GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO
Governador: Miguel Arraes de Alencar
SECRETARIA DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E MEIO AMBIENTE
Secretário: Sérgio Machado Rezende
COMPANHIA PERNAMBUCANA DE MEIO AMBIENTE - CPRH
Diretor-Presidente: Ricardo Braga
Diretor Administrativo e Financeiro: Amauri José de Andrade
Diretora de Recursos Naturais: Simone Nascimento de Souza
Diretor de Controle de Fontes Poluidoras: Genaro Albuquerque de Melo Filho
Cooperação técnica BRASIL - ALEMANHAPROJETO CONTROLE AMBIENTAL NO
ESTADO DE PERNAMBUCOCompanhia Pernambucana de Meio Ambiente - CPRH
Deutsche Gesellschaft für Technische Zuzammenarbeit - GTZCoordenadores: José Antônio Sales de Melo Filho (CPRH) e Axel Macht (GTZ)
Telefone: (081) 441 5027 Fax: (081) 441.3215e-mail: [email protected]
ROTEIRO COMPLEMENTARDE LICENCIAMENTO E
FISCALIZAÇÃOINDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE
Recife, 1998
Copyright © 1998 by CPRHÉ permitida a reprodução parcial da presente obra, desde que citada a fonte
Companhia Pernambucana do Meio Ambiente - CPRHrua Santana, 367, Casa Forte, Recife/PEPabx (081) 441 5877 Fax (081) 441 6088
1998
C737rCPRH, Roteiro Complentar de Licenciamento e
Fiscalização: Indústria de papel e CeluloseRecife::1998. 95p.
1. Indústria - Papel Celulose Z. Celulose - Indústria3. Licenciamento 4. Fiscalização I. Titulo II. Autor
CDU: 614.715
Conselho Editorial:
Evângela Azevedo de Andrade
Martim Assueros Gomes
Madalena Barbosa de Albuquerque
Consultoria:
Urivald Pawlowsky
Equipe técnica:
Gilson Lima
Aguinaldo Batista
Rosário Malheriros
José Carlos de Lucena
Alíria Cunha
Cândida Portela
Rita Alves
Revisão:
Martim Assueros Gomes
Madalena Barbosa de Albuquerque
SUMÁRIO
LISTA DE TABELAS.............................................................................................................................................. 07
LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................................................. 09
LISTA DE QUADROS ........................................................................................................................................... 09
LISTA DE ANEXOS .............................................................................................................................................. 09
PREFÁCIO ............................................................................................................................................................ 11
INTRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 13
1 INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO
AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES ................................................................... 15
1.1 PRODUTOS E PROCESSOS ................................................................................................................. 15
1.1.1 Polpa Química ...................................................................................................................................... 15
1.1.2 Pastas de Alto Rendimento.................................................................................................................... 17
1.1.3 Produção de Papel e Papelão ............................................................................................................... 17
1.2 EFLUENTES LÍQUIDOS....................................................................................................................... 23
1.2.1 Características dos Efluentes e suas Medidas de Controle Interno ........................................................ 23
1.2.1.1 Pátio de Madeira � Descascamento ..................................................................................................... 23
1.2.1.2 Produção de Celulose Química............................................................................................................. 24
1.2.1.3 Pastas de Alto Rendimento.................................................................................................................... 31
1.2.1.4 Destintamento ...................................................................................................................................... 32
1.2.1.5 Fabricação de Papel ............................................................................................................................. 33
1.2.2 Resumo das Principais Fontes de Poluição das Águas e Medidas Internas de Controle (Ref. 10) ........... 34
1.2.2.1 Principais Fontes de Poluição das Águas ............................................................................................... 34
1.2.2.2 Medidas Internas de Controle ............................................................................................................... 34
1.2.3 Regulamentação Internacional para Efluentes Líquidos.......................................................................... 35
1.2.3.1 Padrões Recomendados ....................................................................................................................... 35
1.2.3.2 Padrões de lançamento para alguns países............................................................................................ 38
1.2.3.3 Valores Referenciais .............................................................................................................................. 39
1.2.4 Regulamentação Federal Brasileira para Efluentes Líquidos do Setor Celulose-Papel ........................... 41
1.2.5 Regulamentação Estadual Brasileira para Efluentes Líquidos do Setor Celulose-Papel ........................ 41
1.2.6 Parâmetros para Efluentes Líquidos Recomendados ao Licenciamento ................................................ 42
1.3 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS ................................................................................................................. 43
1.3.1 Características das Emissões Atmosféricas ........................................................................................... 43
1.3.2 Medidas de Controle das Emissões Atmosféricas ................................................................................. 50
1.3.3 Regulamentações Internacionais para Emissões Atmosféricas ............................................................... 51
1.3.3.1 Padrões de lançamento para alguns países............................................................................................ 51
1.3.3.2 Valores Referenciais .............................................................................................................................. 56
1.3.4 Regulamentações em Nível Federal para Emissões Atmosféricas do Setor Papeleiro ........................... 58
1.3.5 Regulamentação em Nível Estadual para Emissões Atmosféricas do Setor Papeleiro............................ 59
1.3.6 Valores Referenciais Brasileiros ............................................................................................................ 59
1.3.7 Parâmetros para Emissões Atmosféricas Recomendados ao Licenciamento ......................................... 61
1.4 RESÍDUOS SÓLIDOS ........................................................................................................................... 64
1.4.1 Pontos de Geração ............................................................................................................................... 64
1.4.2 Características e Quantidades Geradas ................................................................................................ 64
1.4.3 Disposição dos Lodos .......................................................................................................................... 66
1.4.4 Medidas de Controle Interno ................................................................................................................ 67
1.4.5 Recomendações para o Licenciamento ................................................................................................. 67
2 PARÂMETROS RECOMENDADOS À FISCALIZAÇÃO ............................................................... 69
2.1 PONTOS DE GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOS ........................................................................ 69
2.1.1 Pontos Críticos ..................................................................................................................................... 70
2.2 PONTOS DE GERAÇÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS .................................................................. 70
2.2.1 Pontos Críticos ..................................................................................................................................... 71
2.3 PONTOS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................. 71
2.3.1 Pontos Críticos ..................................................................................................................................... 72
2.4 PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO ............................................................................................. 72
2.4.1 Equipamentos Necessários e Amostragem ........................................................................................... 72
2.4.1.1 Efluentes Líquidos ................................................................................................................................. 73
2.4.1.2 Emissões Atmosféricas.......................................................................................................................... 73
2.4.1.3 Resíduos Sólidos ................................................................................................................................... 74
2.5 POSTURA DE INVESTIGAÇÃO/ROTEIRO DE INSPEÇÃO ................................................................. 74
2.5.1 Preparação da Vistoria ......................................................................................................................... 74
2.5.2 Passos na Vistoria ................................................................................................................................. 75
2.5.3 Elaboração do Relatório de Vistoria ..................................................................................................... 75
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................................ 77
ANEXOS ............................................................................................................................................................. 78
LISTA DE TABELAS
1 Valores de carga poluidora para pátio de madeira nos países escandinavos (Ref.3) ................................... 23
2 Estágios usados no branqueamento. ........................................................................................................... 24
3 Emissões do branqueamento de processo Kraft (Ref. 1) ............................................................................. 25
4 Emissões típicas de alguns processos de obtenção de polpa antes do tratamento externo
(Ref. 1) ........................................................................................................................................................ 26
5 Efeito de alguns métodos de delignificação nas propriedades do efluente
do processo Kraft (Ref. 1 e 9) ..................................................................................................................... 26
6 Efeito de alguns métodos de delignificação nas propriedades dos efluentes da planta de branqueamento
de polpa Kraft (Ref. 1) ............................................................................................................................... 27
7 Características dos efluentes líquidos de diversas fontes (Ref. 1) ................................................................ 27
8 Evolução tecnológica na produção de celulose Kraft branqueada (Ref. 4) .................................................. 28
9 Resumo dos efluentes do processo Kraft (fibras longa e curta) (Ref. 1) ....................................................... 29
10 Pastas de alto rendimento (Ref. 1) .............................................................................................................. 31
11 Características dos efluentes de pastas de alto rendimento (Ref. 1 e 2) ...................................................... 32
12 Consumo de água, DBO e DQO no processo de destintamento (Ref. 5) .................................................... 32
13 Características de efluentes da máquina de papel (Ref. 5) ........................................................................... 34
14 Padrões de emissão para polpa sulfito (Ref. 3 e 6) ...................................................................................... 36
15 Padrões de emissão por país para polpa química (Ref. 6) ........................................................................... 38
16 Padrões de emissão do Canadá (Ref. 6) ...................................................................................................... 39
17 Emissões para produção de polpa � Fábrica Kraft ..................................................................................... 40
18 Emissões para polpas branqueadas e não-branqueadas � Fábricas Sulfito.. ................................................ 40
19 Emissões para pastas de alto rendimento. .................................................................................................. 40
20 Padrões de emissão para fábricas de papel não-integradas. ....................................................................... 41
21 Concentrações típicas de gases TRS para celulose Kraft (Ref. 6) ................................................................ 45
22 Fatores de emissão de TRS por fontes no processo Kraft (Ref. 3, 5, 6) ....................................................... 46
23 Valores típicos de TRS por setor (Ref. 6) .................................................................................................... 47
24 Emissões atmosféricas representativas dos processos Kraft e Soda (Ref. 6) .............................................. 47
25 Fatores de emissão de particulados no processo Kraft após controle Ref. 6 e 10) ..................................... 47
26 Fatores de emissão para caldeiras de vapor sem controle para diversos combustíveis (Ref. 10) ............... 48
27 Típicos fatores de emissão e concentrações de SO2 e NO
x de fontes de combustão de processos Kraft
(Ref. 5, 6) .................................................................................................................................................... 49
28 Emissão de particulados de caldeiras de vapor. ......................................................................................... 49
29 Poluentes típicos da combinação de combustíveis (Ref. 6) ......................................................................... 50
30 NSPS para novas fontes de celulose Kraft (Ref. 6, 10, 3) ............................................................................. 52
31 Limites regulamentados para processo Kraft em termos de TRS para
indústrias novas e já existentes (USA) ......................................................................................................... 53
32 Padrões de emissão atmosférica (1990) para fábricas de celulose Kraft � Austrália ................................... 54
33 Emissões atmosféricas para novas fábricas de celulose Kraft (Ref. 3) � Canadá.......................................... 55
34 Emissões atmosféricas para fábricas de celulose � Portugal (Ref. 3) ........................................................... 55
35 Emissões atmosféricas para fábricas de celulose � Suécia (Ref. 3) .............................................................. 56
36 Emissões atmosféricas para unidades Kraft ................................................................................................ 57
37 Emissões atmosféricas para processo Sulfito .............................................................................................. 57
38 Emissões atmosféricas para pastas de alto rendimento .............................................................................. 58
39 Emissões atmosféricas para fábrica de papel ............................................................................................. 58
40 Valores referenciais de emissão no Brasil (Ref. 3) ....................................................................................... 60
41 Geração de lodo por categoria de produção (Ref. 6) ................................................................................. 65
42 Tipos de resíduos por área (Ref. 3) ............................................................................................................ 65
43 Composição combinada de lodo nas ETES (Ref. 6) .................................................................................... 66
44 Disposição de lodos de tratamento............................................................................................................ 66
LISTA DE FIGURAS
Fluxograma do Processo Kraft � Pátio de madeira � Cozimento � Massa (Ref. 10) .............................................. 018
Fluxograma do Bbranqueamento Convencional (Ref. 10) ..................................................................................... 019
Fluxograma da Recuperação ................................................................................................................................ 020
Fluxograma Básico de uma Unidade de Polpa de Alto Rendimento (CTPM). ....................................................... 021
Fluxograma do Processo de Fabricação de Papel e Papelão. ............................................................................... 022
LISTA DE QUADROS
Reuso de água em indústrias Kraft (Ref. 10) .......................................................................................................... 035
Resumo das emissões por fontes (Ref. 6 e 10) ....................................................................................................... 044
Composição de poluentes atmosféricos (Ref. 10) ................................................................................................. 044
Resumo da geração de efluentes líquidos .............................................................................................................. 069
Resumo das fontes de emissões atmosféricas (Ref. 10) .......................................................................................... 071
Resumo das fontes de geração de resíduos sólidos ............................................................................................... 072
LISTA DE ANEXOS
Informações atuais sobre fábricas brasileiras ........................................................................................................ 079
Experiência no Brasil- controle de poluição atmosférica ...................................................................................... 081
Resolução CONAMA n.º 20 de 1986 ................................................................................................................... 085
Resolução CONAMA n.º 008 de 6/12/90............................................................................................................. 098
Resolução CONAMA n.º 003 de 28/06/90 .......................................................................................................... 101
PREFÁCIO
A padronização dos procedimentos administrativos e operacionais é um dos grandes desafios que o Projeto ControleAmbiental no Estado de Pernambuco, viabilizado através de um convênio de Cooperação Técnica entre Brasil eAlemanha e executado pela Companhia de Controle da Poluição Ambiental e de Administração dos Recursos Hídricos(CPRH) e a Sociedade Alemã de Cooperação Técnica (GTZ), está procurando atingir; para facilitar e tornar maiseficiente e ágil a atuação da CPRH no Controle Ambiental em Pernambuco. Neste contexto foram elaborado osManuais de Licenciamento e Fiscalização Ambiental.
Nesta oportunidade apresentamos o Roteiro Complementar de Licenciamento e Fiscalização para as Indústrias dePapel e Celulose que foi elaborado pelo Consultor Urivald Pawlowsky com o apoio da equipe técnica de ControleIndustrial da CPRH e que visa complementar os manuais mencionados com informações técnicas específicas para olicenciamento e fiscalização desta tipologia industrial.
Acreditamos que este roteiro, além de oferecer muitas informações básicas sobre esta tipologia industrial, serve deguia prático no trabalho de dia a dia para os técnicos da CPRH, mas também com referência e subsídio técnico emoutras instituições públicas e privadas vinculadas as atividades de licenciamento e fiscalização ambiental.
Recife, novembro de 1997
José Antônio Sales de Melo e Axel Macht
Coordenadores Projeto CPRH/GTZ
INTRODUÇÃO
As indústrias de papel e celulose têm um alto potencial poluidor para o meio ambiente devido a volumosas descargasde matéria orgânica e sustâncias tóxicas geradas no processo produtivo. Deste modo, o Projeto CPRH/GTZ daCooperação Técnica Bilateral entre Brasil e Alemanha priorizou a indústria de papel e celulose em Pernambuco comoobjeto de estudos, de avaliação e monitoramento. O resultado deste trabalho é o presente roteiro que visa subsidiartécnica e metodologicamente os trabalhos vinculados ao licenciamento e a fiscalização das indústrias de papel ecelulose.
A primeira parte do trabalho dedica-se à descrição dos diversos processos produtivos existentes nesta tipologiaindustrial. Em seguida são apresentadas as características dos efluentes líquidos, das emissões atmosféricas e dosresíduos sólidos gerados por tipo e etapa das diversas fases de produção. Especial ênfase é dada nas medidas decontrole no próprio processo produtivo para evitar a geração de efluentes e resíduos ou para reduzir a carga poluidora.
Apresenta-se um levantamento de regulamentações nacionais e internacionais, englobando os padrões de emissãopara efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos que o técnico do órgão licenciador e fiscalizador develevar em conta.
A segunda parte do trabalho está especificamente voltada para os procedimentos de fiscalização, incluindo os pontoscríticos de geração dos efluentes a serem observados pelo fiscal, os equipamentos necessários e a realização dasvistorias das plantas industriais de papel e celulose.
1
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DEPRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E
REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES
1.1 PRODUTOS E PROCESSOSO papel é produzido a partir da polpa, um material celulósico fibroso obtido de várias matérias-primas como madeira(principal), palhas, bagaço de cana, algodão, linho, sisal, bambu e similares.
A polpa pode ser classificada em função de suas propriedades físico-químicas e dos processos de produção:
� Polpa Química, obtida por tratamento químico, abrange o processo de polpeamento alcalino (Processo Sulfato ou Krafte Processo Soda) e o polpeamento ácido (Processo Sulfito).
� Polpa Químicotermomecânica, obtida pelo amolecimento da madeira através de tratamento semiquímico, térmico edesfibramento mecânico.
� Polpa Quimimecânica, produzida pelo amolecimento inicial da madeira por tratamento químico, seguido de desfibramentomecânico.
� Polpa Termomecânica, em que o desfibramento mecânico é precedido de tratamento térmico para amolecimento.
� Polpa Mecânica, produzida pela desintegração mecânica da madeira na presença de água.
O papel é produzido a partir da polpa, pela incorporação de enchimentos como talco, gesso, caulim, além de outrosprodutos.
A matéria prima para a produção de polpa é preparada nos pátios de madeira, onde é cortada, descascada, transformadaem cavacos, lavada e encaminhada aos diversos processos produtivos. A unidade de descascamento/pátio de madeira éa etapa inicial geradora de efluentes, líquidos e sólidos.
1.1.1 POLPA QUÍMICA
Na produção de polpa química pelo processo Kraft temos algumas etapas fundamentais, além do preparo da madeira:
� Cozimento.
� Preparo da massa pela lavagem, depuração e espessamento.
� Branqueamento.
� Recuperação de produtos químicos.
a) Cozimento:
O cozimento provoca a formação das fibras individuais, do licor negro e dos gases da digestão. O licor de cocção éconstituído de hidróxido de sódio e sulfato de sódio, enquanto no processo soda utiliza-se apenas o hidróxido de sódio. Osreagentes químicos são preparados a partir do chamado licor branco, proveniente da unidade de recuperação de produtosquímicos. A mistura reagente é encaminhada ao Blow Tank, sendo os gases condensados e a massa (polpa e licor) é levadospara a lavagem.
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES16
b) Lavagem, depuração e espessamento:
A lavagem tem por finalidade separar, da melhor maneira possível, a polpa celulósica do licor negro, e é feita em filtrosrotativos especiais operados em série, com lavagem em contracorrente.
A depuração é feita em depuradores centrífugos (ou peneiras finas) e serve para separar pedaços de cavacos que nãoforam devidamente desfibrados.
O espessamento serve para aumentar a consistência da massa que é, posteriormente, enviada ao branqueamento e àmáquina de papel. Todo o processamento do licor negro gera gases odoríferos (reduzidos de enxofre).
c) Branqueamento:
Consiste basicamente na remoção das substâncias que conferem cor à massa de celulose. Estas substâncias encon-tram-se associadas à lignina, representando apenas uma porção pequena em relação a ela. O branqueamento érealizado em três etapas fundamentais:
� Deslignificação por oxidantes como cloro, oxigênio e outros.
� Tratamento cáustico para remoção das cloroligninas solúveis em álcalis.
� Branqueamento propriamente dito por agentes fortemente oxidantes como cloro, hipocloritos, peróxidos, dióxidosde cloro, etc.
É o processo que provoca a maior preocupação ambiental, pois mais de 3.000 substâncias e produtos químicos sãogerados, principalmente no branqueamento convencional, em que o agente oxidante mais comum é o cloro. Váriasmudanças foram e estão sendo feitas para minimizar os efeitos ambientais e ainda proporcionam uma celulose comalvura aceitável.
A Utilização de oxigênio na deslignificação e substituição de cloro por dióxido de cloro minimizam a geração deorganoclorados como clorofórmio e dioxinas.
O branqueamento gera efluentes líquidos em quantidades significativas.
d) Recuperação de produtos químicos:
O licor negro é excelente fonte para recuperar o hidróxido de sódio e a energia armazenada, energia esta que supre emgrande parte as necessidades de vapor da fábrica.
Algumas etapas são determinantes na recuperação:
I. Concentração do licor negro:
É realizada em evaporadores de múltiplo efeito e no geral a concentração de sólidos no licor passa de 15% para 55%.Os condensados são despejos industriais importantes. Concentração posterior é feita em evaporadores de contatoindireto (ou direto para processos antigos), passando para 65-70% de sólidos. Nesta etapa, há formação e liberaçãode compostos reduzidos de enxofre (TRS).
II. Incineração do licor concentrado:
É feita na caldeira de recuperação, em que os gases de combustão são usados para geração de vapor e o materialfundido, constituído basicamente de carbonato de sódio e sulfeto de sódio, é dissolvido com o licor branco, fraco darecaustificação, formando o licor verde.
O licor verde é clarificado, dando origem a impurezas sólidas que, após lavagem, se constituem nos resíduos sólidoschamados Dregs. A caldeira de recuperação gera ainda material particulado, gases odoríferos, além de gasesoxidados de enxofre e nitrogênio.
III. Caustificação do licor verde:
Constitui-se basicamente na reação de cal com o licor verde, formando o carbonato de sódio e o hidróxido de sódio.Um clarificador separa a lama contendo carbonato de cálcio do clarificado (hidróxido de sódio). A lavagem da lamaacontece com água fresca, água dos condensadores da evaporação ou água de lavagem dos Dregs e se constitui nolicor branco fraco. Os sólidos aqui retidos são chamados de Grits. Formam-se também gases malcheirosos (TRS).
17
iv. Recuperação da cal:
A lama de cal é adensada em filtros a vácuo e calcinada em forno de cal, transformando-se em óxido de cálcio, queretorna ao processo.
O forno de cal é grande fonte de emanação de material particulado e compostos reduzidos de enxofre.
As figuras 1, 2, e 3 mostram os fluxogramas básicos do processo Kraft com a indicação dos principais pontos degeração de poluentes.
1.1.2 PASTAS DE ALTO RENDIMENTO
As polpas obtidas pelo desfibramento mecânico são chamadas também de pastas de alto rendimento, já que orendimento vai de 80 a 97%. Na pasta puramente mecânica e pressurizada (SGWP e PGWP) as toras são desfibradaspor pedras, enquanto que nas demais utilizam-se cavacos para o desfibramento.
Nos processos à temperatura ambiente e sem adição de produtos químicos as águas residuárias contêm pouca matériaorgânica solubilizada, mas para os casos de impregnação química com soda e um pouco de enxofre há a geração deuma lixívia escura, com acentuado potencial poluidor. A presença de sólidos é bastante baixa nestas lixívias (entre 5 e10%), de tal forma que sua recuperação não apresenta boa viabilidade econômica. A pasta quimicotermomecânica(CTMP) branqueada com peróxido (BCTMP) propiciam lixívias difíceis de tratar. As unidades de pastas de altorendimento no Brasil são integradas, de tal forma que, na maioria das situações, as águas residuárias do desfibramentosão incorporadas aos efluentes da máquina de papel. Os poluentes atmosféricos gerados nas unidades acima provêmbasicamente das caldeiras de vapor, em função do tipo de combustível utilizado. No Brasil este combustível tem sidolenha e cascas de madeira. A figura 4 mostra o fluxograma básico de uma Unidade de Pasta de Alto Rendimento.
1.1.3 PRODUÇÃO DE PAPEL E PAPELÃO
A fabricação de papel é constituída, basicamente, de duas etapas, sendo a primeira o preparo da massa e a segunda aprodução da folha.
A matéria prima da massa pode ser polpa pura (química, mecânica, semiquímica, etc.) ou aparas. No caso de aparas,é necessário inicialmente limpá-las, pois, na maioria das situações, estão misturadas com diversos materiais comoplásticos, arames, metais e sujeiras várias.
Nos hidrapulpers as aparas são desagregadas com água, de modo a formar uma massa fibrosa de consistência de 2,5a 3%, onde se separam os materiais estranhos livres (plásticos). Um turboseparador consegue separar as impurezasmaiores.
PRODUTOS E PROCESSOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES18
FIG
URA
1 -
Flu
xogr
ama
do P
roce
sso
Kraf
t -
Pátio
de
Mad
eira
- C
ozim
ento
- M
assa
(Re
f. 10
)
19PRODUTOS E PROCESSOS
FIGURA 2 - FLUXOGRAMA DO BRANQUEAMENTO CONVENCIONAL (REF. 10)
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES20
FIGURA 3 - Fluxograma de recuperação
21PRODUTOS E PROCESSOS
FIGURA 4 - Fluxograma básico de uma unidade de polpa de alto rendimento (ctmp)
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES22
A massa é agora encaminhada a depuradores, onde são removidos os materiais pesados (metais, pedras, areia) e emseguida passa por engrossadores que aumentam sua consistência para 3 � 4%. A suspensão fibrosa é submetida arefinadores que provocam a fibrilação e a posterior flexibilização das fibras. A massa é diluída para uma consistênciade 0,4 a 1% e passa por uma depuração fina, em depuradores verticais, para ser finalmente alimentada na caixa deentrada da máquina de papel.
A máquina de papel é constituída por uma tela formadora que recebe a massa. A folha úmida formada é retirada datela, prensada para reduzir seu conteúdo em água, sendo em seguida seca. Na saída da tela formadora a consistênciasitua-se entre 14 e 18% e na saída das prensas entre 35 e 45%. As máquinas de papel modernas podem ter até 10metros de largura e velocidades de 1500 metros por minuto.
A figura 5 apresenta o fluxograma básico de uma fábrica de papel.
FIG
URA
5 -
Flu
xogr
ama
do P
roce
sso
de fa
bric
ação
de
pape
l e p
apel
ão
23
1.2 EFLUENTES LÍQUIDOS
1.2.1 CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES E SUAS MEDIDAS DE CONTROLEINTERNO
Os efluentes líquidos gerados pela tipologia celulose-papel é extremamente variável, tanto em características qualita-tivas quanto em quantidade por unidade de produto. A quantidade de água usada nos processos é bem próximadaquela lançada como águas residuárias, havendo uma diminuição em torno de 5%.
A seguir serão apresentadas características das diversas etapas de fabricação de celulose e papel, com ênfase à etapamais crítica, que é o branqueamento.
1.2.1.1 PÁTIO DE MADEIRA � DESCASCAMENTO
O descascamento pode ser feito a úmido ou a seco. Valores médios das cargas poluidoras de fábricas dos paísesEscandinavos, que conferem com os da América do Norte e Brasil, são apresentados a seguir. Valores típicos paradescascamento por via úmida são apresentados na Tabela 1, abaixo (Ref. 3):
TABELA 1
VALORES DE CARGA POLUIDORA PARA PÁTIO DE MADEIRA NOS PAÍSES ESCANDINAVOS
(REF. 3)
Tcsa = tonelada de celulose seca ao ar.
Por via seca as toras são lavadas somente após os descascamentos com água recirculada, diminuindo sensivelmente ageração de efluente. (Ref. 3)
A utilização de água pressurizada pode diminuir a necessidade de água, tanto nos processos úmidos quanto nos secos.É possível chegar a valores como (Ref.: 6):
DBO5 = 1 � 3 Kg/t
csa
SS = 2 � 5 Kg/tcsa
Vazão = 2 �3 m3/tcsa
(processo úmido com lavagem pressurizada)
DBO5
Kg/tcsa
4 - 10
Vazão
m3/tcsa
10 -30
DQO
Kg/tcsa
20 - 40
Cor
KgPt/tcsa
5 �15
SS
Kg/tcsa
5 � 20
Vazão
m3/tcsa
0 � 5
DBO5
Kg/tcsa
0 � 2,5
SS
Kg/tcsa
0 � 5
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES24
No caso de uma instalação brasileira moderna com descascamento a seco os contribuintes específicos são:
DBO5 = 0,10 Kg DBO/t
csa
Vazão = 1,25 m3/tcsa
SS = 0,59 Kg SS/tcsa
Medidas de controle interno
Usar água pressurizada no descascamento a úmido pode reduzir a vazão de água para0,4 m3/m3 de madeira.
A DBO5 pode ser reduzida em 50%, podendo atingir 0,7 Kg/m3 de madeira.
Utilizar descascamento a seco.
1.2.1.2 PRODUÇÃO DE CELULOSE QUÍMICA
As emissões da produção de celulose dependem de uma série de fatores como o tipo de madeira utilizado, o grau dereaproveitamento interno, o processo de fabricação, o processo de branqueamento adotado, entre outros.
Os despejos são provenientes das fontes:
� Condensados dos gases de alívio do digestor.
� Condensados do tanque de descarga.
� Lavagem, depuração e espessamento (licor negro diluído).
No branqueamento há geração de dois tipos de despejos: os despejos fortemente alcalinos, provenientes do estágio deextração alcalina e os despejos fortemente ácidos, originados do estágio de oxidação. Existem várias seqüências debranqueamento e que podem originar cargas poluidoras bem distintas. É apresentada a seguir a Tabela 2 com osdiversos estágios usados no branqueamento:
TABELA 2
ESTÁGIOS USADOS NO BRANQUEAMENTO
Estágio de branqueamento
Cloração
Extração alcalina
Hipocloração
Dióxido de cloro
Peróxido
Tratamento ácido
Oxigênio
Ozônio
Dióxido com cloro
Cloro com dióxido
Extração oxidativa
Extração alcalina com peróxido
Notação
C
E
H
D
P
A
O
Z
D/C
C/D
E/O ou E0
E/P ou Ep
25
O uso da cloração, processo mais convencional de branqueamento de polpas, causa a geração de produtosorganoclorados (mais de 200), cuja toxicologia da mistura é muito complexa.
Para a estimativa dessas cargas têm sido utilizados os parâmetros AOX ou TOCL.
AOX � medida do conteúdo em organoclorados que podem ser adsorvidos em carvão ativado.
TOCL � total de organoclorados.
Do AOX, 1-3% apresenta-se solúvel em solventes orgânicos não polares e são os de maior significância ambiental, porserem bioacumulativos.
Os compostos de maior toxicidade são as dioxinas e os compostos dibenzo furanos, dentre os quais o 2, 3, 7, 8 �tetracloro � dibenzo � p-dioxina (TCDD) e o 2, 3, 7, 8 � tetracloro � dibenzo � furano (TCDF) são os mais tóxicos.
Os despejos do branqueamento constituem-se na maior parcela da carga poluidora de uma fábrica de celulose, alémde sua particular toxicidade.
As alternativas de branqueamento geram cargas poluidoras diferentes, conforme Tabela 3, a seguir.
TABELA 3
EMISSÕES DO BRANQUEAMENTO DE PROCESSO KRAFT - FIBRA LONGA, PARA DIFERENTESALTERNATIVAS DE BRANQUEAMENTO. NÃO INCLUÍDAS AS EMISSÕES DOS OUTROSDEPARTAMENTOS (ALVURA 89-90% ISO) (REF. 1)
A Tabela 4 apresenta emissões típicas de alguns processos de obtenção de polpa antes do tratamento externo.
Processo DQO
Kg/tcsa
DBO7 (a)
Kg/tcsa
15 � 20
12
12
12
75 � 100
50
50
45
6 � 8
3,5
2
0,2
Cozimento convencional sem delignificação com oxigênio
Cozimento convencional, delignificação com O2, 15% de substituição
com dióxido de cloro
Cozimento convencional, sem delignificação com O2, baixo fatorKappa, 30-40% de substituição por dióxido de cloro
Cozimento prolongado, 100% de substituição por dióxido de cloro,delignificação com O
2 e alvura de 80-82% ISO
(a) DBO5 = DBO
7 x 0,85
AOX
Kg/tcsa
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES26
Kraft branqueada SulfitoBranqueada
CTMPBranqueada
Kg/tcsa
Kg/tcsa
Kg/tcsa
Kg/tcsa
Kg/tcsa
Kg/tcsa
Kg/tcsa
% v/v
20 - 25
65 - 75
10 - 15
3.5 - 4.0
70
0.06 - 0.09
0.2 - 0.3
5 - 90
10
40
10 - 15
1.5 - 2.0
30
50 - 80
120 - 180
15 - 20
1
2 - 100
40 - 60
100 - 170
20 - 50
0.8 - 1.8
Fibra curtaFibra longa
Unidade
tcsa
= Tonelada de celulose seca ao ar
BOD7
DQO
SS
AOX
Cor (Pt)
Fósforo
Nitrogênio
Toxicidade, LC50
Kappa AOX
Kg/tcsa
Kraft Standard
Cozimento prolongado
Deslignificação comoxigênio
Cozimento prolongado edeslignificação com
oxigênio
TABELA 4
EMISSÕES TÍPICAS DE ALGUNS PROCESSOS DE OBTENÇÃO DE POLPA ANTES DO TRATAMENTOEXTERNO (DELIGNIFICAÇÃO COM OXIGÊNIO INCLUÍDO PARA AS POLPAS KRAFT) (REF. 1)
A Tabela 5 mostra o efeito dos processos de delignificação nas cargas poluidoras brutas de polpa Kraft � fibra longa.
TABELA 5
EXEMPLO DO EFEITO DE ALGUNS MÉTODOS DE DELIGNIFICAÇÃO NAS PROPRIEDADES DOEFLUENTE DE PROCESSO KRAFT � FIBRA LONGA, ANTES DO TRATAMENTO (REF. 1 E 9)
O desempenho do sistema de tratamento de efluentes também é afetado de acordo com o processo de delignificaçãoutilizado, conforme pode ser visto na Tabela 6.
7
4.8
3.5
2.8
DQO
Kg/tcsa
Cor
Kg/tcsa
BOD7
Kg/tcsa
200
150
120
100
80
60
50
39
16
14
12
9
30
24
18
14
27
TABELA 6
EXEMPLO DO EFEITO DE ALGUNS MÉTODOS DE DELIGNIFICAÇÃO SOBRE AS PROPRIEDADESDOS EFLUENTES DA PLANTA DE BRANQUEAMENTO DE POLPA KRAFT � FIBRA LONGA (APÓSTRATAMENTO DOS EFLUENTES DAS FÁBRICAS POR LODOS ATIVADOS) (REF. 1)
Além dos despejos do branqueamento, ainda há a formação de correntes líquidas residuárias na unidade de recupera-ção de produtos químicos que são representadas pelos condensados dos evaporadores e os despejos fortementealcalinos oriundos da caustificação. Os mesmos podem ser reaproveitados desde que tratados previamente emcolunas de Stripping. Outros despejos são provenientes da evaporação, caldeira de recuperação, forno de cal e maisalguns pequenos pontos, conforme Tabela 7.
TABELA 7
CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES LÍQUIDOS DE DIVERSAS FONTES (REF. 1)
AOX
Kg/tcsa
Kraft Standard
Cozimento prolongado
Deslignificação com oxigênio
Cozimento prolongado
e deslignificação com oxigênio
DQO
Kg/tcsa
DBO7
Kg/tcsa
Cor
Kg/tcsa
2.4
2.2
2.0
1.7
45
36
31
27
180
130
100
85
3.9
2.2
1.9
1.3
DBO5
Kg/tcsa
Efluentes
líquidos m3/tcsa
Evaporação
Caldeira de recuperação
Sistema de água de alimentação
Caldeira de força (biomassa)
Turbogeradores
Caustificação
Forno de cal
Estocagem de óleo combustível
Total
1,22
0,45
0,36
0,13
0,06
0,95
0,6
0,02
3,79
0,3
0,15
0,03
0,03
-
0,07
0,03
-
0,60
-
-
-
-
-
3,0
0,7
-
3,7
FonteSólidos
suspensos Kg/tcsa
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES28
A vazão total dos despejos das indústrias de celulose é muito variável. Para as mais antigas o consumo de água era de80 a 250 m3/t para polpas não branqueadas e de 110 a 360 m3/t para branqueadas, enquanto fábricas mais modernasforam projetadas e operam com consumos de 40-60 m3/t de celulose, havendo possibilidades concretas de baixarainda mais estes valores. Segundo informações obtidas no Instituto Ambiental do Paraná e Firmas de Consultoria doramo de celulose e papel, pode-se estabelecer uma certa correlação entre o avanço tecnológico e a geração de cargaspoluidoras nas 3 últimas décadas, demonstrada na Tabela 8.
TABELA 8
EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NA PRODUÇÃO DE CELULOSE KRAFT BRANQUEADA (REF. 4)
Já existem possibilidades tecnológicas reais de se produzir celulose com menor consumo de água, conforme informa-ções resumidas da Firma Jaakko Pöyry Engenharia Ltda. (Ref. 1) e apresentadas na Tabela 9.
É importante observar como a seqüência e tipos de tecnologias de branqueamento influenciam na formação depoluentes, bem como de águas residuárias.
AOX
Kg/tcsa
Cor
Kg Pt/tcsa
Carga DBO5
Kg/tcsa
Consumo de
água m3/tcsa
Década
70
80
90
Isenta de cloro
Celulosecom mínimo de
cloro
120
70 - 80
40 - 60
35 - 50
100
21
15
15
>200
100
75
75
6-8
<1,0
<0,5
29
TABELA 9
RESUMO DOS EFLUENTES DO PROCESSO KRAFT (FIBRAS LONGA E CURTA) (REF. 1)
C(D)E(O)DED OC(D)E(O)D Redução%
Fibra Longa
Fibra Curta
DBOKg/ton métrica
DQOKg/ton métrica
CorKgPt/ton métrica
TOClKg/ton métrica
Vazão, 103
L/ton métrica
DBOKg/ton métrica
DQOKg/ton métrica
CorKgPt/ton métrica
VazãoL/ton métrica
Redução do n.º de Kappa no estágio de oxigênio � 45-50%
15-21
65-75
200-300
5-8
20-25
10-15
40-45
90-125
20-25
8-11
30-40
80-120
3-4
15-20
5-7
20-25
15-25
15-20
40-50
45-55
60-75
35-50
25-30
40-55
40-55
75-85
25-30
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES30
MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO
a) Processo Kraft � soda
- Reciclagem de águas de resfriamento, condensados secundários, água branca da máquina de secagem e filtrados daplanta de branqueamento.
- Cozimento prolongado.
- Pré-delignificação com oxigênio.
- Substituição de cloro por dióxido de cloro, para minimizar a emissão de compostos tóxicos.
- Modernização das linhas de depuração e lavagem de polpa, como as mesas planas (ultra-wash), que reduzem aquantidade de água e permitem maior recuperação de licor preto.
- Stripping dos condensados contaminados com vapor (reduz mais de 90% de enxofre e remove metanol).
- Prevenção e contenção de perdas acidentais.
b) Processo sulfito
- Recuperação de produtos químicos.
- Cozimento prolongado.
- Neutralização do licor sulfítico antes da evaporação.
- Tratamento dos condensados.
- Branqueamento livre de cloro.
- Redução de perdas acidentais.
31
1.2.1.3 PASTAS DE ALTO RENDIMENTO
A Tabela 10 mostra um resumo das pastas de alto rendimento, dando algumas características do processo industrial,o rendimento e a nomenclatura universal.
TABELA 10
PASTAS DE ALTO RENDIMENTO (REF. 1)
Designação Processo
Internacional %Nacional
Pasta mecânica
Pasta mecânicapressurizada
Pasta mecânica derefinador
Pasta termomecâ-nica
Pasta mecanoquí-mica
Pasta termomeca-noquímica
Pasta termomeca-noquímica
branqueada
SGWP
PGWP
RMP
TMP
CMP
CTMP
BCTMP
95 a 97
93 a 95
94 a 95
92 a 95
91 a 93
80 a 93
78 a 91
Desfibração atmosférica com pedra, da madeira emtoras.
Desfibração pressurizada com pedra, da madeiraem toras.
Desfibração atmosférica de cavacos.
Cavacos pré-aquecidos acima de 100 ºC e trata-dos:- 1º Estágio � Refinação pressurizada acima de
100 ºC.- 2º Estágio � Refinação atmosférica.
Desfibração atmosférica com pedra, da madeira emtoras, com prévia e ligeira impregnação química.
Impregnação química, antes ou durante o pré-aque-cimento dos cavacos, acima de 100 ºC, seguida de:- 1º Estágio � Refinação pressurizada, acima de
100 ºC.- 2º Estágio � Refinação atmosférica.
CTMP branqueada por adição de peróxido de hi-drogênio e/ou ditionito.
Observação: O rendimento dos processos Kraft e Soda é de 50% de fibra em relação à matéria-prima
Rendimento
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES32
As indústrias mais modernas de pastas de alto rendimento geram de 25 a 40 m3 de despejos por tonelada de polpaproduzida. Duas unidades estabelecidas no Paraná (TMP e BCTMP) estão produzindo em torno de 25 m3 de despejospor tonelada de papel produzido, já que toda a polpa é usada na fabricação de papel de impressão. A carga de DBObruta da unidade de TMP é da ordem de 21 KgDBO
5/ton de papel, enquanto de sólidos suspensos é de aproximada-
mente 30 Kg/ton. A tabela 11 mostra um resumo das características dos efluentes dos principais processos deprodução de pastas de alto rendimento.
TABELA 11
CARACTERÍSTICAS DOS EFLUENTES DE PASTAS DE ALTO RENDIMENTO (PAR) (REF. 1 E 2)
MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO
- Fechamento do sistema de águas (reutilização de águas brancas da fabricação de papel após remoção defibras e finos).
- Redução da descarga de rejeitos.
- Controle de perdas acidentais (capacidade de estocagem de água branca e polpa produzida).
1.2.1.4 DESTINTAMENTO
Em muitas instalações em que se usam aparas é comum a remoção do negro do carbono, partículas de tinta, amidos esujeiras diversas. Esta operação é feita por lavagem ou flotação.
A Tabela 12 apresenta um resumo das principais características do processo de destintamento.
TABELA 12
CONSUMO DE ÁGUA, DBO E DQO NO PROCESSO DE DESTINTAMENTO (REF. 5)
PGWPCaracterística Unid. SGWP TMP CTMP BCTMP
pH
DBO7
DQO
S. S.
Temperatura
Kg/tcsa
Kg/tcsa
Kg/tcsa
ºC
6.5-7
12-15
25-30
10-15
60
6.5-7
15-17
30-35
12-17
75
6.0-6.5
20-25
40-45
15-20
80
6-6.5
20-30
45-55
7-10
80
7-8
45-65
90-130
10-15
80-90
Processo DBO7
Kg/t
DQO
Kg/t
Consumo de
água fresca m3/t
Flotação 10 40 140
Lavagem 90 50 190
Vazão � 25-40 m3/t produzida
33
MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO
- Redução do consumo de água fresca.
- Melhorias no sistema de manuseio de rejeitos e lodo.
- Prevenção de perdas acidentais e sistema de coleta de derrames.
1.2.1.5 FABRICAÇÃO DE PAPEL
Os despejos líquidos da fabricação de papel originam-se principalmente na máquina de papel, refinadores, caixas deregulagem de consistência e mistura de massa nas peneiras depuradoras. As cargas poluidoras dependem fundamen-talmente do tipo de papel fabricado e da prática ou não da recirculação da água branca.
A vazão dos despejos é extremamente variável e isto é mais acentuado em países como o Brasil, em que existem muitasempresas que estão operando com máquinas de papel usadas e adquiridas de fabricantes maiores. O uso de aparaspode minimizar o consumo de água e geração de efluentes.
Papéis especiais como higiênico e para cigarros requerem mais água do que papéis mais grosseiros para embalagens.
O maior problema de poluição hídrica na fabricação de papel está associado ao lançamento de sólidos suspensos quepassam pela tela da máquina. A maior parte destes sólidos é constituída por fibras que representam cerca de 5% dototal de fibras para papéis pesados.
Portanto, sem recuperação, uma fábrica que produz 200 ton/dia de papel perde 10 ton/dia de material fibroso. Parapapéis finos, tal perda pode chegar a 50%.
A matéria orgânica é proveniente de duas fontes:
� Transferida da polpa ou da apara.
� Gerada no processo de fabricação do papel pela incorporação de aditivos químicos específicos (amido, cola,antiespumantes, caulim, etc.).
A DBO5 gerada no processo de fabricação varia de 3 a 8 Kg/t, sendo de 4 Kg/t o valor mais comum para sistemas com
recuperação de água e fibras.
Para as fábricas que trabalham com aparas de melhor qualidade, as características dos efluentes líquidos são, pratica-mente, as mesmas daquelas produzidas pelas polpas de fabricação própria ou compradas.
Quando se utilizam aparas de qualidade inferior, as mesmas são beneficiadas nas centrais de aparas em que osmateriais sólidos diferentes de papel são separados e as águas de lavagem dos hidrapulpers são recirculadas naprópria unidade. No caso de fabricação de papéis claros há o processo de destintamento, que utiliza água e gerapoluição conforme descrito no item anterior e na tabela 12.
Dependendo da tecnologia usada para a recuperação de fibras e fechamento do circuito da água branca e ainda daqualidade das aparas, não haverá significativa variação de carga poluidora em relação à fabricação de papel a partirde polpas puras.
Não têm sido citadas preocupações com respeito a metais pesados a partir de papéis coloridos, pois muitas vezes acor é originária de anilinas e outros compostos orgânicos (Ref. 6, 5, 10). As concentrações finais de eventuais metaisestão dentro dos padrões de lançamento normalmente adotados no Brasil.
A Tabela 13 apresenta, de forma resumida, as características de efluentes de máquina de papel para alguns tipos depapel.
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES34
TABELA 13
CARACTERÍSTICAS DE EFLUENTES DA MÁQUINA DE PAPEL (REF. 5)
MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO
� Fechamento do circuito de água branca.
� Recuperação de fibras.
� Separação de águas limpas das contaminadas.
� Bom sistema de tancagem de massa e água branca.
1.2.2 RESUMO DAS PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS E MEDIDASINTERNAS DE CONTROLE (REF. 10)
1.2.2.1 PRINCIPAIS FONTES DE POLUIÇÃO DAS ÁGUAS
� Despejos das operações de lavagem e descascamento da madeira.
� Despejos do setor de obtenção de polpa provenientes da lavagem, depuração e engrossamento e condensados dodigestor e tanque de descarga (Blow Tank).
� Despejos ácidos e alcalinos do branqueamento.
� Despejos da recuperação de produtos provenientes da caustificação e condensados dos evaporadores.
� Despejos da fabricação de papel.
1.2.2.2 MEDIDAS INTERNAS DE CONTROLE
Podem ser divididas em: Modificações de Processos; Reciclagem e Reuso de Águas; Controle de Descargas Acidentaise Derrames.
� Modificações de Processos:
Como exemplo podem ser citados: melhor lavagem da polpa em mesa plana, pré-branqueamento com oxigênio esubstituição de cloro ou hipoclorito por dióxido de cloro. O pré-branqueamento com oxigênio pode reduzir em 50%a geração de DBO
5, 70% na cor e significativa redução de organoclorados.
Tipo de Papel
Característica
CartãoDuplexJornal
Impressão/Escrita
ColagemÁcida
Impressão/Escrita
ColagemAlcalina
-2.0
4.0
-
4.5
40-43
23.0
1.010.0
4.5
9.0
7
40-43
15.0
%Kg/t
Kg/t
Kg/t
-
ºC
m3/t
Sólidossuspensos
DBO5
DQO
PH
Temperatura
Vazão específica
1.010.0
2.0
4.0
5
40-43
11.0
-10.0
6.0
-
5
43
18.0
Vazão para papéis especiais variam até 300 m3/tVazão para papéis usados variam de 0-15 m3/t
35
� Reciclagem e Reuso de Águas
A reciclagem compreende a reutilização da água no próprio processo que a gerou, enquanto o reuso significa que amesma possa ser usada em outros processos.
O quadro 1, abaixo, resume as principais fontes de poluentes reusáveis e sua forma de uso.
� Controle de Descargas Acidentais e Derrames
O licor negro representa grande ameaça aos sistemas de tratamento, devendo ser previstas grandes capacidades dereservação. Todos os equipamentos ou mesmo áreas onde possam ocorrer derrames e vazamentos devem sercircundadas por sistema de coleta deste líquido. Essas áreas são aquelas onde se localizam os digestores, tanques dedescarga, evaporadores e caldeira de recuperação. Também é importante o monitoramento contínuo nas tubulaçõesde esgotamento para imediata detecção de derrames. Podem ser conseguidas reduções de 45% a 65% no volume deefluentes totais da indústria e de 50% a 70% na carga de DBO5.
1.2.3 REGULAMENTAÇÃO INTERNACIONAL PARA EFLUENTES LÍQUIDOS
1.2.3.1 PADRÕES RECOMENDADOS
a) Comissão de Helsinki � parâmetros adotados: (Ref. 3 e 6).
� Polpas Químicas
EFLUENTES LÍQUIDOS
Reuso de água em Indútrias Kraft (Ref. 10)
Fonte Reuso
1. Cozimento, lavagem, depuração e espessamento
� Condensados do tanque de descarga e dos trocado-res de calor do digestor, após tratamento por stripping;� Condensados dos gases de alívio do digestor, apóstratamento por stripping;
2.Branqueamento� Águas de lavagem do filtrado excessos de água doslavadores do selo hidráulico e águas de refrigeração;
3. Recuperação de produtos químicos� Condensados dos evaporadores de múltiplo efeito.
4. Máquinas de papel� Águas brancas.
5. Casa de força e água de refrigeração� Águas de refrigeração da casa de força e águas derefrigeração em geral.
� lavagem da polpa, água de chuveiros dos filtros, dis-solução do fundido, preparação da madeira;� diluição da polpa, água dos chuveiros do filtro delodo.
� diluição da polpa, águas de diluição nas torres debranqueamento.
� lavagem da polpa, lavagem dos sedimentos de licorverde, lavagem do lodo calcário, chuveiros do filtrocal, preparação da madeira e lavagem dos gases doforno de cal.
� Águas brancas.� máquina de papel, preparação de massa, prepara-ção da madeira, branqueamento.
� água de processo.
QUADRO 1
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES36
Polpa Kraft:
Para todas as fábricas, a partir de 1995 (1); novas, imediatamente (2 e 3); e existentes em 1989, a partir do ano 2000(2 e 3) - a descarga de substâncias não deverá, em média, exceder os valores, para cada fábrica:
Kraft branqueada � fibra longa: 2 Kg AOX/tcsa
Kraft branqueada � fibra curta: 1 Kg AOX/tcsa
Ou como média total para cada país: 1,4 Kg AOX/tcsa
DQO: 65 Kg/tcsa
DBO: reduzido proporcionalmente à DQO
Fósforo: Parâmetros a serem examinados em 1994
Polpa sulfito
Para todas as fábricas, a partir de 1995 (1), as substâncias não devem exceder, em média, os valores seguintes, paracada fábrica (Tabela 14):
TABELA 14
PADRÕES DE EMISSÃO PARA POLPA SULFITO (REF. 3, 6)
Para todas as fábricas a partir do ano 2000:
Para todas as fábricas processo NSSC, a partir de 1995:
Acordo de fixar nitrogênio total antes de 1993NSSC = Processo semiquímico sulfito neutro
� Fábricas de Papel (1992)
Comissão Helsinki � Proposta para fábricas de papel feita em 1992.
Para novas fábricas a partir de 1994 e para existentes a partir de 1995, as descargas de substâncias poluentes nãodevem exceder, em média, os valores seguintes para cada fábrica:
DQO
90
150
Kg/tcsa
1. Não branqueada
Branqueada
Ptot
0.08
0.1
DBO5
15
20
AOX
-
2-3
DQO
50
100
Kg/tcsa
3. Não branqueada
Branqueada
Ptot
0.05
0.08
AOX
-
1
DBO5
10
15
DQO
30
200
Kg/tcsa
2. NSSC � Água Fresca
Água Salgada
Ptot
0.05
0.15
AOX
-
-
DBO5
6
15
37
1. Fábricas não integradas: 5 KgDQO/t papel
1 KgSS/t papel
2. Fibras secundárias: 20 KgDQO/t papel
2 KgSS/t papel
3. Papel jornal: 10 KgDQO/t papel
2 KgSS/t papel
4. Embalagem: 10 KgDQO/t papel
15 g P/t papel
5. Embalagem 5 KgDQO/t papel
(depois de 2000): 10 g P/t papel
6. Embalagem (sem madeira) 5 KgDQO/t papel
(depois de 1996): 10 g P/t papel
b) União Européia
3ª Conferência do Mar do Norte em Hague:
AOX (1995): Polpa Kraft branqueada (fibra longa): 2 Kg/tcsa
Polpa Kraft branqueada (fibra curta): 1 Kg/tcsa
Polpa sulfito branqueada: 1 Kg/tcsa
(média anual com pelo menos uma amostra por mês representativa de 24 horas)
DQO: Polpa Kraft: 35 Kg/tcsa
Polpa Sulfito: 35 � 70 Kg/tcsa
SS: Polpa Kraft: 10 � 15 Kg/tcsa
Polpa Sulfito: 10 � 15 Kg/tcsa
(média de 30 dias)
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES38
1.2.3.2 PADRÕES DE LANÇAMENTO PARA ALGUNS PAÍSES
TABELA 15
PADRÕES DE EMISSÃO POR PAÍS PARA POLPA QUÍMICA (REF. 6)
a) Alemanha
� 19ª Portaria Administrativa para Despejos (1989) - Parte A (para polpa sulfito)
Em amostras compostas de 24 horas, os limites máximos são:
DQO = 40-70 Kg/tcsa
DBO = 5-10 Kg/tcsa
AOX = 1 Kg/tcsa
FDpeixes = 2 (FD é o fator de diluição)
� 19ª Portaria Administrativa para Despejos (1992) - parte B
Para despejos de fabricação de papel e papelão, bem como para pasta mecânica, os limites máximos em amostrascompostas de 2 horas, são:
DBO5 = 25 mg/l, podendo ser admitidos até 50 mg/l para papéis reciclados quando a vazão específica for abaixo de
10 m3/t e a carga não ultrapassar 0,25 Kg DBO5/t. Não é fixada carga em Kg/t, devido à grande variação de tipos de
papel.
b) Austrália (novas fábricas de celulose branqueada fibra curta � eucalipto):
AOX: 1 Kg/tcsa
média anual
Toxicidade aguda: LC 50%, 96 h Truta �Rainbow� = 100%
LC 50%, 48 h Daphnia = 100%
c) Áustria:
AOX (1990): Polpa sulfato: 2 Kg/tcsa
Polpa sulfito: 1 Kg/tcsa
AOX (1995): Polpa sulfato: 1 Kg/tcsa
Polpa sulfito: 0,5 Kg/tcsa
Kg/tcsa
País Comentários DBO5
DQO SS
Kraft Sulfito Kraft Sulfito Kraft Sulfito
Áustria
Bélgica
França
Japão
Coréia
USA
Proposta
Valores típicos
Valores típicos
Intervalo por Prefeituras
Diária máxima
Média de 30 dias
3.0
2.5-5.0
3-14
20-20 ppm
100 ppm
5,7
3,1
3.0
30-50
30
25-60
60-100
20-120 ppm
100 ppm
50-70
>70
3.0
7-14
5-15
20-120 ppm
100 ppm
9,1
4,8
3.0
35-50
39
d) Canadá:
TABELA 16 (REF. 6)
PADRÕES DE EMISSÃO DO CANADÁ
e) Estados Unidos:
Estado de Oregon: AOX (1992): 1,5 Kg/tcsa
Estado de Washington: AOX (1994): 1,5 Kg/tcsa
f) Noruega:
AOX (1995) Polpa Kraft: 2,0 Kg/tcsa
: valor médio em 6 meses
Polpa sulfito: 1,0 Kg/tcsa
: valor médio em 6 meses
g) Suécia:
TOCL (1990): Polpa Kraft: 1,0-2,0 Kg/tcsa
(valor médio anual)
Tecnologia compulsória:
� Alta substituição de cloro por dióxido de cloro: 50%
90%
- Fibra longa
- Fibra curta
� Branqueamento com oxigênio:
TOCL (2005): 0,5 Kg/tcsa
TOCL (após 2005): 0,1 Kg/tcsa
AOX (1995): Polpa Kraft (fibra longa): 1,0 Kg/tcsa
Polpa Kraft (fibra curta): 0,5 Kg/tcsa
AOX (2000): Polpa Kraft (fibra longa): 0,5 Kg/tcsa
Polpa Kraft (fibra curta): 0,3 Kg/tcsa
1.2.3.3 VALORES REFERENCIAIS
� Levantamento de valores referenciais de emissão feito em junho de 1997 em várias fábricas européias e da Américado Norte (Jaako Poyry � 1997)
Os valores apresentados por este levantamento, muito recente, são os padrões de emissão em uso por uma série deunidades industriais do setor de celulose e papel na Europa e na América do Norte. Como as empresas, normalmente,estão operando com emissões muito próximas ou inferiores às exigências dos órgãos de proteção ambiental, pode-seadmitir que os valores coletados representam valores referenciais de grande utilidade para o presente trabalho.
Província AOX (Kg/tcsa)
1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996
Alberta Novas
Existentes
1,0
1,5
1,4
British Columbia
Ontário
Quebec
2,52,5
1,5
1,5
2,5
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES40
a) Fábricas Kraft:
TABELA 17
EMISSÕES PARA PRODUÇÃO DE POLPA (EMISSÕES PARA ÁGUA)
b) Fábricas Sulfito:
TABELA 18
EMISSÕES PARA POLPAS BRANQUEADAS E NÃO-BRANQUEADAS
(EMISSÕES PARA ÁGUA)
c) Pastas de alto rendimento (CMP, CTMP e BCTMP):
TABELA 19
EMISSÕES PARA ÁGUA DE PASTAS DE ALTO RENDIMENTO
Parâmetro Não-Branqueada Branqueada
Unidade Valor Unidade Valor
DQO
DBO5
SS
P, total
N, total
AOX
Cloratos
Kg/t
Kg/t
Kg/t
g/t
g/t
10-40
Não usado
0,4-1,4
7-70
350-400
Kg/t
Kg/t
g/t
g/t
Kg/t
Kg/t
20-40
Não usado
0,3-1,4
70
350-400
0,2-0,4
0,1-02
Parâmetro Unidade Valor
Kg/t
Kg/t
Kg/t
g/t
g/t
Kg/t
Kg/t
DQO
DBO5
SS
P, total
N, total
AOX
Cloratos
10-70
4-20
6-7
50-70
600-700
0-0,2
0,2
Parâmetro Unidade Valor
Kg/t
Kg/t
Kg/t
g/t
DQO
DBO5
SS
P, total
10-12
0,1
30
41
d) Fábricas de papel não-integradas (não fabricam polpa):
TABELA 20
PADRÕES DE EMISSÃO PARA FÁBRICAS DE PAPEL NÃO-INTEGRADAS
(EMISSÕES PARA ÁGUA)
e) Fábricas de Processo Soda:
Os padrões de emissão do Processo Soda são os mesmos adotados para o Processo Kraft
1.2.4 REGULAMENTAÇÃO FEDERAL BRASILEIRA PARA EFLUENTES LÍQUIDOSDO SETOR CELULOSE-PAPEL
Não há regulamentação específica federal com relação ao lançamento de efluentes líquidos do setor papeleiro. AResolução n.º 20 do CONAMA, de 1986, estabelece a classificação dos recursos hídricos de acordo com seus usospreponderantes e atribui uma série de parâmetros a cada classe. No seu artigo 21 estabelece uma série de restriçõesao lançamento de efluentes de qualquer fonte poluidora, independente da classe e condições do corpo receptor.
É muito importante observar que os órgãos de controle ambiental poderão acrescentar outros parâmetros ou tornarmais restritivos os estabelecidos na Resolução n.º 20, tendo em vista as condições locais (Art. 15).
1.2.5 REGULAMENTAÇÃO ESTADUAL BRASILEIRA PARA EFLUENTES LÍQUIDOSDO SETOR CELULOSE-PAPEL
No Brasil, os estados deliberam sobre os padrões de lançamento de efluentes líquidos industriais, tendo em vista ascaracterísticas regionais e locais e os usos preponderantes ou classe do receptor.
São adotados, normalmente, os padrões fixados pelo artigo 21 da Resolução n.º 20 do CONAMA e, adicionalmente,fixam-se valores para a carga orgânica (DBO
5 e DQO mais comumente) ou para outros parâmetros, eventualmente.
A título de ilustração, citamos: no Rio Grande do Sul existe uma listagem de parâmetros, parecida com aquela do art.21 da Resolução n.º 20 CONAMA, que estabelece padrões gerais, onde que a carga orgânica e sólidos suspensos sãoexigidos em função da vazão do lançamento, sem diferenciar para tipologia industrial nem classe do corpo receptor.
No Estado de São Paulo também se trabalha com uma listagem de padrões gerais (como no CONAMA) em que oabatimento da carga orgânica (DBO
5) estabelece um padrão máximo de 60 mg/l para DBO
5 e que somente poderá ser
ultrapassado caso a eficiência do sistema de tratamento ultrapasse 80%. Estabelece ainda que os efluentes lançados,mesmo quando dentro dos padrões estabelecidos, não podem causar toxicidade aguda ou crônica aos microorganismosaquáticos do corpo receptor.
No Estado do Paraná a avaliação é feita caso a caso, levando-se em conta a melhor tecnologia viável e as caracterís-ticas dos corpos receptores, sendo admitida uma concentração máxima de 50 mg/l para DBO
5 e de 150 mg/l de DQO
para despejos do setor papeleiro. Conforme o caso, é fixado um limite para a toxicidade aguda dos organismosaquáticos, sendo adotados o Fator de Diluição 2 para peixes e Fator de Diluição 4 para Daphnias. Adotam-se ospadrões gerais do CONAMA, enquanto que aqueles por tipologia industrial são de uso interno do licenciamentoambiental.
Parâmetro Unidade Valor
Kg/t
Kg/t
Kg/t
g/t
g/t
DQO
DBO5
SS
P, total
N, total
2,5-8,5
3,0-3,2
0,8-2,8
5-10
120-150
EFLUENTES LÍQUIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES42
1.2.6 PARÂMETROS PARA EFLUENTES LÍQUIDOS RECOMENDADOS AOLICENCIAMENTO
Recomenda-se que o licenciamento seja feito em função do uso de padrões de emissão por tipo de indústria e das reaisnecessidades do corpo receptor, para resguardar as características exigidas pelos usos preponderantes do mesmo.Isto significa que embora uma indústria de celulose e papel possa oferecer padrões de emissão dentro das especificaçõesprevistas nas normas da tipologia, além disso possa ter exigências ainda mais restritivas para não descaracterizar aqualidade do corpo receptor. Esta é uma cláusula de fundamental importância e deve estar bem caracterizada nasnormas de licenciamento que a CPRH adotar.
Recomenda-se, ainda, utilizar os padrões gerais de emissão previstos no Art. 21 da Resolução CONAMA n.º 20sempre que o corpo receptor tenha condições de assimilar tais poluentes.
É de grande valia ter a vazão mínima dos corpos receptores bem como a sua classificação de acordo com a ResoluçãoCONAMA n.º 20.
A combinação das medidas internas e externas de controle da poluição oferece a alternativa mais econômica para aredução das descargas de fábricas de celulose e papel.
a) Considerações sobre o porte das indústrias de celulose e papel, conforme a produção (de acordo com proposta doInstituto Ambiental do Paraná � Ref. 4)
� Pequena = até 50 toneladas/dia
Recomenda-se exigir relatórios anuais de automonitoramento
� Média = 50-100 toneladas/dia
� Recomenda-se exigir relatórios semestrais de automonitoramento
� Recomenda-se usar medidores automáticos de vazão para indústrias de médio porte
� Grande = mais de 100 toneladas/dia
� Recomenda-se exigir relatórios trimestrais de automonitoramento, mais um anual, das indústrias de porte grande
� Recomenda-se usar medidores automáticos de vazão para indústrias de grande porte
� Recomenda-se usar amostradores automáticos de efluente para indústrias de grande porte
Observação: A produção se refere ao produto final.
b) Considerações sobre o consumo de água
� Recomenda-se a minimização do consumo específico de água, sendo negociados caso a caso os cronogramas, tendoem vista as melhores tecnologias disponíveis. Para as indústrias novas, deverá ser exigido o mínimo consumo especí-fico de água, de acordo com a melhor tecnologia disponível (Tabelas 1, 8, 9, 11, 12, 13).
c) Considerações sobre as tecnologias de produção
� Recomenda-se exigir a substituição de cloro como agente de branqueamento de celulose, preferencialmente, porprodutos isentos desse elemento químico.
� Não devem ser licenciadas indústrias de celulose cujo processo não permita a recuperação dos produtos químicos.
� As máquinas de papel devem ter sistemas de recuperação de água e fibras.
d) Exigências para os despejos de indústrias novas
� Produção de celulose, processos Kraft, soda e pasta mecânica (exceção CTMP), integradas ou não
Propõe-se como limites máximos para lançamento dos efluentes em águas (amostras compostas � 24 horas):
DBO5 � 2,5 Kg DBO5/t de celulose ou pasta mecânica, seca ao ar
DBO5 � 50 mg/l
43
DQO � 10 Kg DQO/t de celulose ou pasta mecânica produzida, seca ao ar
AOX � 1 Kg AOX/t de celulose fibra curta branqueada produzida, seca ao ar
2 Kg AOX/t de celulose fibra longa branqueada produzida, seca ao ar
Toxicidade aguda � FD = 2 (peixes)
FD = 4 (daphnias)
� Produção de pastas de alto rendimento pelos processos CTMP e BCTMP
Propõe-se como limites máximos para lançamento dos efluentes em águas (amostras compostas � 24 horas):
DBO5 � 5 Kg DBO5/t de pasta produzida, seca ao ar
DBO5 � 50 mg/l
DQO � 10 Kg DQO/t de pasta produzida, seca ao ar
� Produção de papel e embalagem
Propõe-se como limites máximos para lançamento dos efluentes em águas (amostras compostas � 24 horas):
DBO � 1 Kg DBO5/t de papel produzido, seco ao ar
DBO � 25 mg/l (se a vazão específica for abaixo de 10 metros cúbicos por tonelada, poderá ser de 50 mg/l, com cargaespecífica menor)
DQO � 5 Kg DQO/t de papel produzido, seco ao ar
Observação: Casos especiais, como papéis altamente refinados, poderão ter seus limites ampliados.
e) Outros Critérios para o Licenciamento
� Devem ser previstos tanques e sistemas de contenção de derrames, por setor, garantindo controle por área deprodução.
� Deve-se analisar caso a caso o consumo de água e o balanço hídrico, garantindo-se o maior índice de reciclagem queo processo permita.
� As linhas de efluentes devem permitir o controle setorial (separação de linhas de efluentes).
� Condensados contaminados apresentam altas cargas de matéria orgânica e toxicidade. Devem ser tratados ereaproveitados.
� Deve ser previsto sistema de reservação de emergência (lagoa de emergência) com capacidade de 18-24 horas detempo de retenção.
� Sistemas biológicos de tratamento exigem equalização dos efluentes e devem ter entre 18-24 horas de tempo deretenção hidráulica.
� Deve ser avaliada a temperatura dos efluentes, para que seja mantida em níveis aceitáveis para os sistemas detratamento biológico.
� O lodo biológico de sistemas de tratamento de efluentes de fábricas de celulose e papel é de difícil secagem.Melhores resultados são obtidos quando são misturados aos lodos primários antes do desaguamento.
� O parâmetro cor, principalmente para as indústrias de celulose, deve ser considerado, tendo em vista a manutençãodas características do corpo receptor.
1.3 MISSÕES ATMOSFÉRICAS
1.3.1 CARACTERÍSTICAS DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICASAs emissões gasosas dos processos de produção de celulose, sob o ponto de vista de características físicas, sãoconstituídas principalmente de material particulado e de compostos reduzidos de enxofre. As caldeiras de geração devapor têm suas emanações dependentes do combustível usado.
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES44
Os compostos reduzidos são uma mistura dos gases sulfeto de hidrogênio, metil mercaptana, sulfeto de dimetila edissulfeto de dimetila e são chamados de TRS.
O Quadro 2, abaixo, apresenta um resumo das emissões por fontes (Ref. 10 e Ref. 6) (Celulose Kraft)
Fonte Emissões
Digestor Vapor de água e TRS
Depuradores e tanques de lavagem Névoas e TRS
Armazenamento de licor negro TRS
Torre de oxidação de licor negro TRS
Evaporadores de múltiplos efeitos TRS
Caldeira de recuperação Particulados, TRS, SO2, NO
2
Tanque de dissolução de fundidos Névoas e TRS
Forno de cal Particulados, TRS, SO2 e NO2
Tanque de caustificação Névoas e TRS
Caldeira para geração de energia Particulados, SO2, NO
2, CO e CH
4
A composição qualitativa dos poluentes atmosféricos pode ser resumida no Quadro 3, a seguir (Ref. 10):
Categoria Composição qualitativa
Particulados Carbonato de sódio, sulfeto de sódio, cal, óxido de sódio, carbono e cinzas
TRS Sulfeto de hidrogênio, metil mercaptana, sulfeto de dimetila, dissulfeto de dimetila,etil mercaptana, isopropil mercaptana, N-propil mercaptana, sulfeto de etila e outros
Outros gases Monóxido de carbono, dióxido de enxofre, cloro, dióxido de cloro, dióxido decarbono, álcool metílico, álcool etílico e acetona
As fontes mais importantes de geração de material particulado são:
� Caldeira de recuperação
� Forno de cal
� Tanque de dissolução de fundidos
� Caldeira de geração de vapor (principalmente usando biomassa como combustível)
QUADRO 2 - Resumo das emissões por fonte (Ref. 6 e 10)
QUADRO 3 - Composição de poluentes atmosféricos (Ref. 10)
45
Concentração (ppm por volume)
Fonte H2S CH
3SH CH
3SCH
3CH
3SSCH
3
Digestor Batch- gases do Blow- gases de alívio
Digestor contínuo
Respiro dos filtros lavadores
Selo do tanque do filtrado
Evaporadores � tanque deágua quente
Torre de oxidação dolicor negro
Caldeira recuperação� após evaporador de con-tato direto
Tanque de dissolução
Forno de cal
Respiro do Slaker
0-1.0000-2.000
10-300
0-5
0-2
600-9.000
0-10
0-1.500
0-75
0-250
0-20
0-10.00010-5.000
500-10.000
0-5
10-50
300-3.000
0-25
0-200
0-2
0-100
0-1
100-45.000100-60.000
1.500-7.500
0-15
10-700
500-5.000
10-500
0-100
0-4
0-50
0-1
10-10.000100-60.000
500-3.000
0-3
1-150
500-6.000
2-95
2-95
0-3
0-20
0-1
As fontes mais importantes de TRS são:
� Digestor
� Tanque de descarga (blow tank) e tanque de água quente
� Evaporação de múltiplo efeito
� Coluna de destilação
� Caldeira de recuperação
� Tanque de dissolução de fundidos
� Forno de cal
A tabela 21 mostra valores típicos de concentração de gases reduzidos de enxofre para uma planta Kraft (Ref. 6).
TABELA 21
CONCENTRAÇÕES TÍPICAS DE GASES TRS PARA CELULOSE KRAFT (REF. 6)
Os fatores de emissão dos compostos reduzidos de enxofre foram estabelecidos pela EPA e são apresentados emvárias publicações (Ref. 3, 5, 6), conforme mostra a tabela 22.
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES46
TABELA 22
FATORES DE EMISSÃO DE TRS POR FONTES NO PROCESSO KRAFT (REF. 3, 5, 6)
Os gases formados pelos compostos reduzidos de enxofre são produzidos em sua maior parte no cozimento e naevaporação, sendo queimados em incinerador especial, no forno de cal, em caldeira auxiliar ou na caldeira de recupe-ração.
Valores típicos globais de TRS são apresentados na Tabela 23.
Fatores de emissão em Kg enxofre por tonelada de celulose seca ao ar
Fonte H2S CH3SH CH3SCH3 CH3SSCH3
Digestor Batch- gases do Blow- gases de alívio
Digestor contínuo
Respiro dos filtros lavadores
Selo do tanque do filtrado
Tanque de água quente doevaporador
Torre de oxidação dolicor negro
Caldeira recuperaçãoapós evaporador decontato direto
Caldeira recuperação semevaporador de contatodireto
Tanque de dissolução
Forno de cal
Respiro do Slaker
0-0,150-0,05
0-0,1
0-0,01
0-0,01
0,05-1,5
0-0,01
0-25
0-1
0-1
0-0,05
0-0,01
0-1,30-0,3
0,5-1,0
0,05-1,0
0-0,01
0,05-0,8
0-0,01
0-2
0-0,01
0-0,8
0-0,2
0-0,01
0,05-3,30,05-0,8
0,05-0,5
0,05-0,5
0-0,05
0,05-1,0
0-0,4
0-1
0-0,01
0-0,05
0-0,1
0-0,01
0,05-2,00,05-1,0
0,05-0,4
0,05-0,4
0-0,03
0,05-1,0
0-0,3
0-0,3
0-0,1
0-0,3
0-0,05
0-0,01
47
TRS
SO2
Particulados
NOx
0,12
2,3
2,8
21,9
0,0002
0,9
2,7
27,1
TABELA 23
VALORES TÍPICOS DE TRS POR SETOR (REF. 6)
Parâmetros
Setores TRS, Kg/tcsa
Vazão, m3/tcsa
As emissões de poluentes atmosféricos derivados do enxofre são bastante inferiores nas polpas soda quando compa-radas com as polpas Kraft, principalmente nos casos em que não se usa nenhum derivado de enxofre no licor decozimento. A Tabela 24, abaixo, mostra estas diferenças.
TABELA 24
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS REPRESENTATIVAS DOS PROCESSOS KRAFT E SODA
(REF. 6)
Parâmetro Fator de Emissão, Kg/tcsa
Kraft Soda
As principais fontes de geração de material particulado são a caldeira de recuperação, forno de cal, caldeira de forçae tanque de dissolução. No processo Kraft os fatores de emissão após controle são mostrados na Tabela 25(Ref. 10, 6)
TABELA 25
FATORES DE EMISSÃO DE PARTICULADOS NO PROCESSO KRAFT APÓS CONTROLE
(REF. 6, 10)
Fonte de emissão Fator de emissão, Kg/tcsa
Caldeira de recuperação:
� Após Precipitador eletrostático
� Após evaporação venturi dos gases
Forno de cal
Tanque de dissolução
Cozimento
Evaporação
0,25-2,5
0,1-1,5
0,6-6,0
0,6-13
0,5 a 12
7 a 25
0,15 a 2,5
0,01 a 0,5
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES48
Para caldeiras de força as emissões são relacionadas aos tipos de combustíveis. Para estimar os fatores de emissão sãocomumente usados os valores médios de poder calorífico estabelecidos para os principais combustíveis pela EPAamericana.
TABELA 26
FATORES DE EMISSÃO PARA CALDEIRAS DE VAPOR SEM CONTROLE PARA DIVERSOSCOMBUSTÍVEIS (REF. 10)
a) Baseado num valor de poder calorífico médio de 25,7 MJ/Kg carvão.
b) Baseado num valor de poder calorífico médio de 41,9 GJ/m3 de óleo.
c) Baseado num valor de poder calorífico médio de 39,1 MJ/m3 de gás natural.
d) Baseado num valor de poder calorífico médio de 18,6 MJ/Kg de madeira seca ou 9,3 MJ/Kg de madeira com 50%de umidade.
Em relação à emissão de dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio considera-se a Tabela 27.
Tipo de poluente Fator de Emissão em Kg/106KJ
Carvão Óleo residual (b) Gás natural (c) Resíduos debetuminoso (a) madeira (d)
0,38
0,84
0,39
0,007
0,021
Material particulado
Óxidos de enxofre, como SO2
Óxidos de nitrogênio, comoNO
2
Hidrocarbonetos, como CH4
Monóxido de carbono
0,024
0,46
0,23
-
-
0,005
-
0,16
0,17
-
1,50
0,16
0,43
0,11
0,11
49
TABELA 27
TÍPICOS FATORES DE EMISSÃO E CONCENTRAÇÕES DE SO2 E NOX DE FONTES DE COMBUSTÃODE PROCESSOS KRAFT (REF. 5, 6)
A eficiência dos sistemas de controle de particulados nas caldeiras de vapor é função do tipo de combustível e doprocesso de controle, segundo adaptação da tabela 28, a seguir.
TABELA 28
EMISSÃO DE PARTICULADOS DE CALDEIRAS DE VAPOR
Fonte
Concentraçãoppm por volume
Fator de emissãoKg/t celulose seca ao ar
SO2
SO3
NOx
(como NO2)
SO2 SO3 NOx
(como NO2)
0-1.200
0-1.500
0-200
0-100
Caldeira de recuperação:� Sem comb. auxiliar
� Com comb. auxiliar
Forno de cal
Tanque de dissolução
Caldeira de força
0-100
0-150
10-70
50-400
100-260
161-232
0-40
0-50
0-1,4
0-0,2
0-4
0-6
(b) Kg/t de óleo
0,7-5
1,2-10
10-25
5-10(b)
N.º de
caldeiras
% de combustível porpoder calorífico
carvão óleo gás res.mad.
Eq. de
Controle
Conc. de particula
do em g/m3
entrada saída
Taxa de
emissão
Kg/h
Eficiência
do coletor
em %
ciclone
lavador c/líquido
precipitadoreletrostático
ciclone
ciclone
ciclone
ciclone
ciclone
ciclone
100
100
100
0
75
0
73
0
0
18
2
2
16
2
2
2
3
2
0
0
0
46
0
0
16
25
0
0
0
0
0
0
62
0
39
0
0
0
0
54
25
38
11
36
100
4,28
-
11,2
7,9
-
5,3
-
4,3
3,2
0,5
-
0,98
1,05
0,39
0,71
0,89
80
-
91
87
-
93
-
84
72
129
136
180
140
73
70
228
202
44
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES50
Os resíduos de madeira oferecem menor eficiência na remoção de particulados usando ciclones, conforme mostra aTabela acima.
No forno de cal o controle de particulados é, na maioria dos casos, feito por lavadores tipo Venturi. O sistema delavagem por aspersão é menos eficiente, conforme é mostrado por Springer (Ref. 6). A eficiência média para o lavadorVenturi foi de 94,8 % enquanto que o sistema de aspersão proporcionou 92,2%. O mais indicado, entretanto, é oprecipitador eletrostático que pode proporcionar uma eficiência de 99%.
A tabela 29, adiante, aponta uma listagem de poluentes que poderiam estar presentes nos combustíveis mais comunsda indústria de celulose e papel e usados nas caldeiras auxiliares de utilidades.
TABELA 29
POLUENTES TÍPICOS DA COMBINAÇÃO DE COMBUSTÍVEIS (REF. 6)
Fonte Poluentes
Caldeiras de Utilidades Arsênio, cádmio, cromo, chumbo, manganês, níquel, selênio, formaldeído,
hexano, tolueno, benzeno, berílio, mercúrio, fósforo, matéria orgânicapolicíclica.
Observação: No caso específico de fábricas de papel não-integradas as emissões atmosféricas são provenientesbasicamente das caldeiras de vapor/força, para as quais são aplicáveis os fatores de emissão apresentados nas tabelas26, 27 e 28.
1.3.2 MEDIDAS DE CONTROLE DAS EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
As medidas principais de controle por poluente são:
� Compostos Reduzidos de Enxofre
Para minimizar seus efeito, os gases odoríferos contendo TRS deverão ser coletados e tratados em condensadores e osgases não-condensáveis queimados em incinerador específico ou no forno de cal. Nas fontes mais importantes, ou seja,caldeira de recuperação e forno de cal, deve haver monitoramento contínuo com registrador gráfico para medir asconcentrações e acionar sistemas de alarme no caso de locais muito sensíveis. A adoção destas medidas aliadas àadequada operação e manutenção dos equipamentos, permitirá atingir eficiências de remoção em torno de 95%.
� Material Particulado
As principais fontes de emissão de particulados são a caldeira de recuperação, o forno de cal, a caldeira de geração devapor e o tanque de dissolução.
A tecnologia de controle mais recomendada é o precipitador eletrostático com vários campos (pelo menos 3),possibilitando eficiências de remoção da ordem de 99,5% e bastante usada nas caldeiras de recuperação, forno de cale caldeira de geração de vapor.
Ciclones e lavadores Venturi também são usados, podendo chegar a eficiências acima de 90%.
� Controle de Dióxido de Enxofre
Pode ser gerado nas caldeiras de geração de vapor (no caso de óleo ou carvão), na caldeira de recuperação e nasdemais fontes de uso de combustíveis que contenham enxofre.
Recomenda-se substituir o óleo de alto teor de enxofre pelo de baixo teor, por biomassa ou por gás natural.
As seguintes medidas operacionais e complementares de controle das emissões atmosféricas são recomendadas:
51
� Caldeiras de Recuperação
- Deverá operar próxima da sua capacidade operacional.
- O sistema de distribuição de ar deverá ter válvulas ou registros para sua regulagem.
- Deverá dispor de visores da câmara de combustão.
- A caldeira deverá possuir instrumentação básica para registrar quantidade, pressão e temperatura do ar, concentra-ção de TRS, CO e CO
2.
- A caldeira deverá ter altura suficiente para permitir boa dispersão.
� Forno de Cal e Caustificação
- Não usar água contaminada com sulfetos orgânicos na caustificação.
- A lama deve estar bem lavada.
- Devem ser monitorados: consumo de óleo, oxigênio residual, temperatura na câmara de combustão e nos gases desaída.
� Combustíveis
Para as caldeiras de vapor procurar utilizar combustíveis com menor impacto sobre a saúde e o meio ambiente. Apreferência deve ser pelo gás natural (tabela 26). As biomassas produzem muito material particulado e cinzas,enquanto o óleo combustível e o carvão mineral são grandes geradores de dióxido de enxofre. O carvão tambémproduz muita cinza. O gás natural é a melhor indicação em qualquer situação, enquanto que as biomassas são maisindicadas para ambientes afastados de aglomerados humanos.
1.3.3 REGULAMENTAÇÕES INTERNACIONAIS PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
1.3.3.1 PADRÕES DE LANÇAMENTO PARA ALGUNS PAÍSES
a) EUA
Os padrões americanos, constantes no Federal Register (vol. 43, n.º 37, part 60, February, 1978), têm sido aplicadose usados em muitos países, inclusive no Brasil, onde foram e estão sendo usados como referência em todos os grandesempreendimentos do setor papeleiro. É interessante observar que, enquanto no controle de efluentes hídricos houvee tem havido um enorme avanço no sentido de minimizar as cargas orgânicas, notadamente as tóxicas, no controle dasemanações gasosas o aumento de restrições tem sido bem menor.
Na Tabela 30, a seguir, é apresentada, de forma resumida, a Norma Americana para novas fontes (NSPS) de 1978, parao processo Kraft.
O Clean Air ACT (USA) de 1990 (Ref. 6) estabeleceu que nos 6 anos seguintes deveria haver um abatimento depoluentes atmosféricos convencionais de 15% e de 3% para cada ano seguinte. A aplicação desta legislação foidependente das regiões, dando-se mais tempo para aquelas com maiores problemas ambientais. O setor de celulosee papel foi afetado ainda por se enquadrar naquelas categorias com possíveis lançamentos de produtos tóxicos,principalmente oriundos de caldeiras de força que usam diferentes fontes de combustíveis.
Um aspecto interessante a analisar é como se proceder com unidades de celulose e papel já existentes com relação àsexigências novas em padrões de emissão. Pode ser citado o caso das experiências em relação aos compostos TRS nasfábricas de celulose Kraft nos Estados Unidos (Ref. 6) e mostrado na Tabela 31, adiante. O objetivo é minimizar aemanação dos gases odoríferos.
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES52
TABELA 30
NSPS PARA NOVAS FONTES DE CELULOSE KRAFT (REF. 6, 10, 3)
Fonte Poluente Nível de emissão Monitoramentorequerido
Particulados
Opacidade
TRS� recuperação
direta
� recuperaçãoindireta
Particulados
TRS
Particulados
TRS
TRS
100 mg/Nm3, base seca, corrigido para 8% de O2
35%
5 ppm por volume em base seca, corrigido para 8%de O
2 (média de 12 horas consecutivas)
25 ppm por volume em base seca, corrigido para8% de O
2 (média de 12 horas consecutivas)
0,1 g/Kg de sólido seco do licor negro queimado nacaldeira de recuperação
0.0084 g/Kg de sólido seco no licor preto queimadona caldeira de recuperação (média de 12 horas
consecutivas)
300 mg/Nm3 base seca, corrigido para 10% de O2,
usando óleo combustível150 mg/Nm3 base seca, corrigido para 8% de O
2,usando gás
8 ppm por volume em base seca, corrigido para 8%de O
2 (média de 12 horas consecutivas)
5 ppm por volume corrigido para 10 % de O2
(média de 12 horas consecutivas)
Não requerido
contínuo
Contínuo
Contínuo
Não requerido
Não requerido
Não requerido
Contínuo
Contínuo(na unidade de
queima)
Caldeirade
recuperação
Tanque dedissolução
Fornode cal
Digestor,lavagem,
evaporadores,oxidação do
licor ousistemas deseparação
53
Fonte Unidade nova Unidade nova
Caldeira de recuperação, ppm (em volume)� Projeto� Projeto novo� Recuperação indireta
Digestor, ppm (em volume)
Evaporadores múltiplo efeito, ppm (em volume)
Forno de cal, ppm (em volume)
Lavagem massa escura, ppm (em volume)
Oxidação licor negro, ppm (em volume)
Separação dos condensados, ppm (em volume
Tanque de dissolução, mg/Kg de sólidos do licor
5a
5a
25a
5
5
8
5
5
5
8,4
20a
5a
25a
5
5
20b
Sem controle
Sem controle
5
8,4
TABELA 31
LIMITES REGULAMENTADOS PARA PROCESSO KRAFT EM
TERMOS DE TRS PARA INDÚSTRIAS NOVAS E JÁ EXISTENTES (USA)
a � a ser alcançado em 99% de 12 horas contínuas de amostragem b � a ser alcançado em 98% dos períodos de 12 horas contínuas de amostragem
A Associação Nacional de Fabricantes de Papel e Celulose (Ref. 3) compilou os padrões de emissão atmosférica dealguns países, apresentados, a seguir, nas Tabelas 32, 33, 34 e 35.
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES54
b) Austrália:
TABELA 32
PADRÕES DE EMISSÃO ATMOSFÉRICA (1990) PARA FÁBRICAS DE CELULOSE KRAFT
Particulados:
� Caldeira de recuperação (12% CO2)
� Forno de cal (10% CO2)
� Caldeira auxiliar (12% CO2)
Névoas ácidas e SO3
200
Compostos reduzidos de enxofre � TRS (como H2S)
� Caldeira de recuperação (8% de O2)
� Forno de cal (10% de O2)
Ácido clorídrico
Cloro e compostos clorados (exceto HCl)
Óxidos de nitrogênio, como NO2 (7% O
2)
Opacidade
� Caldeira de recuperação
� Outras caldeiras
� Forno de cal
� Outros calcinadores
150
150
225
200
5
10
400
200
500
% obscurecimento
35
20
10
20
Poluente/Fonte Padrão, mg/Nm3
55
c) Canadá:
TABELA 33
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA NOVAS FÁBRICAS DE CELULOSE KRAFT (REF. 3)
d) Portugal:
TABELA 34
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA FÁBRICAS DE CELULOSE (REF. 3)
Província de British Columbia
Fonte Poluente Unidade Valor
Caldeira de
recuperação
Forno de cal
Branqueamento
Caldeira de biomassa
Particulados
TRS
SO2
Particulados
TRS
Cl2 + ClO
2
Particulados
Kg/tcsa
Kg/tcsa
ppm
Kg/tcsa
Kg/tcsa
ppm
mg/Nm3 (12% CO2)
2,3
0,0073
200
0,68
0,18
0,1
230
mg/Nm3
Fonte Particulados H2S SO2
Kraft Sulfito Kraft Kraft Sulfito
150 150 10 500
50
1700 1700
Caldeira derecuperação
Forno de cal
Caldeira auxiliar
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES56
e) Suécia:
TABELA 35
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA FÁBRICAS DE CELULOSE � VALORES DE REFERÊNCIA (REF. 3)
a Pode ser excedido em 10% do tempo de operação em cada mês.b Pode ser excedido em 5% do tempo de operação de cada mês.c Vigente em 1995.
1.3.3.2 VALORES REFERENCIAIS
� Levantamento de valores referenciais de emissão feito em junho de 1997 em várias fábricas européias e da Américado Norte (Jaako Poyry � 1997)
A informação mais recente sobre padrões de emissão do setor celulose e papel foi conseguido da Firma ConsultoraJaako Pöyry, em junho de 1997, e engloba o levantamento de indústrias da Europa e da América do Norte. Os valoressão apresentados nas Tabelas adiante (36, 37, 38 e 39) e representam o estado da arte em nível de emissões.
Fontes Particulados
mg/Nm3
H2S
mg/Nm3
SO2 Kg/t
csaCl
2/ClO
2
KgCL2/t
csa
Forno de cal:
� Antigo (média de 12 meses
� Novo (média mensal)
Caldeira de recuperação
� Antiga (Kraft)
� Nova (Kraft)
� Antiga (Sulfito)
Caldeira auxiliar
� Biomassa (10% CO2)
Branqueamento
Fábrica total:
� Kraft
� Sulfito
250 50a
150
250 10a
150 10b
50
500 (menos
que 30 Kg/h)
0,2-0,3
3c
5c
57
a) Celulose Kraft:
TABELA 36
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA UNIDADES KRAFT
b) Celulose sulfito:
TABELA 37
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA PROCESSO SULFITO
Enxofre(como S)
NOx
(como NO2)
Materialparticulado
total
Kg/t
Kg/t
mg/Nm3
(em arseco)
3-5
1,7-2,5
50 200
Poluente Unidade Total do Sistema de Caldeira de Óleo comoprocesso recuperação casca combustível
Enxofre(como S)
NOx
(como NO2)
NOx
(como NO2)
Materialparticulado
total
Kg/t
Kg/t
mg/MJ
mg/Nm3
(gás seco)
0,5-1,5
1,2-2,0 0,6-1,8
50-90
100-250
0,3
140-200
150-250
0,5
80-100
100-500
1,0
150-250
1,5g/Kg de óleo
Poluente Unidade Total do Caldeira de Forno Caldeira de Óleo comoprocesso recuperação de cal casca combustível
1,5g/Kg de óleo
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES58
c) Polpas de alto rendimento (CMP, CTMP e BCTMP):
TABELA 38
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA PASTAS DE ALTO RENDIMENTO
d) Fábricas de papel não-integradas
TABELA 39
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS PARA FÁBRICA DE PAPEL
Poluente Unidade Total do processo Carvão Óleo
1.3.4 REGULAMENTAÇÕES EM NÍVEL FEDERAL PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICASDO SETOR PAPELEIRO
Não existe nenhuma regulamentação federal específica para as indústrias de celulose e papel. Duas Resoluções doCONAMA estão relacionadas com o setor e são as seguintes:
� Resolução n.º 3/80, de 22/06/90, publicada em 22/08/90:
Estabelece padrões de qualidade do ar e os níveis de concentração para a elaboração de planos de emergência paraepisódios críticos de poluição do ar.
Poluente Unidade Total do Caldeira de Carvão Óleo comoprocesso casca como combustível
combustível
Enxofre(como S)
NOx
(como NO2)
Materialparticulado
total
-
-
mg/Nm3
(em ar seco)
-
-
-
-
500
-
-
35
-
-
1,5 g/Kgde óleo
NOx (como NO
2)
Materialparticulado total
Kg/t
mg/Nm3
(base seco)
0,5
- 1 g/Kgde óleo
35
59
� Resolução n.º 8/90, de 06/12/90, publicada em 28/12/90:
Estabelece, em nível nacional, limites máximos de emissão de poluentes no ar para processos de combustão externaem novas fontes estacionárias de poluição, segundo suas capacidades nominais.
A Resolução n.º 8/90 pode afetar os limites de emissão de fontes dentro da indústria de celulose e papel, caso as áreascircunvizinhas tenham sido devidamente classificadas.
1.3.5 REGULAMENTAÇÃO EM NÍVEL ESTADUAL PARA EMISSÕES ATMOSFÉRI-CAS DO SETOR PAPELEIRO
Os Estados têm procurado exigir o controle das fontes de poluição, com base na aplicação de melhor tecnologiaprática disponível.
O Estado de São Paulo estabeleceu padrões de emissão das indústrias de celulose e papel baseado nos padrõesamericanos de 1978, adotando em alguns casos valores mais restritivos que refletem o avanço tecnológico dosprocessos produtivos e de controle praticados em nível internacional (para processo Kraft).
Os padrões de emissão são os seguintes (Ref. 10):
� Compostos reduzidos de enxofre
- Caldeira de recuperação: 5 ppm por volume em base seca, corrigido para 8% de O2 (média de 12 horas consecuti-
vas)
- Tanques de dissolução de fundidos: 0,0084 g/Kg de sólido seco contido no licor negro queimado na caldeira (médiade 12 horas consecutivas)
- Forno de cal: 8 ppm por volume em base seca, corrigido para 10% de O2 (média de 12 horas consecutivas)
Observação: Os gases com TRS dos digestores, evaporação, tratamento de condensado contaminado, lavagens depolpa e oxidação de licor negro devem ser coletados e queimados em forno de cal ou incinerador próprio.
� Material particulado
- Caldeira de recuperação: 80 mg/Nm3 base seca, corrigido para 8% de O2.
- Tanques de dissolução: 0,1 g/Kg de sólido seco contido no licor negro processado nas caldeiras de recuperação.
- Forno de cal: 143 mg/Nm3 base seca, corrigido para 10% de O2, utilizando óleo combustível.
1.3.6 VALORES REFERENCIAIS BRASILEIROS
A Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose (Ref. 3) fez um levantamento de valores referenciais deemissão para vários projetos de indústrias de celulose e papel no Brasil, novas e ampliações, e resumiu os mesmos natabela 40, a seguir. A publicação não fornece o nome das indústrias nem a sua localização. É uma informação importan-te que demonstra a diversidade de valores ainda adotados.
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES60
Fontes Material particulado Dióxido de enxofre TRS
Caldeira derecuperação
Fornos de cal
Tanque dedissolução de
fundidos
Caldeira debiomassa
125 mg/Nm3, (8% O2)
107 mg/Nm3, base seca, 8% O2
100 mg/Nm3, (8% O2)
80 mg/Nm3, base seca, (8% O2)
150 mg/Nm3, (10% O2)
143 mg/Nm3, base seca,(10% O2)
100 mg/Nm3, (10% O2)
0,1 g/Kg de sólidos secos do licornegro
200 mg/Nm3, (10% O2)
100 mg/Nm3, (10% O2)
200 mg/Nm3
100 mg/Nm3*
100 mg/Nm3**
200 mg/Nm3, (8% O2) 5,0 ppm,
(8% O2)
3,0 ppm, base seca(8% O
2)
2,0 ppm, base seca(8% O
2)
1,5 ppm, base seca(8% O
2)a
1,0 ppm, base seca(8% O
2)b
8,0 ppm, base seca(10% O
2)
3,0 ppm, base seca(10% O
2)b
0,0084 g/Kg de sólidossecos do licor negro
TABELA 40
VALORES REFERENCIAIS DE EMISSÃO NO BRASIL (REF. 3)
a = ano 1994b = ano 1995
Nota: Os valores não guardam correspondência nas linhas.
61
1.3.7 PARÂMETROS PARA EMISSÕES ATMOSFÉRICAS RECOMENDADOS AOLICENCIAMENTO
Recomenda-se que o licenciamento a ser executado pela CPRH utilize padrões de emissão específicos para a tipologiacelulose e papel, resguardada a qualidade do ar ambiental dentro dos padrões de qualidade prevista na legislaçãofederal (Resolução CONAMA).
O padrão de emissão é importante por refletir o nível de tecnologia de processos de produção e de controle final,fazendo com que haja homogeneidade nas exigências mínimas de um setor industrial. O padrão de emissão devegarantir uma qualidade de ar adequada para a maioria das situações, podendo, entretanto, não ser suficiente para oscasos de grande proximidade de aglomerados humanos, ainda mais em condições meteorológicas adversas. Ospadrões de emissão também devem ser dinâmicos, de tal forma que possam incorporar avanços tecnológicos e novosconhecimentos sobre os efeitos dos poluentes sobre a saúde ou sobre os recursos ambientais.
No Brasil foram implantadas, nos últimos anos, fábricas novas e ampliadas várias existentes com tecnologias atualiza-das nos processos produtivos e também nos processos de controle ambiental. Tanto é que a primeira empresa dosetor de celulose no mundo a obter a certificação da ISO 14000 foi a Bahia Sul (Ref. 12). As exigências no controleambiental das empresas mais modernas no Brasil estão muito próximas daquelas utilizadas em outras partes domundo, conforme já ficou evidenciado no material bibliográfico levantado e apresentado no presente documento.Como o setor papeleiro é muito dinâmico e depende da exportação, é impelido a acompanhar a evolução tecnológicapara manter-se competitivo. Obter a certificação da ISO 9000 e também da ISO 14000 é uma questão de sobrevivên-cia para as empresas de certo porte. Baseado nestes fatos é que a exigência de um bom desempenho ambiental nãodeve mais ser encarado como um fator de inibição ao desenvolvimento e modernização das empresas mas como umaforma de acelerar a sua competitividade.
Aqui são considerados 3 grupos de fábricas representativas do setor de celulose e papel:
Grupo I: Celulose Kraft, Sulfito e Soda.
Grupo II: Pastas de Alto Rendimento.
Grupo III: Fábricas de Papel sem produção de polpa.
a) Considerações sobre o porte das indústrias conforme a produção
(de acordo com proposta do Instituto Ambiental do Paraná, Ref. 4):
Pequena: até 50 toneladas por dia.
Média: de 50 a 100 toneladas por dia.
Grande: mais de 100 toneladas por dia.
Observação: A produção se refere ao produto final
Recomendações sobre monitoramento de acordo com o porte e o grupo:
� Relatórios de Automonitoramento:
- Recomenda-se exigir relatórios semestrais para as empresas de médio e grande portes pertencentes ao Grupo I.
- Recomenda-se exigir relatórios anuais para as empresas de todos os portes pertencentes aos Grupos II e III e depequeno porte do Grupo I.
- Os relatórios de automonitoramento do Grupo I devem conter a avaliação dos seguintes parâmetros:
◊ Compostos Reduzidos de Enxofre e Particulados dos processos de polpação (digestor e outros) e de recuperaçãoquímica (caldeira e forno de cal).
◊ Particulados das caldeiras auxiliares que queimam biomassa e, adicionalmente, dióxido de enxofre, no caso dequeimar carvão ou óleo combustível.
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES62
- O monitoramento deverá ser contínuo para TRS na caldeira de recuperação e no forno de cal para as unidades doGrupo I de porte grande. Deverá ter registro gráfico de TRS e da porcentagem de oxigênio por volume.
- Os relatórios de automonitoramento dos Grupos II e III devem conter a avaliação de particulados das caldeiras devapor/força quando o combustível for biomassa, e, adicionalmente, dióxido de enxofre no caso do combustível sercarvão ou óleo.
- No caso das pastas CTMP e BCTMP (químicas) que tiverem processos de concentração e queima do licor decozimento haverá também necessidade de monitoramento de TRS e particulados. Nas unidades de grande porte estemonitoramento deverá ser contínuo para TRS.
b) Considerações sobre as tecnologias de produção:
� Recomenda-se não licenciar indústrias de celulose, Grupo I, cujo processo não permita a recuperação de produtosquímicos.
� Nas regiões em que houver a possibilidade de utilizar gás natural como combustível para as caldeiras auxiliaressugere-se que o licenciamento ambiental apoie fortemente o uso de tal combustível, pelas grandes vantagens de ordemambiental que oferece. Para as áreas urbanizadas deveria ser uma exigência.
� Recomendar instalação de caldeiras de recuperação do tipo �Odor-Less�, que não permitam o contato dos gases decombustão diretamente com a lixívia negra, reduzindo, com isto, consideravelmente, a emanação de TRS. Este tipo decaldeira evita a necessidade de oxidar o licor negro.
� Favorecer e recomendar o uso de combustíveis sem ou com o menor teor de enxofre, como as biomassas e óleo combaixo teor de enxofre.
c) Padrões de emissão para indústrias novas:
Grupo I: Celulose Kraft
Recomenda-se, ainda, utilizar os principais padrões estabelecidos pela legislação americana (Federal Register, vol. 43,n.º 37, 1978), com algumas modificações em face dos licenciamentos feitos no Brasil na década de 90.
Emissão de compostos reduzidos de enxofre:
� Caldeira de recuperação:
- �Emissão de TRS não superior a 5 ppm por volume, em base seca, corrigido a 8% de O2�
- �Exigência de sistema de monitoramento contínuo com registrador gráfico para monitorar e gravar a concentraçãodas emissões de TRS e a porcentagem de oxigênio por volume�.
� Tanque de dissolução de fundidos (licor verde):
- �Emissão de TRS não superior a 0,0084 g/Kg de sólido seco contido na lixívia negra processada na caldeira derecuperação�.
� Forno de cal:
- �Emissão de TRS não superior a 5 ppm por volume, em base seca, corrigido para 10% de O2�.
- �Exigência de sistema de monitoramento contínuo com registrador gráfico para mostrar e gravar a concentração dasemissões de TRS e a porcentagem de oxigênio por volume�.
� Outras fontes como: digestor, evaporadores, tratamento de condensado contaminado, lavagem ou oxidação de licornegro:
- �Todos os gases com TRS das fontes acima deverão ser coletados e incinerados no forno de cal ou incineradorpróprio, obedecendo às exigências do forno de cal�.
Emissão de material particulado:
� Caldeira de recuperação:
63
- n�Emissão de particulados não superior a 100 mg/Nm3 base seca, corrigida para 8% de oxigênio�.
� Tanque de dissolução:
- �Emissão de particulados não superior a 0,1 g/Kg de sólidos secos contidos na lixívia negra processada na caldeira derecuperação�.
� Forno de cal:
- �Emissão de particulados não superior a 150 mg/Nm3 de sólidos secos corrigido para 10% de oxigênio, utilizandoóleo combustível�.
� Caldeiras auxiliares (Força/vapor)
- �Emissão de particulados não superior a 150 mg/Nm3 base seca, corrigida para 10% de O2, usando biomassa como
combustível. No caso de usar óleo como combustível a emissão não pode ser superior a 1,5 g de material particuladopor Kg de óleo�.
Grupo I: Processo soda
No caso do processo soda, em que o licor de cozimento é apenas o carbonato de sódio, o mesmo torna-se livre deenxofre. Neste caso, os padrões de emissão para o processo Kraft são também aplicados, com exceção dos compos-tos reduzidos de enxofre, que se tornam insignificantes.
Grupo I: Processo sulfito
Os processos de polpação com sulfito normalmente não causam problemas de odor similares ao processo Kraft. Oprincipal poluente atmosférico é o dióxido de enxofre, além de particulados.
No processo sulfito base magnésio, o mais comum atualmente, a maior parte do SO2 é retirada no sistema de recupe-
ração e usada no próprio do licor de cozimento.
Sugere-se uma emissão total de enxofre da unidade de sulfito não superior a 5 Kg por tonelada de polpa.
Para particulados o sistema de recuperação não pode emitir mais do 50 mg/Nm3, base seca, e na caldeira de forçapermanece a mesma recomendação para o processo Kraft.
Grupo II: Pastas de alto rendimento
As pastas mecânicas de alto rendimento podem ter seus efluentes tratados na fase líquida, havendo geração depoluentes atmosféricos significativos apenas nas caldeiras de vapor/força. Estes poluentes hídricos são mais importan-tes nas pastas em que há impregnação química dos cavacos com aquecimento (CTMP e BCTMP). Para evitar umaunidade especial de branqueamento foi introduzido um outro processo, recentemente, no qual o branqueamento (comperóxido de hidrogênio) já é feito junto com a operação de impregnação com soda cáustica. Este processo é chamadode APMP, Polpação Alcalina Peróxido Mecânica, e apresenta menor consumo de energia, menor investimento decapital e minimiza a geração de efluentes.
A alternativa ao tratamento dos efluentes líquidos é concentrá-los, apesar de ter apenas de 1 a 2% de sólidos (contra10 - 15% no processo Kraft), e queimá-los posteriormente em fornos especiais ou mesmo em caldeiras de recupera-ção. Nos processos convencionais CTMP e BCTMP usa-se enxofre na forma de sulfito de sódio e soda cáustica naimpregnação, de tal forma que a concentração e a incineração da lixívia produzem gases de enxofre, principalmente odióxido, que precisa ser lavado antes do lançamento para a atmosfera. No processo APMP não é usada fonte deenxofre, diminuindo sensivelmente a geração de gases como SO
2, além de poder recuperar a soda para o processo de
impregnação.
Para os processos CTMP e BCTMP com concentração e queima do licor serão aplicados os mesmos padrões deemissão do processo Kraft. No processo APMP bastará aplicar os padrões de emissão para material particulado parao processo de queima e concentração, como foi feito para o processo Kraft.
As caldeiras de vapor/força devem obedecer os mesmo padrões de emissão de particulados previstos no processoKraft.
MISSÕES ATMOSFÉRICAS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES64
Grupo III: Fábricas de papel sem produção de polpa
As emanações gasosas aqui produzidas são provenientes das caldeiras de utilidades e se aplicam os padrões deemissão recomendados para o processo Kraft.
Observação:
Tendo em vista que os padrões de emissão aqui recomendados representem valores médios que possibilitem ao órgãode proteção ambiental condições de ser mais exigente quando a situação particular assim o exigir, sugere-se não incluirnenhum outro parâmetro como, por exemplo, óxidos de nitrogênio.
1.4 RESÍDUOS SÓLIDOS
1.4.1 PONTOS DE GERAÇÃO
Os resíduos sólidos gerados nas fábricas de celulose e papel dependem das características do processo e das técnicasde reaproveitamento empregadas. Podem variar muito de uma unidade fabril para outra, mesmo nos casos em que osprodutos finais são semelhantes.
Os principais resíduos gerados são (Ref. 6, 3, 10):
� Resíduo do manuseio de madeira;
� Cinzas da caldeira auxiliar;
� Grits do apagador de cal da caustificação;
� Dregs do clarificador da caustificação;
� Lamas da planta química;
� Rejeitos da depuração da massa;
� Refugos de cavacos nas peneiras classificatórias;
� Lodos da estação de tratamento de águas residuárias;
� Lodos da estação de tratamento de água potável;
� Diversos (varreduras, restaurante, escritório, etc.).
1.4.2 CARACTERÍSTICAS E QUANTIDADES GERADAS
De modo geral esses resíduos não são classificados como perigosos, sendo enquadrados como classe II de acordo coma Norma ABNT (NBR 10.004). Num levantamento recente feito nas Indústrias Klabin do Paraná, a classificaçãoresultou em resíduos de classe II, apesar da observação feita na Referência 3, de que os dregs e grits, por seu pH alto,poderiam ser enquadrados como classe I (materiais corrosivos).
Uma característica extremamente importante dos resíduos sólidos é a sua capacidade de desidratação, por ser umprocessamento quase sempre necessário e caro. Os lodos primários desidratam melhor do que os secundários, daí avantagem de misturá-los antes da desidratação. A maior geração de lodos é exatamente nos processo de tratamentode águas residuárias.
A Tabela 41 mostra a quantidade geral de lodos gerados em função do tipo de processo produtivo.
65
TABELA 41
GERAÇÃO DE LODO POR CATEGORIA DE PRODUÇÃO (REF. 6)
Categoria de produção Kgsólidos
/tonprodução
Polpação química
Pasta mecânica / papel impressão e outros
Semiquímico / meio corrugado
Destintamento / papéis finos e higiênico
Fábrica não-integrada / papéis finos
Papelão reciclado
Na Tabela 42, a seguir, é apresentada uma estimativa da geração de resíduos com as respectivas áreas:
TABELA 42
TIPOS DE RESÍDUOS POR ÁREA (REF. 3)
Quando houver tratamento secundário compacto (lodos ativados) das águas residuárias, a produção de lodos secun-dários tem uma participação muito significativa, de acordo com a Tabela abaixo:
9-68
9-45
9-27
36-136
9-36
0-27
Área de origem Tipo de resíduo Carga espec., Kg/tcsa
Classificação
Manuseio de madeira
Caldeira auxiliar
Caustificação
Planta química
Estação trat. despejos
Diversos
Total
Areia
Cinzas
Dregs
Grits
Lamas
Lodo primário
Gerais
13
8
3
12
0,4
28
1,0
65,4
Classe II
Classe II
Classe II
Classe II
Classe II
Classe II
Classe II
RESÍDUOS SÓLIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES66
TABELA 43
COMPOSIÇÃO COMBINADA DE LODO NAS ETES (REF. 6)
Produção polpa / produção de papel % lodo secundário
Kraft branqueada / papel, papelão 20-40
Pasta mecânica / papel impressão 25-35
Sulfito / papel higiênico 50
Semiquímico / cartolina 60
Papel fino não-integrado 25
Papelão reciclado 100
Desta forma, podemos acrescentar mais o lodo secundário, na Tabela 42, aos tipos de resíduos por área (da ordem de40% em média).
A unidade Bahia Sul tem uma geração de resíduos sólidos da ordem de 62 Kg/ ton de celulose, o que está de acordocom as estimativas mostradas na Tabela 42 acima. Com tratamento secundário compacto (lodos ativados), a gera-ção diária seria em torno de 73 Kg/ton de celulose seca ao ar.
Para as unidades de pastas de alto rendimento não se teria os resíduos da caustificação, ou seja, 20% a menos,resultando numa geração aproximada de 50 Kg/ton de polpa seca ao ar.
No caso da PONSA, de Goiana, a geração de resíduos sólidos é da ordem de 40 Kg/ton de papel. Para a Portela aprodução é da ordem de 1224 Kg/ton de celulose, em face da alta taxa de geração do desmedulamento e da nãorecuperação da lama de cal da caustificação.
1.4.3 DISPOSIÇÃO DOS LODOS
O maior volume de resíduos sólidos provém dos lodos do tratamento de águas residuárias. O lodo primário tem sidoreutilizado no preparo da massa, nas fábricas de papel, para caixas e embalagens (Ref. 13). De um modo geral, esteslodos são desidratados e dispostos em aterros sanitários ou incinerados.
Os resíduos cinzas, lodo secundário, grits e dregs também podem ser usados como corretivos de solos (Ref. 3). ATabela 44, abaixo, apresenta as práticas mais comuns para os lodos de tratamento de águas residuárias do setor decelulose e papel (EPA, USA).
TABELA 44
DISPOSIÇÃO DE LODOS DE TRATAMENTO
Processos de disposição Ano - 1979 Ano - 1988/89
Aterro sanitário ou lagoa
Incineração para energia
Aplicação no solo
Reciclagem / reuso
Outros
86%
11%
2%
<1%
<1%
70%
21%
8%
1%
<1%
67
No Brasil o método de disposição mais comum tem sido em aterros, muitas vezes não devidamente projetados eoperados. As unidades de celulose maiores e mais recentes têm aterros corretamente dimensionados e operados.
As fábricas de papel que utilizam aparas como matéria prima geram também resíduos como plástico, arames, metaise outros que devem ter disposição diferenciada, sendo recomendado encaminhá-los a aterros sanitários.
Os lodos de origem orgânica (primário e secundário) também podem ser incorporados ao solo. A incorporação podeser direta ou após a compostagem, processo de oxidação biológica aeróbia que transforma os lodos em matériahumidificada. O húmus é um bom condicionante de solos, aumentando a sua porosidade e permitindo uma maioraeração e atividade microbiana. A RIOCELL, de Porto Alegre, é uma empresa de celulose que transforma seusresíduos sólidos em composto e o utiliza no reflorestamento.
Cuidado especial deve ser tomado quando houver grande presença de aparas coloridas, pois podem solubilizarmetais pesados no caso do corante ser algum óxido metálico.
O resíduo sólido apresenta, assim, perspectivas de comercialização, mesmo não tendo grande rentabilidade. Oimportante é que possa minimizar ou mesmo dispensar custos de disposição final.
1.4.4 MEDIDAS DE CONTROLE INTERNO
Como qualquer resíduo, o sólido deve ter sua geração minimizada dentro do processo industrial ou oferecer perspec-tivas de reaproveitamento.
Algumas medidas aplicáveis:
� No caso de fábricas de papel que usam aparas comprar e incentivar a produção de aparas de boa qualidade.
� Reutilizar todos os rejeitos de matéria prima no processo produtivo da massa ou como combustível.
� Utilizar combustíveis nas caldeiras auxiliares que gerem pouca cinza, como gás natural ou óleo combustível.
� Monitorar a geração de resíduos e segregá-los para um melhor reaproveitamento.
� Considerar o processo de compostagem para os resíduos orgânicos como forma de minimizar os custos de dispo-sição final.
� Considerar a comercialização de resíduos como uma medida fundamental, tanto do ponto de vista ambiental quantodo econômico.
� Avaliar o uso de lodos, principalmente os provenientes do tratamento primário, como matéria prima no preparo damassa para fabricação do papel.
1.4.5 RECOMENDAÇÕES PARA O LICENCIAMENTO
� Independente do tipo ou do tamanho da instalação industrial, a disposição final dos resíduos sólidos em aterrosdeverá ser feita dentro das normas da ABNT.
Gerais:
- NBR 10.004 � Resíduos sólidos � Classificação
- NBR 10.005 � Lixiviação de resíduos sólidos � Métodos de ensaio
- NBR 10.006 � Solubilização de resíduos sólidos � Métodos de ensaio
- NBR 10.007 � Amostragem de resíduos sólidos � Procedimentos
- NBR 10.703 � Degradação do solo � Terminologia
- NBR 8.418 � Apresentação de projetos de aterros industriais � Perigosos
- NBR 10.157 � Aterros de resíduos perigosos � Critérios para projeto, construção e operação
- PN 1:63.04.001 � Armazenamento de resíduos sólidos perigosos
- PN 1:63.04.002 � Armazenamento de resíduos de classe II � não inertes e III - inertes
RESÍDUOS SÓLIDOS
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES68
- PN 1:63.06.006 � Aterros de resíduos não perigosos, critérios para projeto, construção e operação
- NBR 9.690 � Mantas e polímeros para impermeabilização (PVC)
� Incentivar a minimização e reciclagem de resíduos dentro do próprio setor produtivo ou fora dele, como porexemplo:
- Rejeito da depuração e refugos de cavacos: voltar ao circuito produtivo ou queimar na caldeira auxiliar.
- Cinzas: como corretivo de solos, de pH em efluentes líquidos, como material de pavimentação ou como matériaprima nas indústrias de cimento.
- Lodos primários e secundários podem ser considerados na reciclagem para o preparo de massa na fabricação depapéis com menos qualidade.
� A caracterização do drenado dos leitos de secagem ou de outros processos de desidratação, bem como do drenadodos aterros sanitários industriais, faz parte do sistema de automonitoramento a ser enviado periodicamente ao órgãode proteção ambiental.
� A quantificação e classificação dos resíduos devem ser processadas para se obter o licenciamento, juntamente como projeto da disposição final.
� O relatório de automonitoramento deve ser encaminhado ao órgão de proteção ambiental uma vez por ano,independente do tipo e do tamanho da instalação industrial, e deve conter:
- Quantificação e classificação dos resíduos gerados;
- Descrição das etapas e geração de resíduos adicionais até o processo de disposição final;
- Monitoramento dos efeitos ambientais da disposição final, como a caracterização e o encaminhamento dos drena-dos.
2
PARÂMETROS RECOMENDADOS ÀFISCALIZAÇÃO
2.1 PONTOS DE GERAÇÃO DE EFLUENTES LÍQUIDOSA carga poluidora contida nos efluentes de fábricas de celulose e papel varia de fábrica para fábrica e depende do tipode processo, qualidade da matéria prima e do produto final.
O volume d�água é captado e utilizado em diversas etapas do processo, além de ser o veículo de transporte das fibras.
As águas residuárias são de caráter orgânico e retornam aos corpos hídricos, sendo que uma pequena parte (menos de5%) é perdida por evaporação.
Os principais pontos de geração dos despejos líquidos estão descritos no quadro 4 e apontados nos fluxogramas dasfiguras 1, 2, 3, 4 e 5.
Fonte Tipo de Emissão
Pátio de matéria prima (fig. 1):(madeira, bambu, bagaço, sisal)
Obtenção da polpa (fig. 1):� Blow Tank (tanque de descarga)� Lavagem da massa� Engrossador (espessador)� Depuração� Refrigeração
Branqueamento (fig. 2):� Pré-deslignificação (cloração ou oxigenação)� Extração alcalina
Recuperação de produtos químicos (fig. 3):� Evaporadores de múltiplo efeito� Clarificador de Licor Verde� Forno de cal� Caldeira de recuperação
Fabricação de papel (Fig. 5):� Tanque de água branca filtrada (falta de capacidade)� Centricleaners
Águas de lavagem
� Condensados dos recuperadores de calor� Águas de lavagem� Águas de prensagem� Águas de diluição� Águas de refrigeração
� Águas ácidas de lavagem� Águas alcalinas de lavagem
� Condensados dos gases� Águas de lavagem de DREGS� Águas de lavagem de gases� Águas de lavagem, no caso de haver lavagem
de gás antes do precipitador eletrostático
� Água branca filtrada� Água da centrifugação
Continua
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES70
2.1.1 PONTOS CRÍTICOS
Com relação a geração de efluentes líquidos podemos considerar como críticos os seguintes pontos do processo:
� Reutilização de águas.
Como foi levantado durante a avaliação dos processos produtivos, são necessários grandes volumes de água naobtenção da celulose e papel. Práticas de recuperação de produtos e reutilização de águas podem reduzir considera-velmente o volume e a carga dos despejos gerados.
� Lavagem da polpa.
Do ponto de vista ambiental, é fundamental lavar o máximo possível a celulose antes que ela vá ao branqueamento, umavez que o efluente gerado nesta etapa não pode ser recuperado e tem que ser enviado à Estação de Tratamento deEfluentes.
� Branqueamento.
A realização do branqueamento com estágio de oxigênio, gera efluentes com menor teor de organoclorados, menorDBO e cor.
� Derrames e descargas acidentais
Uma parcela importante do potencial poluidor deve-se a derrames e vazamentos devido a falhas de equipamentos,paradas forçadas e de rotina. A minimização destes problemas é conseguida através da previsão de grande capacida-de de reservação para o licor negro e fraco, tanques de água recuperada e massa e construção de sistema de coleta delíquidos em áreas ou equipamentos sujeitos a derrames ou vazamentos.
2.2 PONTOS DE GERAÇÃO DE EMISSÕES ATMOSFÉRICASVários são os pontos de geração de emissões atmosféricas nos processos produtivos de papel e celulose.
Fonte Tipo de Emissão
� Depuradores� Seção de prensagem da máquina de papel
Central de aparas� Equipamentos (hidrapulpers,
depuradores e engrossadores)� Paradas por problemas de manutenção
Polpas de alto rendimento� Lavagem de cavacos� Drenagem de cavacos� Polpa formada
Sistemas de refrigeração
Sistemas de disposição de resíduos sólidos� Desidratação de lodos� Aterros sanitários
� Água contendo finos� Água branca
� Águas de lavagem (água branca e água recuperada)
� Águas branca e recuperada
� Águas de lavagem� Águas com material orgânico solubilizado� Águas de lavagem
� Águas de refrigeração
� Águas de drenagem� Águas de drenagem
QUADRO 4 - Resumo da geração de efluentes líquidos
71
O quadro 5 apresenta um resumo das emissões, esquematizadas na figura 1.
No caso de fábricas de polpas de alto rendimento e de papel não-integradas, a geração de emissões atmosféricas defontes primárias se resume àquelas provenientes das caldeiras de vapor. Material particulado é o poluente maisimportante.
2.2.1 PONTOS CRÍTICOS
Do ponto de vista da poluição do ar, o odor é o fator mais importante nas indústrias de celulose e papel. Os compostosreduzidos de enxofre (TRS) são os responsáveis por tal efeito, devendo ser coletados e queimados no forno de cal ouqueimador especial para tal fim. Os condensados também devem ser coletados e separados em coluna de destilaçãoe os gases residuais queimados no forno de cal.
Os processos de combustão, caldeiras de um modo geral, são também grandes geradores de material particulado,além de óxidos de nitrogênio e enxofre. Para minimizar estes poluentes é de fundamental importância a escolha de umcombustível limpo, como é o caso do gás natural. Carvão seria o menos recomendado. Óleo combustível com baixoteor de enxofre (BTE) seria ainda razoável em nível de geração de poluentes.
As biomassas têm sido muito usadas no Brasil, mas produzem muita cinza, que é responsável pela maior parte dasemissões atmosféricas, exigindo sistemas de controle de material particulado (precipitador eletrostático, lavagemcom água e ciclones).
2.3 PONTOS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOSOs resíduos sólidos gerados na fabricação de celulose e papel dependem das características do processo, das técnicasde reaproveitamento utilizadas, podendo variar consideravelmente de uma fábrica para outra.
De um modo geral são resíduos classe II e III e cerca de 50% são de natureza orgânica. O quadro 6 apresenta umresumo das fontes e tipos de resíduos sólidos gerados.
PONTOS DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
Emissão Fonte Primária Fonte Secundária
Compostosreduzidos de
enxofre
MaterialParticulado
SO2
� Digestor.� Blow Tank.� Evaporador múltiplo efeito.� Caldeira de recuperação.� Tanque de dissolução.� Forno de cal.
� Caldeira de recuperação.� Forno de cal.� Tanque de Dissolução.� Caldeira de geração de vapor.
� Caldeira de geração de vapor(óleo ou carvão como combustível).
� Secagem da celulose química.� Caldeira de recuperação.� Forno de cal.� Incinerador para queima de gases
(TRS), utilizando óleo como combustível.
� Depuradores e lavagem da polpa.� Silos de cavacos do digestor (quandopré-aquecidos com vapor secundário)� Tanques de caustificação.
� Poeiras das operações de descas-camento, picagem, armazenagem e sele-ção de combustíveis (cavacos, bagaço,bambu, etc.).
QUADRO 5 - Resumo das fontes de emissões atmosféricas (Ref. 10)
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES72
QUADRO 6 - Resumo das Fontes de Geração de Resíduos Sólidos
Fonte Resíduo
Sistemas de tratamento de águas residuárias � Lodos primários (físico-químicos)� Lodos do tratamento secundário (biológicos)
Sistemas de tratamento de água potável � Lodos primários
Caldeiras de vapor (carvão e biomassa) � Cinzas
Depuração de massa � Nós e palitos
Peneiras classificatórias � Refugos de cavacos (madeira) e outros refugos(bambu, sisal, bagaço)
Apagador de cal (Slaker) � Grits
Clarificador de licor verde � Dregs
Clarificador de licor branco � Lama de cal (quando não há forno de cal)
Central de aparas � Resíduos de plásticos, arames, pedras, etc.
Cozinha � Lixo doméstico
Pisos (varredura) � Diversos
Escritórios � Papel
Beneficiamento da madeira � Cascas, serragem
Beneficiamento de biomassas como bambu e bagaço � Medulas
2.3.1 PONTOS CRÍTICOSOs Dregs e os Grits, por sua natureza cáustica, requerem disposição especial, normalmente em aterros especiais. Mais umavez convém ressaltar a vantagem de se utilizar gás natural para evitar a formação de grandes quantidades de cinzas,dificultando a sua disposição final.
A maior parte dos resíduos sólidos de fábricas de celulose e papel é formada dos lodos provenientes dos sistemas detratamento de águas residuárias. Uma tecnologia muito recomendada para estes lodos é o processo de compostagem, quepossibilita a geração de um produto final com utilização no condicionamento de solos. Desta forma, agrega-se a um resíduoum processo que o torna um produto de valor comercial que pode apresentar retorno financeiro.
A disposição final mais utilizada tem sido em aterros sanitários, que é aceitável mas merece ser reavaliada frente àcompostagem.
2.4 PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO2.4.1 EQUIPAMENTOS NECESSÁRIOS E AMOSTRAGEMRecomenda-se que para cada vistoria o fiscal avalie a situação ambiental global da empresa, isto é, todos os pontospossíveis de causar poluição devem ser verificados. Deve o fiscal estar munido de equipamentos de amostragem e mediçãopara comprovar possíveis irregularidades. Amostragem e medições são mais fáceis de realizar em efluentes líquidos; paraemissões atmosféricas e resíduos sólidos há mais dificuldades. Não se pode carregar rotineiramente todo o equipamentonecessário para uma amostragem de chaminé, mas pode-se levar alguns equipamentos leves para análise e amostragem dedespejos líquidos.
73
O fiscal deve estar treinado para as amostragens e análises básicas ou poderá estar acompanhado de um amostrador,mas não pode perder a oportunidade de uma vistoria para comprovar qualquer violação em termos de lançamentosirregulares. É muito demorado e caro deslocar uma equipe especial para amostragem e análise local. Isto se justificaapenas quando se quer fazer uma avaliação mais detalhada do processo produtivo e das diversas etapas de um sistemade tratamento de efluentes líquidos, de uma amostragem de poluentes atmosféricos ou de um sistema de tratamento edisposição de resíduos sólidos.
Os equipamentos de amostragem e medição devem estar devidamente calibrados antes de sua utilização.
2.4.1.1 EFLUENTES LÍQUIDOS
Os principais equipamentos recomendados para serem levados para uma vistoria de rotina são:
� Potenciômetro portátil
� Medidor de oxigênio dissolvido
� Termômetro
� Frascos de polietileno ou vidro
� Caixa para transporte de amostras com gelo
� Reagentes químicos para preservação de amostras
� Vestimenta de proteção (óculos, luvas, botas)
� Máquina fotográfica
As amostras devem ser coletadas em pontos de alta turbulência, para garantir boa mistura, como junto a uma calhaParshal ou vertedouro.
Para sistemas de tratamento com grande tempo de retenção hidráulica (lagoas aeradas e de estabilização) basta umaamostra simples na saída para avaliar o enquadramento nos padrões de emissão. No caso de sistemas compactos(lodos ativados, filtros biológicos, processos anaeróbios) é conveniente que a amostra seja composta por várias horas(1 turno de trabalho pelo menos).
Temperatura, pH, vazão e gases dissolvidos devem ser medidos no local da amostragem, enquanto para os demaisparâmetros deve haver preservação das amostras, segundo as normas do �Standard Methods�.
A título de ilustração, é apresentada abaixo uma pequena listagem com os parâmetros mais indicados para as indústri-as de celulose e papel e os respectivos volumes de amostra (Standard Methods).
Parâmetro Volume da amostra (ml)
DBO5 100 a 500
DQO 50 a 100
pH 100
Nitrogênio total 500 a 1000
Sólidos suspensos totais 50 a 200
Sólidos decantáveis 1000
Fósforo total 50 a 100
2.4.1.2 EMISSÕES ATMOSFÉRICAS
Nas fiscalizações de rotina há dificuldade de se coletar amostras de emanações gasosas, de tal forma que não serecomendam equipamentos especiais de amostragem. A máquina fotográfica é um equipamento de grande utilidade eserve para documentar emanações gasosas provenientes de chaminés, sistemas de transporte e processamento decombustíveis e matérias primas sólidas. No caso das emissões gasosas o automonitoramento é o melhor instrumentode monitoramento e avaliação e deve incluir todos os parâmetros previstos no licenciamento (Item 1.3.5). A suaexigência é em função do porte e do tipo de indústria, conforme especificado no Item 1.3.5.
PROCEDIMENTOS DE FISCALIZAÇÃO
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES74
Para uma efetiva avaliação das emissões atmosféricas, que serve para verificar as informações obtidas noautomonitoramento, recomenda-se uma amostragem anual para os seguintes parâmetros:
� Compostos Reduzidos de Enxofre:
- Unidades: Caldeira de recuperação e forno de cal
- Local: Chaminés
- Métodos de amostragem e análise adotados oficialmente pela CPRH.
� Material Particulado
- Unidades: Caldeira de recuperação, forno de cal e caldeira de geração de vapor
- Local: Chaminés
- Métodos de amostragem e análise adotados oficialmente pela CPRH.
Para o caso de fábricas de papel não-integradas não haverá necessidade de avaliar os compostos reduzidos deenxofre, apenas as emissões da chaminé da caldeira de vapor. Os parâmetros mais importantes, em função doscombustíveis, são:
� Biomassas: material particulado
� Carvão mineral: dióxido de enxofre e particulados
� Óleo combustível: dióxido de enxofre e particulados
� Gás natural: nenhum
2.4.1.3 RESÍDUOS SÓLIDOS
A vistoria de rotina deve inspecionar todos os pontos de geração e disposição dos resíduos sólidos gerados, segundoo item 1.4.1.
No caso de haver desidratação de lodos como em leitos de secagem ou processo mecânicos (filtros, prensas, centrí-fugas) deve haver coleta e análise dos drenados, o mesmo acontecendo com os aterros sanitários.
O automonitoramento da empresa deve quantificar e qualificar os resíduos sólidos gerados por unidade de tempo. Asnormas a serem seguidas são da ABNT � NBR 10.007 (amostragem) e NBR 10.004 (classificação).
A CPRH poderá, eventualmente, proceder uma amostragem e caracterização dos resíduos para verificação dasinformações prestadas pela empresa.
2.5 POSTURA DE INVESTIGAÇÃO/ROTEIRO DE INSPEÇÃOA data da visita da fiscalização deve ser estabelecida aleatoriamente, dentro da freqüência determinada pela instituiçãoe sem aviso prévio à indústria inspecionada.
O profissional envolvido na fiscalização deve coletar todas as informações necessárias à checagem ambiental daempresa. Estas informações devem ser relatadas em formulários específicos de forma clara e objetiva. As evidênciaslevantadas devem ser comprovadas por amostras, fotos, cópias de documento etc.
2.5.1 PREPARAÇÃO DA VISTORIA
Sugere-se, antes da realização da visita de vistoria, a verificação dos seguintes pontos:
� Layout geral da empresa a ser fiscalizada com identificação das etapas do processo.
� Processo de licenciamento.
� Projeto de tratamento de todos os resíduos encaminhado ao órgão de proteção ambiental e especificação detalhadados seus pontos de lançamento final.
� Histórico ambiental da empresa (reclamações, autuações anteriores, renovação da licença de operação, etc.).
75
� Preparo do equipamento de amostragem (calibragem) e fotográfico.
� Agendamento com o laboratório analítico do órgão de proteção ambiental.
� Verificação dos relatórios de automonitoramento.
� Verificar pessoa(s) de contato da empresa.
2.5.2 PASSOS NA VISTORIA
1º PASSO: REUNIÃO COM RESPONSÁVEL DA INDÚSTRIA
O primeiro passo no processo de vistoria é um contato inicial do fiscal com o responsável da empresa perante o órgãode proteção ambiental.
Este contato inicial visa buscar informações sobre a produção, consumo de combustível, diversificação de produtos,mudanças operacionais e de processo que possam ter ocorrido desde a última vistoria.
Devem ser solicitados gráficos de variação da vazão do efluente líquido bruto e tratado bem como os últimos boletinsde controle da Estação de Tratamento. A geração e sistema de tratamento de resíduos sólidos devem ter boletinsatualizados e serem analisados. Os processos de geração de poluentes atmosféricos, como caldeiras de recuperação,fornos de cal e caldeiras de vapor, devem ter registrados seus parâmetros de controle mais importantes.
Todas as informações devem ser anotadas pelo fiscal.
2º PASSO: VISITA DE CAMPO
Consta de uma detalhada averiguação das condições dentro da unidade industrial. As informações prestadas no 1º
passo são agora verificadas nos diversos pontos da indústria, detendo-se mais naqueles considerados mais importan-tes.
Amostras devem ser coletadas na saída do sistema de tratamento de efluentes, dos drenados dos sistemas de desidra-tação de lodos e aterros sanitários.
Fotografar derrames de tanques de massa escura e massa branca, cor das emissões atmosféricas, estado geral dosprocessos de disposição de resíduos sólidos e anotar por escrito quando houver características em desacordo com asituação normal.
Nas fábricas de papel é importante verificar-se como está o sistema de recuperação de fibras.
Gases malcheirosos podem ser detectados, principalmente nas etapas de lavagem de massa escura no digestor, notanque de dissolução e na caldeira de recuperação.
Verificar sempre e com cuidado as canalizações de água pluvial ou qualquer outra tubulação não ligada ao sistema detratamento de efluentes, pois podem estar poluídos com ligações de despejos industriais. Em caso de dúvida, coletaruma amostra para análise.
3º PASSO: RELATÓRIO DE VISTORIA
Todas as informações levantadas e amostras coletadas devem ser apresentadas ao responsável da empresa, quedeverá assinar o Relatório de Vistoria juntamente com o fiscal.
2.5.3 ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE VISTORIA
O Relatório de Vistoria deve ser objetivo, factual e livre de considerações pessoais.
É importante que possua informações detalhadas da visita realizada, amostras coletadas e das observações feitas.
Devem incluir fotografias e declarações assinadas de pessoas envolvidas nos problemas levantados.
O principal objetivo do relatório de vistoria é conter informações factuais e relevantes, escritas de maneira clara eobjetiva, de maneira que possa ser usado como documento no caso de comprovação de uma infração.
Informações contidas no relatório conforme formulário correspondente no Manual de Fiscalização Ambiental:
POSTURA DE INVESTIGAÇÃO/ROTEIRO DE INSPEÇÃO
INTRODUÇÃO AO PROCESSO DE PRODUÇÃO, POLUIÇÃO AMBIENTAL E REGULAMENTAÇÕES EXISTENTES76
� Nome da empresa.
� Endereço.
� Contato com o órgão de meio ambiente.
� Data da fiscalização.
� Fiscal.
� Observações relevantes no processo produtivo.
� Observações no tratamento de efluentes líquidos, emissões gasosas e na disposição de resíduos sólidos.
� Verificação dos pontos de emissão de poluentes e indicação dos pontos coletados.
� Irregularidades observadas.
� Indicação das planilhas e boletins avaliados e indicação dos seus pontos principais.
� Assinatura do fiscal e do contato da empresa.
� Anexar boletins, laudos, planilhas, fotografias e documentos levantados.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS FABRICANTES DE PAPEL E CELULOSE � GT-08 / Proteção e Melhoria do MeioAmbiente. Poluição Ambiental: Legislação Nacional e Internacional. São Paulo, 1992.
CETESB. Nota Técnica sobre Fabricação de Celulose Kraft e Papel � NT 18. São Paulo. 1990.
FACELPA. Fábrica de papel e embalagens. Comunicação particular. Curitiba , maio, 1977.
FURTADO, Marcelo Rijo. ISO 14000: foi dada a largada na gestão ambiental: In: Química e Derivados. V.31, n. 343,p.04-10, out. 1996.
GALLOWAY, L. R. Overview of clean technologies on bleachd kraft pulp manufacture.. In: Tec Bahia. v. 11, n.º 3,1996.
INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ. Comunicação particulat, maio, 1996.
JAAKO PÖYRY ENGENHARIA. Apostila do curso de efluentes líquidos nas indústrias de celulose e papel.Curitiba: SUREHMA, 1992.
��. Emissions standards for pulp and paper mills. Helsinke, 1998.
PISA. Papel de Imprensa. Comunicação particular, Jaguariaíva, Paraná. ,1996.
SOMESHWAR, A. V. Impact of burning oil as fuel in kraft recovery furnaces apon SO2 emissions. In NCASI TecnicalBulletim, n.º 578, Dez, 1989.
SPRINGER, Allan S. Industrial environmental control pulp and paper industry. USA: TAPPI Press, 1981.
SUREHMA. Processo de produção de celulose e papel. Curitiba, junho 1991.
UNEP. Industry & Environment Information Series. Pollution abatement and control technology PACT, Publicationfor the pulp and paper industry, Moscow, 1981.
Webb. Leslie . Environmental protection through sound water management in the pulp and paper industry.USA: Pira International, 1992.
ANEXOS
ANEXO 1
Informações Atuais sobreFábricas Brasileiras
INFORMAÇÕES ATUAIS SOBRE FÁBRICAS BRASILEIRAS
1. Fonte: Saneamento Ambiental, Abril/Maio de 1995 � Francisco Alves.
A Cia. Suzano de Papel e Celulose obteve 0,005 Kg de AOX/ADt, graças às mudanças no processo de branqueamento,quando o padrão mais rigoroso do mundo, entrando em vigor em 1995, em Quebec � Canadá, é de 0,1 Kg AOX/ADt.
Para outros poluentes, alcançou:
DBO = 7,8 mg/l - 0,53 Kg/tcsa
DQO = 91 mg/l - 6,3 Kg/tcsa
SS = 12 mg/l - 0,81 Kg/tcsa
Foram tomadas medidas de reaproveitamento de águas e mudanças no sistema de branqueamento, com tratamentodos efluentes por lagoa aerada.
2. Uma unidade de TMP, instalada no Paraná, de 500 t/dia de papel imprensa tem os seguintes lançamentos, apóstratamento com lodos ativados em 2 estágios (Ref. 7):
DBO5 = 12 mg/l - 0,24 Kg/tcsa
DQO = 106 mg/l - 2,1 Kg/tcsa
SS = 8 mg/l - 0,16 Kg/tcsa
ANEXO 2
Experiência no Brasil � Controle dePoluição Atmosférica
EXPERIÊNCIA NO BRASIL � CONTROLE DE POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA
Foi feita uma avaliação no segundo semestre de 1991, abrangendo cerca de 44,5% de celulose química produzida noperíodo (8 indústrias) e 17,9% de novos projetos que iniciaram sua operação em 1992. Essa avaliação apresentou osseguintes resultados (Ref. 3):
- Caldeiras de recuperação: 80% possuem precipitadores eletrostáticos com eficiência de remoção de particuladosde 90 a 99,5%, enquanto as demais usam lavadores tipo Venturi com eficiência de 80%. Quanto a TRS, 40% usamcaldeiras do tipo Odorless e outras 26,7% usam sistemas de oxidação de licor negro. As emissões finais informadasapresentam os seguintes percentuais absolutos de ocorrência:
Material Particulado:
TRS:
- Tanque de dissolução de fundidos: 80% apresentam controle de particulados, dos quais 83,33% se constituemem lavadores e o restante em eliminadores de gotas. Os lavadores tiveram eficiência variando de 90 a 95%. Das 15empresas contactadas, 10 informaram suas emissões de TRS em ppm. Os resultado gerais foram:
- Fornos de cal: das 11 unidades avaliadas, 18,18% operam precipitadores eletrostáticos para controle de particuladoscom eficiências de 99 a 99,86%, enquanto as 81,82% restantes operam lavadores com eficiência de 88,1 a 98,0%.
Percentual de empresas Fator de Emissão, Kg/tcsa
50%
28,57%
21,43%
0,37-0,89
1,57-9,61
10,39-47,86
Percentual de empresas ppm
57,14%
21,43%
21,43%
0,55-5
10-17
> 17
Percentual deempresas
40%
40%
20%
TRS, em ppmr
0,16-10,7
17,3-28
> 35
Fator de emissão departiculados, Kg/t
csa
0,05-0,10
0,12-0,26
1,28-1,6
Percentual deempresas
40%
30%
20%
Os resultados gerais foram os seguintes:
- Outras fontes de TRS: dos 9 empreendimentos apontados, 3 promovem incineração dos compostos TRS prove-nientes do cozimento, evaporação e stripping dos condensados em fornos de cal. Dois outros empreendimentospromovem a queima em incineradores específicos.
Percentual deempresas
50,56%
22,22%
22,22%
TRS, em ppmr
1-8,0
20,0-90,5
> 90,5
Fator de emissão departiculados, Kg/t
csa
0,06-0,51
1,00-1,56
1,82-2,89
Percentual deempresas
50%
40%
10%
ANEXO 1
Informações Atuais sobre FábricasBrasileiras
ANEXO 3
Resolução CONAMA nº 20, de 1986
RES
OLU
ÇÃ
O C
ON
AM
A N
º 20
, de
18 d
e ju
nho
de 1
986
Publ
icad
o no
D.O
.U. d
e 30
/7 /8
6.
O C
ON
SELH
O N
AC
ION
AL
DO
MEI
O A
MBI
ENT
E - C
ON
AM
A, n
o us
o da
sat
ribui
ções
que
lhe
conf
ere
o ar
t. 7º
, inc
iso lX
, do
Dec
reto
88.
351,
de
1º d
eju
nho
de 1
983,
e o
que
est
abel
ece
a RES
OLU
ÇÃ
O C
ON
AM
A N
º 003
, de
5 de
junh
o de
198
4;
Con
sider
ando
ser a
cla
ssifi
caçã
o da
s águ
as d
oces
, sal
obra
s e sa
linas
ess
enci
alà
defe
sa d
e se
us n
ívei
s de
qual
idad
e, a
valia
dos p
or p
arâm
etro
s e in
dica
dore
ses
pecí
ficos
, de
mod
o a
asse
gura
r seu
s uso
s pre
pond
eran
tes;
Con
sider
ando
que
os c
usto
s do
cont
role
de
polu
ição
pod
em se
r mel
hor a
de-
quad
os q
uand
o os
nív
eis d
e qu
alid
ade
exig
idos
, par
a um
det
erm
inad
o co
rpo
d�ág
ua o
u se
us d
ifere
ntes
trec
hos,
est
ão d
e ac
ordo
com
os u
sos q
ue se
pre
ten-
de d
ar a
os m
esm
os;
Con
sider
ando
que
o e
nqua
dram
ento
dos
cor
pos d
�águ
a de
ve e
star
bas
eado
não
nece
ssar
iam
ente
no
seu
esta
do a
tual
, mas
nos
nív
eis
de q
ualid
ade
que
deve
riam
pos
suir
para
ate
nder
às n
eces
sidad
es d
a co
mun
idad
e;
Con
sider
ando
que
a s
aúde
e o
bem
-est
ar h
uman
o, b
em c
omo
o eq
uilíb
rioec
ológ
ico
aquá
tico,
não
dev
em se
r afe
tado
s com
o co
nseq
üênc
ia d
a de
terio
-ra
ção
da q
ualid
ade
das
água
s;
Con
sider
ando
a n
eces
sidad
e de
se c
riar i
nstr
umen
tos p
ara
aval
iar a
evo
luçã
oda
qua
lidad
e da
s águ
as, e
m re
laçã
o ao
s nív
eis e
stab
elec
idos
no
enqu
adra
men
to,
de fo
rma a
faci
litar
a fix
ação
e co
ntro
le d
e m
etas
visa
ndo
atin
gir g
rada
tivam
ente
os o
bjet
ivos
per
man
ente
s;
Con
sider
ando
a n
eces
sidad
e de
ref
orm
ular
a c
lass
ifica
ção
exist
ente
, par
am
elho
r di
strib
uir
os u
sos,
con
tem
plar
as
água
s sa
linas
e s
alob
ras
e m
elho
res
peci
ficar
os
parâ
met
ros e
limite
s ass
ocia
dos a
os n
ívei
s de
qual
idad
e re
quer
idos
, sem
pre
-ju
ízo
de p
oste
rior a
perf
eiço
amen
to ;
RESO
LVE
esta
bele
cer
a se
guin
te c
lass
ifica
ção
das
água
s, d
oces
, sal
obra
s e
salin
as d
o Te
rritó
rio N
acio
nal:
Art
. 1º -
São
cla
ssifi
cada
s, se
gund
o se
us u
sos p
repo
nder
ante
s, e
m n
ove
clas
-se
s, a
s águ
as d
oces
, sal
obra
s e sa
linas
do
Terr
itório
Nac
iona
l :
ÁG
UA
S D
OC
ES
1 - C
lass
e Es
peci
al -
água
s des
tinad
as:
a) a
o ab
aste
cim
ento
dom
éstic
o se
m p
révi
a ou
com
sim
ples
des
infe
cção
;
b) à
pre
serv
ação
do
equi
líbrio
nat
ural
das
com
unid
ades
aqu
átic
as.
ll - C
lass
e 1
- águ
as d
estin
adas
:
a) a
o ab
aste
cim
ento
dom
éstic
o ap
ós tr
atam
ento
sim
plifi
cado
;
b) à
pro
teçã
o da
s com
unid
ades
aqu
átic
as;
c) à
recr
eaçã
o de
con
tato
prim
ário
(nat
ação
, esq
ui a
quát
ico
e m
ergu
lho)
;
d) à
irrig
ação
de
hort
aliç
as q
ue s
ão c
onsu
mid
as c
ruas
e d
e fr
utas
que
se
dese
nvol
vam
ren
tes
ao s
olo
e qu
e se
jam
inge
ridas
cru
as s
em r
emoç
ão d
epe
lícul
a;
e) à
cria
ção
natu
ral e
/ou
inte
nsiv
a (a
quic
ultu
ra) d
e es
péci
es d
estin
adas
à a
li-m
enta
ção
hum
ana.
lll -
Cla
sse
2 - á
guas
des
tinad
as:
a) a
o ab
aste
cim
ento
dom
éstic
o, a
pós t
rata
men
to c
onve
ncio
nal;
b) à
pro
teçã
o da
s com
unid
ades
aqu
átic
as;
c) à
recr
eaçã
o de
con
tato
prim
ário
(esq
ui a
quát
ico,
nat
ação
e m
ergu
lho)
;
d) à
irrig
ação
de
hort
aliç
as e
pla
ntas
frut
ífera
s;
e) à
cria
ção
natu
ral e
/ou
inte
nsiv
a (a
quic
ultu
ra) d
e es
péci
es d
estin
adas
à a
li-m
enta
ção
hum
ana.
lV -
Cla
sse
3 - á
guas
des
tinad
as:
a) a
o ab
aste
cim
ento
dom
éstic
o, a
pós t
rata
men
to c
onve
ncio
nal;
b) à
irrig
ação
de
cultu
ras a
rbór
eas,
cer
ealíf
eras
e fo
rrag
eira
s;
c) à
des
sede
ntaç
ão d
e an
imai
s.
V - C
lass
e 4
- águ
as d
estin
adas
:
a) à
nav
egaç
ão;
b) à
har
mon
ia p
aisa
gíst
ica;
c) a
os u
sos m
enos
exi
gent
es.
ÁG
UA
S SA
LIN
AS
VI -
Cla
sse
5 - á
guas
des
tinad
as:
a) à
recr
eaçã
o de
con
tato
prim
ário
;
b) à
pro
teçã
o da
s com
unid
ades
aqu
átic
as;
c) à
cria
ção
natu
ral e
/ou
inte
nsiv
a (a
quic
ultu
ra) d
e es
péci
es d
estin
adas
à a
li-m
enta
ção
hum
ana.
VII -
Cla
sse
6 - á
guas
des
tinad
as:
a) à
nav
egaç
ão c
omer
cial
;
b) à
har
mon
ia p
aisa
gíst
ica;
c) à
recr
eaçã
o de
con
tato
secu
ndár
io.
ÁG
UA
S SA
LOBR
AS
VIII
- Cla
sse
7 - á
guas
des
tinad
as:
a) à
recr
eaçã
o de
con
tato
prim
ário
;
b) à
pro
teçã
o da
s com
unid
ades
aqu
átic
as;
c) à
cria
ção
natu
ral e
/ou
inte
nsiv
a (a
quic
ultu
ra) d
e es
péci
es d
estin
adas
à a
li-m
enta
ção
hum
ana.
IX -
Cla
sse
8 - á
guas
des
tinad
as:
a) à
nav
egaç
ão c
omer
cial
;
b) à
har
mon
ia p
aisa
gíst
ica;
c) à
recr
eaçã
o de
con
tato
secu
ndár
io
Art
. 2º -
Par
a ef
eito
des
ta re
solu
ção
são
adot
adas
as s
egui
ntes
def
iniç
ões:
a) C
LASS
IFIC
AÇ
ÃO
: qua
lific
ação
das
águ
as d
oces
, sal
obra
s e
salin
as c
om
base
nos
uso
s pre
pond
eran
tes (
siste
ma
de c
lass
es d
e qu
alid
ade)
;
b) E
NQ
UA
DRA
MEN
TO
: est
abel
ecim
ento
do
níve
l de
qual
idad
e (c
lass
e) a
ser
alca
nçad
o e/
ou m
antid
o em
um
segm
ento
de
corp
o d�
água
ao
long
o do
tem
-po
;
c) C
ON
DIÇ
ÃO
: qua
lific
ação
do
níve
l de
qual
idad
e ap
rese
ntad
o po
r um
seg-
men
to d
e co
rpo
d�ág
ua, n
um d
eter
min
ado
mom
ento
, em
term
os d
os u
sos
poss
ívei
s com
segu
ranç
a ad
equa
da;
d) E
FET
IVA
ÇÃ
O D
O E
NQ
UA
DRA
MEN
TO
: con
junt
o de
med
idas
nec
essá
ri-as
par
a co
loca
r e/o
u m
ante
r a c
ondi
ção
de u
m se
gmen
to d
e co
rpo
d�ág
ua e
mco
rres
pond
ênci
a co
m a
sua
clas
se;
e) Á
GU
AS
DO
CES
: águ
as c
om sa
linid
ade
igua
l ou
infe
rior a
0,5
0 %
o;
f) Á
GU
AS
SALO
BRA
S: á
guas
com
salin
idad
e ig
ual o
u in
ferio
r a 0
,5 %
o. e
30
%o;
g) Á
GU
AS
SALI
NA
S: á
guas
com
salin
idad
e ig
ual o
u su
perio
r a 3
0 %
o.
Art
. 3º
- Par
a as
águ
as d
e C
lass
e Es
peci
al, s
ão e
stab
elec
idos
os
limite
s e/
ouco
ndiç
ões s
egui
ntes
:
CO
LIFO
RMES
: pa
ra o
uso
de
abas
teci
men
to s
em p
révi
a de
sinfe
cção
os
colif
orm
es to
tais
deve
rão
esta
r aus
ente
s em
qua
lque
r am
ostr
a.
Art
. 4º -
Par
a as
águ
as d
e cl
asse
1, s
ão e
stab
elec
idos
os l
imite
s e/o
u co
ndiç
ões
segu
inte
s:
a) m
ater
iais
flutu
ante
s, in
clus
ive
espu
mas
não
nat
urai
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
b) ó
leos
e g
raxa
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
c) su
bstâ
ncia
s que
com
uniq
uem
gos
to o
u od
or: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
d) c
oran
tes a
rtifi
ciai
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
e) su
bstâ
ncia
s que
form
em d
epós
itos o
bjet
ávei
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
f) co
lifor
rnes
: par
a o
uso
de re
crea
ção
de c
onta
to p
rimár
io d
ever
á se
r obe
de-
cido
o A
rt. 2
6 de
sta
Reso
luçã
o. A
s águ
as u
tiliz
adas
par
a a
irrig
ação
de
hort
a-liç
as o
u pl
anta
s fr
utífe
ras
que
se d
esen
volv
am r
ente
s ao
sol
o e
que
são
cons
umid
as c
ruas
, sem
rem
oção
de
casc
a ou
pel
ícul
a, n
ão d
evem
ser p
oluí
das
por e
xcre
men
tos h
uman
os, r
essa
ltand
o-se
a n
eces
sidad
e de
insp
eçõe
s san
itá
rias
perió
dica
s. P
ara
os d
emai
s us
os, n
ão d
ever
á se
r ex
cedi
do u
m li
mite
de
200
colif
orm
es fe
cais
por
100
mili
tros
em
80%
ou
mai
s de
pel
o m
enos
5am
ostr
as m
ensa
is co
lhid
as e
m q
ualq
uer m
ês; n
o ca
so d
e nã
o ha
ver n
a re
gião
mei
os d
ispon
ívei
s par
a o
exam
e de
col
iform
es fe
cais,
o ín
dice
lim
ite se
rá d
e1.
000
colif
orm
es to
tais
por
100
mili
tros
em
80%
ou
mai
s de
pel
o m
enos
5am
ostr
as m
ensa
is co
lhid
as e
m q
ualq
uer m
ês;
g) D
BO5 d
ias a
20°
C a
té 3
mg/
l O2;
h) O
D, e
m q
ualq
uer a
mos
tra,
não
infe
rior a
6 m
g/l O
2;
i) Tu
rbid
ez a
té 4
0 un
idad
es n
efel
omét
rica
de tu
rbid
ez (U
NT
);
j) co
r: n
ível
de
cor n
atur
al d
o co
rpo
de á
gua
em m
g Pt
/l;
l) pH
: 6,0
a 9
,0;
m) s
ubst
ânci
as p
oten
cial
men
te p
reju
dici
ais (
teor
es m
áxim
os) :
Alu
mín
io:
0,1
mg/
l Al
Am
ônia
não
ioni
záve
l:0,
02 m
g/l N
H3.
Ars
ênio
:0,
05 m
g/l A
sBá
rio:
1,0
mg/
l Ba.
Beríl
io:
0,1
mg/
l Be
Boro
:0,
75 m
g/l B
Benz
eno
:0,
01 m
g/l
Benz
o-a-
pire
no:
0,00
001
mg/
l
Cád
mio
:0,
001
mg/
l Cd
Cia
neto
s:0,
01 m
g/l C
NC
hum
bo:
0,03
mg/
l Pb
Clo
reto
s:25
0 m
g/l C
I
Clo
ro R
esid
ual:
0,01
mg/
lCl
Cob
alto
:0,
2 m
g/l C
o
Cob
re:
0,02
mg/
l Cu
Cro
mo
Triv
alen
te:
0,5
mg/
l Cr
Cro
mo
Hex
aval
ente
:0,
05 m
g/l C
r1,
1 di
clor
oete
no :
0,00
03 m
g/l
1,2
dicl
oroe
tano
:0,
01 m
g/l
Esta
nho:
2,0
mg/
l Sn
Índi
ce d
e Fe
nóis:
0,00
1 m
g/l C
6H5 O
H
Ferr
o so
lúve
l:0,
3 m
g/l F
eFl
uore
tos:
1,4
mg/
l F
Fosf
ato
tota
l:0,
025
mg/
l P
Lítio
:2,
5 m
g/l L
iM
anga
nês:
0,1
mg/
l Mn
Mer
cúrio
:0,
0002
mg/
l Hg
Níq
uel:
0,02
5 m
g/l N
iN
itrat
o10
mg/
lN
Nitr
ito:
1,0
mg/
l N
Prat
a:0,
01m
g/lA
g
Pent
aclo
rofe
nol:
0,01
mg/
lSe
lêni
o:0,
01m
g/lS
e
Sólid
os d
issol
vido
s to
tais:
500
mg/
l
Subs
tânc
ias t
enso
-ativ
as q
ue re
agem
com
o a
zul d
e m
etile
no:
0,5
mg/
l LA
S
Sulfa
tos:
250
mg/
l SO
4
Sulfe
tos (
com
o H
2S nã
o di
ssoc
iado
):0,
002
mg/
l S
Tetr
aclo
roet
eno:
0,01
mg/
lTr
iclo
roet
eno:
0,03
mg/
l
Tetr
aclo
reto
de
carb
ono:
0,00
3 m
g/l
2, 4
, 6 tr
iclo
rofe
nol:
0,01
mg/
lU
râni
o to
tal:
0,02
mg/
l U
Vaná
dio:
0,1
mg/
l V
Zin
co:
0,18
mg/
lZn
Ald
rin:
0,01
µg/
l
Clo
rdan
o:0,
04 µ
g/l
DD
T:0,
002
µg/l
de p
elo
men
os 5
am
ostr
as m
ensa
is co
lhid
as e
m q
ualq
uer m
ês;
c) C
or: a
té 7
5 m
g Pt
/l;
d) T
urbi
dez:
até
100
UN
T;
e) D
BO5 d
ias a
20°
C a
té 5
mg/
l O2;
f) O
D, e
m q
ualq
uer a
mos
tra,
não
infe
rior a
5 m
g/l O
2.
Art
. 6º
- Par
a as
águ
as d
e C
lass
e 3
são
esta
bele
cido
s os l
imite
s ou
cond
içõe
sse
guin
tes:
a) m
ater
iais
flutu
ante
s, in
clus
ive
espu
mas
não
nat
urai
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
b) ó
leos
e g
raxa
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
c) su
bstâ
ncia
s que
com
uniq
uem
gos
to o
u od
or: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
d) n
ão se
rá p
erm
itida
a p
rese
nça
de c
oran
tes a
rtifi
ciai
s que
não
seja
m re
mo-
víve
is po
r pro
cess
o de
coa
gula
ção,
sedi
men
taçã
o e
filtr
ação
con
venc
iona
is;
e) su
bstâ
ncia
s que
form
em d
epós
itos o
bjet
ávei
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
f) nú
mer
o de
col
iform
es fe
cais
até
4.00
0 po
r 100
mili
litro
s em
80%
ou
mai
sde
pel
o m
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qua
lque
r mês
; no
caso
de
não
have
r, na
regi
ão, m
eios
disp
onív
eis p
ara
o ex
ame
de c
olifo
rmes
feca
is, o
índi
celim
ite se
rá d
e at
é 20
.000
col
iform
es to
tais
por 1
00 m
ililit
ros e
m 8
0% o
u m
ais
de p
elo
men
os 5
am
ostr
as m
ensa
is co
lhid
as e
m q
ualq
uer m
ês;
g) D
BO5 d
ias a
20°
C a
té 1
0 m
g/lO
2;
h) O
D, e
m q
ualq
uer a
mos
tra,
não
infe
rior a
4 m
g/I O
2;
i) Tu
rbid
ez: a
té 1
00 U
NT;
j) C
or: a
té 7
5 m
g Pt
/l;
l) pH
: 6,0
a 9
,0;
m) S
ubst
ânci
as p
oten
cial
men
te p
reju
dici
ais (
teor
es m
áxim
os) :
Alu
mín
io :
0,1
mg/
l Al
Ars
ênio
:0,
005
mg/
l As
Bário
:1,
0 m
g/l B
aBe
rílio
:0,
1 m
g/l B
eBo
ro:
0,75
mg/
l B
Die
ldrin
:0,
005
µg/l
Endr
in:
0,00
4 µg
/l
Endo
ssul
fan:
0,05
6 µg
/lEp
óxid
o de
Hep
tacl
oro:
0,01
µg/
l
Hep
tacl
oro:
0,01
µg/
l
Lind
ano
(gam
a.BH
C):
0,02
µg/
lM
etox
iclo
ro:
0,03
µg/
l
Dod
ecac
loro
+ N
onac
loro
:0,
001
µg/l
Bife
nila
s Pol
iclo
rada
s (PC
B�S)
:0,
001
µg/l
Toxa
feno
:0,
01 µ
g/l
Dem
eton
:0,
1 µg
/l
Gut
ion:
0,00
5 µg
/l
Mal
atio
n:0,
1 µg
/lPa
ratio
n:0,
04 µ
g/l
Car
baril
:0,
02 µ
g/l
Com
post
os o
rgan
ofos
fora
dos e
car
bam
atos
tota
is:10
,0 µ
g/l e
m P
arat
ion
2,4
- D:
4,0
µg/l
2,4,
5 - T
P:10
,0 µ
g/l
2,4,
5 - T
:2,
0 µg
/l
Art
. 5º
- Par
a as
águ
as d
e C
lass
e 2,
são
est
abel
ecid
os o
s m
esm
os li
mite
s ou
cond
içõe
s da
Cla
sse
1, à
exc
eção
dos
segu
inte
s:
a) n
ão se
rá p
erm
itida
a p
rese
nça
de c
oran
tes a
rtifi
ciai
s que
não
seja
m re
mov
í-ve
is po
r pro
cess
o de
coa
gula
ção,
sedi
men
taçã
o e
filtr
ação
con
venc
iona
is;
b) C
olifo
rmes
: par
a us
o de
recr
eaçã
o de
con
tato
prim
ário
dev
erá
ser o
bede
-ci
do o
Art
. 26
dest
a Re
solu
ção.
Par
a os
dem
ais u
sos,
não
dev
erá
ser e
xced
ido
um li
mite
de
1.00
0 co
lifor
mes
feca
is po
r 10
0 m
ililit
ros
em 8
0% o
u m
ais
depe
lo m
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qua
lque
r m
ês; n
o ca
so d
e nã
oha
ver,
na re
gião
, mei
os d
ispon
ívei
s par
a o
exam
e de
col
iform
es fe
cais,
o ín
dice
limite
será
de
até
5.00
0 co
lifor
mes
tota
is po
r 100
mili
litro
s em
80%
ou
mai
s
Benz
eno:
0,00
1 m
g/l
Benz
o-a-
pire
no:
0,00
001
mg/
lC
ádm
io:
0,01
mg/
lCd
Cia
neto
s:0,
2 m
g/lC
NC
hum
bo:
0,05
mg/
l Pb
Clo
reto
s:25
0 m
g/lC
lC
obal
to:
0,2
mg/
lCo
Cob
re:
0,5
mg/
lCu
Cro
mo
Triv
alen
te:
0,5
mg/
lCr
Cro
mo
Hex
aval
ente
:0,
05 m
g/lC
r1,
1 di
clor
oete
no:
0,00
03 m
g/l
1.2
dicl
oroe
tano
:0,
01 m
g/l
Esta
nho:
2,0
mg/
lSn
Índi
ce d
e Fe
nóis:
0,3
mg/
l C6H
5OH
Ferr
o so
lúve
l:5,
0 m
g/lF
eFl
uore
tos:
1,4
mg/
l FFo
sfat
o to
tal:
0.02
5 m
g/lP
Lítio
:2,
5 m
g/l L
iM
anga
nês:
0,5
mg/
l Mn
Mer
cúrio
:0,
002
mg/
l Hg
Níq
uel:
0,02
5 m
g/l N
iN
itrat
o:10
mg/
l NN
itrito
:1,
0 m
g/l N
Nitr
ogên
io a
mon
iaca
l:1,
0 m
g/l N
Prat
a:0,
05 m
g/l A
gPe
ntac
loro
feno
l:0,
01 m
g/l
Selê
nio:
0,01
mg/
lSe
Sólid
os d
issol
vido
s to
tais:
500
mg/
lSu
bstâ
ncia
s ten
so-a
tivas
que
reag
emco
m o
azu
l de
met
ileno
:0,
5 m
g/l L
AS
Sulfa
tos:
250
mg/
lSO
4
Sulfa
tos (
com
o H
2S n
ão d
issoc
iado
):0,
3 m
g/l S
Tetr
aclo
roet
eno:
0,01
mg/
lTr
iclo
roet
eno:
0,03
mg/
lTe
trac
lore
to d
e C
arbo
no:
0,00
3 m
g/l
2, 4
, 6 tr
iclo
rofe
nol:
0,01
mg/
lU
râni
o to
tal:
0,02
mg/
l UVa
nádi
o:0,
1 m
g/l V
Zin
co:
5,0
mg/
l Zn
Ald
rin:
0,03
µg/
lC
lord
ano:
0,3
µg/l
DD
T:1,
0 µg
/lD
ield
rin:
0,03
µg/
lEn
drin
:0,
2 µg
/lEn
doss
ulfa
n:15
0 µg
/lEp
óxid
o de
Hep
tacl
oro:
0,1
µg/l
Hep
tacl
oro:
0,1
µg/l
Lind
ano
(gam
a-BH
C):
3,0
µg/l
Met
oxic
loro
:30
,0 µ
g/l
Dod
ecac
loro
+ N
onac
loro
:0,
001
µg/l
Bife
nila
s Pol
iclo
rada
s (PC
B�S)
:0,
001
µg/l
Toxa
feno
:5,
0 µg
/lD
emet
on:
14,0
µg/
lG
utio
n:0,
005
µg/l
Mal
atio
n:10
0,0
µg/l
Para
tion:
35,0
µg/
lC
arba
ril:
70,0
µg/
lC
ompo
stos
org
anof
osfo
rado
s eca
rbam
atos
tota
is em
Par
atio
n:10
0,0
µg/l
2,4
- D:
20,0
µg/
l2,
4,5
- TP:
10,0
µg/
l2,
4,5
- T:
2,0
µg/l
Art
. 7º -
Par
a as
águ
as d
e C
lass
e 4,
são
esta
bele
cido
s os l
imite
s ou
cond
içõe
sse
guin
tes:
a) m
ater
iais
flutu
ante
s, in
clus
ive
espu
mas
não
nat
urai
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
b) o
dor e
asp
ecto
: não
obj
etáv
eis;
c) ó
leos
e g
raxa
s: to
lera
m-s
e iri
dicê
ncia
s;
d) su
bstâ
ncia
s fac
ilmen
te se
dim
entá
veis
que
cont
ribua
m p
ara
o as
sore
amen
tode
can
ais d
e na
vega
ção:
virt
ualm
ente
aus
ente
s;
e) ín
dice
de
fenó
is at
é 1,
0 m
g/l C
6H5O
H ;
f) O
D su
perio
r a 2
,0 m
g/l O
2, e
m q
ualq
uer a
mos
tra;
g) p
H: 6
,0 a
9,0
.
ÁG
UA
S SA
LIN
AS
Art
. 8º -
Par
a as
águ
as d
e C
lass
e 5,
são
esta
bele
cido
s os l
imite
s ou
cond
içõe
sse
guin
tes:
a) m
ater
iais
flutu
ante
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
b) ó
leos
e g
raxa
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
c) su
bstâ
ncia
s que
pro
duze
m o
dor e
turb
idez
: virt
ualm
ente
aus
ente
s;
d) c
oran
tes a
rtifi
ciai
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
e) su
bstâ
ncia
s que
form
em d
epós
itos o
bjet
ávei
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
f) co
lifor
mes
: par
a o
uso
de re
crea
ção
de c
onta
to p
rimár
io d
ever
á se
r obe
de-
cido
o A
rt. 2
6 de
sta
Reso
luçã
o. P
ara
o us
o de
cria
ção
natu
ral e
/ou
inte
nsiv
a de
espé
cies
des
tinad
as à
alim
enta
ção
hum
ana
e qu
e se
rão
inge
ridas
cru
as, n
ãode
verá
ser
exc
edid
a um
a co
ncen
traç
ão m
édia
de
14 c
olifo
rmes
feca
is po
r10
0 m
ililit
ros,
com
não
mai
s de
10%
das
am
ostr
as e
xced
endo
43
colif
orm
esfe
cais
por
100
mili
litro
s. P
ara
os d
emai
s us
os n
ão d
ever
á se
r ex
cedi
do u
mlim
ite d
e 1.
000
colif
orm
es fe
cais
por 1
00 m
ililit
ros e
m 8
0% o
u m
ais d
e pe
lom
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qua
lque
r mês
; no
caso
de
não
have
r,na
regi
ão, m
eios
disp
onív
eis p
ara
o ex
ame
de c
olifo
rmes
tota
is po
r 100
mili
-lit
ros e
m 8
0% o
u m
ais d
e pe
lo m
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qua
l-qu
er m
ês;
g) D
BO5 d
ias a
20°
C a
té 5
mg/
l O2;
h) O
D, e
m q
ualq
uer a
mos
tra,
não
infe
rior a
6 m
g/l O
2;
i) pH
: 6,5
a 8
,5, n
ão d
even
do h
aver
um
a m
udan
ça d
o pH
nat
ural
mai
or d
o qu
e0,
2 un
idad
e;
j) su
bstâ
ncia
s pot
enci
alm
ente
pre
judi
ciai
s (te
ores
máx
imos
) :
Alu
mín
io:
1,5
mg/
l AI
Am
ônia
não
ioni
záve
l:0,
4 m
g/l N
H3.
Ars
ênio
:0,
05 m
g/l A
s
Bário
:1,
0 m
g/i B
a
Beríl
io:
1,5
mg/
l Be
Boro
:5,
0 rr
ig/l
B
Cád
mio
:0,
005
mg/
l Cd
Chu
mbo
:0,
01 m
g/l P
bC
iane
tos:
0,00
5 m
g/l C
N
Clo
ro re
sidua
l:0,
01 m
g/l C
l
Cob
re :
0,05
mg/
l Cu
Cro
mo
hexa
vale
nte:
0,05
mg/
l Cr
Esta
nho:
2,0
mg/
l Sn
Índi
ce d
e fe
nóis:
0,00
1 m
g/l C
6H5 O
H
Ferr
o:0,
3 m
g/l F
eFl
uore
tos:
1,4
mg/
l F
Man
ganê
s:0,
1 m
g/l M
n
Mer
cúrio
:0,
0001
mg/
l Hg
Níq
uel:
0,1
mg/
l Ni
Nitr
ato
:10
,0 m
g/lN
Nitr
ito :
1,0
mg/
N
Prat
a:0,
005
m/l
Ag
Selê
nio:
0,01
mg/
l Se
Subs
tânc
ias t
enso
ativ
as q
ue re
agem
com
o az
ul d
e m
etile
no:
0,5
mg/
l - L
AS
Sulfe
tos c
om H
2S:0,
002
mg/
l S
Tál
io :
0, 1
mg/
l Tl
Urâ
nio
Tota
l:0,
5 m
g/l U
Zin
co:
0,17
mg/
l Zn
Ald
rin:
0,00
3 - µ
g/l
Clo
rdan
o:0,
004
µg/l
DD
T:0,
001
µg/l
Dem
eton
:0,
1 µg
/lD
ield
rin:
0,00
3 µg
/l
Endo
ssul
fan:
0,03
4 µg
/l
Endr
in:
0,00
4 µg
/lEp
óxid
o de
Hep
tacl
oro:
0,00
1 µg
/l
Hep
tacl
oro:
0,00
1 µg
/l
Met
oxic
loro
:0,
03 µ
g/l
Lind
ano
(gam
a - B
HC
):0,
004
µg/l
Dod
ecac
loro
+ N
onad
oro:
0,00
1 µg
/l
Gut
ion:
0,01
µg/
l
Mal
atio
n:0,
1 µg
/lTo
xafe
no:
0,00
5 µg
/l
Com
post
os o
rgan
ofos
fora
dos e
car
bam
atos
tota
is:
10,0
µg/
l em
Par
atio
n2,
4 .-
D:
10,0
µg/
l
2, 4
, 5 -
TP:
10,0
µg/
l
2, 4
, 5 -
T:10
,0 µ
g/l
Art
. 9º -
Par
a as
águ
as d
e C
lass
e 6,
são
esta
bele
cido
s os l
imite
s ou
cond
içõe
sse
guin
tes:
a) m
ater
iais
flutu
ante
s; v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
b) ó
leos
e g
raxa
s: to
lera
m-s
e iri
dicê
ncia
s;
c) su
bstâ
ncia
s que
pro
duze
m o
dor e
turb
idez
: virt
ualm
ente
aus
ente
s;
d) c
oran
tes a
rtifi
ciai
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
e) su
bstâ
ncia
s que
form
em d
epós
itos o
bjet
ávei
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
f) co
lifor
mes
: não
dev
erá
ser e
xced
ido
um li
mite
de
4.00
0 co
lifor
mes
feca
ispo
r 100
ml e
m 8
0% o
u m
ais d
e pe
lo m
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qual
quer
mês
; no
caso
de
não
have
r na
regi
ão m
eio
disp
onív
el p
ara
o ex
ame
de c
olifo
rmes
feca
is, o
índi
ce li
mite
será
de
20.0
00 c
olifo
rmes
tota
is po
r 100
mili
litro
s em
80%
ou
mai
s de
pel
o m
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qual
quer
mês
;
g) D
BO5 d
ias
a 20
°C a
té 1
0 m
g/l O
2
h) O
D, e
m q
ualq
uer a
mos
tra,
não
infe
rior a
4 m
g/l O
2 ;
i) pH
: 6,5
a 8
,5, n
ão d
even
do h
aver
um
a m
udan
ça d
o pH
nat
ural
mai
or d
o qu
e0,
2 un
idad
es.
ÁG
UA
S SA
LOBR
AS
Art
. 10
- Par
a as
águ
as d
e C
lass
e 7,
são
esta
bele
cido
s os l
imite
s ou
cond
içõe
sse
guin
tes:
a) D
BO5 d
ias a
20°
C a
té 5
mg/
l O2;
b) O
D, e
m q
ualq
uer a
mos
tra,
não
infe
rior a
5 m
g/l O
2 ;
c) p
H: 6
,5 a
8,5
;
d) ó
leos
e g
raxa
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
e) m
ater
iais
flutu
ante
s: v
irtua
lmen
te au
sent
es;
f) su
bstâ
ncia
s que
pro
duze
m c
or, o
dor e
turb
idez
: virt
ualm
ente
aus
ente
s;
g) su
bstâ
ncia
s que
form
em d
epós
itos o
bjet
ávei
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
h) c
olifo
rmes
; par
a us
o de
recr
eaçã
o de
con
tato
prim
ário
dev
erá
ser o
bede
-ci
do o
Art
. 26
dest
a Re
solu
ção.
Par
a o
uso
de c
riaçã
o na
tura
l e/o
u in
tens
iva
dees
péci
es d
estin
adas
à a
limen
taçã
o hu
man
a e
que
serã
o in
gerid
as c
ruas
, não
deve
rá s
er e
xced
ida
uma
conc
entr
ação
méd
ia d
e 14
col
iform
es fe
cais
por
100
mili
litro
s com
não
mai
s de
10%
das
am
ostr
as e
xced
endo
43
colif
orm
esfe
cais
por
100
mili
litro
s. P
ara
os d
emai
s us
os n
ão d
ever
á se
r ex
cedi
do u
mlim
ite d
e 1.
000
colif
orm
es fe
cais
por 1
00 m
ililit
ros e
m 8
0% o
u m
ais d
e pe
lom
enos
5 a
mos
tras
men
sais,
col
hida
s em
qua
lque
r mês
; no
caso
de
não
have
rna
regi
ão, m
eios
disp
onív
eis p
ara
o ex
ame
de c
olifo
rmes
feca
is, o
índi
ce lim
ite
será
de
até
5.00
0 co
lifor
mes
tota
is po
r 100
mili
litro
s em
80%
ou
mai
s de
pelo
men
os 5
am
ostr
as m
ensa
is, c
olhi
das e
m q
ualq
uer m
ês;
i) su
bstâ
ncia
s pot
enci
alm
ente
pre
judi
ciai
s (te
ores
máx
imos
) ;
Am
ônia
não
ioni
záve
l0,
4 m
g/l N
H3.
Ars
ênio
:0,
05 m
g/l A
sC
ádm
io:
0,00
5 m
g/l C
d
Cia
neto
s:0,
005
mg/
l CN
Chu
mbo
:0,
0l m
g/l P
bC
obre
:0,
05 m
g/l C
u
Cro
mo
hexa
vale
nte
:0,
05 m
g/l C
r
Índi
ce d
e fe
nóis:
0,00
1 m
g/lC
6H5O
H
Fluo
reto
s:1,
4 m
g/l F
Mer
cúrio
:0,
0001
mg/
l Hg
Níq
uel:
0,1
mg/
l Ni
Sulfe
tos c
omo
H2S
:0,
002
mg/
l SZ
inco
:0,
17 m
g/l Z
n
Ald
rin:
0,00
3 µg
/l
Clo
rdan
o:0,
004
µg/l
DD
T:0,
001
µg/l
Dem
eton
:0,
1 µg
/l
Die
ldrin
:0,
003
µg/l
Endr
in :
0,00
4 µg
/lEn
doss
ulfa
n:0,
034
µg/l
Epóx
ido
de h
epta
clor
o:0,
001
µg/l
Gut
ion:
0,01
µg/
lH
epta
clor
o:0,
001
µg/l
Lind
ano
(gam
a-BH
C) :
0,00
4 µg
/l
Mal
atio
n:0,
1 µg
/l
Met
oxic
loro
:0,
03 µ
g/l
Dod
ecac
loro
+ N
onac
loro
:0,
001
µg/l
Para
tion:
0,04
µg/
lTo
xafe
no:
0,00
5 µg
/l
Com
post
os o
rgan
ofos
fora
dos e
car
bam
atos
tota
is:10
,0 µ
g/l e
m P
arat
ion
2,4
- D:
10,0
µg/
l2,
4, 5
- T:
10,0
µg/
l
2, 4
, 5 -
TP:
10,0
µg/
l
Art
.11
- Par
a as
águ
as d
e C
lass
e 8,
são
esta
bele
cido
s os l
imite
s ou
cond
içõe
sse
guin
tes:
a) p
H: 5
a 9
;
b) O
D, e
m q
ualq
uer a
mos
tra,
não
infe
rior a
3,0
mg/
l O2;
c) ó
leos
e g
raxa
s: to
lera
m-s
e iri
dicê
ncia
s;
d) m
ater
iais
flutu
ante
s: v
irtua
lmen
te a
usen
tes;
e) su
bstâ
ncia
s que
pro
duze
m c
or, o
dor e
turb
idez
: virt
ualm
ente
aus
ente
s;
f) su
bstâ
ncia
s fac
ilmen
te se
dim
entá
veis
que
cont
ribua
m p
ara
o as
sore
amen
tode
can
ais d
e na
vega
ção:
virt
ualm
ente
aus
ente
s;
g) c
olifo
rmes
: não
dev
erá
ser e
xced
ido
um li
mite
de
4.00
0 co
lifor
mes
feca
ispo
r 100
ml e
m 8
0% o
u m
ais d
e pe
lo m
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qual
quer
mês
; no
caso
de
não
have
r, na
reg
ião,
mei
os d
ispon
ívei
s pa
ra o
exam
e de
col
iform
es fe
cais,
o ín
dice
será
de
20.0
00 c
olifo
rmes
tota
is po
r 100
mili
litro
s em
80%
ou
mai
s de
pel
o m
enos
5 a
mos
tras
men
sais
colh
idas
em
qual
quer
mês
.
Art
. 12
- Os
padr
ões
de q
ualid
ade
das
água
s es
tabe
leci
dos
nest
a Re
solu
ção
cons
titue
m-s
e em
limite
s ind
ivid
uais
para
cada
subs
tânc
ia. C
onsid
eran
do e
ven-
tuai
s açõ
es si
nerg
étic
as e
ntre
as m
esm
as, e
stas
ou
outr
as n
ão e
spec
ifica
das,
não
pode
rão
conf
erir
às á
guas
car
acte
rístic
as c
apaz
es d
e ca
usar
efe
itos l
etai
sou
alte
raçã
o de
com
port
amen
to, r
epro
duçã
o ou
fisio
logi
a da
vid
a.
§ 1º
- A
s sub
stân
cias
pot
enci
alm
ente
pre
judi
ciai
s a q
ue se
refe
re e
sta
Reso
lu-
ção,
dev
erão
ser i
nves
tigad
as se
mpr
e qu
e ho
uver
susp
eita
de
sua
pres
ença
.
§ 2º
- C
onsid
eran
do a
s lim
itaçõ
es d
e or
dem
técn
ica
para
a q
uant
ifica
ção
dos
níve
is de
ssas
subs
tânc
ias,
os l
abor
atór
ios d
os o
rgan
ismos
com
pete
ntes
dev
e
rão
estr
utur
ar-s
e pa
ra a
tend
erem
às c
ondi
ções
pro
post
as. N
os c
asos
ond
e a
met
odol
ogia
ana
lític
a di
spon
ível
for i
nsuf
icie
nte
para
qua
ntifi
car a
s con
cent
ra-
ções
des
sas s
ubst
ânci
as n
as á
guas
, os s
edim
ento
s e/o
u bi
ota
aquá
tica
deve
rão
ser i
nves
tigad
os q
uant
o a
pres
ença
eve
ntua
l des
sas s
ubst
ânci
as.
Art
. 13
- Os l
imite
s de
DBO
, est
abel
ecid
os p
ara
as C
lass
es 2
e 3
, pod
erão
ser
elev
ados
, cas
o o
estu
do d
a ca
paci
dade
de
auto
depu
raçã
o do
cor
po re
cept
orde
mon
stre
que
os t
eore
s mín
imos
de
OD
, pre
vist
os, n
ão se
rão
deso
bede
ci-
dos e
m n
enhu
m p
onto
do
mes
mo,
nas
con
diçõ
es c
rític
as d
e va
zão
(Qcr
it. �
Q7,
10 ,
onde
Q7.
10, é
a m
édia
das
mín
imas
de
7 (s
ete)
dia
s con
secu
tivos
em
10 (d
ez) a
nos d
e re
corr
ênci
a de
cad
a se
ção
do c
orpo
rece
ptor
).
Art
. 14
- Par
a os
efe
itos d
esta
Res
oluç
ão, c
onsid
eram
-se
ente
s, c
aben
do a
osór
gãos
de
cont
role
am
bien
tal,
quan
do n
eces
sário
, qua
ntifi
cá-lo
s pa
ra c
ada
caso
.
Art
. 15
- Os ó
rgão
s de
cont
role
am
bien
tal p
oder
ão a
cres
cent
ar o
utro
s par
â-m
etro
s ou
torn
ar m
ais r
estr
itivo
s os e
stab
elec
idos
nes
ta R
esol
ução
, ten
do e
mvi
sta
as c
ondi
ções
loca
is.
Art
. 16
- Não
há
impe
dim
ento
no
apro
veita
men
to d
e ág
uas d
e m
elho
r qua
li-da
de e
m u
sos m
enos
exi
gent
es, d
esde
que
tais
usos
não
pre
judi
quem
a q
uali-
dade
est
abel
ecid
a pa
ra e
ssas
águ
as.
Art
. 17
- Não
será
per
miti
do o
lanç
amen
to d
e po
luen
tes n
os m
anan
ciai
s sub
-su
perf
icia
is.
Art
. 18
- Nas
águ
as d
e C
lass
e Es
peci
al n
ão s
erão
tole
rado
s la
nçam
ento
s de
água
s re
siduá
rias,
dom
éstic
as e
indu
stria
is, li
xo e
out
ros
resíd
uos
sólid
os,
subs
tânc
ias p
oten
cial
men
te tó
xica
s, d
efen
sivos
agr
ícol
as, f
ertil
izan
tes q
uím
i-co
s e o
utro
s pol
uent
es, m
esm
o tr
atad
os. C
aso
seja
m u
tiliz
adas
par
a o
abas
te-
cim
ento
dom
éstic
o de
verã
o se
r sub
met
idas
a u
ma
insp
eção
sani
tária
pre
limi-
nar.
Art
. 19
- Nas
águ
as d
as C
lass
es 1
a 8
serã
o to
lera
dos l
ança
men
tos d
e de
sejo
s,de
sde
que,
alé
m d
e at
ende
rem
ao
disp
osto
no
Art
. 21
dest
a Re
solu
ção,
não
venh
am a
faze
r com
que
os l
imite
s est
abel
ecid
os p
ara
as re
spec
tivas
cla
sses
seja
m u
ltrap
assa
dos.
Art
. 20
- Ten
do e
m v
ista
os u
sos f
ixad
os p
ara
as C
lass
es, o
s órg
ãos c
ompe
ten-
tes e
nqua
drar
ão a
s águ
as e
est
abel
ecer
ão p
rogr
amas
de
cont
role
de
polu
ição
para
a e
fetiv
ação
dos
resp
ectiv
os e
nqua
dram
ento
s, o
bede
cend
o ao
segu
inte
:
a) o
cor
po d
e ág
ua q
ue, n
a da
ta d
e en
quad
ram
ento
, apr
esen
tar c
ondi
ção
emde
saco
rdo
com
a su
a cl
asse
(qua
lidad
e in
ferio
r à e
stab
elec
ida,
), se
rá o
bjet
ode
pro
vidê
ncia
s com
pra
zo d
eter
min
ado
visa
ndo
a su
a re
cupe
raçã
o, e
xcet
u-ad
os o
s par
âmet
ros q
ue e
xced
am a
os li
mite
s dev
ido
as c
ondi
ções
nat
urai
s;
b) o
enq
uadr
amen
to d
as á
guas
fede
rais
na c
lass
ifica
ção
será
pro
cedi
do p
ela
SEM
A,
ouvi
dos
o C
omitê
Esp
ecia
l de
Est
udos
Int
egra
dos
de B
acia
sH
idro
gráf
icas
; - C
EEIB
H e
out
ras
entid
ades
púb
licas
ou
priv
adas
inte
ress
a-da
s;
c) o
enq
uadr
amen
to d
as á
guas
est
adua
is se
rá e
fetu
ado
pelo
órg
ão e
stad
ual
com
pete
nte,
ouv
idas
out
ras e
ntid
ades
púb
licas
ou
priv
adas
inte
ress
adas
;
d) o
s órg
ão c
ompe
tent
es d
efin
irão
as c
ondi
ções
esp
ecifi
cas d
e qu
alid
ade
dos
corp
os d
e ág
ua in
term
itent
es;
e) o
s cor
pos d
e ág
ua já
enq
uadr
ados
na
legi
slaçã
o an
terio
r, na
dat
a da
pub
li-ca
ção
dest
a Re
solu
ção,
serã
o ob
jeto
s de
rees
tudo
a fi
m d
e a
ela
se a
dapt
arem
;
f) en
quan
to n
ão fo
rem
feito
s os e
nqua
dram
ento
s, a
s águ
as d
oces
serã
o co
nsi-
dera
das
Cla
sse
2, a
s sa
linas
Cla
sse
5 e
as s
alob
ras
Cla
sse
7, p
orém
, aqu
elas
enqu
adra
das
na le
gisla
ção
ante
rior
perm
anec
erão
na
mes
ma
clas
se a
té o
reen
quad
ram
ento
;
g) o
s pro
gram
as d
e ac
ompa
nham
ento
da
cond
ição
dos
cor
pos d
e ág
ua se
gui-
rão
norm
as e
pro
cedi
men
tos a
sere
m e
stab
elec
idos
pel
o C
onse
lho
Nac
iona
ldo
Mei
o A
mbi
ente
- C
ON
AM
A.
Art
. 21
- Os e
fluen
tes d
e qu
alqu
er fo
nte
polu
idor
a som
ente
pod
erão
ser l
ança
-do
s, d
ireta
ou
indi
reta
men
te, n
os c
orpo
s de
águ
a de
sde
que
obed
eçam
às
segu
inte
s con
diçõ
es:
a) p
H e
ntre
5 a
9;
b) te
mpe
ratu
ra :
infe
rior
a 40
°C, s
endo
que
a e
leva
ção
de te
mpe
ratu
ra d
oco
rpo
rece
ptor
não
dev
erá
exce
der a
3°C
;
c) m
ater
iais
sedi
men
táve
is: a
té m
l/litr
o em
test
e de
1 h
ora
em c
one
Imho
ff.Pa
ra o
lanç
amen
to e
m la
gos e
lago
as, c
uja
velo
cida
de d
e ci
rcul
ação
seja
pra
-tic
amen
te n
ula,
os m
ater
iais
sedi
men
táve
is de
verã
o es
tar v
irtua
lmen
te a
usen
-te
s;
d) re
gim
e de
lanç
amen
to c
om v
azão
máx
ima
de a
té 1
,5 v
ezes
a v
azão
méd
ia
do p
erío
do d
e at
ivid
ade
diár
ia d
o ag
ente
pol
uido
r;
e) ó
leos
e g
raxa
s:
- óle
os m
iner
ais a
té 2
0 m
g/l;
- óle
os v
eget
ais e
gor
dura
s ani
mai
s até
50
mg/
l;
f) au
sênc
ia d
e m
ater
iais
flutu
ante
s;
g) v
alor
es m
áxim
os a
dmiss
ívei
s das
segu
inte
s sub
stân
cias
:
Am
ônia
:5,
0 m
g/l N
Ars
ênio
tota
l:0,
5 m
g/l A
s
Bário
:5,
0 m
g/ B
aBo
ro :
5,0
mg/
l B
Cád
mio
:0,
2 m
g/l C
d
Cia
neto
s:0,
2 m
g/l C
NC
hum
bo:
0,5
mg/
l Pb
Cob
re:
1,0
mg/
l Cu
Cro
mo
hexa
vele
nte
:0,
5 m
g/l C
r
Cro
mo
triv
alen
te :
2,0
mg/
l Cr
Esta
nho
:4,
0 m
g/l S
n
Índi
ce d
e fe
nóis:
0,5
mg/
lC6H
5OH
Ferr
o so
lúve
l:15
,0 m
g/l F
eFl
uore
tos:
10,0
mg/
l F
Man
ganê
s sol
úvel
:1,
0 m
g/l M
n
Mer
cúrio
:0,
01 m
g/l H
gN
íque
l:2,
0 m
g/l N
i
Prat
a :
0, 1
mg/
l Ag
Selê
nio:
0,05
mg/
l Se
Sulfe
tos:
1,0
mg/
l SSu
lfito
s:1,
0 m
g/l S
03
Zin
co:
5,0
mg/
l Zn
Com
post
os o
rgan
ofos
fora
dos e
car
bom
atos
tota
is:1,
0 m
g/l e
m P
arat
ion
Sulfe
to d
e ca
rbon
o :
1,0
mg/
l
Tric
loro
eten
o : 1
,0 m
g/l
Clo
rofó
rmio
:1,
0 m
g/l
Tetr
aclo
reto
de
Car
bono
: 1,0
mg/
lD
iclo
roet
eno:
1,0
mg/
l
Com
post
os o
rgan
oclo
rado
s não
list
ados
aci
ma
(pes
ticid
as, s
olve
ntes
, etc
) :0,
05 m
g/l
Out
ras s
ubst
ânci
as e
m c
once
ntra
ções
que
pod
eria
m se
r pre
judi
ciai
s: d
e ac
or-
do c
om li
mite
s a se
rem
fixa
dos p
elo
CO
NA
MA
.
h) tr
atam
ento
esp
ecia
l, se
pro
vier
em d
e ho
spita
is e
outr
os e
stab
elec
imen
tos
nos q
uais
haja
des
pejo
s inf
ecta
dos c
om m
icro
orga
nism
os p
atog
ênic
os.
Art
. 22
- Não
será
per
miti
da a
dilu
ição
de
eflu
ente
s ind
ustr
iais
com
águ
as n
ãopo
luíd
as, t
ais c
omo
água
s de
abas
teci
men
to, á
gua
de m
ar e
águ
a de
refr
iger
a-çã
o.
Pará
graf
o Ú
nico
- N
a hi
póte
se d
e fo
nte
de p
olui
ção
gera
dora
de
dife
rent
esde
spej
os o
u em
issõe
s ind
ivid
ualiz
adas
, os l
imite
s con
stan
tes d
esta
regu
lam
en-
taçã
o ap
licar
-se-
ão a
cad
a um
del
es o
u ao
con
junt
o ap
ós a
mist
ura,
a c
ritér
iodo
órg
ão c
ompe
tent
e.
Art
. 23
- Os e
fluen
tes n
ão p
oder
ão c
onfe
rir a
o co
rpo
rece
ptor
car
acte
rístic
asem
des
acor
do c
om o
seu
enqu
adra
men
to n
os te
rmos
des
ta R
esol
ução
.
Pará
graf
o Ú
nico
- Re
sgua
rdad
os o
s pad
rões
de
qual
idad
e do
cor
po re
cept
or,
dem
onst
rado
s por
est
udo
de im
pact
o am
bien
tal r
ealiz
ado
pela
ent
idad
e re
s-po
nsáv
el p
ela
emiss
ão, o
órg
ão c
ompe
tent
e po
derá
aut
oriz
ar la
nçam
ento
sac
ima
dos l
imite
s est
abel
ecid
os n
o A
rt. 2
1, fi
xand
o o
tipo
de tr
atam
ento
e a
sco
ndiç
ões p
ara
esse
lanç
amen
to.
Art
. 24
- Os m
étod
os d
e co
leta
e a
nális
e da
s águ
as d
evem
ser o
s esp
ecifi
cado
sna
s nor
mas
apr
ovad
as p
elo
Inst
ituto
Nac
iona
l de
Met
rolo
gia,
Nor
mat
izaç
ãoe
Qua
lidad
e In
dust
rial -
INM
ETRO
ou,
na a
usên
cia d
elas
, no
Stan
dard
Met
hods
for t
he E
xam
inat
ion
of W
ater
and
Was
tew
ater
APH
A-A
WW
A-W
PCF,
últi
ma
ediç
ão, r
essa
lvad
o o
disp
osto
no
Art
. 12.
O ín
dice
de
fenó
is de
verá
ser d
eter
-m
inad
o co
nfor
me
o m
étod
o 51
0 B
do S
tand
ard
Met
hods
for t
he E
xam
inat
ion
of W
ater
and
Was
tew
ater
, 16ª
edi
ção,
de
1985
.
Art
. 25
- As i
ndús
tria
s que
, na
data
da
publ
icaç
ão d
esta
Res
oluç
ão, p
ossu
írem
inst
alaç
ões o
u pr
ojet
os d
e tr
atam
ento
de
seus
des
pejo
s apr
ovad
os p
or ó
rgão
inte
gran
te d
o Si
stem
a N
acio
nal d
o M
eio
Am
bien
te -
SISN
AM
A q
ue a
tend
am à
legi
slaçã
o an
terio
rmen
te e
m v
igor
, ter
ão p
razo
de
três
(3) a
nos,
pro
rrog
ávei
sat
é ci
nco
(5) a
nos,
a c
ritér
io d
o Ó
rgão
Est
adua
l Loc
al, p
ara
se e
nqua
drar
emna
s exi
gênc
ias d
esta
Res
oluç
ão. N
o en
tant
o, a
s cita
das i
nsta
laçõ
es d
e tr
ata-
men
to d
ever
ão se
r man
tidas
em
ope
raçã
o co
m a
cap
acid
ade,
con
diçõ
es d
efu
ncio
nam
ento
e d
emai
s ca
ract
eríst
icas
par
a as
qua
is fo
ram
apr
ovad
as, a
téqu
e se
cum
pram
as d
ispos
içõe
s des
ta R
esol
ução
.
BALN
EABI
LID
AD
E
Art
. 26
- As á
guas
doc
es, s
alob
ras e
salin
as d
estin
adas
à b
alne
abili
dade
(rec
re-
ação
de
cont
ato
prim
ário
) ser
ão e
nqua
drad
as e
terã
o su
a co
ndiç
ão a
valia
dana
s cat
egor
ias E
XC
ELEN
TE, M
UIT
O B
OA
, SAT
ISFA
TÔRI
A e
IMPR
ÓPR
IA, d
ase
guin
te fo
rma:
a) E
XC
ELEN
TE
(3 e
stre
las)
: qu
ando
em
80%
ou
mai
s de
um
con
junt
o de
amos
tras
obt
idas
em
cad
a um
a da
s 5 se
man
as a
nter
iore
s, c
olhi
das n
o m
esm
olo
cal,
houv
er, n
o m
áxim
o, 2
50 c
olifo
rmes
feca
is po
r l,0
0 m
ililit
ros
ou 1
.250
colif
orm
es to
tais
por 1
00 m
ililit
ros;
b) M
UIT
O B
OA
S (2
est
rela
s): q
uand
o em
80%
ou
mai
s de
um
con
junt
o de
amos
tras
obt
idas
em
cad
a um
a da
s 5 se
man
as a
nter
iore
s, c
olhi
das n
o m
esm
olo
cal,
houv
er, n
o m
áxim
o, 5
00 c
olifo
rmes
feca
is po
r 10
0 m
ililit
ros
ou 2
.500
colif
orm
es to
tais
por 1
00 m
ililit
ros;
c) S
ATIS
FAT
ÓRI
AS
(1 e
stre
la):
quan
do e
m 8
0% o
u m
ais d
e um
con
junt
o de
amos
tras
obt
idas
em
cad
a um
a da
s 5 se
man
as a
nter
iore
s, c
olhi
das n
o m
esm
olo
cal,
houv
er, n
o m
áxim
o 1.
000
colif
orm
es fe
cais
por 1
00 m
ililit
ros o
u 5.
000
colif
orm
es to
tais
por 1
00 m
ililit
ros;
d) IM
PRÓ
PRIA
S: q
uand
o oc
orre
r, no
trec
ho c
onsid
erad
o, q
ualq
uer u
ma
das
segu
inte
s circ
unst
ânci
as:
1. n
ão e
nqua
dram
ento
em
nen
hum
a da
s ca
tego
rias
ante
riore
s, p
or t
erem
ultr
apas
sado
os í
ndic
es b
acte
rioló
gico
s nel
as a
dmiti
dos;
2. o
corr
ênci
a, n
a re
gião
, de
inci
dênc
ia re
lativ
amen
te e
leva
da o
u an
orm
al d
een
ferm
idad
es tr
ansm
issív
eis p
or v
ia h
ídric
a, a
crit
ério
das
aut
orid
ades
sani
tá-
rias;
3. si
nais
de p
olui
ção
por e
sgot
os, p
erce
ptív
eis p
elo
olfa
to o
u vi
são;
4. re
cebi
men
to re
gula
r, in
term
itent
e ou
esp
orád
ico,
de
esgo
tos p
or in
term
é-di
o de
val
as, c
orpo
s d�á
gua
ou c
anal
izaç
ões,
incl
usiv
e ga
leria
s de
água
s plu
vi-
ais,
mes
mo
que
seja
de
form
a di
luíd
a;
5. p
rese
nça
de re
síduo
s ou
desp
ejos
, sól
idos
ou
líqui
dos,
incl
usiv
e ól
eos,
gra
-xa
s e o
utra
s sub
stân
cias
, cap
azes
de
ofer
ecer
risc
os à
saúd
e ou
torn
ar d
esa-
grad
ável
a re
crea
ção;
6. p
H m
enor
que
5 o
u m
aior
que
8,5
;
7. p
rese
nça,
na
água
, de
para
sitas
que
afe
tem
o h
omem
ou
a co
nsta
taçã
o da
exist
ênci
a de
seus
hos
pede
iros i
nter
med
iário
s inf
ecta
dos;
8. p
rese
nça,
nas
águ
as d
oces
, de
mol
usco
s tr
ansm
issor
es p
oten
ciai
s de
esqu
istos
som
o, c
aso
em q
ue o
s avi
sos d
e in
terd
ição
ou
aler
ta d
ever
ão m
enci
-on
ar e
spec
ifica
men
te e
sse
risco
sani
tário
;
9. o
utro
s fat
ores
que
cont
ra-in
diqu
em, t
empo
raria
men
te o
u pe
rman
ente
men
-te
, o e
xerc
ício
da
recr
eaçã
o de
con
tato
prim
ário
.
Art
. 27
- No
acom
panh
amen
to d
a co
ndiç
ão d
as p
raia
s ou
baln
eário
s as c
ate-
goria
s EX
CEL
ENT
E, M
UIT
O B
OA
e S
ATIS
FAT
ÓRI
A p
oder
ão s
er r
euni
das
num
a ún
ica
cate
goria
den
omin
ada
PRÓ
PRIA
.
Art
. 28
- Se
a de
terio
raçã
o da
qua
lidad
e da
s pra
ias o
u ba
lneá
rios f
icar
car
ac-
teriz
ada
com
o de
corr
ênci
a da
lava
gem
de
vias
púb
licas
pel
as á
guas
da
chuv
a,ou
com
o co
nseq
üênc
ia d
e ou
tra
caus
a qu
alqu
er, e
ssa
circ
unst
ânci
a de
verá
ser
men
cion
ada
no B
olet
im d
e co
ndiç
ão d
as p
raia
s e b
alne
ário
s.
Art
. 29
- A c
olet
a de
am
ostr
as se
rá fe
ita, p
refe
renc
ialm
ente
, nos
dia
s de
mai
oraf
luên
cia
do p
úblic
o às
pra
ias o
u ba
lneá
rios.
Art
. 30
- Os r
esul
tado
s dos
exa
mes
pod
erão
, tam
bém
, se
refe
rir a
per
íodo
sm
enor
es q
ue 5
sem
anas
, des
de q
ue c
ada
um d
esse
s per
íodo
s sej
a es
peci
fica-
do e
tenh
am si
do c
olhi
das e
exa
min
adas
, pel
o m
enos
, 5 a
mos
tras
dur
ante
ote
mpo
men
cion
ado.
Art
. 31
- Os
exam
es d
e co
limet
ria, p
revi
stos
nes
ta R
esol
ução
, sem
pre
que
poss
ível
, ser
ão fe
itos
para
a id
entif
icaç
ão e
con
tage
m d
e co
lifor
mes
feca
is,se
ndo
perm
itida
a u
tiliz
ação
de
índi
ces e
xpre
ssos
em
col
iform
es to
tais,
se a
iden
tific
ação
e c
onta
gem
fore
m d
ifíce
is ou
impo
ssív
eis.
Art
. 32
- À b
eira
mar
, a c
olet
a de
am
ostr
a pa
ra a
det
erm
inaç
ão d
o nú
mer
o de
colif
orm
es fe
cais
ou to
tais
deve
ser,
de p
refe
rênc
ia, r
ealiz
ada
nas c
ondi
ções
de m
aré
que
apre
sent
em, c
ostu
mei
ram
ente
, no
loca
l, co
ntag
ens b
acte
rioló
gi-
cas m
ais e
leva
das.
Art
. 33
- As p
raia
s e o
utro
s bal
neár
ios d
ever
ão se
r int
erdi
tado
s se
o ór
gão
deco
ntro
le a
mbi
enta
l, em
qua
lque
r dos
seus
nív
eis (
Mun
icip
al, E
stad
ual o
u Fe
de-
ral),
con
stat
ar q
ue a
má
qual
idad
e da
s águ
as d
e re
crea
ção
prim
ária
just
ifica
am
edid
a.
Art
. 34
- Sem
pre
juíz
o do
disp
osto
no
artig
o an
terio
r, se
mpr
e qu
e ho
uver
um
aaf
luên
cia
ou e
xtra
vasa
men
to d
e es
goto
s cap
az d
e of
erec
er sé
rio p
erig
o em
prai
as o
u ou
tros
bal
neár
ios,
o tr
echo
afe
tado
dev
erá
ser s
inal
izad
o, p
ela
enti-
dade
resp
onsá
vel,
com
ban
deira
s ver
mel
has c
onst
ando
a p
alav
ra P
OLU
ÍDA
em c
or n
egra
.
DIS
POSI
ÇÕ
ES G
ERA
IS
Art
. 35
- Aos
órg
ãos d
e co
ntro
le a
mbi
enta
l com
pete
a a
plic
ação
des
ta R
eso-
luçã
o, c
aben
do-lh
es a
fisc
aliz
ação
par
a o
cum
prim
ento
da
legi
slaçã
o, b
emco
mo
a ap
licaç
ão d
as p
enal
idad
es p
revi
stas
, inc
lusiv
e a
inte
rdiç
ão d
e at
ivid
a-de
s ind
ustr
iais
polu
idor
as.
Art
. 36
- Na
inex
istên
cia
de e
ntid
ade
esta
dual
enc
arre
gada
do
cont
role
am
bi-
enta
l ou
se, e
xist
indo
, apr
esen
tar f
alha
s, o
miss
ões
ou p
reju
ízo
sens
ívei
s ao
sus
os e
stab
elec
idos
par
a as
águ
as, a
Sec
reta
ria E
spec
ial d
o M
eio
Am
bien
tepo
derá
agi
r dire
tam
ente
, em
car
áter
supl
etiv
o.
Art
. 37
- Os
órgã
os e
stad
uais
de c
ontr
ole
ambi
enta
l man
terã
o a
Secr
etar
iaEs
peci
al d
o M
eio
Am
bien
te in
form
ada
sobr
e os
enq
uadr
amen
tos d
os c
orpo
sde
águ
a qu
e ef
etua
rem
, bem
com
o da
s nor
mas
e p
adrõ
es c
ompl
emen
tare
squ
e es
tabe
lece
rem
.
Art
. 38
- O
s es
tabe
leci
men
tos
indu
stria
is, q
ue c
ausa
m o
u po
ssam
cau
sar
polu
ição
das
águ
as, d
evem
info
rmar
ao
órgã
o de
con
trol
e am
bien
tal,
o vo
lu-
me
e o
tipo
de se
us e
fluen
tes,
os e
quip
amen
tos e
disp
ositi
vos a
ntip
olui
dore
sex
isten
tes,
bem
com
o se
us p
lano
s de
ação
de
emer
gênc
ia, s
ob p
ena
das s
an-
ções
cab
ívei
s, fi
cand
o o
refe
rido
órgã
o ob
rigad
o a
envi
ar c
ópia
des
sas i
nfor
-m
açõe
s ao
IBA
MA
, à S
TI (
MIC
), ao
IBG
E (S
EPLA
N) e
ao
DN
AEE
(MM
E).
Art
. 39
- Os E
stad
os, T
errit
ório
s e o
Dist
rito
Fede
ral,
atra
vés d
os re
spec
tivos
órgã
os d
e co
ntro
le a
mbi
enta
l, de
verã
o ex
erce
r su
a at
ivid
ade
orie
ntad
ora,
fisca
lizad
ora
e pu
nitiv
a da
s at
ivid
ades
pot
enci
alm
ente
pol
uido
ras
inst
alad
asem
seu
terr
itório
, ain
da q
ue o
s cor
pos d
e ág
ua p
reju
dica
dos n
ão se
jam
de
seu
dom
ínio
ou
juris
diçã
o.
Art
. 40
- O
não
cum
prim
ento
ao
disp
osto
nes
ta R
esol
ução
aca
rret
ará
aos
infr
ator
es a
s san
ções
pre
vist
as n
a Le
i nº 6
.938
, de
31 d
e ag
osto
de
1981
, e su
are
gula
men
taçã
o pe
lo D
ecre
to n
º 88.
351,
de
01 d
e ju
nho
de 1
983.
Art
. 41
- Est
a Re
solu
ção
entr
ará
em v
igor
na
data
de
sua
publ
icaç
ão, r
evog
a-da
s as d
ispos
içõe
s em
con
trár
io.
Den
i Lin
eu S
chw
artz
ANEXO 4
Resolução CONAMA n.º 008 de 6/12/90
RES
OLU
ÇÃ
O C
ON
AM
A N
.º 0
08,
de 0
6 de
dez
embr
ode
199
0Pu
blic
ada
no D
.O.U
de
28/1
2/90
, Seç
ão I,
Pág
. 25.
539
O C
ON
SELH
O N
AC
ION
AL
DO
MEI
O A
MBI
ENT
E - C
ON
AM
A, n
o us
o da
sat
ribui
ções
que
lhe
são
conf
erid
as p
ela
Lei n
º 6.9
38, d
e 31
de
agos
to d
e 19
81,
alte
rada
pel
a Le
i nº
8.02
8, d
e 12
de
abril
de
1990
, re
gula
men
tada
s pe
loD
ecre
to n
º 99.
274,
de
06 d
e ju
nho
de 1
990,
e te
ndo
em v
ista
o di
spos
to e
mse
u Re
gim
ento
Inte
rno,
e
Con
sider
ando
o p
revi
sto
na R
esol
ução
CO
NA
MA
nº
05, d
e 15
de
junh
o de
1989
, que
inst
ituiu
o P
rogr
ama
Nac
iona
l de
Con
trol
e da
Qua
lidad
e do
Ar
-PR
ON
AR;
Con
sider
ando
a ne
cess
idad
e do
est
abel
ecim
ento
de
limite
s máx
imos
de
emis-
são
de p
olue
ntes
do
ar (p
adrõ
es d
e em
issão
) em
font
es fi
xas d
e po
luiç
ão;
Con
sider
ando
que
o e
stab
elec
imen
to d
este
mec
anism
o, e
m n
ível
nac
iona
l,co
nstit
ui-s
e no
mai
s efic
az in
stru
men
to d
e co
ntro
le d
a po
luiç
ão a
tmos
féric
a,em
con
junt
o co
m o
s lim
ites m
áxim
os d
e em
issão
vei
cula
res,
já fi
xado
s pel
oPR
OC
ON
VE;
Con
sider
ando
que
, ent
re to
da a
tipo
logi
a in
dust
rial,
os p
roce
ssos
de
com
bus-
tão
exte
rna
cons
titue
m-s
e no
mai
or c
ontig
ente
de
font
es fi
xas d
e po
luen
tes
atm
osfé
ricos
, o q
ue ju
stifi
ca s
er a
prim
eira
ativ
idad
e a
ter
emiss
ões
regu
la-
men
tada
s em
nív
el n
acio
nal,
RESO
LVE:
Art.
1º -
Esta
bele
cer,
em n
ível
nac
iona
l, lim
ites m
áxim
os d
e em
issão
de
polu
ente
sdo
ar (
padr
ões d
e em
issão
) par
a pr
oces
sos d
e co
mbu
stão
ext
erna
em
font
esno
vas
fixas
de
polu
ição
com
pot
ênci
as n
omin
ais
tota
is at
é 70
MW
(set
enta
meg
awat
ts) e
supe
riore
s.
§ lº
- A d
efin
ição
de
limite
s máx
imos
de
emiss
ão é
aqu
ela
dada
pel
a Re
solu
ção
CO
NA
MA
nº 0
5, d
e 15
.06.
89, q
ue in
stitu
iu o
PRO
NA
R.
§ 2º
- Pa
ra o
s ef
eito
s de
sta
Reso
luçã
o fo
ntes
nov
as d
e po
luiç
ão s
ão a
quel
aspe
rten
cent
es a
em
pree
ndim
ento
s cuj
as L
P ve
nha
a se
r sol
icita
da a
os ó
rgão
slic
enci
ador
es c
ompe
tent
es a
pós a
pub
licaç
ão d
esta
Res
oluç
ão.
§ 3º
- En
tend
e-se
por
pro
cess
o de
com
bust
ão e
xter
na e
m fo
ntes
fixa
s tod
a a
quei
ma
de s
ubst
ânci
as c
ombu
stív
eis
real
izad
a no
s se
guin
tes
equi
pam
ento
s:ca
ldei
ras;
ger
ador
es d
e va
por;
cen
trai
s pa
ra a
ger
ação
de
ener
gia
elét
rica;
forn
os, f
orna
lhas
, est
ufas
e se
cado
res p
ara
a ge
raçã
o e
uso
de e
nerg
ia té
rmic
a,in
cine
rado
res e
gas
eific
ador
es.
Art
2º -
Par
a ef
eito
des
ta R
esol
ução
, fic
am d
efin
idos
os s
egui
ntes
limite
s máx
i-m
os d
e em
issão
par
a pa
rtíc
ulas
tota
is e
dióx
ido
de e
nxof
re (S
O2)
, exp
ress
osem
pes
o de
pol
uent
es p
or p
oder
col
orífi
co su
perio
r do
com
bust
ível
e d
ensi-
dade
col
orim
étric
a, c
onso
ante
a c
lass
ifica
ção
de u
sos p
rete
ndid
os d
efin
idas
pelo
PRO
NA
R:
2.1
Para
nov
as fo
ntes
fixa
s com
pot
ênci
a no
min
al to
tal i
gual
ou
infe
rior a
70
MW
(set
enta
meg
awat
ts).
2.1.
1 Á
reas
Cla
sse
1
2.1.
1.1Á
reas
a se
rem
atm
osfe
ricam
ente
pre
serv
adas
(Uni
dade
s de
Con
serv
a-çã
o co
m e
xceç
ão d
as A
PA�S
.
Nes
tas
área
s fic
a pr
oibi
da q
ualq
uer
ativ
idad
e ec
onôm
ica
que
gere
pol
uiçã
odo
ar.
2.1.
1.2Á
reas
a se
rem
atm
osfe
ricam
ente
con
serv
adas
(laz
er, t
urism
o, e
stân
ci-
as c
limát
icas
, hid
rom
iner
ais e
hid
rote
rmai
s)
a) P
artíc
ulas
Tot
ais
- 120
(cen
to e
vin
te) g
ram
as p
or m
ilhão
de
quilo
calo
rias.
b) D
ensid
ade
Col
orim
étric
a
- Máx
imo
de 2
0% (v
inte
por
cen
to),
equi
vale
nte
a Esc
ala d
e Ri
ngel
man
n nº
01,
exce
to n
a op
eraç
ão d
e ra
mon
agem
e n
a pa
rtid
a do
equ
ipam
ento
.
c) D
ióxi
do d
e En
xofr
e (S
O2)
- 2.0
00 (d
ois
mil)
gra
mas
por
milh
ão d
e qu
iloca
loria
s.
d) O
limite
de
cons
umo
de ó
leo
com
bust
ível
por
font
e fix
a (c
orre
spon
dent
e à
capa
cida
de n
omin
al to
tal d
o(s)
equ
ipam
ento
(s))
, ser
á de
3.0
00 to
nela
das p
oran
o. C
onsu
mos
de
óleo
supe
riore
s ao
ora
esta
bele
cido
, ou
o us
e de
out
ros
com
bust
ívei
s est
arão
suje
itos à
apr
ovaç
ão d
o ór
gão
Esta
dual
do
Mei
o A
mbi
-en
te p
or o
casiã
o do
lice
ncia
men
to a
mbi
enta
l.
2.1.
2 Á
reas
Cla
sse
II e
III
a) P
artíc
ulas
Tot
ais
- 350
(tre
zent
os e
cin
qüen
ta) g
ram
as p
or m
ilhão
de
quilo
calo
rias (
para
óle
oco
mbu
stív
el).
- 1.
500
(hum
mil
e qu
inhe
ntos
) gr
amas
por
milh
ão d
e qu
iloca
loria
s (p
ara
carv
ão m
iner
al).
b) D
ensid
ade
Cal
orim
étric
a
- Máx
imo
de 2
0% (v
inte
por
cen
to),
equi
vale
nte
a Esc
ala d
e Ri
ngel
man
n nº
01,
exce
to n
a op
eraç
ão d
e ra
mon
agem
e n
a pa
rtid
a do
equ
ipam
ento
.
c) D
ióxi
do d
e En
xofr
e (S
O2)
- 5.0
00 (c
inco
mil)
gra
mas
por
milh
ão d
e qu
iloca
loria
s (pa
ra ó
leo
com
bust
ível
e ca
rvão
min
eral
).
2.2
Para
nov
as fo
ntes
fixa
s co
m p
otên
cia
nom
inal
tot
al s
uper
ior
a 70
MW
(set
enta
meg
awat
ts).
2.2.
1 Á
reas
Cla
sse
I
Nes
tas á
reas
não
será
per
miti
da a
inst
alaç
ão d
e no
vas f
onte
s fix
as c
om e
ste
port
e.
2.2.
2 Á
reas
Cla
sse
II e
III
a) P
artíc
ulas
Tot
ais
- 120
(cen
to e
vin
te) g
ram
as p
or m
ilhão
de
quilo
calo
rias (
para
óle
o co
mbu
s-tív
el).
- 800
(oito
cent
os) g
ram
as p
or m
ilhão
de
quilo
calo
rias (
para
car
vão
min
eral
).
b) D
ensid
ade
Cal
orim
étric
a
- Máx
imo
de 2
0% (v
inte
por
cen
to),
equi
vale
nte
a Esc
ala d
e Ri
ngel
man
n nº
01,
exce
to n
a op
eraç
ão d
e ra
mon
agem
ou
na p
artid
a do
equ
ipam
ento
.
c) D
ióxi
do d
e En
xofr
e (S
O2)
- 2.0
00 (d
ois m
il) g
ram
as p
or m
ilhão
de
quilo
calo
rias (
para
óle
o co
mbu
stív
ele
carv
ão m
iner
al).
Art
3º -
Par
a ou
tros
com
bust
ívei
s, e
xcet
o ól
eo c
ombu
stív
el e
car
vão
num
eral
,ca
berá
aos
Órg
ãos E
stad
uais
de M
eio
Am
bien
te o
est
abel
ecim
ento
de
limite
sm
áxim
os d
e em
issão
par
a pa
rtíc
ulas
tota
is, d
ióxi
do d
e en
xofr
e e,
se fo
r o c
aso,
outr
os p
olue
ntes
, qua
ndo
do lic
enci
amen
to a
mbi
enta
l do
empr
eend
imen
to.
Art
4º
- Cab
e ao
s órg
ãos E
stad
uais
de M
eio
Am
bien
te p
ropo
r aos
gov
erno
sde
seu
s re
spec
tivos
est
ados
o e
nqua
dram
ento
de
suas
áre
as C
lass
e I e
III,
conf
orm
e já
pre
vist
o na
Res
oluç
ão C
ON
AM
A n
º 05/
89 e
Res
oluç
ão C
ON
AM
Anº
03/
90.
Art
. 5º -
O a
tend
imen
to a
os li
mite
s máx
imos
de
emiss
ão a
qui e
stab
elec
idos
,nã
o ex
ime
o em
pree
nded
or d
o at
endi
men
to a
even
tuai
s exi
gênc
ias d
e co
ntro
-le
com
plem
enta
res,
con
form
e a
legi
slaçã
o vi
gent
e.
Art
6º -
A v
erifi
caçã
o do
ate
ndim
ento
aos
lim
ites m
áxim
os d
e em
issão
fixa
doat
ravé
s des
ta R
esol
ução
, qua
ndo
do fo
rnec
imen
to d
a LO
- Li
cenç
a de
Ope
ra-
ção,
pod
erá
ser r
ealiz
ada
pelo
órg
ão a
mbi
enta
l lic
enci
ador
ou
pela
Em
pres
aem
Lic
enci
amen
to, d
esde
que
com
aco
mpa
nham
ento
do
refe
rido
órgã
o am
-bi
enta
l lic
enci
ador
.
Art
7º -
Os l
imite
s máx
imos
de
emiss
ão a
qui f
ixad
os sã
o pa
ssív
eis d
e um
a 1a
.re
visã
o de
ntro
de
dois
anos
, e e
m s
egui
da a
cad
a 05
(cin
co) a
nos,
qua
ndo
tam
bém
pod
erão
ser,
even
tual
men
te, a
cres
cent
ados
out
ros p
olue
ntes
ger
a-do
s nos
pro
cess
os d
e co
mbu
stão
ext
erna
em
font
es fi
xas.
Art
8º -
Est
a Re
solu
ção
entr
a em
vig
or n
a da
ta d
e su
a pu
blic
ação
.
Tân
ia M
aria
Ton
elli
Mun
hoz
/ Jos
é A
. Lut
zenb
erge
r
ANEXO 5
Resolução CONAMA n.º 003 de 28/06/90
RES
OLU
ÇÃ
O C
ON
AM
A N
.º 0
03, d
e 28
de
junh
o de
199
0
Publ
icad
a no
D.O
.U d
e 22
/08/
90, S
eção
I, P
ágs.
15.
937
a 15
.939
.
O C
ON
SELH
O N
AC
ION
AL
DO
MEI
O A
MBI
ENT
E - C
ON
AM
A, n
o us
o da
sat
ribui
ções
que
lhe
conf
ere
o in
ciso
II, d
o A
rt. 6
º, d
a Le
i nº
7.80
4, d
e 18
de
julh
o de
198
9, e
tend
o em
vist
a o
disp
osto
na
Lei n
º 8.
028,
de
12 d
e ab
ril d
e19
90, D
ecre
to n
º 99
.274
, de
06 d
e ju
nho
de 1
990
e,
Con
sider
ando
a n
eces
sidad
e de
am
plia
r o n
úmer
o de
pol
uent
es a
tmos
féric
ospa
ssív
eis d
e m
onito
ram
ento
e c
ontr
ole
no P
aís;
Con
sider
ando
que
a P
orta
ria G
M 0
231,
de
27.0
4.76
, pre
via
o es
tabe
leci
men
-to
de
novo
s pad
rões
de
qual
idad
e do
ar q
uand
o ho
uves
se in
form
ação
cie
ntí-
fica
a re
spei
to;
Con
sider
ando
o p
revi
sto
na R
esol
ução
CO
NA
MA
nº
05, d
e 15
.06.
89, q
uein
stitu
iu o
Pro
gram
a N
acio
nal d
e C
ontr
ole
da Q
ualid
ade
do A
r - P
RON
AR,
reso
lve:
Art
. 1º
- Sã
o pa
drõe
s de
qua
lidad
e do
ar
as c
once
ntra
ções
de
polu
ente
sat
mos
féric
os q
ue, u
ltrap
assa
das,
pod
erão
afe
tar
a sa
úde,
a s
egur
ança
e o
bem
-est
ar d
a po
pula
ção,
bem
com
o oc
asio
nar
dano
s à
flora
e à
faun
a, a
osm
ater
iais
e ao
mei
o am
bien
te e
m g
eral
.
Pará
graf
o Ú
nico
- En
tend
e-se
com
o po
luen
te a
tmos
féric
o qu
alqu
er fo
rma
dem
atér
ia o
u en
ergi
a co
m in
tens
idad
e e
em q
uant
idad
e, c
once
ntra
ção,
tem
poou
car
acte
rístic
as e
m d
esac
ordo
com
os n
ívei
s est
abel
ecid
os, e
que
torn
emou
pos
sam
torn
ar o
ar:
I - im
próp
rio, n
ociv
o ou
ofe
nsiv
o à
saúd
e;
II - i
ncon
veni
ente
ao
bem
-est
ar p
úblic
o;
III -
dano
so a
os m
ater
iais,
à fa
una
e flo
ra;
IV -
pre
judi
cial
à s
egur
ança
, ao
uso
e go
zo d
a pr
oprie
dade
e à
s at
ivid
ades
norm
ais d
a co
mun
idad
e.
Art
. 2º
- Pa
ra o
s ef
eito
s de
sta
Reso
luçã
o fic
am e
stab
elec
idos
os
segu
inte
sco
ncei
tos:
I - P
adrõ
es P
rimár
ios d
e Q
ualid
ade
do A
r são
as c
once
ntra
ções
de
polu
ente
squ
e, u
ltrap
assa
das,
pod
erão
afe
tar a
saúd
e da
pop
ulaç
ão;
II - P
adrõ
es S
ecun
dário
s de
Qua
lidad
e do
Ar s
ão as
conc
entr
açõe
s de
polu
ente
sab
aixo
das
qua
is se
pre
vê o
mín
imo
efei
to a
dver
so s
obre
o b
em-e
star
da
popu
laçã
o, a
ssim
com
o o
mín
imo
dano
à fa
una,
à fl
ora,
aos
mat
eria
is e
aom
eio
ambi
ente
em
ger
al.
Pará
graf
o Ú
nico
- O
s pa
drõe
s de
qua
lidad
e do
ar
serã
o o
obje
tivo
a se
rat
ingi
do m
edia
nte
a es
trat
égia
de
cont
role
fixa
da p
elos
pad
rões
de
emiss
ão e
deve
rão
orie
ntar
a e
labo
raçã
o de
Pla
nos R
egio
nais
de C
ontr
ole
de P
olui
ção
do A
r.
Art
. 3º -
Fic
am e
stab
elec
idos
os s
egui
ntes
Pad
rões
de
Qua
lidad
e do
Ar:
I - P
artíc
ulas
Tot
ais e
m S
uspe
nsão
a) P
adrã
o Pr
imár
io
1 - c
once
ntra
ção
méd
ia g
eom
étric
a an
ual d
e 80
(oite
nta)
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o de
ar.
2 -
conc
entr
ação
méd
ia d
e 24
(vi
nte
e qu
atro
) ho
ras
de 2
40 (
duze
ntos
equ
aren
ta) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
de a
r, qu
e nã
o de
ve se
r exc
edid
am
ais d
e um
a ve
z po
r ano
.
b) P
adrã
o Se
cund
ário
1 - c
once
ntra
ção
méd
ia g
eom
étric
a an
ual d
e 60
(ses
sent
a) m
icro
gram
as p
orm
etro
cúb
ico
de a
r.
2 - c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hor
as d
e 15
0 (c
ento
e c
inqü
en-
ta) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
de a
r, qu
e nã
o de
ve se
r exc
edid
a m
ais d
eum
a ve
z po
r ano
.
II - F
umaç
a
a) P
adrã
o Pr
imár
io
1 - c
once
ntra
ção
méd
ia a
ritm
étic
a an
ual d
e 60
(ses
sent
a) m
icro
gram
as p
orm
etro
cúb
ico
de a
r.
2 -c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hor
as d
e 15
0 (c
ento
e c
inqü
en-
ta) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
de a
r, qu
e nã
o de
ve se
r exc
edid
a m
ais d
eum
a ve
z po
r ano
.
b) P
adrã
o Se
cund
ário
por a
no.
VI -
Ozô
nio
a) P
adrã
o Pr
imár
io e
Sec
undá
rio
1 - c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 1
(um
a) h
ora d
e 16
0 (c
ento
e se
ssen
ta) m
icro
gram
aspo
r met
ro c
úbic
o de
ar,
que
não
deve
ser e
xced
ida
mai
s de
uma
vez
por a
no.
VII -
Dió
xido
de
Nitr
ogên
io
a) P
adrã
o Pr
imár
io
1 - c
once
ntra
ção
méd
ia a
ritm
étic
a an
ual d
e 10
0 (c
em) m
icro
gram
as
por m
etro
cúb
ico
de a
r.
2 -
conc
entr
ação
méd
ia d
e 1
(um
a) h
ora
de 3
20 (
trez
ento
s e
vint
e)m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
de a
r.
b) P
adrã
o Se
cund
ário
1- c
once
ntra
ção
méd
ia a
ritm
étic
a an
ual d
e 10
0 (c
em) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúbi
co d
e ar
.
2 - c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 1
(um
a) h
ora d
e 19
0 (c
ento
e n
oven
ta) m
icro
gram
aspo
r met
ro c
úbic
o de
ar.
Art
. 4º -
Fic
am e
stab
elec
idos
os s
egui
ntes
mét
odos
de
amos
trag
em e
aná
lise
dos p
olue
ntes
atm
osfé
ricos
a se
rem
def
inid
os n
as re
spec
tivas
Inst
ruçõ
es N
or-
mat
ivas
:
a) -
Par
tícul
as T
otai
s em
Sus
pens
ão -
Mét
odo
de A
mos
trad
or d
e G
rand
esVo
lum
es o
u M
étod
o Eq
uiva
lent
e.
b) -
Fum
aça
- Mét
odo
da R
efle
tânc
ia o
u M
étod
o Eq
uiva
lent
e.
c) -
Part
ícul
as In
aláv
eis -
Mét
odo
de S
epar
ação
Iner
cial
/Filt
raçã
o ou
Mét
odo
Equi
vale
nte.
d) -
Dió
xido
de
Enxo
fre
- Mét
odo
de P
arar
onas
ilina
ou
Mét
odo
Equi
vale
nte.
e) -
Mon
óxid
o de
Car
bono
- M
étod
o do
Infr
a-Ve
rmel
ho n
ão D
isper
sivo
ouM
étod
o Eq
uiva
lent
e.
f) - O
zôni
o - M
étod
o da
Qui
mio
lum
ines
cênc
ia o
u M
étod
o Eq
uiva
lent
e.
g) -
Dió
xido
de
Nitr
ogên
io -
Mét
odo
da Q
uim
iolu
min
escê
ncia
ou
Mét
odo
1 - c
once
ntra
ção
méd
ia a
ritm
étic
a an
ual d
e 40
(qua
rent
a) m
icro
gram
as p
orm
etro
cúb
ico
de a
r.
2 - c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hor
as d
e 10
0 (c
em) m
icro
gram
aspo
r met
ro c
úbic
o de
ar,
que
não
deve
ser e
xced
ida
mai
s de
uma
vez
por a
no.
III -
Part
ícul
as In
aláv
eis
a) P
adrã
o Pr
imár
io e
Sec
undá
rio
1- c
once
ntra
ção
méd
ia a
ritm
étic
a an
ual d
e 50
(cin
qüen
ta) m
icro
gram
as p
orm
etro
cúb
ico
de a
r.
2 - c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hor
as d
e 15
0 (c
ento
e c
inqü
en-
ta) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
de a
r, qu
e nã
o de
ve se
r exc
edid
a m
ais d
eum
a ve
z po
r ano
.
IV -
Dió
xido
de
Enxo
fre
a) P
adrã
o Pr
imár
io
1- c
once
ntra
ção
méd
ia a
ritm
étic
a an
ual d
e 80
(oi
tent
a) m
icro
gram
as p
orm
etro
cúb
ico
de a
r.
2- c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 24
(vi
nte
e qu
atro
) ho
ras
de 3
65 (
trez
ento
s e
sess
enta
e c
inco
) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
de a
r, qu
e nã
o de
ve s
erex
cedi
da m
as d
e um
a ve
z po
r ano
.
b) P
adrã
o Se
cund
ário
1 - c
once
ntra
ção
méd
ia a
ritm
étic
a an
ual d
e 40
(qua
rent
a) m
icro
gram
as p
orm
etro
cúb
ico
de a
r.
2 -
conc
entr
ação
méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hor
as d
e 10
0 (c
em) m
icro
gram
aspo
r met
ro c
úbic
o de
ar,
que
não
deve
ser e
xced
ida
mai
s de
uma
vez
por a
no.
V - M
onóx
ido
de C
arbo
no
a) P
adrã
o Pr
imár
io e
Sec
undá
rio
1- c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 8
(oito
) hor
as d
e 10
.000
(dez
mil)
mic
rogr
amas
por m
etro
cúb
ico
de a
r (9
ppm
), qu
e nã
o de
ve se
r exc
edid
a m
ais d
e um
a ve
zpo
r ano
.
2 - c
once
ntra
ção
méd
ia d
e 1
(urn
a) h
ora d
e 40
.000
(qua
rent
a mil)
mic
rogr
amas
por m
etro
cúb
ico
de a
r (35
ppm
), qu
e nã
o de
ve se
r exc
edid
a m
ais d
e um
a ve
z
Equi
vale
nte.
§ 1º
- C
onst
itui-s
e M
étod
o de
Ref
erên
cia,
os m
étod
os a
prov
ados
pel
o In
stitu
-to
Nac
iona
l de
Met
rolo
gia,
Nor
mal
izaç
ão e
Qua
lidad
e In
dust
rial -
INM
ETRO
e na
aus
ênci
a de
les o
s rec
omen
dado
s pel
o IB
AM
A c
omo
os m
ais a
dequ
ados
equ
e de
va se
r util
izad
o pr
efer
enci
alm
ente
.
§ 2º
- Po
derã
o se
r ado
tado
s mét
odos
equ
ival
ente
s aos
mét
odos
de
refe
rên-
cia,
des
de q
ue a
prov
ados
pel
o IB
AM
A.
§ 3º
- Fi
cam
def
inid
as c
omo
cond
içõe
s de
refe
rênc
ia a
tem
pera
tura
de
25ºC
e a
pres
são
de 7
60 m
ilím
etro
s de
colu
na d
e m
ercú
rio (1
.013
,2 m
iliba
res)
.
Art
. 5º -
O m
onito
ram
ento
da
qual
idad
e do
ar é
atr
ibui
ção
dos E
stad
os.
Art
. 6º
- Fic
am e
stab
elec
idos
os N
ívei
s de
Qua
lidad
e do
Ar p
ara
elab
oraç
ãodo
Pla
no d
e Em
ergê
ncia
par
a Ep
isódi
os C
rític
os d
e Po
luiç
ão d
o A
r, vi
sand
opr
ovid
ênci
as d
os g
over
nos d
e Es
tado
e d
os M
unic
ípio
s, a
ssim
com
o de
ent
i-da
des p
rivad
as e
com
unid
ade
gera
l, co
m o
obj
etiv
o de
pre
veni
r gra
ve e
imi-
nent
e ris
co à
saúd
e da
pop
ulaç
ão.
§ lº
- C
onsid
era-
se E
pisó
dio
Crít
ico
de P
olui
ção
do A
r a
pres
ença
de
alta
sco
ncen
traç
ões d
e po
luen
tes n
a at
mos
fera
em
cur
to p
erío
do d
e te
mpo
, res
ul-
tant
e da
oco
rrên
cia
de c
ondi
ções
met
eoro
lógi
cas d
esfa
vorá
veis
à di
sper
são
dos m
esm
os.
§ 2º
- Fi
cam
est
abel
ecid
os o
s Nív
eis d
e A
tenç
ão, A
lert
a e
Emer
gênc
ia, p
ara
aex
ecuç
ão d
o Pl
ano.
§ 3º
- N
a de
finiç
ão d
e qu
alqu
er d
os n
ívei
s enu
mer
ados
pod
erão
ser c
onsid
e-ra
das c
once
ntra
ções
de
dióx
ido
de e
nxof
re, p
artíc
ulas
tota
is em
susp
ensã
o,pr
odut
o en
tre
part
ícul
as to
tais
em su
spen
são
e di
óxid
o de
enx
ofre
, mon
óxid
ode
car
bono
, ozô
nio,
par
tícul
as in
aláv
eis,
fum
aça,
dió
xido
de
nitr
ogên
io, b
emco
mo
a pr
evisã
o m
eteo
roló
gica
e o
s fat
os e
fato
res i
nter
veni
ente
s pre
vist
os e
espe
rado
s.
§ 4º
- A
s pro
vidê
ncia
s a se
rem
tom
adas
a p
artir
da
ocor
rênc
ia d
os N
ívei
s de
Ate
nção
e d
e A
lert
a tê
m p
or o
bjet
ivo
evita
r o a
tingi
men
to d
o N
ível
de
Emer
-gê
ncia
.
§ 5º
- O
Nív
el d
e A
tenç
ão se
rá d
ecla
rado
qua
ndo,
pre
vend
o-se
a m
anut
ençã
oda
s em
issõe
s, b
em c
omo
cond
içõe
s met
eoro
lógi
cas d
esfa
vorá
veis
à di
sper
-sã
o do
s pol
uent
es n
as 2
4 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
subs
eqüe
ntes
, for
atin
gida
um
a
ou m
ais d
as c
ondi
ções
a se
guir
enum
erad
as:
a) -
conc
entr
ação
de
dióx
ido
de e
nxof
re (S
O2),
méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hora
s, d
e 80
0 (o
itoce
ntos
) mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o;
b) -
con
cent
raçã
o de
par
tícul
as t
otai
s em
sus
pens
ão, m
édia
de
24 (v
inte
equ
atro
) hor
as, d
e 37
5 (t
reze
ntos
e se
tent
a e
cinc
o) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúbi
co;
c) -
pro
duto
, igu
al a
65x
103,
ent
re a
con
cent
raçã
o de
dió
xido
de
enxo
fre
(SO
2) e
a co
ncen
traç
ão d
e pa
rtíc
ulas
tot
ais
em s
uspe
nsão
- a
mba
s em
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o, m
édia
de
24 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
;
d) -
conc
entr
ação
de
mon
óxid
o de
car
bono
(CO
), m
édia
de
08 (o
ito) h
oras
,de
17.
000
(dez
esse
te m
il) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
(15
ppm
);
e) -
conc
entr
ação
de
ozôn
io, m
édia
de
1 (u
ma)
hor
a, d
e 40
0 (q
uatr
ocen
tos)
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o;
f) - c
once
ntra
ção
de p
artíc
ulas
inal
ávei
s, m
édia
de
24 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
,de
250
(duz
ento
s e c
inqü
enta
) mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o;
g) -
con
cent
raçã
o de
fum
aça,
méd
ia d
e 24
(vi
nte
e qu
atro
) ho
ras,
de
250
(duz
ento
s e c
inqü
enta
) mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o.
h) -
conc
entr
ação
de
dióx
ido
de n
itrog
ênio
(NO
2), m
édia
de
1 (u
ma)
hor
a, d
e11
30 (h
um m
il ce
nto
e tr
inta
) mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o.
§ 6º
- O
Nív
el d
e A
lert
a se
rá d
ecla
rado
qua
ndo,
pre
vend
o-se
a m
anut
ençã
oda
s em
issõe
s, b
em c
omo
cond
içõe
s met
eoro
lógi
cas d
esfa
vorá
veis
à di
sper
-sã
o de
pol
uent
es n
as 2
4 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
subs
eqüe
ntes
, for
atin
gida
um
aou
mai
s das
con
diçõ
es a
segu
ir en
umer
adas
:
a) -
conc
entr
ação
de
dióx
ido
de e
nxof
re (S
O2),
méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hora
s, 1
.600
(hum
mil
e se
iscen
tos)
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o;
b) -
con
cent
raçã
o de
par
tícul
as t
otai
s em
sus
pens
ão, m
édia
de
24 (v
inte
equ
atro
) hor
as, d
e 62
5 (s
eisc
ento
s e
vint
e e
cinc
o) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúbi
co;
c) -
prod
uto,
igua
l a 2
61 x
103
, ent
re a
conc
entr
ação
de
dióx
ido
de e
nxof
re(S
O2)
e a
conc
entr
ação
de
part
ícul
as to
tais
em su
spen
são
- am
bas e
m m
icro
gram
aspo
r met
ro c
úbic
o, m
édia
de
24 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
;
d) -
conc
entr
ação
de
mon
óxid
o de
car
bono
(CO
), m
édia
de
8 (o
ito) h
oras
, de
34.0
00 (t
rinta
e q
uatr
o m
il) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
(30
ppm
);
e) -
con
cent
raçã
o de
ozô
nio,
méd
ia d
e 1
(um
a) h
ora,
de
800
(oito
cent
os)
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o;
f) - c
once
ntra
ção
de p
artíc
ulas
inal
ávei
s, m
édia
de
24 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
,de
420
(qua
troc
ento
s e v
inte
) mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o.
g) -
con
cent
raçã
o de
fum
aça,
méd
ia d
e 24
(vi
nte
e qu
atro
) ho
ras,
de
420
(qua
troc
ento
s e v
inte
) mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o.
h) -
conc
entr
ação
de
dióx
ido
de n
itrog
ênio
(NO
2), m
édia
de
1(ur
na) h
ora
de2.
260
(doi
s mil,
duz
ento
s e se
ssen
ta) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico.
§ 7º
- O
nív
el d
e Em
ergê
ncia
será
dec
lara
do q
uand
o, p
reve
ndo-
se a
man
uten
-çã
o da
s em
issõe
s, b
em c
omo
cond
içõe
s met
eoro
lógi
cas d
esfa
vorá
veis
à di
s-pe
rsão
dos
pol
uent
es n
as 2
4 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
subs
eqüe
ntes
, for
atin
gida
uma
ou m
ais d
as c
ondi
ções
a se
guir
enum
erad
as:
a) -
conc
entr
ação
de
dióx
ido
de e
nxof
re (S
O2 )
, méd
ia d
e 24
(vin
te e
qua
tro)
hora
s, d
e 2.
100
(doi
s mil
e ce
m) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico;
b) -
con
cent
raçã
o de
par
tícul
as t
otai
s em
sus
pens
ão, m
édia
de
24 (v
inte
equ
atro
) hor
as, d
e 87
5 (o
itoce
ntos
e se
tent
a e
cinc
o) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúbi
co;
c) -
prod
uto,
igua
l a 3
93 x
103
, ent
re a
con
cent
raçã
o de
dió
xido
de
enxo
fre
(SO
2) e
a co
ncen
traç
ão d
e pa
rtíc
ulas
tot
ais
em s
uspe
nsão
- a
mba
s em
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o, m
édia
de
24 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
;
d) -
conc
entr
ação
de
mon
óxid
o de
car
bono
(CO
), m
édia
de
8 (o
ito) h
oras
, de
46.0
00 (q
uare
nta
e se
is m
il) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico
(40
ppm
);
e) -
con
cent
raçã
o de
ozô
nio,
méd
ia d
e 1
(um
a) h
ora
de 1
.000
(hu
m m
il)m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico;
f) - c
once
ntra
ção
de p
artíc
ulas
inal
ávei
s, m
édia
de
24 (v
inte
e q
uatr
o) h
oras
,de
500
(qui
nhen
tos)
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o;
g) -
con
cent
raçã
o de
fum
aça,
méd
ia d
e 24
(vi
nte
e qu
atro
) ho
ras,
de
500
(qui
nhen
tos)
mic
rogr
amas
por
met
ro c
úbic
o;
h) -
conc
entr
ação
de
dióx
ido
de n
itrog
ênio
(NO
2), m
édia
de
1 (u
ma)
hor
a de
3.00
0 (t
rês m
il) m
icro
gram
as p
or m
etro
cúb
ico.
§ 8º
- C
abe
aos E
stad
os a
com
petê
ncia
par
a in
dica
r as a
utor
idad
es re
spon
sá-
veis
pela
dec
lara
ção
dos d
iver
sos n
ívei
s, d
even
do a
s dec
lara
ções
efe
tuar
-se
por q
ualq
uer d
os m
eios
usu
ais d
e co
mun
icaç
ão d
e m
assa
.
§ 9º
- D
uran
te a
per
man
ênci
a do
s nív
eis a
cim
a re
ferid
os, a
s fon
tes d
e po
luiç
ãodo
ar f
icar
ão, n
a ár
ea a
tingi
da, s
ujei
tas à
s res
triç
ões p
revi
amen
te e
stab
elec
i-da
s pel
o ór
gão
de c
ontr
ole
ambi
enta
l.
Art
. 7º
- Out
ros P
adrõ
es d
e Q
ualid
ade
do A
r par
a po
luen
tes,
alé
m d
os a
qui
prev
istos
, pod
erão
ser e
stab
elec
idos
pel
o C
ON
AM
A, s
e ist
o vi
er a
ser j
ulga
-do
nec
essá
rio.
Art
. 8º -
Enq
uant
o ca
da E
stad
o nã
o de
ferir
as á
reas
de
Cla
sse
I, II
e III
men
cio-
nada
s no
item
2, s
ubite
m 2
.3, d
a Re
solu
ção
CO
NA
MA
nº 0
05/8
9, se
rão
ado-
tado
s os
pad
rões
prim
ário
s de
qua
lidad
e do
ar
esta
bele
cido
s ne
sta
Reso
lu-
ção.
Art
. 9º -
Est
a Re
solu
ção
entr
a em
vig
or n
a da
ta d
e su
a pu
blic
ação
, rev
ogad
asas
disp
osiç
ões e
m c
ontr
ário
.
Tân
ia M
aria
Ton
elli
Mun
hoz
/ Jos
é A
. Lut
zenb
erge
r