articulação dos conhecimentos e se abre para o estabelecimento de novas relações entre conteúdos, espaços, tempo e pessoas diferentes.
3.1 – A era digital
Ao longo de toda pesquisa, falamos sobre a linguagem e comunicação social,
seus meios de se comunicar e expressar-se em meio suas necessidades, a
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evolução dos meios criados pelos próprios homens e a sua conversão
tecnológica para a necessidade atual na comunicação digital, neste capítulo,
gostaria de abordar a revolução digital e seus efeitos.
O maior desafio para a sobrevivência dos meios de comunicação na era digital:
"É a mudança de mentalidade" - "O desafio é criar uma nova forma de pensar"
(Miami. 24 de Julho de 2015 - Alberto Ibarguen (presidente da Fundação Knight).
Vivemos hoje um momento histórico cujo à grandeza é comparável ao contexto
que o ser humano criou. Culturalmente o que temos pela frente é no mínimo
uma nova renascença, só que em outra escala, com uma radicalidade nunca
vista e consequências totalmente imprevisíveis, entramos na era digital! A alta
tecnologia deixou o espaço reduzido dos laboratórios científicos para envolver
milhões de pessoas, de estudantes ginasiais a grandes excetivos, de donas de
casa a generais, de balconistas a senadores. Os cliques de mouses de
computadores de toda essa gente, assim como o giro de milhões de
maçanetas, abrem infinitas portas para informações, entretenimento, aventura,
comércio, conhecimento e todos os tipos de surpresas em milhões de sites do
outro lado da rua ou do oceano. Mas a verdade é que estamos apenas em um
linear de um novo tempo, na pré-história de uma nova era, novos inventos e
novas possibilidades brotam a cada passo, cada segundo, em uma velocidade
alucinante, a interatividade se impõe de uma ponta a outra, e-mails já existentes
são revolucionários, nada permanece como está e é assim que outro futuro se
abre agora para televisão na estrada digital da internet, mais de meio século
depois de criada, ainda que sendo a mesma, já começa a ser completamente
outra, a convergência para a televisão, deixa a máquina cada vez mais
inteligente, ela já dialoga conosco e nos mostra o imaginável de anos atrás,
coisas contadas em desenhos e filmes futurísticos e que foram capazes de
chegar até aqui e até mesmo ir além.
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Vivemos uma nova era, vivemos a era digital. A internet criou novas
possibilidades de comunicação e negócios, o mundo todo está conectado, o
tempo todo tem gente interagindo e compartilhando informações, com isso as
empresas começam a perceber a necessidade de se fazer presente neste
meio, pois quem não está online perde a oportunidade de interagir com o
público e fortalecer sua marca. Participar de redes sociais virtuais e inserir-se
no mundo virtual é algo que não se pode evitar, para crescer e expandir contatos.
Segundo Longo, podemos classificar esta era como ‘pós-digital’, pois já
convivemos cotidianamente neste ambiente.
Não há mais surpresa, passamos a usar estas ferramentas de maneira cotidiana. A tecnologia já faz parte do dia a dia, explica. Não existe mais o mundo digital ou real, eles agora são um só [...] Antigamente a gente dizia 'vamos entrar na internet', isso nem se fala mais. (Walter Longo, São Paulo 02 set. 2014).
3.2 - Efeitos dependência
Sentado em uma poltrona, acompanhado ou não por outras pessoas, no silêncio
de um cômodo tomado pela penumbra ou num ambiente de extrema
iluminação e sacudido pela algazarra de vozes e sons, o homem aponta o
controle remoto para a televisão e utilizando-se de suas múltiplas funções,
“navega” por diferentes canais, aumenta e diminui o volume do som, controla
as cores e a intensidade de luz da imagem etc. Tudo isso, envolvido na
simplicidade das coisas e gozando do conforto das condições que a vida
moderna pode oferecer, dependendo, evidentemente, do poder aquisitivo de
cada um. Se voltarmos no tempo, em plena era do vapor, vamos nos deparar
39
com um texto de Willian Shockley, escrito em 1927, retratando uma época em
que a mecânica tinha lá os seus deslumbramentos.
Nossa era é eminentemente mecânica. Viajamos de um lugar a outro a velocidades relativamente monstruosas, falamos uns com os outros a grandes distâncias e lutamos contra nossos inimigos com surpreendente eficiência — tudo com a ajuda de artifícios mecânicos. (BURKE APUD SHOCKLEY, 2004, p. 26).
Podemos classificar a era digital como uma revolução da comunicação e uma
grande transformação na informação. Trata-se de um novo ciclo na rotina
e na cultura popular mundial. Não se trata somente da cultura, mas dos
costumes, das regras sociais, das convenções. A era digital alterou
radicalmente os paradigmas da comunicação, os padrões da publicidade, do
marketing e os hábitos do comércio. A ruptura dos antigos modelos afetaram
os conceitos populares e mercadológicos. A passagem dos negócios do
mundo físico para o virtual não foi algo de fácil aceitação, tanto que
especulações e incoerências geraram gastos e investimentos excessivos
originando o efeito "bolha", onde muitos empreendedores abriram falência
e outros precisaram reaver seus conceitos para sobreviver e reerguer-se
frente à nova era.
Toda revolução tem a sua consequência. A era digital trouxe inúmeras para
a humanidade. A principal delas é o dinamismo e a agilidade na propagação
da informação. Enviar e receber conteúdos atualizados 24 horas por dia,
podendo ser acessados a qualquer instante, seja dia ou noite, de qualquer
ponto que tenha uma conexão de dados, é uma das características da
Internet.
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O mundo virtual é muito ágil! Rapidez e agilidade combinadas ao dinamismo
e a conveniência tornam a Internet o meio de comunicação mais eficiente da
atualidade. A era digital difundiu uma nova forma de comunicar-se, de levar
conhecimento a inúmeros pontos antes nunca mensurados ou conhecidos.
3.3 – O mundo conectado
O aumento do consumo é um fator proveniente da era digital. Não há mais
a necessidade de sair de casa para comprar produtos e serviços. Basta alguns
cliques e com acesso a algumas páginas, temos uma nova aquisição
material. Há alguns dados de pesquisas que mostram claramente que a era
digital veio pra ficar. O tema da matéria do dia 31 de julho de 2015 no site
G1.globo.com, já dizia tudo: “Metade da população brasileira está incluída no
mundo digital. Segundo a matéria:
“Mais da metade da população brasileira está incluída no mundo digital, segundo pesquisas da Fundação Getúlio Vargas, o que coloca o Brasil próximo à média mundial. No Brasil, 51,2% da população pesquisada tem acesso a celular, telefone fixo, computador e internet em casa, enquanto a média global é de 49,1%. No ranking global de inclusão digital, o Brasil está no 72º lugar, entre 156 países pesquisados, diz a pesquisa da FVG, realizada em parceria com a Fundação Telefônica Vivo, divulgada nesta terça-feira (31), na FGV”.
Para o economista Marcelo Neri, coordenador da pesquisa, com 51,2% de acesso
digital, o Brasil fica no meio do mundo.
O Brasil ficar no meio do mundo é uma situação recorrente nas pesquisas, seja em renda, em inclusão digital. Isso pode ser
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entendido como o copo meio cheio ou meio vazio. Esperemos que o copo encha”, disse o pesquisador, explicando que a pesquisa usou dados estatísticos do Instituto Gallup e do Censo 2010.
Segundo o IBOPE em uma matéria do dia 26 de fevereiro de 2013 no site
canaltech.com. br, os brasileiros são os que passam mais tempo na internet:
O Brasil possui os internautas que passam mais tempo navegando na web. Só em dezembro de 2012 os brasileiros gastaram em média 43 horas e 57 minutos de suas vidas com a internet. Os dados são do Net Insight, estudo realizado pelo Ibope Media sobre a internet.
O estudo levou em conta dados do Brasil, Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Itália, Espanha e Suíça. Quem ficou em segundo lugar no tempo médio de navegação foi a França, com 39 horas e 23 minutos gastos em dezembro do ano passado. A Alemanha, com uma média de 37 horas e 23 minutos gastos por usuário, ficou em terceiro lugar.
Apesar de gastarmos mais tempo na web, ainda não somos o país com a maior quantidade de usuários ativos na internet. Dentre aqueles inclusos na pesquisa, o Brasil ficou em terceiro lugar no ranking, com 52,5 milhões de usuários em dezembro de 2012.
Os Estados Unidos ocupam o primeiro lugar, com 198 milhões de usuários ativos durante o mesmo período, enquanto o Japão leva o segundo lugar, com 60 milhões de internautas. "O aumento do número de usuários na internet e do tempo gasto na navegação refletem um cenário positivo para o e- commerce, que deve manter o seu forte ritmo de crescimento este ano", afirma Pedro Eugenio, CEO do Busca Descontos.
Ainda segundo dados do Net Insight, em janeiro de 2013 o número de brasileiros com acesso à internet em ambiente domiciliar e de trabalho chegou a mais de 72,4 milhões de pessoas, das quais 53,5 milhões se comportaram como usuários ativos da rede.
O site voit.com.br cita alguns trechos das palestras ministradas por Joe Tucci
na conferência da EMC World deste ano. Segundo ele, é vital que os clientes
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repensem e descubram uma nova maneira de desenvolver softwares, em
especial os voltados para dispositivos móveis.
“É importante ter em mente que na construção de qualquer aplicativo móvel, deve ser considerado que ele será usado por milhões de pessoas e elas irão gerar milhões de vezes mais dados”, ele ainda alerta: “Haverá 30 bilhões de dispositivos conectados à Internet em 2020, gerando volume na casa dos zeta bytes”.
A transformação digital é tão contundente que Tucci acredita ser a mudança
mais significativa de negócios que já aconteceu, desde a revolução industrial.
Por isso, o executivo afirma que quem estiver atento ao cenário, superando
desafios, aproveitará grandes oportunidades, estando à frente no
posicionamento de mercado. E avisa: “Você deve ir para a nuvem (pública ou
privada). Uma estratégia digital pode significar uma importante redução de
custos”.
A Internet nos parece, representar a culminação de um ciclo de desenvolvimento
da tecnologia da informação, tanto quanto outros ciclos que se completaram.
Mas tal afirmação, longe da ingenuidade e crença simplista, não supõe fim
algum, antes, aponta para o surgimento de uma nova era. Através dos dados
mostrados, podemos observar e ver que o futuro é digital, ele caminha para
isso, é impossível ignorar essa nova era. A tecnologia é algo que estará em
constante evolução, que trará novos benefícios para sociedade, por isso é
importante que cada cidadão conheça e esteja se aperfeiçoando para lidar
com novos mecanismos que ela tem para nos oferecer.
43
CONCLUSÃO
Devido ao seu grande impacto na atualidade, o estudo da evolução da
comunicação para o digital, tem sido um tema bastante discutido por diversos
autores, mas ainda é possível desencadear excelentes reflexões sobre o tema
proposto. À luz das transformações observada, desde a oralidade, até
chegarmos ao tempo das linguagens digitais, as perspectivas e a compreensão
dos processos comunicativos que essa evolução nos trouxe. A evolução das
mídias trouxe significativas modificações em nosso cotidiano, isso em diversos
aspectos, seja nas relações que o sujeito estabelece com o outro, na conduta,
no lazer, nos costumes e nos meios facilitadores que elas nos proporcionam. A
sociedade atual presencia inúmeras mudanças em diversas áreas do
conhecimento humano. Ela recriou novas identidades, novos hábitos sociais,
novas formas de interação. A acessibilidade ficou cada vez mais comum em
nossos dias graças às diversas opções de mídias que temos à disposição. O
mundo é digital! E saber compreender sua linguagem pode significar interpretá-
lo com maior eficácia. Nesse sentido, tudo o que foi visto sobre o processo
evolutivo compreende uma parte de excelente estrutura de informações que
proporcionam novas concepções em relação ao seu objeto.
A tecnologia surgiu para revolucionar conceitos pré-estabelecidos e continua
sendo de caráter importante para a evolução da comunicação humana, sendo
vista como a grande força contributiva do futuro. A internet é a forma de
linguagem mais bem aceita nas sociedades mundiais. Sua praticidade e
interatividade satisfazem anseios de usuários de todas as idades. Tornamo-
nos uma sociedade da informação e uma sociedade tecnológica, considerada
por muitos autores como um fenômeno recente na história do homem e é mais
fácil senti-la do que descrevê-la, porque o principal motivo de sua existência se
deve a relevantes fatores que fizeram surgir novos critérios na produção,
recepção e percepção da informação.
Finalizamos este trabalho sugerindo que esse novo tempo tecnológico vai se
inovar cada vez mais, assim como o modelo da sociedade estará em constante
44
transição. Não se trata apenas de criar novas expectativas, nem tampouco de
professar possibilidades futuras, mas considerando aquilo que já falamos, nos
parece evidente que estaremos sempre caminhando para uma nova era, para
um novo modelo social em que o processo de comunicação vivencia novas
experiências.
45
BIBLIOGRAFIA
BAITELLO JÚNIOR, Norval. Comunicação, mídia e cultura. Revista da Fundação Saede. V.12/no. 4. Out/Dez 1998. São Paulo. P. 11-16. BERLO. David K. O processo da comunicação. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. 296 p.
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FREIRE, P. 1987. Pedagogia do Oprimido. 17ª Ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra. Gráfica Expoente, 1999.
KALINKE, Marco Aurélio. Para não ser um Professor do Século Passado. Curitiba:
KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. Campinas, SP: Papirus, 2007.
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PEREIRA, José Maria Nascimento. Fundamentos psicológicos da comunicação. In: Adísia Sá (Coord.). Fundamentos científicos da comunicação. Petrópolis: Vozes, 1973, p. 105-143.
46
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47
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BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma história social da mídia: de Gutenberg à Internet. 1. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. 375 p. Busca escolar. Os meios de comunicação. Disponível em: <http://www.buscaescolar.com/geografia/os-meios-de-comunicacao/>. Acesso em 05 jul. 2015.
Colunista portal, educação. Avanço dos meios de comunicação e mudanças inseridas na sociedade. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/44031/avanco- tecnologico-dos-meios-de-comunicacao-e-mudancas-inseridas-nas- sociedades>. Acesso em: 06 jul. 2015
Cronologia das telecomunicações. Disponível em: <http://www.sarmento.eng.br/Telecomunicacoes.htm>. Acesso em 05 de jul. 2015.
Era digital exige mentalidade nova na mídia. Rev. EM digital, Jun. 2015. Disponível em: <http://www.em.com.br/app/noticia/politica/2015/06/25/interna_politica,661542/ era-digital-exige-mentalidade-nova-na-midia-diz-executivo-na-conferen.shtml>. Acesso em: 12 jul. 2015
FABURGO, História da Comunicação Humana. Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/932717/Historia-da-comunicacao-humana> Acesso em: 01 jul. 2015.
LONGO, Walter. O marketing na era pós-digital. In: Palestra HSM, 2014, São Paulo. Disponível em: <http://www.adnews.com.br/tecnologia/o-marketing-na- era-pos-digital-segundo-walter-longo>. Acesso em 15 jul.2015
LOUREIRO, Hélder. A evolução dos meios de comunicação. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=jZUUbDN6gbc >. Acesso em: 06 jul. 2015.
MAFRA, Antônio. Comunicação Digital. In: Conferência TEDx. Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=Lpw-VOpx9ao>. Acesso em 06 jul. 2015.
48
PENNELLA, Priscila. Linha do tempo dos meios de comunicação. Disponível em: <https://tecnologiaencurtandodistancias.wordpress.com/2014/01/06/linha-do- tempo-dos-meios-de-comunicacao/>. Acesso em 05 Jul. 2015.
Dicionário da Língua Portuguesa com Acordo Ortográfico [em linha]. Porto: Porto Editora. Disponível em: <http://www.infopedia.pt>. Acesso em 28 Jul. 2015.
49
ANEXO- Abreviatura dos meses
PORTUGUÊS INGLÊS ESPANHOL Janeiro
Fevereiro
Março
Abril
Maio
Junho
Julho
Agosto
Setembro
Outubro
Novembro
Dezembro
Jan.
Fev.
Mar.
Abr.
Maio
Jun.
Jul.
Ago.
Set.
Out.
Nov.
Dez.
January
February
March
April
May
June
July
August
September
October
November.
December
Jan.
Feb.
Mar.
Apr.
May
Jun.
July
Aug.
Sept.
Oct.
Nov.
Dec.
Enero
Febrero
Marzo
Abril
Mayo
Junio
Julio
Agosto
Septiembre
Octubre
Noviembre
Diciembre
Enero
Feb.
Mar.
abr.
mayo
Jun.
Jul.
Ago.
Sept.
Oct.
Nov.
Dic.
Fonte: NBR: 6023:2002
50
GLOSSÁRIO
BEEPER: palavra da língua inglesa que define um sinal de áudio que auxilia
no monitoramento do ganho a ser utilizado, e também aponta o início de uma
gravação.
CHIP: palavra da língua inglesa que define
uma pastilha de silícioou semicondutor no qual são gravados ou inseridos
componentes eletrônicos que, em conjunto, desempenham uma ou mais
funções.
ELETROÍMÃ: barra de ferro macio, envolvida em espirais de fio metálico
isolado, pelo qual se faz passar uma corrente que transforma essa barra em
magnete.
ELETROMAGNÉTICO: Relativo a eletromagnetismo.
Conjunto dos fenômenos que resultam da interação dos campos elétricos e
magnéticos.
MULTIMÍDIA: tecnologia informática de comunicação que combina som e
imagem.
RADIOFUSÃO: serviço de transmissão de sinais, sons ou imagens, por meio
de ondas eletromagnéticas, destinado ao público em geral.
SMARTPHONE: palavra da língua inglesa que define “telefone inteligente” e é
usado para designar uma nova linhagem de telefones celulares que possuem
uma série de tecnologias integradas no mesmo aparelho.
51
SOFTWARE: palavra de origem inglesa que define um conjunto de
componentes lógicos de um computador ou sistema de processamento de
dados; programa, rotina ou conjunto de instruções que controlam o
funcionamento de um computador; suporte lógico.
TABLET: palavra do inglês que define um dispositivo pessoal em formato de
prancheta que pode ser usado para acesso à Internet, organização pessoal,
visualização de fotos, vídeos, leitura de livros, jornais e revistas e para
entretenimento com jogos.
TOUCH SCREEN: palavra inglesa que define um tipo de tela sensível à pressão,
dispensando assim a necessidade de outro periférico de entrada de dados,
como o teclado.
WIRELESS: do inglês; ligação sem fios.
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ÍNDICE
FOLHA DE ROSTO 2
AGRADECIMENTO 3
DEDICATÓRIA 4
RESUMO 5
METODOLOGIA 6
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS 7
SUMÁRIO 8
INTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO I
(O conceito) 10
1.1 - O início de tudo 10
1.1.1- Iniciando a comunicação 11
1.2 – O processo de evolução da comunicação 12
1.3 - O processo da comunicação 13
1.4 - Comunicação além das fronteiras 16
1.5 - Tecnologia na comunicação 17
1.6 - Linha do tempo na evolução dos meios de comunicação 18
1.7 - Os veículos da comunicação 21
CAPÍTULO II -
(Do Grito ao Digital) 24
2.0- Tecnologia como ferramenta 24
2.1- Os benefícios e malefícios da evolução da comunicação 26
2.2- O ruído da comunicação 27
2.3- Comunicação hoje 29
2.4- A dependência tecnológica 31
2.5- A era digital na comunicação, marketing e redes sociais. 32
53
Como se portar?
CAPÍTULO III –
( A revolução) 36
3.0- A era digital 36
3.1- Efeitos da dependência 38
3.2- O mundo conectado 40
CONCLUSÃO 43
BIBLIOGRAFIA 45
WEBGRAFIA 47
ANEXOS 49
GLOSSÁRIO 50
ÍNDICE 52
FOLHA DE AVALIAÇÃO 54
54
FOLHA DE AVALIAÇÃO