UNISALESIANO
Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Curso de Educação Física
Érica Jaqueline Papile Candido
INCLUSÃO DO TÊNIS DE CAMPO NO
PROGRAMA ESCOLA DA FAMILIA NA CIDADE
DE UNIÃO PAULISTA-SP COMO PROPOSTA
DE SOCIALIZAÇÃO
LINS – SP 2011
ÉRICA JAQUELINE PAPILE CANDIDO
INCLUSÃO DO TÊNIS DE CAMPO NO PROGRAMA ESCOLA DA
FAMILIA NA CIDADE DE UNIÃO PAULISTA-SP COMO PROPOSTA DE
SOCIALIZAÇÃO
Trabalho de conclusão de curso
apresentado à Banca Examinadora do Centro
Universitário Católico Salesiano Auxilium, curso
de Educação Física Licenciatura, sob a
orientação da Prof.ª Giseli de Barros Silva e
orientação técnica da Prof.ª Ana Beatriz Lima.
LINS – SP 2011
Candido, Érica Jaqueline Papile
C233i Inclusão do tênis de campo no programa escola da família
na cidade de União Paulista-SP como proposta de socialização / Érica Jaqueline Papile Candido.– – Lins, 2011.
53p. il. 31cm.
Monografia apresentada ao Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium – UNISALESIANO, Lins-SP, para graduação em Educação Física Licenciatura, 2011.
Orientadores: Giseli de Barros Silva; Ana Beatriz Lima 1. Tênis de Campo. 2. Inclusão e Socialização . 3. Programa
escola da família. I Titulo.
CDU 796
ÉRICA JAQUELINE PAPILE CANDIDO
INCLUSÃO DO TÊNIS DE CAMPO NO PROGRAMA ESCOLA DA
FAMILIA NA CIDADE DE UNIÃO PAULIS-SP COMO PROPOSTA DE
SOCIALIZAÇÃO
Monografia apresentada ao Centro Universitário Salesiano Auxilium,
curso de Educação Física de Lins, para obtenção do titulo de Licenciatura
em Educação Física.
Aprovado em ___/___/2011
Banca Examinadora: Prof.ª Giseli de Barros Silva Especialista em Fisiologia do Exercício
Assinatura: __________________________________
1º Prof(a): ___________________________________________________________ Titulação:
Assinatura:__________________________________
2º Prof(a): ___________________________________________________________ Titulação: ___________________________________________________________
Assinatura: __________________________________
Dedico esta monografia aos meus pais e minha irmã que estiveram
comigo em todos os momentos no qual eu precisei deles. Graças a eles
que estou aqui hoje concluindo mais um curso, pois eles são minha
inspiração.
Dedico também a todos meus amigos que tiveram ao meu lado no
decorrer deste trabalho.
E dedico também a minha orientadora Giseli (Gi) que me deu muita
atenção nos momentos que precisei.
Érica Jaqueline Papile Candido
AGRADECIMENTOS
Em primeiro lugar agradeço a Deus, criador do mundo, depois a minha
família que sempre estão ao meu lado, agradeço também minha
orientadora Gi e todos meus amigos que sempre estão ao meu lado.
Obrigada!
Érica Jaqueline Papile Candido
RESUMO
A Educação Física é uma rica área para discussões, porém carece de estudos que abordam especificamente modalidades pouco conhecidas, como é o caso do tênis de campo. Diante dessas poucas possibilidades de estudos em esportes como o citado, a pesquisa teve por objetivo: mostrar as possibilidades de aprender um esporte de pouca popularidade, e provar que mesmo sendo um esporte caro, crianças carentes, do programa escola da família, também podem praticar. As informações foram obtidas através de alunos do programa Escola da Família da cidade de União Paulista-SP, realizado aos finais de semana. A dimensão do tênis de campo para as crianças foi tão grande, que ficou claro perceber que nunca haviam se deparado com essa modalidade, mostrando que existem inúmeras condições, de trazer todo e qualquer tipo de esportes, para toda a população, independente de classe social. O tênis é um esporte como qualquer outro onde tem como objetivo trabalhar todas as capacidades físicas melhorando a qualidade de vida. É um jogo de habilidades, e o elemento físico é menos importante comparado com muitos outros esportes, pode ser jogado em alto padrão por uma variedade de pessoas. Uma das características dessa modalidade é a individualidade, deixando de existir o risco de uma colisão corporal. Isso trará mais resistência, sendo também que o esporte melhora a capacidade cardiovascular e respiratória, reduz o risco de ataques cardíacos e também ajuda na prevenção da osteoporose e auxilia no bem-estar físico e mental, diminuindo a ansiedade, o estresse e a depressão.
Palavras - chave Tênis de Campo. Inclusão e socialização. Programa escola da família.
ABSTRACT
Physical Education is a rich area for discussion, but lacks studies that specifically address modalities little known, as is the case of tennis field. Given these few possibilities for studies in sports such as mentioned, the research aimed to: show the possibilities of learning a sport of little popularity, and prove that even being an expensive sport, needy children, the school program from the family, may play . Information was obtained from students in the School of Family Union City Paulista, SP, done on weekends. The size of tennis camp for children was so great that it was plain to see that they had never encountered this type, showing that there are numerous conditions, to bring any kind of sports, for the entire population, regardless of social class . Tennis is a sport like any other which aims to work all physical abilities by improving the quality of life. It is a game of skill, and the physical element is less important compared to many other sports can be played at a high standard by a variety of people. One characteristic of this mode is the individuality and cease to exist the risk of a collision body. This will bring more strength, and also that sport improves cardiovascular and respiratory systems, reduces the risk of heart attacks and also helps prevent osteoporosis and helps in the physical well-being and mental health, reducing anxiety, stress and depression.
Keywords Tennis Field. Inclusion and socialization. Family School
Program
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Quadra de Tênis de Campo................................................27
Figura 2: Algumas crianças que praticam o tênis no programa escola
da família..............................................................................................51
Figura 3: Crianças jogando tênis.........................................................51
Figura 4: Rede de voleibol adaptada para a prática do tênis..............52
Figura 5: Movimentos de jogo com a raquete....................................52
Figura 6: Os principais materiais utilizados........................................53
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO..........................................................................................10
CAPITULO I – OS BENEFICIOS DO TENIS DE CAMPO.......................12
1 CONCEITO..................................................................................12
1.1 Exercício Aeróbico.......................................................................12
1.2 Benefícios do Tênis de Campo....................................................13
1.3 A importância da atividade física para crianças..........................13
CAPITULO I I- O TÊNIS DE CAMPO.......................................................14
2 Conceito e definição do Tênis de Campo....................................14
2.1 Tênis de Campo no Brasil...........................................................14
2.1.1 Regras Básicas............................................................................15
2.1.2 Glossário do Tênis..........................................................................17
2.2 Adaptação das crianças a Prática do Tênis de Campo...............24
2.3 A importância do Professor de Educação Física na pratica do Tênis de
Campo..................................................................................................26
2.4 Quadra de tênis de Campo..........................................................26
2.4.1 Resumo das medidas da quadra de tênis de campo..................28
CAPITULO III – A INCLUSÃO SOCIAL E SOCIALIZAÇÃO ESCOLAR
3 CONCEITO................................................................................30
3.1 Esporte e Inclusão social...........................................................30
3.1.1 Processos iniciais para a inclusão da pratica do tênis de campo
nas escolas................................................................................................32
3.2 O que vem a ser Socialização....................................................33
CAPITULO IV – A PESQUISA..................................................................36
4 INTRODUÇÃO.............................................................................36
4.1 A adaptação do Tênis de Campo no Programa Escola da Família.36
4.2 Métodos.........................................................................................36
4.3 Historia do Programa escola da família.........................................37
4.4 Características do local da pesquisa.............................................38
4.5 Atividades desenvolvidas sem materiais........................................39
4.6 Atividades desenvolvidas com materiais........................................39
4.7 Depoimentos...................................................................................40
4.8 Considerações finais sobre a pesquisa..........................................40
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO.............................................................42
CONCLUSÃO...........................................................................................43
REFERÊNCIAS.........................................................................................44
APÊNDICES..............................................................................................46
ANEXOS...................................................................................................50
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INTRODUÇÃO
Este estudo tem como objetivo mostrar para as crianças do
programa escola da família que é possível praticar o tênis de campo sem
muitos recursos financeiros ainda aumentando a socialização, buscamos
mostrar um pouco deste esporte Foi desenvolvido no programa escola da
família na cidade de União Paulista – SP, no período de dois meses aos
finais de semana com aulas teóricas e praticas.
O tênis é um esporte como qualquer outro onde tem como objetivo
trabalhar todas as capacidades físicas melhorando a qualidade de vida. É
um jogo de habilidades, e o elemento físico é menos importante
comparado com muitos outros esportes, pode ser jogado em alto padrão
por uma variedade de pessoas.
Uma das características dessa modalidade é a individualidade,
deixando de existir o risco de uma colisão corporal. Más também pode ser
adaptado as escolas sendo desenvolvido com varias crianças ao mesmo
tempo, ai vai da criatividade do professor a maneira que será ministrada a
aula.
Nesta perspectiva, Silva (2007) refere que o histórico do tênis
carrega consigo algumas qualidades do velho e bom espírito esportivo
tais como o cavalheirismo, elegância, respeito às regras, sociabilidade
entre os sexos, longevidade, embate de estilos e personalidades,
glamour, alta competitividade, diversão ao ar livre, responsabilidade social
e bom humor, estes que estão presentes até hoje em clubes, academias,
parque.
No Brasil, nos últimos anos, o número de praticantes de tênis de
campo tem crescido tanto no âmbito recreacional como no competitivo.
Podemos especular que tal fenômeno se deva ao nosso ídolo Gustavo
Kuerten que tem apresentado grandes resultados e levado o nome do
país ao estrelato no tênis mundial. Somando-se a isto, uma grande
quantidade de patrocinadores novos tem surgido e assim aumentado o
11
numerário de competições no país. Entre as mais visadas são os torneios
Challenger e Futures que englobam a participação de tenistas infantis e
juvenis.
Diante da situação exposta, foi formulada a seguinte questão:
O tênis proporciona que tipo de beneficio para as crianças do
programa escola da família?
- Beneficios físicos do tênis: capacidade aeróbica, força muscular,
coordenação dos movimentos, velocidade, agilidade, flexibilidade, etc.
- Beneficios psicológicos do tênis: desenvolvimento da disciplina e
da aprendizagem do jogo, reforça o valor do trabalho e do esforço, cria
um sentido competitivo íntegro, estimula o trabalho em equipe,
desenvolve habilidades sociais, melhora a autoestima, a segurança e a
diversão.
Dentre alguns benefícios – podemos destacar também a
socialização e a afetividades entre eles e o tênis é um esporte fácil de
aprender e proporciona muita diversão.
Sendo assim este estudo esta dividido em quatro capítulos:
Capitulo I: Os benefícios do tênis de campo;
Capitulo II: Tênis de Campo, regras e sua historia no Brasil;
Capitulo III: A inclusão social e a socialização escolar
Capitulo IV: A Pesquisa desenvolvida no Programa escola da
família.
Finalizando o trabalho, a resposta do estudo e as considerações
finais.
12
CAPITULO I
OS BENEFICIOS DO TENIS DE CAMPO
1. CONCEITO
Segundo Confederação Brasileira de Tênis (2004), o tênis é uma
das atividades físicas mais completas e que exige muito esforço e
dedicação do atleta, pois além do esporte trazer uma série de benefícios
para a saúde e para a mente, também é a opção para quem quer ficar em
forma.
Uma das principais vantagens do esporte é que, durante a aula ou
o treino, o atleta trabalha o corpo todo e que possibilita o elevado gasto
calórico ao mesmo tempo em que trabalha força muscular. Portanto, além
de auxiliar na perda de peso, ele exige um grande esforço das pernas
para se locomover, do abdômen para a sustentação e dos braços, ombros
e costas para os movimentos com a raquete.
Com a prática do tênis, nota-se um grande ganho de massa
muscular principalmente nas pernas e nos braços e junto dele seria ideal
que se praticasse outro tipo de atividade física, como por exemplo,
corrida. Isso trará mais resistência, sendo também que o esporte melhora
a capacidade cardiovascular e respiratória, reduz o risco de ataques
cardíacos e também ajuda na prevenção da osteoporose e auxilia no
bem-estar físico e mental, diminuindo a ansiedade, o estresse e a
depressão.
1.1 Exercício aeróbico
Exercícios aeróbios típicos são contínuos e prolongados,
realizados com movimentos não muito rápidos, e pode ser praticado por
qualquer tipo de pessoa( crianças, adultos e idosos).
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Nesta perspectiva, autores como Alexander e Luckmann (2001) e
Graça (2004 apud BALBINOTTI et al. 2009 p. 36), referem que:
Por meio do esporte, o indivíduo pode melhorar a qualidade de vida, exercer o convívio social, ampliar as relações de amizade, vivenciar o trabalho em equipe, gerar resoluções de problemas na prática de jogos, desenvolver condutas esportivas apropriadas por meio do jogo e o respeito às regras, assumir papeis de liderança e experimentar o prazer e
o divertimento (BALBINOTTI, 2009 P.22).
1.2 Benefícios do Tênis de Campo
A prática do Tênis de Campo aumenta o ganho de massa
muscular, melhora o condicionamento físico aula ou o treino, o atleta
trabalha o corpo todo e que possibilita o elevado gasto calórico ao mesmo
tempo em que trabalha força muscular. Portanto, além de auxiliar na
perda de peso, ele exige um grande esforço das pernas para se
locomover, do abdômen para a sustentação e dos braços, ombros e
costas para os movimentos com a raquete.
Dentre alguns benefícios podemos destacar a socialização e a
afetividades entre eles e o tênis é um esporte fácil de aprender e
proporciona muita diversão.
1.3 A importância da Atividade Física para Crianças
A prática esportiva desperta no jovem e nas crianças um grau de
excitação somático produzidas pelo próprio corpo, onde através da
elevação do batimento cardíaco e do tônus muscular, as expectativas de
prazer e satisfação, a possibilidade de gritar e comemorar configura um
contexto em que sentimentos de prazer, raiva, alegria, entre outros, são
vividos e expressos de maneira intensa e muitas vezes inédita pelos
alunos.
14
CAPITULO II
O TÊNIS DE CAMPO
2 Conceito e definição do Tênis de Campo
A Confederação Brasileira de Tênis (2004) afirma que, o tênis é
considerado um esporte para as camadas mais altas da sociedade e sua
origem está remontada desde o Império Romano. A Escócia considerava-
se o primeiro país que jogou tênis, mas na realidade o esporte surgiu do
jogo do balão (HARPASTUM) praticado pelos romanos, que o levaram
para todas as regiões do mundo. O Harpastum foi adaptado no País
Basco e recebeu o nome de jeu de paume, porque a bola era batida com
a palma da mão contra um muro, mais ou menos o que ocorre hoje com a
Pelota Basca. Em 1874, um major inglês chamado Walter Clopton
Wingfielduqe propôs como jogo novo o sphairistike, que em grego
significa jogo de bola, conservando-se por pouco tempo esse nome,
serviria como diversão para seus convidados antes do real propósito da
visita que era a caça ao faisão, sendo no gramado de sua mansão a
disputa das primeiras partidas de tênis. É um jogo de habilidades, e o
elemento físico é menos importante comparado com muitos outros
esportes, pode ser jogado em alto padrão por uma variedade de pessoas.
Uma das características dessa modalidade é a individualidade, deixando
de existir o risco de uma colisão corporal.
2.1 Tênis de Campo no Brasil
O tênis chegou ao Brasil em 1888, trazido principalmente por
engenheiros britânicos que vieram ao país para construir estradas de
ferro. (BALBINOTTI, 2009). No Brasil, nos últimos anos, o número de
15
praticantes de tênis de campo tem crescido tanto no âmbito recreacional
como no competitivo. Podemos especular que tal fenômeno se deva ao
nosso ídolo Gustavo Kuerten que tem apresentado grandes resultados e
levado o nome do país ao estrelato no tênis mundial. Somando-se a isto,
uma grande quantidade de patrocinadores novos tem surgido e assim
aumentado o numerário de competições no país. Entre as mais visadas
são os torneios Challenger e Futures que englobam a participação de
tenistas infantis e juvenis.
2.1.1 Regras Básicas
O tênis é um esporte praticado em todo o mundo, de acordo com
as regras estabelecidas pela ITF (Internacional Tennis Federation).
American Sport Education Program (1999).
Este esporte é disputado em seis games e pontos, o ponto é a
primeira conquista realizada pelo tenista, acontece quando a bola bate
contra a rede e não transpõe, quica fora das linhas de demarcação ou o
tenista não bate na bola antes que ela quique duas vezes. Em relação ao
saque, um jogador saca um game todo, o game pode durar quatro pontos
(15,30,40 game) ou até um numero indefinido. O sacador alterna os lados
para executar o saque e deve sacar na diagonal (AMERICAN SPORT
EDUCATION PROGRAM,1999).
A quadra mede 23,77 metros, a linha da base para jogos
individuais é de 8,22 metros e a linha de base para os jogos de duplas é
de 10,97 metros. A área de saque mede 4,11 metros de largura (cada
lado) e de 6,4 metros de cumprimento.
Quando uma quadra serve para os jogos de simples e de duplas, a
mesma deverá estar provida com dois postes de sustentação da rede
(paus de simples) com uma altura de 1,07m, e de não mais de 7,5cm de
largura ou de diâmetro, cujos centros deverão estar colocados a 0,914 m
para fora da quadra de simples. A altura da rede, no centro, deverá ser de
0,914m sendo que a rede deve ser uma malha suficientemente pequena
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para evitar que a bola atravesse. Para manter essa altura, usa-se uma fita
de não menos do que 5 cm e não mais do que 6 cm e de cor branca. Não
deve existir anúncios na rede, fitas ou paus de simples. Estarão
autorizados os anúncios colocados na rede, desde que colocados
naquela aérea entre o pau de simples e o poste da rede e de uma
maneira que seja possível ver através da rede. Estes anúncios não
podem conter branco ou amarelo. Se forem colocados anúncios ou
qualquer tipo de material no fundo da quadra, ou nas cadeiras dos
árbitros de linha, os mesmos não poderão conter as cores branca ou
amarela. Cores claras somente poderão ser utilizadas caso não interfiram
na visão dos jogadores. Nota 1: No caso de torneios da ITF (Federação
Internacional de Tênis),como Copa Davis ou Fed Cup, deve haver um
espaço atrás da linha de fundo não menor do que 6,4m e dos lados não
menor do que 3,66m . No caso de torneios da CBT (Confederação
Brasileira de Tênis), o espaço mínimo no fundo da quadra deverá ser,
pelo menos, de 5,5m e nas laterais de, pelo menos, 3m . Nota 2: Altura
mínima para quadras cobertas: ITF - mínimo de 9 m a partir da rede
(12,19 m para Davis Cup Grupo Mundial). ATP - mínimo de 12,19 m a
partir da rede.
Uma partida é realizada em melhor de 3 sets. Os gran – slans (4
torneios: Aberto da Austrália, Roland Garros, Winblendon e Aberto dos
E.U.A), no masculino é disputado em melhor de cinco sets e no feminino
em melhor de três sets.
A raquete deverá estar dentro dos limites de medidas oficiais, a
superfície da raquete deverá ser plana, não sendo permitido haver mais
de um padrão de cordas na face de uma raquete. Esse padrão deve ser
uniforme e particularmente não menos denso no centro do que em outras
áreas. O aro da raquete não deve exceder 29 polegadas (73,66 cm) em
comprimento, incluindo o cabo e 12 ½ polegadas de largura total. A
superfície encordoada não deve exceder 15 ½ polegadas (39,37 cm) em
comprimento e 11 ½ polegadas (29,21 cm) em largura. O aro e o cabo
devem estar livres de objetos agregados e dispositivos outros que
aqueles utilizados somente e especificamente para limitar ou prevenir
desgastes ou vibração, ou para distribuir peso. O aro , incluindo o abo e
17
as cordas devem estar livres de qualquer dispositivo que torne possível
mudar materialmente o formato da raquete ou mudar a distribuição de
peso durante um ponto. Nenhuma fonte de energia que de alguma
maneira mude ou afete as características de jogo da raquete poderá ser
adaptada ou mesmo anexada à raquete.
2.1.2 Glossário do Tênis
Segunda a Confederação Brasileira de Tênis(2004), os termos
mais utilizados no tênis é:
Ace: Saque indefensável
American-twist: Efeito obtido no saque (a bola não tem grande
velocidade mas adquire altura após quicar no solo).
Approach: Golpe com objetivo de aproximação da rede, para realizar o
voleio.
Aquecimento: Troca de bola, para aquecimento dos jogadores. Em
partidas oficiais, o aquecimento tem duração de 5 minutos.
Antivibrador: Acessório de borracha, onde segundo as regras da ITF
(International Tennis Federation) deve ser colocado depois da última
corda na horizontal (na base do encordoamento da raquete) que serve
para reduzir a transmissão de vibração (causada no momento do impacto
com a bola), das cordas para o braço do tenista.
Aro: parte de cima da raquete (cabeça) sem as cordas.
ATP: Sigla da associação masculina que controla o tênis profissional
(Association of Tennis Professionals).
Australiana: Nome dado a uma formação tática no jogo de duplas, onde
dois jogadores que têm a posse de do saque, começam o ponto quase no
centro da quadra.
Bate-pronto: Qualquer golpe executado a poucos centímetros do chão,
assim que a bola começa a subir.
Backhand: Golpe dado do lado contrário ao que se segura a raquete (
em inglês, backhand significa costas da mão, ou seja é o golpe em que o
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tenista mostra as costas da mão ao adversário). Conhecido também como
“esquerda” ou “revés”.
Backswing: Amplitude de movimento, que vai desde abertura do braço
para execução de um golpe de base até o momento do impacto da
raquete com a bola.
Boleiro: Também chamado de “pegador”, tem a função de ajudar os
tenistas durante a partida, recolhendo e distribuindo as bolas aos
jogadores.
Break ou quebra: Ganhar o game em que foi o adversário quem sacou
(quebra de saque).
Break-point: Ponto que favorece o recebedor e, se vencido, conduzirá a
quebra de saque.
Bye: quando um jogador começa o torneio em uma fase a frente dos
demais jogadores dentro da chave. Geralmente determinados por ranking.
Cabeça-de-chave: São os tenistas de mais alto ranking inscritos num
campeonato. São designados cabeças para evitar que os melhores
jogadores do torneio se encontrem nas primeiras rodadas.
Challenger: Categoria de torneio profissional masculino, com premiação
que varia atualmente de US$ 35 a US$ 120 mil.
Chapado: Golpe dado na bola com pouco efeito.
Chave: Estrutura de um campeonato, feito por sorteio e que determina a
ordem de todos os primeiros jogos e os adversários seguintes de cada
vencedor.
Circuito: Série de torneios que se disputa sob o mesmo regulamento,
padrão, classificação e sistema de pontos, geralmente com o objetivo de
se apurar um campeão geral ao final da série.
Continental: Maneira de empunhar a raquete (maneira mais reta, jogador
pode ter mais dificuldade de realizar efeitos na bola). Atualmente é mais
usada pelos profissionais para os golpes: saque, smash, voleios e o efeito
slice.
Copa Davis: Campeonato masculino por países, criado em 1900, e
atualmente organizado pela Federação Internacional.
Corredor: Área entre a linha lateral de simples e a linha de duplas.
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Deuce: Palavra de origem francesa, que significa igualdade no placar de
um game depois que ele atinge 40 a 40. No Brasil, utiliza–se “iguais”.
Devolução: Quando o jogador responde ao saque do adversário.
Drills: Utilizado para designar uma série de exercícios por repetição.
Drive: Qualquer golpe executado no fundo da quadra.
Drop shot: Mais conhecido como “curtinha” ou “deixadinha”, é um golpe
dado com efeito underspin de forma tal que a bola quique o mais próximo
à rede e o mais baixo possível.
Drop volley: “Deixadinha” dada com um voleio (sem deixar a bola quicar
no chão).
Dupla-falta: Significa duplo erro no saque, o que dá o ponto ao
adversário.
Eastern: Maneira de empunhar a raquete, a face da raquete e a palma da
mão estão em um mesmo plano e não existe uma linha quebrada em seu
pulso, ele está completamente reto. É muito usado até hoje para golpes
de fundo, e no início do aprendizado dos voleios.
Empunhadura: Forma como se segura a raquete para executar golpes.
São basicamente três: western, eastern e continental.
Erros não-forçados: Erros cometidos por um jogador em golpes
considerados de fácil execução.
Fed Cup: Nome dado ao campeonato feminino por países, abreviatura
(Federation Cup).
Foot fault: Falta cometida com os pés durante a execução de saque
(jogador pisa na linha antes de tocar na bola), conforme especifica a
regra.
Forehand: É o golpe em que o tenista mostra a palma da mão ao
adversário.
Future: Categoria de torneio profissional masculino, atualmente com
premiação RS$ 10 ou R$ 15 mil.
Game: Parte da contagem do tênis. É a unidade que compõe o set. Cada
game é disputado por, no mínimo, quatro pontos. Os lances vencidos têm
pontuação progressiva de 15, 30, 40, game. Em caso de empate no 40-
40, haverá necessidade de se ganhar dois pontos consecutivos para
vencer o game.
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Game-point: Ponto favorável ao sacador que, se vencido, permitira
fechar o game.
Grand Slam: Conjunto dos quatro torneios mais tradicionais do tênis,
formado por Australian Open, Roland Garros, Wimbledon e US Open,
supervisionado pela Federação Internacional de Tênis.
Grand Willy: Golpe em que se bate na bola entre as pernas, de costas
para a rede, geralmente na defesa de um lob.
Grip: É o termo utilizado para definir a grossura do cabo da raquete
(medida em polegadas) ou o material (de couro ou sintético) que reveste
o cabo da raquete.
Ground stroke: Nome dado a qualquer golpe executado no fundo de
quadra.
Hawk-eye: Sistema, eletrônico, baseado em computação gráfica em 3D,
que procura identificar a trajetória de todos os golpes de uma partida para
possibilitar a checagem de bolas duvidosas.
“Iguais”: Termo utilizado no Brasil que significa igualdade no placar de
um game depois que ele atinge 40 a 40.
ITF: Federação Internacional de Tênis (International Tennis Federation).
Indoor: Termo utilizado para definir quando a quadra é coberta (fechada).
Jogo de fundo: Um estilo de jogo em que o tenista fica próximo à linha
de fundo quase todo o jogo.
Jogo de rede: Um estilo de jogo em que o tenista joga junto à rede,
voleando a maior parte das bolas.
Juiz de linha: Um dos juízes do jogo, cuja responsabilidade é decidir se
as bolas foram dentro ou fora das linhas laterais, do saque e do fundo.
Juiz de cadeira: É o principal juiz de quadra em uma partida profissional,
responsável pela decisão.
Juiz de rede: É aquele que fica sentado junto ao poste lateral da rede,
com o objetivo de anunciar os lets (quando o saque raspa na rede, entra
ou deve ser repetido).
Let: Utilizada para pedir a repetição de um ponto, quando o jogador esta
despreparado ou ocorreu alguma interferência externa na partida.
Utilizado também para indicar que a bola resvalou na fita durante um
saque.
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Linha de base: Linha que delimita o fundo da quadra.
Lob: Golpe dado sobre o adversário, quando ele esta próximo da rede.
Lucky loser: Tenista eliminado na etapa qualificatória, mas que ganha o
direito de entrar na chave principal pela desistência de algum competidor.
“Madeirada”: Indica uma rebatida em que a bola toca, desvia ou é
impulsionada involuntariamente pelo aro da raquete.
Masters: Tem dois significados: Nos torneios disputados em forma de
circuito, é o nome dado à ultima etapa em que são convocados os
melhores classificados das etapas anteriores. Termo também utilizado
para falar de um torneio que fecha uma temporada, com a presença
limitada dos melhores do ranking.
Master Series: Série dos nove maiores torneios organizados pela
Associação masculina (ATP ). O termo atual, introduzido em 2009, é
“Master 1000”.
Mata–burro: Termo popular para designar a região da quadra (que fica
entre a linha de fundo e a linha de saque) onde o jogador ficará mais
vulnerável, caso se posicione ali para responder o golpe do adversário.
Match-point: Ponto que permite encerrar a partida; ou ponto que finaliza
um jogo.
Net: Expressão utilizada para indicar que o saque resvalou na fita. Caso a
bola toque a fita e caia no quadrado correto de saque, haverá um “let”, ou
seja, o saque será repetido.
No-ad: Significa “sem vantagem”. Utilizado nas partidas de duplas, em
que se inclui a necessidade de dois pontos de diferença para vencer o
game. Quando chegar no 40-40, o recebedor escolhe o lado que quer
devolver. O ponto a ser jogado define o vencedor do game.
Out: Quando a bola é lançada fora das marcas válidas da quadra ou da
área de saque.
Overgrip: Acessório feito de material absorvente e emborrachado para
ser colocado por cima da empunhadura original da raquete, com objetivo
de proporcionar uma pegada mais firme e mais confortável.
Overhead: Golpe dado por sobre a cabeça, parecido com o “smash”.
Over-rule: A critério do árbitro de cadeira de mudar a marcação dada por
um juiz de linha.
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Paralela: Uma bola rebatida paralela e junto à linha lateral da quadra.
Passada: Jogada que faz a bola ultrapassar, pelos lados ou pelo alto, um
adversário que se encontre próximo à rede.
Pneu: Expressão criada no Brasil para designar uma derrota por 6/0.
Quadra de grama: Superfície que deu origem ao tênis. Pode ser natural
ou sintética. Faz a bola quicar baixo e deslizar.
Quadra de har–thru: Feita com pó de cimento, quase em desuso. É
pouco mais veloz que o saibro.
Quadra sintética: Feita de resina asfáltica, também chamada de quadra
dura ou quadra de cimento. Pode ser muito rápida ou muito lenta,
dependendo da última camada de resina que se coloca.
Qualifying: O mesmo que qualificatório. Diz–se de uma competição
preliminar, realizada com o objetivo de selecionar jogadores para o
torneio principal.
Quebrar o serviço: Vencer o game quando o adversário está sacando.
Rally: Longa troca de bolas.
Ranking: Qualquer sistema matemático que pretenda classificar
jogadores ou equipes.
Saque ou serviço: Golpe que inicia o game. Deve ser dado atrás da linha
da base, em sentido diagonal ao oponente, com a bola sendo lançada em
qualquer direção ou altura. A bola deve atingir o quadrado diagonal
correspondente.
Set: Parte da contagem do tênis. A série termina quando um dos tenistas
atingir 6 games, desde que haja 2 games de diferença.
Set longo: Aquele que termina em 06 games, e em caso de empate,
termina quando um dos tenistas tiver vantagem de 2 games.
Set point: Ponto que encerra o set.
Set profissional: Um set que termina quando um dos jogadores vence 09
games. Se a contagem estiver empatada em 8 a 8, é disputada um tie-
break. Este tipo de contagem foi criado para que o torneio, interrompido
por motivo de chuva, possa terminar numa data prevista.
Sidespin: Efeito dado na lateral da bola, provocando uma parábola na
sua trajetória.
23
Slice: Nome dado ao efeito que faz a bola girar em sentido contrário ou
lateral.
Smash: Golpe dado por sobre a cabeça, de cima para baixo. Também
conhecida por cortada.
Swing–volley: Golpe de fundo dado sem que a bola quique no chão.
T: Termo usado para indicar o local da quadra que fica próximo às linhas
que formam as áreas de saque.
Tennis–elbow: Habitual, dolorosa e perigosa contusão que atinge o
cotovelo de tenistas, provocada pela inflamação do tendão.
Terminação ou Follow through: É o movimento que o braço que segura
a raquete descreve após o contato com a bola.
Tie–break: Série de pontos disputados para decidir o vencedor de um set
no qual os jogadores estão empatados em seis jogos. O primeiro jogador
que consegue ganhar sete pontos, mantendo uma vantagem de dois, pelo
menos, sobre seu adversário, ganha o tie break e conseqüentemente o
set.
Time: Termo usado pelo juiz de cadeira para indicar que o tempo de
descanso dos jogadores acabou.
Tirar o peso: Termo que se refere à tática de rebater uma bola com
menor aceleração da raquete, para quebrar o ritmo do adversário.
Topspin: Efeito dado sobre a bola, o que a faz quicar mais alto após
tocar o chão.
Top Ten: Termo usado para designar os 10 melhores de um ranking.
Tripa: produto de origem animal (geralmente carneiros ou leitões) às
vezes usado para encordoar raquetes. Atualmente usam-se, cada vez
mais, tripas sintéticas que possuem as mesmas características
Underspin: Efeito dado por baixo da bola, o que a faz quicar mais baixo
ao tocar o chão.
Vantagem: Ponto que desempata o placar de igualdade (40 a 40 ou
deuce).
Voleio: Golpe dado sem que a bola quique no chão, geralmente junto à
rede ou em progressão a ela.
Voleio curto: Um voleio executado suavemente que cai bem junto à rede
no campo adversário.
24
Voleio defensivo: Golpe de voleio realizado abaixo da altura da rede;
também chamado de voleio baixo.
Voleio lob: Um voleio que é direcionado para encobrir o adversário que
está na rede.
Voleio ofensivo: Um voleio realizado acima da altura da rede.
Western: Maneira de empunhar a raquete, surgida no oeste (west) dos
EUA, onde a maioria das quadras construídas era de piso asfáltico.Desta
maneira, as bolas quicavam mais alto (do que nas quadras de saibro e
grama), e os tenistas foram achando mais confortável empunhar a
raquete desta maneira no momento do impacto, para receber uma bola
vindo pelo lado dominante do jogador.
Wild card: Convite feito a qualquer jogador para que ele participe de um
torneio.
Winner: Ponto vencedor. Bola lançada em local indefensável para o
adversário. O winner pode ser dado num saque, voleio, deixadinha,
passada ou golpe de fundo de quadra.
Zigzira: Nome popularmente dado a um efeito pouco comum e de
extrema habilidade, em que a bola é golpeada com underspin tão forte
que, ao quicar no chão, volta para o lado do jogador que a golpeou.
2.2 Adaptação das crianças a Prática do Tênis de Campo
Nesta perspectiva, Silva (2007) refere que o histórico do tênis
carrega consigo algumas qualidades do velho e bom espírito esportivo
tais como o cavalheirismo, elegância, respeito às regras, sociabilidade
entre os sexos, longevidade, embate de estilos e personalidades,
glamour, alta competitividade, diversão ao ar livre, responsabilidade social
e bom humor, estes que estão presentes até hoje em clubes, academias,
parques. Por que não nas ruas de bairros e nas escolas?
Na escola, a criança apresenta uma maior autonomia e atividade
social, sendo assim, a criança pode vivenciar o tênis, adaptado de forma
lúdica e recreativa para podem enriquecer o seu repertório motor, além de
25
servir como importante facilitador do processo de aprendizagem
específica ou para toda a vida futura. Por sua vez, o professor é o
encarregado de tomar decisões referentes à contextualização dos
objetivos e conteúdos prescritos, aplicação de métodos, estruturação do
espaço, do tempo de execução do processo de aprendizagem e a
articulação dos recursos disponíveis.
Silva(2007), relata que, quanto antes as crianças praticarem algum
exercício físico, melhor. O tênis é um esporte que cada vez mais ganha
mais seguidores. É uma atividade ideal para crianças, adolescentes e
adultos.
É um jogo divertido, socializador e educativo. Desenvolve a
motricidade e a coordenação, e ajuda no fortalecimento e na tonificação
da musculatura das crianças. Além disso, estimula a disciplina, os
reflexos, a psicomotricidade, assim como o sentido de responsabilidade.
Como ocorre em muitos outros esportes, não existe uma idade exata com
a que se deve inscrever a criança numa aula de tênis. Tudo dependerá da
habilidade e capacidade de cada criança. No entanto, especialistas no
tema podem afirmar que a partir dos 5 anos de idade, em geral, as
crianças já possuem um controle mais acentuado dos seus movimentos,
sendo assim a idade adequada para começar a aprender este esporte.
A primeira vez que uma criança pega numa raquete, com certeza
não manejará adequadamente. Além da raquete, a criança também irá
estranhar as dimensões da quadra e da velocidade das bolas do tênis.
Esse frustrante treino poderá gerar um sentimento de insatisfação e de
desânimo, e inclusive de chateação. Pensando nisso, os instrutores de
tênis criaram o que se chama de tênis curto ou minitênis, o que nada mais
é que um jogo proporcionalmente reduzido que conta com uma quadra
menor, uma rede mais baixa, uma raquete menor, mais leve, assim como
uma bola mole e esponjosa, ideal para os principiantes mais pequenos
desse esporte.
O mais importante durante as aulas de tênis, é assegurar a
diversão. Se as crianças se sentem cômodas e controladoras das
26
jogadas, desfrutarão muito mais do jogo. E isso contribui numa melhor
aprendizagem.
2.3 A importância do Professor de Educação Física na pratica do
Tênis de Campo
Como sabemos o professor de Educação física tem um papel
fundamental não só para ensinar a pratica do tênis de campo e sim para
todas as outras modalidades esportivas.
Os professores de educação física são capazes de levar
conhecimentos gerais sobre a educação física de base, pois
contam com conhecimentos acadêmicos de biomecânica,
didática, pedagogia, organização social grupal, que se
convertem a ser o candidato ideal para a difusão e
desenvolvimento do tênis na versão escolar, mini tênis( SILVA,
2007, p.26).
Atualmente, os aspectos metodológicos ligados a pratica mais
correta do processo de ensino aprendizagem são de grande importância,
pois, geralmente refere-se ao desenvolvimento dos alunos, sendo que
depende do que cada um adquire com os processos de aprendizagem.
2.4 Quadra de tênis de Campo
Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (2004), o Tênis é
praticado em quadras de diferentes tipos de piso. Isso proporciona
diferentes tipos de adaptações e maneiras de se jogar um mesmo
esporte. A quadra de tênis, obrigatoriamente deve ter o formato retangular
com 23,77 metros de cumprimento por 8,23 metros de largura (em
partidas de jogos simples), já as partidas de jogos em duplas devem ter a
quadra medindo 23,77 metros de comprimento por 10,97 metros de
27
largura. A quadra é marcada com linhas, de preferência na cor branca ou
claras (que facilitem a visão dos árbitros e jogadores). Essas linhas
servem para indicar os limites da quadra, bem como as áreas de serviços.
A quadra é dividida em duas metades iguais por uma rede presa por dois
postes que a eleva do chão em uma altura de 1,07 metros. A rede tem
que ficar completamente esticada, de tal forma que não fique espaços
entre as duas traves. A altura no centro da rede (ponto central da quadra
de tênis), deve ser de 0,914 metros e o cabo de aço que sustenta a rede
de um poste a outro deve ser envolto por uma fita na cor branca e
normalmente feita de um tecido bem forte. A rede é feita de uma malha
pequena o bastante para que a bola de tênis não passe através dela, não
importando a força com que a bola bata nela. A quadra de tênis pode ser
feita de diversos tipos de piso. Pode ser feito de grama, saibro, asfalto,
concreto, grama artificial, ou material sintético. E dependendo do piso
da quadra de tênis as características dos jogos também mudam.
Figura: Quadra de Tênis de Campo
Fonte: http://geonando.blogspot.com/2008/05/quadra-de-tnis.html
2.4.1 Resumo das medidas da quadra de tênis de campo
28
A quadra de tênis deve ser um retângulo de 23,77 m de
comprimento por 8,23 m de largura, para os jogos de simples (para os
jogos de duplas, a largura deve ser de 10,97 m). Essa quadra deve ser
dividida ao meio por uma rede suspensa através de corda ou cabo
metálico sustentado por dois postes com 1,07 m de altura. A rede deve
estar completamente estendida de modo que não haja espaço entre os
dois postes e sua malha deve ser suficientemente pequena para que a
bola não passe através dela. A altura da rede no centro da quadra deve
ser de 0,914 m, e ela deve estar presa no centro por uma faixa. Uma
banda deve tapar a corda metálica ou o cabo do topo da rede. A faixa e a
banda da rede devem ser completamente da cor
branca.O diâmetro máximo da corda ou cabo de metal é de 0,8 cm, a
largura máxima da faixa central deve ser de 5 cm, a faixa da rede deve ter
entre 5 cm e 6,35 cm para cada lado.Para os jogos de duplas, os centros
dos postes da rede devem estar a 0,914 m fora da quadra de dupla de
cada lado. Para os jogos de simples, se a rede de simples é usada, os
centros dos postes da rede devem estar a 0,914 m fora da quadra de
simples de cada lado. Se uma rede de duplas é usada, então a rede deve
ser erguida por dois postes de simples, cada um com uma altura de 1,07
m, o qual os centros devem estar a 0,914 m da quadra de simples de
cada lado.
Os postes da rede não podem ter mais que 15 cm de diâmetro,
os postes de simples não podem ter mais que 7,5 cm de
diâmetro.Os postes da rede e os postes de simples não podem ter mais
que 2,5 cm acima do topo da rede.
As linhas no final da quadra são chamadas de linhas de base e as
linhas nas laterais da quadra são chamadas de linhas laterais. Duas
linhas devem ser estendidas entre as linhas laterais da quadra,
medindo 6,40 m de cada lado da rede paralelas com a rede. Estas linhas
são chamadas de linha de serviço. Em cada lado da rede, as áreas entre
a linha de serviço e a rede são divididas em duas partes iguais, que são
as áreas de serviço, divididas por uma linha central. A linha central deve
estar estendida paralelamente com as linhas laterais da quadra de
simples e estar no meio delas. Cada linha de base deve ser dividida ao
29
meio por uma marca central de 10 cm de comprimento, a qual deve ser
estendida dentro da quadra paralela com as linhas laterais da quadra e
a linha de centro e a marca central devem ter 5 cm de largura.
As outras linhas da quadra podem ter entre 2,5 cm e 5 cm de
largura, exceto as linhas de base, que podem ter até 10 cm.
Todas as medidas da quadra devem ser feitas de fora das linhas e todas
as linhas da quadra devem ser da mesma cor, contrastando com a cor da
quadra
30
CAPITULO III
A INCLUSÃO SOCIAL E ESCOLAR
3 CONCEITO
Por sua vez as escolas que oferecem as práticas extracurriculares
relatam que oferecem estas atividades com a finalidade de integração,
socialização, concentração, maior interação com a família, disciplina e
principalmente ocupar o tempo ocioso das crianças buscando a formação
completa dos alunos.
3.1 Esporte e Inclusão social
Com base no estatuto da criança e do adolescente prevê que o
direito a liberdade compreende brincar, praticar esportes e divertir-se,
determinando o principio da inclusão, não havendo qualquer tipo de
discriminação, garantindo a igualdade na prática esportiva. Para isso, a
maneira com que o esporte é abordado deve ser estudada a fundo não
permitindo nas atividades esportivas nenhuma forma de exclusão.Fica
claro no teor do mesmo o principio da inclusão, não havendo qualquer
tipo de discriminação, garantindo a igualdade na prática esportiva. Para
isso, a maneira com que o esporte é abordado deve ser estudada a fundo
não permitindo nas atividades esportivas nenhuma forma de exclusão.
Através de pesquisas realizadas entre crianças e jovens de baixa renda,
pode-se verificar que em sua grande maioria, não possuem recursos
financeiros para o desenvolvimento de habilidades em entidades
desportivas particulares, que facilitem sua inclusão social. Devido a essa
carência financeira, foram pensadas e estudadas possibilidades para o
31
desenvolvimento humano nessas áreas de baixa renda. E uma das
formas que vem se mostrando eficaz são os Projetos Sociais. O fato de
que a visibilidade social da criança, ou seja, o lugar e o papel que a
criança ocupa na sociedade, bem como a percepção de suas
peculiaridades (características), decorre do contexto histórico, social e
ideológico e reflete-se no atendimento às suas necessidades de
desenvolvimento e educação. Vendo que a falta de recursos limita o
desenvolvimento das habilidades e dos potenciais de crianças e jovens,
os Projetos se tornam viáveis para alcançar a educação como um todo.
Na educação através do esporte desenvolvem-se habilidades, sendo
estas essenciais para a obtenção de novos conhecimentos. O
desenvolvimento de novas competências faz com que as crianças e
jovens aprendam a conviver em um meio social de diferenças, tanto
culturais como de classes, preparando-as para enfrentar as dificuldades
sociais, as conquistas, enfim preparando-as para a vida. As habilidades
desenvolvidas através do esporte partem desde as dimensões físicas,
cognitivas, sociais, emocionais, éticas, morais e espirituais.
O potencial educativo encontrado nas atividades esportivas é mobilizado
para desenvolver e formar pessoas capazes de agir com base em
princípios éticos e de forma cada vez mais autônoma e transformadora,
tanto a nível pessoal como no nível coletivo. As atividades realizadas
pelos projetos sociais (Brinca Mane, Instituto Guga Kuerten e Segundo
Tempo), têm um foco na cultura local, com a construção do saber através
de atividades como pau-de-fita, o boi de mamão e brincadeiras
regionais. Essas atividades lúdicas tendem a desenvolver a cultura da
criança.
Segundo Brougère (1998), o jogo é um espaço social criado pela
criança, determinando aprendizagem social e uma convenção aceita por
todos. O jogo não pode descartar a dimensão social da atividade humana,
pois ele não se compõe como uma dinâmica interna da criança e, sim,
como uma atividade dotada de uma significação social precisa,
necessitando, portanto, de aprendizagem.
32
3.1.1 Processos iniciais para a inclusão da pratica do tênis de
campo nas escolas
Em primeiro lugar começar a divulgar o esporte, ou seja, os
professores devem mostrar um pouco do esporte para as crianças, como
surgiu o tênis, quais seus benefícios, ensinar regras e aplicar aulas
praticas.
No julgamento dos professores quanto a oferta de práticas esportivas
extracurriculares pelas escolas 76,47% concordam que estas práticas
contribuem com a Educação, a disciplina e o respeito entre as crianças,
melhorariam o seu desenvolvimento cognitivo e motor, ocupariam melhor
o tempo ocioso do aluno, motivam para as aulas curriculares de educação
física, esporte, para a descoberta de novos talentos e na motivação para
o esporte. Entre as formas que se utiliza para a iniciação do tênis na
escola, destaca-se o mini tênis, que é um processo simplificado para o
seu ensino, destinado às populações de menor faixa etária.
Segundo a Confederação Brasileira de Tênis (CBT, 2007), este
processo é um método utilizado para ensinar iniciantes a jogar tênis, que
consiste de uma maneira divertida e ativa utilizando a superfície de jogo e
materiais adaptados como redes baixas, bolas de espuma, raquetes
pequenas para que se aprenda a jogar rapidamente.
Diante deste fato o tênis e outros esportes poderiam ser inseridos
nas escolas, pois estas práticas não devem ser limitadas a educação
física, mas prolongadas pelas atividades desenvolvidas durante toda a
vida, trabalho e horas de lazer dos indivíduos, até porque podem ser
adaptados os materiais. Existem alguns casos que :
Professores de educação física alegam que a omissão de oferta da modalidade tênis de campo se deve primordialmente à falta de materiais e espaço apropriado a tal prática ( BARBOSA,2003 apud BALBINOTTI ET AL. 2009 p.33).
O tênis de Campo nas escolas ele pode ser dado de uma maneira
adaptada, caso não tenha o material suficiente para se trabalhar com a
33
modalidade. O tênis é um esporte de fácil aprendizagem, porém, a sua
quadra é muito grande para os iniciantes, principalmente para as
crianças, sendo a rede muito alta, as bolas muito “vivas” e raquetes
pesadas. Por esta razão, devem ser realizadas adaptações no sentido de
colaborar com o aprendizado do esporte. O mini tênis trouxe uma série de
adaptações para os iniciantes desta modalidade, desde os pequenos até
os maiores.
Entende-se de que a iniciação a esta modalidade poderia ser
realizada numa quadra pequena, demarcada em qualquer superfície
plana, com a utilização de raquetes de madeira ou alumínio, leves,
pequenas e com cabo fino. As vantagens de se utilizar o mini-tênis são o
de se poder usar tanto o pátio de uma escola como uma quadra, as
regras são muito simples, a técnica é muito básica, muito fácil, divertido,
serve para jovens e adultos, e o material utilizado não é caro. O tênis por
ser um esporte democrático onde todos podem jogar, independentes do
biótipo, sexo, idade, é passível também de ser praticado durante a vida
inteira, fato que contribui para tornar o praticante uma pessoa saudável. O
mini tênis representa uma maneira ativa e divertida de promover a
iniciação desportiva principalmente de crianças no jogo de tênis, um
método adaptado as suas necessidades e reais capacidades, são
quadras menores, redes mais baixas, raquetes menores, mais leves,
bolas mais macias, mais lentas, jogos mais curtos, contagem simples.
Além da precípua finalidade educacional, uma das principais vantagens
dessa metodologia fundamentada nos pequenos jogos ser aplicada na
escola é devido ao aproveitamento dos espaços e as possibilidades de
inovações e adaptações nos materiais utilizados.
3.2 O que vem a ser Socialização
É possível afirmar, que o homem vivendo em sociedade, compartilha
um determinado conjunto de comportamentos que são peculiares à
34
sociedade de que deriva e, por isso, age e atua como parte integrante
desse grupo em particular.
Segundo Weinberg e Gould (2001), as crianças apreciam o esporte
devido às oportunidades que o mesmo proporciona de estar com os
amigos e fazer novas amizades.
Portanto, a coltura, além de um processo singular e privado- porque ocorre com todo individuo de cada grupo social-,constitui-se num fenômeno plural e publico, porque se da na mediação do individuo, manipulando padrões de significados que só fazem sentido nun contexto especifico ( DAOLIO, 2003, p.30).
Os motivos que levam crianças e adolescentes a praticarem uma
determinada atividade física e desportiva são muitos e a sociabilidade
pode estar associada a esta escolha. A necessidade de pertencer a um
grupo é muito forte na adolescência e isto pode ser um dos fatores
primordiais para os jovens se envolverem com o esporte.
Para Tubino (2005), não há menor dúvida de que as atividades
físicas e principalmente esportivas constituem-se num dos melhores
meios de convivência humana.
É por meio dessa convivência que as muitas oportunidades de
contato social são proporcionadas à criança, contribuindo para o seu
desenvolvimento moral (FARINATTI, 1995; FONSECA, 2000). Portanto,
estar com amigos, fazer parte de um grupo ou fazer novas amizades, tem
um papel importante no desenvolvimento, tanto psicológico quanto moral
e ético de crianças e jovens.
É preciso que professores e/ou treinadores tenham uma atenção especial a esta dimensão, pois é possível perceber, por meio de resultados de pesquisas, que o fato de estar com amigos, de fazer novas amizades, de participar de novos grupos sociais, pode ser associado a um dos motivos que levam os jovens à prática regular de atividade física e, também, pela busca de novos valores, tais como: o exercício da disciplina; agir seguindo regras, ter respeito e ética; ser responsável (SALDANHA, 2007 p.19).
A amizade, a sociabilidade e a competência constituem normas que
regulam a aceitação social e, constituem fatores para o desenvolvimento
35
de competências fundamentais para que a criança e o adolescente
possam ser oportunizados a um bom crescimento e adaptação à vida
adulta.
Segundo Papalia e Olds (2000), os motivos dos adolescentes
parecem estar associados à melhora da saúde e à performance física,
característicos da fase de busca de uma identidade e de uma afirmação
nos grupos.
36
CAPITULO IV
A PESQUISA
4 INTRODUÇÃO
O local que foi desenvolvido esta pesquisa precisa de uma atenção
especial, pois o programa escola da família é um local onde a maioria das
crianças que freqüentam são crianças carentes sem muito recurso
financeiro, foi por isso que resolvi aplicar esta proposta de socialização e
ainda mais mostrar que eles são capazes de praticar um esporte de alto
custo com algumas adaptações.
4.1 A adaptação do Tênis de Campo no Programa Escola da Família
Esta pesquisa tem como objetivo mostrar que é possível incluir e trabalhar
com socialização o Tênis de Campo nas escolas e nos projetos e para ter
certeza que isto daria certo fizemos um teste no programa escola da
família na escola “E.E Martiniano Antonio Rodrigues” na cidade de União
Paulista-SP. Em primeiro lugar distribuímos um questionário onde era
composto com algumas perguntas sobre o tênis de campo, após ver a
resposta das crianças resolvemos aplicar aulas de tênis no projeto. A
partir da aprovação do nosso projeto no programa escola da família
começamos a aplicar as aulas de tênis praticas adaptada em uma quadra
de vôlei, onde incluía meninos e meninas com idade de 8 a 14 anos. As
aulas tinha duração de aproximadamente 3 horas aos sábados e
domingos durante 2 meses. Na primeira aula fizemos algumas perguntas
para as crianças, para saber qual era o conhecimento que eles tinham
sobre o tênis de campo.
4.2 Método
37
Estudo de caso: no inicio da pesquisa foram selecionados as
crianças do projeto Escola da Família, e foram entregue a cada uma delas
um questionário voltado á pesquisa para levantar resposta e
conhecimento de cada uma sobre o tenis.
No decorrer da pesquisa foram realizadas aulas com
planejamentos para a caracterização e conhecimento das regras do tênis,
o planejamento das atividades foram condizentes com as necessidades
do grupo.
Técnicas
a) Roteiro do estudo de caso (Apêndice A);
b) Roteiro de Entrevista para os alunos(Apêndice B);
c) Roteiro de Entrevista para o Educador Físico (Apêndice C)
4.3 História do Programa Escola da Família
O programa Escola da Família é um programa social
do governo do Estado de São Paulo que tem o objetivo de proporcionar
diversas atividades dentro de 4 eixos norteadores: esportes, cultura,
qualificação para o trabalho e saúde para as comunidades de dentro e de
fora dos entornos escolares, aos finais de semana. O programa foi
iniciado no dia 23 de agosto de 2004 durante a gestão do antigo
secretário de Estado da Educação, professor Gabriel Chalita. Ao final do
ano de 2006, as atividades aconteciam em cerca de 5300 escolas
estaduais. Estas atividades, abertas ao público, contam com equipes
permanentes em cada unidade escolar que administram o seu espaço
assim como o desenvolvimento destas. Estas equipes são formadas por
um diretor, vice-diretor ou coordenador pedagógico da escola em questão
(o gestor); um professor educador (o educador profissional); estudantes
de graduação de universidades privadas do Estado de São Paulo
vinculadas ao programa (os educadores universitários) e; em diversas
38
unidades escolares, conta-se com a permanência de professores de
educação física ou de artes plásticas que administram oficinas dentro das
suas áreas de conhecimento (equipe de fortalecimento). Profissionais
ligados à área da educação e que têm profundo conhecimento das suas
comunidades também compõem as equipes de cada escola (monitores
educacionais). Por fim, pessoas interessadas em ensinar e/ou
desenvolver projetos sociais são parte das equipes educacionais como
voluntários (educadores voluntários).
O programa conta com uma coordenação central localizada em
São Paulo (capital) e com a administração local das 90 Diretorias de
Ensino da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (SEESP).
A Escola da Família proporciona a formação de universitários em
todo o Estado de São Paulo através de uma bolsa universitária. Os
estudantes que trabalham aos finais de semana nas escolas frequentam
gratuitamente a universidade (50% do valor da mensalidade é pago pela
própria universidade e os outros 50% são pagos pelo Governo do
Estado).
Até o final de 2006, o programa Escola da Família contava com a
participação de cerca de 12.000 profissionais da educação, 30.000
educadores universitários e cerca de 30.000 educadores voluntários.
O programa passou a funcionar em proporções menores a partir do
ano de 2007. O número de escolas estaduais participantes foi reduzido,
assim como o número de bolsas concedidas em parceria com as
universidades.
4.4 Características do local da pesquisa
O trabalho foi realizado na escola estadual “E.E Martiniano Antonio
Rodrigues”, localizada na cidade de União Paulista – SP.
Foi montado um planejamento de aula simples, para o
conhecimento do tênis, e o método de, para que as atividades pudessem
39
ser realizadas num espaço físico adaptado, a fim de realizar promover
melhor vivencia da modalidade para os alunos.
4.5 Atividades desenvolvidas sem matérias
No decorrer das aulas enfrentamos algumas dificuldades de falta de
matérias, devido o alto custo, com a falta de raquete de tênis,
utilizávamos raquete de frescobol (raquete de madeira), onde exigia mais
e coordenação motora da criança. No lugar da quadra e rede de Tênis
substituímos pela quadra e pela rede de vôlei. E também era passado
atividades sem material, exemplo:
- Corrida de frente, na lateral e de costas, trabalhando explosão de
deslocamento.
- Movimentos do jogo sem raquete e bolinha, só simulação para
aprendizagem de utilização correta do material.
- Condicionamento físico e alongamento.
4.6 Atividades desenvolvidas com Materiais
As atividades desenvolvidas com matérias eram as seguintes:
- Bate e rebate próximo a rede;
- Saques;
- Jogadas para ataques e defesas;
- Coletivos no final da aula, onde incluía jogo meninas contra
meninos.
40
4.7 DEPOIMENTOS
Os resultados foram apresentados em depoimentos
Achei que nunca iria conhecer e muito menos
poder jogar tênis, mas foi uma experiência muito
interessante e legal que tive com os professores,
acho que deveria ter mais vezes este tipo de
atividade aqui.(ALUNO, 11 ANOS)
Foi mais que uma experiência, adotei
conhecimentos e aprendi muito das regras do
tênis. O valor maior, foi criado quando vi a alegria
e interesse dos alunos por uma modalidade
diferente, que jamais pensei em criar como uma
forma de adaptação e socialização na
escola.(PROFESSOR, 32 ANOS)
4.8 Considerações finais sobre a Pesquisa
Foi uma pesquisa surpreendente, onde obtivemos resultados muito
positivos com uma aceitação incrível do tênis de campo para as crianças.
Muitos, nunca tinham pegado em uma raquete de tênis e muito
menos praticado, no final da pesquisa vimos que foi bem gratificante para
as crianças e principalmente pra gente de poder contribuir um pouquinho
da vida deles, e abrangi um pouco mais do seu conhecimento. Os
universitários da Escola participaram de algumas aulas e hoje eles dão
continuidade no projeto e continuam incentivando a prática do tênis de
campo.
41
A Inclusão do tênis de campo no projeto Escola da Família, foi de
boa aceitação, não só para as crianças, mas como também para os
professores, os quais não acreditavam no processo de adaptação do tênis
no local, e também da boa aceitação das crianças para a modalidade
pouco conhecida.
Nota-se que o caminho para a inclusão ao tênis de campo em
escola, é como qualquer outra modalidade pode ser desenvolvida de uma
forma adaptada e divertida.
Assim, do ponto de vista do estabelecimento de relações sociais
significativas, que permitam a construção efetiva de sujeitos participantes;
cabe as escolas a nível geral ultrapassarem a visão que reduz os
problemas e voltem as propostas de ensino a valor de conhecimento,
mesmo através de uma modalidade Cabe ainda resgatar as funções
essenciais da educação escolar, elaborando projetos pedagógicos e
acompanhamento efetivo, no sentido da avaliação dos resultados
alcançados, em todo e qualquer tipo de escola, no que gera uma possível
socialização.
42
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
Em primeiro lugar em ordem de importância não podemos deixar
de salientar o importante papel de uma modalidade esportiva, para a
educação da criança, seja ela qual for, pois onde há regras, há educação
e um processo de ensino a ser cumprido.
Sendo assim este estudo, pode demonstrar através de uma de
uma modalidade pouco conhecida em escolas, um processo de
aprendizado adaptado, o qual pode gerar uma boa aceitação e uma
socialização com poucos recursos, e assim levando também o
conhecimento e muito interesse por uma modalidade diferente,
contribuindo de forma efetiva, para sua inserção crítico e participativa no
meio social
Sendo assim, deve-se fazer a seguinte proposta:
a) novos caminhos para a um aprendizado e conhecimentos
diferentes.
b) adéqüem as estruturas de maneira adaptativa, levando do
mesmo modo o conhecimento básico dos objetivos.
c) adéqüem o projeto pedagógico para que ele atenda as classes
sociais como um todo.
43
CONCLUSÃO
Com base no proposto pelo estudo, na análise das dimensões
propostas (perfil dos entrevistados; dados das comunidades; relações
afetivas, de trabalho, satisfação pessoal), podemos concluir, que inclusão
do tênis de campo no programa escola da família, teve resultados
positivos em uma analise de proposta de socialização e também no
processo de conhecimento na modalidade tão pouco vista por esse tipo
de população.
Conclui-se, finalmente, que a prática de atividades de esporte e
lazer por todo tipo de pessoas é recomendada, pois estão ligadas ao
conhecimento e ao processo de ensino, não só através de uma aula
teórica, mas também com uma regra da modalidade praticada.
Certamente todos os participantes do estudo obtiveram
conhecimentos da modalidade, e de certa forma um parecer e posição
diferente sobre a modalidade.
44
REFERÊNCIAS
AMERICAN SPORT EDUCATION PROGRAM. Ensinando Tênis para
Jovens. 2.ed. São Paulo: Manole, 1999.
BALBINOTTI, C et al. O ensino do tênis: novas perspectivas de
aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 2009.
CBT CONFEDERAÇAO BRASILEIRA DE TENIS. Curso Nível 1. Texto
apostilado. Londrina: 2004.
______. Curso Módulo A. Texto apostilado. Londrina: 2007.
BROUGÈRE, Gilles. Jogo e Educação. Porto Alegre: Artes Médicas,
1998.
FARINATTI, Paulo T. Veras. Criança e Atividade Física. Rio de Janeiro:
Sprint, 1995.
FONSECA, M. A.; MAIA, R. A. J. A Motivação dos Jovens para a
Prática Desportiva Federada. Lisboa: Centro de Estudos e Formação
Desportiva, 2000.
ITF - INTERNATIONAL TENNIS FEDERATION; 11º Workshop Sul-
Americano para Treinadores de Tênis. Texto gravado em CD de mídia.
Foz do Iguaçu, 2008.
SALDANHA, Ricardo Pedrozo. Motivação à prática regular de
atividades físicas: um estudo atletas de basquetebol infanto-juvenis.
2007. 72f. Projeto de Dissertação (Mestrado em Ciências do Movimento
Humano) - Escola de Educação Física, UFRGS, Porto Alegre, 2007.
45
PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos. Desenvolvimento Humano.
Porto Alegre: Artmed, 2000.
SILVA, S.; Tênis: esporte. 1. ed. São Paulo: Odysseus Editora Ltda.
2007.
TUBINO, Manoel. Educação Física e o Esporte do Ocidente no Século
XX. Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, Vol. 1, n. 2, p. 99-100.
julho/dezembro, 2005.
WEINBERG, Robert S.; GOULD, Daniel. Fundamentos da psicologia do
esporte e do exercício. Porto Alegre: Artmed, 2001.
47
APENDICE A – Questionário para os alunos
Nome:____________________________________________________
Idade:________________Gênero: _____________________________
QUESTIONÁRIO SOBRE O TÊNIS DE CAMPO
01) Você conhece o tênis de campo?
( ) SIM ( ) NÃO
02) Você conhece as regras do tênis de campo?
( ) SIM ( ) NÃO
03) Você já jogou tênis? O que achou?
( ) SIM ( ) NÃO
04) Tem interesse pela modalidade?
( ) SIM ( ) NÃO
05) Gostaria de aprender mais sobre o tênis de campo?
( ) SIM ( ) NÃO
48
APENDICE B – Roteiro de entrevista para o aluno
Gênero:
Idade:
Você já conhecia o tênis de campo?
O que você achou da adaptação do tênis de campo na escola?
Gostou da modalidade?
Assistia tênis pela televisão?
49
APENDICE C – Roteiro de entrevista para o Educador Físico
Gênero:
Idade:
O que você achou da adaptação do tênis de campo na escola?
Acredita que esta adaptação do tênis poderá influenciar como um
meio de socialização?
Você acha que este método pode ser aplicado em outras escola
como projetos?
51
Fonte: Elaborado pela autora (2011)
Figuras: Algumas crianças que praticam o tênis no programa escola da
família.
Fonte: Elaborado pela autora (2011)
Figura: Crianças jogando tênis.
52
Fonte: Elaborado pela autora (2011)
Figura: Rede de voleibol adaptada para a prática do tênis.
Fonte: Elaborado pela autora (2011)
Figura: Movimentos de jogo com a raquete.