edição 139

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1 27.JUL.2012

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Quem viaja fugindo dos roteiros tradicionais garante que a experiência é libertadora. Percorrer trilhas incomuns é aprender a valorizar a vida - do pão de cada dia à cama macia

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Arbitragem: o grande adversário das séries C e D 29

Fotos: 8: Eurico Salis, Div./O Caxiense | 10: Arquivo Pessoal de Dirceu Borba, Div./O Caxiense | 16: Arquivo do 12º BPM, Divulgação/O Caxiense

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Análise entre as pesquisas eleitorais em Caxias

Feminilidade sobre duas rodas

O desapego de quem viaja só com uma mochila e volta carregado de experiências

Convivendo com um projétil, sem um olho, na fila do SUS

Um padre, um coman-dante e um sargento evangélico a serviço da segurança

Para marcar na agenda: as datas mais importantes da eleição

Nas entrelinhas de Humberto Gessinger

Sexo, drogas e gasolina roubada em Kerouac

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carros e motos

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Um dos critérios editoriais da revista O CAXIENSE é evitar abordagens sensacio-nalistas. Respeitamos nosso leitor e não apelamos para a provocação banal visando a mera repercussão. Com equilíbrio e o aprofundamento necessário para o formato revista, buscamos os ângulos mais incomuns para tratar de temas relevantes, mas que normalmente recebem um trata-mento pouco reflexivo. É exatamente este o caso quando falamos sobre segurança pública. Na edição que você tem em mãos, a segurança é abordada por diferentes olhares. A reportagem Segurança reforçada pela fé revela a natural fragilidade humana diante dos perigos, principalmente para os policiais militares que colocam as próprias vidas em risco para proteger outras vidas. Uma saída encontrada pelo 12º BPM foi estimular a religiosidade para gerar mais harmonia e equilíbrio para enfrentar as situações difíceis do trabalho. A “paró-quia” do padre Elói (leia na página 16) é o Batalhão, que também recebe cultos evan-gélicos para atender os policias que não são católicos. Isto também é segurança pública. Por outro lado, a seção Bastido-res, em 2 meses na vida de uma vítima da violência... (leia na página 5), revela a face de quem sofre com a falta de segurança. Não trata de estatíscas em que indivídu-os perdem a identidade para se tornar números contabilizados. Ulysses Traslatti Pante, de 24 anos, teve sua vida afetada para sempre ao passar por um assalto e ser ferido. E sua história é mais importante do que qualquer índice.

Na última terça-feira (24), pesqui-sa realizada pelo Instituto Methodus, encomendada pelo jornal Correio do Povo, mostrou que 54,8% dos moradores de Caxias sentem-se inseguros e 9,5%, totalmente inseguros. Somente 19,3% dos

caxienses afirmaram se sentir seguros no seu cotidiano. Em ano de eleições munci-pais, o tema certamente pautará boa parte dos discursos e debates. O CAXIENSE também acredita que ele é pertinente, mas deve ser tratado pelos candidatos do mes-mo modo como encaramos a segurança pública: sem sensacionalismo.

No nosso site, que não destaca notícias de homicídios em busca de mais acessos, reproduzimos as conclusões da pesquisa, e o leitor Rafael Madin comentou a matéria:

Nas imagens acima, reproduzimos algumas das capas já feitas sobre seguran-ça – exemplos de nossa busca contante por ângulos novos e abordagens aprofundadas.

Boa leitura!

Paula Sperb, diretora de Redação

DIGa!Ângulos incomuns | RepoRtagens sem sensacionalismo | seguRança nas eleições

Diretor executivo - Publisher

Felipe Boff

Paula SperbDiretor administrativo

Luiz Antônio Boff

editor-chefe | revista

Marcelo Aramis

editora-chefe | site

Carol De Barba

Andrei AndradeDaniela BittencourtRafael Machado

Gesiele LordesLeonardo PortellaPaulo Pasa

Designer

Luciana Lain

comercIaL

executivas de contas

Pita Loss Suani Campagnollo

assINatUras

atendimento

Tatyany R. de OliveiraAssinatura trimestral: R$ 30

Assinatura semestral: R$ 60

Assinatura anual: R$ 120

foto De caPa

Paulo Pasa/O Caxiense

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro

Lourdes, Caxias do Sul (RS) |

95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

[email protected]

www.ocaxiense.com.br

Morei fora do Brasil por 6 anos. Quando voltei, o meu sentimento de inseguranca cresceu de maneira que tenho até medo de sair de casa. Cri-mes que antes víamos somen-te em cidades como Rio e São Paulo agora são comuns em nossa cidade e a forma com que os criminosos atacam é cada vez mais violenta. Não nos damos conta de que a violência tende a aumentar quando a sensação de impu-nidade está presente.

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BastIDoresa vida depois de peRdeR um olho | pague menos poR eneRgia elétRica |a infinita cRiatividade de gessingeR

Eleições na folhinhaAté o dia 7 de outubro –

ou 28 do mesmo mês, em caso de segundo turno – é impossível fugir do calendá-rio eleitoral. Para facilitar o acompanhamento do proces-so completo, O CAXIENSE selecionou algumas datas importantes e úteis para elei-tores e candidatos até o final das eleições 2012.

As informações são da atualização mais recente do Tribunal Superior Eleitoral.

AgoSto

Último dia para os partidos preen-cherem vagas re-manescentes para

as eleições proporcionais. Eleitores que estiverem fora do seu domicílio eleitoral (município onde foi expedi-do o título ou para onde foi transferido), devem pedir a 2ª via do seu título eleitoral até esta data. As empre-sas interessadas em divulgar os resultados oficiais das eleições, também têm neste dia o limite para se cadastra-rem na Justiça Eleitoral.

Começa a propa-ganda gratuita no rádio e na TV.

Limite para o Tribunal Supe-rior Eleitoral disponibilizar

informações de sexo e cargo dos candidatos registrados para as chapas majoritária e proporcional. Neste dia, to-dos os recursos sobre pedido de registro de candidatos

deverão estar julgados pela Justiça Eleitoral, e as decisões publicadas.

Setembro

Data final para publicação da lista com nome com-pleto e nome para

urna dos candidatos, em ordem alfabética, seguidos da legenda e número.

Eleitores que precisarem pedir a 2ª via do título eleitoral dentro

do seu domicílio eleitoral devem fazer isto até esta data. Os tribunais regionais eleitorais também começa-rão a informar aos eleitores o que é necessário para votar.

oUtUbro

Último dia para propaganda gratuita e reali-zação de debate

em televisão e rádio, além de propaganda política em reuniões públicas e comícios.

Data final em que podem ser vei-culados anúncios políticos e repro-

dução do jornal impresso na internet.

Candidatos não poderão mais fazer propaganda eleitoral por alto-

falantes ou amplificadores de som, distribuição de material gráfico ou promoção de ca-minhada, carreata, passeata ou carro de som.

Dia de cumprir o dever cívico: a votação será das 8:00 às 17:00. Nes-

te dia, é permitida apenas a manifestação individual e silenciosa da preferência do eleitor. Aglomerações de pessoas com bandeiras, broches, camisetas e adesivos de candidatos são vetadas.

Liberação da pro-paganda eleitoral para o 2º turno, a partir das 17:00.

É divulgado o resultado do 1º turno.

Fim da propagan-da do 2º turno no rádio e na TV, dos anúncios na

imprensa escrita e realização de debate do 2º turno.

Último dia para propaganda em alto-falantes ou amplificadores e

para distribuição de material gráfico e promoção de cami-nhada, carreata ou passeata.

Dia de cumprir o dever cívico nova-mente e votar, se

houver segundo turno, das 8:00 às 17:00.

NoVembro

Limite para divul-gação do resultado para prefeito e vice-prefeito em

2º turno. A apuração final deve estar encerrada.

Limpeza geral: to-das as propagan-das de candidatos que não foram

para segundo turno devem ser removidas. Também é a data da entrega da prestação de contas final do 1º turno.

Último dia para a proclamação dos candidatos eleitos.

Candidatos do 2º turno devem retirar suas propa-gandas das ruas.

A prestação de contas final também deve ser entregue.

DeZembro

Eleitores que dei-xaram de votar no dia 7 de outubro têm último prazo

para apresentar justificativa.

Último dia para o eleitor que deixou de votar no dia 28 de outubro apre-

sentar sua justificativa.

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27Dez

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Há 60 dias, o ciclista Ulysses Tras-latti Pante, de 24 anos, foi baleado no estacionamento do Centro de Cultura Ordovás às 21:15. O primeiro socorro foi negado por um guarda e somente após 12 horas conseguiu atendimento médico. 2 de junhoEstacionei nos fundos do Ordovás. Combinamos de encontrar amigos por lá. Logo que desliguei o motor do carro, um homem bateu no vidro ordenan-do minha saída. Evitei movimentos bruscos, porém quando abri a porta ele atirou. Outro homem nos acompanhou até dentro do Ordovás, onde o guar-da municipal fez com que fôssemos levados para fora. Fui acolhido por um casal de amigos. 3 de junhoO Samu chegou rápido no dia anterior, porém no Hospital Pompéia tive que aguardar até as 10:00 para ser atendido por uma oftalmologista, que apenas colocou uma sutura em meu rosto e me mandou para casa medicado. No olho esquerdo perdi a visão, no olho direito

tinha muita sensibilidade à luz. Fui liberado do hospital as 16:00. 4 de junhoFui a Porto Alegre com familiares em busca de atendimento. No hospital, não fui aceito por não haver mais urgência. Tampouco consegui encaminhamento para internação no Pompéia. No Banco de Olhos fizeram análises, mas não puderam me prestar ajuda, por ser um trauma. 13 de junho Voltei de Porto Alegre em busca de atendimento particular em Caxias do Sul. Até então, não tive nenhum proce-dimento cirúrgico. 19 de junho Com o apoio de amigos e familiares, faço uma cirurgia com uma médica contratada de modo particular. A cirurgia removeu meu olho esquerdo e preparou para o uso de uma prótese. 6 de julho Mais de um mês após ser baleado, com ajuda da Secretaria da Saúde de

Caxias, retorno a Porto Alegre para ter o primeiro atendimento do SUS. No Hospital de Clínicas recebo uma consulta referente ao dano buco-facial provocado pelo projétil, ainda alojado em meu rosto. A próxima consulta será somente no mês de outubro. 12 de julho Recebo a prótese provisória no local do olho esquerdo. Com a ajuda de amigos, começamos a rifar uma bicicleta forne-cida pelo meu patrocinador. O dinheiro ajudará a pagar a cirurgia. 26 de julho Volto a Caxias para substituir a prótese provisória por uma definitiva. Pelo Sistema Único de Saúde, nada foi feito ainda.

29 de julhoPor iniciativa de amigos, faremos um passeio ciclístico para protestar contra a violência e o descaso do SUS. Uma empresa prestou apoio vendendo placas que serão utilizadas pelos ciclistas neste dia. O valor arrecadado ajudará a pagar meus procedimentos cirúrgicos.

uma vítima da violência em busca de atendimento pelo SUS2 meses Na vIDa De...

Ulysses Traslatti Pante |Paulo Pasa/O Caxiense

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Fluorescentes são melhoresAs lâmpadas fl uo-rescentes são mais

econômicas em relação às incandescentes. Custam mais – em média R$ 8 mais caras –, porém ajudam na economia mensal da conta de luz. E nada de luz ligada durante o dia.

Ajuste o termostatoTodos os refrigeradores contam com um termostato, que é ajustado conforme

a estação do ano. Para os dias frios, ele deve ser deixado no mínimo. As geladeiras devem fi car longe do calor

do fogão. Diorge lembra ainda que não se deve deixar roupas para secar atrás dos aparelhos.

Prefi ra aquecedores a óleoÉ tradição na cidade encontrar casas com

fogões a lenha. Porém, algu-mas famílias vêm optando por aquecedores ou estufas, que são ligados na luz, e que acabam se tornando o grande responsável pelo estouro na conta de energia elétrica. “Em ambientes peque-nos, aquecedores a óleo são mais econômicos e mesmo depois de desligados, continuam esquentando o local”, diz Diorge.

Seja rápido no banhoChuveiro é um vilão na conta de luz e faz o banho tornar-se a tarefa mais

ingrata nos dias frios. Reduzir o tempo é a melhor dica. “No

banho, quanto mais rápido, melhor”, lembra Diorge. Para ele, um banho deve

ter 20 minutos. Mais que isso, é exagero.

BOAgENTE

Craque da Fisioterapia

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Como muitos garotos bons de bola, a passagem do ca-xiense Bruno Manfredini Baroni pelos gramados tam-bém revelou sua verdadeira vocação. Mas não era para o futebol. Onde a maioria so-nha ser ídolo da bola, o ata-cante das categorias de base do Juventude entre 1998 e 2002 conheceu a Fisiotera-pia. “Sempre mantive meu foco na área desportiva”, con-ta. Aliando a prática clínica à pesquisa acadêmica, foi evoluindo na profissão. Aos 27 anos, já concluiu gradua-ção pela UCS, especialização em Cinesiologia e Mestrado em Ciências do Movimento Humano pela UFRGS, onde também iniciou o doutorado.

Professor de pós-graduação

e pesquisador de projetos que englobam estudos aplicados ao esporte, exercício físico e fisioterapia traumato-ortopé-dica, especialmente nas áreas de biomecânica e fisiologia do sistema neuromuscular, Baroni acredita contribuir para o avanço da Fisioterapia. “A produção de um conheci-mento que auxilie os profis-sionais da saúde me motiva a seguir a carreira de pesqui-sador, já a possibilidade de capacitar esses profissionais me motiva como professor”, explica o professor-pesquisa-dor, que acabou de voltar de um intercâmbio no Canadá, onde atuou junto ao Muscle Physiology and Biophysics Laboratory, na McGill Uni-versity.

Por uma conta de luz mais barataTOP5

O inverno está longe do fi m. Até lá, a estufa vai continuar trabalhando e os banhos seguirão com temperaturas mais altas que o normal. Para evitar o aumento na conta de luz, O CA-XIENSE conversou com o engenheiro elétrico Diorge Zambra, coordenador do curso Tecnologia Eletrônica Indus-trial da UCS, que dá dicas simples e fáceis de serem praticadas.

Evite fugas de luzAntes de tudo, é preciso saber se a re-sidência possui fugas de luz. “Desligue todas as luzes e retire os aparelhos da tomada. Se o medidor da caixa de luz continuar girando, é porque existe al-gum fi o condutor que está roubando energia”, explica Diorge. O ideal é que os fi os sejam trocados por novos com a ajuda de um eletricista.

As lâmpadas fl uo-rescentes são mais

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Craque da Fisioterapia camPUs

CriatividadeA professora e designer

Elisa Marangon Beretta ministra o curso de exten-são de Técnicas Criativas em Projetos de Design, na Faculdade América Latina. As inscrições seguem até o dia 14 de setembro. O curso é voltado a designers e pro-fissionais ligados às artes, e ocorre no dia 15 de se-tembro, das 9:00 às 12:00 e das 13:30 às 16:30, com um total de 6 horas/aula. As inscrições podem ser feitas pelo site da instituição.

movimentos e habilidades

A FSG promove o IV Congresso Internacional de Motricidade, um debate so-bre o estudo do movimen-to humano, com foco em desenvolvimento e habili-dades motoras e contexto escolar, de 29 de agosto a 1° de setembro. As inscri-ções podem ser feitas pelo site e custam R$ 120 para estudantes da FSG. Demais profissionais pagam R$ 180.

Curso da belezaA UCS oferece 16 vagas

para a qualificação em Es-tética Aplicada – Facial e Corporal. As inscrições vão até sexta (3). O curso tem 220 horas e segue até maio de 2013. Custa R$ 2.205 ou 10 parcelas de R$ 240.

+ VESTIBULARAnglo-AmericanoAgendamento até 4 de agosto. R$ 35.

Faculdade InovaçãoInscrições até terça (31). São 2 opções de data: sexta (27) e terça (31). R$ 20

WWW.ANGLOAMERICANO.EDU.BR. 0800-6060606 | WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.PORTALFAI.COM.BR. 3028-7007

o filho da lenda

por Andrei Andrade

A reunião de fãs de blues, na úl-tima quarta-feira (25) no Missis-sippi Delta Blues Bar, para assistir ao filho de uma das maiores lendas do gênero, Muddy Waters (breve contexto histórico: sem ele, não haveria Rolling Stones), esquen-tou a noite gelada típica de Ca-xias. Quando o cinquentão Mud Morganfield e seu terno vermelho subiram ao palco, os comentários davam a noção do que mais im-pressionava ali: a semelhança de Mud, o primogênito, com o pai. “Até o jeito de xingar os músicos é igual”, afirmou um mais exaltado. Mud conversa com a plateia, con-vida garotas para subir no palco, conta histórias do pai, brinca com os músicos (“meu tecladista tem 22 anos. Nunca teve o coração partido. O que pode saber sobre o blues?”, provocou). Ele mistura músicas próprias do seu álbum mais recente, Son of the Seventh Son, com clássicos eternizados na voz do pai, como Hoochie Coochie Man e I Can’t Be Satisfied.

Antes do show, O CAXIENSE foi até o Personal Hotel conversar com Mud Morganfield.

É a sua 3ª passagem pelo Brasil, mas a 1ª em Caxias, que tal?

Só deu para conhecer um pouco, mas estou gostando. Estive no bar ontem, é um clube fantástico. Um pouco pequeno, mas muito bonito. E o Toyo (Bagoso, proprietário do

bar) é um grande cara.

Você esteve recentemente em um festival no interior de São Paulo. Também temos um aqui...

Em novembro, certo? Talvez no ano que vem. Neste ano já tenho data agendadas na Inglaterra, por isso não poderei vir. Mas será um prazer se puder tocar em 2013.

Você é filho de uma lenda. Seu pai foi o maior de todos? Como ele influencia sua música?

Bom, para mim ele certamente foi o melhor, sim. É uma benção ser filho de Muddy Waters, mas também de minha mãe (Mildred McGhee), que me levava para os bares para ouvir blues. De certa forma, já nasci com o blues dentro de mim.

Quais artistas mais inspiram o seu trabalho?

Certamente meu pai em 1º lu-gar, mas também outros músi-cos daquela época, como Howlin’ Wolf, James Cotton e Chuck Berry. Como cresci acompanhando os ar-tistas da Motown, também me ins-piro muito neles e em suas canções de amor. Mas meu músico prefe-rido, sem dúvidas, é Barry White.

E as garotas caxienses, o que achou?

São anjos...(longa pausa). Anjos que escaparam do paraíso. Real-mente lindas. Certamente seria bom se elas dançassem um pouco essa noite.

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“A escrita é um diálogo que não pretendo interromper”

Nas entrelinhas do horizonte é o quarto livro publicado pelo músico e escritor Humberto Gessinger, todos pela Editora Belas Letras. Quem já teve contato com dois dos anteriores - Pra ser sincero e Mapas do acaso, porque Meu pequeno gremista é outro gênero – sabe bem o que esperar: uma conversa real sobre a vida, a música e o mundo. Como escritor, Humberto não perde a marca que vem da sua música. Diz o que pensa e busca suas verdades.

Apesar da agenda lotada, o músico e escritor encontrou um tempinho para conversar com O Caxiense antes do po-cket show de lançamento no Shopping Iguatemi, em Caxias.

Dos últimos 3 livros lançados até aqui,  Nas entrelinhas do horizonte  é mais intimista do que os anteriores? O que ele traz para os leitores?

Muita gente comenta que se sente mais proximo a mim lendo este livro do que ouvindo minhas músicas. Tal-vez isso se deva à diferença entre lite-ratura e música. Geralmente, escrever e ler são atividades mais solitárias do que tocar e ouvir. Mas, sem dúvida, o clima do Nas Entrelinhas do Horizonte também ajuda nesta aproximação.

Em uma conversa à época do lan-çamento de  Mapas do acaso, dis-seste que  Pra ser sincero  e  Mapas do acaso  foram surgindo juntos. Como foi  Nas entrelinhas do horizonte? Já tinhas ideia de dar continuidade à es-crita?

Sim, assim como minha música, a es-crita é um diálogo que não pretendo in-terromper. Além do prazer, é através da minha arte e ofício que eu me relaciono com o mundo. 

Parte do processo de produção de  Nas entrelinhas do horizonte  foi compartilhado no teu blog. Alguns textos do livro, inclusive, tiveram ori-gem no BloGessinger e depois foram reescritos. Essa troca com os leitores interfere no resultado final da tua arte?

Eu mantenho uma pontualidade neu-rótica nas postagens   (sempre que as segundas-feiras viram terça, exatamen-te à meia-noite), pois foi se juntando uma galera que já espera os textos. Eles comentam, conversam entre si…   por mais que a www seja atemporal, é mui-to legal a sensação de “tempo real”. Sa-ber que, naquele exato momento, há um coração pulsando do outro lado da conexão faz toda a diferença. Este as-

tral acaba pintando no texto. Mas não tento agradar ou desagradar ninguém, acho que é obrigação do artista igno-rar a repercussão e buscar as verdades dentro de si. É isso que eu quero dos artistas que sigo. Acho que é isso que quem me acompanha quer. 

O que te expõe mais, fazer litera-tura ou fazer música? (Se alguma das duas te expõe).

A literatura me deixa mais próximo, é como se estivesse conversando com o leitor. A relação musical é mais difícil de explicar. É menos linear. Mais abs-trata e incontrolável.

Ouvir tua música cantada pelos fãs e chegar até eles pela palavra escrita, trazem sensações diferentes? A men-sagem é transmitida da mesma for-ma?

São dois galhos da mesma árvore. 

Tu tens produzido bastante em um tempo relativamente curto para a lite-ratura. Já tens novos projetos?

Tenho alguns projetos literários e musicais. Com o tempo descobri que é uma ilusão achar que nós escolhemos quais projetos verão a luz do dia. Eles é que nos escolhem.

Humberto Gessinger |Eurico Salis, Divulgação/O Caxiense

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A última pesquisa do Instituto Me-thodus, publicada terça-feira (24) pelo Correio do Povo, animou o candidato governista Alceu Barbosa Velho (PDT), que, sem Marisa Formolo, assumiu a li-derança da corrida eleitoral, com 38,7% das intenções de votos na estimulada. Mas também reanimou a oposição. Mar-cos Daneluz (PT), convocado às pressas para substituir Marisa na disputa, já figu-rou na estimulada com 16,5% – o dobro do que previam alguns petistas.

Assis Melo (PCdoB) também avançou – provavelmente sobre o eleitorado que seria de Marisa –, assumindo o 2º lugar, com 23,2%. Milton Corlatti (DEM) cres-ceu um pouquinho, para 2,7%, e Luis Fernando Possamai (PSOL), que ficara de fora do primeiro levantamento, em abril, apareceu com 1,5%. A pesquisa foi feita entre 18 e 19 de julho, com margem de erro de 4,1, e registrada sob o número RS-00044/2012.

A CDL pressionou, a prefeitu-ra tentou impedir, mas a Justiça autorizou – pelo menos por en-quanto. Com liminar da 2ª Vara de Fazenda Pública, a itinerante (e já recorrente) Feira de Ibitin-ga tem permissão para se instalar em Caxias às vésperas do Dia dos Pais, contrariando a lei municipal

decretada em agosto do ano passa-do que proíbe esse tipo de evento perto das datas mais fortes para o comércio local. A CDL reclama de prejuízos causados aos comercian-tes da cidade, que geram empre-gos e impostos aqui e dependem dessas datas comemorativas para alavancar seu faturamento.

O ministro do Desen-volvimento Agrário, Pepe Vargas (PT), será o pales-trante da reunião-almoço da CIC segunda-feira (30), falando sobre O pa-pel da agricultura familiar no desenvolvimento do Rio Grande do Sul e do Brasil.

é o índice de aumento do gás autorizado pela Petrobras e repassado às distribuidoras. O número preocupa o presidente do Simecs, Getulio Fonseca, que recentemente lamen-tou o reajuste do aço em 8%.

é o índice de reajuste aprovado pelo Sindica-to dos Metalúrgicos no dissídio deste ano. Em 2011, o dissídio foi de 9,25%.

transferência espontânea

Para fazer direito

reflexos da pesquisa

Liminar de Ibitinga

Agenda político-econômica 14,4%

7,5%

PLeNarIo

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Dado interessante da comparação entre as duas pes-quisas espontâneas (sem indicação dos nomes dos can-didatos aos entrevistados) publicadas pelo Correio do Povo: o nome de Marisa Formolo (PT), que tinha 5,3% na primeira, em abril, simplesmente desapareceu – o que não aconteceu com outros políticos que também não estão concorrendo, como Sartori (1,8% no 1º le-vantamento e 0,8% agora) e Pepe (2,8% e 0,5%). E o nome de Marcos Daneluz, que simplesmente não apa-recia, agora pontuou com 4,3%. Aparentemente, um caso impressionante de transferência de votos.

Direito Eleitoral e os regramentos da campanha é o tema do primeiro dos 3 encontros do oportuno curso de extensão oferecido pela Faculdade América Latina, com inscrições abertas até 6 de agosto. As aulas serão nos dias 11, 18 e 25 do mês que vem, e englobam ainda marketing político e análises do cenário político. A ex-tensão Estratégia de Marketing Político será ministrada pelos professores Fabio Scopel Vanin, Marcos Paulo dos Reis Quadros e Rodrigo Giacomet.

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o CAmINHolIVre DoS moCHIleIroSSem pacotes de viagem formais, aventuras como a invasão de um trem, dormir em cima das malas e pedir esmolas surgem no trajeto de quem opta pelo imprevisto. As experiências dos viajantes são únicas, mas têm em comum o sentimento de liberdade proporcionado pela estrada

por Andrei Andrade

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sapatos do dia a dia dão lugar a botas com a sola gasta, duras de barro. Para os adep-tos do mochilão, a “indiada” – alguém já disse por aí – é boa porque é ruim. Seria melhor se fosse pior. Afinal, turismo con-vencional é para os fracos.

O mochilão é mais do que uma forma alternativa de viajar pelo mundo, privi-legiando gastos menores. É um estilo de vida, filosofia em que a imersão em cul-turas diferentes se dá não pela visita ao museu da moda ou pelos souvenires com-prados na loja do aeroporto, mas sim pelo café na casa de um desconhecido, pela ca-rona ou pelo ônibus lotado. Nos últimos anos, a cultura mochileira virou pop. São dezenas de blogs, livros, filmes e progra-mas de televisão dedicados a contar his-tórias de viagens, que tornam esse estilo cada vez mais popular (e menos estranho para os pais superprotetores). Em Caxias do Sul, encontramos pessoas que já nasce-ram com a mochila pronta, e outras que em algum momento da vida trocaram o turismo das agências pela aventura im-provisada, substituindo o táxi pelos pró-prios pés. Conversando com todos eles, em comum percebe-se a ânsia por se tor-nar mais livre, de precisar cada vez me-nos para viver. E o inevitável desejo que permeia qualquer saída além do portão: conhecer pessoas.

Eles amam viajar, mas não reservam hotel e nem acu-mulam milhas aéreas. Não fazem check-in e dispensam qualquer serviço de bordo. Se precisar, dormem na rua. Na hora de pegar a estrada, os

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Mona Carvalho |Paulo Pasa/O Caxiense

Rodoviária de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, em 2007 |Arquivo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

Aos 28 anos, a produtora cultural Mona Carvalho é uma dessas pessoas apaixonadas por improvisar a vida de estrada em estrada. Morou na Espa-nha, na Itália e na Colômbia, sempre procurando fugir do convencional em cada lugar. Já pediu esmola para voltar para casa após um show de Marylin Manson, já teve que deixar uma casa de família por sofrer assédio de velho tarado, já usou as próprias malas como cama e as roupas como cobertor.

Entre as viagens preferidas, o trajeto até a cidade de Bucaramanga, na Co-lômbia, onde ganhou uma bolsa de es-tudos para cursar Manutenção de Bens Culturais, em 2007. O trajeto, feito de ônibus e caronas “nada memoráveis”, segundo ela, durou duas semanas e meia, passando por Paraguai, Bolívia, Peru e Equador, até chegar à pátria de Gabriel García Márquez. No caminho, entre uma escapada e outra do roteiro previsto, enfrentou desde deslizamen-to de terra até travessia de rio pendu-rada em uma corda, além de longas caminhadas no meio do nada atrás de carona. Para quem chega da Europa, a realidade latino-americana pode ser traumática. A viagem que duraria um

ano, durou 3 meses, e foi derrotada por uma crise de identidade que trouxe Mona de volta para Caxias, para con-cluir o curso de Educação Artística, na UCS. Ainda assim, valeu a pena. “Botar uma mochila nas costas e viajar sem planejar nada, pelo menos uma vez na vida, é obrigação. Todo mundo deveria fazer isso pelo menos uma vez na vida”. Mona não cansa de recomendar experi-ências como as que acumulou. Segundo ela, a transformação que a vida longe de casa e sem regras provoca, é o que mais compensa. “Quando tu conheces uma cultura diferente e está aberto a isso, tu recomeças do zero. Deixa para trás muito preconceito, fica menos ‘enjoa-da’. E percebes que não precisa de nada do que tem em casa para viver. É muito bom”.

Atualmente, Mona vive na casa dos pais. Recentemente, pediu demissão do emprego, na Secretaria Municipal da Cultura, para se dedicar aos projetos culturais que toca de forma autônoma, aproveitando o que considera um cená-rio favorável da cidade nesta área. Mas já sente a pressão por parte dos amigos. “Eles dizem ‘pô, tu estás louca, como foi deixar o cargo bacana que tu tinhas...’,

mas eu não preciso disso. Só um pou-co de grana – até para viajar. Mas ter amigos, música, natureza, estar fazendo tudo isso...é o que me basta”.

A satisfação que Mona sente via-jando de ônibus, trem ou de carona, o cinegrafista da UCS TV Dirceu Borba experimenta caminhando. Dirceu é praticante de trekking, a famosa “tri-lha”, e está sempre na estrada. Entre os pertences mais queridos que mantém no apartamento que divide com a espo-sa, está uma bota que transformou em troféu, com uma placa identificando a quilometragem percorrida pelo calça-do: 1000 km.

Dirceu é natural de Concórdia, em Santa Catarina, e desembarcou no Rio Grande do Sul de mochila nas costas, sem endereço. Em Porto Alegre, onde trabalhava na TV Guaíba, dormia na rodoviária, sem que os patrões sou-bessem. Em Caxias, afirma ter passado muitas noites no Parque dos Maca-quinhos. Na estrada desde os 19 anos, quando saiu do Exército, a viagem que mais o marcou ocorreu em 2004, quan-do fez a pé a trilha dos incas rumo a Machu Picchu, no Peru. Mas nem são

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1327.jul.2012

Dirceu Borba |Fotos: Arquivo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

Trem em Cuzco, no Peru | Aventura no interior do Rio Grande do Sul |

as belas paisagens da cidade perdida que fazem o catarinense querer voltar em breve: as melhores lembranças são justamente do pior trecho da viagem, as 22 horas passadas no tenebroso “trem da morte”, que liga Quijarro a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, deixa-ram muito mais saudades. Construído na década de 50, o trem ganhou esse nome devido a um surto de malária que vitimou muitos operários que tra-balhavam na construção. Meio século depois, o que assusta os passageiros são os solavancos e até algumas descarrila-das no caminho, além da superlotação e as invasões de nativos a cada parada, que obrigou Dirceu a dormir com as mochilas amarradas junto ao corpo, para evitar furtos. Mas são experiên-cias como essa que proporcionam as melhores lembranças e as melhores histórias para contar. Também são uma escola, que ensina a tolerar as diferen-ças e exercitar o autoconhecimento. “Viajando sozinho, tu passa a dar outro valor para as coisas que no cotidiano passam batidas. A comida, por exem-plo. A gente está sempre reclamando de fome mesmo sabendo que meio-dia vai almoçar, que à noite vai jantar. Longe

de casa, em uma aventura, tu come coi-sas que achou que nunca teria coragem de comer”, observa o aventureiro.

Aos 47 anos, Dirceu não pensa em sossegar. Está sempre atrás de uma nova trilha, especialmente no Rio Grande do Sul. “Não sou uma pessoa muito urbana. Me sinto enlatado na ci-dade”, metaforiza. Ao contrário do que se poderia esperar, Dirceu não é avesso à tecnologia (tanto que trabalha com ela). Apenas prefere o equilíbrio. “Falta na sociedade saber estar livre de tanta parafernália, aproveitar a saúde, se mo-vimentar. Um dia as coisas vão precisar cair do céu”, observa.

A vida a pé, carregando o mínimo possível em uma mochila, parecia im-provável para Elias e Neiva Mussatto. Casados há 40 anos, o bancário e a as-sistente social passavam por uma fase de conflitos internos, confrontados com a hipótese da aposentadoria e o que viria depois. Para entender melhor o momento que atravessavam, busca-ram respostas em um dos mais famosos destinos dos viajantes: o místico cami-nho de Santiago de Compostela. Du-rante 30 dias, percorreram a pé os mais

de 800 km do caminho francês até a ci-dade espanhola, uma das 9 rotas para se chegar à catedral de Santiago.

Despidos de qualquer luxo, Elias e Neiva, que já haviam rodado o mundo como turistas, caminhavam de 25 a 30 quilômetros por dia, dormiam em al-bergues que chegavam a ter 100 camas em um mesmo espaço e comiam so-mente o necessário, que se tornava cada vez menos durante o caminho. As tra-lhas medicinais levadas para eventuais bolhas nos pés e outras enfermidades, foram deixadas pelo caminho logo nos primeiros dias. Estavam bem prepa-rados (como treino, passaram por um ano de academia e pequenas caminha-das pelo interior do estado). Ao fim de cada dia, calculavam o quanto haviam gasto e se surpreendiam com a econo-mia deste modo de viajar. Os amigos que fizeram pelo caminho aguardam ansiosamente pela próxima viagem dos dois, que deve ser pelo caminho portu-guês até Santiago.

“A sensação de chegar a pé em uma cidade pela primeira vez é incrível. Você se sente feliz e totalmente livre, tendo apenas a mochila nas costas”, comenta Neiva, cuja veia aventureira

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surpreendeu os 4 filhos. “Esses meus filhos são muito machistas. Quando chegamos, diziam: ‘o pai a gente sabia que ia conseguir, mas tu nos surpre-endeu!’. E até hoje eles acham que o Elias é que carregava minha mochila”, brinca a senhora, que demorou a con-seguir usar sapato de salto alto nova-mente após acostumar com o tênis.

Os melhores momentos da aventu-ra estão registrados em um vídeo bem editado por Elias, com direito à trilha sonora de Raul Seixas e Roberto Carlos. Ele exibe a obra com orgulho, na sala da casa que divide com Neiva. Lem-branças da viagem preferida do casal também estão na parede da sala, onde um mapa em alto relevo representa a rota que marcou um novo período de suas vidas. Depois de Santiago de Com-postela, o casal embarcou em uma nova peregrinação, fazendo o caminho de São Francisco, na Itália. Mas esse tinha “só” 350 km. Elias, de 57 anos, e Neiva, de 55, se aposentaram no ano passado. Em alguma estrada espanhola, conclu-íram que o ciclo de trabalho já havia sido cumprido. Era hora de dar início a uma nova fase, talvez de trabalho vo-luntário. Ainda aguardam pela inspi-ração que lhes aponte qual o próximo caminho na vida. Mas só mesmo para o ano que vem. Por enquanto, os novos mochileiros de Caxias estão de férias, deixando acumular na caixa de entra-da de e-mail os convites para novos passeios. Mas ainda há muita estrada a percorrer antes de pendurar as botas.

Elias Mussatto |Paulo Pasa/O Caxiense

Elias e Neiva Mussatto |Arquivo Pessoal, Divulgação/O Caxiense

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1527.jul.2012 1513.jul.2012

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SegUrANçA reforçADA pelA fé

Policiais militares do 12º BPM praticam sua religiosidade em cultos internos – católicos e evangélicos – diminuindo o

temor diante do perigo da profissão

12º Batalhão da Brigada Militar |Paulo Pasa/O Caxiense

por Daniela Bittencourt

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1727.jul.2012

Com as luzes apagadas, o carro – pos-sivelmente um Chevette – vinha na di-reção de Joni e seu companheiro. Hesi-tante, o policial aguardou a reação dos ocupantes do veículo. “Que eu não pre-cise machucar nem tirar a vida de nin-guém e que, da mesma forma, eu esteja protegido e ninguém queira me ma-chucar”, havia pedido, horas antes, em oração. Bang! Os ocupantes do Cheve-vette dispararam o primeiro tiro contra a viatura. Do banco do caroneiro, Joni apontou a arma para fora da janela do carro. Bang! Revidou. Um estampido, a confusão. Aos poucos, a mão direita, que segurava o revólver, foi perdendo a força. A arma rolou para o assoalho do carro. Baixou os olhos: um buraco e o sangue, muito sangue. O relógio, ex-cepcionalmente colocado no pulso di-reito, não estava mais lá. A pulseirinha de Nossa Senhora do Caravaggio jazia arrebentada em seu colo. Bem humo-rado, Joni disse ao companheiro: “Acho que ela cumpriu o seu papel. Quando arrebenta, o pedido é alcançado, não é assim?”. Em quase 20 anos de profis-são, pela primeira vez, Joni Claimar dos Santos era baleado.

Naquela quinta-feira, 28 de junho, Joni cumpriu seu turno administrativo das 13:00 às 19:00 dentro da 1ª sede da companhia. Às 19:00, vestiu o colete, pegou o revólver e colocou o relógio para cumprir a segunda parte da jor-nada de trabalho, que iria até 1:00 da madrugada. O Technos, que ficava na gaveta enquanto estava na sede, foi para

o pulso. Estranhamente, contrariando um costume de anos, em vez do pulso esquerdo, o sargento optou por vesti-lo no direito, acima da pulseirinha de Nossa Senhora do Caravggio. “Achei que ficaria melhor assim”, contou.

Seriam como super-heróis moder-nos prontos a defender a cidade e a zelar pela paz, exceto por um detalhe. Eles não têm superpoderes. Como hu-manos, esbarram em seus limites, do corpo e da mente. Conforme a crença de muitos, a força divina também inter-vém quando se acredita nela.

No 12° Batalhão de Polícia Militar, em Caxias do Sul, a fé tem encontrado es-paço e agido a favor dos homens e mu-lheres que protegem a cidade. Iniciou em 2008, quando o arcebispo militar do Brasil, dom Osvino José Both, no-meou o padre Elói Antonio Sandi para oferecer assistência religiosa a todos os níveis da Brigada Militar e Exército na região da Serra Gaúcha. Antes, havia somente um capelão residente em Por-to Alegre, diz o padre. Segundo ele, a Arquidiocese Militar atende 6 milhões de pessoas no Brasil, entre militares da ativa e da reserva, incluindo todos seus familiares e dependentes. “É uma dio-cese em retalhos, está em todo Brasil e cada quartel é um pedaço dela”, explica. A iniciativa do arcebispo, de nomeação de novos capelães, entre eles o padre Elói, faz parte da evangelização militar. “A história da assistência religiosa aos militares é antiga, começou já no início no século IV. Na época do Imperador

Constantino, já havia padres que acom-panhavam os exércitos”, conta.

Para os integrantes do 12° BPM, o incentivo da religiosidade entre os mi-litares tem tido resultados visíveis na prática. No pára-brisa da viatura onde estavam o 1° sargento Joni e seu com-panheiro na noite da ocorrência, um buraco denuncia a marca do tiro. Se ele não fosse desviado pelo relógio do militar, o desfecho seria outro. Ainda hoje, Joni não sabe explicar por que vestiu o relógio no pulso direito, con-trariando um hábito antigo. “Tenho visto a mão de Deus operando direta-mente conosco”, acredita o 1° sargento Gerson Pinto Nunes. “A gente lida com o que a sociedade repudia, mas quando Deus começa a operar na vida de cada um, se vê uma paz, e se vai para a ocor-rência percebendo também o que está do outro lado”, acredita. Batizado há 2 anos e meio como evangélico e fre-quentador da Igreja Cristo é Real, ele é um dos responsáveis pela organização dos cultos evangélicos dentro do Bata-lhão. Ainda sem um espaço físico des-tinado especialmente para a prática da fé, missas católicas e cultos evangélicos têm acontecido no auditório. O espa-ço é dividido, mas a crença em Deus é compartilhada. “Queremos que as pes-soas vivam sua fé. Não há e não deve haver nenhum tipo de disputa na assis-tência religiosa, trabalhamos para levar as pessoas no mesmo caminho”, conta o padre Elói. Para o sargento Nunes, o objetivo é claro e comum: “Não é para

Culto organizado pelo 1º sargento Gerson Pinto Nunes |Fotos: Arquivo do 12º BPM, Divulgação/O Caxiense

Viatura atingida em 28 de junho |

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“Temos percebido efetivamente uma harmonia maior,

um ambiente mais tranquilo,

o pessoal tem ido cumprir sua

jornada com mais segurança. São situações em que se percebe a

espiritualidade”, crê o major Ribas

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de INTIMAÇÃO PARA CUMPRIMENTO DE SENTENÇA (LEI 11.232/2005)

6ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: quinze(15) dias. Natureza: Produção Antecipada de Provas Proces-so: 010/1.09.0020760-7 (CNJ:.0207601-72.2009.8.21.0010). Autor: Marlene Silvestre Dal Agnol e outros. Réu: Estilo Esquadrias de Madeira e de Ferro Ltda e outros. Objeto: INTIMAÇÃO da parte devedora Estilo Esquadrias de Madeira e de Ferro Ltda, atualmente em lugar incerto e não sabido, para que pague, por depósito judicial ou diretamente ao credor (com recibo), no PRAZO de QUINZE(15) DIAS, a contar do término do prazo deste edital, o débito indicado abaixo, mais correção monetária e juros de mora incidentes no perío-do, sob pena de incidência de multa de 10% sobre o total e prosseguimento com penhora e alienação judicial de bens. VALOR DO DÉBITO: R$ 3.627,53

Caxias do Sul, 28 de junho de 2012. ESCRIVÃ: Zélia Thomasini. JUIZ: Luciana Fedrizzi Rizzon.

falar de religião, o que vai salvar e mudar nossas vidas é ter Deus. Quando a gente começa a trazer a palavra sem olhar para a religião, esta palavra liberta”.

Oficialmente, a palavra é levada ainda sem periodicidade definida. As missas e os cultos acontecem aproximadamente uma vez por mês e têm tido uma adesão que cresce aos poucos. A intenção é que, além dos militares, comecem a partici-par também familiares e comunidade. Além disso, o suporte do padre Elói se estende para ações mais pontuais. “A igreja é muito exigente com cursos de padrinhos, batizado, noivos, mas enten-de que o militar tem uma vida diferente e não precisa se adaptar ao que as dioce-ses normais fazem. O capelão olha cada caso e prepara a pessoa para tal”, explica padre Elói.

Para o major Jorge Emerson Ribas, comandante de 460 militares do 12° BPM, a participação da religiosidade

no 12º BPM vai além. “Temos percebi-do efetivamente uma harmonia maior, um ambiente mais tranquilo, o pessoal tem ido cumprir sua jornada com mais segurança. E praticamente não se tem mais fatos negativos nos confrontos, não tivemos mais baixas, tanto de civis quanto nossa. São situações em que se percebe a espiritualidade”, crê, citando a ocorrência de Joni como exemplo. Com os movimentos da mão atingida par-cialmente paralisados, o sargento de-verá voltar à ativa após uma cirurgia. A aventura resultou em um osso quebrado na palma da mão, um nervo rompido e uma veia danificada, saldo positivo para quem poderia ter perdido a vida. Para o padre Elói, situações como estas são re-sultado da soma de oração, fé, prudên-cia e confiança em Deus. Para os céticos, pode ser coincidência. Para os crentes, é sinal de que os super-heróis de carne e osso também podem contar com su-perpoderes.

Major Jorge Emerson Ribas |Paulo Pasa/O Caxiense

Padre Elói Antonio Sandi |Arquivo do 12º BPM, Divulgação/O Caxiense

ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Interdição2ª Vara de Família - Comarca de Caxias do Sul.

Natureza: Interdição Processo: 010/1.12.0003123-7 (CNJ:.000537658.2012.8.21.0010). Requerente: Lenice Slomp Tartarotti. Requerida: Doralicia Adele Slomp Tartarotti. Objeto: Ciência a quem interessar possa de que foi decretada a INTERDIÇÃO da REQUERIDA, Dorali-cia Adele Slomp Tartarotti, por sentença Proferida em 11/06/2012. LIMITES DA INTERDIÇÃO: atos da vida civil. CAUSA DA INTER-DIÇÃO: Mal de Alzheimer. PRAZO DA INTERDIÇÃO: indeterminado. CURADOR (A) NOMEADO (A) Lenice Slomp Tartarotti. O prazo deste edital é o do art. 1.184 do CPC.

Caxias do Sul, 23 de julho de 2012. SERVIDOR: Inês Renate Queiroz. JUIZ: Maria Olivier.

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1927.jul.2012 1913.jul.2012

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por Andrei Andrade

Adaptar para o cinema um livro que não possui apenas leitores, mas sim seguidores – o rótulo de “bíblia de uma geração” não pode ser mais adequado aqui – é um desafio que tem tudo para dar er-rado. E para muitos que já foram ao cinema assistir Na estrada, adaptação do livro On the road, de Jack Kerouac, deu mesmo. A ver-são dirigida por Walter Salles tem dividido opiniões de espectadores e críticos, provocando discordân-cias inevitáveis sempre que uma obra sagrada é maculada.

Publicado em 1957, On the road é bíblia por eternizar a trajetória de uma geração de jovens norte-americanos que, no fim dos anos 40, de mochila nas costas, buscou um caminho às margens da socie-dade de consumo, vivendo sem regras e sem rumo, de carona em carona, apenas vivendo, loucos apenas por isso: viver. Essa turma, que nomeou a si mesma geração beat (a hipótese mais consistente do porquê do nome é ser o radi-cal da palavra beatitude – alusão a uma certa iluminação mística oriental contida no pensamento dos beatniks, os integrantes da-quele grupo de escritores e poe-tas), ditou novos caminhos para toda uma geração, e depois outra e nunca mais parou. Sempre vai haver um pouco de Kerouac em cada hippie de qualquer época. As viagens de Sal Paradise (alterego do autor) e Dean Moriarty (inspi-rado em Neal Cassady, amigo de Kerouac) viraram roteiro de pe-regrinações de apaixonados pela obra de todo o mundo e o livro foi decisivo para que Bob Dylan e Jim Morrison, por exemplo, se tornas-sem os artistas contestadores e li-vres que foram.

Os temas que tornam universal a saga de Sal Paradise – a jornada do herói em busca de um sentido para viver e a dramática busca pelo pai (vivida por Dean, o ver-dadeiro protagonista) – fascinam o leitor de On the road há mais de meio século (no Brasil, trata-se do livro mais vendido da coleção po-cket da editora L&PM). Na estra-da, o filme, é fiel do início ao fim. Tudo o que os fãs do livro (entre os quais me incluo fortemente) idolatram está lá: a estrada, o jazz, as drogas e o sexo, seja ele a dois, a três ou apenas uma dupla mastur-bação no carro. Mas há também o drama e a melancolia que dá início e fim à geração beat, que talvez por não saber para onde ir, não tenha mesmo ido a lugar algum. Vale ci-tar que Jack Kerouac, o papa dos beats, morreu afundado em de-pressão severa, transformado em um reacionário e negando a im-portância de tudo o que realizou.

Não dá para exigir que o es-pectador deixe o cinema com a mesma empolgação dos que ter-minaram a última página de On the road, decididos a mudar algo em suas vidas. São experiências totalmente diferentes, a começar pelo tempo: comparar duas horas numa sala em frente a uma tela com alguns dias e noites mergu-lhados em mais de 300 páginas parece inadequado.

Finalmente, não sei que impac-to pode ter o filme para quem não teve contato com a obra original. Talvez seja chato, maçante e sem sentido (o roteiro poderia contex-tualizar melhor o cenário em que se dão as loucuras daquela turma). Para este leigo em cinema, mas fã dos beats, valeu a pena. Se você já leu o livro, corra para o cinema. Se não leu, ainda é melhor correr para a livraria.D

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gaçã

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Salles não é Kerouac. E por que deveria ser?

PLateIaBlues aRgentino | a assassina de BeBês negRos, poR nelson RodRigues | pintuRa inspiRada nos mestRes

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2127.jul.2012

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Christian BAlE. Michael CAiNE. Gary OlDMAN. Anne HATHAwAy. De Cristopher NOlANbAtmAN: o CAVAleIro DAS treVAS reSSUrge

Apesar da tragédia – o massacre em um cinema americano que obrigou a Warner e exibidores a tomar medidas de emergência e cancelar pré-estreias –, o novo longa da saga ficou no topo das bilheterias com quase U$ 161 milhões. O filme se passa 8 anos após os eventos de O Cavaleiro das Trevas. O terrorista Bane retorna para Gotham City, provocando o pânico e o desespero, e fazendo com que o Homem-Morcego saia de seu exílio por ter sido responsabilizado pelos crimes de Harvey Dent. Bruce Wayne ainda terá que lidar com a presença da misteriosa Selina Kyle, a Mulher-Gato. Estreia.

GNC 14:30-18:00-21:10 | 3D 15:00 | 3D 18:20-21:30 | 14:00-17:20-20:45CiNÉPOliS 13:00-16:30-20:00-21:45 | 14:00-17:30-21:00 12 2:44

pArA romA Com AmorBaseada no Decamerão, do autor italiano Gio-

vanni Boccaccio, a nova comédia dramática de Woody Allen é uma homenagem ao estilo de vida italiano – e mais um clássico do diretor. A trama conta como se cruzam as histórias de 4 casais, ame-ricanos e nativos, em Roma. Com Alec Baldwin, Ellen Page, Giuliano Gemma, Penelope Cruz, Ro-berto Benigni, Jesse Eisenberg e Flavio Parenti. 2ª semana.

GNC 22:10CiNÉPOliS 20:45 12 1:51

NA eStrADAO escritor Sal Paradise e seu amigo Dean Mo-

riarty cruzam os Estados Unidos em uma viagem que irá mudar os conceitos de toda uma geração. Leia resenha na página 20. 3ª semana.

GNC 21:40 16 2:20

SHAmeO polêmico longa de Steve McQueen conta

a história de Brandon, um executivo charmoso de Nova York que é viciado em sexo. Sua rotina solitária, de trabalho e aventuras para satisfazer a compulsão sexual, é abalada quando ele recebe a visita da irmã, Sissy. O filme, que venceu 3 prê-mios no Festival de Veneza, terá sessão gratuita e comentada no domingo (29), com a jornalis-ta Adriana Antunes e o publicitário João Alfre-do Ramos Jr.. Com Michael Fassbender e Carey Mulligan. 2ª semana.

ORDOVÁS SEX. (22). 19:30, SÁB. (28). 20:00, DOM. (29) 20:00 18 1:41

Ellen PAGE. Penelope CRuz. Roberto BENiGNi. De Woody AllEN

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De Steve MARTiNO e Mike THuRMEiER

olImpÍADAS De loNDreSO Cinepólis transmitirá ao vivo e em 3D os eventos esportivos das Olim-

píadas de Londres. A transmissão é uma parceria com a Rede Record. Serão 5 modalidades, com comentários exclusivos dos jornalistas Fábio Sormani e Reinaldo Gottino. Os ingressos custam R$ 30.

SEX. (27). 17h. Cerimônia de Abertura | SÁB. (28). 15h. Natação + Ginástica | DOM. (29). 15h. Natação + Ginástica | SEG. (30). 15h. Ginástica + Natação | TER. (31). 15h. Natação | QuA. (1°). 15h. Ginástica + Natação | Qui. (2). 15h. Natação

A ERA DO GELO 4O mamute Manfred, o tigre Diego e o bicho-preguiça Sid tiveram

seus familiares espalhados pelos 4 cantos do mundo após a deriva con-tinental. Agora, eles se lançarão em alto mar e enfrentarão um ban-do de animais piratas para tentar reencontrá-los. De Steve Martino e Mike Thurmeier. 5ª semana.

GNC 13:10-15:10-17:10 | 3D 15:20-19:50CiNÉPOliS 14:30-17:10-19:30 | 3D 12:50-21:30 | SÁB. a Qui. 18:00

L 1:40

o eSpetACUlAr Homem-ArANHAExceto pela picada de aranha radioativa, Peter Parker é um rapaz tímido e

estudioso, que inicou há pouco tempo um namoro com a bela Gwen Stacy, sua colega de colégio. Certo dia, ele encontra uma misteriosa maleta que o leva ao laboratório do Dr. Curt Connors, na Oscorp – a toca do vilão Lagarto. O filme marca a estreia de Marc Webb (500 Dias com Ela) em grandes produções, e tem pontinha de Stan Lee, criador do Homem-Aranha nas revistas em qua-drinhos. Com Andrew Garfield e Emma Stone. De Marc Webb. 4ª semana.

GNC DuB 19:10 | lEG 19:30 | 3D lEG 22:00CiNÉPOliS 3D DuB. 13:30 | lEG. 22:10 10 2:17

VAleNteMerida é uma princesa, mas definitivamente não se comporta como uma.

Enfesada, metida a heroína e um ás do arco e flecha, a escosa ruivinha irá aca-bar se desentendendo com uma bruxa e colocando seus pais, a rainha Elinor e o rei Fergus, e todo o reino em risco. A nova animação da Disney/Pixar foi a campeã das bilheterias brasileiras no final de semana: arrecadou quase R$ 7,8 milhões. 2ª semana.

GNC 13:30-15:30-17:30 | 3D 13:00-17:40CiNÉPOliS 13:10-15:30-18:00 | 3D 16:40-19:00 L 1:44

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2327.jul.2012

+ SHOWS

MUSICA

SeXtA-SeXtA (27) I Want to break free. DJs mono e tuta 23:00. R$ 10 ou R$ 5 (com agasalho). Level CultAfter the Wedding 23:00. R$ 10 (nome na lis-ta) e R$ 12. Detroitpreview barretos. téo & edu + Cissa Stolrik, miss rodeio brasil e locutora 23:30. R$ 25 e R$ 45. BullsSai Dessa 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal BowlingJhonatan e Carlos 22:00. R$ 8 e R$ 6. Paiolfher Costa trio 22:00. R$ 10. Bier Haus

SÁbADo (28)

Desplugado, Clandestinos, red light rock, enemma e Aknator 22:30. R$12. Aristosfesta do orgasmo. black phyton 23:00. R$ 15 e R$ 12. Vagão ClassicRenite Alérgica (vestido de zumbi ganha brinde)22:00. R$ 10 (nome na lista) e R$ 12. DetroitVinny lacerda 22:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowlingbetefull e trinity 22:00. R$ 15 e R$ 20. Bukus AnexoGrupo Kanoa 23:30. R$ 20 e R$ 40. ArenaGrupo Paiol 22:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolEdson Leite Acustico e rock triofher 22:00. R$ 10. Bier HausRegra 3 23:30. R$ 10 e R$ 20. Boteco 13

Raízes negrasComemorando 10 anos de carreira profissional, a cantora e compositora ca-

xiense Lady Zion – que já fez parte da Lucille Band, Natural Dread e Bete Ba-lanço – toca ao lado da banda Os leões do Sul – que tem Daniel Melo (backing vocal), Eti Nadine (backing vocal ), Amauri Maciel (bateria), Reginaldo Devens (guitarra), Kalifa Ras (baixo) e Gabriel Lopes (teclado). O show, uma pré-estreia da turnê Black Feeling, é baseado nas raízes da música negra, portanto, terá muita Black Music, Soul, R&B e Reggae.

SEX. (27). 20:00. Gratuito. zarabatana

Hermanos do bluesOs argentinos da Nico Smoljan y Shake-

dancers estão na estrada há mais de 10 anos, e fazem um blues que é referência no seu país de origem, tendo acompanhado artistas de renome internacional em tur-nês pelo país, como Duke Robillard, Mud Morganfield (Mud Jr.), Zakiya Hooker e Bob Stroger, entre outros. Nico, que nas-ceu na Terra do Fogo, é um exímio har-monicista – para os fãs do instrumento, vale conferir a performance.

SEX. (27) e SÁB. (28). 22:00. R$ 18 e R$ 12. Mississippi

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e

más e criativasA segunda edição da festa Meninas boas vão para o céu, as más tocam na Level

escolheu convidadas que trabalham com criatividade – em lugares que vocês nem imaginam, alerta a divulgação. São elas: Beta Viegas, Clara Pozza, Fernanda Ferretti, Isadora Bittencourt, Jaque Pivotto, Lula Rodrigues, Mona Carvalho e Pati Heuser. A novidade é que as moçoilas vão distribuir vale bebida para quem estiver superagitando na pista.

SÁB. (28). 23:00. R$ 15 e R$ 10. level Cult

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Double Drink. DJs luck, giiu Emer e Rodrigo Dias 23:00. R$ 25 e R$ 15 (nome na lista). NoxIsrael lucero e Sem razão 23:00. R$ 20 e R$ 40. Place des Sens

DomINgo (29)

pagode Junior e Alan & Alessandro 21:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

terçA-feIrA (31)

rafa gubert e tita Sachet 22:00. R$ 10 e R$ 15. MississippiSopros e Acordes 21:30. R$ 5 e R$ 10. Boteco 13Domingueira Zarabatana 16:00. Gratuito. Zarabatana

QUArtA-feIrA (1)

the Cotton pickers 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippi

QUINtA-feIrA (2)

the Headcutters 22:00. R$ 10 e R$ 15. Mississippibanda fullgas 22:00. R$ 10. Bier Haus

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+ SHOWS

Novos carnavaisDizem que ser roqueiro está no DNA dos gaúchos. E a banda Cartolas é mais

uma prova desse irremediável – e, vamos combinar, ótimo – destino. O grupo trabalha o repertório de Quase Certeza Absoluta, disco com produção de Ray Z e melodias inspiradíssimas. Quam faz o show de abertura é a caxiense Tia Chica (foto), comandada pelos irmãos Thiago (voz e violão) e Christian Wilbert (bai-xo), mais Alessandro Kurtz (bateria), Felipe Biondo (guitarra e backing vocals) e Rafael ‘Tiló’ Reis (teclado, harmônica e backing vocals). A banda está lançando CD novo, o Carnevale, custeado pelo Financiarte. A produção do álbum, que tem pitadas de programação eletrônica, é de César Casara (Yangos).

SEX. (27). 23:00. R$ 20 e R$ 15. Vagão Classic

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PALCO Os gringos estão de volta

Causo verdadeiro

Vingança e preconceito

Literatura

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Jonas Piccoli e Aline Zilli voltam aos palcos para viver Radicci e Genoveva em: a vida de casal nóm é fácil, da Ueba Produtos Notáveis. Com direção e dramaturgia de Dilmar Messias, a peça é uma adaptação das histórias de Carlos Henrique Iotti.

SEX. (27) e SÁB. (28). R$ 10 e R$ 20. Teatro Municipal 14 0:50

A peça O Semeador de Estrelas leva aos palcos o retrato de um homem que precisa ser reconhecido pela sua própria gente. As histórias de vida do espírita Divaldo Franco são contadas através de causos engraçados, narrativas e músicas que ganham vida nas vozes de Renato Prieto, Rosana Penna, Paulo Paixão e Sylvia D’Silva.

DOM. (29). 18:00 e 20:00. R$ 20 e R$ 40. Teatro Municipal L 1:30

Com texto de 1946 escrito por Nelson Rodrigues, a peça Anjo Ne-gro retrata o disfarçado preconcei-to racial. A Cia. Teatro Mosaico, do Mato Grosso, encena a história de Virgínia, uma mulher que foi obrigada a se casar com o negro, rico e temido Ismael. O marido passa a violentar a mulher que, cada vez que fica grávida, mata as crianças como vigança.

QuA. (01). 20:00. Gratuito (mediante retirada de ingresso).

Sesc. 14 1:40

O grupo NósSemHora promove dois eventos com o professor e filósofo Fernan-do Fantinel. A Órbita Literária, um bate-papo filosófico, e a Oficina Mitologia e Literatura, que já está no terceiro encontro.

SEG. (30). Oficina Mitologia e litetatura. 19:00. R$ 10SEG. (30). Órbita literária. 20:30. Gratuito. Aristos

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ARTE

Willian Marx é natural de Governador Valadares, em Minas Gerais, mas mora em Caxias há 34 anos. Autodidata, pintou seu primeiro quadro em 1978. Desde então, se dedica à arte tanto como artista quan-to como professor. A exposição que está em cartaz é composta por 12 quadros que têm como temas casa-rios, barroco, paisagem e marinha, executados com a técnica de óleo sobre tela. “Inspirei-me nos grandes mestres. Acho essa técnica a mais charmosa para a pintura”, conta Marx. Entre as obras, a reprodução do quadro A Criação, de Michelangelo; uma representação de Tiradentes, cidade histórica de Minas Gerais; e uma reprodução do barroco do mestre Aleijadinho.

Marx Quadros Willian Marx. SEG.-SEX. 9h-19h. SÁB. 9h-18h. Shopping Triches

Paisagens barrocas

* O colunista Marcelo Aramis (Camarim) está em férias.

preto no branco Coletiva. Clube do Fotógrafo de Caxias do Sul. QuA. (1)-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

ECO Art Coletiva. SEG.-SEX. 9h-19h. SÁB. 15h-19h. Ordovás

Expo Elvis Fabiano Feltrin. SEG.-DOM. 10:00-2:00. San Pelegrino Shopping Mall

Esse é o meu papel Cho Dorneles. SEX (27), SEG. (30) e TER (31). 8:30-18:00. SÁB (28). 10:00-16:00. Galeria Municipal

Capelinhas – memória e fé SEG.-SEX. 8:30-17:30. Museu dos Capuchinhos

Dia do Vinho Coletiva. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Museu Municipal

Duo Valéria Rheis e Celso Bordignon. SEG.-SEX. 10:00-19:00. DOM. 15:30-19:30. Catna Café

monumentos de uma trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00. 14:00-17:30.Instituto Bruno Segalla

onde estou? Identidade, memória e Patrimônio Coletiva. SEX. 9:00-19:00 e SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

Criação com garrafas pet Dirce Binotto. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00.Farmácia do IPAM

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CINEMAS:CINÉPOLIS: AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. SEG.QUA.QUI. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). SEX.SÁB.DOM. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. GNC. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. SEG. QUA. QUI.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). TER: R$ 6,50. SEX. SAB. DOM. FER.R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). SALA 3D: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ORDOVÁS: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZZOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

MÚSICA:ARENA: BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | ARISTOS: AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | BOTECO 13: DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | BULLS: RUA CORONEL FLORES, 809. ESTAÇÃO FÉRREA. 3419-5201 | COND: RUA ANGELO MURATORE, 54, BAIRRO DE LAZZER. 3021-1056 | DETROIT: AV. ITALIA, 315. BAIRRO SÃO PELEGRINO | HAVANA: DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3215-6619 | LEVEL CULT: CORONEL FLORES, 789. 3536-3499. | MISSISSIPPI: CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | PAIOL: FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | PORTAL BOWLING: RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RIZZO. 3220-5758 | TAHA’A: RUA MATHEO GIA-NELLA, 1442. SANTA CATARINA. 3536-7999 | VAGÃO CLASSIC: JúLIO DE CASTI-LHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 | ZARABATANA: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ-ZOLO. 3228-9046 |

TEATROS:ARISTOS: AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | CASA DE TE-ATRO/TEM GENTE TEATRANDO: RUA OLAVO BILAC, N° 300. SÃO PELEGRINO. 3221-3130 |

GALERIAS:CATNA CAFÉ: JúLIO DE CASTILHOS, 2546. CENTRO. 3021 7348 | GALERIA MU-NICIPAL: DR. MONTAURY, 1333, CENTRO, 3221-3697 | GALERIA UNIVERSITÁ-RIA: RUA FRANCISCO GETúLIO VARGAS, 1130. PETRÓPOLIS. 3218-2100 | MUSEU DOS CAPUCHINHOS: R. GENERAL SAMPAIO, 189. RIO BRANCO. 21015276 | MU-SEU MUNICIPAL: VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | INSTI-TUTO BRUNO SEGALLA: R. ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027 6243 | ORDO-VÁS: LUIZ ANTUNES, 312. PANAZ ZOLO. 3901-1316 | SAN PELEGRINO SHOPPING MALL: AV. RIO BRANCO,425. BAIRRO SÃO PELEGRINO. 3022-6700 |

LEgENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e teatroDublado/Original em português Legendado Ação Animação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Drama Documentário Fantasia Ficção Científica Infantil Policial Romance Suspense Terror

músicaBlues Coral Eletrônica Erudita Folclórica Funk Hip hop Indie Jazz Metal MPB Punk Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista

DançaClássico Contemporânea Flamenco Folclore Forró Hip hop Jazz Salão

ArtesAcervo Artesanato Desenho Diversas Escultura Fotografia Grafite Gravura Pintura Vídeo

ENdERECOS A

Carol De BarBa

A Yang, especializada na pro-dução e comercialização de mo-deladores corporais, lança novos produtos da Linha Fashion 2012. Além de trazerem os benefícios já conhecidos da fibra Yang, que massageia a pele e traz redução de medidas com alta compressão, os novos modelos também são uma opção para o vestuário. A maior parte das peças é bastante sofisti-cada, com brilhos e bordados. A inspiração é no guarda-roupa da musa do momento, a cantora Pau-la Fernandes.

O Campus 8 se prepara para receber duas belas exposições de moda em agosto. A primeira, que abre no dia 9, reverencia ta-lentos locais: o Atelier Lôla Salles, comandado por Lôla e sua filha, Tine. A mostra será um apanha-do geral do trabalho da dupla, em diferentes épocas e segmen-tos, com vestidos de debutantes, noivas, rainhas de clube, Festa da Uva, bodas de ouro e misses – o da Miss Nikkei Rio Grande do Sul é um deles. A segunda exposição, que começa no dia 14, terá peças do estilista paulista Walter Rodri-gues, parceiro do Polo de Moda no projeto Identidade regional da Serra Gaúcha como sustentação para o design.

Exposições

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Corseletes

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fUtebol SeteCampeonato de Futebol Sete do Sesi – Série bSÁB (28). 11:00. Sesi

fUtSAlCampeonato de fustal do Sesi – Série ASEG (30). 18:45. Sesi

Campeonato de fustal do Sesi – Série bSÁB (28). 14:30. Sesi

fUtebolCampeonato de futebol do SesiSÁB (28). 14:30. Randon

VôLEIJogos do Sesi de Vôlei femininoQUI (2). 19:15. Ginásio da Marcopolo

Jogos do Sesi de Vôlei masculinoSÁB (28). 19:15. Ginásio da Marcopolo

NAtAçãoAulão de HidroginásticaSÁB(28). 14:30. Recreio da Juventude

boCHACampeonato de bocha dos Jogos do SesiSÁB (28). 9:00 e 13:00. Sesi

RANDON: ESTRADA DO IMIGRANTE, S/Nº, TERCEIRA LÉGUA | ESTÁDIO CENTENÁRIO: THOMÁS BELTRÃO DE QUEIROZ, 898, BAIR-RO MARECHAL FLORIANO | SESI: CYRO DE LAVRA PINTO, S/Nº. FÁTIMA | RECREIO DA JUVENTUDE: ATÍLIO ANDREAZZA, 3525, BAIRRO SAINT ETIENNE | GINÁSIO DE GA-LÓPOLIS: EDVIGES GALLÓ, S/N°, GALÓPO-LIS | GINÁSIO DA MARCOPOLO: RST 453 ROTA DO SOL, CAXIAS DO SUL |

arQUIBaNcaDasesi nas quadRas, nos campos e nas canchas | Redes de vôlei no inteRioR | domingo de pRomoção paRa a toRcida gRená

+ ESPORTE

Depois de empatar com o Tupi em Minas Gerais, o Caxias terá dois jogos em casa pela Série C do Campeonato Brasileiro. O primeiro é contra o Madu-reira, líder do grupo B da competição. “Temos que pensar sempre um jogo de cada vez”, destaca o capitão Everton Garroni. A equipe pode ganhar o reforço do meia Diego Torres, que volta de lesão depois de 5 meses sem jogar em par-tidas oficiais. Os ingressos continuam com preços promocionais.

DOM (29). 15:00. R$ 10. Estádio Centenário

Caxias enfrenta o madureira

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Os Jogos Interdistritais de Vôlei são realizados todo ano, em comemoração ao mês do agricultor. As equipes são formadas por moradores dos distritos de Caxias do Sul, e o evento tem como objetivo apoiar, promover e ampliar a prática do esporte, estimular a auto-organização comunitária e o surgimento de novos talentos.

DOM (29). 9:00. Ginásio de Galópolis

Interdistrital de vôlei

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rafaelMaChaDo

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Será que era a hora certa?

Para engrenar de vez

Uma pedra no caminho

Jus ao talento

Depois do empate em casa diante do Arapongas, no do-mingo (22), instintivamente, todos começaram a questio-nar o trabalho de Luiz Carlos Martins (foto) no Juventude. Parece que não acompanhou o ritmo que esperavam dele e que uma competição como a Série D do Brasileiro exige. Não dava, realmente, para fa-lar em paciência e calma de-pois de cada partida em uma competição em que só há 8 rodadas para garantir a classi-ficação à fase seguinte. Agora, fica a pergunta: será que era a hora certa de mudar? Acho que a decisão deveria ter sido tomada antes. Se a necessida-de é um treinador que dê um “sacode” no grupo, buscar um

profissional com esse perfil faltando apenas 4 rodadas para o final da primeira fase exige uma dose de sorte. Ar-gel poderia realmente ser o “salvador da pátria”, mas a diretoria alviverde sabia do risco dele rejeitar a proposta. Não há tempo para erros. É hora de arregaçar as mangas no Jaconi e correr atrás do prejuízo, colocando a boleira-da para trabalhar e buscando resultados. Boas alternativas no grupo existem, como o interino Carlos Moraes. Só é preciso encaixar as peças e tirar o máximo de cada um. E rápido. O primeiro passo é aproveitar a folga na rodada deste final de semana e inten-sificar os trabalhos.

O Caxias voltou de Juiz de Fora (MG), com aquela sensa-ção de “foi bom, mas poderia ter sido melhor”. Um ponto fora de casa sempre é bem-vindo, mas não nas circuns-tâncias como aconteceu. Não fosse a forcinha do árbitro, o Tupi não tinha empatado a partida no final, quando o Caxias vencia por 2 a 1. De qualquer forma, serve de aler-ta para um grande problema do grupo grená: as oscilações de desempenho. A exemplo de outras partidas, com exceção do jogo contra a Chapecoen-se, o time alternou altos e bai-xos, arriscando jogar tudo por

água abaixo em momentos de bobeira. Contra o Madureira, domingo (29), no Centenário, o maior cuidado do Caxias deve ser justamente evitar es-sas variações. Do outro lado, estará o líder do grupo, e uma vitória é importantíssima para colocar o time grená no topo da tabela e mantê-lo entre os 4 primeiros. A ausência de Neílson no ataque preocupa, já que Juba está em uma fase ruim. Ou ele se recupera, ou o time ficará com uma lacuna no ataque. Uma preocupação que vai exigir criatividade e competência do treinador Mauro Ovelha.

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eA confirmação do di-

retor executivo do Grê-mio, Paulo Pelaipe, de que Wangler assinou na quarta-feira (25) contra-to de 4 anos com o time da capital, faz justiça ao atleta. O jovem meia grená, escolhido atleta revelação do gauchão 2012, faz jus ao reconhe-cimento, pois desde o início mostrou talento e dedicação. Além disso, a negociação vem em um momento mais do que propício para reforçar o caixa do clube, ainda sofrendo as sequelas do prejuízo causado pelo atraso no começo da Série C. Para os grenás, a boa notícia é que o Grêmio não falou mais em levar o goleiro Pau-lo Sérgio, baita jogador, e a segurança da defesa grená.

Os juízes das séries C e D estão sendo um reflexo do que as com-petições representam para os grandes cartolas da CBF: nada. Na parti-da entre Tupi e Caxias, Marcelo Alves dos San-tos não marcou pênalti sobre Diogo Roque, em um momento em que o Caxias vencia por 2 a 1, e aproveitou um movi-mento de braço de Um-berto para marcar uma penalidade para o time da casa aos 46 minutos. No Jaconi, Leonardo Garcia Cavaleiro não marcou dois pênaltis cla-ros para o Juventude e anulou um gol de Jonatas Belusso, quando ele re-cebeu em posição legal. Episódios como esses mostram que um dos ad-versários mais difíceis da dupla será a arbitragem.

Depois de 3 decisões em menos de 20 dias, o pre-sidente do STJ, ministro Ari Pargendler, determi-nou que novos questio-namentos sobre vagas na Série C sejam decididos após as férias forenses, ou seja, em agosto. O Treze segue firme na disputa.

O triatleta caxien-se Wissthon Andres Rodrigues é o único representante gaúcho no Ultraman Canadá. A competição ocorre de 4 a 6 de agosto, na cidade de Penticton, e terá natação, ciclismo e corrida.

A diretoria do Juventude garantiu que Diogo Oli-veira e Rodrigo Dantas, quando foram contra-tados, estavam prontos para jogar, e até agora nada. Estão fazendo falta.

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carros e motosOs motociclista deve

ter atenção na hora de comprar a moto ideal. Os modelos tornam-se dife-rentes quanto à atividade praticada.

O proprietário da loja Motozoom, revenda autorizada da Yamaha em Caxias, Lauro Basso, explica que a moto deve ser diferente se a pessoa utilizá-la para trabalho ou lazer.

Para o lazer, as cilindra-das – medidas a partir da quantidade de combustí-vel deslocada pelo movi-mento do pistão dentro do cilindro – devem ser 125 e 250. “Quanto menor as cilindradas, menor o uso de combustíveis. Ou seja, as motos mais econômicas são aquelas com menor potência”, destaca. Basso cita 2 exemplos de modelos. A

mais tradicional delas é Yamaha XTZ 125 On-Off Road 2007, da linha Off Road, caracterizada por pneus com grandes travas, que dão maior aderência ao veículo, especial para estradas de terra, lama, pedras e areia. A alta tec-nologia da Yamaha YS250 é o destaque do ano na loja. Normalmente, as motos possuem entre 2 e 4 cilindros, e podem ser equipadas com freios de cerâmica, escapes feitos de titânio ou fibra de carbono.

Para trabalho, Basso recomenda as nacionais Super Ténéré XT 1200Z, de 1199 cilindradas. O modelo conta com um computador de bordo, que informa os níveis de combustíveis, consumo médio, temperatura e odômetro.

yamaha XTz 125 On-Off Road 2007 |

Super Ténéré XT 1200z |

A Eurobike lança o Mini Roadster em conjun-to com o Lounge Desejos, no empreendimento Cristal Exposição, da Fisa Incorporadora e Exacta Engenharia. Terá coquetel na quinta (2), das 19:00 às 22:00 e café com clientes, na sexta (3), das 10:00 às 18:00. O momento mais esperado, o test drive da belezinha, será no sábado (4), das 10:00 às 17:00.

As novas regras para motofretistas e mototaxistas passam a valer a partir do próximo sábado (4). Práticas que estimulem a dirigir acima da velocidade permitida, como prêmios e metas para número de entregas ou entregas mais rápidas, não serão mais permitidas. A íntegra da Lei Federal 12.436/11 pode ser conferida no site do Detran/RS. Os cursos especializados para essas categorias também devem ter aumento na carga horária.

A moto ideal

Mini Roadster Motociclistas

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Ajudinha extra para sanar as dúvidas na hora de comprar o pneu ou a roda ideal para o seu carro. O simulador virtual da loja Zé Pneu (que fica na BR 116, Km 147, bairro De Lazzer) tem centenas de opções, das marcas Advanti Racing, Ferraro Rodas Esportivas e Noova Rodas, que podem ser visualizados em 29 veículos diferentes, das montadoras Chevrolet, Fiat, Ford e Volkswagen. Acesse zepneus.com.br.

A partir de agosto, 1323 motos Yamaha da linha 125 cilindradas estarão à dispo-sição da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, em todo o Brasil. Trata-se de uma preferência da empresa pelo modelo, característico pela economia na rodagem em cidades.

A colunista social Odinha Peregrina (que indica o Dirigir e Pilotar desta edição) e seu marido, Mauro, são apaixo-nados por motos. Vivem sobre duas rodas há tanto tempo quanto dura o casamento: 34 anos. Nos finais de semana, é rotina para o casal sair em pequenos grupos para passeio. Mas eles também programam com frequência viagens maiores, no melhor estilo Diários de Motocicleta. Em ou-tubro, a peregrinação deve ser à Cordilheira dos Andes. E engana-se quem pensa que Odinha está sempre na carona. A colunista social também pilota muito bem. “Já viajei na Suzuki VStrom, do Mauro. Uma das melhores motos para viagem”, recomenda.

Perfeito para dirigir em piso molhado, é ideal para veículos compactos e médios. Além disso, utiliza borracha natural, que resulta em um menor consumo de combus-tível e menor emissão de CO².

É comum nas grandes cidades o desgaste dos pneus. Essa versão, da marca coreana, tem óti-mo custo-benefício para o motociclista, pois dura mais. Ideal para passeios.

Pensando no aumento do volume que os mo-tociclistas carregam nos baús, o pneu é reforçado com estrutura Reinforce, especial para motoboys.

Oferece maior tração nas retas e es-tabilidade nas curvas, com características projetadas para faci-litar a drenagem da água.

ADERÊNCiA

ECONOMiA

REFORÇO

VElOCiDADE

SimuladorCorreios

CasamentoGaraGem

DIrIGIr PILotar

yokohama 175/70R13 | Cia. do Pneu | a partir de R$ 184

Hankook 175/770R13 | Cia. do Pneu | a partir de R$ 154

ira 90/90x18 | Cia. do Pneu | a partir de R$ 77

ira 130/70x17 | Cia. do Pneu | a partir de R$ 241

“Gosto de me ver na moto ele-gantemente, mas levo muito a sério o traje de prote-ção especial para motociclistas. Viajar de moto exige segurança e nós nunca have-remos de esque-cer disso.”

“É fundamental para a mulher que pilota uma moto parecer fe-minina. Uma echarpe enrolada no pescoço já diz muita coisa. A mu-lher gosta de ser notada e a echarpe a identifica muito bem. Gosto tam-bém de usar um pequeno lenço ver-melho amarrado na perna esquerda. Começamos a usar em nossa ida até Colonia de Sacramento, em maio de 2012, e vejo que muitas mulheres motociclistas aderiram à moda”

por Odinha Peregrina, colunista social e apaixonada por motos

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