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1 UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU IAVM A IMPORTÂNCIA DA PICOPEGAGOGIA CLÍNICA NOS ALUNOS COM SÍNDROME DE ASPERGER. Por: Juliana Menezes Hiss Orientador Professora: Solange Monteiro. Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU

IAVM

A IMPORTÂNCIA DA PICOPEGAGOGIA CLÍNICA NOS ALUNOS COM SÍNDROME DE ASPERGER.

Por: Juliana Menezes Hiss

Orientador

Professora: Solange Monteiro.

Rio de Janeiro

2014

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU

IAVM

A IMPORTÂNCIA DA PICOPEGAGOGIA CLÍNICA NOS ALUNOS COM SÍNDROME DE ASPERGER

Apresentação de monografia ao Instituto A Voz do Mestre – Universidade Cândido Mendes como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em

Psicopedagogia.

Por: Juliana Menezes Hiss

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AGRADECIMENTOS

... aos professores que a cada aula me motivaram e me deram a certeza da escolha certa.

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DEDICATÓRIA

... ao meu falecido marido que presenciou o início da pós, mas, infelizmente, não conseguiu presenciar o término, as minhas filhas

Amanda e Rebeca, aos meus sogros e pais que me ajudaram ficando com elas para terminar essa especialidade.

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RESUMO

As crianças, alunos com síndrome de Asperger são muitas vezes

excêntricas e podem sofrer ameaças na escola. Tendem a uma performance

pobre porque seguem seus próprios interesses e deixam de cumprir as tarefas

propostas. Podem dar a impressão de vulnerabilidade e fragilidade e

infantilidade o que alguns consideram carinhoso outras acham chatos daí a

necessidade da psicopedagogia auxiliar no manejo desses alunos em sala de

aula orientando os professores e pais que lidam com essas crianças que

passam por tantas limitações e sendo bem orientados os sintomas e prejuízos

serão minimizados este é o grande objetivo dessa monografia.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I

SINDROME DE ASPERGER 9

CAPÍTULO II

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA 15

CAPÍTULO III

INTERVENCÃO PSICOPEDAGÓGICA 20

CONCLUSÃO 31

BIBLIOGRÁFIA 32

ÍNDICE 33

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INTRODUÇÃO

O conceito atual de transtorno invasivo do desenvolvimento (TID) surgiu

no final dos anos 60, derivado especialmente dos trabalhos de M.Rutter, I.

Kolvim e D. Cohen. A mudança do título Journal of Austim and Childhood

Schizopherenia para Journal of Austim and Development Disorders ao final dos

anos 70, bom como a publicação do DSM-III, poderiam ser considerados

marcos fundamentais desse conceito.

Após relatos de casos esporádicos, tais como o do menino selvagem de

Aveyron, o termo psicose infantil foi introduzido no começo do século XX,

quando Heller descreveu uma apresentação clínica que se conhece como hoje

transtorno desintegrativo. Apesar disso a categoria como um todo só ganhou

relevância nos anos 50, com a descrição do autismo por Leo Kanner. Até a

CID-9, o autismo e a psicose desintegrativa eram classificados como psicoses

infantis. A recente nosografia baseada na fenomenologia descritiva começou a

ser aplicada a partir do DSM-III e CID-10.

Crianças diagnosticadas com Síndrome de Asperger (SA) apresentam

um desafio especial no sistema educacional. Desajeitamento e interesse

obsessivo em algumas coisas contribuem para sua apresentação

“diferenciada”. Essas crianças falham no entendimento das relações humanas

e regras do convívio social; são ingênuos e eminentemente carentes de senso

comum, ou seja, tem pouca habilidade social. Sua inflexibilidade e falta de

habilidade para lidar com as mudanças levam esses indivíduos a serem

facilmente estressados e emocionalmente vulneráveis. Ao mesmo tempo,

crianças com SA (na maioria meninos) tem frequentemente inteligência na

média ou acima da média e tem memória privilegiada. Sua obsessão por tema

único de interesse pode levar a grandes descobertas mais tarde na vida.

Síndrome de Asperger faz parte do espectro do autismo. Comparando

indivíduos dentro desse espectro, Van Krevelen (1991,p.91) que “crianças com

autismo de baixa funcionalidade vivem em seu próprio mundo, enquanto que

crianças com autismo de alta funcionalidade vivem em nosso mundo, mas do

seu próprio jeito”.

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A psicopedagogia se faz necessária pela necessidade de uma resposta

ao grande fracasso escolar sendo vista na década 80 como uma síntese da

psicologia e psicopedagogia com o decorrer dos anos houve evolução e passa

a olhar o aprendizado com três grandes variáveis: afetivo, cognitivo e social.

Sendo, assim, a psicopedagogia passa a ser considerada saber independente

mudando o seu foco: que se torna o ser no processo de aprendizagem, o ser

que constrói o seu próprio conhecimento que é dividido em três dimensões:

dimensão afetiva, dimensão social e dimensão racional. A partir dessa

interação com o meio e com os outros irá construir sua identidade para

alcançar o conhecimento e autonomia estabelecendo vínculos que podem ser

negativos ou positivos podendo ser resgatados. Por exemplo: um aluno pode

odiar ou amar determinada matéria dependendo do vínculo que é formado com

o professor. E, muitas vezes o fracasso escolar pode estar relacionado com

problemas familiares isso deve ser levada em consideração.

A Psicopedagogia estuda o processo de aprendizagem e suas

dificuldades, tendo, portanto, um caráter preventivo e terapêutico.

Preventivamente deve atuar não só no âmbito escolar, mas alcançar a família e

a comunidade, esclarecendo sobre as diferentes etapas do desenvolvimento,

para que possam compreender e entender suas características evitando assim

cobranças de atitudes ou pensamentos que não são próprios da idade ou da

patologia do indivíduo. Terapeuticamente a psicopedagogia deve identificar,

analisar, planejar, intervir através das etapas de diagnóstico e tratamento.

Daí a importância da psicopedagogia em auxilar as pessoas que se

relacionam com alunos que possuem a Síndrome de Asperger e ajuda-los

minimizando as dificuldades por eles encontradas.

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CAPITULO I

SÍNDROME DE ASPERGER.

A Síndrome de Asperger foi primeiramente descrita sob o título de

Psicopatia Autista pelo médico Austríaco Hans Asperger em 1944 como: não

reconhecida antes do 3º ano de idade, a fala desenvolve-se na idade normal,

existe a inversão pronominal, a linguagem é pedante, repetitiva e esteriotipada

Um dos primeiros usos do termo "síndrome de Asperger" foi por Lorna

Wing em 1981 num jornal médico, que pretendia desta forma homenagear

Hans Asperger, um psiquiatra e pediatra austríaco cujo trabalho não foi

reconhecido internacionalmente até a década de 1990. A síndrome foi

reconhecida pela primeira vez no DSM, na sua quarta edição, em 1994 (DSM-

IV).

No DSM IV - Síndrome de Asperger estava no grupo do Transtorno

Invasivo do Desenvolvimento (TID). Atualmente, no DSM V- Transtorno do

Espectro do Autismo (Autism Spectrum Disorder, TEA), foram agrupados:

1.Autismo

2.Asperger

3.Transtorno infantil desintegrativo

4.Transtorno invasivo do desenvolvimento não especificado

A partir do DSM-V, o Transtorno do Espectro do Autismo (Autism

Spectrum Disorder, ASD) abrange esses transtornos, e serão realizadas

distinções de acordo com o nível de gravidade em relação à interação e

comunicação. As informações sobre a prevalência do Transtorno de Asperger

são limitadas, mas ele parece ser mais comum no sexo masculino. Embora os

dados disponíveis sejam limitados, parece existir uma frequência aumentada

de Transtorno de Asperger entre os membros das famílias de indivíduos com o

transtorno.

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Categoria em evolução, onde os critérios de comprometimento

qualitativo na interação social e padrões repetitivos de comportamentos e

atividades são idênticos ao Transtorno Autista.

A diferenciação entre os dois transtornos está em: Falta de

comprometimento “clinicamente significativo” da linguagem, de maneira que a

criança usa palavras separadas até os 2 anos, e frases comunicativas até os 3

anos. Cognição normal ou quase normal também é regra, incluindo habilidades

de autoajuda, comportamento adaptativo (que não a interação social) e

curiosidade acerca do ambiente. Altas Habilidades em determinadas áreas do

conhecimento.

Desvios das funções psicológicas que envolvem habilidades sócias e

linguagem. Dificuldade para interagir socialmente e para o uso intencional da

comunicação verbal e não verbal, são componentes básicos:

- ausências de respostas a solicitações.

- resistência a mudanças.

- evita contanto ocular.

- hiperatividade.

- estereotipias.

- uso inapropriado de objetos.

- pode apresentar déficit cognitivo.

- pode apresentar déficit auditivo.

- quando presente, jogo simbólico pouco desenvolvido.

- podem demonstrar algum desenvolvimento mais isolado.

Características linguísticas:

- atraso no desenvolvimento da linguagem.

- grande variedade de distúrbio, podendo haver até ausência da comunicação.

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- alterações nos padrões de prosódias e entonações.

- vocabulário limitado.

- uso inadequado das palavras.

- problemas de compreensão e expressão.

- confusões com os ternos reversíveis: eu/ você, aqui/ lá, acender/apagar.

- respostas inconsistentes ao outro.

- uso de linguagem sem fins de comunicação.

- ecolalia.

-ausências de expressões e curiosidades.

- uso constante de imperativos.

A Síndrome de Asperger faz parte do Espectro Autismo é um transtorno

de múltiplas funções do psiquismo com afetação principal na área do

relacionamento interpessoal e no da comunicação. O desenvolvimento inicial

da criança parece normal, no entanto no decorrer dos anos seu discurso torna-

se monótono, peculiar e há com frequência preocupações obsessivas. A

criança com Síndrome de Asperger é pouco habilidosa socialmente, o que leva

inadequações comportamentais e a dificuldade no entendimento das relações

humanas. São inflexíveis, apresentam dificuldade em lidar com as mudanças e

são emocionalmente vulneráveis e instáveis. Há prejuízo na coordenação

motora e na percepção viso espacial.

Dessa forma, pessoas com autismo experienciam uma sobrecarga

sensorial durante a interação social: tom da voz, expressão facial, gestos e

referência a objetos e eventos ao redor. O retraimento social e as estereotipias

seriam formas de fugir dessa sobrecarga, sendo o comportamento obsessivo

explicado em termos de um retorno a comportamentos mais simples, os quais

são repetidos incansavelmente como forma de lidar com a disfunção

atencional.

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A Síndrome de Asperger é geralmente camuflada, são muitas pessoas

com o transtorno convivem perfeitamente com os que não têm. Os efeitos da

síndrome dependem de como o indivíduo afetado responde a esta. Apesar de

não haver uma única distinção comum a todos os portadores da Síndrome de

Asperger as dificuldades com o convívio social são praticamente universais, e,

portanto, também é um dos critérios definidores mais relevantes. As pessoas

com Síndrome de Asperger não têm a habilidade natural de enxergar os

subtextos da interação social, e podem não ter capacidade de expressar seu

próprio estado emocional, resultando em observações e comentários que

podem soar ofensivos apesar de bem-intencionados, ou na impossibilidade de

identificar o que é socialmente “aceitável”. As regras informais do convívio

social que angustiam os portadores da síndrome são descritas como “o

currículo oculto”. Os Aspergers precisam aprender estas aptidões sociais

intelectualmente de maneira clara, seca, lógica como matemática, em vez de

intuitivamente por meio da interação emocional normal.

Eles também podem ter dificuldades em demonstrar empatia. Assim,

Aspergers podem parecer egoístas, egocêntricos ou insensíveis. Na maioria

dos casos, estas percepções são injustas porque os portadores da síndrome

são neurologicamente incapazes de entender os estados emocionais das

pessoas à sua volta. Eles geralmente ficam chocados, irritados e magoados

quando lhes dizem que suas ações são ofensivas ou impróprias. É evidente

que pessoas com Sìndrome de Asperger têm emoções. Mas a natureza

concreta dos laços emocionais que venham a ter (ou seja, com objetos em vez

de pessoas) pode parecer curiosa ou até ser uma causa de preocupação para

quem não compartilha da mesma perspectiva.

O fato de não conseguir demonstrar afeto — pelo menos de modo

convencional — não significa necessariamente que pessoas com SA não

sintam afeto. A compreensão disto pode ajudar parceiros ou conviveres a se

sentir menos rejeitados e mais compreensivos. O aumento da compreensão

também pode resultar de leitura e pesquisa sobre a Síndrome e outros

transtornos comórbidos.

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Ás vezes ocorre o problema oposto: a pessoa com Síndrome de

Asperger é anormalmente afeiçoada a alguém e não consegue captar ou

interpretar sinais daquela pessoa, causando aborrecimento.

Outro aspecto importante das diferenças sociais encontradas em

Aspergers é uma fraqueza na coerência central do indivíduo. Pessoas com esta

deficiência podem ser tão focadas em detalhes que não conseguem

compreender o conjunto. Uma pessoa com coerência central fraca pode

lembrar-se de uma história minuciosamente, mas ser incapaz de fazer um juízo

de valor sobre a narrativa. Ou pode entender um conjunto de regras

detalhadamente, mas ter dúvidas de como aplicá-las. Frith e Happe exploram a

possibilidade de que a atenção a detalhes seja uma abordagem em vez de

deficiência. Certamente parece haver várias vantagens em orientar-se por

detalhes, particularmente em atividades e profissões que requeiram alto nível

de meticulosidade.

Pessoas com Síndrome de Asperger podem ter pouca paciência com

coisas fora destes campos de interesse específico. Na escola, podem ser

considerados inaptos ou superdotados, altamente inteligentes, claramente

capazes de superar seus colegas em seu campo do interesse, e ainda assim

constantemente desmotivados para fazer deveres de casa comuns (às vezes

até mesmo em suas próprias áreas de interesse). Outros podem ser

hipermotivados para superar os colegas de escola. A combinação de

problemas sociais e de interesses específicos intensos pode conduzir ao

comportamento incomum, tal como abordar um desconhecido e iniciar um

longo monológo sobre um assunto de interesse especial em vez de se

apresentar antes da maneira socialmente aceita. Entretanto, em muitos casos

os adultos podem superar estas impaciências e falta de motivação e

desenvolver mais tolerância às novas atividades e a conhecer pessoas.

A neurobiologia do autismo eles têm o Cérebro Social Alterado

(interferências na gestação que poderiam afetar proteínas que vão possibilitar o

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desenvolvimento do cérebro e as conexões de neurônios para a ativação do

cérebro social. Orientação para sons da fala, percepções de estímulos etc).

Epigenética (fala-se em interação gene/ambiente, e o seu poder para ativação

cerebral e modificação desta ativação nos genes). Fatores ambientais (idade

materna; baixo peso ao nascer etc). Genética (contribuição de múltiplos

genes). Neurônios (disfunção no sistema de Neurônios Espelho). Anatomia

(alterações na anatomia iniciadas na vida pré).

O tratamento geralmente é medicamentoso e terapia cognitiva

comportamental, que é a mais indicada e com comprovações de bons

resultados.

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CAPITULO II

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA

Historicamente, segundo Bossa (2000) os primórdios da Psicopedagogia

ocorreram na Europa, ainda no século XIX, evidenciada pela preocupação com

os problemas de aprendizagem na área médica. Acreditava-se na época, que

os comprometimentos na área escolar eram provenientes de causas orgânicas,

pois se procurava identificar no físico as determinantes das dificuldades da

pessoa que estava aprendendo. Com isto, constituiu-se um caráter orgânico da

Psicopedagogia. Segundo Bossa (2000), a crença de que os problemas de

aprendizagem eram causados por fatores orgânicos perdurou por muitos anos

e determinou a forma do tratamento dada à questão do fracasso escolar até

bem recentemente. Nas décadas de 40 a 60, na França, ação do pedagogo era

vinculada à do médico. No ano de 1946, em Paris foi criado o primeiro centro

psicopedagógico. O trabalho cooperativo entre médico e pedagogo era

destinado a crianças com problemas escolares, ou de comportamento e eram

definidas como aquelas que apresentavam doenças crônicas tais com

diabetes, tuberculose, cegueira, surdez ou problemas motores. A denominação

"Psicopedagógico" foi escolhida, em detrimento de "Médico Pedagógico",

porque achavam que os pais enviariam seus filhos com mais facilidade..

Em 1958, no Brasil surge o Serviço de Orientação Psicopedagógica da

Escola Guatemala, na Guanabara (Escola Experimental do INEP - Instituto de

Estudos e Pesquisas Educacionais do MEC). O objetivo era melhorar a relação

professor-alunos. Nas décadas de 50 e 60 a categoria profissional dos

psicopedagogos organizou-se no país, com a divulgação da abordagem psico-

neurológica do desenvolvimento humano. Atualmente novas abordagens

teóricas sobre o desenvolvimento e a aprendizagem bem como inúmeras

pesquisas sobre os fatores intra e extra-escolares na determinação do fracasso

escolar contribuíram para uma nova visão mais crítica e abrangente.

O campo de atuação está se ampliando, pois o que inicialmente

caracterizava-se somente no aspecto clínico, hoje pode ser aplicado no

segmento escolar, conhecida como Institucional, em segmentos hospitalares,

empresariais e em organizações que aconteçam à gestão de pessoas. A

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Psicopedagogia Clínica tem como missão, retirar as pessoas da sua condição

inadequada de aprendizagem, dotando-as de sentimentos de alta autoestima,

fazendo-as perceber suas potencialidades, recuperando desta forma, seus

processos internos de apreensão de uma realidade, nos aspectos: cognitivo,

afetivo-emocional e de conteúdos acadêmicos. O aspecto clínico é realizado

em Centros de Atendimento ou Clínicas Psicopedagógicas e as atividades

ocorrem geralmente de forma individual. O aspecto institucional, como já

mencionado, acontecerá em organizações e está mais voltada para a

prevenção dos insucessos interpessoais e de aprendizagem e à manutenção

de um ambiente harmonioso, se bem que muitas vezes, deve-se considerar a

prática terapêutica nas organizações como necessária.

É possível perceber que a Psicopedagogia também tem papel

importante em um novo momento educacional que é a inserção e manutenção

dos alunos com necessidades educativas especiais (NEE) no ensino regular,

comumente chamada inclusão. Entende-se que colocar o aluno com NEE em

sala de aula e não criar estratégias para a sua permanência e sucesso escolar,

inviabiliza todo o movimento nas escolas. Faz-se premente a necessidade de

um acompanhamento e estimulação dos alunos com NEE para que as suas

aprendizagens sejam efetivas.

Os psicopedagogos são profissionais preparados para atender crianças,

adolescentes e adultos com problemas de aprendizagem formal e/ou

organizacional atuando na sua prevenção, diagnóstico e tratamento clínico ou

institucional. O psicopedagogo poderá atuar em escolas, empresas e na área

da saúde (psicopedagogia institucional), ou na clínica (psicopedagogia clínica).

Para conhecimento, o psicopedagogo na clínica, através de um processo

diagnóstico, irá identificar as causas dos problemas de aprendizagem. Para

tanto, usará instrumentos tais como:

• provas operatórias (Piaget),

• provas projetivas (desenhos),

• histórias,

• material pedagógico,

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• entrevistas e anamnese,

• utilizam-se provas psicomotoras,

• provas de linguagem,

• provas de nível mental, provas pedagógicas,

• provas de percepção

• e outras, conforme o referencial teórico adotado pelo

profissional.·

Realizar devolutivas para os pais ou responsáveis, para a escola e para

o aprendente;· Atender o aprendente, estabelecendo um processo corretor

psicopedagógico com o objetivo de superar as dificuldades encontradas na

avaliação;· Orientar os pais quanto a suas atitudes para com seus filhos, bem

como professores para com seus alunos;· Pesquisar e conhecer a etiologia ou

a patologia do aprendente, com profundidade.

O psicopedagogo deve ser um profissional que tem conhecimentos

multidisciplinares, pois em um processo de avaliação diagnóstica, é necessário

estabelecer e interpretar dados em várias áreas, dentre elas: auditiva e visual,

motora, intelectual, cognitiva, acadêmica e emocional. O conhecimento dessas

áreas fará com que o profissional compreenda o quadro diagnóstico do

aprendente e favorecerá a escolha da metodologia mais adequada

Na clínica, o psicopedagogo fará uma entrevista inicial com os pais ou

responsáveis para conversar sobre horários, quantidades de sessões,

honorários, a importância da frequência e da presença e o que mais for

necessário. Neste momento, alguns psicopedagogos não recomendam falar

sobre o histórico do sujeito, já que isto poderá atrapalhar a investigação. O

histórico do sujeito, desde seu nascimento, será relatado ao final das sessões

numa entrevista chamada anamnese, com os pais ou responsáveis.

Geralmente faz-se o diagnóstico entre 6 a 8 sessões. O ideal é que haja duas

sessões por semana. Na clínica é estudada a aprendizagem normal e

patológica tanto com um sentido preventivo como terapêutico, sendo

investigado o significado, as causas e a modalidade de aprendizagem do

sujeito com intervenções realizadas – a partir de uma metodologia clínica – no

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intuito de ressignificar o processo e/ou sanar as dificuldades. Com um olhar

focalizado na história do sujeito, psicopedagogia trabalha sobre as causas a

partir da identificação dos sintomas.

Os aspectos convergentes podem ser ressaltados quando se constata

que: tanto o psicopedagogo com atuação na instituição quanto o

psicopedagogo com atuação na clínica realizam intervenção utilizando

métodos, instrumentos e técnicas próprias da Psicopedagogia; atua na

prevenção dos problemas de aprendizagem; desenvolve pesquisas e estudos

científicos relacionados ao processo de aprendizagem e seus problemas; tem

como objetivo devolver ao sujeito o prazer de aprender e criar estratégias de

resgate e exercício da autonomia; orienta, coordena e supervisiona cursos de

especialização de Psicopedagogia, em nível de pós-graduação.

Para haver o aprendizado é necessário que o aluno esteja focado e que

consiga permanecer com atenção sustentada e para haver atenção tem que

haver interesse e motivação. Só que sabemos que hoje com a tecnologia, a

geração imediatista, do excesso de conteúdo no currículo; os professores são

obrigados a mudarem os métodos para as aulas tornarem-se menos cansativas

e cada vez mais atraentes. Havendo, necessidades de novas mudanças na

postura dos professores como por exemplo: aulas mais dinâmicas, aulas mais

interativas, integração entre as matérias e entre aluno-professor; aluno-aluno,

aluno-escola, família-escola.

O professor tem um papel fundamental na formação do indivíduo então

tem que se dedicar e fazer o melhor de si para, assim, haver um vínculo com o

aluno e, o aprendizado será consequência.

Cada criança tem o processo de desenvolvimento diferente, algumas

aprendem com maior facilidade enquanto outras aprendem mais devagar. E

nesse momento que é de fundamental importância que o especialista e

professor analisem individualmente cada criança para poderem adequar os

conteúdos conforme a necessidade de cada um. Em alguns casos, as

estratégias de ensino não estão de acordo com a realidade do aluno e as

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mudanças de estratégias de ensino se fazem necessárias, contribuindo para

que todos aprendam.

Ao entrarmos em contato com a Psicopedagogia, percebemos, a partir

das leituras e estudos, principalmente dos escritos de Alícia Fernández( 2001,

p.30) que: “(...) ser ensinante significa abrir um espaço para aprender. Espaço

objetivo e subjetivo em que se realizam dois trabalhos simultâneos: a

construção do conhecimento e a construção de si mesmo, como sujeito criativo

e pensante.”

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CAPÍTULO III

INTERVENCÃO PSICOPEDAGÓGICA

As crianças com Síndrome de. Asperger são tão facilmente

sobrecarregadas por estressores ambientais, e tem um comprometimento tão

profundo na habilidade de estabelecer relações interpessoais. Everard (1976)

escreveu que quando estes jovens são comparados com os não afetados,

”tomamos consciência instantânea do quanto eles são diferentes e do enorme

esforço que eles tem que fazer para viver num mundo onde nenhuma

concessão é feita e no qual se espera que eles se conformem/ajustem“ (p.22).

Os professores e pais podem ter um papel vital em ajudar essas crianças

aprender a negociar com o mundo à sua volta. Uma vez que elas são

frequentemente incapazes de expressar seus medos e ansiedades, o papel

dos adultos significativos é fazer valer a pena para eles deixar suas vidas de

fantasias íntimas seguras, pelas incertezas do mundo externo. Os profissionais

e responsáveis que trabalham nas escolas com estas crianças e jovens devem

fornecer a estrutura externa, a organização e estabilidade que lhes falta. O uso

de estratégias criativas de ensino com pessoas que sofrem de Síndrome de

Asperger é fundamental, não só para facilitar sucesso acadêmico, mas

também para ajudá-los a se sentir menos alienados dos outros seres humanos

e menos sobrecarregados pelas demandas comuns da vida cotidiana.

Essas crianças são facilmente oprimidas pelas mínimas mudanças,

altamente sensíveis a pressões do ambiente e às vezes atraídas por rituais.

São ansiosos e tendem a temer obsessivamente quando não sabem o que

esperar. Estresse, cansaço e sobrecarga emocional facilmente os afetam.

• Fornecer ambiente previsível e seguro;

• Minimizar as transições;

• Oferecer rotinas diárias concretas. A criança precisa entender cada

rotina do dia e saber o que a espera, de forma a ser capaz de se

concentrar na tarefa que tem em mãos;

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• Evitar surpresas: preparar a criança previamente para atividades

especiais, mudanças de horários ou qualquer outra mudança de

rotina, independente do grau que seja;

• Afastar o medo do desconhecido, mostrando à criança as novas

atividades, professor, classe, escola, acampamento, etc com

antecedência, tão cedo quanto possível depois dela ser informada

da mudança, para prevenir medo obsessivo (por exemplo, quando

a criança precisa trocar de escola, ela deve ser apresentada ao

novo professor, passear pela escola e ser informada de sua nova

rotina antes de começar A transição da escola velha precisa ser

feita nos primeiros dias de forma que a rotina seja familiar para a

criança no novo ambiente. O novo professor pode descobrir as

áreas de especial interesse da criança e ter livros ou atividades

relacionadas disponíveis no primeiro dia da criança.

Apresentam dificuldade para entender as regras complexas da interação

social; são ingênuas; extremamente egocêntricas; podem não gostar de

contato físico; falam para pessoas ao invés de falar com elas; não entendem

brincadeiras, ironias ou metáforas; usam um tom de voz monótono ou sem

entonação e artificial, usam a linguagem corporal e o olhar de forma indevida;

falta-lhes sensibilidade e tato; interpretam de forma equivocada as pistas

sociais; não conseguem julgar as “distâncias sociais”; apresentam pouca

capacidade para iniciar e sustentar conversas; tem um discurso bem

desenvolvido, mas uma comunicação pobre; o estilo de linguagem pode ser

pedante e parecido como o de um adulto; são facilmente enganados (não

percebem que os outros, algumas vezes mentem ou os trapaceiam); e

usualmente desejam participar do mundo social.

• Proteger a criança de provocações e brincadeiras maldosas.

• Nas faixas etárias mais altas, tente educar seus colegas a

respeito da criança quando a dificuldade social for severa,

descrevendo seus problemas sociais como uma incapacidade

real. Elogie seus colegas quando a tratarem com jeito.

Promovendo empatia e tolerância por parte das outras crianças;

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• Enfatize as habilidades acadêmicas proficientes da criança com

Síndrome de Asperger criando situações de aprendizagem

cooperativas, nas quais suas habilidades de leitura, vocabulário,

memória e assim por diante sejam vistas como uma competência

pelos colegas, estimulando sua aceitação.

• A maioria das crianças quer ter amigos, mas simplesmente não

sabem como interagir. Elas precisam ser ensinadas a como

reagir às mensagens sociais subliminares e receber um repertório

de respostas para usar em diferentes situações sociais. Ensine

as crianças o que dizer e como dizer. Modele papéis envolvendo

interações de mão dupla (bidirecionais) e deixe-as representá-los.

O julgamento social destas crianças melhora somente depois que

lhes são ensinadas as regras que as outras apreendem

intuitivamente.

• Embora lhes falte uma compreensão pessoal das emoções dos

outros, essas crianças podem aprender a maneira correta de

reagir. Quando estão sem intenção insultando, sendo indelicados

ou insensíveis, tem que ser explicado a eles porque a resposta foi

imprópria e qual resposta teria sido a correta. As pessoas com

S.A precisam aprender habilidades sociais intelectualmente: elas

carecem de instinto social e intuição;

• Os estudantes com Síndrome de Asperger mais velhos podem

se beneficiar com um ‘’sistema de camaradagem’’. O professor

pode orientar um colega de classe, sem incapacidade e sensível,

quanto à situação da criança e colocá-los sentados próximos um

do outro. O colega pode cuidar da criança no ônibus, durante o

intervalo, nos corredores e assim por diante, e tentar incluí-lo nas

suas atividades da escola.

• Elas tendem a ser solitárias; então o professor e pais precisam

incentivar seu envolvimento com os outros. Incentive as

atividades sociais ativas e limite o tempo gasto buscando

interesses isolados. Por exemplo, a auxiliar de classe sentada na

mesa do almoço pode incentivar ativamente a criança a participar

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da conversa com seus colegas, não somente pedindo suas

opiniões ou perguntando, mas também sutilmente incentivando

as outras crianças a fazer o mesmo.

As crianças têm preocupações excêntricas ou estranhas, fixações

intensas. Elas têm uma tendência de “palestrar” inflexivelmente sobre suas

áreas de interesse; fazer perguntas repetitivas sobre tais interesses; têm

problemas para deixar as ideias fluir; seguem suas próprias inclinações não

levando em consideração as exigências externas; por exemplo: elas têm

dificuldade em saber a hora do outro falar e a hora que tem de parar de falar, e

algumas vezes se recusam a aprender qualquer coisa que esteja fora de seu

campo de interesse.

• Não permita que a criança discuta de forma peseverativa ou faça

perguntas sobre interesses isolados. Limite este comportamento

determinando uma hora específica do dia onde a criança pode

falar sobre isto.

• O uso do reforço positivo dirigido seletivamente para modelar um

comportamento desejado é a estratégia crítica para ajudar a

criança. Estas crianças também devem ser elogiadas por

comportamentos sociais simples e esperados que são

considerados naturais e espontâneos em outras crianças.

• Devem ser estabelecidas atribuições firmes para a conclusão do

trabalho de sala de aula.

• No entanto, ao mesmo tempo encontrar um ‘’meio termo’’ dando

oportunidade para a criança satisfazer seus próprios interesses.

• Para crianças particularmente obstinadas pode ser necessário

inicialmente individualizar todas suas atribuições focando-as em

suas áreas de interesse (ex. se o interesse é sobre mapa, então

ofereça frases gramaticais, problemas matemáticos, leituras e

palavras para serem soletradas sobre mapa). Introduza

gradualmente outros tópicos;

• Podem ser dadas aos alunos atividades que liguem seus

interesses com o tema que está sendo estudado.

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• Use a fixação da criança com um meio de ampliar seu repertório

de interesses

As crianças com Síndrome de Asperger estão freqüentemente

desligados das atividades, distraídos por estímulos internos; alguns são muito

desorganizados, têm dificuldades em concentrar-se nas atividades de sala de

aula isto não significa que a atenção seja pobre, mas sim que o foco de

concentração é “estranho”; elas não conseguem figurar o que é relevante.

Portanto a atenção é focada/voltada em um estímulo irrelevante; tendem a

retrair-se em complexos mundos particulares de uma maneira muito mais

intensa do que em o típico ‘’sonhar acordado’’ e tem dificuldade de aprender

em um contexto grupal.

• Os conteúdos devem ser divididos em pequenas unidades, e

deve ser oferecidos pelo professor redirecionamentos e retorno

constante.

• As crianças com sérios problemas de concentração beneficiam-

se de sessões de trabalho com tempo pré-determinado. Isso os

ajuda a se auto-organizar. O trabalho de sala que não for

completado no tempo limite (ou que tenha sido feito com

descuido) deve ser completado durante o tempo livre de cada

criança (ex. durante o intervalo ou durante o tempo usado para

atividades de interesse especial). As crianças com S. A. podem

ser às vezes teimosas; precisam de expectativas consistentes e

um programa estruturado que as ensine que seguir regras as leva

a um reforço positivo (este tipo de programa motiva a criança

com S.A a ser produtiva, aumentando assim a autoestima e

diminuindo os níveis de estresse, porque a criança passa a se ver

como competente).

• No caso de alunos incluídos em sala regular, a baixa

concentração, a lentidão ao escrever e um alto grau de

desorganização podem tornar necessária a diminuição do seu

trabalho de sala ou de casa e/ou a oferta de tempo em sala de

recursos, onde um professor de educação especial possa prover

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a estrutura adicional que a criança precisa para terminar a lição

de casa ou de sala.

• Coloque a criança com Asperger sentada à frente da sala de

aula.

• Trabalhe com a criança um sinal não vocal (ex. um tapinha suave

no ombro ou na carteira) para os momentos em que ela não está

prestando atenção.

• Se for usado um ‘’sistema de companheirismo’’, coloque o amigo

da criança sentado próximo a ela, para que ele possa ajudá-la a

retomar uma atividade ou acompanhar a aula.

• A professora deve incentivar ativamente as crianças a deixarem

de lado seus pensamento e fantasias mais íntimas e focarem

novamente no mundo real. Esta é uma batalha constante, uma

vez que se acredita que o conforto deste mundo íntimo é muito

mais atraente que qualquer coisa na vida real. Para as crianças

pequenas, até as brincadeiras livres precisam ser estruturadas,

pois elas podem ficar tão imersas em um brincar solitário, numa

fantasia ritualizada, que perdem o contato com a realidade.

Incentivar a criança com Síndrome de Asperger

• A brincar jogando um jogo de tabuleiro com uma ou duas

crianças sob cuidadosa supervisão, não somente

estrutura/organiza a brincadeira, mas também oferece uma ótima

oportunidade de praticar habilidades sociais.

As crianças são fisicamente desajeitadas e deselegantes; tem o andar

tenso e deselegante; não são bem sucedidas em jogos envolvendo habilidades

motoras; e experiência déficits na coordenação motora refinada que podem

causar problemas na caligrafia, baixa velocidade de escrita e afetar a

habilidade para desenhar. Sendo, alvo de críticas.

• Envolver a criança com SA na educação física voltado para

saúde ao invés de um programa voltado para o esporte

competitivo; dando preferência para esportes coletivos que

estimulam a relação social.

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• Não pressione a criança a participar de esportes competitivos,

uma vez que sua coordenação motora pobre pode gerar somente

frustração.

• As crianças com podem precisar de um programa altamente

individualizado para escrita cursiva, que envolva traçar e copiar

em papel e no quadro. O professor conduz repetidamente a mão

da criança através da formação e conexão das letras usando

também um roteiro verbal. A partir do momento que a criança

tiver o roteiro de cabeça ela pode fazê-lo sozinha e de forma

independente durante a escrita das letras.

• As crianças mais novas são beneficiadas por linhas (pautas) que

guiem ou controlem o tamanho e a uniformidade das letras que

escrevem, ou seja, caderno de caligrafia. Isto também os força a

se dedicar a escrever com cuidado.

• Quando predeterminar o tempo para as unidades de trabalho,

tenha certeza do tempo individual da criança.

• As crianças, geralmente, precisam de mais tempo do que seus

colegas para fazer as provas (fazer as provas na sala de recursos

oferece não só mais tempo, mas também oferece a estrutura

adicional e a orientação do professor quando estas crianças

tiverem necessidade de se concentrar na atividade proposta).

Principalmente, para aquelas crianças que estão sendo

alfabetizadas.

As crianças usualmente tem inteligência na média ou acima da média

(especialmente na área verbal), mas lhes faltam habilidades superiores de

pensamento e de compreensão. Elas tendem a ser muito literais: suas

imagens são concretas e a abstração é pobre. O estilo pedante de falar e o

vocabulário impressionante dão a falsa impressão de que eles entendem o que

estão falando, quando na verdade estão meramente repetindo o que leram ou

ouviram. A criança, geralmente, tem uma excelente memória de rotina, porém

ela é de caráter mecânico, isto é, a criança pode responder como um vídeo

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que “roda” em uma sequência fixa. As habilidades para solução de problemas

são pobres.

• A criança com precisa de uma alta motivação para não seguir

seus próprios impulsos. O aprendizado deve ser gratificante e

não um disparador de ansiedade;

• Não presuma que a criança entendeu algo simplesmente

porque repetiu o que acabou de ouvir, lembre-se que ela tem

muita facilidade para decorar;

• Ofereça explicações adicionais e tente simplificar quando os

conceitos das aulas forem abstratos, fazendo resumos;

• “Capitalize” a memória excepcional destas pessoas: seu ponto

forte é com frequência a retenção de informação factual.

• Questões tais como as apresentadas em literatura de ficção,

referentes as nuances emocionais, níveis múltiplos de

sentido/significação e relacionamento, com freqüência não

serão entendidas.

• As crianças, geralmente, têm habilidades de leitura

excelentes, mas a compreensão da linguagem é pobre. Não

presuma que eles entendam o que lêem tão fluentemente;

• Os trabalhos acadêmicos podem ser de qualidade prejudicada

porque a criança não tem motivação a aplicar esforço em

áreas pelas quais não se sinta interessada. Devem ser

estabelecidas expectativas muito firmes para com a qualidade

do trabalho produzido. O trabalho executado durante os

períodos estabelecidos deve ser não somente completo, mas

cuidadosamente realizado. A criança deve corrigir as lições

feitas em sala de aula durante o intervalo/recreio ou no tempo

em que normalmente usa em atividades de interesse próprio.

As crianças com Síndrome de Asperger têm inteligência para

acompanhar a educação regular, mas, frequentemente não tem recursos

emocionais para enfrentar as demandas de sala de aula. Essas crianças são

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facilmente estressadas devido à sua inflexibilidade. A autoestima é baixa, elas

são, com frequência, muito autocríticas e incapazes de tolerar cometer erros.

As pessoas, principalmente adolescentes, podem ter inclinação para a

depressão (tem sido documentada uma alta porcentagem de depressão em

adultos com Síndrome de Asperger). As reações/explosões de raiva são

comuns em resposta ao estresse e/ou frustração. As crianças raramente

parecem relaxadas e são facilmente acabrunhadas quando as coisas não

saem como seu rígido ponto de vista dita que deveriam ser. Interagir com

pessoas e enfrentar as demandas da vida cotidiana exigem um esforço

contínuo e hercúleo.

• Previna as explosões de raiva oferecendo um alto nível de

consistência. Prepare estas crianças para mudanças na rotina

diária, a diminuir o nível de estresse.

• Ensine a criança a como enfrentar os momentos em que o

estresse as sobrecarrega, para prevenir “explosões”. Ajude a

criança a escrever uma lista com passos muito concretos que

possam ser seguidos quando ela ficar frustrada (ex. 1 - respire

fundo três vezes; 2 - conte vagarosamente os dedos da sua mão

direita, 3 vezes; 3 - peça para ver o professor de educação

especial, etc.) Inclua na lista um comportamento ritualizado que a

criança ache reconfortante. Escreva estes passos num cartão e

coloque-o no bolso da criança de forma que esteja sempre

prontamente disponível;

• O afeto transmitido pela voz do professor deve ser mantido ao

mínimo. Seja calmo, previsível e positivo nas interações. E, ao

mesmo tempo demonstre claramente compaixão e paciência.

Hans Asperger (1991), o psiquiatra de quem esta síndrome leva o

nome, observou que “ao professor que não entende que é

necessário ensinar as crianças (com SA) coisas aparentemente

óbvias irão se sentirem impacientes e irritados” (p.57).

• Não espere que a criança com Síndrome de Asperger reconheça

que está deprimida ou triste. Da mesma forma que elas não

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podem perceber os sentimentos dos outros, estas crianças

podem também não ter consciência de seus próprios

sentimentos. Eles frequentemente encobrem sua depressão e

negam seus sintomas;

• Os professores devem estar atentos a mudanças de

comportamento que possam estar indicando depressão, tais

como até mesmo aumento do grau de desorganização,

desatenção/apatia e isolamento; diminuirão no limiar de estresse;

fadiga crônica; choro; comentários suicidas e assim por diante.

Não aceite nestes casos a afirmação da criança de que ela está

“OK”.

• Entre em contato com o terapeuta da criança e relate os sintomas

para que esta seja avaliada e receba tratamento se necessário. É

crítico que a depressão seja diagnosticada rapidamente, porque

estas crianças são, com frequência, incapazes de acessar suas

próprias emoções e não podem buscar conforto nos outros.

• Esteja consciente que os adolescentes são especialmente

propensos à depressão. As habilidades sociais são muito

valorizadas na adolescência e o aluno se dá conta de que é

diferente e que tem dificuldades em estabelecer relacionamentos

normais. O trabalho acadêmico frequentemente torna-se mais

abstrato.

• As crianças devem receber apoio acadêmico assim que forem

observadas dificuldades em uma área específica. Estas crianças

são rapidamente sobrecarregadas e reagem perante fracassos

de forma muito mais grave do que as outras crianças;

• As crianças que são emocionalmente muito frágeis podem

precisar estudar em classe de educação especial estruturada que

possa oferecer programas acadêmicos individualizados. Estas

crianças precisam de um ambiente de aprendizagem no qual elas

se vejam como competentes e produtivas. Nestes casos mantê-

las incluídas, em lugares onde elas não possam apreender

conceitos e completar as tarefas/lições, serve somente para

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abaixar seu autoconceito, aumentar sua introversão e montar o

palco para um transtorno depressivo.

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CONCLUSÃO

Naturalmente, nem todas as crianças com a síndrome de Asperger são

iguais. Exatamente porque cada criança tem sua própria personalidade,

sintomas da síndrome “típicos” se manifestam de formas específicas para cada

indivíduo. Como resultado, não existe uma receita exata para abordagem em

sala de aula ou em casa que possa ser usada para todos os portadores da

Síndrome de Asperger, no entanto foram citadas algumas orientações práticas

que ajudarão muitos alunos.

Muitos professores e pais no início talvez tenham dificuldades em

colocar as orientações em prática, mas nada que com uma dose de carinho e

dedicação não consigam usar os benefícios da psicopedagogia.

As crianças, alunos com síndrome de Asperger são muitas vezes

excêntricas um perfil empobrecido por que seguem seus próprios interesses e

deixam de cumprir as tarefas propostas havendo necessidade de a

psicopedagogia contribuir no manejo desses alunos em sala de aula orientando

os professores e pais que lidam diariamente com essas crianças.

Por isso, a necessidade dos professores e da equipe pedagógica que

lidam com essas crianças terem uma boa orientação para saber em como lidar

com essas crianças e a melhor forma de abordá-las e conquistá-las visando o

aprimoramento como pessoa destes portadores da Síndrome de Asperger

respeitando as limitações.

Sendo, de suma importância um trabalho de intervenção multidisciplinar

(família, escola, psicóloga e médicos) visando a melhor forma deste portador

da Síndrome de Asperger em se adequar a realidade do dia-a dia.

Os portadores de Asperger mostram uma surpreendente sensibilidade à

personalidade do professor. E podem ser ensinadas, mas somente por aqueles

que lhe dão verdadeira afeição e compreensão. Pessoas que mostram

delicadeza e, sim, o humor te que tenha atitude emocional básica do professor

influência, involuntáriamente e inconscientemente, o humor e o comportamento

da criança.

Por isso, a necessidade dos professores que trabalham com essas

crianças terem uma boa orientação para saber como lidar com essas crianças

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e como abordá-las e conquista-las visando o aprimoramento como pessoa

destes portadores da Síndrome de Asperger. “A perturbação causa prejuízo

clinicamente significativo na área social e ocupacional.” (DSM IV).

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTOS 3

DEDICATÓRIA 4

RESUMO 5

SUMÁRIO 6

INTRODUÇÃO 7

CAPÍTULO I

SÍNDROME DE ASPERGER. 9

CAPÍTULO II

PSICOPEDAGOGIA CLÍNICA 15

CAPÍTULO III

INTERVENCÃO PSICOPEDAGÓGICA 20

CONCLUSÃO 30

BIBLIOGRAFIA 32