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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA
Título: Aplicabilidade Interdisciplinar da Contabilidade Geral
Autor Antonio Morosini
Escola de Atuação Col. Est. João Theotônio Netto – Ensino Médio e Profissional
Município da escola Moreira Sales
Núcleo Regional de Educação Goioere
Orientador Ademir Massaho Moribe
Instituição de Ensino Superior Universidade Estadual de Maringá
Disciplina/Área (entrada no PDE) Disciplinas/Técnicas
Produção Didático-pedagógica Unidade Didática
Relação Interdisciplinar
Disciplina Técnicas do Curso Técnico em Administração
Público Alvo
Professores e Alunos do 3º ano do Curso Técnico em Administração
Localização
Nome: Colégio Estadual João Theotônio Netto – Ensino Médio e Profissional.
Endereço: Av. João Vioto nº 804-Moreira Sales-Paraná
Apresentação:
O material será implementado no estabelecimento escolar acima citado, na terceira série do Curso Técnico em Administração, com o objetivo o desenvolvimento das práticas pedagógicas interdisciplinares, tendo como parâmetro o material didático pedagógico, junto aos docentes e discentes do Curso Técnico em Administração. Com apresentação dos dados coletados, podemos apresentar uma proposta interdisciplinar da Contabilidade Geral com as diversas disciplinas técnicas, pois pressupõe que o ensino realizado de forma integrado e pós médio, poderá alcançar o objetivo final do curso que é o de formar profissionais capazes de acompanhar o desenvolvimento das organizações, o processo ensino aprendizagem, a interdisciplinaridade como forma integralizadora do curso juntamente com as estratégias metodológicas.
Palavras-chave “Aplicabilidade; Contabilidade; Interdisciplinaridade”.
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO DE POLITICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
UNIDADE DIDÁTICA
PROFESSOR PDE – TURMA 2010
PROFESSOR PDE: Antonio Morosini
ÁREA/DISCIPLINA : Disciplinas Técnicas
Moreira Sales, 2011
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SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL
PDE
ANTONIO MOROSINI
UNIDADE DIDÁTICA
Desenvolvido por meio do Programa de
Desenvolvimento Educacional – PDE,
Secretaria de Estado da Educação – SEED,
Departamento de Políticas e Formação
Continuada na área de Disciplinas Técnicas,
com o tema de intervenção “Aplicabilidade
Interdisciplinar na Contabilidade Geral
com as demais disciplinas do Curso
Técnico em Administração”.
Orientador: Prof. Dr. Ademir M. Moribe.
Moreira Sales - PR
2010
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................
2 APLICABILIDADE INTERDISCIPLINAR DA CONTABILIDADE GERAL
NO CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO..........................................
2.1. Aplicar Conceito Contábil.
2.2. Utilização das Demonstrações Contábeis
2.3. Utilização dos Atos e Fatos Contábeis
2.4. Aplicação dos Indicadores Econômicos e Financeiros
3 PROPOSTA DE ATIVIDADES FAZENDO USO BIBLIOGRÁFICO, PLANILHAS
E MATERIAL DIDÁTICO
3.1. Atividade 1 – Aplicação de Conceito Contábil.
3.2 Atividade 2 - Utilização das Demonstrações Contábeis.
3.3. Atividade 3 - Utilização dos Atos e Fatos Contábeis.
3.4. Atividade 4 - Aplicação dos Indicadores Econômicos e
Financeiros.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................
5. ESTRATEGIA DE AÇÃO....................................................................
6. CRONOGRAMA DE AÇÕES................................................................
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA... ...................................................
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1. INTRODUÇÃO
Nota-se que a integração de saberes é algo imprescindível para a formação
de profissionais no enfrentamento dos desafios da sociedade atual, somente por
meio de articulação e integração será possível desenvolver o conhecimento entre as
diferentes disciplinas. Sendo os alunos pessoas individuais, com experiências
diversas que partindo do pressuposto que essas diferenças devem ser trabalhadas
coletivamente, para que se chegue a uma aprendizagem comum, analisando, assim
as dificuldades encontradas para apreenderem os conhecimentos teóricos e
práticos.
Pretendeu-se com este estudo analisar as estratégias metodológicas
capazes de auxiliar na implantação de um projeto interdisciplinar no Curso Técnico
em Administração.
A apresentação de estudo sobre interdisciplinaridade justifica, pois a
complexidade na construção do saber exige que o ensino seja desenvolvido de
maneira sincronizada com as disciplinas envolvidas, tendo como alvo principal as
áreas que envolvem o conhecimento, entretanto o que se pode conhecer os
resultados após relatos dos docentes e discentes que poderemos transmitir de forma
comparti mentalizada, sem a preocupação com o todo que possa a vir constituir o
conhecimento. Tendo como reflexo em análises anteriores de que a falta de
integração é o desestimulo dos discentes, causando assim a evasão escolar.
A complexidade na apresentação das práticas interdisciplinar e sua integração
nos trabalhos nos dão à preocupação de que como pode ser uma prática
caracterizada pela integração de conhecimentos das disciplinas envolvidas.
Para Klein (1990, p. 63), “a interdisciplinaridade surge para corrigir o
equivoco da compartimentarão e da não comunicação entre as disciplinas”.
Para Freire (2001, p. 25) “ensinar não é transmitir conhecimento, mas criar as
possibilidades para as suas produções ou sua construção” (1.999, p. 25). Na
afirmativa de Santos (2.004) que, para o processo ensino aprendizagem se
desenvolver, dentro dos propósitos que definem, há a necessidade do
comprometimento entre os chamados atores das instituições que o sustentam,
exigindo assim envolvimento com maior comprometimento das pessoas.
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Sendo professores, alunos, conteúdos, estruturas, atores e fatores que
envolvem no processo ensino-aprendizagem, devendo relacionar-se de forma mutua
neste comprometimento.
Cabendo ao professor a realização de práticas voltadas á seleção,
organização e transmissão de conteúdos, devendo a transmissão serem feita com
objetivos claramente definidos, para que o aluno envolvido neste processo, receba
conhecimento de forma a estabelecer sincronia com o mundo em que o cerca. Não
se imagina que o conhecimento acadêmico irá adquirir durante o desenvolvimento
de seu curso transmitido pelo docente.
O desenvolvimento desta pesquisa poderemos observar alguns aspecto aos
quais oferecem subsídios para a ação proposta seja justamente uma análise concisa
de como realizar trabalhos integrados. Com o andamento do trabalho observaremos
a seguir as formas de que poderemos basear a pesquisa.
Não há sistemas nos projetos pedagógicos quanto às formas de
desenvolvimento da interdisciplinaridade, embora a matriz curricular seja elaborada
levando-se em consideração a interdependência das disciplinas, há um grande
descompasso entre os docentes, não há comunicação entre professores, pois as
horas atividades nos estabelecimentos escolares são organizadas privilegiando-se
as disciplinas da mesma área.
Os discentes indicam que não conseguem perceber as conexões existentes
entre as disciplinas. O ensino está fortemente conteudista, não há incentivo aos
trabalhos integrados, pois os trabalhos interdisciplinares demandam de um
planejamento mais eficaz, necessitando muitas vezes, modificar estratégia das
aulas.
Como o nosso sistema de administração escolar, tendo incompleta a carga
dos docentes, sendo que no inicio do ano letivo, muitos dos docentes não participam
da semana pedagógica, pelo fato de ainda não terem sido contratados, pondo
dificuldade a organização do trabalho escolar.
Sendo que alguns dos docentes criam dificuldades ou resistem abordagem a
qualquer assunto que não seja ligado diretamente à sua formação básica.
A alegação de diversos docentes é a de não terem tempo para planejar
trabalhos integrados com outras disciplinas, por estarem atarefados e preocupados
em cumprir o plano de trabalho escolar.
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2 – APLICABILIDAADE INTERDISCIPLINAR DA CONTABILIDADE GERAL NO
CURSO TÉCNICO EM ADMINISTRAÇÃO.
2.1. Aplicar Conceito Contábil
Conceitualmente, podemos definir Contabilidade como:
... a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades,
mediante registro, demonstrações financeiras e econômicas,
confirmação, análise e interpretação dos atos e fatos contábeis
nele ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua
composição e suas variações, bem como sobre os resultados
econômicos decorrentes da gestão da riqueza patrimonial.
(FRANCO, 1991, p.22)
As empresas, inseridas no mundo em suas transformações, urgem obter
informações rápidas, precisas e objetivas acerca de sua situação financeira,
patrimonial, econômica. Dentro do conceito acima descrito, a contabilidade é um
instrumento fundamental para auxiliar a administração moderna, pois sua finalidade
é “estudar e controlar o patrimônio, para fornecer informações sobre sua
composição e variações, bem como sobre os resultados econômicos decorrentes da
gestão da riqueza patrimonial.” (FRANCO, 1992, p. 20).
Buscando a atender essas necessidades, a análise do balanços assume a
importância significativa, sendo como “a arte de saber extrair relações úteis, para o
objetivo econômico que tivermos em mente, dos relatórios contábeis tradicionais e
de suas extensões e detalhamentos, se for o caso”. Por isso, segundo Matarazzo
(1998, p. 13), a análise de balanços “começa onde termina o trabalho do contador”,
pois ele vai além dos relatórios, traduzindo os dados obtidos em informações
acessíveis aos administradores auxiliando nas tomadas de decisões, bem como os
demais usuários da contabilidade.
O Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (FIPECAFE, 2000, p.
42), conceitua usuário como sendo toda pessoa física ou jurídica, que tenha
interesse na avaliação da situação e do progresso de determinada entidade,
podendo ser tanto internos – administradores por exemplo -, externos – como
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bancos, fornecedores, investidores, governo. A análise terá interesse diversificados,
podendo “atender à vários objetivos diferentes; dependendo dos fins a que se
destinam, as informações deverão apresentar um conteúdo de volume específicos
(...) Cada um deles (os usuários) procurará detalhes e conclusões próprias e, muitas
vezes, não coincidentes.” (Assaf Neto, 1981, p 71).
Revista Eletrônica Administradores sem Fronteiras – Número 01 – 2004
2.2. Utilização das Demonstrações Contábeis.
De posse dos demonstrativos contábeis, o técnico administrativo então deverá
aplicar as técnicas de análise, métodos básicos pelos quais são extraídos índices
para melhor entender a situação patrimonial da entidade. Algumas das técnicas mais
utilizadas são as seguintes:
a. Análise Vertical e Horizontal: demonstram em percentual, o valor de cada
item se comparados ao total do demonstrativo, ou um valor específico, e
sua variação no decorrer do tempo.
b. Análise através de Índices: traduzem os demonstrativos em índices de
estrutura, liquidez e rentabilidade, de maneira a entender como o
patrimônio da entidade está estruturado, sua capacidade de pagamento,
bom como o retorno do investimento.
c. Prazos Médios: representam a velocidade com que os elementos
patrimoniais de relevo se renovem um determinado período de tempo.
´E importante salientar que cada empresa trabalha de uma forma particular,
com características próprias, cada uma tem sua própria forma de organização de
produção, de vendas, de pessoal e financeira própria em função do que dependerá
sua capacidade de adaptação, sua sobrevivência, seu crescimento ou sua própria
expansão.
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Os índices de resultados devem considerar os mais diversos fatores da
própria empresa como perfil do administrador, as perspectivas da empresa, as
políticas adotadas na entidade, as influências dos ambientes interno e externo, entre
outros. Por isso, na análise, é importante que se tenha conhecimento da empresa,
pois não é a simples variável encontrada que será por si só suficiente para que o
técnico administrativo consiga interpretá-la, por é preciso vê-lo sob a luz das
políticas da empresa, para então afirmar a sua situação.
Para que o técnico administrativo faça um relatório para uso das
demonstrações, é indispensável um conjunto de informações e conhecimentos
básicos, pré-requisitos, os quais citamos alguns:
a. Conhecimento Básico de Contabilidade;
b. Conhecimentos básicos de Técnicas de Análise;
c. Atividade da Empresa;
d. Politicas e Estratégias da Empresa;
e. Perfil dos Administradores;
f. Influencia dos ambientes internos e externos na empresa;
g. Capacidade de Interpretação.
Revista Eletrônica Administradores sem Fronteiras – Número 01 - 2004
2.3 – Utilização de Atos e Fatos Contábeis.
Conceito
São todas as alterações sofridas pelo patrimônio na sua composição
qualitativa ou quantitativa em virtudes de atos praticados pela administração, ou
fatos vinculados às atividades da entidade ou, ainda, resultantes de fatos totalmente
imprevistos ou fortuitos.
Conceito Complementares
Ato Administrativo
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Ação praticada pela administração que não provoca (podendo vir a
provocar) alteração qualitativa e/ou quantitativa no patrimônio da entidade, portanto,
não interessa à contabilidade.
Exemplo: avalizar uma compra, ATO ADMINISTRATIVO, não altera o
patrimônio.
Fato Administrativo
Ação praticada pela administração que provoca alteração qualitativa e/ou
quantitativa no patrimônio da entidade, portanto interessa a contabilidade.
Exemplo: pagar o aval de uma compra, FATO ADMINISTRATIVO=FATO
CONTABIL, ALTERA O PATRIMÔNIO.
Variações Patrimoniais
Conforme vimos, são alterações sofridas pelo patrimônio, decorrente ou
não da administração podendo ser:
Fatos Contábeis.
São as ocorrências havidas no patrimônio, trazendo-lhe variações
qualitativas e/ou quantitativas. Quase sempre (e não obrigatoriamente) provém de
uma ação da gestão.
Observação:
- Gestão: é o conjunto de operações que ocorrem durante a vida das
empresas, com as quais as mesmas buscam atingir os objetivos visados, sejam
estas operações identificadas como fatos contábeis ou meramente atos
administrativos
- Todo fato administrativo é um fato contábil
- Nem todo fato contábil é um fato administrativo
Superveniências e insubsistência
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São as ocorrências havidas no patrimônio, trazendo-lhes variações
quantitativas, e que impedem dos atos da gestão, tais variações patrimoniais são
resultantes de fatos contingentes, imprevistos ou fortuitos.
Classificação dos Fatos Contábeis
Fato contábil permutativo (ou compensativo)
São os que provocam alterações no valor do Patrimônio Liquido (PL) ou na
Situação Liquida (LS), mas podem modificar a composição dos demais elementos
patrimoniais, determinam uma variação do patrimônio (VARIAÇÃO PATRIMONIAL
QUALITATIVA).
Fato contábil modificativo
São os que provocam alterações no valor do Patrimônio Liquido (PL) ou
Situação Liquida (SL), determinando uma variação quantiotativa do patrimônio
(VARIAÇÃO PATRIMONIAL QUANTITATIVA) Pode se: diminutivo aumentativo.
Fato Contábil Misto (ou composto)
São os que combinam fatos permutativos ou fatos modificativos,
determinando variação quantitativa e qualitativa do patrimônio, ou VARIAÇÃO
PATRIMONIAL MISTA.
Superveniência e Insubsistência
Conceito
Eventuais alterações positivas ou negativas da Situação Liquida,
independentes de intervenção de gestão.
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Superveniência
Provocam aumento e pode ser:
a. SUPERVENIÊNCIA ATIVA
Aumento do ativo (variação patrimonial ativa). Ex; Recebimento de valores
provenientes de prêmios, loterias, herança ou legado doação.
b. SUPERVENIÊNCIA PASSIVA
Aumento do passivo (variação patrimonial passiva). Ex: Recebimento de
dividas anteriormente não registradas no passivo, provenientes de decisão
judicial ou de outros casos fortuitos.
Insubsistência
Provocam diminuição e pode ser:
a. INSUBSISTÊNCIA DO ATIVO-diminui o ativo (variação patrimonial pás-
siva). Ex: Ocorrência de Incêndio, furto, morte de gado.
b. INSUBSISTÊNCIA DO PASSIVO-diminui o passivo (variação patrimonial
ativa). Ex: redução no valor das obrigações por motivo de prescrição ou
baixa da divida correspondente.
Efeitos no Patrimônio Liquido
- Superveniência ativa – Aumenta o patrimônio liquido receita)
- Superveniência passiva – Diminui o patrimônio liquido (despesa).
- Insubsistência do ativo – Diminui o patrimônio liquido (despesa)
Também denominada de Insubsistência Passiva.
- Insubsistência do passivo – Aumenta o patrimônio liquido (receita).
Também denominada de Insubsistência Ativa.
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2.4 – Aplicação dos Indicadores Econômicos e Financeiros
ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL
A analise horizontal e a analise vertical das demonstrações propiciam a verificação
de tendências, possibilitando a projeção de cenários, com base na manutenção ou
alteração de determinado comportamento. Os quocientes obtidos pela divisão de
valores constantes em grupos, subgrupos e mesmo contas, uns pelos outros,
possibilitam uma rápido diagnostico da situação econômico-financeiro das
empresas, possibilitando a imediata ação no sentido da correção de problemas com
eventuais ajustes.
A analise horizontal compara valores de um ano para outro, ou seja, verifica a
posição econômico-financeiro da empresa em determinados períodos e a compara
em relação ao ano anterior, mostrando a evolução da estrutura patrimonial existente.
Já a analise vertical, como o próprio nome diz, é feita de cima para baixo, por meio
do calculo da composição de cada item do ativo ou passivo em relação a um total no
mesmo período.
Em um exemplo de analise horizontal, se o ativo circulante de uma empresa
em um ano X1 era de R$ 1.000, em um ano X2 era de R$ 2.000, dividindo-se o valor
do ano posterior pelo ano anterior, encontraremos o valor 2. Isto quer dizer, na
pratica, que o ativo circulante dobrou em relação ao ano anterior. Porem, se o capital
no ano X1 era de R$ 10.000 e no X2 era de R$ 5.000, pode-se dizer que houve uma
redução significativa no capital da empresa, tanto é que de um ano para outro, o
fator de evolução foi de 0,5.
Em outro exemplo, na analise vertical, se o ativo circulante (AC) da empresa é
de R$ 1.000 em determinado período e o ativo total (AT) é de R$ 10.000 neste
mesmo período, isto significa que o Ativo Circulante representa apenas 10% do ativo
da empresa, sendo o quociente de 0,1. Porem, se as dividas de curto prazo
representam R$ 5.000, isto significa que elas representam 50% de tudo o que a
empresa possui, ou mesmo de tudo o que ela deve (passivo total).
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ANALISE POR INDICES
Os indicadores ou índices ou quocientes como são conhecidos refletem a
posição econômico-financeiro da empresa em determinados períodos, em termos de
liquidez, rentabilidade e endividamento. São obtidos por meio de divisões entre
grupos, subgrupos ou mesmo contas apresentadas nas demonstrações contábeis,
umas pelas outras, de maneira a evidenciar a situação do patrimônio.
Como um exemplo, temos o índice de liquidez corrente, obtido pela divisão
entre o valor do ativo circulante e o valor do passivo circulante, que mostra a
capacidade de pagamento de uma empresa em curto prazo. Ha. diversos índices
que podem ser obtidos por meio de divisões entre grandezas expressas nas
demonstrações contábeis, evidenciando a situação patrimonial existente. Os
principais índices utilizados são os relativos à estrutura de capital, índices
financeiros, econômicos e de atividades, conforme veremos a seguir.
INDICADORES DE ESTRUTURA DE CAPITAL
Tais indicadores demonstram como foi utilizado o capital da empresa em
determinados grupos ou subgrupos de contas. A seguir, mostramos os dois
principais índices utilizados relativos ao comprometimento do capital da empresa.
Imobilização do Patrimônio Liquido – indica quanto a empresa imobilizou de
seu patrimônio liquido ou quanto a empresa aplicou de seu capital total no ativo
permanente
IPL = Imobilizado
PL
ou IPL = Ativo Permanente
PL
Participação de Capitais de Terceiros sobre Recursos Próprios – indica
quanto a empresa possui de recursos de terceiros em relação ao seu capital próprio.
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PCT = Capitais de Terceiros
Capital Próprio
INDICADORES FINANCEIROS
Os indicadores financeiros são os normalmente ligados à solvência da
empresa e endividamento. A seguir, apresentamos os principais índices utilizados.
Índice de Liquidez Corrente (ou Liquidez Comum) – mostra a capacidade de
pagamento da empresa em curto prazo. Um índice acima de 1 é considerado
positivo e quanto maior, melhor a liquidez para pagar as dividas de curto prazo e
menor a possibilidade de inadimplência.
ILC = Ativo Circulante
Passivo Circulante
Índice de Liquidez Seca – é o mesmo índice que o de liquidez corrente,
porem diminuem-se do ativo circulante o valor dos estoques, como se a empresa
não pudesse contar com a venda de seus estoques para fins de sanar suas dividas
de curto prazo. É um índice muito utilizado por banqueiros, por ocasião da analise
de credito relacionado a financiamentos.
ILS = Ativo Circulante - Estoque
Passivo Circulante
Índice de Liquidez Geral – mostra a capacidade de pagamento da empresa
em longo prazo, considerando a possibilidade de que ela venda tudo o que possui
para saldar suas dividas, tanto de curto como de longo prazo. O ideal é um índice
acima de 1 por representar uma boa capacidade de pagamento das dividas de curto
e longo prazo.
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Porem, o índice deve ser analisado em conjunto com outros anos, pois
pode acontecer, por exemplo, de a empresa fazer determinada aquisição de um
ativo permanente em longo prazo em um ano (e o índice ficar muito baixo), e
recuperar sensivelmente o valor gasto em anos posteriores, pelo acréscimo de
renda (e do ativo circulante), o que pode provocar um acréscimo significativo no
índice.
ILG = Ativo Circulante + Realizavel a Longo Prazo
Passivo Circulante + Realizavel a Longo Prazo
Índice de Liquidez Imediata – mostra o que a empresa dispõe de imediato
para fazer frente a dividas de curto prazo. É um índice sem muita expressão, apenas
demonstrando quanto se dispõe em disponibilidades imediatas para fazer frente à
quitação de dividas.
ILI = Disponível (Caixa e Bancos)
Passivo Circulante
Índices de Endividamento – Ha. vários indicadores de endividamento, dentre
os quais destacamos o que evidencia a proporção de capital de terceiros utilizado
pela empresa sobre o capital próprio e de terceiros, ou seja, o patrimônio liquido
somado ao exigível de curto e longo prazo.
Capital de Terceiros
Capital de Terceiros + Capital próprio
Ou Exigivel total ou PC + ELP
Exigivel total + PL PC + ELP +PL
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Ha. outro índice que reflete a garantia do capital próprio ao capital de terceiros
(quantidade).
Capital próprio
Capital de terceiros
ou de outra forma…
PL .
Exigível total
E no que se refere à qualidade do endividamento, ou seja, se a divida é de curto ou
longo prazo, ha. o seguinte indicador…
PC . Ou seja, quanto da divida total da empresa é de curto prazo.
Exigível Total
INDICADORES ECONOMICOS
Os indicadores econômicos indicam a situação de rentabilidade da empresa, em
relação a sua possibilidade e habilidade na geração de resultados, assim como seu
potencial de vendas, que é refletido na DRE (demonstração do resultado do
exercício). A taxa de retorno sobre o investimento e a taxa de retorno sobre o
patrimônio liquido são os dois principais índices utilizados, permitindo verificar
quanto de retorno gera a empresa a partir do investimento realizado.
TRI = Lucro Liquido
Ativo Total
TRPL = Lucro Liquido
Patrimônio Liquido
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INDICADORES DE ATIVIDADES
Os indicadores ou índices de atividade são utilizados no processo de analise do
giro de estoques, ou seja, de sua renovação, considerando os prazos envolvidos em
compras e vendas de mercadorias. No caso, quanto maior a velocidade de
renovação de estoques e a velocidade de recebimento de vendas, melhor, assim
como quanto mais lento for o pagamento das compras. O índice mais utilizado é o
seguinte.
PMRE + PMRV onde…
PMPC
PMRE = prazo médio de renovação dos estoques
PMRV = prazo médio de recebimento de vendas
PMPC = Prazo médio de pagamento de compras
Para se calcular os prazos de recebimento de vendas médio, assim como
pagamento médio de compras e quantos dias a empresa leva para vender seus
estoques, utilizamos as seguintes formulas.
PMRV = 360 x Duplicatas a Receber
Vendas Brutas
PMRV = 360 x Estoques
Custo das Vendas
PMPC = 360 x Fornecedores
Compras
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AVALIACAO DA SITUACAO FINANCEIRA, ECONOMICA E PATRIMONIAL
DE UMA EMPRESA.
Uma boa análise da situação financeira, econômica e patrimonial deve ser feita
com base no tripé de decisões da empresa: Situação Financeira (liquidez), Estrutura
de Capital (endividamento) e Situação Econômica (rentabilidade). E não é só o
Balanço Patrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício que são utilizados
para a devida análise.
Além destas duas demonstrações, sem dúvida fundamentais, são importantes a
demonstração do Fluxo de Caixa (direto e indireto), a Demonstração de Origens e
Aplicação de Recursos, a Demonstração do Valor Agregado e alguns indicadores de
outras demonstrações. Isto porque muitas vezes a real situação financeira ou
econômica pode não estar demonstrada no balanço ou DRE.
A empresa pode, por exemplo, investir uma grande quantia em imobilizado
durante o ano, sendo que aquele imobilizado, a partir de sua operação ou
funcionamento, pode gerar um acréscimo de rentabilidade em anos seguintes.
Haveria um indicador muito alto de imobilização, preocupante no início, porém, no
ano seguinte, esta imobilização poderia se transformar em grandes resultados
operacionais.
Os indicadores ou índices ou quocientes são as principais grandezas utilizadas
por agentes financeiros (bancos) e econômicos (governo), além dos demais
interessados na contabilidade (acionistas, investidores, corretores, etc.). São
medidas de desempenho da empresa, que permitem avaliar inicialmente o
comportamento e a trajetória da empresa.
Uma boa situação de liquidez aliada a um baixo endividamento, com bons
indicadores de rentabilidade é sem dúvida, o sinal de uma empresa sólida e
merecedora de crédito. Porém, a devida análise para fins de concessões
governamentais ou mesmo pelos agentes financeiros é mais aprofundada, utilizando
diversos outros índices, a partir de outras demonstrações contábeis, que não apenas
o BP e a DRE. Notas explicativas, Pareceres de auditoria e relatórios expedidos pela
própria empresa (e sua auditoria interna) também podem ser utilizados, além das
demonstrações financeiras.
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RELATORIO DE ANALISE.
Relatórios de análise são documentos expedidos por instituições financeiras,
instituições de valores mobiliários, empresas contratadas, etc. ou mesmo pela
própria empresa, que espelham a situação financeira, econômica e patrimonial,
mostrando indicadores financeiros, patrimoniais e de rentabilidade da empresa,
assim como seu desempenho geral ao longo de determinados exercícios. São
também solicitados por bancos e instituições de crédito ou fomento governamental,
para fins de concessão de financiamentos ou liberação de empréstimos, assim como
levados a conhecimento de sócios, acionistas e investidores, por ocasião de
assembléias ordinárias e extraordinárias.
3. PROPOSTA DE ATIVIDADES FAZENDO USO BIBLIOGRÁFICO,
PLANILHAS E MATERIAL DIDÁTICO.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Interdisciplinaridade não é apenas um modismo, mas uma forma de se
trabalhar com atividades integradas, tornando o ensino mais atraente para o aluno.
Mas para se desenvolver um trabalho interdisciplinar é necessário que o professor
tenha que muitas vezes deixar de lado as formas metodológicas tradicionais e
passar a utilizar métodos diferenciados que permitam a integração das disciplinas.
Para que a prática interdisciplinar aconteça, necessita-se de um trabalho
integrado, exigindo-se dos atores envolvidos muita parceria, solidariedade, pesquisa
e comunicação, pois sem estas atitudes não há concretização dos projetos. Ao
analizarmos o projeto político pedagógico do curso, percebemos que ressalta a
importância da interdisciplinaridade como integradora de todas as areas do
conhecimento envolvidas no curso, mas não menciona, porém, quais as estratégias
que poderão ser utilizadas para o acontecimento.
Diante do exposto, realizaremos um estudo sobre quais estratégias
metodológicas poderiam ser utilizadas pelo professor na aplicação de um trabalho
interdisciplinar.
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Para que o ensino seja realizado de forma eficaz o professor necessita
utilizar-se de estratégias ou métodos que facilitem a apreensão dos conhecimentos
por parte dos alunos.
Os métodos segundo Libâneo, (1999, p. 150), “são o caminho para atingir um
objetivo”.
Perseguimos sempre os objetivos, mas eles não se realizam por si só, por
isso necessitamos de maiôs ou métodos para atingi-los sendo que estes métodos
deverão ser sempre adequados as nossas necessidades da combinação entre o
trabalho sistematizado do professor, tanto no planejamento das aulas, como no seu
desenvolvimento e o estudo das matérias expostas pelos alunos.
Há necessidade de se vincular os métodos de ensino aos objetivos gerais e
específicos das disciplinas, portanto seja no meio da frase, quando se afirma que o
professor tem métodos, é mais do que dizer que uma compreensão global do
processo educativo da sociedade: os fins sociais e pedagógicos do ensino, as
exigências e desafios que a realidade social coloca as expectativas de formação dos
alunos para que possam atuar na sociedade de forma critica e criadora, as
implantações da origem de classe dos alunos no processo de aprendizagem, a
relevância social dos conteúdos de ensino etc. (LIBÂNEO, 1999, p. 150)
Partindo-se do pressuposto que o professor deverá direcionar o aluno
tornando-o um individuo critico para a sociedade, ele deverá utilizar um método de
ensino que o cative, tem que dominar os conteúdos de forma que o aluno assimile-
os, ou seja, desenvolva métodos próprios a sua área, esses método de ensino
devem-se adequar a realidade do aluno, do profissional a pratica de ensino.
O processo de ensino se caracteriza pela combinação de atividades do
professor e dos alunos e eles, sob a direção dos professores, vão obtendo
conhecimentos conforme suas capacidades mentais. Para que o professor possa
atingir os objetivos relacionados ao ensino e aprendizagem ele deverá utilizar-se de
ações que atinjam os objetivos de aprendizagem de sua disciplina. As metas a
serem cumpridas devem ser organizadas e os métodos a serem utilizados
definidos.
A escolha do método de ensino corresponder à necessidade do conteúdo a
ser trabalhado, visando atingir os objetivos da aula e dos objetivos gerais previstos
no plano de ensino.
Afirma Pistrak (1981, p. 30), que:
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O objetivo fundamental da reeducação, ou, simplesmente, da
educação do professor, não é absolutamente fornecer-lhe um conjunto de
indicações práticas, mas arma-los de modo que ele próprio seja capaz de criar um
bom método, baseando-se numa teoria sólida pedagógica social: o objetivo é
empurra-lo no caminho desta criação. Com esta afirmação podemos compreender
que as decisões sobre objetivos filosóficos e políticos da prática docente antecedem
toda e qualquer outra decisão pedagógica.
5- ESTRATÉGIAS DE AÇÃO
O presente material didático será implementado no Colégio Estadual João
Teotônio Netto Ensino Médio e Profissional na primeira série do Ensino
Profissionalizante do Curso Técnico em Administração com o objetivo o
desenvolvimento das práticas pedagógicas interdisciplinares, tendo como parâmetro
o projeto de intervenção pedagógica, junto aos docentes e discentes do curso
Técnico em Administração. Com apresentação dos dados coletados, podemos
apresentar uma proposta interdisciplinar para o ensino técnico, pois pressupõe que o
ensino realizado de forma integrado e pós médio, poderá alcançar o objetivo final do
curso que é o de formar profissionais capazes de acompanhar o desenvolvimento
das organizações. Apresentando um referencial teórico, o processo ensino
aprendizagem, a interdisciplinaridade como forma integraliza Dora do curso
juntamente com as estratégias metodológicas.
6- CRONOGRAMA DE AÇÕES
3ª Etapa 2011
ATIVIDADES J F M A M J J A S O N D
Aplicação do
Projeto na
escola
X X X X
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7- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA
PADOAN, F. A. C. A interdisciplinaridade no ensino da contabilidade gerencial
em instituições públicas de ensino superior do Estado do Paraná. Curitiba,
2007, 94 p. Dissertação de Mestrado (Mestrado em Contabilidade). Universidade
Federal do Paraná.
PARANÁ. DiretrizesCurriculares da Rede Pública de Educação Básica do
Estado do Paraná: Sociologia, SEED. Curitiba, 2006.
PISTRAK. Fundamentos da escola e do trabalho. São Paulo, Brasiliense, 1981.
Pública Estadual: Fundamentos Políticos Pedagógicos. (Versão Preliminar),
Curitiba, 2005.
SACRISÃN, J.Gimeno: GÓMES, A. Perez. Compreender e Transformar o Ensino.
4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SANTOS, A.K. Análise da interdisciplinaridade do Curso Técnico em
Administração. Universidade do Norte do Paraná, Cornélio Procópio, 2008.
Disponível em: ( www.pde.pr.gov.br.)
Práticas interdisciplinares na escola. São Paulo: Cortez, 1999.
MARION, José Carlos. Análise das Demonstrações Contábeis – Contabilidade
Empresarial. São Paulo, Atlas, 2005.