doenÇas causadas por parasitas. introduÇÃo parasitas são organismos que vivem em associação...
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INTRODUÇÃOParasitas são organismos que vivem
em associação com outros aos quais retiram os meios para a sua sobrevivência, normalmente prejudicando o organismo hospedeiro, um processo conhecido por parasitismo.
O efeito de um parasita no hospedeiro pode ser mínimo, sem lhe afetar as funções vitais, até poder causar a sua morte.
HOSPEDEIRO
• O homem é seu hospedeiro definitivo, e tendo como intermediário o caramujo para desenvolver seu ciclo evolutivo.
• A transmissão se dá pela liberação dos ovos nas fezes humana.
FORMAS CLÍNICAS• A fase aguda se manifesta com coceira e
dermatite, febre, inapetência, tosse, diarréia, enjôos, vômitos e emagrecimento.
• A fase crônica, muitas vezes assintomática, com episódios de diarréia alternando com prisão de ventre (obstipação) podendo evoluir para o aumento do fígado (hepatomegalia), e cirrose, aumento do baço (esplenomegalia), hemorragias, ascite ou barriga d´agua.
DIAGNÓSTICO• É feito através do exame de fezes ou a
coproscopia qualitativa (hoffman) ou (katokatz).
• O hemograma pode mostrar aliterações tipo: leucopenia, anemia e plaquetopenia. Alterações das funções hepáticas, com aumento de TGO, TGP, e fosfatase alcalina. A biopsia retal também pode ser utilizável para um diagnóstico mais abrangente.
TRATAMENTO• É feito com remédios específicos que
combatem o Schistossoma mansone. A droga mais eficaz tem o nome de hicantne.
• Seguindo no entanto de educação sanitária, saneamento básico, controle dos caramujos e informação sobre o modo de transmissão são fundamentais para prevenir a doença.
PROFILAXIA• Atenção ás normas básicas de higiene e
saneamento ambiental. Evitar água de enxurrada e rios contaminados.
• O controle biológico pode ser exercido por animais que se alimentam dos caramujos (peixes, patos, etc.) e o químico pelo uso de moluscocidas. Uso de botas e luvas se precisar entrar em águas contaminadas pelo caramujo.
EPIDEMIOLOGIA No período de 1980 a 2003 dados, obtidos do
Sistema de Informações Sobre Mortalidade (SIM) e da base demográfica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam redução de 62,9% do coeficiente de mortalidade por esquistossomose no Brasil (0,70/100.1000 em 1980 para 0,26/100.1000 em 2003). Tal redução, porém, não se deu de modo uniforme ao longo dos anos, tornando-se mais expressiva após 1986 quando foram modificadas as estratégias de controle da esquistossomose no Brasil, o que resultou na maior utilização da quimioterapia. Análise dos óbitos, segundo as características epidemiológicas, evidenciou que a mortalidade foi mais elevada no sexo masculino, nos grupos etários mais avançados e na região Nordeste do País.
TRANSMISSÃO• Através da entrada do Trypanosoma no sangue dos
humanos a partir do ferimento da “picada” por barbeiros.
Os barbeiros alimentam-se de sangue e contaminam-se com o parasita quando sugam sangue de animais mamíferos infectados, que são os reservatórios naturais (bovinos, por exemplo) ou mesmo outros humanos contaminados. Uma vez no tubo digestivo do barbeiro, o parasita é eliminado nas fezes junto ao ponto da “picada”, quando sugam o sangue dos humanos que por aí infectam-se.
• A infestação também pode ser por transfusão de sangue ou transplante de órgãos, ou por via placentária.
FORMAS CLÍNICAS
• A fase aguda é geralmente assintomática, e tem uma incubação de uma semana a um mês após a picada. No local da picada pode-se desenvolver uma lesão volumosa, com local vermelho e inchado. Se a picada for perto do olho é freqüente a conjuntivite com edema da pálpebra, também conhecido por sinal de Romaña. Outros sintomas possíveis são febre, falta de apetite, aumento do fígado, inflamação no miocárdio (músculo do coração).
• A fase crônica permanece assintomático durante dez a vinte anos. No entanto neste período de bem-estar geral, o parasita está a reproduzir-se continuamente em baixos números, causando danos irreversíveis no sistemas nervoso e cardíaco. O fígado também é afetado mas como é capaz de regeneração, os problemas são raros. Há o aparecimento gradual de demência, insuficiência cardíaca. Neste estágio a doença é frequentemente fatal. No entanto o tratamento pode aumentar a esperança e qualidade de vida.
Criança com chagoma(lesão volumosa), característico no olho direito e edema da pálpebra: o sinal de Romaña.
DIAGNÓSTICO Pode ser:
• Microscópico: buscando o parasita no sangue do paciente, o que é possível apenas na fase aguda após cerca de 2 semanas depois da picada. Detecta mais de 60% dos casos nesta fase;
• Xenodiagnóstico: onde é intencionalmente introduzido o sangue do doente em animais de laboratório, fazendo a verificação e constatando se desenvolvem a doença aguda;
• Detecção de anticorpos específicos contra o parasita no sangue: útil nos casos crônicos mas a distinção entre estes e as curas é difícil.
TRATAMENTO
• Na fase inicial aguda, a administração de fármacos como nifurtimox, alopurinol e Benzonidazol curam completamente ou diminuem a probabilidade de cronicidade em mais de 80% dos casos.
• Na fase crônica é incurável, já que os danos em órgãos como o coração e o sistema nervoso são irreversíveis.
PROFILAXIA• Ainda não há vacina para a prevenção da
doença. A prevenção está centrada no combate ao barbeiro, principalmente através da melhoria das moradias rurais a fim de impedir que lhe sirvam de abrigo. A melhoria das condições de higiene, o afastamento dos animais das casas e a limpeza freqüente das palhas e roupas são eficazes.
• O uso do inseticida extremamente eficaz, porém tóxico, está indicado em zonas endêmicas, já que o perigo dos insetos transmissores é muito maior.
EPIDEMIOLOGIA• Estima-se que existam até 18 milhões de pessoas com esta
doença, entre os 100 milhões que constituem a população de risco, distribuída por 18 países americanos. Dos infectados, cerca de 20.000 morrem a cada ano.
• A doença de Chagas crônica é um problema epidemiológico apenas em alguns países da América Latina, mas a migração crescente de populações aumentou o risco de transmissão por transfusão de sangue.
• Distribuída pelas Américas desde os EUA até a Argentina, atinge principalmente as populações rurais pobres. As casas pobres, com reboco defeituoso e sem forro, são habitat para o inseto barbeiro, que dorme de dia nas rachaduras das paredes e sai à noite para sugar o sangue da pessoas que dormem, geralmente no rosto ou onde a pele é mais fina. A doença afeta muitos outros vertebrados além do Homem: cães, gatos, roedores, tatus e gambás podem ser infectados e servir de reservatório do parasita.
CONCLUSÃO
Conclui-se que Esquistossomose e Chagas são doenças transmitidas por parasitas que em contato com a pele do homem podem causar sérios problemas no sistemas imunológico, nervoso e cardíaco.
Recomenda-se a prevenção, como cuidados e higiênização.