PÓS-GRADUAÇÃO TRIBUTÁRIO
1
CONTATOS
@professoraleticiavogt
Leticia Vogt (Professora Leticia Vogt)
0XX11 982180429
2
ISS
PROFESSORA LETÍCIA VOGT
3
ISS – SUJEITO ATIVO - COMPETÊNCIA
Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
(...) III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,
II, definidos em lei complementar.
(...) § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste
artigo, cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.
III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios
fiscais serão concedidos e revogados.4
ICMS
ISS – SUJEITO ATIVO – COMPETÊNCIA
O DF tem competência cumulativa (art. 147, CF)
Art. 147. CF - Competem à União, em Território
Federal, os impostos estaduais e, se o Território não for
dividido em Municípios, cumulativamente, os
impostos municipais; ao Distrito Federal cabem os
impostos municipais.5
ISS – LEI COMPLEMENTAR
6
Decreto-lei 406/68
LC 116/03 (lista anexa)
LC 157/16 (29.12.16)
ISS – CRITÉRIO MATERIAL
ART. 1º LC 116/03
Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza,
de competência dos Municípios e do Distrito Federal,
tem como fato gerador a prestação de serviços
constantes da lista anexa, ainda que esses não se
constituam como atividade preponderante do prestador.
7
ISS – CRITÉRIO MATERIAL
8
PRESTAR
SERVIÇO
1º) OBRIGAÇÃO
FAZER
2º) NÃO PODE ESTAR NA
INCIDÊNCIA DO ICMS
3º)SERVIÇO NA LISTA ANEXA LC
116/03
(TAXATIVA)
ISS - SERVIÇO – OBRIGAÇÃO FAZER
9
1º) OBRIGAÇÃO
FAZER
Esforço humano dirigido à
produção de um bem imaterial a
terceiro;
- Oneroso (contraprestação)
Ex.: Lista anexa lc 116/03
6.01 –Barbearia,
cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres.
Se não for obrigação de
fazer, não incide ISS
STF - SERVIÇO – RETRIBUIÇÃO
FINANCEIRA
10
RE 116.121-5/SP - serviço deve ser entendido, para
efeito de incidência do ISS, em sua acepção jurídica,
como “negócio jurídico de prestação de serviço,
mediante o qual alguém se obriga a fazer algo em
troca de uma determinada retribuição”.
Julgamento - Inconstitucionalidade da cobrança do ISS sobre a “locação de bens móveis”, que se encontrava disposta no antigo
Decreto Lei 406/68.
11
ISS
LOCAÇÃO DE
MÁQUINAS, DE
CARROS E
IMÓVEIS
LOCAÇÃO CARRO
COM MOTORISTA
OU MÁQUINA
COM OPERADOR
NÃO INCIDE
INCIDE
OBRIGAÇÃO DAR
SÚMULA VINCULANTE 31 STF
12
"É inconstitucional a incidência do imposto sobre serviços de qualquer natureza – ISS sobre operações de
locação de bens móveis."
LC 116/03 - LISTA ANEXA
Item 3.01 da Lista de serviços
"3.01 – Locação de bens móveis."
VETADO
2º) ISS – NÃO INCIDÊNCIA ICMS
13
ISS
ICMS
CIRCULAÇÃO SOBRE BEM MATERIAL
ICMS
ICMS
CIRCULAÇÃO SOBRE BEM IMATERIAL
ICMS
SERVIÇO = OBRIGAÇÃO FAZER
ICMS
OBRIGAÇÃO DE DAR = ALGO JÁ
FEITO
2º) ISS – NÃO INCIDÊNCIA ICMS
14
ISS ICMS
FG
BITRIBUTAÇÃO
VEDADOART. 164, III CTN
2º) ISS – NÃO INCIDÊNCIA ICMS
15
SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERMUNICIPAL
ICMSART. 155, INC. II CF
SERVIÇO DE TRANSPORTE MUNICIAL
ICMS
SERVIÇO DE RÁDIO OU TV – ONEROSO (PAGO)Ex.: NET - CELULAR
3º) ISS – LISTA ANEXA LC 116/03
16
TEM QUE ESTAR DESCRITO NA LISTAANEXA LC 113/06
SERVIÇO
LISTA É TAXATIVA
ICMS
SÚMULA 163 STJ – NÃO ESTÁ NA LISTA – INCIDE ICMS
SÚMULA 163 STJ – INCIDE ICMS
17
"O fornecimento de mercadorias com simultânea prestação de serviços em
bares, restaurantes e estabelecimentos similares constitui fato gerador do ICMS
a incidir sobre o valor total da operação."
SERVIÇOS DE BARES E RESTAURANTES NÃO ESTÃO NA LISTA ANEXA – LC
113/03 – INCIDE ICMS
LISTA TAXATIVA
18
LC 116/03 – ALTERAÇÃO LC 157/06 – INCLUSÃO NOVOS
ITENS:
6.06 - Aplicação de tatuagens, piercings e congêneres.
1.09 - Disponibilização, sem cessão definitiva, de conteúdos de áudio,
vídeo, imagem e texto por meio da internet, respeitada a imunidade
de livros, jornais e periódicos (exceto a distribuição de conteúdos pelas
prestadoras de Serviço de Acesso Condicionado, de que trata a Lei
no 12.485, de 12 de setembro de 2011, sujeita ao ICMS).
EXEMPLO.: NETFLIX
STJ – TEMA 132 – SÚMULA 424 STJ
19
Questão: referente à possibilidade de utilização deinterpretação extensiva dos serviços bancários constantesda Lista Anexa à Lei Complementar 116/2003 e, para osfatos jurídicos que lhe são pretéritos, da Lista Anexa aoDecreto-lei 406/68.
SÚMULA 424 STJ - É legítima a incidência de ISS sobre osserviços bancários congêneres da lista anexa ao DL n.406/1968 e à LC n. 56/1987.
STJ – RECURSO REPETITIVO – LISTA
- TAXATIVA
20
RECURSO REPETITIVO - RESP 1111234 / PR, Relator MinistraELIANA CALMON, Órgão Julgador, S1 - PRIMEIRA SEÇÃO, data doJulgamento 23/09/2009
Ementa - TRIBUTÁRIO. SERVIÇOS BANCÁRIOS. ISS. LISTA DESERVIÇOS. TAXATIVIDADE. INTERPRETAÇÃO EXTENSIVA.
1. A jurisprudência desta Corte firmou entendimento de que étaxativa a Lista de Serviços anexa ao Decreto-lei 406/68, paraefeito de incidência de ISS, admitindo-se, aos já existentesapresentados com outra nomenclatura, o emprego dainterpretação extensiva para serviços congêneres.
2. Recurso especial não provido. Acórdão sujeito ao regime do art.543-C do CPC e da Resolução STJ 08/08.
STF – TEMA 296 – RE 784439
21
tema 296/STF - Caráter taxativo da listade serviços sujeitos ao ISS a que serefere o art. 156, III, da ConstituiçãoFederal.
RE 784439 - AGUARDANDOJULGAMENTO – CONCLUSO AO RELATORDESDE 19/12/2018.
CONGÊNERES
22
1. que ou o que é do mesmo gênero, espécie,tipo, classe, modelo, função etc. (que outro);
2. que ou o que tem natureza, finalidade oucaráter semelhante (aos de outro); similar,semelhante;
3. que ou o que tem a mesma origem (queoutro);
CONGÊNERES – EXEMPLO LISTA
ANEXA
23
1 – Serviços de informática e congêneres.
1.03 - Processamento, armazenamento ou hospedagem de dados, textos, imagens, vídeos,
páginas eletrônicas, aplicativos e sistemas de informação, entre outros formatos, e
congêneres.
1.04 - Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos,
independentemente da arquitetura construtiva da máquina em que o programa será
executado, incluindo tablets, smartphones e congêneres.
3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres.
3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands,
quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de
diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer
natureza.
LEI MUNICIPAL QUE NÃO
ESPECIFICA CONGÊNERES
24
“Nem a Constituição, nem a lei complementar cria imposto, que é tarefa exclusiva do
legislador ordinário da entidade política que recebeu a outorga de competência
impositiva. À lei tributária material de cada município cabe definir o fato gerador do
ISS, o que imporá na elaboração completa da lista de serviços tributáveis, com a
explicitação dos diversos serviços que entenda ser abrangidos pela expressão
‘congêneres’ que continua figurando na atual lista nacional de serviços, anexa à Lei
Complementar de n. 116/03.
É comum ver nas legislações municipais a transposição pura e simples da lista anexa à lei
de regência nacional do ISS, inclusive reproduzindo a expressão ‘congêneres’, sem definir
quais seriam esses serviços congêneres. Ora, esse fato configura patente
inconstitucionalidade, por violação do princípio da legalidade tributária (art. 150, I, da
CF). Não já nem pode haver analogia no campo do direito material (Kiyoshi Harada. Iss:
doutrina e prática. São Paulo: Atlas, 2008, p. 23-24)
SERVIÇOS MISTOS – DESCRITOS LISTA
ANEXA LC 116/03
25
PRESTAÇÃO SERVIÇO + ENTREGA DE MERCADORIA
EXEMPLO:
Serviço de blindagem de veiculo automotor (ITEM 14.01)- R$ 10.000,00;
Material - R$ 4.000,00; (ISS)
Serviço – R$ 6.000,00 (ICMS)
SERVIÇO MISTO (SERVIÇO + MERCADORIA) –
SOMENTE SERÁ COBRADO ISS DO SERVIÇO QUE
ESTIVER NA LISTA ANEXA.
SERVIÇOS MISTOS – DESCRITOS LISTA
ANEXA LC 116/03
26
EXEMPLO:
SÚMULA 163 STJ - O fornecimento de mercadorias com
simultânea prestação de serviços em bares, restaurantes e
estabelecimentos – PAGARÁ ICMS.
SE O SERVIÇO NÃO CONSTAR NA LISTA ANEXA, PAGARÁ
APENAS ICMS SOBRE TOTAL DA NOTA FISCAL.
SERVIÇOS MISTOS – LISTA ANEXA
27
7.02 – EXECUÇÃO, POR ADMINISTRAÇÃO, EMPREITADA OU SUBEMPREITADA, DEOBRAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL, HIDRÁULICA OU ELÉTRICA E DE OUTRAS OBRASSEMELHANTES, INCLUSIVE SONDAGEM, PERFURAÇÃO DE POÇOS, ESCAVAÇÃO,DRENAGEM E IRRIGAÇÃO, TERRAPLANAGEM, PAVIMENTAÇÃO, CONCRETAGEM E AINSTALAÇÃO E MONTAGEM DE PRODUTOS, PEÇAS E EQUIPAMENTOS (EXCETO OFORNECIMENTO DE MERCADORIAS PRODUZIDAS PELO PRESTADOR DE SERVIÇOSFORA DO LOCAL DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS, QUE FICA SUJEITO AO ICMS).
14.01 – LUBRIFICAÇÃO, LIMPEZA, LUSTRAÇÃO, REVISÃO, CARGA E RECARGA,CONSERTO, RESTAURAÇÃO, BLINDAGEM, MANUTENÇÃO E CONSERVAÇÃO DEMÁQUINAS, VEÍCULOS, APARELHOS, EQUIPAMENTOS, MOTORES, ELEVADORES OU DEQUALQUER OBJETO (EXCETO PEÇAS E PARTES EMPREGADAS, QUE FICAM SUJEITAS AOICMS).
14.03 – RECONDICIONAMENTO DE MOTORES (EXCETO PEÇAS E PARTES EMPREGADAS,QUE FICAM SUJEITAS AO ICMS).
17.11 – ORGANIZAÇÃO DE FESTAS E RECEPÇÕES; BUFÊ (EXCETO O FORNECIMENTO DEALIMENTAÇÃO E BEBIDAS, QUE FICA SUJEITO AO ICMS).
STJ – OPERAÇÕES “MISTAS”
28
RESP 1102838/RS, RELATOR(A) MINISTRO LUIZ FUX, ÓRGÃO
JULGADOR T1 - PRIMEIRA TURMA, DATA DO JULGAMENTO 14/12/2010,PUB. DJE 17/12/2010
EMENTA - CONSTITUCIONAL. TRIBUTÁRIO. DELIMITAÇÃODA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA ENTRE ESTADOS EMUNICÍPIOS. ICMS E ISS. OPERAÇÕES "MISTAS".CRITÉRIOS. SERVIÇOS DE ELABORAÇÃO DE ÓCULOS PORENCOMENDA. ART. 155, § 2º, IX, B, CF. LC 116/03.
ICMS X ISS?
ELABORAÇÃO DE ÓCULOS POR ENCOMENDA
NÃO ESTÁ NA LISTA ISS – PORTANTO – INCIDE ICMS
STJ – OPERAÇÕES “MISTAS”
29
4. A PRIMEIRA SEÇÃO DESTA E. CORTE FIRMOU ENTENDIMENTO NO SENTIDO DE QUE:(A) SOBRE OPERAÇÕES "PURAS" DE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIA E SOBRE OSSERVIÇOS PREVISTOS NO INCISO II, DO ART. 155 DA CF (TRANSPORTE INTERESTADUALE INTERNACIONAL E DE COMUNICAÇÕES) INCIDE ICMS; (B) SOBRE AS OPERAÇÕES"PURAS" DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PREVISTOS NA LISTA DE QUE TRATA A LC 116/03
INCIDE ISS; (C) E SOBRE OPERAÇÕES MISTAS, INCIDIRÁ O ISS SEMPRE QUEO SERVIÇO AGREGADO ESTIVER COMPREENDIDO NA LISTA DE QUETRATA A LC 116/03 E INCIDIRÁ ICMS SEMPRE QUE O SERVIÇOAGREGADO NÃO ESTIVER PREVISTO NA REFERIDA LISTA. PRECEDENTE: RESP
1092206/SP, REL. MINISTRO TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA SEÇÃO, DJE 23/03/2009; AGRGNO AGRG NO RESP 1168488/SP, REL. MINISTRO HUMBERTO MARTINS, DJE 29/04/2010).
5. IN CASU, CONFORME RECONHECIDO PELA PRÓPRIA RECORRENTE, A ATIVIDADE DAAUTORA, CONSISTENTE NA ELABORAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DEÓCULOS DE GRAU PERSONALIZADOS, SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA, NÃOESTÁ PREVISTA NA LISTA DE SERVIÇOS DA LEI COMPLEMENTAR Nº116/03, O QUE IMPLICA RECONHECER A INCIDÊNCIA DO ICMS, NOS
TERMOS DAS FUNDAMENTAÇÕES ACIMA DELINEADAS.6. RECURSO ESPECIAL A QUE SE NEGA PROVIMENTO.
ISS - CRITÉRIO ESPACIAL
ART. 3º LC 116/03
30
ART. 3º LC 116/03 - O O SERVIÇO CONSIDERA-SE
PRESTADO, E O IMPOSTO, DEVIDO, NO LOCAL DO
ESTABELECIMENTO PRESTADOR OU, NA FALTA DO
ESTABELECIMENTO, NO LOCAL DO DOMICÍLIO DO
PRESTADOR, EXCETO NAS HIPÓTESES PREVISTAS NOS
INCISOS I A XXV, QUANDO O IMPOSTO SERÁ DEVIDO NO
LOCAL: (REDAÇÃO DADA LEI COMPLEMENTAR Nº 157, DE
2016)
ISS - CRITÉRIO ESPACIAL
31
REGRA GERAL
SEDE DO PRESTADOR
SERVIÇOART. 3º LC
116/03
EXCEÇÃOSEDE DA
PRESTAÇÃO SERVIÇO
incisos I a XXVCONSULTE A LISTA
ANEXA – LC 116/03
ISS - CRITÉRIO ESPACIAL ???
32
ADI 5835
CONCESSÃO CAUTELAR SUSPENDEU ART. 1º DA LC
157/06
23/03/2018 - Liminar deferida
MIN. ALEXANDRE DE MORAES Em 23.3.2018: "...CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR
pleiteada, ad referendum do Plenário desta SUPREMA CORTE, para suspender a eficácia
do artigo 1º da Lei Complementar 157/2016, na parte que modificou o art. 3º, XXIII, XXIV
e XXV, e os parágrafos 3º e 4º do art. 6º da Lei Complementar 116/2003; bem como, por
arrastamento, para suspender a eficácia de toda legislação local editadas para sua direta
complementação. [...] Comunique-se o Congresso Nacional e o Presidente da República
para ciência e cumprimento desta decisão. Nos termos do art. 21, X, do Regimento
Interno do Supremo Tribunal Federal, peço dia para julgamento, pelo Plenário, do
referendo da medida ora concedida. À Secretaria, para as anotações pertinentes.
Publique-se. Intimem-se."
ISS - CRITÉRIO TEMPORAL
33
QUANDO O SERVIÇO
É PRESTADO
FINALIZAÇÃO SERVIÇO
Para José Eduardo Soares de Melo, "em se tratando de ISS, impõe-se a
irrestrita obediência ao seu aspecto material - prestação de serviços - nada
interessando os aspectos meramente negociais ou documentais. Somente
com a efetiva realização (conclusão, ou medição por etapas) dos
serviços é que ocorre o respectivo fato gerador tributário com a
verificação do seu aspecto temporal" (In "Aspectos teóricos e práticos
do ISS", São Paulo: Dialética, 2000, p. 104.)
ISS – CRITÉRIO PESSOAL – SUJEITO ATIVO
34
SUJEITO ATIVO REGRA GERAL
PAGAMENTO AO MUNICÍPIO ONDE
PRESTADOR TEM SEDE
PAGAMENTO MUNICÍPIO
SERVIÇO
(TOMADOR)
EXCEÇÃO
ATENÇÃO – VIDE
ADI 5835 – LIMINAR
SUSPENSÃO LC 157/06
ART. 3º LC 116/03 - ANTES LC 157/06
35
PONTOS QUESTIONADOS - ART. 3º DETERMINA QUE O ISS SERÁ
DEVIDO NO MUNICÍPIO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS,
EXCETO PARA OS SERVIÇOS PREVISTOS NAS HIPÓTESES DE I A XXII,
QUANDO SERÁ DEVIDO NO LOCAL (TOMADOR):
ART. 3º - O SERVIÇO CONSIDERA-SE PRESTADO E O IMPOSTO DEVIDO NO
LOCAL DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR OU, NA FALTA DO
ESTABELECIMENTO, NO LOCAL DO DOMICÍLIO DO PRESTADOR, EXCETO
NAS HIPÓTESES PREVISTAS NOS INCISOS I A XXII, QUANDO O IMPOSTO
SERÁ DEVIDO NO LOCAL: (VIDE LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006).
ART. 3º LC 116/03 - APÓS LC 157/06
36
O ART. 3º DETERMINA QUE O ISS SERÁ DEVIDO NO MUNICÍPIO
DO PRESTADOR DE SERVIÇOS, EXCETO PARA OS SERVIÇOS
PREVISTOS NAS HIPÓTESES DE I A XXV, QUANDO SERÁ DEVIDO NO
LOCAL (TOMADOR):
ART. 3O O SERVIÇO CONSIDERA-SE PRESTADO, E O IMPOSTO, DEVIDO, NO
LOCAL DO ESTABELECIMENTO PRESTADOR OU, NA FALTA DO
ESTABELECIMENTO, NO LOCAL DO DOMICÍLIO DO PRESTADOR, EXCETO NAS
HIPÓTESES PREVISTAS NOS INCISOS I A XXV, QUANDO O IMPOSTO SERÁ
DEVIDO NO LOCAL: (REDAÇÃO DADA PELA LEI COMPLEMENTAR Nº 157, DE
2016)
PORTANTO
37
O MODELO ANTERIOR ESTIPULAVA NESSES CASOS
A INCIDÊNCIA DO ISS NO LOCAL DO
ESTABELECIMENTO PRESTADOR DO SERVIÇO, MAS
A NOVA SISTEMÁTICA LEGISLATIVA ALTEROU A
INCIDÊNCIA DO TRIBUTO PARA O DOMICÍLIO DO
TOMADOR DE SERVIÇOS.
ADI 5835 – SUSPENSÃO LC 157/06
38
PONTOS QUESTIONADOS - DETERMINAM QUE O ISS
SERÁ DEVIDO NO MUNICÍPIO DO TOMADOR DE
SERVIÇOS, NO CASO:
DOS PLANOS DE MEDICINA EM GRUPO OU INDIVIDUAL,
DE ADMINISTRAÇÃO DE FUNDOS E CARTEIRA DE CLIENTES,
DE ADMINISTRAÇÃO DE CONSÓRCIOS,
DE ADMINISTRAÇÃO DE CARTÃO DE CRÉDITO OU DÉBITO,
E DE ARRENDAMENTO MERCANTIL (LEASING).
DOMICÍLIO DO TOMADOR - DÚVIDAS
39
A. LOCAL DE DOMICÍLIO DO USUÁRIO DO PLANO OU DO
USUÁRIO DO CARTÃO, COMO PESSOA FÍSICA ?
B. LOCAL DE ASSINATURA DO CONTRATO DE PLANO DE
SAÚDE, SEJA PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA,
INDEPENDENTEMENTE DO LOCAL DE RESIDÊNCIA DO
USUÁRIO;
C. LOCAL DA UNIDADE QUE PRESTA O SERVIÇO DE
ADMINISTRAÇÃO DO PLANO DE SAÚDE OU DO CARTÃO;
A. LOCAL NO QUAL O USUÁRIO UTILIZA-SE DOS
BENEFÍCIOS DO PLANO.
MINISTRO ALEXANDRE DE MORAES
40
AFIRMOU – “ESSA ALTERAÇÃO EXIGIRIA QUE A NOVA DISCIPLINA NORMATIVA
APONTASSE COM CLAREZA O CONCEITO DE ‘TOMADOR DE SERVIÇOS’, SOB PENA
DE GRAVE INSEGURANÇA JURÍDICA E EVENTUAL POSSIBILIDADE DE DUPLA
TRIBUTAÇÃO OU MESMO AUSÊNCIA DE CORRETA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA”.
PARA O MINISTRO, ESTÃO PRESENTES OS REQUISITOS PARA A CONCESSÃO DA
LIMINAR DIANTE DA DIFICULDADE NA APLICAÇÃO DA NOVA LEGISLAÇÃO, COM
AMPLIAÇÃO DOS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA ENTRE MUNICÍPIOS E AFRONTA
AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA SEGURANÇA JURÍDICA.
A DECISÃO SUSPENDE TAMBÉM, POR ARRASTAMENTO, A
EFICÁCIA DE TODA LEGISLAÇÃO LOCAL EDITADA PARA
COMPLEMENTAR A LEI NACIONAL.
ADI 5835 – LIMINAR SUSPENSÃO LC 157/06
41
DECISÃO – “DIFERENTEMENTE DO MODELO ANTERIOR, QUE ESTIPULAVA, PARA
OS SERVIÇOS EM ANÁLISE, A INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA NO LOCAL DO
ESTABELECIMENTO PRESTADOR DO SERVIÇO, A NOVA SISTEMÁTICA LEGISLATIVA
PREVÊ A INCIDÊNCIA DO TRIBUTO NO DOMICÍLIO DO TOMADOR DE SERVIÇOS.
ESSA ALTERAÇÃO EXIGIRIA QUE A NOVA DISCIPLINA NORMATIVA APONTASSE
COM CLAREZA O CONCEITO DE “TOMADOR DE SERVIÇOS”, SOB PENA DE GRAVE
INSEGURANÇA JURÍDICA E EVENTUAL POSSIBILIDADE DE DUPLA TRIBUTAÇÃO, OU
MESMO INOCORRÊNCIA DE CORRETA INCIDÊNCIA TRIBUTÁRIA. A AUSÊNCIA DESSA
DEFINIÇÃO E A EXISTÊNCIA DE DIVERSAS LEIS, DECRETOS E ATOS NORMATIVOS
MUNICIPAIS ANTAGÔNICOS JÁ VIGENTES OU PRESTES A ENTRAR EM VIGÊNCIA
ACABARÃO POR GERAR DIFICULDADE NA APLICAÇÃO DA LEI COMPLEMENTAR
FEDERAL, AMPLIANDO OS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA E ENTRE UNIDADES
(SEGUE)
ADI 5835 – LIMINAR SUSPENSÃO LC 157/06
42
(CONTINUAÇÃO)
FEDERADAS E GERANDO FORTE ABALO NO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA
SEGURANÇA JURÍDICA, COMPROMETENDO, INCLUSIVE, A REGULARIDADE DA
ATIVIDADE ECONÔMICA, COM CONSEQUENTE DESRESPEITO À PRÓPRIA RAZÃO
DE EXISTÊNCIA DO ARTIGO 146 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. (...)
CONCEDO A MEDIDA CAUTELAR PLEITEADA, AD REFERENDUM DO PLENÁRIO
DESTA SUPREMA CORTE, PARA SUSPENDER A EFICÁCIA DO ARTIGO 1º DA LEI
COMPLEMENTAR 157/2016, NA PARTE QUE MODIFICOU O ART. 3º, XXIII,
XXIV E XXV, E OS PARÁGRAFOS 3º E 4º DO ART. 6º DA LEI COMPLEMENTAR
116/2003; BEM COMO, POR ARRASTAMENTO, PARA SUSPENDER A EFICÁCIA
DE TODA LEGISLAÇÃO LOCAL EDITADA PARA SUA DIRETA COMPLEMENTAÇÃO.”
ISS - CRITÉRIO PESSOAL
SUJEITO PASSIVO
43
SUJEITOPASSIVO
ART. 5º CONTRIBUINTE É O PRESTADOR DO SERVIÇO.
PRESTRAÇÃO DE SERVIÇO –
DESTAQUE ISS NA NOTA FISCAL
ISS – RESPONSABILIDADE
44
Art. 6o Os Municípios e o Distrito Federal, mediante lei, poderão
atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo crédito tributário
a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação,
excluindo a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este
em caráter supletivo do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação, inclusive no que se refere à multa e aos acréscimos
legais.
§ 1o Os responsáveis a que se refere este artigo estão obrigados ao
recolhimento integral do imposto devido, multa e acréscimos legais,
independentemente de ter sido efetuada sua retenção na fonte.
ISS – RESPONSABILIDADE
45
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput e no § 1o deste artigo, são
responsáveis: (Vide Lei Complementar nº 123, de 2006).
I – o tomador ou intermediário de serviço proveniente do exterior do País
ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País;
II – a pessoa jurídica, ainda que imune ou isenta, tomadora ou
intermediária dos serviços descritos nos subitens 3.05, 7.02, 7.04, 7.05,
7.09, 7.10, 7.12, 7.14, 7.15, 7.16, 7.17, 7.19, 11.02, 17.05 e 17.10 da lista
anexa. III - a pessoa jurídica tomadora ou intermediária de serviços, ainda
que imune ou isenta, na hipótese prevista no § 4o do art. 3o desta Lei
Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
ISS – RESPONSABILIDADE
46
Parágrafos suspensos com eficácia suspensa pela ADI 5835
§ 3o No caso dos serviços descritos nos subitens 10.04 e 15.09, o valor do
imposto é devido ao Município declarado como domicílio tributário da pessoa
jurídica ou física tomadora do serviço, conforme informação prestada por este.
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
§ 4o No caso dos serviços prestados pelas administradoras de cartão de crédito e
débito, descritos no subitem 15.01, os terminais eletrônicos ou as máquinas das
operações efetivadas deverão ser registrados no local do domicílio do tomador do
serviço. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
ISS – PRESTAÇÃO DE SERVIÇO POR
TERCEIRO
47
TRIBUTÁRIO. INCORPORAÇÃO IMOBILIÁRIA. IMÓVEIS CONSTRUÍDOS SOBRE TERRENO
PRÓPRIO E POR CONTA PRÓPRIA DO INCORPORADOR. ISS. INEXISTÊNCIA DE FATO
GERADOR. 1. O incorporador imobiliário, tal como definido no art. 29 da Lei 4.591/65, não
pode, logicamente, figurar como contribuinte do ISSQN relativamente aos serviços de
construção da obra incorporada. Com efeito, se a construção é realizada por terceiro, o
incorporador não presta serviço algum, já que figura como tomador. Contribuinte, nesse
caso, é o construtor. E se a construção é realizada pelo próprio incorporador, não há
prestação de serviços a terceiros, mas a si próprio, o que descaracteriza o fato gerador. É
que os adquirentes das unidades imobiliárias incorporadas não celebram, com o
incorporador, um contrato de prestação de serviços de construção, mas sim um contrato
de compra e venda do imóvel, a ser entregue construído. Precedentes. (...) (STJ. REsp
922956 / RN. Rel. Min. TEORI ALBINO ZAVASCKI - PRIMEIRA TURMA. DJe 01/07/2010)
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
BASE CÁLCULO – ART. 7º LC 116/03
48
BASE CÁLCULOArt. 7o A base de cálculo
do imposto é o preço do
serviço.
PREÇO SERVIÇO
DESCONTO
BC PREÇO COM DESCONTO
STJ – ISS – SERVIÇO GRATUITO –
NAO INCIDÊNCIA
49
RECURSO ESPECIAL N° 256.200 - MG (2000/0039508-0)
RELATOR : O EXMO. SR. MINISTRO HUMBERTO GOMES DE BARROS
RECTE(S) : GUIAUTO LTDA
ADVOGADO(S) : ANDRÉA SILVEIRA GUIMARÃES E OUTROS
RECDO(S) : MUNICÍPIO DE IPATINGA
EMENTA - "TRIBUTÁRIO. ISS. INCIDÊNCIA. ARBITRAMENTO. SERVIÇO GRATUITO.
1- O ISS só não incide nos serviços prestados gratuitamente pelas empresas sem qualquer
vinculação com a formação de um contrato bilateral.
2 - Serviços de intermediação de propaganda, objetivo principal da empresa, devem ser tributados
pelo ISS.
3 - Alegação de gratuidade não reconhecida.
4 - Arbitramento adotado pelo Fisco. Regularidade.
5 - Recurso improvido." (REsp. 234.498/DELGADO)
ISS – ALÍQUOTA MÍNIMA/MÁXIMA
50
Art. 156 CF. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
(...)
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155,
II, definidos em lei complementar.
(...)
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste
artigo, cabe à lei complementar:
I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;
ISS – ALÍQUOTA MÍNIMA/MÁXIMA
51
ALÍQUOTA MÍNIMA – 2%
ALÍQUOTA MÁXIMA – 5%
UNIÃO – LEI COMPLEMENTAR (FEDERAL)
DEFINE AS ALÍQUOTAS – ART. 156, III, § 3º,
INC. I
CADA MUNICÍPIO DEFINIRÁ SUAS
ALÍQUOTAS – DE 2% A 5%
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
ALÍQUOTA
52
Art. 8o As alíquotas máximas do Imposto Sobre Serviços de
Qualquer Natureza são as seguintes:
I – (VETADO)
II – demais serviços, 5% (cinco por cento).
Art. 8o-A. A alíquota mínima do Imposto sobre Serviços de
Qualquer Natureza é de 2% (dois por cento). (Incluído pela Lei
Complementar nº 157, de 2016)
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
ALÍQUOTA
53
§ 1o O imposto não será objeto de concessão de isenções,
incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de
redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado,
ou sob qualquer outra forma que resulte, direta ou indiretamente,
em carga tributária menor que a decorrente da aplicação da
alíquota mínima estabelecida no caput, exceto para os serviços a
que se referem os subitens 7.02, 7.05 e 16.01 da lista anexa a esta
Lei Complementar. (Incluído pela Lei Complementar nº 157, de
2016)
ISS – CRITÉRIO QUANTITATIVO
ALÍQUOTA
54
§ 2o É nula a lei ou o ato do Município ou do Distrito Federal que não respeite as
disposições relativas à alíquota mínima previstas neste artigo no caso de serviço
prestado a tomador ou intermediário localizado em Município diverso daquele
onde está localizado o prestador do serviço. (Incluído pela Lei Complementar nº
157, de 2016)
§ 3o A nulidade a que se refere o § 2o deste artigo gera, para o prestador do
serviço, perante o Município ou o Distrito Federal que não respeitar as
disposições deste artigo, o direito à restituição do valor efetivamente pago do
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza calculado sob a égide da lei nula.
(Incluído pela Lei Complementar nº 157, de 2016)
NOTA FISCAL
55
NOTA FISCAL
56
ISS – FIXO - O TRABALHO PESSOAL
E A SOCIEDADE PROFISSIONAL
57
ISS FIXO
VALOR FIXO
POR ANO,
INDEPENDENTE,
DO VALOR DE SERVIÇO
PRESTADO
DECRETO-LEI 406/68 – ARTIGO 9,
§ 1º E 3º
Súmula 663, STF - Os §§ 1º e 3º do art. 9º do Dl.
406/68 foram recebidos pela Constituição.
DECRETO 406/68
58
Art 9º A base de cálculo do imposto é o preço do serviço.
§ 1º Quando se tratar de prestação de serviços sob a forma de trabalho pessoal do
próprio contribuinte, o imposto será calculado, por meio de alíquotas fixas ou
variáveis, em função da natureza do serviço ou de outros fatores pertinentes, nestes
não compreendida a importância paga a título de remuneração do próprio trabalho.
(...)
§ 3° Quando os serviços a que se referem os itens 1, 4, 8, 25, 52, 88, 89, 90, 91 e 92 da
lista anexa forem prestados por sociedades, estas ficarão sujeitas ao imposto na
forma do § 1°, calculado em relação a cada profissional habilitado, sócio, empregado
ou não, que preste serviços em nome da sociedade, embora assumindo
responsabilidade pessoal, nos termos da lei aplicável. (Redação dada pela Lei
Complementar nº 56, de 1987)
TRABALHO PESSOAL
E A SOCIEDADE PROFISSIONAL
59
ISS VALOR FIXO = SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL
NÃO TER CUNHO DE LUCRO
TRABALHO INTELECTUAL (PAGAMENTO PELA
COMPLEXIDADE ENVOLVIDA)
O TRABALHO PESSOAL
E A SOCIEDADE PROFISSIONAL
60
1. Médicos, inclusive análises clínicas, eletricidade médica, radioterapia, ultra-
sonografia, radiologia, tomografia e congêneres;
4. Enfermeiros, obstetras, ortópticos, fonoaudiólogos, protéticos (prótese
dentária);
8. Médicos veterinários;
25. Contabilidade, auditoria, guarda-livros, técnicos em contabilidade e
congêneres;
52. Agentes da propriedade industrial;
88. Advogados;
89. Engenheiros, arquitetos, urbanistas, agrônomos;
90. Dentistas;
91. Economistas;
92. Psicólogos;
SOCIEDADES PROFISSIONAIS
61
Sendo exigência legal, constante do Decreto-lei n. 406/68, que se trate
de sociedades profissionais, sem prejuízo de contarem com
empregados e outros colaboradores, importante é que a atividade
tenha caráter intelectual e que seja prestada sob a responsabilidade
técnica pessoal dos respectivos profissionais. Outras exigências feitas
por alguns Municípios, com as de forma, que vedam o tipo de
sociedade limitada, que afastam as sociedades pluriprofissionais e
também aquelas que contam com diversos colaboradores, não se
sustentam, embora reiteradamente chanceladas pela jurisprudência
(Leandro Paulsen, Constituição e Código Tributário Comentados à luz
da Doutrina e Jurisprudência. 18ª Ed. Saraiva, p. 436)
JURISPRUDÊNCIA – STJ – INAPLICABILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL
62
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL. ISS.
SOCIEDADE UNIPROFISSIONAL. RESPONSABILIDADE LIMITADA. CARÁTER
EMPRESARIAL. ART. 9º, §§ 1º e 3º, DO DL 406/1968. INAPLICABILIDADE. SÚMULA
7/STJ. 1. Hipótese em que o Tribunal de origem afastou o benefício da tributação fixa
do ISS instituído nos §§ 1º e 3º do art. 9º do Decreto-Lei 406/1968, pois concluiu,
com base na prova dos autos, que a contribuinte tem estrutura empresarial. 2. A
tributação fixa do ISS, prevista no art. 9º, § 3º, do DL 406/1968, somente se aplica
quando houver responsabilidade pessoal dos sócios e inexistir caráter empresarial
na atividade realizada. 3. Na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é
restrita ao valor de suas quotas (art. 1.052 do CC), o que afasta o benefício da
tributação fixa. Precedentes do STJ. (...) (AgRg no AREsp 352877 / ES. Rel. Min.
HERMAN BENJAMIN. SEGUNDA TURMA. DJe 25/09/2013)
JURISPRUDÊNCIA – STJ – INAPLICABILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL
63
PROCESSUAL CIVIL E TRIBUTÁRIO. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CLÍNICA
MÉDICA. CARÁTER EMPRESARIAL. AUSÊNCIA DE DIREITO AO RECOLHIMENTO DO ISS SOB ALÍQUOTA
FIXA. CONCLUSÃO DO TRIBUNAL BASEADA EM FATOS E PROVAS DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE DE
ANÁLISE. ÓBICES DAS SÚMULAS 5 E 7/STJ. 1. Pretende a parte recorrente, clínica médica, que lhe seja
garantido o direito à base de cálculo diferenciada do ISS, nos termos do art. 9º, § 3º do Decreto-lei
406/68. 2. Contudo, a Corte de origem, ao analisar os fatos e as provas dos autos, em especial o
contrato social da Clínica Médica agravante, concluiu que a parte recorrente apresenta natureza de
organização empresarial, o que impede a concessão do benefício pretendido. 3. A alteração destas
conclusões demandaria, necessariamente, novo exame do acervo fático-probatório constante dos
autos, providência vedada em recurso especial, conforme os óbices previstos nas Súmulas 5 e 7/STJ.
Precedentes: AgRg no REsp 1132677/MG, Rel. Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em
07/02/2013, DJe 15/02/2013, AgRg nos EDcl no AREsp 233.352/SC, Rel. Ministro HUMBERTO
MARTINS, SEGUNDA TURMA, julgado em 20/11/2012, DJe 28/11/2012, AgRg no Resp 1266396/BA,
Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 02/10/2012, DJe 09/10/2012.
(...) (AgRg no AREsp 309166 / SP. Rel. Min. SÉRGIO KUKINA - PRIMEIRA TURMA - DJe 06/09/2013)
JURISPRUDÊNCIA – STJ –POSSIBILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL
64
TRIBUTÁRIO E PROCESSUAL CIVIL. ISS. ART. 9º, § 3º, DO DECRETO LEI 406/68. SOCIEDADE
DE ADVOGADOS. CARÁTER EMPRESARIAL. INEXISTÊNCIA. POSSIBILIDADE DE
RECOLHIMENTO DO ISS SOBRE ALÍQUOTA FIXA. CONCLUSÃO DO TRIBUNAL BASEADA EM
FATOS E PROVAS DOS AUTOS. IMPOSSIBILIDADE DE ANÁLISE. ÓBICES DAS SÚMULAS 5 E
7/STJ. 1. "Admitida a manutenção do regime de tributação privilegiada após a entrada em
vigor da Lei Complementar 116/03, nos termos da jurisprudência desta Corte Superior, que
sedimentou compreensão de que o art. 9º, §§ 1º e 3º, do Decreto-Lei 406/68, o qual trata
da incidência do ISSQN sobre sociedades uniprofissionais por alíquota fixa, não foi
revogado pela Lei Complementar 116/03, quer de forma expressa, quer tácita, não
existindo nenhuma incompatibilidade. Precedentes. (AgRg no AgRg no AgRg no REsp
1013002/RS, Rel. Ministro BENEDITO GONÇALVES, PRIMEIRA TURMA, DJe 18/03/2009)
(VIDE CONTINUAÇÃO)
JURISPRUDÊNCIA – STJ –POSSIBILIDADE
BENEFÍCIO UNIPROFISSIONAL
65
(CONTINUAÇÃO)
2. Para que exista o direito à base de cálculo diferenciada do ISS, nos
termos do art. 9º, § 3º do Decreto-lei 406/68, necessário que a prestação
dos serviços seja em caráter personalíssimo e que não haja estrutura
empresarial. Precedente: EREsp 866.286/ES, Rel. Ministro HAMILTON CARVALHIDO,
PRIMEIRA SEÇÃO, DJe 20/10/2010. 3. Tribunal de origem que, ao analisar os fatos e as
provas dos autos, em especial o contrato social da requerida, constatou a ausência de
caráter empresarial. A alteração destas conclusões demandaria, necessariamente, novo
exame do acervo fático-probatório constante dos autos, providência vedada em recurso
especial, conforme os óbices previstos nas Súmulas 5 e 7/STJ. 4. Agravo regimental a que
se nega provimento. (AgRg no REsp 1242490 / PB – Rel. Ministro SÉRGIO KUKINA -
PRIMEIRA TURMA - DJe 17/09/2013)
TRIBUTAÇÃO NA
ADVOCACIA
ISS – SIMPLES
NACIONAL
TRIBUTAÇÃO AUTÔNOMO –
MUNICIPAL - SP
TRIBUTAÇÃO MUNICIPAL – ISS – ALÍQUOTA DE 2% A 5% -
DEPENDE MUNÍCPIO – PREÇO SERVIÇO
ISS – VALOR ÚNICO – LEGISLAÇÃO MUNICIPAL
AUTÔNOMO – ESTABELECIMENTO – PAGAMENTO TAXA
DE LOCALIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO
MODELO RPA
Discriminação de valores para o pagamento dos serviços prestados:
Valor Bruto R$ _______________________________
Desconto INSS (11% x Valor Bruto) R$ _______________________
Desconto IRRF ( __% x Valor Bruto) R$ _______________________
*Desconto ISS ( __ x Valor Bruto) R$ __________________________
Valor Líquido R$ ______________________________
TRIBUTAÇÃO – PJ – SIMPLES
NACIONAL
LC nº 147/2014 - Desde o dia 1º/01/2015 –
SOCIEDADE ADVOCACIA;
DAS – ÚNICA ARRECADAÇÃO – pagamento
CONTRIBUIÇÃO SEGURIDADE SOCIAL
IRPJ
IPI PIS/PASEP
CSLL COFINS
ICMS ISS
TRIBUTAÇÃO – PJ – SIMPLES
NACIONAL
FATURAMENTO – LIMITE R$ 3.600,00 AUMENTOU
R$ 4,8 milhões por ano, EM 2018.
PENDÊNCIAS – REGULARIZAÇÃO PENDENCIAS –
PRAZO ADESÃO;
SOLICITAÇÃO – ATÉ 31.01 – A CADA ANO;
TAXA DE FUNCIONAMENTO MUNICIPAL;
TRIBUTAÇÃO – PJ – SIMPLES
NACIONAL
CÁLCULO SIMPLES NACIONAL
#EQUAÇÃO#
(( RBT12 x Aliq ) - PD )/ RBT12
Onde:
RBT12 = Receita Bruta nos 12 meses anteriores
ao da tributação
Aliq = Alíquota Nominal da faixa
PD = Parcela a Deduzir
SIMPLES NACIONAL - INSS
NO SIMPLES NACIONAL NÃO ESTÁ
INCLUÍDO O INSS;
PREVIDÊNCIA – RECOLHIMENTO DE
INSS SOBRE O PRO-LABORE – INSS -
20% PATRONAL (POR ESTAREM NO
ANEXO IV) E 11% PARA
APOSENTADORIA SÓCIO;
SIMPLES NACIONAL – IR –
SÓCIO - ISENÇÃO
APURAÇÃO DE LUCRO- DISTRIBUIÇÃO AOS SÓCIOS;
LUCROS E DIVIENDOS ESTÃO ISENTOS IMPOSTO DE
RENDA, AO SEREM DISTRIBUÍDOS AOS SÓCIOS;
TEM QUE OBSERVAR AS REGRAS DE ESCRITURAÇÃO
CONTÁBIL E FISCAL – PARA APURAÇÃO DESTE LUCRO;
SÓCIO TEM QUE DECLARAR NO IMPOSTO DE RENDA
PESSOA – CAMPO ESPCÍFICO – RENDIMENTOS ISENTOS –
INFORMAR CNPJ DA SOCIEDADE;
SIMPLES NACIONAL – EMISSÃO
NOTA FISCAL
DEPENDE DE CADA PREFEITURA A
DETERMINAÇÃO DA EMISSÃO OU NÃO DE NOTA
FISCAL;
QUANDO NÃO FOR OBRIGATÓRIA A EMISSÃO DE
NF, NÃO IMPEDE QUE MESMO ASSIM SEJA
EMITIDA;
VERIFIQUEM NOS SEU MUNICÍPIOS;
NOTA FISCAL – ADVOCACIA –
SIMPLES NACIONAL
NOTA FISCAL – ADVOCACIA –
SIMPLES NACIONAL
SEM RETENÇÃO
DE IMPOSTOS
CASO PRÁTICO
AUTÔNOMO X SIMPLES NACIONAL
# ADVOGADO AUTÔNOMO #
FATURAMENTO REAL TRIBUTÁVEL – R$ 90.048,99
IR – R$ 9.723,70
ISS – 3% - R$ 2.701,47
INSS – R$ 13.275,14
TOTAL ANUAL – R$ 25.700,31
CASO PRÁTICO
AUTÔNOMO X SIMPLES NACIONAL
# SIMPLES NACIONAL #
FATURAMENTO REAL TRIBUTÁVEL – R$ 90.048,99
ANEXO IV – LEI SIMPLES NACIONAL
ALÍQUOTA – 4,5%
TOTAL ANUAL – R$ 4.052,21
CASO PRÁTICO
AUTÔNOMO X SIMPLES NACIONAL
PESSOA FÍSICA –
ADVOGADO (CPF)
R$ 25.700,31
PESSOA JURÍDICA
(CNPJ)
R$
4.052,21
ECONOMIA TRIBUTÁRIA
R$ 21.648,10
ISS – ISENÇÕES
81
ISENÇÕES DEVEM RESPEITAR AS REGRAS DEFINIDAS EM
LEI COMPLEMENTAR – ART. 156, § 3º, III CF;
ISENÇÃO – NÃO PODE SER ABAIXO DE 2% ISS – SOB
PENA DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA – PARA EVITAR
GUERRA FISCAL;
EXEMPLO: MUNICÍPIO REDUZINDO ALIQUOTA – GUERRA
FISCAL – NÃO PODE CONCEDER ALÍQUOTA ZERO.
JURISPRUDÊNCIA – ADPF
(ARQUIÇÃO DESC. PRECEITO
FUNDAMENTAL) 190
MUNICÍPIO POA/SP
82
Por maioria, o plenário do STF decidiu que é inconstitucional leimunicipal que concede redução de base de cálculo de ISSQN,fora hipóteses previstas em lei complementar nacional.
Análise de ADPF proposta pelo governo do DF contra a lei 2.614/97do município de Poá/SP, que exclui da base de cálculo do ISSQN oImposto de Renda de Pessoa Jurídica, a Contribuição Social Sobre oLucro Líquido, o PIS/Pasep, a Cofins e também o valor do bemenvolvido em contratos de arrendamento mercantil.
JURISPRUDÊNCIA – ADPF
(ARQUIÇÃO DESC. PRECEITO
FUNDAMENTAL) 190
MUNICÍPIO POA/SP
83
Provimento integral a fim de declarar a inconstitucionalidade dos arts. 190, §2º, II; e191, §6º, II, e §7º, da lei 2.614/97, do município de Poá, que ao editar a norma, omunicípio usurpou a competência da União para legislar sobre matéria tributária eofendeu a alíquota mínima de 2% prevista no art. 88 do ADCT.
DECISÃO - É inconstitucional lei municipal que veicule exclusão de valores da
base de cálculo do ISSQN fora das hipóteses previstas em lei complementar
nacional. Sendo também incompatível com o texto constitucional, medida fiscal
que resulte indiretamente na redução de alíquota mínima estabelecida pelo
artigo 88 do ADCT a partir da redução da carga tributária incidente sobre a
prestação de serviço na territorialidade do ente tributante."
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
INOCORRÊNCIA FATO GERADOR
84
QUANDO ESTÁ FORA CAMPO DE
INCIDÊNCIA
VALOR FIXO
POR ANO,
INDEPENDENTE,
DO VALOR DE SERVIÇO
PRESTADO
DECRETO-LEI 406/68 – ARTIGO 9,
§ 1º E 3º
Súmula 663, STF - Os §§ 1º e 3º do art. 9º do Dl.
406/68 foram recebidos pela Constituição.
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
85
Assim, o ISS à luz da Constituição Federal de 1988, não pode incidir
sobre fatos que estão alocados fora do conceito jurídico de
prestação de serviço.
COOPERATIVA
(ASSOCIAÇÃO)
NÃO
INCIDÊNCIA
ISS
NÃO HÁ
PRESTAÇÃO
SERVIÇO
JURISPRUDÊNCIA STJ – ISS –
NÃO INCIDÊNCIA - ASSOCIAÇÃO
86
Recurso Especial n. 61.926-RJ , entendeu que não ocorre o fato gerador do ISS
nos serviços prestados por associação sem fins lucrativos aos seus próprios
associados.
Também, no Recurso Especial 623.367-RJ, a Segunda Turma do STJ concluiu que:
“constitui-se numa associação civil, que não explora de fato qualquer atividade
econômica, visto que desprovida de intento lucrativo, não se subsume, a toda
evidencia, no conceito de empresa, razão por que não é contribuinte do imposto
sobre serviço de qualquer natureza tipificado no art. 8 do Decreto- Lei n. 408, de
31.12.68”.
JURISPRUDÊNCIA STJ – ISS –
NÃO INCIDÊNCIA - COOPERATIVA
87
“TRIBUTÁRIO. ISS. SOCIEDADE COOPERATIVA. ISENÇÃO. ATO COOPERATIVO CARACTERIZADO.
AUSÊNCIA DE RELAÇÃO COM TERCEIROS. ARTIGO 79 DA LEI Nº 5.764/71.
1. A Corte de origem considerou que os serviços médicos são prestados diretamente pelos médicos e
não pela cooperativa, que apenas repassa aos associados os recursos pagos pelos
planos/seguros/convênios de saúde. Nesse contexto, deve-se admitir tão somente a incidência do ISS
sobre os serviços prestados pelos associados (valor fixo), consoante disposto no art. 9º, parágrafo
único, do DL 406/68.
2. Não é possível a tributação pelo ISS sobre a atividade prestada pela cooperativa - recebimento
dos valores pagos pela prestação dos serviços, posteriormente repassados aos cooperados com as
deduções das despesas operacionais - quer pela absoluta ausência de tipicidade (aspecto material),
já que não há, nem nunca houve, previsão de incidência do imposto sobre essa atividade em
quaisquer das listas anexas até hoje elaboradas (DL 406/68, LC 56/87 ou LC 116/03); quer pela
gratuidade do serviço (aspecto dimensível), que obsta a quantificação do imposto por ausência do
elemento "preço".
3. Recurso especial não provido” (Resp nº 1213479/AL; Rel. Min. Castro Meira; DJe 23-11-2010).
ISS – INCIDÊNCIA - COOPERATIVA
88
10.01: “Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros,
de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência
privada”.
Quando a cooperativa promove a venda dos planos de saúde, hipótese em
que passa a ter enquadramento no item 10.01 da lista anexa à Lei
Complementar nº 116/03, pois aí caracteriza-se o agenciamento que escapa
do conceito de ato cooperativo.
INCIDE ISS – ITEM 10.01
JURISPRUDÊNCIA STJ – ISS –
INCIDÊNCIA - COOPERATIVA
89
“TRIBUTÁRIO. ISS. COOPERATIVAS MÉDICAS. INCIDÊNCIA.
As cooperativas organizadas para fins de prestação de serviços médicos, praticam, comcaracterísticas diferentes, dois tipos de atos: a) atos cooperados consistentes no exercíciode suas atividades em benefício dos seus associados que prestam serviços médicos aterceiros; b) atos não cooperados de serviços de administração a terceiros que adquiremplanos de saúde.
2. Os primeiros atos, por serem típicos atos cooperados, na expressão do art. 79, da Lei nº5.764, de 16 de dezembro de 1971, estão isentos de tributação. Os segundos, por nãoserem atos cooperados, mas simplesmente serviços remunerados prestados a terceiros,sujeitam-se ao pagamento de tributos conforme determinação do art. 87 da Lei5.764/71.
As cooperativas de prestação de serviços médicos praticam, na essência, norelacionamento com terceiros, atividades empresariais de prestação de serviçosremunerados. A incidência do ISS sobre valores recebidos pelas cooperativas médicas deterceiros, não associados, que optam por adesão aos seus planos de saúde. Atos nãocooperados.
Recurso provido” (Resp nº 254.549-CE, Rel. Min. José Delgado, 1ª T., RSTJ-139/86).
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
EXPORTAÇÃO SERVIÇO
90
Art. 2o O imposto não incide sobre:
I – as exportações de serviços para o exterior do País;
(....)
Parágrafo único. Não se enquadram no disposto no inciso I
os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui se
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente
no exterior.
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
EXPORTAÇÃO SERVIÇO
91
STJ – ENTENDIMENTO - são tributáveis aqueles serviços
desenvolvidos dentro do território nacional cujo resultado aqui se
verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no
exterior.
Assim, para que haja efetiva exportação do serviço desenvolvido no
Brasil, ele não poderá aqui ter consequências ou produzir efeitos.
PORTANTO, há exportação de serviço quando, apesar de sua
realização ocorrer no Brasil, seus efeitos surtem no exterior
JURISPRUDÊNCIA STJ
ISS INCIDÊNCIA -
EXPORTAÇÃO SERVIÇO
92
REsp 831124 / RJTRIBUTÁRIO. RECURSO ESPECIAL. ISSQN. MANDADO DE SEGURANÇAPREVENTIVO. SERVIÇO DE RETÍFICA, REPARO E REVISÃO DE MOTORES EDE TURBINAS DE AERONAVES CONTRATADO POR EMPRESA DOEXTERIOR. EXPORTAÇÃO DE SERVIÇOS. NÃO-CARACTERIZAÇÃO. SERVIÇOEXECUTADO DENTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL. APLICAÇÃO DO ART.2º, PARÁGRAFO ÚNICO, DA LEI Nº LC 116/03. OFENSA AO ART. 535 DOCPC REPELIDA. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO DE DISPOSITIVOSLEGAIS. SÚMULAS 282/STF E 211/STJ.1. Tratam os autos de mandado de segurança preventivo impetrado por GECELMA LTDA. com a finalidade de obstar eventual ato do Secretário Municipal deFazenda de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro, que importe na cobrança deISSQN sobre prestação de serviços consubstanciada em operações de retificação,reparo e revisão de motores e turbinas de aeronaves, contratadas por empresasaéreas do exterior. Sentença denegou a segurança.
CONTINUAÇÃO
93
4. Nos termos do art. 2º, inciso I, parágrafo único, da LC 116/03, o ISSQN não incide sobre
as exportações de serviços, sendo tributáveis aqueles desenvolvidos dentro do território
nacional cujo resultado aqui se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente
no exterior. In casu, a recorrente é contratada por empresas do exterior e recebe motores
e turbinas para reparos, retífica e revisão. Inicia, desenvolve e conclui a prestação do
serviço dentro do território nacional, exatamente em Petrópolis, Estado do Rio de
Janeiro, e somente depois de testados, envia-os de volta aos clientes, que procedem à
sua instalação nas aeronaves.
5. A Lei Complementar 116/03 estabelece como condição para que haja exportação de
serviços desenvolvidos no Brasil que o resultado da atividade contratada não se verifique
dentro do nosso País, sendo de suma importância, por conseguinte, a compreensão do
termo "resultado" como disposto no parágrafo único do art. 2º.
CONTINUAÇÃO
94
6. Na acepção semântica, "resultado" é conseqüência, efeito, seguimento. Assim, para que
haja efetiva exportação do serviço desenvolvido no Brasil, ele não poderá aqui ter
conseqüências ou produzir efeitos. A contrário senso, os efeitos decorrentes dos serviços
exportados devem-se produzir em qualquer outro País. É necessário, pois, ter-se em mente
que os verdadeiros resultados do serviço prestado, os objetivos da contratação e da
prestação.
7. O trabalho desenvolvido pela recorrente não configura exportação de serviço, pois o
objetivo da contratação, o resultado, que é o efetivo conserto do equipamento, é
totalmente concluído no nosso território. É inquestionável a incidência do ISS no presente
caso, tendo incidência o disposto no parágrafo único, do art. 2º, da LC 116/03: "Não se
enquadram no disposto no inciso I os serviços desenvolvidos no Brasil, cujo resultado aqui
se verifique, ainda que o pagamento seja feito por residente no exterior."
8. Recurso especial parcialmente conhecido e não-provido.
ISS – NÃO INCIDÊNCIA –
ART. 2º LC 116/03
95
Art. 2o O imposto não incide sobre:
(...)
II – a prestação de serviços em relação de emprego, dos trabalhadores avulsos,
dos diretores e membros de conselho consultivo ou de conselho fiscal de
sociedades e fundações, bem como dos sócios-gerentes e dos gerentes-
delegados;
III – o valor intermediado no mercado de títulos e valores mobiliários, o valor
dos depósitos bancários, o principal, juros e acréscimos moratórios relativos a
operações de crédito realizadas por instituições financeiras.