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DROGAS VASOATIVASLAURIMARY CAMINHA VELOSO
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PRINCIPAIS DROGAS: Inotrópicos Vasoconstrictores Vasodilatadores
Os pacientes críticos apresentam um inadequado fluxo tissular = desequilíbrio na oferta/consumo de oxigênio.
Finalidade dessas drogas manter a homeostase orgânica e tissular durante as mais diversas condições clínicas
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FISIOLOGIA DA PERFUSÃO TISSULAR A oferta de oxigênio aos tecidos dependem
basicamente dos seguintes fatores: Débito cardíaco (DC) Pressão de perfusão tissular Fluxo tissular Conteúdo arterial de oxigênio (CaO2)
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FISIOLOGIA DA PERFUSÃO TISSULAR Débito cardíaco = FC x VS
Pré carga Pós carga ContratilidadeUma adequada contração miocárdica só pode ser obtida com um adequado enchimento ventricular. Pré carga- enchimento do ventrículoPós carga – resistência contra a qual o ventrículo ejeta o sangue, determinada pela resistência vascular sistêmica (esvaziamento ventricular)
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Contratilidade: representa a propriedade intrínseca da fibra cardíaca na performance sistólica, reflexo direto do processo cíclico de formação de energia pelas proteínas contráteis.
A FC representa a capacidade cronotrópica do coração à estimulação autônoma (simpático/parasimpático)
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As drogas vasoativas mais empregadas são as catecolaminas, e dentre elas destacam-se a noradrenalina, a adrenalina, a dopamina, a dopexamina, a dobutamina e o isoproterenol. Dispõem-se, também dos vasodilatadores, como o nitroprussiato de sódio.
As catecolaminas são responsáveis pela regulação do tono vascular da contratilidade cardíaca e da musculatura brônquica. Esses efeitos são mediados por receptores adrenérgicos do SNA localizados nos vasos, miocárdio e brônquios.
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As catecolaminas são os agentes simpatomiméticos mais utilizados em Terapia Intensiva e as suas ações são determinadas pelas ligações dessas drogas às três classes principais de receptores: alfa, beta e dopa.
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Tabela 1 Diferentes tipos de receptores, sua localização e efeitos.
Receptor Localização Efeito
DA 1 (dopaminérgico tipo 1)
CoraçãoVasos Rins
Vasodilatação coronarianaVasodilatação Diurese e excreção de sódio
DA 2 (dopaminérgico tipo 2)
VasosRins e supra-renais
VasodilataçãoDiminui a liberação de renina e aldosterona
b1 (beta 1) Coração Aumento da contratilidade cardíaca, frequência e velocidade de condução
b2 (beta 2). VasosCoração DilataçãoAumento da freqüência e contratilidade cardíacas
a1 (alfa 1) Vasos Vasoconstrição e aumento da pressão arterial
a2 (alfa 2) VasosCoração Vasos
Inibição da liberação de noradrenalina (“feed-back”)Vasoconstrição e aumento da pressão arterial
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Classificação das catecolaminas Dopamina: é o precursor imediato da noradrenalina. Possui
inúmeros efeitos, pois estimula todos os tipos de receptores, sendo estes dose-dependentes.
Em baixas doses, possui efeito dopaminérgico predominante, causando aumento do débito cardíaco; diminuição da resistência vascular sistêmica e vasodilatação renal e mesentérica.
Em doses médias, possui um efeito beta predominante, aumentando o débito cardíaco; a pressão arterial e a diurese.
Em doses elevadas, o efeito predominante é o alfa, causando aumento da resistência vascular sistêmica e da pressão arterial e diminuição do fluxo sanguíneo renal.
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Indicações principais da dopamina Estados de baixo débito com volemia
controlada ou aumentada (efeito beta adrenérgico).
Pelo fato de essa droga vasoativa possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador renal, é também indicada em situações nas quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, porém com oligúria persistente (efeito dopaminérgico).
Condições de choque com resistência periférica diminuída (efeito alfa adrenérgico).
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Dobutamina: é uma droga simpatomimética sintética, com ação predominantemente beta 1 agonista. Esta droga possui baixa afinidade por receptores beta 2 e é quase desprovida de efeitos alfa adrenérgicos.
A dobutamina apresenta poucos efeitos sobre a frequência cardíaca, aumenta a contratilidade miocárdica e o índice cardíaco, não agindo sobre a resistência vascular periférica.
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Dobutamina: A droga é utilizada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco, em pacientes nos quais a disfunção ventricular acarreta diminuição no volume sistólico e no débito cardíaco como por exemplo, choque cardiogênico e insuficiência cardíaca congestiva.
O consumo de oxigênio do miocárdio, sob o uso da dobutamina, é menor do que sob a ação de outras catecolaminas.
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Noradrenalina: é o neurotransmissor do sistema nervoso simpático e precursor da adrenalina. A noradrenalina possui atividade tanto no receptor alfa, como beta 1 adrenérgico, com pouca ação sobre receptores beta 2.
Dependendo da dose utilizada, obtém-se aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da frequência cardíaca e importante vasoconstrição periférica, com aumento da pressão arterial.
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A noradrenalina é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua utilização clínica. É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar, e deve ser usada com prudência, em pacientes com hipertensão pulmonar.
Por outro lado, é uma droga de eleição no choque séptico, cuja finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação por volume e a outros inotrópicos menos potentes.
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Adrenalina: é um potente estimulador alfa e beta adrenérgico, cujo efeito vasopressor é muito conhecido. O mecanismo da elevação da pressão arterial causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta no miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da freqüência cardíaca e uma vasoconstrição em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas).
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Adrenalina: Na musculatura lisa, sua ação predominante é de relaxamento através da ativação de receptores alfa e beta adrenérgicos.
A droga exerce também broncodilatação, pela interação com receptores beta 2 do músculo liso bronquial, combinada à inibição da degranulação de mastócitos.
A adrenalina também eleva as concentrações de glicose (aumento da neoglicogênese e inibição da secreção de insulina) e do lactato sérico.
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As principais indicações da adrenalina incluem: Estados de choque circulatório que não respondem às
outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga.
No tratamento de broncoespamos severos. No tratamento da anafilaxia Durante as manobras de ressuscitação
cardiopulmonar, É o agente farmacológico de efeito vasoconstritor
mais eficaz.
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Vasodilatadores A falência circulatória aguda possui muitas etiologias,
porém os mecanismos determinantes são: a diminuição do volume circulante, a diminuição do débito cardíaco e a diminuição da resistência vascular periférica.
O uso de drogas com ação vasodilatadora é útil nos casos em que a reposição volêmica adequada e a otimização do débito cardíaco com os agentes inotrópicos, já mencionados, não reverteram a condição de baixo débito persistente.
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Vasodilatadores O uso de vasodilatadores não altera
significativamente a frequência cardíaca e, particularmente, o vasodilatador mais utilizado em terapia intensiva é o nitroprussiato de sódio.
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Nitroprussiato de sódio: é um vasodilatador misto, com efeitos sobre os territórios arterial e venoso. Age diretamente na musculatura lisa vascular. Não apresenta efeito direto sobre as fibras musculares cardíacas, sendo seu incremento no débito cardíaco devido à ação vasodilatadora. O fluxo sanguíneo renal e a taxa de filtração glomerular são mantidos e a secreção de renina, pelo organismo, é aumentada.
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Nitroprussiato de sódio: A droga promove, diminuição da resistência periférica total,
da pressão arterial e do consumo de oxigênio do miocárdio, pouca alteração da frequência cardíaca e diminuição da resistência vascular pulmonar. O metabólito ativo da droga é o óxido nítrico, que parece ser o responsável pela ação vasodilatadora.
O nitroprussiato de sódio é uma molécula instável, que sofre decomposição em condições alcalinas e quando exposto à luz. É indicado no tratamento das emergências hipertensivas e como droga auxiliar nos estados de choque circulatório, com pressões de enchimento ventricular e resistência periférica aumentadas.
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Nitroglicerina Vasodilatador coronariano com efeito sobre o fluxo
coronariano. Seu uso sublingual é útil em pacientes com IC aguda sem hipotensão arterial, em crise anginosa e IC que cursam com pressão de artéria pulmonar obstruída elevadas e sinais clínicos de congestão pulmonar.
Monitrato de Isossorbida Seu efeito dilatador leva uma redução da pré carga com
diminuição do volume ventricular e pressões de enchimento, resultando em uma diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio em 20% a 40%.
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Os estados de baixo débito, associados à disfunção celular grave são de ocorrência relativamente comum nas Unidades de Terapia Intensiva. O emprego das drogas vasoativas é de importância vital para a reversão desta situação, melhorando o prognóstico e a sobrevida dos pacientes.
Essas drogas possuem, em geral, ação rápida e potente, porém seu índice terapêutico é baixo, devendo ser administradas mediante adequada monitorização hemodinâmica e laboratorial.
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