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ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO DE TOMAR GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE AUDITORIA E FISCALIDADE GESTÃO DE EMPRESAS GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO BANCÁRIA CONTABILIDADE GERAL II Sebenta nº 05

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E S C O L A S U P E R I O R D E G E S T Ã O D E T O M A R

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

AUDITORIA E FISCALIDADE

GESTÃO DE EMPRESAS

GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO BANCÁRIA

CONTABILIDADE GERAL II

Sebenta nº 05

ESCOLA SUPERIOR DE GESTÃO DE TOMAR ANO LECTIVO 2008/09

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Plano de Estudos da Sebenta nº 05

Classe 4 – Imobilizado

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CLASSE 4 - IMOBILIZAÇÕES Esta classe inclui os bens detidos com continuidade ou permanência e que não se destinem a ser

vendidos ou transformados no decurso normal das operações da empresa, quer sejam de sua

propriedade, quer estejam em regime de locação financeira. (POC)

Bens patrimoniais activos, corpóreos ou incorpóreos, que a empresa utiliza como meios de

realização dos seus objectivos.

CARACTERÍSTICAS:

- são utilizados quer como meios de produção, de comercialização e de prestação de serviços,

quer como fontes de rendimento ou condições de trabalhos

- permanência na empresa por prazos mais ou menos longos

DIVIDIDAS EM DOIS GRANDES GRUPOS:

- Técnicas: constituídas por bens que tornam possível o arranque e desenvolvimento da

actividade da empresa (ligadas às actividades normais da empresa)

- Rendimento: abrangem os investimentos de capital em actividades inorgânicas e cujos

objectivos visam proporcionar um certo rendimento ou controle de outras empresas

41 – Investimentos Financeiros

42 – Imobilizações Corpóreas

43 – Imobilizações Incorpóreas

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VALORIMETRIA Na contabilização dos imobilizados deve observar-se os aspectos valorimétricos previstos no 5.4 no

capítulo 5 - CRITÉRIOS DE VALORIMETRIA.

5.4 - Imobilizações

5.4.1. O activo imobilizado deve ser valorizado ao custo de aquisição ou ao custo de produção.

Quando os respectivos elementos tiverem uma vida útil limitada, ficam sujeitos a uma amortização

sistemática durante esse período.

5.4.2. O custo de aquisição e o custo de produção dos elementos do activo imobilizado devem ser determinados de acordo com as definições adaptadas para as existências. *

5.4.3.1. Os investimentos financeiros representados por partes de capital em empresas filiais e

associadas serão registados de acordo com um dos seguintes critérios:

a)Pelo seu valor contabilístico (custo de aquisição), sem quaisquer alterações;

b)Pelo método da equivalência patrimonial, sendo as participações inicialmente

contabilizadas pelo custo de aquisição, o qual deve ser acrescido ou reduzido:

b1)Do valor correspondente à proporção nos resultados líquidos da empresa filial

ou associada;

b2)Do valor correspondente à proporção noutras variações nos capitais próprios da

empresa filial ou associada.

O custo de aquisição alterado nos termos anteriores deve ser ainda reduzido dos lucros

distribuídos à participação ou aumentado da correspondente cobertura de prejuízos que tenha sido

deliberada.

......

5.4.3.5. Quando as partes de capital em empresas filiais e associadas (conta 4111 e 4112) tiverem,

à data do balanço, um valor de mercado inferior ao que resultar da aplicação dos critérios atrás

referidos, os montantes representativos dessas partes deverão ser objecto da correspondente

redução por intermédio da conta 491. «Ajustamentos de investimentos financeiros - Partes de

capital», que nestes casos terá contrapartida na conta 554 «Ajustamentos de partes de capital em

filiais e associadas - Depreciações».

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5.4.3.6. Quando, relativamente aos restantes investimentos financeiros (4113, 412, 413 e 415), qualquer deles tiver, à data do balanço, um valor de mercado ou de recuperação inferior ao

registado na contabilidade, este deverá ser objecto da correspondente redução, por intermédio da

rubrica apropriada da conta 49 «Ajustamentos de investimentos financeiros», que nestes casos terá

contrapartida na rubrica apropriada da conta 684 «Custos e perdas financeiros - Perdas para

aplicações financeiras».

5.4.3.7. Os ajustamentos referidas nos nºs 5.4.3.5 e 5.4.3.6 serão utilizadas à medida que se

reduzam ou cessem os riscos que visam cobrir.

5.4.4. Quando, à data do balanço, os elementos do activo imobilizado corpóreo e incorpóreo, seja

ou não limitada a sua vida útil, tiverem um valor inferior ao registado na contabilidade, devem ser

objecto de amortização correspondente à diferença se for de prever que a redução desse valor seja

permanente. Aquela amortização extraordinária não deve ser mantida se deixarem de existir os

motivos que a originaram.

5.4.5. Sem prejuízo do princípio geral de atribuição dos juros suportados aos resultados do exercício, quando os financiamentos se destinarem a imobilizações, os respectivos custos poderão ser imputados à compra e produção das mesmas, durante o período em que elas estiverem em curso, desde que isso se considere mais adequado e se mostre consistente.

Se a construção for por partes isoláveis, logo que cada parte estiver completa e em condições de

ser utilizada cessará a imputação dos juros a ela inerentes.

......

5.4.7. As despesas de instalação, bem como as de investigação e de desenvolvimento, devem ser

amortizadas no prazo máximo de cinco anos.

5.4.8. Os trespasses devem ser amortizados no prazo máximo de cinco anos, podendo, no entanto,

este período ser dilatado, desde que tal se justifique e não exceda o do uso útil. (POC)

*

5.3 - Existências

5.3.1. As existências serão valorizadas ao custo de aquisição ou ao custo de produção, sem

prejuízo das excepções adiante consideradas.

5.3.2. Considera-se como custo de aquisição de um bem a soma do respectivo preço de compra com os gastos suportados directa ou indirectamente para o colocar no seu estado actual e no local de armazenagem.

5.3.3. Considera-se como custo de produção de um bem a soma dos custos das matérias-primas e outros materiais directos consumidos, da mão-de-obra directa, dos custos industriais variáveis e dos custos industriais fixos necessariamente suportados para o produzir e colocar no estado em que se encontra e no local de armazenagem. Os custos industriais fixos poderão ser imputados ao custo de produção, tendo em conta a capacidade normal dos meios de produção. Os custos de distribuição, de administração geral e os financeiros não são incorporáveis no custo de produção. (POC)

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AMORTIZAÇÕES Amortização é a operação contabilística que visa, simultaneamente, a imputação do custo de utilização dos imobilizados pelos diversos anos económicos e actualização (depreciação) desses mesmos bens.

Amortização consiste em registar a perda do valor de um activo imobilizado, ou seja, repartir o custo de uma imobilização pelos exercícios abrangidos pela sua vida útil ou duração económica.

Vida física: intervalo de tempo em que o bem está em boas condições de funcionamento.

Vida útil/vida económica: deve-se ter em conta a vida física e ainda a perda de valor resultante de inovações tecnológicas ou obsolescência.

Regra geral: vida económica < vida física Cálculo das quotas de amortizações

Critérios de base teórica: - critérios rígidos: as quotas de amortização são fixadas à data da aquisição de bens

imobilizados (têm apenas em atenção o factor tempo) - critérios elásticos: as quotas de amortização são fixadas no fim de cada período a que

respeitam e em função de determinados acontecimentos

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CRITÉRIOS RÍGIDOS - QUOTAS CONSTANTES O desgaste é proporcional ao tempo.

Vo – valor de aquisição do imobilizado R – valor residual (valor atribuído ao imobilizado no fim da vida útil) A – valor a amortizar: A = Vo – R Qt – quota de amortização no período t Mt – amortização acumulada no período t, inclusivé Mt = t x Q, em que Q = Qt por serem constantes n – anos de vida útil ou económica Vt – valor contabilístico no fim do período t Vt = Vo - Mt

A quota de amortizações será, no período t, dada pela fórmula:

n

A

n

RVoQt =

−=

Vantagens: - simplicidade

Desvantagens: - as despesas de conservação crescem à medida que o imobilizado vai envelhecendo,

sobrecarregando em maior grau os últimos períodos da vida útil desse bem imobilizado.

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CRITÉRIOS RÍGIDOS

- QUOTAS VARIÁVEIS EM PROGRESSÃO ARITMÉTICA DECRESCENTE Admitindo a razão da progressão aritmética representada por K, temos

Q1 = K x n Q2 = K x (n-1) Q3 = K x (n-2) Qt = K x (n-t+1)

Em que :

A = Q1 + Q2 + Q3 + … + Qt A = K x n + K x (n-1) + K x (n-2) + … + K A = K x (n + (n-1) + (n-2) + … + 1)

O valor da quota anual do período t, será

( ) ( )[ ]( )1*

1...21+−

++−+−+= tn

nnn

AQt

Vantagens: - sobrecarregar os primeiros anos com quotas mais elevadas consegue-se um equilíbrio de

custos durante a vida útil, na medida em que às quotas menos elevadas dos últimos anos acrescem despesas de conservação mais elevadas.

Desvantagens: - cálculos laboriosos para a determinação das quotas de amortização e para um elevado

número de imobilizações originará perdas de tempo incomportáveis.

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CRITÉRIOS RÍGIDOS

- QUOTAS VARIÁVEIS EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA

Consiste em utilizar uma taxa determinada, que incide sobre o valor de aquisição para a determinação da quota do primeiro exercício, continuando a aplicar-se a mesma taxa sobre os valores contabilísticos dos sucessivos exercícios. Temos

j - taxa de amortização utilizada j = 1/n x 2 V (t-1) – valor contabilístico no início do período t (fim do período t-1) Qt – quota de amortização de período t

Em que

Qt = j x V (t-1) Vantagens:

- as mesmas do critério das quotas variáveis em progressão aritmética decrescente

Desvantagens: - as mesmas do critério das quotas variáveis em progressão aritmética decrescente - o valor a amortizar nunca será nulo. Para ultrapassar esta dificuldade, deverá considerar-se

um prazo máximo para a amortização, e no último período de amortização considerar como valor da quota o montante que falta amortizar.

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CRITÉRIOS RÍGIDOS - QUOTAS DECRESCENTES EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA Sendo

n

Vo

Rj −=1

Em que

Q1 = j x Vo Qt = j x V(t-1) Vantagens:

- as mesmas do critério das quotas variáveis em progressão aritmética decrescente Desvantagens:

- as mesmas do critério das quotas variáveis em progressão aritmética decrescente

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CRITÉRIOS RÍGIDOS - QUOTAS DECRESCENTES EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA SEGUIDA DE QUOTAS CONSTANTES (OU MÉTODO DAS QUOTAS DEGRESSIVAS) Caracteriza-se pela aplicação de uma taxa determinada segundo o método das quotas constantes,

majoradas segundo determinado critério, aplicada ao valor líquido contabilístico.

x 1,5 (vida útil até 5 anos) x 2 (vida útil de 5 a 6 anos) x 2,5 (vida útil superior a 6 anos) j = 1/n x coeficiente

Qt = j x (Vo – R) Qt+1 = j x (Vt – R)

A mudança de critério deverá realizar-se quando a quota constante relativa ao remanescente da vida útil for superior à obtida através do método das quotas decrescentes em progressão geométrica Para determinar o ano da mudança do critério será: t > n - 1/j Vantagens:

- as mesmas do critério das quotas variáveis em progressão aritmética decrescente Desvantagens:

- as mesmas do critério das quotas variáveis em progressão aritmética decrescente

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CRITÉRIOS ELÁSTICOS - CRITÉRIOS DO DESGASTE FUNCIONAL As quotas de amortização são proporcionais à utilização das imobilizações. São determinadas com base em unidades que exprimem a actividade desenvolvida pelo imobilizado, durante os sucessivos exercícios da sua vida útil ou económica. Temos U – n.º de unidades de actividade (kms, horas, produtos fabricados, etc) prevista para a vida útil do imobilizado ut – n.º de unidades de actividades desenvolvidas no ano t q – quota de amortização por unidade de actividade prevista

U

A

U

RVoq =

−=

Qt = q x ut

Vantagens: - proporcionar a contabilização anual de um custo que se aproxima do grau de utilização do

bem imobilizado. Desvantagens:

- as amortização são calculadas em função de um coeficiente, cujo valor é estimado com base da actividade prevista para o bem imobilizado.

- Não haverá amortização no período em que o bem esteja inactivo.

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CRITÉRIOS ELÁSTICOS - BASE DUPLA Resulta da combinação dos critérios das quotas constantes e do desgaste funcional. A quota anual de amortização em cada exercício é igual à diferença entre a maior das amortizações acumuladas no exercício e a maior das amortizações acumuladas no exercício anterior, calculadas de acordo com cada um dos critérios citados. Vantagens:

- conjuga o desgaste provocado pela usura física com o decorrente da usura temporal Desvantagens:

- cálculos laboriosos a que obriga

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AMORTIZAÇÕES MÉTODOS ACEITES FISCALMENTE

- quotas constantes - quotas degressivas

MÉTODOS DE REGISTO CONTABILÍSTICO

- método directo: registar directamente a redução sofrida na conta do imobilizado correspondente

- método indirecto: numa conta específica são registadas as quotas de amortizações no fim do período correspondente

Método Directo

Amortizações do Exercício Imobilizado x x

Método Directo

Amortizações do Exercício Amortizações Acumuladas x x

Método Directo Vantagens:

- maior facilidade de registo - o saldo da conta do imobilizado corresponde ao seu valor contabilístico

Desvantagens: - desconhecimento do valor de aquisição dos imobilizados - desconhecimento do montante das amortizações efectuadas

Método Indirecto Vantagens:

- dá-nos o total das amortizações efectuadas em qualquer imobilizado - o saldo da conta do imobilizado corresponde ao seu valor de aquisição

Desvantagens: - movimento de maior n.º de contas - menos imediata a determinação do valor contabilístico

Apesar do POC de não referir quanto ao método a adoptar, a estruturação das contas de amortizações do exercício e acumuladas, obriga à utilização do método indirecto.

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ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS (ABDR)

3 - Critérios valorimétricos utilizados relativamente às várias rubricas do balanço e da demonstração dos resultados, bem como métodos de cálculo respeitantes aos ajustamentos de valor, designadamente amortizações e provisões. 5 - Medida em que o resultado do exercício foi afectado, com vista a obter vantagens fiscais:

a) Por valorimetrias diferentes das previstas no capítulo 5; b) Por amortizações do activo imobilizado superiores às adequadas; c) Por provisões extraordinárias respeitantes ao activo.

8 - Comentário às contas 431 «Despesas de instalação» e 432 «Despesas de investigação e de desenvolvimento". 9 - Justificação da amortização dos «Trespasses» para além do período de cinco anos. 10 - Movimentos ocorridos nas rubricas do activo imobilizado constantes do balanço e nas respectivas amortizações e provisões, de acordo com quadros do tipo seguinte:

Activo Bruto

Reava- Transfe-Rubricas Saldo liação / Aumentos Alienações rências Saldo

inicial / ajusta- e abates finalmento

Imobilizações incorpóreas : Despesas de instalação ............................................................................ Despesas de investigação e desenvolvimento ............................ Propriedade industrial e outros direitos ................................. Trespasses ................................................................................................... Imobilizações em curso ................................................................. Adiantamentos por conta de imob. incorpóreas ...........................

Imobilizações corpóreas : Terrenos e recursos naturais ................................................... Edificios e outras construções ................................................. Equipamento básico ........................................................................ Equipamento de transporte .......................................................... Ferramentas e utensílios .................................................................... Equipamento administrativo ....................................................... Taras e vasilhames ....................................................................... Outras imobilizações corpóreas .................................................. Imobilizações em curso .................................................................. Adiantamentos por conta de imob. corpóreas ...........................

Investimentos financeiros : Partes de capital em empresas do grupo ........................................... Empréstimos a empresas do grupo ........................................... Partes de capital em empresas associadas .................................... Empréstimos a empresas associadas .................................... Títulos e outras aplicações financeiras ................................................ Outros empréstimos concedidos ....................................................... Imobilizações em curso ............................................................................. Adiantamentos por conta de invest. financeiros ........................

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Amortizações e provisões

Rubricas Saldo Reforço Regulariza- Saldoinicial ções final

Imobilizações incorpóreas : Despesas de instalação ............................................................................................................. Despesas de investigação e desenvolvimento ........................................................... Propriedade industrial e outros direitos ..................................................................... Trespasses ..................................................................................................................................... Imobilizações em curso ........................................................................................................ Adiantamentos por conta de imob. incorpóreas ..........................................................

Imobilizações corpóreas : Terrenos e recursos naturais ........................................................................................ Edificios e outras construções ...................................................................................... Equipamento básico .............................................................................................................. Equipamento de transporte ................................................................................................ Ferramentas e utensílios ...................................................................................................... Equipamento administrativo ................................................................................................. Taras e vasilhames .................................................................................................................. Outras imobilizações corpóreas .......................................................................................... Imobilizações em curso .......................................................................................................... Adiantamentos por conta de imob. corpóreas ...........................................................

Investimentos financeiros : Partes de capital em empresas do grupo ..................................................................... Empréstimos a empresas do grupo ................................................................................. Partes de capital em empresas associadas ................................................................ Empréstimos a empresas associadas ......................................................................... Títulos e outras aplicações financeiras ............................................................................ Outros empréstimos concedidos ........................................................................................ Imobilizações em curso ........................................................................................................... Adiantamentos por conta de invest. financeiros ..........................................................

11 - Indicação dos custos incorridos no exercício e respeitantes a empréstimos obtidos para financiar imobilizações, durante a construção, que tenham sido capitalizados nesse período. 12 - Indicação dos diplomas legais em que se baseou a reavaliação de imobilizações corpóreas ou de investimentos financeiros. Quando tiver havido outros modelos de reavaliação, explicitação dos métodos de tratamento da inflação adaptados para o cálculo

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13 - Elaboração de um quadro discriminativo das reavaliações, do tipo seguinte:

ValoresRubricas Custos Contabilísticos

históricos Reavaliações Reavaliados(a) (a) (b) (a)

Imobilizações corpóreas : Terrenos e recursos naturais ........................................................................................ Edificios e outras construções ...................................................................................... Equipamento básico .............................................................................................................. Equipamento de transporte ................................................................................................ Ferramentas e utensílios ...................................................................................................... Equipamento administrativo ................................................................................................. Taras e vasilhames .................................................................................................................. Outras imobilizações corpóreas .......................................................................................... Imobilizações em curso .......................................................................................................... Adiantamentos por conta de imob. corpóreas ...........................................................

Investimentos financeiros : Investimentos em imóveis ...............................................................................................

(a) Líquidos de amortizações (b) Englobam as sucessivas reavaliações

14 - Com relação às imobilizações corpóreas e em curso:

a)Indicação do valor global, para cada uma das contas, de: Imobilizações em poder de terceiros; Imobilizações afectas a cada uma das actividades da empresa; Imobilizações implantadas em propriedade alheia; Imobilizações localizadas no estrangeiro; Imobilizações reversíveis;

b) Discriminação dos custos financeiros nelas capitalizados, respeitantes ao exercício e acumulados. 15 - Indicação dos bens utilizados em regime de locação financeira, com menção dos respectivos valores contabilísticos. 17 - Relativamente às acções e quotas incluídas na conta «Títulos negociáveis» cujo valor contabilístico por empresa represente mais de 5% do activo circulante da detentora, indicação das firmas, quantidades, valores nominais e valores de balanço. 18 - Discriminação da conta 4154 «Fundos» e indicação das respectivas afectações.

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34 - Desdobramentos das contas de provisões acumuladas e explicitação dos movimentos ocorridos no exercício, de acordo com um quadro do seguinte tipo:

Rubricas Saldo Aumento Redução Saldoinicial final

19 - Ajustamentos de aplicações de tesouraria : ---------------------------------------------------------------------------------------

28 - Ajustamentos de dívidas a receber : ---------------------------------------------------------------------------------------

29 - Provisões: ---------------------------------------------------------------------------------------

39 - Ajustamentos de existências : ---------------------------------------------------------------------------------------

49 - Ajustamentos de investimentos financeiros : ---------------------------------------------------------------------------------------

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EXEMPLO Em 10/05/N, foi adquirida, uma máquina por 26.000€, tendo o seu valor residual sido estimado em 2.000€ e a sua vida útil em 6 anos. Quotas constantes

Q = (26.000 – 2.000) / 6 = 4.000,00€

Quadro de Amortizações Quotas Constantes

Amortização Anos

Anual Acumulada Valor

Contabilístico

N 4.000,00 4.000,00 22.000,00 N+1 4.000,00 8.000,00 18.000,00 N+2 4.000,00 12.000,00 14.000,00 N+3 4.000,00 16.000,00 10.000,00 N+4 4.000,00 20.000,00 6.000,00 N+5 4.000,00 24.000,00 2.000,00

Quotas variáveis em progressão aritmética decrescente

K = 24.000 / (6+5+4+3+2+1) = 1.142,86€ QN = 1.142,86 x 6 = 6.857,14€ QN+1 = 1.142,86 x 5 = 5.714,29€ ... QN+5 = 1.142,86 x 1 = 1.142,86

Quadro de Amortizações Quotas Variáveis em Progressão Aritmética Decrescente

Amortização Anos

Anual Acumulada Valor

Contabilístico

N 6.857,14 6.857,14 19.142,86 N+1 5.714,29 12.571,43 13.428,57 N+2 4.571,43 17.142,86 8.857,14 N+3 3.428,57 20.571,43 5.428,57 N+4 2.285,71 22.857,14 3.142,86 N+5 1.142,86 24.000,00 2.000,00

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Quotas variáveis em progressão geométrica

J = 1 / 6 x 2 = 33,33% QN = 33,33% x 26.000,00 = 8.666,67 QN+1 = 33,33% x 17.333,33 = 5.777,77 ... QN+5 = 24.000,00 – 22.576,13 = 1.423,87

Quadro de Amortizações Quotas Variáveis em Progressão Geométrica

Amortização Anos

Anual Acumulada Valor

Contabilístico

N 8.666,67 8.666,67 17.333,33 N+1 5.777,78 14.444,44 11.555,56 N+2 3.851,85 18.296,30 7.703,70 N+3 2.567,90 20.864,20 5.135,80 N+4 1.711,93 22.576,13 3.423,87 N+5 1.423,87 24.000,00 2.000,00

Quotas decrescentes em progressão geométrica

J = 1 – (2.000/26.000)^(1/6) QN = 0,3479 x 26.000 = 9.044,28

Quotas Decrescentes em Progressão Geométrica

Amortização Anos

Anual Acumulada Valor

Contabilístico

N 9.044,28 9.044,28 16.955,72 N+1 5.898,17 14.942,45 11.057,55 N+2 3.846,45 18.788,90 7.211,10 N+3 2.508,43 21.297,33 4.702,67 N+4 1.635,86 22.933,19 3.066,81 N+5 1.066,81 24.000,00 2.000,00

Quotas decrescentes em progressão geométrica seguida de quotas constantes (ou método das

quotas degressivas)

QN = 1/6x2,5 x (26.000-2.000) > (26.000-2.000)/6 QN+1 = 1/6x2,5 x (16.000-2.000) > (16.000-2.000)/5 Qn+4 = 1/6x2,5 x 4.778,94 < (4.778,94-2.000)/2

Quadro de Amortizações Método das Quotas Degressivas

Amortização Anos

Anual Acumulada Valor

Contabilístico

N 10.000,00 10.000,00 16.000,00 N+1 5.833,33 15.833,33 10.166,67 N+2 3.402,78 19.236,11 6.763,89 N+3 1.984,95 21.221,06 4.778,94 N+4 1.389,47 22.610,53 3.389,47 N+5 1.389,47 24.000,00 2.000,00

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EXEMPLO O IPT adquiriu em N uma máquina por 2.100€. a vida útil prevista é de 5 anos com um valor residual de 100€. A actividade estimada foi de 25.000 horas. Nos anos subsequentes a actividade real foi a seguinte: N: 4.000 horas N+1: 7.000 horas N+2: 5.000 horas N+3: 5.000 horas N+4: 4.500 horas Critérios do desgaste funcional

QN: 4.000 x 2.000/25.000 = 320,00 QN+4: 4.000 x 0,08 = 320,00

Quadro de Amortizações Critérios do Desgaste Funcional

Amortização Anos

Anual Acumulada Valor

Contabilístico

N 320,00 320,00 1.780,00 N+1 560,00 880,00 1.220,00 N+2 400,00 1.280,00 820,00 N+3 400,00 1.680,00 420,00 N+4 320,00 2.000,00 100,00

Base dupla

Qtas Constantes Desg.Funcional Qtas Constantes Desg.Funcional Amort. Anual Amort. Acum.N 400,00 320,00 400,00 320,00 400 400 1.700,00

N+1 400,00 560,00 800,00 880,00 480 880 1.220,00N+2 400,00 400,00 1.200,00 1.280,00 400 1280 820,00N+3 400,00 400,00 1.600,00 1.680,00 400 1680 420,00N+4 400,00 320,00 2.000,00 2.000,00 320 2000 100,00

Base Dupla

AnosAmortização Anual Valor

Contabilístico

Quadro de Amortizações

Amortizações Acumuladas Base Dupla

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CONTA 41 – INVESTIMENTOS FINANCEIROS Esta conta integra as aplicações financeiras de carácter permanente. (POC) 411 – Partes de capital Regista as aquisições de acções e quotas, dependendo a subconta a utilizar da natureza e da importância das participações. 4111 – Empresas do grupo ( Participação > 50%) 4112 – Empresas associadas (Participação > 20% e < 50%) 4113 – Outras empresas ( Participação < 20%) A aquisição de partes de capital pode ocorrer num dos dois seguintes cenários:

- no momento da constituição da empresa/entidade participada - aquisições ulteriores àquele momento

Movimentos contabilísticos

Aquisição de partes de capital

no momento da constituição da empresa/entidade participada

1ª Fase: Subscrição

411 265 x x

2ª Fase: Liberação

265 11/12 x x

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Aquisição de partes de capital

posteriores ao momento da constituição da empresa/entidade participada

O registo contabilístico é susceptível de ser efectuada por um dos seguintes métodos:

- do custo - da equivalência patrimonial

A aquisição é registada pelo preço de compra, acrescidos dos gastos suportados. Adoptando o método do custo, temos: Aquisição da participação

411 11/12/268 x x

Lucros atribuídos à participação

2523/2533 784 J J

Lucros colocados à disposição

2524/2534 2523/2533 L J

241 R

Pagamento dos lucros distribuídos

11/12 2524/2534 L L

J – dividendo ilíquido R – retenção L – dividendo líquido da retenção do IRC Adoptando o método da equivalência patrimonial (a desenvolver posteriormente)

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Investimentos Financeiros - Alienações 1º Passo: verificar se existe perda ou ganho na alienação valor da venda – valor contabilístico > 0 → ganho → 7941 valor da venda – valor contabilístico < 0 → perda → 6941 2º Passo: contabilização

11/12/268 6941/7941 x x

6941/7941 41

y y

x – pelo valor da venda y – pelo valor contabilístico Obs: conta 49

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412 – Obrigações e títulos de participação Regista os investimentos efectuados em obrigações e títulos de participação nos mercados primário e secundário, dependendo a subconta a utilizar da natureza e da importância das participações. 4121 – Empresas do grupo ( Participação > 50%) 4122 – Empresas associadas (Participação > 20% e < 50%) 4123 – Outras empresas ( Participação < 20%) Movimentos contabilísticos Subscrição no mercado primário

412 265 x x

Liberação das subscrições realizadas

265 11/12 x x

Aquisição directa no mercado secundário

412 11/12 x x

Rendimento

11/12 7812 x x + y

2412 y

x – rendimento líquido y – retenção na fonte

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Reembolso valor do reembolso < valor de subscrição → perda → 688 valor do reembolso > valor de subscrição → ganho → 788

valor do reembolso < valor de subscrição

11/12 412 (1) (1) + (2)

688 (2)

1 – valor reembolsado 2 – perda verificada no reembolso valor do reembolso > valor de subscrição

11/12 412 (1) + (2) (1)

788 (2)

1 – valor de aquisição 2 – ganho obtido no reembolso

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413 – Empréstimos de financiamento Regista os empréstimos que visam a rendibilização dos excedentes de capitais, mas que possuem a característica de permanência prolongada, dependendo a subconta a utilizar da natureza e da importância das participações. 4131 – Empresas do grupo ( Participação > 50%) 4132 – Empresas associadas (Participação > 20% e < 50%) 4133 – Outras empresas ( Participação < 20%) Movimentos contabilísticos Concessão do empréstimo

413 11/12 x x

Juros colocados à disposição

268 7814 (1) (3)

2412 (2)

1 – juros líquidos 2 – retenção 3 – juros brutos Reembolso do empréstimo

11/12 413 x x

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414 – Investimentos em imóveis Engloba as edificações urbanas e propriedades rústicas que não estejam afectas à actividade

operacional da empresa. (POC) O desdobramento da conta é equivalente ao da conta 42 4141 – Terrenos e recursos naturais 4142 – Edifícios e outras construções Movimentos contabilísticos Semelhante à conta 42 Afectação de recursos à conta 414

414 751 x x

Deperecimento dos bens

683 481 x x

6944/7944 – sinistros 6941/7941 – alienação

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415 – Outras aplicações financeiras Aplicações financeiras de médio e longo prazo não englobadas nas rubricas anteriores 4151 – Depósitos bancários Incluem-se nesta conta os depósitos em instituições de crédito que não sejam de classificar como

disponibilidades. (POC) 4152 – Títulos de dívida pública Títulos representativos do financiamento do orçamento do Estado (obrigações do tesouro)

4153 – Outros títulos 4154 – Fundos Inclui os bens detidos pela empresa e destinados a fazer face a compromissos prolongados, cujos

rendimentos lhes sejam adstritos, como, por exemplo, os fundos para pensões de reforma. (POC)

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Ajustamentos 49 – AJUSTAMENTOS DE INVESTIMENTOS FINANCEIROS Esta conta serve para registar:

- As diferenças entre o custo de aquisição dos títulos e outras aplicações financeiras e o respectivo preço de mercado, quando este for inferior àquele;

- Os riscos de cobrança dos empréstimos de financiamento.

Esta provisão será constituída ou reforçada através da correspondente conta de custos ou de

capitais próprios, sendo debitada na medida em que se reduzam ou cessem as situações para que

foi criada. (POC) Constituição ou Reforço (4111 e 4112)

554 491 x x

Constituição ou Reforço (4113)

6843 491 x x

Anulação (4111 e 4112)

491 554 x x

Anulação (4113)

491 7962 x x

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CONTA 42 – IMOBILIZAÇÕES CORPÓREAS Integra os imobilizados tangíveis, móveis ou imóveis, que a empresa utiliza na sua actividade

operacional, que não se destinem a ser vendidos ou transformados, com carácter de permanência

superior a um ano.

Inclui igualmente as benfeitorias e as grandes reparações que sejam de acrescer ao custo daqueles

imobilizados.

Quando se trate de bens em regime de locação financeira, a contabilização por parte do locatário

obedecerá às seguintes regras, por aplicação do princípio contabilístico da substância sobre a

forma:

a)No momento do contrato, a locação deve ser registada por igual quantitativo no activo e no passivo (261 «Fornecedores de imobilizado»), pelo mais baixo do justo valor do imobilizado nesse regime, líquido de subsídios e de créditos de imposto, recebíveis pelo locador, se existirem, ou do valor actual das prestações, excluindo comissões e serviços do locador;

b)Para o cálculo do valor actual citado em a), a taxa de desconto a usar é a implícita na

locação, se determinável, ou a taxa de juro corrente no mercado em operações de risco e prazo

equivalentes;

c)As rendas serão desdobradas de acordo com o plano de amortização financeira da dívida

a pagar referida em a) (considerando que esta representa o valor actual de uma renda

antecipada), debitando a conta do passivo pela parte correspondente à amortização do capital

e levando o restante à conta de custos financeiros, a título de juros suportados;

d)O activo imobilizado referido em a) deve ser amortizado de forma consistente com a

política contabilística da empresa; se não existir certeza razoável de que o locatário obtenha a

titularidade do bem no fim do contrato, o activo deve ser amortizado durante o período do

contrato se este for inferior ao da sua vida útil. (POC)

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Movimentos contabilísticos Aquisição ao exterior, benfeitorias ou grandes reparações

42 12/2611/2612 x x

24322 x

Produzidos no exercício pela própria empresa

42 752 x x

Produzidos pela própria empresa, tendo transitado de exercício

44 752 x x

x – pelo valor incorporado no exercício Transferência pelo valor do imobilizado após concluído

42 44 x x

Bens do imobilizado corpóreo recebido a título gratuito

42 576 x x

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Imobilizações Corpóreas – Alienações 1º Passo: verificar se existe perda ou ganho na alienação valor da venda – valor contabilístico > 0 → ganho → 7942 valor da venda – valor contabilístico < 0 → perda → 6942 valor contabilístico = valor de aquisição – amortização acumulada 2º Passo: contabilização

12/268 6942/7942 (1) (1)

6942/7942 42 (2) (2)

482 6942/7942 (3) (3)

1 – pelo valor da venda 2 – pelo valor de aquisição 3 – pelo valor das amortizações acumuladas

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Imobilizações Corpóreas – Sinistros 1º Passo: verificar se existe perda ou ganho na indemnização indemnização – valor contabilístico > 0 → ganho → 7944 indemnização – valor contabilístico < 0 → perda → 6944 valor contabilístico = valor de aquisição – amortização acumulada 2º Passo: contabilização

12/268 6944/7944 (1) (1)

6944/7944 42 (2) (2)

482 6944/7944 (3) (3)

1 – pelo valor da indemnização (caso não exista indemnização, o valor será nulo) 2 – pelo valor de aquisição 3 – pelo valor das amortizações acumuladas

Imobilizações Corpóreas – Abates

6945 42 (1) (1)

482 6945 (2) (2)

1 - pelo valor de aquisição 2 – pelo valor das amortizações acumuladas

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Locação Financeira Movimentos contabilísticos Celebração do contrato

42 2611 x x

x – pelo valor base, quando o IVA é dedutível Pagamento das rendas

2611 12 (1) (4)

6818 (2)

2432 (3)

1 – amortização do capital 2 – juros suportados 3 – IVA dedutível 4 – renda = ( 1 + 2) + IVA Amortização anual

662 482 x x

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Aquisição do bem no fim do contrato

2611 12 (1) (4)

6818 (2)

2432 (3)

1 – valor residual 2 – juros suportados 3 – IVA dedutível 4 – renda = ( 1 + 2) + IVA Opção de devolução do equipamento no fim do contrato

2611 42 (1) (3)

482 7942/6942 (2) (3) (1)

(2) 1 – pelo valor residual 2 – pelo valor das amortizações acumuladas 3 – pelo valor de aquisição O valor residual (vr) = valor do bem x taxa taxa varia entre 3% e 10% O valor residual não é susceptível de amortização VC > VR → 6942 VC < VR → 7942

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421 - Terrenos e recursos naturais Compreende os terrenos e recursos naturais (plantações de natureza permanente, minas, pedreiras,

etc.) afectos às actividades operacionais da empresa.

Abrange os custos de desbravamento, movimentação de terras e drenagem que lhes respeitem.

São ainda registados nesta conta os terrenos subjacentes a edifícios e outras construções, mesmo

que tenham sido adquiridos em conjunto e sem indicação separada de valores. Quando não haja

elementos concretos para a sua quantificação, adoptar-se-á o critério que for considerado mais

adequado. (POC) 422 - Edifícios e outras construções Respeita aos edifícios fabris, comerciais, administrativos e sociais, compreendendo as instalações

fixas que lhes sejam próprias (água, energia eléctrica, aquecimento, etc.).

Refere-se também a outras construções, tais como muros, silos, parques, albufeiras, canais,

estradas e arruamentos, vias férreas internas, pistas de aviação, cais e docas. (POC) 423 - Equipamento básico Trata-se do conjunto de instrumentos, máquinas, instalações e outros bens, com excepção dos

indicados na conta 425 «Imobilizações corpóreas - Ferramentas e utensílios», com os quais se

realiza a extracção, transformação e elaboração dos produtos ou a prestação dos serviços.

Compreende os gastos adicionais com a adaptação de maquinaria e de instalações ao desempenho

das actividades próprias da empresa.

Quando o objecto da empresa respeite a actividades de transporte ou de serviços administrativos,

devem ser incluídos nesta conta os equipamentos dessas naturezas afectos a tais actividades. (POC) 426 - Equipamento administrativo Inclui-se sob esta designação o equipamento social e o mobiliário diverso. (POC)

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427 - Taras e vasilhame Compreende os objectos destinados a conter ou acondicionar as mercadorias ou produtos, quer

sejam exclusivamente para uso interno da empresa, quer sejam embalagens retornáveis com

aptidão para utilização continuada.

A contabilização das embalagens retornáveis como imobilizações não impede a utilização e a

contabilização de garantias ou de cauções que lhes respeitem (desdobradas por clientes, dentro da

conta 268 «Outros devedores e credores - Devedores e credores diversos»), as quais deverão ser

regularizadas quando se reconhecer a venda das respectivas embalagens.

Além disso, a empresa delas proprietária deverá satisfazer os seguintes requisitos:

a) Dispor de registos sobre o movimento das embalagens demonstrativos de que a regra geral é a

restituição pelos clientes;

b) Facturar as embalagens não restituídas pelos clientes até ao fim do prazo estipulado, utilizando

para o efeito as correspondentes cauções ou parcelas dos depósitos de garantia; transferir para

resultados os custos dessas embalagens e as respectivas amortizações acumuladas;

c) Utilizar o método FIFO para a determinação do custo das embalagens a abater - por não terem

sido restituídas pelos clientes ou atendendo ao seu estado de deterioração, obsolescência ou

inutilizarão - relativamente às quais não possa ser utilizado o método de custo específico. (POC) 429 – Outras imobilizações corpóreas É uma conta de carácter residual.

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Directriz Contabilística n.º 25 LOCAÇÕES “...aplica-se a todas as operações de locação ... ... seja qual for a forma jurídica que possam

revestir...” Não tem aplicação:

- locações destinadas a explorar ou usar recursos naturais tais como, petróleo bruto, gás

natural, florestas (para aproveitamento da madeira), minérios e outros direitos minerais;

- acordos de licenciamento relativos a elementos tais como filmes cinematográficos,

videogravações, registos sonoros, peças teatrais, manuscritos, patentes e direitos de autor.

Locação - é um acordo pelo qual o locador transfere para o locatário, por contrapartida de um

pagamento ou série de pagamentos, o direito à utilização de um determinado bem, por um período

de tempo acordado.

Locação financeira - é uma locação em que, em substância, o locador transfere para o locatário

todos os riscos e vantagens inerentes à detenção de um dado activo, independentemente de o título

de propriedade poder ou não vir a ser transferido.

Locação operacional - é uma locação que não seja de considerar como financeira. Data do início da locação - é a mais recuada das duas seguintes datas: a do acordo de locação ou a

de um compromisso assumido pelas partes quanto às principais cláusulas da locação.

“... uma locação é considerada como financeira quando, à data do início da operação, se verificar

uma das seguintes situações:

a) haja acordo de transferência da propriedade no final do prazo de locação;

b) exista uma opção de compra a um preço que se espera seja suficientemente inferior ao justo valor do bem à data do exercício da opção e de tal modo que, à data do inicio da locação, seja quase certo que a opção venha a ser exercida;

c) o prazo da locação abranja a maior parte da vida útil do bem, mesmo que a propriedade

não seja transferido;

d) à data do início da locação, o valor presente (actual ou descontado) dos pagamentos da

locação (incluindo o da opção de compra e expurgados de quaisquer encargos adicionais,

como por exemplo seguros) seja igual ou superior ao justo valor do bem;

e) os activos locados sejam de tal especificidade que apenas o locatário os possa usar sem

neles sejam feitas modificações importantes.

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Constituem ainda indicadores de situações que individualmente ou combinadas possam levar a que uma locação seja classificada como financeira:

a) o locatário poder cancelar a locação e as perdas do locador associadas ao cancelamento

serem suportadas pelo locatário;

b) os ganhos ou perdas derivados da flutuação no justo valor do bem residual serem do

locatário; e

c) o locatário ter a possibilidade de continuar a locação por um segundo período a uma

renda que seja substancialmente inferior à do mercado.

Se em qualquer momento o locador e o locatário acordarem em alterar as condições da locação de tal forma que, caso essas condições tivessem sido estabelecidos à data do início da locação esta teria uma diferente classificação, então o acordo revisto será considerado um novo acordo desde a data da alteração e até ao seu final.

Não há lugar a uma nova classificação da locação para fins de contabilização quando:

• se efectue uma mera renovação do contrato;

• se alterem as estimativas (por exemplo: alterações nas estimativas da vida útil ou valor residual do bem);

• se alterem as circunstâncias (por exemplo: incumprimento por parte do locatário).

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DECRETO REGULAMENTAR 2/90 DE 12 DE JANEIRO

Artigo 1º - Condições gerais de aceitação das reintegrações e amortizações - Elementos do activo imobilizado sujeitos a deperecimento - As reintegrações e amortizações só podem praticar-se:

- activo imobilizado corpóreo: a partir da entrada em funcionamento - activo imobilizado incorpóreo: a partir da data de aquisição ou início da actividade (último)

- Só são aceites como custos, para efeitos fiscais em cada exercício, as amortizações respeitantes a esse exercício - Reintegrações e amortizações devem praticar-se por grupos homogéneos, excepto para edifícios e outras construções, viaturas ligeiras de passageiros ou mistas

Artigo 2.º - Valorimetria dos elementos reintegráveis ou amortizáveis - Custo de aquisição: preço de compra + gastos acessórios suportados até à sua entrada em funcionamento - Custo de produção: custo de aquisição de matérias-primas e de consumo + MOD ou outros custos imputáveis ao produto + custos indirectos respeitantes ao período de fabricação ou construção + IVA (não dedutível) - Valor resultante de reavaliação ao abrigo de legislação de carácter fiscal - Valor real à data de abertura da escrita (não é conhecido o custo de aquisição ou produção) exercícios ao da entrada em funcionamento. - Não se consideram no custo de aquisição e no custo de produção:

- os juros de empréstimos contraídos para financiar a aquisição ou produção de imobilizado ou

devidos pelo diferimento no tempo do pagamento do respectivo preço;

- as diferenças de câmbio relacionadas com o imobilizado resultantes quer de pagamentos efectivos, quer de actualizações à data do balanço.

- Podem ser incluídos no custo de produção os juros de capitais alheios destinados especificamente ao financiamento do fabrico ou construção de imobilizações, na medida em que respeitem ao período de fabricação ou construção e este não tenha uma duração inferior a dois anos.

Artigo 3.º - Período de vida útil - É o período durante o qual se reintegra ou amortiza o seu valor (excluindo o valor residual) - Período mínimo de vida útil: 100/taxa de amortização (quotas constantes) - Período máximo de vida útil: dobro do período mínimo de vida útil - Excepções: despesas de instalação / despesas de investigação e desenvolvimento Período máximo de vida útil é de 5 anos

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Artigo 4.º - Métodos de cálculo das reintegrações e amortizações - Regra geral: quotas constantes - Elementos do activo imobilizado corpóreo novos (adquiridos a terceiros ou fabricados ou construídos pela própria empresa): quotas degressivas

excepto a edifícios, viaturas ligeiras de passageiros ou mistas, mobiliário e equipamentos

Artigo 5.º - Método das quotas constantes Método das quotas constantes: - 1º Tabela I – taxas específicas - 2º Tabela II – taxas genéricas Taxas de amortizações e reintegrações são calculadas com base no período de utilidade esperada: bens adquiridos em estado de uso bens avaliados para efeitos de abertura de escrita grandes reparações (aumentem o valor real ou duração provável dos elementos) obras em edifícios alheios (não são de manutenção, reparação ou conservação) elementos que não constam nas tabelas

Artigo 6.º - Método das quotas degressivas Taxas de amortizações e reintegrações definidas para o período mínimo de vida útil corrigidos pelos seguintes coeficientes: 1,5 se o período de vida útil < 5 anos 2,0 se o período de vida útil = 5 ou 6 anos 2,5 se o período de vida útil > 6 anos

Artigo 7.º - Reintegrações e amortizações por duodécimos - Uso facultativo

Artigo 8.º - Utilização uniforme dos métodos de reintegração e amortização - Aplicação do mesmo método de reintegração e amortização desde a entrada em funcionamento até à sua reintegração total, transmissão ou inutilização

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Artigo 9.º - Regime intensivo de utilização dos elementos patrimoniais - Sujeito a desgaste mais rápido do que o normal em consequência de laboração em mais de um turno: + 25% - 2 turnos + 50% - + de 2 turnos - Utilizado o método das quotas degressivas: “não pode ser aplicado relativamente ao primeiro

período de reintegração nem dele pode decorrer, nos períodos seguintes, uma quota de

reintegração superior à que puder ser aplicada nesse primeiro período” - Excepções na aplicação do regime intensivo: Edifícios e outras construções Bens que estão normalmente sujeitos a condições intensivas de exploração

Artigo 10.º - Desvalorizações excepcionais de elementos do activo imobilizado - Desvalorizações excepcionais provenientes de causas anormais (desastres, fenómenos naturais e inovações técnicas excepcionalmente rápidas) devidamente comprovadas - Prévia aceitação da DGCI

Artigo 11.º - Reintegrações de imóveis - Terreno não é amortizável - Quando desconhecido = 25% do valor de aquisição do imóvel - Terrenos para exploração: sujeita a amortização a parte do respectivo valor sujeito a deperecimento

Artigo 12.º - Reintegrações de viaturas ligeiras, barcos de recreio e aviões de turismo

- Para efeitos fiscais, não é aceite como custo a parte correspondente ao valor de aquisição excedente a 29.927,87€ (6.000 cts) - Não se aplica a bens afectos a empresas exploradoras de serviço público de transporte ou a serem alugados no exercício da actividade normal da empresa sua proprietária.

Artigo 17º - Amortizações de imobilizações incorpóreas

- São amortizáveis: despesas de instalação despesas de investigação e desenvolvimento

elementos da propriedade industrial adquiridos a título oneroso e cuja utilização exclusiva seja reconhecida por um período limitado de tempo

custos plurianuais (embora não sendo imobilizações incorpóreas): despesas com a emissão de obrigações, encargos com campanhas publicitárias, ...

- Não são amortizáveis (excepto em caso de deperecimento efectivo devidamente comprovado): trespasses

elementos de propriedade industrial que não reúnem as condições referidas anteriormente

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Artigo 18º - Despesas de investigação e desenvolvimento - Poderão optar por considerar as despesas de investigação e desenvolvimento como custo no exercício em que sejam suportadas, excepto aos trabalhos de investigação e desenvolvimento efectuados para outrem mediante contrato

Artigo 20º - Elementos de reduzido valor - Podem ser amortizados num só exercício, os bens cujo valor aquisição seja inferior a 199,52€ (40 cts).

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CONTABILIDADE GERAL II PÁG. 45 de 55

CONTA 43 – IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS Integra as imobilizados intangíveis, englobando, nomeadamente, direitos e despesas de

constituição, arranque e expansão. (POC) Movimentos contabilísticos Aquisição ao exterior

43 12/2611/2612 x x

24322 x

Produzidos no exercício pela própria empresa

43 753 x x

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Produzidos pela própria empresa, tendo transitado de exercício

44 753 x x

x – pelo valor incorporado no exercício Transferência pelo valor do imobilizado após concluído

43 44 x x

Bens do imobilizado incorpóreo recebido a título gratuito

43 576 x x

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Imobilizações Incorpóreas – Alienações 1º Passo: verificar se existe perda ou ganho na alienação valor da venda – valor contabilístico > 0 → ganho → 7943 valor da venda – valor contabilístico < 0 → perda → 6943 valor contabilístico = valor de aquisição – amortização acumulada 2º Passo: contabilização

12/268 6943/7943 (1) (1)

6943/7943 43 (2) (2)

483 6943/7943 (3) (3)

1 – pelo valor da venda 2 – pelo valor de aquisição 3 – pelo valor das amortizações acumuladas

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Imobilizações Incorpóreas – Abates

6945 42 (1) (1)

482 6945 (2) (2)

1 - pelo valor de aquisição 2 – pelo valor das amortizações acumuladas 431 - Despesas de instalação Corresponde às despesas com a constituição e organização da empresa, assim como as relativas à

sua expansão, designadamente despesas com aumento de capital, estudos e projectos. (POC) 432 - Despesas de investigação e de desenvolvimento Esta conta engloba as despesas associadas com a investigação original e planeada, com o

objectivo de obter novos conhecimentos científicos ou técnicos, bem como as que resultem da

aplicação tecnológica das descobertas, anteriores à fase de produção. (POC) 433 - Propriedade industrial e outros direitos Inclui patentes, marcas, alvarás, licenças, privilégios, concessões e direitos de autor, bem como

outros direitos e contratos assimilados. (POC)

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CONTA 44 – IMOBILIZAÇÕES EM CURSO Abrange as imobilizações de adição, melhoramento ou substituição enquanto não estiverem

concluídas.

Inclui também os adiantamentos feitos por conta de imobilizados, cujo preço esteja previamente

fixado. Pela recepção das facturas correspondentes deve fazer-se a transferência para as

respectivas contas de 2611 «Outros devedores e credores - Fornecedores de imobilizado -

Fornecedores de imobilizado, c/c». (POC) 44 – Imobilizações em curso 441 - Obras em curso A.

442 - Obras em curso B.

...

447 - Adiantamentos por conta de investimentos financeiros.

448 - Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas.

449 - Adiantamentos por conta de imobilizações incorpóreas. Movimentos contabilísticos Adiantamento por conta de imobilizado

447/448/449 12 x x

2432 x

Facturas sucessivas de fornecedores – imobilizado em curso

44 2611 x x

2432 x

Fornecimento definitivo dos imobilizados – pelo valor de aquisição 41/42/43 2611

x x

2432 x

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Fornecimento definitivo dos imobilizados – pela anulação do adiantamento

2611 447/448/449 x x

24342 x

Quando se concluem os trabalhos para a própria empresa

41/42/43 44 x (1)

75 (2)

1 – pelo valor de exercícios anteriores 2 – pelo valor suportado no exercício final (ano corrente)

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CONTA 48 – AMORTIZAÇÕES E REINTEGRAÇÕES ACUMULADAS Movimentos contabilísticos Amortização anual

66 48 x x

Anulação das amortizações por abate (venda ou inutilização) do imobilizado

48 697/794 x (1)

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Directriz Contabilística n.º 16 Decreto-Lei n.º 31/98 de 11 de Fevereiro

REAVALIACÃO

“O fenómeno inflacionista e o créscimento económico provocam e evidenciam, entre outros efeitos,

a subquantificação dos activos não monetários, levando muitas empresas a ajustar ocasionalmente

algumas rubricas do balanço.”

“Tais ajustamentos têm expressão no capital próprio das empresas através das denominadas

reservas de reavaliação, que representam, em rigor, resultados potenciais, isto é resultados não

realizados.”

“2.1. Reavaliar um activo significa ajustar, geralmente por acréscimo, a quantia assentada do

mesmo; este acréscimo, depois de ajustadas as correspondentes amortizações acumuladas, se for

caso disso, da origem a um excedente, ainda não realizado, a inscrever no capital próprio.”

“2.2. Quando um elemento integrante de um agrupamento de activos, de natureza e uso

semelhante, for reavaliado, todo o agrupamento o deve ser.”

“2.3. A reavaliação dos activos imobilizados tangíveis pode ser efectuada com base na variação do

poder aquisitivo da moeda.

Adoptando este procedimento a quantia excedente é objectiva e verificável; objectiva, porque se

apoia normalmente em índices de preços que traduzem variações gerais nos preços ou, por motivos

fiscais, nos «coeficientes de desvalorização monetária» publicados anualmente pelo Ministério das

Finanças; verificável, porque quando se procede à sua comprovação, obtem-se sempre a mesma

quantia...”

“2.4. O excedente obtido do processo de reavaliação só se considera realizado, de acordo com os

princípios contabilísticos geralmente aceites, pelo uso ou alienação dos bens a que respeita.”

“2.5. No Plano Oficial de Contabilidade, o excedente, referido no número anterior, é considerado

como uma "reserva" na esteira de diplomas fiscais. Daí que venha sendo prática corrente a

utilização daquele excedente, mesmo sem se verificar a sua realização, para cobrir prejuízos ou

para aumentar o capital, o que de modo algum se considera admissível, face aos princípios

contabilísticos geralmente aceites.”

“3.2. No caso de haver activos imobilizados tangíveis que sejam reavaliados sem suporte em

diploma legal específico, dando lugar às denominadas "reavaliações livres", deve movimentar-se

uma subconta específica no âmbito da conta 56 «Reservas de reavaliação», que poderá designar-se

"Outros excedentes", cuja origem e conteúdo deverão ser explicitados na nota 1 do Anexo ao

Balanço e à Demonstração dos Resultados.”

“3.3. O excedente obtido na sequência do processo de actualização e contabilizado no capital próprio não pode servir de base, do ponto de vista estritamente contabilístico, a aumento do capital ou a cobertura de prejuízos. Só a realização, parcial ou total, deste excedente nos termos do nº 2.4, que implica a transferência correspondente para a conta 59Y «Resultados transitados - Regularização de excedentes», poderá permitir as aplicações referidas ou outras.”

“3.3.2. Se houver realização total, o excedente deve ser transferido para a conta 59Y «Resultados

transitados – Regularização de excedentes», não sendo em caso algum de considerar como

proveito no âmbito da demonstração dos resultados do exercício.”

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“3.3.3 Se houver realização parcial, a quantia a transferir de excedentes para a conta 59Y

«Resultados transitados – Regularização de excedentes» é a diferença entre a amortização baseada

na quantia reavaliada do imobilizado tangível e a amortização baseada no custo original do

mesmo.”

“3.4.1. Quando a reavaliação for efectuada com base na variação do poder aquisitivo da moeda,

em regra, a quantia bruta do activo a reavaliar será substituída pela quantia reavaliada com base

em índices de preços que traduzam variações gerais nos preços e a amortização acumulada nessa

data deverá ser proporcionalmente ajustada;... “

“3.4.2. Quando a reavaliação for efectuada com base no justo valor, a natureza de cada elemento determinará a adopção de um dos seguintes métodos:

a) Do custo de reposição depreciado:

Em que a quantia bruta do activo a reavaliar é substituída pelo correspondente custo de reposição,

sendo a quantia das amortizações acumuladas ajustadas com base na proporção entre aquelas

quantias, a fim de ser obter o custo de reposição depreciado, ou seja, o justo valor; a quantia do

excedente corresponderá, assim, à diferença entre a variação do custo e a variação das

amortizações.

b) Do valor corrente de mercado:

Em que releva a quantia do activo, líquida das amortizações acumuladas, que é substituída pela

quantia correspondente ao valor corrente de mercado, ou seja, o justo valor; neste caso, a quantia

do excedente corresponderá à variação verificada. Este método é geralmente aplicado a terrenos e

edifícios.”

“3.5. Os ganhos ou perdas provenientes da retirada ou alienação de um elemento do activo

imobilizado tangível são determinados pela diferença entre os proveitos líquidos (efectivos ou

estimados) decorrentes dessas operações e o valor contabilístico líquido correspondente, devendo

ser reconhecidos no âmbito da demonstração dos resultados do exercício.”

“3.6. As empresas que procederem à reavaliação dos activos imobilizados tangíveis devem

divulgar, nos casos materialmente relevantes, na nota 39 do Anexo ao balanço e à demonstração

dos resultados, o seguinte:

a) a classe a que pertence o elemento do activo reavaliado e, se for caso disso, os elementos que

não foram reavaliados, bem como as respectivas justificações;

b) o excedente obtido na reavaliação, explicitando os procedimentos e métodos adoptados;

c) a identificação da(s) entidade(s) avaliadora(s).”

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Bens a reavaliar: - “ ... mobilizações corpóreas e investimentos financeiros em imóveis, afectos ao exercício

de uma actividade comercial, industrial ou agrícola, cujo período mínimo de vida útil

seja igual ou superior a cinco anos, existentes e em utilização na data da reavaliação. “ Excepções

- “os elementos completamente reintegrados na data da reavaliação e já reavaliados

nessa qualidade ao abrigo de anterior legislação de caracter fiscal;” - “os elementos de reduzido valor cujo custo de aquisição ou de produção tenha sido

deduzido num só exercício, nos termos do artigo 31º do Código do IRC;” - “os imóveis que, nas empresas de seguros, estejam ou tenham estado a representar ou a

caucionar provisões técnicas do ramo «Vida», respeitantes a contratos com

participação nos resultados.” “Tratando-se de elementos ainda não totalmente reintegrados à data da reavaliação, os valores a

reavaliar são os seguintes:

a) No caso de elementos já reavaliados ao abrigo de outros diplomas legais, os valores que se

obtiveram na última reavaliação efectuada;

b) No caso de elementos ainda não reavaliados os custos de aquisição ou de produção, se forem

conhecidos, ou, não o sendo, os valores mais antigos constantes dos registos contabilísticos do

sujeito passivo;

c) No caso de venda de bens seguida de locação financeira, pelo vendedor, desses mesmos bens os

valores que este, na ausência desse contrato, poderia considerar nos termos das alíneas anteriores;

d) No caso de entrega de um bem objecto de locação financeira ao locador seguida de relocação

desse bem ao locatário, o valor inicial do contrato.” “ Tratando-se de elementos já totalmente reintegrados,” excluindo as excepções dos bens a reavaliar , “que possuam ainda aptidão para poderem utilmente desempenhar a sua função técnico-

económica e sejam ainda efectivamente utilizados no processo produtivo, os valores a reavaliar

são os referidos numa das alíneas do número anterior (a, b, c, ou d), conforme os casos.”

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Valores-base da reavaliação 1 - Relativamente aos elementos não totalmente reintegrados, a reavaliação consiste na aplicação e às correspondentes reintegrações acumuladas, dos coeficientes de actualização monetária que corresponderem aos anos a que se reportam os valores base da reavaliação.

2 – Quanto aos elementos já totalmente reintegrados, a reavaliação consiste em:

a) Utilização do processo descrito no número anterior, quer em relação ao valor dos bens, quer

relativamente às reintegrações acumuladas;

b) Correcção das reintegrações acumuladas, actualizadas nos termos da alínea anterior, aplicando

a este valor o produto do período de vida útil já decorrido pela taxa média de reintegração que

resultar da soma do período de vida útil já decorrido com o período adicional de utilização futura.

3 – Os coeficientes de actualização monetária a utilizar na reavaliação são os constantes da

Portaria nº 222/97, de 2 de Abril, multiplicados pelo factor 1,023, sendo o resultado arredondado,

por excesso, até às centésimas.” Destino da reserva de reavaliação

1º cobertura de prejuízos acumulados até à data de reavaliação 2º incorporação no capital social

Para efeitos fiscais, não é dedutível o produto de 0,4 pela importância do aumento das amortizações anuais resultantes da reavaliação. Contabilização

42 56 48 x y x y