edição 147

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A década que foi o auge do time da Enxuta ficou marcada na memória de quem assistiu os shows da Shakira e Mamonas Assassinas. Os buffets de sorvete e rodapizzas estavam sempre lotados pela galera que gastava a mesada em tamagochis. Reserve sua vianda, dance Macarena e viaje no tempo

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2Fotos: 6: Arquivo Pessoal de Gustavo Sebben, Div./O Caxiense | 8 e 16: Paulo Pasa/O Caxiense | 10: Julio Soares, Objetiva, Div./O Caxiense | 13: Arquivo Pessoal de Jorge Rocha Neto

As construções e inspirações do Velho Mundo

Dupla CA-JU em campo e ginástica na água

O trabalho dos Expedi-cionários da Saúde na Amazônia

10 galpões, 1 escola, 10 equipes, 370 alunos

A fé que resta para seguir em frente

Para aproveitar os últimos espetáculos do Caxias em Cena

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Boné de aba reta, agenda eletrônica, tazo, ICQ, internet discada, camelódromo, 1,99: a década de 90 em Caxias

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A volta da polêmica do calçadão

Paixão Côrtes: “O que estamos vivendo é a música de gaita, não a música do Rio Grande primitivo”

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Diretor Executivo - PublisherFelipe Boff

Paula Sperb

Diretor AdministrativoLuiz Antônio Boff

Editor-chefe | revista Marcelo Aramis

Editora-chefe | site Carol De Barba

Andrei Andrade

Daniela Bittencourt

Rafael Machado

Gesiele Lordes

Leonardo Portella

Paulo Pasa

DesignerLuciana Lain

COMERCIAL

Executivas de contasPita Loss

Suani Campagnollo

ASSINATURAS

AtendimentoTatyany R. de Oliveira

Assinatura trimestral: R$ 30

Assinatura semestral: R$ 60

Assinatura anual: R$ 120

fOTO DE CAPA

Paulo Pasa/O Caxiense

TIRAGEM

5.000 exemplares

Rua Os 18 do Forte, 422\1, bairro Lourdes, Caxias do Sul (RS) 95020-471 | Fone: (54) 3027-5538

[email protected]

Um lê O CAXIENSE na versão impressa e renova sua assinatura presencialmente na Redação. Outro conheceu a revista pela internet e a lê somente no iPad. São nossos leitores em diferentes plataformas, que costumam interagir conosco por diferentes meios. Nesta semana, porém, recebemos as visitas dos dois. O primeior, padre Mariano Callegari, aproveitou para nos entregar uma carta datilografada, acrescida de observações a caneta. Nela, se diz um “feliz e honrado” assinante e elogia a coragem da edição 131 com a reportagem “Páginas brancas da história negra”, sobre a história dos descendentes de ex-escravos do Juá, uma terra adotada por Caxias, que enfren-tam um preconceito racial velado. Padre Mariano trouxe junto da carta uma foto ao lado de Elza da Silva Brás de Córdova, representante da Pastoral Afro-Brasileira da Igreja, moradora do Fátima Alto. Ao longo da semana, reproduziremos a foto e a carta no nosso site.

A segunda visita foi do leitor Cristia-no Pontes Dias, que, além dos elogios, é conhecido entre nossa equipe pela críticas contundentes, principalmente quando as reportagens são assinadas pelo repórter Andrei Andrade. Não é coincidência. Cris-tiano se define como “carrasco” do Andrei e garante que suas críticas estão fazendo seus textos melhorarem. No Twitter, no site, no Facebook e, acreditem, até no You-Tube, Cristiano comenta nossos conteúdos. Mas, mesmo garantindo que “não há Bat-man sem Coringa”, ele está mais para nosso Robin. Trouxe até uma caixa de bombons para o Andrei, para se redimir. A foto do encontro está no nosso perfil do Instagram. Cristiano reconhece que O CAXIENSE é democrático de fato: damos espaço para a crítica e respeitamos opiniões contrárias.

A reportagem sobre os limites de atu-ação de um vereador também repercuti. Abaixo, um dos comentários recebidos:

“A matéria que trata sobre as promessas que os candidatos a vereadores anunciam por aí está maravilhosa! Vale a leitura galera!” Cristiane Silva

Paula Sperb, diretora de Redação

Visitas sempre bem-Vindas | Vereadores

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BASTIDORESo laçador de 95 anos |5 Virtudes humanas em um brinquedo | piquete infanto-juVenil no interior

Para se perder pelas ruas mesmo com GPS

por Leonardo Portella

Localizar-se em Caxias do Sul entre as décadas de 30 e 40 era muito diferente de hoje em dia, e não por causa da falta de dispositivos como o GPS, que indica a posição geográfica via satélite. “Foi um pe-ríodo de mudanças nos nomes das ruas, e que certamente, influenciou no cotidiano dos moradores”, conta Manuela Damiani Poletti da Silva, professora e mestre em Letras, Cultura e Regionalidade pela UCS. A instabilidade nos nomes decorreu do Estado Novo, imposto por Getúlio Vargas, sob a justificativa de inflar o patriotismo na população, principalmente nos descen-dentes de imigrantes de países dos Eixo. Nesse período, as ruas caxienses com no-mes italianos foram trocadas por versões brasileiras. A oposição entre Brasil e Itália no final da Segunda Guerra foi a motiva-ção de Getúlio. “O próprio Vargas também sugeriu essa mudança no nome das ruas. Era uma forma de motivar as pessoas para o novo espírito brasileiro”, conta Manuela.

Após acordo firmado pelo prefeito Dan-te Marcucci, o ato número 85, de Vargas, publicado nos 2 principais jornais da ci-dade, O Momento e A Época, substituía de uma só vez os nomes de 5 ruas caxienses: a Rua Veneza passou a se chamar Olavo Bilac; a Rua Treviso foi chamada de Ma-chado de Assis; a Rua Vicenza chamou-se de Castro Alves; a Rua Trento passou a ser chamada de José do Patrocínio e a Rua General Cadorna mudou para Co-ronel Camisão. “Segundo os jornais, esse ato tinha por objetivo homenagear vultos nacionais, que muito honraram a pátria brasileira”, explica Manuela. O redator do jornal O Momento, de 8 de maio de 1939, intitulou de Exemplo de Brasilidade a re-portagem sobre as trocas promovidas pelo prefeito.

Segundo Manuela, o ápice das mudan-ças ocorreu quando os nomes de dois sím-bolos caxienses entraram em discussão: a Praça Dante Alighieri, “o logradouro mais importante do centro urbano”, e a Aveni-da Itália. Os governos queriam mudá-los

para Praça Rui Barbosa e Avenida Brasil. Grupos como o Tiro de Guerra e a Liga de Defesa Nacional se mobilizaram a favor das trocas, mas somente o nome da pra-ça mudou oficialmente. As reivindicações nacionalistas foram encaminhadas ao pre-feito Dante Marcucci, que publicou, em 4 de fevereiro de 1942, um ofício afirmando ter sido “duplamente agradável como pre-feito e como cidadão” receber tais pedidos. Porém, a agradável surpresa não foi sufi-ciente para convencê-lo a alterar o nome da Avenida Itália, que seguiu se chamando assim. No dia 5 de fevereiro de 1944, um artigo publicado em O Momento questio-nava a postura do prefeito.

O desfecho da história, com a volta da Praça Dante, ocorreu em junho de 1990, através da proposta de vereadores sancio-nada pelo prefeito Manueto Serafini Filho, que justificava o ato como “um retorno às origens e uma homenagem àqueles que junto com outras raças ajudaram a cons-truir a cidade”. Mas a nacionalização da-quelas 5 ruas permaneceu.

Nacionalização dos nomes de ruas ganhou espaço em periódico da época |Reprodução Arquivo Histórico Municipal/O Caxiense

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DeterminaçãoEm certo momento, o boneco de madeira chega à Ilha dos Desejos, onde

não há regras para as crianças. Entregues aos instintos, elas vão se transformando em burros. “Quan-do satisfazemos apenas nossos instintos, nossa consciência como seres humanos não tem espaço. É preciso vontade, determinação e valentia para segui-la”, alerta.

GenerosidadePinóquio oferece sua vida ao salvar seu pai, Gepeto, na barriga da baleia. Só

então conquista a condição de ser menino de verdade. Bruna relacio-na essa passagem com a vida: “Da mesma forma, em alguns momen-tos precisamos nos doar por algo maior do que nós mesmos e nos realizarmos como Seres Huma-nos”.

ConsciênciaNo conto de Pinóquio, o Grilo Falante é a perso-

nificação da consciência, “aquela voz suave e bai-xinha que ninguém quer escutar”, explica Bruna. Este símbolo do “eu inte-rior” nos ajuda a ver o que é certo e o que é errado e assumir nossas escolhas.

SinceridadeTalvez o aprendi-zado mais famoso do conto. Ao

mentir para a Fada sobre seus atos, o nariz de Pinó-quio cresce, pressionando-o a assumir seus erros. “Ao mentirmos, criamos cada vez mais problemas. Não há nada como a verdade”, defende Bruna.

Pinóquio é um boneco de madeira que busca, de todas as formas, se tornar um menino de verdade. Assim como ele, os seres humanos também estão em busca constante. Instrutora de filosofia à maneira clássica, Bruna Oliveira destaca 5 símbolos do conto e suas relações com nossas vidas.

VirtudesA condição de se tornar humano só é conquistada por

Pinóquio após ele provar que é valente, sincero e ge-neroso. Em nossas vidas, as virtudes que nos destacam são provadas pelas circuns-tâncias, para que mostremos o que nos torna “meninos de verdade”.

Viajar mais de 5 mil quilômetros para cuidar de pessoas. Esse foi o desafio que o dentista Gustavo Sebben, de 31 anos, encarou pela segunda vez no começo deste ano. Na primeira oportunidade, fo-ram 15 dias de intenso contato com os indígenas – um “choque cultural”, conta Gustavo. Segundo ele, pela falta de conceitos básicos de saúde, muitos desenvolvem cáries, que poderiam ser facilmente evitadas. Uma dificuldade é a distância entre as al-

deias e locais onde existe tratamento. “Para chegar numa região chamada Tacaranuna, partindo da cidade mais próxima, eram necessárias 24 horas de barco e mais 3 horas em uma lancha chamada voadeira”, exemplifica.

Na volta para o Rio Grande do Sul, a vontade de Gustavo era tamanha que ele marcou a segunda viagem, desta vez como membro da organização Expedicionários da Saúde, um grupo de profissio-nais voluntários que leva medicina especializada a diversas regiões isoladas, entre elas a Amazônia. Para ele, a comunicação não foi uma dificuldade, mas sim uma nova forma de conhecer pessoas e culturas. “Eram índios que tinham contato com a civilização, e como eram pessoas da saúde, eles aceitavam tranquilamente o atendimento”, lem-bra.

Compartilhando experiências com estudantes e com a comunidade, como fez na semana passada, na livraria Do Arco da Velha, Gustavo acrescenta lembranças e informações em seu diário de bordo para um dia, possivelmente, escrever um livro so-bre a experiência voluntária na Amazônia.

BOAGENTE

Um dentista voluntário na Amazônia

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Os símbolos de PinóquioTOP5

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CAMPUS

Enfermagem em debate

Mestre em ensinar História

Esporte no Fátima

Universidade de Caxias do SulEstratégias de Comunicação Escrita. Início 6 de outu-bro. Duas parcelas de R$ 45 ou à vista por R$ 90.

Inteligência Estratégica e Projetos de Inovação. Início 19 de outubro. Quatro parcelas de R$ 120; 3 parcelas de R$ 159; duas parcelas de R$ 237; ou à vista por R$ 467

Faculdade da Serra GaúchaDocência na Educação Superior. Início 27 de setem-bro. Carga horária de 390 horas (incluindo o Estágio e o TCC). + VESTIBULARFaculdade Inovação. Prova única de redação. 25/09. 20:00. R$ 20. Inscrições pelo site.

+ CURSOSFTSGA FTSG terá novos cursos de graduação tecnológica em 2013, com autorização do Ministério da Educação (MEC): Gestão Ambiental, Gestão Financeira e Análise e Desenvolvimento de Sistemas. Com início em 2013, serão 100 vagas oferecidas em cada curso. As inscrições estão abertas; pelo telefone 3022-8700.

WWW.UCS.BR. 3218-2800 | WWW.FSG.BR. 2101-6000 | WWW.poRtalFai.Com. 3028-7007 | WWW.FtSG.edU.BR. 3022-8700.

Acadêmicos de Enferma-gem, enfermeiros e demais profissionais da saúde já podem se inscrever para a III Semana Acadêmica de Enfermagem e I Mostra Científica em Enfermagem,

nos dias 17, 18 e 19 de ou-tubro, no bloco J da UCS. As inscrições devem ser fei-tas pelo site e custam R$ 20 (acadêmicos de Enferma-gem da UCS) e R$ 30 (pro-fessores e profissionais).

Mais um curso de mes-trado da UCS é aprovado pela Coordenação de Aper-feiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Com duas linhas de pes-quisa (Linguagens e Cultu-

ra no Ensino de História e Fontes e Acervos na Pesqui-sa e Docência em História), o mestrado profissional em Ensino de História terá seu primeiro processo seletivo em 2013, com 15 vagas.

Em agosto, o projeto Es-porte e Lazer na Comuni-dade Fátima, desenvolvido pela UCS, foi um dos 32 projetos aprovados em todo o país pelo Programa Petro-bras Esporte e Cidadania. Com verba de R$ 175 mil liberada, o bairro Fátima

receberá a implantação de dois núcleos para a demo-cratização da prática edu-cacional de diversas moda-lidades esportivas. Entre as três entidades contempla-das no Rio Grande do Sul, a UCS foi a única instituição de ensino superior.

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por Andrei Andrade

Nos 10 galpões do agitado acampa-mento Farroupilha de Fazenda Souza teve fandango e certamente não faltou mulher. Mas trago não teve, não. Afinal, peões e prendas menores de 18 anos não podem beber. Menos mal que, na gincana da Semana Farroupi-lha da Escola Estadual de Ensino Mé-dio Antônio Avelino Boff, a gurizada só queria mesmo era dançar a Chi-marrita ou laçar a vaca parada melhor que a equipe adversária. E é claro que matar alguns períodos de aula também vale na hora de vestir a pilcha.

A gincana ocorreu nos dias 13 e 14 de setembro, e reuniu cerca de 370 alunos, divididos em 10 equipes, devidamente identificadas com suas bandeiras no topo dos mastros de cada

galpão – espécie de quartel-general de cada equipe – e camisetas nas cores que as diferenciavam. Os nomes não poderiam ser mais gaudérios: Guapos da Fronteira, Alma Campeira, Gaúchos de Fato e Herdeiros do Pampa, só pra citar as que mais “se puxaram” na hora de soltar o grito de guerra que pre-cedeu a disputa de dança na tarde de sexta-feira (14).

Além de envolver pais, alunos, pro-fessores e funcionários e colocar um pouco de tradicionalismo na cabeça dos jovens – muitos já adeptos da cul-tura gauchesca, por serem moradores de zonas rurais – um dos baratos da gincana é estimular a interação entre os alunos de diferentes turmas e vindos de diferentes distritos de Caxias, como Vila Oliva, Vila Seca, Santa Lúcia do Piaí, além de diversas pequenas locali-

dades de Fazenda Souza.Este é o terceiro ano em que a

gincana é realizada. Nem poderia ser mais, pois a escola só foi fundada em 2010. E a julgar pelo pouco tempo de existência, não deixa de impressionar o nível alcançado na organização do evento, refletido na visível animação da garotada a cada prova a ser cumprida e no cuidado com que compuseram o cenário dos galpões. Tinha fogão, encilhas de cavalo penduradas nas paredes de madeira e chão coberto de serragem, além de quilos de alimen-tos arrecadados para instituições de caridade (uma das provas da gincana). “Nosso sonho era que eles pudessem acampar de verdade, dormir na escola. Mas esses adolescentes, vocês sabem como são, né...”, lamenta a diretora da escola, Ana Lúcia Fonseca, claramente

Gincana Farroupilha em escola de Fazenda Souza teve até acampamento no pátio |Paulo Pasa/O Caxiense

Se a escola não vai ao galpão...

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Culinária campeira, danças típicas e sol forte: cenas de uma tarde gaudéria |Fotos: Paulo Pasa/O Caxiense

desconfiada da inocência da juventude de hoje em dia.

Para alimentar tanto peão e prenda reunidos das 9:00 às 21:00, o refeitório também entrou no clima e aderiu à culinária campeira. Para o arroz carre-teiro no almoço de sexta-feira (14), foi necessário cozinhar 25 quilos de arroz e 10 quilos de carne. E quase não so-brou para oferecer aos visitantes. Prova de que a gurizada abraçou a ideia, um exemplo de superação se encontrava pelo pátio, de bombacha, chapéu, lenço e uma muleta. O aluno do 3° ano Gui-lherme Ribeiro, de 16 anos, sofreu um grave acidente de moto em fevereiro, que resultou na fratura da 4ª vértebra da coluna cervical. Enquanto ele estava no hospital, seus pais chegaram a ouvir de um médico que ele tinha poucas chances de voltar a andar um dia. Mas dois meses após o acidente, Guilher-me deu os primeiros passos, e na quinta-feira (13), mesmo de muletas, participou da peça de teatro encenada por sua equipe, a Querência Gaudéria. “Só não posso mesmo é dançar, mas também porque eu não sei”, brinca o jovem.

Novidade nesta edição da gincana, os vencedores foram conhecidos em um baile realizado na noite de sába-do (15). No fim das contas, venceu a equipe Gaudérios da Tradição, seguida no pódio por Herdeiros do Pampa e Festchê. Se nos primeiros anos a equipe vencedora ia a um rodízio de pizzas por conta da escola, este ano a premiação não chega a ser tão saboro-sa. Mas a pompa certamente é maior. Além do troféu para as três primeiras colocadas, uma placa com os nomes dos campeões será fixada em uma parede na entrada da escola. Porque a posteridade vale mais do que algumas fatias de pizza – que, aliás, passa longe do cardápio gaudério.

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João Carlos D’Ávila Paixão Côrtes não envelhece. Mesmo nas rugas ao redor dos olhos, nos cabelos e bigode brancos ainda fartos, na fala que às vezes tropeça nas palavras. O corpo teima em marcar alguns sinais da passagem do tempo, mas o eterno Laçador conserva a alma jovem aos 95 anos e vibra ao falar sobre suas pesquisas, tradicionalis-mo, tropeirismo e regionalis-mo. Agrônomo, documenta-rista, escritor, tradicionalista – para citar algumas de suas muitas atividades –, Paixão Côrtes é um dos grandes responsáveis pelo reconheci-mento e cultivo das tradições gaúchas. O jovem do campo que fundou com 7 amigos o 35 CTG, em 1948, o primeiro Centro de Tradições Gaúchas do Estado, firmou-se como principal referência do tradi-cionalismo, contribuindo para que o gaúcho fosse integrado culturalmente como parte do Brasil. “Antes, era só carioca e especialmente baiano. Hoje, o Rio Grande do Sul existe em todo território nacional e levamos o que temos de raiz como sedimentação ao conhecimento da nacionali-dade”, defende. Paixão Côrtes esteve em Caxias no último dia 17, para a reunião-almoço da CIC.

O Movimento Tradicio-nalista Gaúcho surgiu pela rebeldia dos jovens da época, que queriam um espaço para cultivar as tradições sem o preconceito. Hoje, como é a adesão dos jovens?

Não acho que tenha sido re-beldia, é mais uma tomada de consciência de que a cultura estrangeira estava sufocando a cultura nacional, e nós gaú-chos temos uma parcela dessa cultura, como têm o Norte e o Nordeste, só que nós somos o Rio Grande do Sul de frontei-ra com o Uruguai e Argenti-na. Pátria nós conhecemos, os outros conhecem região.

O que mudou no MTG de anos atrás para agora?

Essa pergunta tem que fazer ao MTG (sorri). Eu conti-nuo realizando trabalho de pesquisa e documentação. Tem pessoas que ficaram no tempo, outras evoluíram. O movimento é movimento, não para. Alguns têm consciência da importância do galpão na projeção universal, para que os outros reconheçam nossas virtudes e qualidades, e seja-mos humanos acima de tudo.

Se a estátua do Laçador fosse construída hoje, quem o senhor acha que seria um bom modelo?

É o seguinte: quando nós iniciamos o MTG, até 1947 tu procuravas um símbolo estatuário no Rio Grande do Sul e não tinha, o que tinha era do Uruguai, mas nós não tínhamos a figura que homenageasse o gaúcho nosso. Então, a estátua veio cobrir uma lacuna. A obra é do Antônio Caringi, eu só tive o privilégio de posar para ele. O meu monumento é a amizade que fiz com ele. A obra dele fala grandiosamente porque representa Porto Ale-gre e o Rio Grande escolheu como símbolo, deixou de ser simplesmente estátua para ser símbolo, e símbolo é eterno.

Um livro ou uma música fundamentais para conhecer a cultura gaúcha?

A música do Rio Grande do Sul divide-se em 4 momentos para mim. O que estamos vivendo é a musica da gaita, não a música do Rio Gran-de do Sul primitivo, que é a viola e a rabeca, esta não está se vivendo. Então, acho que está na hora de partir nessa busca, anterior a 1865, a 1868, quando então começa a apa-recer a gaita. E a música antes da gaita? É essa que acho que precisamos revitalizar e enriquecer, porque da gaita já se conhece.

“Símbolo é eterno”, diz Paixão

Paixão Côrtes |Julio Soares, Divulgação/O Caxiense

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1121.SET.2012

O debate entre os candidatos a prefeito que estava in-cialmente marcado para a última terça-feira (18), e seria transmitido ao vivo na TV pelo Canal 20, direto do Clu-be Juvenil, foi cancelado. Segundo a direção do canal, o cancelamento foi uma opção em decorrência do excesso de debates que estão sendo realizados. Os próximos en-contros serão no dia 1º de outubro, transmitido pela Rá-dio Caxias, às 8:30; 2 de outubro, transmitido pela Rádio Viva FM, às 20:30; 3 de outubro, com transmissão pela Rádio São Francisco, às 10:00; e 4 de outubro, às 21:30, na RBS TV.

Ter um Calçadão no Centro de Caxias é uma ideia que Possamai defende há tempos “como cidadão”. Como prefeito, alega que não poderia decidir sozinho. “Vai prevalecer a vontade do prefeito, da vice? Claro que não. Vamos fazer inúmeras audiências públicas”, pon-derou. “Quando se faz audiência pública, metade dos participantes é de CCs da prefeitura. Poderia ter 1, 2 ou 3... O que tem que ter é a participação da sociedade”, prega Possamai.

Luis Fernando Possamai (PSOL) foi o último candidato à prefeitura a partici-par da reunião-almoço da CDL Jovem, na última terça-feira (18), para apresen-tar seu programa de governo. Diferente das demais reuniões com a presença de Corlatti (DEM), Assis (PCdoB), Daneluz (PT) e Feldmann (PMDB), que substituiu o pedetista Alceu Barbosa Velho, nenhum integrante da diretoria da CDL esteve pre-sente. Os dirigentes lojistas perderam a oportunidade de escutar as propostas de Possamai que, se colocadas em prática, certamente levariam a um atrito com a ca-tegoria. O candidato propõe um Calçadão que feche a Av. Júlio de Castilhos da Guia Lopes até a La Salle. “Sei que muita gente do comércio é contra, alegam que daria prejuízo. Os comerciantes do Calçadão de Porto Alegre têm prejuízo? Me parece que não”, comparou Possamai. A proposta faz parte do conceito de revitalizar o Centro de Caxias do Sul “pensando nas pessoas”.

Um setor que ainda precisa se desenvolver em Caxias do Sul e ser enca-rado também como im-pulso econômico – além de cultural –, o turismo será tema da palestra do dia 28, às 14:00, na Câma-ra. O evento faz parte da programação da 3ª Sema-na Municipal do Turismo e terá como convidada Neliswa Nkani, promoto-ra de eventos sul-africana e captadora de recursos da Copa do Mundo 2010. Neliswa contará sua ex-periência em monetizar o turismo alicerçado na ho-telaria e entretenimento. Para Caxias do Sul apren-der como se faz.

A Feira do Livro de Caxias do Sul também terá opções para quem se interessa pela área de negócios. No dia 30, um domin-go, às 11:00, no auditório mon-tado na Praça Dante, será lança-do o livro publicado pela editora Belas-Letras que conta a história

dos 25 anos da Dolaimes Co-municação e Eventos, empresa capitaneada por Fúlvia Stedile Angeli Gazola e Daniela Fiore-se Lucchese. Além disso, quem passar pelo estande da Educs pode conferir títulos sobre Ad-ministração e Economia.

O investimento para facilitar o acesso de cadeirantes (com banheiros adaptados, estaciona-mento reservado, rampas e mesa na altura correta, por exemplo) rendeu à Hamburgueria Juventus indicação ao troféu Destaque Tu-rismo Caxias – Destaque Acess-bilidade. A premiação será no dia 27, no Intercity.

A Juventus também tem cardá-pio em braile, calçada com pisos táteis para deficientes visuais e

televisões com a opção de legen-da para surdos. No dia 26, no mural da Hamburgueria serão expostos trabalhos dos alunos da Associação Educacional Helen Keller, em homenagem ao Dia Nacional do Surdo. “Acreditamos que estas iniciativas contribuem para o crescimento de uma so-ciedade mais justa, receptiva e idônea com o próximo”, diz Gil-mar Comerlato, proprietário da Juventus.

Agenda de debates

Audiências públicas e CCsDefensor do Calçadão

Acessibilidade como diferencial

Como capitalizar o turismo

Livros e negócios

PLENARIO

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1321.SET.2012

por Daniela Bittencourt

Vista sua calça jeans cintura alta, tire seu discman do armário, separe uma ficha de ônibus e encontre a galera naquele shopping center recém-inaugurado. Os anos 90 estão de volta

UMA DéCADA TRI MASSA

Caxias do Sul estava alvoroçada na-quele 29 de julho. E quem seria capaz de ficar em casa com uma novidade daquelas? Se acanhar com a chuva e o frio era coisa de vacilão. Os antenados marcariam presença na inauguração do novo point da cidade. Homens, mu-lheres, crianças e jovens, centenas de jovens. Com suas calças jeans, tênis e bonés de aba reta da NBA (para os me-ninos), eles eram maioria nas quase 50 mil pessoas que passaram pelo Shop-ping Prataviera em seu primeiro dia de funcionamento. É verdade que a infla-ção tornava tudo mais difícil em 1993, nunca se sabia os preços de amanhã, mas era um dia especial, e muitos pais

levaram seus filhos para comer um ca-chorro-quente, tomar uma Coca-Cola e jogar um fliperama no novo shopping. Entre jaquetas de tactel a 3 milhões, ca-chorro-quente a 70 mil e copo de refri-gerante a 25 mil, mesmo preço da ficha de fliperama – tudo em cruzeiros reais, é claro –, o faturamento do shopping chegou a 5 mil dólares naquele dia. “O consumidor já estava ligado na globali-zação. Não tinha nenhum shopping na região. Quando a gente abriu era tudo novidade, tinha praça de alimentação, lancheria, cinema novo, isso aqui virou uma procissão”, lembra João Pratavie-ra Neto, atual gerente do shopping e membro da direção na época.

O lugar era ponto de encontro prin-cipalmente dos jovens, que, além, dos atrativos já citados, iam atrás das mar-cas famosas estampadas nas etiquetas. Tudo com muita discrição, segundo a professora do curso de Design de Moda da UCS Cecília Seibel. No final do milênio, o luxo era não aparentar. “O conceito de minimalismo ressur-giu com força, e a referência era usar marcas poderosas, mas não aparentar luxo”, explica Cecília. Nesse contexto, as monomarcas, especialmente de jeans como Forum e Zoomp, eram as mais badaladas. A discrição também estava nas cores e os looks combinando entre si. “Existia uma monocromia, ninguém

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eera muito diferente, tudo era muito padronizado. Era um luxo mais monó-tono, com pouco excesso. Não se usava brinco, o brilho era condenado durante o dia, as bolsas eram limpas”, comenta. O poder estava na matéria-prima das roupas, mais nobres e elaboradas, já que os cortes eram simples. “A marca estava por trás para justificar o valor do produto. Se podia comprar o mesmo produto em uma loja do Centro ou no bairro, a diferença era a marca que esta-va dentro dele”, define Cecília.

A popularização do acesso às mar-cas – leia-se pirataria – talvez tenha sido uma característica dos anos 90. As muambas importadas do Paraguai invadiam o Camelódromo, novo na época, e as lojas de $ 1,99. Os tama-gotchis, bichinhos virtuais que mor-riam caso não fossem alimentados e ninados (foto da nossa capa), podiam ser encontrados em qualquer esquina. Na leva dos brinquedos modernos, os minigames, as agendas eletrônicas e os videogames também eram da hora. “A gente se reunia na casa dos amigos para jogar Supernintendo. Não era todo mundo que tinha. Eu, por exemplo, ti-nha o Nintendo, mas o Supernintendo era o videogame da época”, relembra a arquiteta Luciana Tissot, de 27 anos, que viveu o bom da infância na Caxias dos anos 90. Mas a diversão também estava nas coisas simples, e brinquedos como os tazos, alegria dos recreios das escolas, mola maluca, preferida das gu-rias, e miniaturas do chocolate Kinder Ovo, com suas diversas coleções, eram um deleite.

Ednei Torresini, de 33 anos, não abria mão do futebol. “Os anos 90 para mim foram a base de tudo. Foi nessa época que já decidi o que seria o meu futuro”, conta empolgado, relembrando o me-

nino que andava de carrinho de lomba e bicicleta e jogava no time da Associa-ção Atlética Enxuta. “Tive sorte de ver um dos maiores clubes de futebol de sa-lão jogar, com grandes atletas e até a se-leção brasileira fazendo apresentações no antigo Pereirão, em Caxias do Sul”, comemora. Enquanto o Brasil chora-va a morte do piloto Ayrton Senna e Glavão Bueno gritava “É tetraaaaaaa”, a Enxuta conquistava seu segundo título no Campeonato Gaúcho de Futsal. O primeiro havia sido no ano anterior, em 1993, e o terceiro viria em 1995. Além disso, o time conquistou a Taça Brasil de Futsal em 95 e 96. Ele viaja nas me-mórias até 1996, quando a Enxuta ven-ceu a disputada final da Taça Brasil de Futsal contra o Vasco da Gama, de São Paulo, em Caxias. “Também lembro do Enxutão lotado nas grandes finais de estaduais, com transmissão ao vivo para todo o Estado”, conta. Paixão com-partilhada, a Enxuta também faz par-te da história do educador físico Enio Luiz Ferreira de Aguiar, de 52 anos. Entre os anos de 1986 e 1996, ele atuou como técnico, preparador físico ou su-pervisor. Para ele, o time de futebol de salão que nasceu entre os funcionários da Triches para disputar os jogos do Sesi foi fundamental para o esporte, ultrapassando as barreiras municipais.

Mas nem só de futsal vivia a Caxias dos anos 90. Luciana Tissot lembra das horas e horas que ficou pendurada ao telefone com as amigas para decorar as letras de Estoy Aquí, Pies Descalzos e outros hits da cantora Shakira. “A gente ouvia o CD e acompanhava com a letra do encarte até decorar, depois cantávamos sozinhas”, se diverte. Em 1997, uma multidão de adolescentes e crianças entoou o refrão quase im-pronunciável: Estoy aquí queriéndote/

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1521.SET.2012

Ednei Torresini |Arquivo Pessoal de Ednei Torresini, Divulgação/O Caxiense

Jorge Rocha Neto |Arquivo Pessoal de Jorge Rocha Neto, Divulgação/O Caxiense

Shopping Pratavieira |Arquivo Pessoal de João Pratavieira, Div./O Caxiense

Ahogándome/ Entre fotos y cuadernos/ Entre cosas y recuerdos/ Que no puedo comprender. Luciana lembra do aglo-merado e da imensa fila para entrar nos Pavilhões no dia em que a estrela colombiana cantou em Caxias. “Tinha muita gente, as pessoas estavam muito felizes, pulavam, suavam, e o suor caía do teto do Teatro de Lona”, conta. Ed-son Luiz Corrêa, coordenador do curso de Fotografia da UCS e coordenador da rádio Studio FM entre 1987 e 1999, des-taca o Teatro de Lona como espaço dos shows memoráveis em Caxias. “Surgiu meio que para ter um lugar para as bandas tocarem e acabou recebendo shows bem diversificados, bandas de rock, Chitãozinho e Xororó, Angélica, Milton Nascimento, Caetano Veloso.” Titãs, Cidade Negra e Lulu Santos tam-bém deram seu ar da graça.

Mas muvuca mesmo foi o show dos

Mamonas Assassinas, poucos dias antes do fatídico acidente com a banda, em 1996. “Assisti tudo na garupa da minha mãe, eu era um piá”, lembra o profissio-nal de relações internacionais Jorge Ro-cha Netto, o Jorginho, de 24 anos, que também atua como DJ. Além das letras escrachadas e das piruetas no palco, o ápice do show foi o momento em que faíscas rodopiantes saíam da roupa do vocalista Dinho, puro efeito especial! A visão privilegiada do show foi graças à mãe, mas a emoção maior foi o en-contro com os 5 músicos no hotel onde estavam hospedados, arranjado por intermédio de um contato de seu pai, o DJ Rocha Netto. “Tirei foto individu-al com cada um e a capa do meu CD foi autografada”, rememora. A música também encontrava espaço em casas noturnas como Espaço Fórum, Ama-deus, It Club, Incitatus, Underground

e Café Soçaite. Jorginho lembra da pri-meira vez que entrou na It com o pai: “O som era alto pra caramba e tinha umas luzes que projetavam desenhos e formas geométricas. Achei aquilo incrí-vel!”. Nos discmans dos adolescentes, rolava desde dance e boy bands até axé e pagode, tudo dependia da tribo a que se pertencia. O bom mesmo era com-partilhar com os amigos aquele hit do momento, mesmo que fosse Macarena ou Segura o Tchan.

Dos rodapizzas aos buffets de sor-vetes, dos shoppings ao camelódromo, das fitas K7 gravadas do rádio e troca-das com os amigos, das conversas com conhecidos e desconhecidos pelo ICQ. Não faltam referências para defender que os anos 90 foram os mais demo-cráticos da história. Uma época tão boa que nem o bug do milênio teve cora-gem de apagar.

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Vila Sapo |Paulo Pasa/O Caxiense

No incêndio que destruiu 20 casas na Vila Sapo, no final de agosto, 3 jovens irmãos perderam a vida. Para a mãe,

cabe descobrir o que sobrou para continuar vivendo

A VIDA QUE RESTOU DAS CINZAS

por Andrei Andrade

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1721.SET.2012

Maria Cardoso |Paulo Pasa/O Caxiense

Dizer que é possível imaginar a dor que a pes-soa está sentindo é uma das formas mais comuns de se tentar confortar alguém. Mas a dor de Ma-ria Cardoso, 41 anos, é inimaginável. E qualquer forma de tentar consolá-la enquanto admira as fotos dos filhos Maikiel, de 17 anos, Mateus, 12 e Marieli, 3, mortos no incêndio que levou tam-bém a casa de Maria e outras 19 moradias na Vila Sapo, no bairro Serrano, na última madrugada de agosto, parece mera tentativa de parecer solidá-rio. Para a mãe que engole o choro diante de cada jovem ou criança que vê passar na rua, resta pela frente uma vida incompleta. E que dificilmente se tornará maior do que o vazio que sente.

As fotos que Maria mantém guardadas no en-velope de um estúdio fotográfico de Caxias do Sul são as únicas lembranças materiais que conseguiu reunir dos filhos, já que tudo foi consumido pelas chamas. Impressas em papel ofício recentemente, as imagens foram tiradas de um cartaz feito pelos colegas de escola dos meninos, para homenageá-los no velório. Além delas, uma montagem que reúne lado a lado os retratos dos três, com o nome de cada um e uma mensagem religiosa, foi pre-sente de uma amiga. Desde sábado, está emoldu-rada noporta-retratos que repousa no pequeno altar erguido por Maria na sala da casa onde mora provisoriamente, no bairro Pioneiro.

O trágico incêndio na Vila Sapo começou por volta das 23:30 da quinta-feira, 31 de agosto, na casa em que Maria vivia com os filhos, e logo se espalhou pela vizinhança. Embora a causa não seja confirmada, é provável que tenha sido pro-vocado por uma vela esquecida acesa pelos meni-nos, que tomavam conta da casa. Naquele mesmo dia, no fim da tarde, a energia elétrica foi cortada pela Rio Grande Energia (RGE), por conta de um curto-circuito. Sem luz, os jovens devem ter re-corrido às velas, pois a menina nunca dormia no escuro.

A mãe, que estava trabalhando, só chegou ao local cerca de uma hora depois, quando os bom-beiros já haviam controlado o fogo, mas ainda não confirmavam se havia vítimas ou não. Relem-brando daquela noite, Maria fala sem gaguejar ou dar sinais de fraqueza diante de memórias tão tristes. Lembra de quando seu chefe avisou que as casas de 2 colegas haviam incendiado e perguntou se ela os conhecia. Ao saber que se tratava de seus vizinhos, logo imaginou que a sua também esti-vesse envolvida, porque as moradias eram todas muito próximas. Foi levada até a Vila Sapo por um segurança da empresa, mas quando chegou já era tarde demais. O fogo havia consumido tudo. Ao sentir a falta dos filhos, que nunca saíam de casa à noite e não estavam entre os vizinhos, que assistiam impotentes ao trabalho dos bombeiros, Maria pressentiu o pior. Sem conseguir permane-cer no local, foi levada até a casa de uma tia para se acalmar. E quando voltou, por volta das 4:00, teve a confirmação do que já esperava intima-mente. Seus 3 filhos, cujos corpos foram en

“A morte dos meus filhos mudou tudo, pois minha

vida era só em torno deles. Quando chegava em casa, de madrugada, tinha que

amamentar e colocar a pequena para dormir”,

conta Maria Cardoso

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contrados abraçados, estavam mortos.

Foi na casa onde vive há poucos dias, enquanto espera por um dos apar-tamentos prometidos pela prefeitura aos moradores que perderam suas ca-sas, que Maria Cardoso aceitou rece-ber a reportagem de O CAXIENSE na chuvosa tarde de terça-feira (18), após uma breve entrevista por telefone na noite anterior. Sem querer, a reporta-gem interrompeu uma das raras horas de sono que ela conseguiu ter desde o dia em que viu seus filhos pela última vez, após se despedir para o que espera-va ser uma jornada normal na Agrale, onde trabalha, há dois anos, no turno da noite.

Tímida e de poucas palavras, Maria conta que sempre foi de chorar pouco e não gosta de expressar as emoções que sente. Parece tratar do assunto com mais resignação do que desespero. Ao responder sobre como têm sido seus últimos dias, diz que encontrou no isolamento a melhor forma de tentar absorver a dor, e por isso pede, repeti-das vezes, para que não seja publicado seu endereço. Está cansada de ouvir as pessoas e suas palavras de conforto, por mais sinceras que sejam. “Todo mun-do insiste em me fazer lembrar do que aconteceu. Até gente que eu nem lem-brava vinha me perguntar como eu es-tava. Isso é muito ruim, é como ter uma ferida e ouvir todo mundo dizendo: ‘olha, tem que cuidar isso aí’”, comen-

ta. Ainda sem se sentir preparada para recomeçar a vida, Maria, que é separa-da e não cogita constituir nova famí-lia, ganhou férias do trabalho, e agora passa os dias tentando absorver a dor, tendo pouco contato com as pessoas. Mas sabe que em algum momento será necessário seguir em frente com a parte que restou da vida que tinha. “A morte dos meus filhos mudou tudo, pois mi-nha vida era só em torno deles. Quando chegava em casa, de madrugada, tinha que amamentar e colocar a pequena para dormir. Não tem como preencher esse vazio que fica. Uma parte da mi-nha vida se foi, agora preciso aprender a continuar sozinha com o que sobrou para viver”, afirma. À Vila Sapo, Maria também não pensa em voltar. Nas pou-cas vezes em que visitou o local após o incêndio, diz ter sentido algo como “uma sensação escura e sinistra”, que prefere evitar. No chão onde ficava sua casa, improvisou uma pequena capela de tijolos, contendo apenas uma rosa.

Na humilde Vila Sapo, a área atingida pelo incêndio ainda guarda as marcas deixadas pelo fogo nas vigas de madei-ra que sobraram da maioria das casas. Pelo chão, alguns poucos pertences que as famílias preferiram tentar não recu-perar, como roupas, cadernos e brin-quedos chamuscados. É provável que nada venha a ser construído tão cedo pela prefeitura, que aguarda um levan-tamento técnico sobre as condições da

área. Moradores que aguardam pelas habitações prometidas, como a faxinei-ra Zeli Toledo, de 43 anos, começam a se mudar das casas de amigos e paren-tes para casas alugadas em outros bair-ros. Além do teto e dos móveis, cada família lamenta a perda daquilo que re-presenta maiores recordações afetivas. No caso de Zeli, por exemplo, o vestido do batizado da filha é perda bem maior do que o dinheiro que estava na cartei-ra. E mesmo quem escapou de perder a casa convive agora com a lembran-ça de cenas que jamais gostaria de ter visto, e com a perda de amigos e bons vizinhos, como todos parecem lembrar dos 3 filhos de Maria. “Ele (Maikiel, o mais velho) era como um irmão pra mim. A gente tava sempre brincando, ‘se arriando’ em tudo. Vai deixar muita saudade”, lembra o estudante Jefferson de Góis, de 16 anos, que mora do outro lado da rua onde ocorreu o incêndio.

Enquanto amigos, vizinhos e fami-liares não encontram respostas para a tragédia, Maria Cardoso tem na crença em Deus uma resposta que a conforta. Antes de se despedir da reportagem, fez questão de compartilhar o quanto tem buscado, na religião, a força para atra-vessar o momento difícil. Conta que, por ter ensinado aos filhos o amor a Deus, acredita que eles estejam juntos no céu, olhando por ela. “Tenho certe-za que ensinei o melhor pra eles. E eles sabiam que Deus estaria com eles até na hora da morte.”

Jefferson de Góis sente a falta do amigo Maikiel |Paulo Pasa/O Caxiense

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1921.SET.2012

Sucesso de público e de bilheteria, 6 artistas nacionais desembarcam em Caxias do Sul até dezembro. Do pagode ao sertanejo, passando pelo pop e pelo reggae – se você não gosta de nenhum destes estilos veja outras opções na página 22 –, os shows confirmados até agora serão popula-res também no preço, pelo menos nos primerios lotes à venda.

Segundo Marina Carraro, uma das promotoras da Morphine Produções, os artistas são escolhidos conforme a disponibilidade da agenda e através de pesquisas da empresa nas redes sociais. Mesmo com dois gêneros pre-dominantes – sertanejo e pagode –, a produtora diz que procurar agradar todos os gostos. “O público jovem até participa mais da pesquisas, mas não é maioria”, garante ela, que ainda cita as pesquisas em shows realizados como forma de ouvir sugestões para trazer artistas nacionais a Caxias. Mas, como quem vai a um show por-que gosta do artista deve acabar indi-cando uma atração do mesmo estilo, fica aqui o contato para recomendar aquele artista que você quer ver de perto: [email protected].

O público deve variar de acordo com o local dos shows. Enquanto os Pavilhões da Festa da Uva conseguem abrigar 20 mil pessoas, a All Need Master Hall, recebe 2,7 mil. Confira ao lado a agenda de atrações nacio-nais.

Thiaguinho |Tadeu Bara, Divulgação/O Caxiense

Fernando e Sorocaba |Fotos: Divulgação/O Caxiense

Latino |

Estrelas nacionais para todos os gostos – ou quase

PLATEIAÚltimos espetáculos do caxias em cena | fadinhas e fortões nos cinemas | lady jam Volta aos palcos

Inimigos da HP Iniciada em 2001, a banda de pagode –

formada por engenheiros, um publicitário e um administrador de empresas – empla-cou sucessos como Toca um Samba Aí e Nosso Filme, fazendo com que o conjunto atingisse o status de febre das baladas. Mu-dei por Você, seu último CD, foi lançado no começo deste ano.

DOM. (30). 21:30. R$ 25. All Need Master Hall

Chimarruts Rafa, Tati, Sander, Diego, Nê, Vinícius,

Emerson e Rodrigo voltam a Caxias e apresentam os novos sucesso da Chimar-ruts, referência no pop reggae nacional. A banda ganhou destaque após emplacar hits, como Do Lado de Cá, na trilha sonora de novelas da TV Globo e ganhar o Prê-mio VMB, da MTV, em 2009, na categoria Reggae.

SEX. (5/10). 0:00. R$ 25. All Need Master Hall

Fernando & Sorocaba Com estouro musical em 2006, Fernan-

do & Sorocaba se tornaram referência no sertanejo universitário. A maioria das can-ções da dupla são de autoria de Sorocaba, que coleciona mais de 100 composições, com destaques para Madri, Paga pau, Bala de Prata, A casa caiu e Tô passando mal.

DOM. (14/10). 20:00. R$ 25. Pavilhões da Festa da Uva

Thiaguinho Após fazer sucesso como vocalista do

Exaltasamba, Thiaguinho preferiu seguir carreira solo. O artista vem a Caxias para divulgar o mais recente trabalho: o DVD Ousadia e Alegria, gravado no Credicard Hall, em São Paulo, que contou com a par-ticipação de Gilberto Gil, Ivete Sangalo e do jogador de futebol Neymar.

DOM. (28/10). 20:00. R$ 25. Pavilhões da Festa da Uva

Latino Aos 39 anos, com dois DVDs e 15 CDs

lançados, Latino já foi garçom, mágico, cozinheiro e até copeiro, no Exterior. Em 2011, com o cantor Daddy Kall, Latino fez uma nova versão da Dança Kuduro. Na úl-tima semana, lançou Despedida de Solteiro, uma versão de Gangnam Style, do rapper sul-coreano PSY, que alcançou a liderança do iTunes nos últimos dias.

SÁB (17/11). 00:30. Ingressos e local ainda não foram definidos pela produtora

Thaeme & Thiago Após vencer a segunda temporada do re-

ality Ídolos, no SBT, em 2007, Thaeme Ma-riôto nunca foi sinônimo de sucesso. Após formar dupla com José Lazaro Servo, de nome artístico Thiago, gravaram o primei-ro DVD ao vivo em Londrina e estouraram com a música Ai que Dó.DOM. (02/12). 21:30. Ingressos e local ainda

não foram definidos pela produtora

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31 MINUTOSJuanín, o último de uma espécia rara de animais, é um famoso

produtor de TV que acaba sequestrado pela malvada Cachirula para fazer parte do exótico zoológico da vilã.

CINÉPOLIS SEX., SEG.-QUI. 14:00-19:40 L 1:25

CINE

* Qualquer alteração nos horários e filmes em cartaz é de respon-sabilidade dos cinemas.

Mark WAHLBERG, Mila KUNIS e Seth MACFARLANE. De Seth MACFARLANE

De Tom ROGERS e Ryan ROWE

TEDQuando criança, John Bennett desejou que seu ursinho de pelúcia, Ted, ganhasse vida. O pedido

foi atendido e, desde então, eles vivem juntos. Mas a amizada deles será testada quando Lori, namo-rada do marmanjo por 4 anos, deseja que o relaciomento evolua. Seth MacFarlane, criador da série Family Guy (Uma Família da Pesada), dirige, roteiriza e atua no longa.

GNC 14:30-16:50-19:10-21:40CINÉPOLIS 13:00-15:30-18:30-21:00 16 1:46

TINKER BELL: O SEGREDO DAS FADASTinker Bell encontra Periwinkle e, junto com muitos outros

amigos encantados, as duas fadinhas se aventuram pelo miste-rioso e proibido Bosque do Inverno em busca do mágico segredo das asas das fadas.

GNC 3D DUB. 18:00 | DUB. 13:30-15:30CINÉPOLIS 14:20-16:10-18:00- SÁB. e DOM. 12:30

L 1:15

À BEIRA DO CAMINHOCom desempenho surpreendente, o

longa nacional que conta a história de um menino em busca do pai, inspirado nas canções de Roberto Carlos, está há 7 sema-nas em cartaz. Com João Miguel, Vinicius Nascimento, Ângelo Antonio, Dira Paes. De Breno Silveira.

GNC 13:20CINÉPOLIS SEX., SEG.-QUI. 16:30-22:00 12 1:45

A DELICADEZA DO AMORNathalie tem um casamento e uma vida

perfeitos, até que seu marido morre e mer-gulha no trabalho. Então, certo dia, ela bei-ja o colega de trabalho Markus, assim, do nada, e tudo muda. A comédia romântica é baseada no best-seller francês La Délicates-se, escrito pelo co-diretor do filme, David Foenkinos. Com Audrey Tautou, François Damiens, Bruno Todeschi, Mélanie Ber-nier, Joséphine de Meaux e Pio Marmaï. De David Foenkinos e Stéphane Foenkinos

ORDOVÁS SEX. (21) 19:30, SÁB. (22) e DOM. (23) 20:00 10 1:48

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2121.SET.2012

Karl URBAN. Olivia THIRLBy. De Pete TRAVISDREDD

No futuro, em uma cidade violenta onde a polí-cia tem a autoridade para agir como um juiz, um júri e um carrasco, um batalhão especial recebe treinamento especial para derrubar uma gangue que lida com drogas que alteram a realidade.

GNC 3D 17:30 | 19:40-21:50CINÉPOLIS 3D 14:50-17:00-19:20- SÁB. e DOM. 12:50 | 21:30 16 1:35

ABRAHAM LINCOLN: CAçADOR DE VAMPIROS

Apesar do argumento fantástico (Abraham Lincoln usar a desculpa de libertar escravos para, na verdade, caçar vampiros), segundo a crítica, o longa traz uma biografia consistente e fiel de um dos ex-presidentes mais queridos da nação norte-americana. Com Benjamin Walker, Rufus Sewell e Dominic Cooper. De Timur Bekmambetov e Tim Burton. 3ª semana.

GNC 3D 13:50CINÉPOLIS 3D 19:50-22:10 14 1:59

E A VIDA CONTINUABaseado no livro homônimo de Chi-

co Xavier, conta a história de um casal que se conhece aparentemente ao aca-so, porque o carro da moça quebra no meio da estrada, mas cria uma amiza-de tão sólida que perdurará em outros planos. A linha espírita vem agradando a plateia brasileira. O longa teve bilhe-teria de R$ 994 mil e público de 79,6 mil em seu primeiro final de semana. Com Samantha Caracante, Ana Rosa, Rosana Penna, Luiz Carlos de Moraes e Lima Duarte. De Paulo Figueiredo. 2ª semana.

GNC 15:00-17:00-19:20-21:20CINÉPOLIS 13:30-15:50-17:50-20:30 10 1:39

RESIDENT EVIL 5: RETRIBUIçÃO (3D)

O quinto capítulo da franquia estreou em primeiro nas bilheterias brasileiras, com R$ 6,3 milhões de arrecadação e cerca de 450 mil ingressos vendidos. Alice luta contra a Umbrella Corpo-ration, empresa criadora do vírus que tranforma os seres vivos do planeta em zumbis. Com Milla Jovovich, Sienna Guillory e Michelle Rodriguez. De Paul W.S. Anderson. 2ª semana.

GNC 3D 16:00 | 19:50-22:00CINÉPOLIS 3D 15:00-20:00- SÁB. e DOM. 12:40 | 17:30-22:20 16 1:37

OS MERCENÁRIOS 2Já é absurdo reunir Mickey Rourke, Chu-

ck Norris, Jason Statham, Bruce Willis, Jet Li, Dolph Lundgren, Arnold Schwarzenegger e Jean-Claude Van Damme num mesmo filme. Mas são justamente os absurdos indispensá-veis ao gênero ação-ao-extremo que tornam o segundo filme mais legal do que o primeiro. De Simon West.

GNC 14:10-16:30-19:00-21:10CINÉPOLIS SÁB. e DOM. 16:30-22:00

16 1:42

UM DIVÃ PARA DOISDirigidos por David Frankel (de O Diabo

Veste Prada), Meryl Streep e Tommy Lee Jones serão aplicados alunos na resolução dos exer-cícios sexuais passados pelo terapeuta Steve Carell. A maratona de uma semana de terapia é para salvar 30 anos de casamento. 2ª semana.

GNC 19:30-21:30CINÉPOLIS SÁB. e DOM. 14:00-19:40

12 1:40

A ERA DO GELO 4 Depois da deriva continental (culpa do

Scrat), Manny, Sid, Diego e Ellie só podem ter perdido seus familiares aí no meio da plateia para o filme continuar há tanto tempo em car-taz. 13ª semana. De Steve Martino.

★ ★ ★ ★ ★GNC 15:20-17:20 L 1:40

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22

+ SHOWS

MUSICA

SEXTA-FEIRA (21)

Dj Guga Gazzola 23:00. R$ 5. Cachaçaria SarauMaurício e Daniel 22:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolDeclarações + Dj Gilson 23:30. R$ 20 e R$ 10. Portal BowlingFer Costa Trio 22:00. R$ 18 e R$ 15. MississippiToolbox 22:00. R$ 10. Bier HausNando Rocha e banda 23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13Tira Onda 23:00 R$ 25 e R$ 20. HavanaRodrigo Baron R$ 30 e R$ 20. ArenaDJ Rodrigo Dias e DJ Giiu Emer 23:00. R$ 25 (Mulheres Free até meia-noite). Nox

SÁBADO (22)

Garotos da Rua + Jack Brown 22:00. R$ 20 e R$ 15 ou R$ 10 e R$ 5 (nome na lista). Buku’s Anexo Pietro Ferretti e Ana Jardim 23:00. R$ 5. Cachaçaria SarauGrupo Paiol 21:00. R$ 8 e R$ 6. PaiolThe Cotton Pickers 22:30. R$ 18 e R$ 15. MississippiFullgas 23:30. R$ 20 e R$ 10. Portal BowlingMarcelo Valêncio + Swing Natural 23:00 R$ 40 e R$ 20. Place des SensHardrockers 22:00. R$ 10. Bier HausPuracazuah! 23:30. R$ 20 e R$ 10. Boteco 13Especial Rihanna 23:00 R$ 20. Level

Vera menos Loca?

Rock sessentista na veia

Para lembrar Janis Joplin

A banda de Santa Maria que tem esse nome por causa da vizinha de um dos integrantes, a Vera, é conhecida por hits como Borracho y loko, Eu vou comer a Madonna, Suadinha, entre outros. A novidade deste show no Mississippi é que os roqueiros irão tocar em versão acústica (mas nem por isso menos animada). A banda é formada por Fabrício Beck (vocal e guitarra), Diego Dias (teclados), Luigi Vieira (Bateria), Hernan Gonzales (Guitarra) e Mumu (baixo).

QUA (26). 22:00. R$ 15 (1° lote). Mississippi

Após dois anos fora dos palcos, a Banda Lady Jam retorna sexta-feira na Level Cult. O sexteto foi por muito tempo responsável por noites embaladas pelos clássicos do rock’n’roll dos anos 60 e 70. A formação, quase original, é composta Carolina Soul nos vocais, Luis Fernando Alles na guitarra, Leandro Castor Gita-ci no contrabaixo, Pablo Lucena Horn na guitarra, Lucas Reis na bateria e Felipe Magon no teclado.

SEX (21). 23:00. R$ 12. Level

Janis Joplin, a voz rou-ca mais querida dos anos 60, será homenageada pelo quinteto que leva o nome de uma de suas melhores músicas: Half Moon. O show comanda-do pela vocalista caxien-se Carolina Soul busca resgatar lembranças da cantora com a maior fi-delidade possível.

SEX (21). 20:00. Gratuito.Zarabatana

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Page 23: Edição 147

2321.SET.2012

DOMINGO (23)

Pagode Junior + Fabiano Fontoura 21:00. R$ 10 e R$ 20. Portal Bowling

TERçA-FEIRA (25)

Maurício Santos 21:30 R$ 10 e R$ 5. Boteco 13Lonely Heart Club Band 22:00. R$ 15 e R$ 10. Mississippi

QUARTA-FEIRA (26)

Jhonatan e Carlos 22:00. Gratuito. PaiolJonas e Lucas 23:00. R$ 10 e R$ 5. Boteco 13

QUINTA-FEIRA (27)

Grupo Macuco 22:00. R$ 15 e R$ 5. PaiolRafa Gubert & Tita Sachet 22:00 R$ 15 e R$ 10. MississippiElixir 23:30 R$ 10 e R$ 5. Boteco 13

+ SHOWS

Paul

o Pa

sa/O

Cax

iens

eG

abi M

.O, D

ivul

gaçã

o/O

Cax

iens

e

Muitos anos de vida!

Reencontro punk

O aniversário de 30 anos da Casa da Cultura Percy Vargas de Abreu e Lima será comemorado em grande estilo. A Orquestra Sinfônica da UCS apresentará um concerto com obras de Mozart, Mendelssohn e Jacques Ibert, sob a regência do maestro Manfredo Schmiedt. Mas, em meio a todo o ambiente erudito, deve sobrar espaço para um bom e velho Parabéns a Você.

SEG (24). 20:00. Entrada Franca. Casa da Cultura

Queridos punks de Caxias. Sexta é noite para arrepiar seus cabelos, tirar aque-la velha jaqueta de couro do armário, caprichar no visual anos 80 e ir para o Vagão curtir o reencontro da Ligante Anfetamínico, aqui da terrinha, com os porto-alegrenses dos Replicantes (acima, em foto “à paisana”). No set das duas bandas, todos os hits que fizeram parte de suas histórias, dos mais de 25 anos de Replicantes e mais de 12 anos de Ligante.

SEX (21). 00:30. R$ 15 e R$ 12.

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24

Donzelas misteriosas

Metamorfose da tristeza

Cowboy do milagre

Patética

Num vilarejo bem distante, em lugar desconhecido do sertão, Cidades das Donzelas narra a peregrinação de Carolino, um jovem e inteligente andarilho, nascido em Juazeiro, que viajou o mundo inteiro. Ele decide voltar para a sua terra, mas antes, por pura curiosidade, vai à Cidade das Donzelas e percebe que lá só habitam mulheres estranhas, bizarras e misteriosas, todas marcadas por traumas de família no passado.

SÁB. (22). 20:00. R$ 15. Teatro Municipal. 16 1:15

Tecida nas relações entre imagem e poesia, De Peixes e Pássaros é construída a partir das memórias das intensidades nos quadros do pintor Marc Cha-gall. Os personagens habitam lugares indefinidos pela inversão do céu e da terra, com a metamorfose de pássaros, peixes, touros, configurando universos simbólicos de humor e melancolia, fuga e leveza.

SEX. (21). 20:00. R$ 15. Teatro Municipal 12 1:00

Um velho que acaba de perder sua esposa vive seus dias na solidão e no abandono. Sua filha, que poucas vezes aparece, mostra uma relação de conflito. Sozi-nho, no ápice da solidão, aparece na sua frente uma figura fantástica: o cowboy John Wayne. Alternando no drama e no cômico, Um Verdadeiro Cowboy mos-tra uma nova vida, com fantasia e leveza, e consegue mexer em temas tão difíceis como a vida e a morte.

SEX. (21). 21:30. R$ 15. Teatro do Sesc. 14 1:10

Águida é dona de mais de mil coisas, admiradora de Getúlio Vargas e apaixonada pelo moço que canta Roberto Carlos. A desagregação mental faz com que ela seja solitária e passe a vida esperando pelo final do ano. Pouco a pouco, em tom patético, ela se torna Dona Coisa, um ser medíocre, facilmente manipulável e que dá nome ao espetáculo com texto de Rodrigo de Roure adaptado por Tainá Haas (também no elenco) e Pablo Canalles.

QUI. (26). 20:00. Gratuito (mediante retirada de ingresso no SAC do Sesc). Teatro do Sesc L 0:55

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Teatro russo em Caxias

Mendigas bufando

A crônica como protagonista

Na rua é mais legal

É só em novembro, mas já dá pra anotar na agenda. Antes de passar por Porto Alegre, o espe-táculo KUKLI Theatral Circo da Rússia trará a Caxias seus 40 artistas, que exibem talento, arte, inovação, com destaques para show de iluminação, trilha sonora e figurinos.

QUI. (01/11). 19:30 e 22:00. R$ 70. UCS Teatro. L 1:00

A comédia popular e crítica As Bufa retrata as mendigas Celói e Ventania, instaladas tempo-rariamente em um teatro abandonado. Certo dia, as poltronas do teatro, habitualmente vazias, são ocupadas por um público desconhecido. As mendigas não perdem a oportunidade de apresentar a esse público suas habilidades artísticas, passando por personagens como Adão e Eva, Deus e o Diabo, Xuxa e até uma senhora descendente de alemães, fã de Hitler. Aos poucos Celói e Ventania vão desvelando suas vidas ao público.

SÁB. (22). DOM. (23). SEG. (24). 20:00. Tem Gente Teatrando. 12 1:00

O Aristos é palco de mais uma Órbita Literária. Desta vez, os escritores Lúcio Saretta, Mar-cos Kirst, Tiago Marcon e Uili Bergamim, autores do livo Tetraedro, comentam sobre a arte de escrever crônicas. Antes, o arquiteto e cronista Tiago Marcon comanda a Oficina Literária Cidade e Crônica.

SEG. (24). 20:30. R$ 10. Aristos.

Nada de palco. Automákina Universo Deslizante apresenta, ao ar livre, o território do do Du-que Hosain’g, um mundo portá-til, pessoal e impenetrável. Nele, o estranho acompanha e trans-forma tudo que está a sua volta. É o mundo numa “camicleta”, teatralmente ao mesmo tempo palco e cenário.

DOM. (23). 17:00. Gratuito. Parque dos Macaquinhos.

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ARTE Olhar apaixonado pelo Rio Grande

Gauderiando pela Fotografia é o título da exposição lançada pelo empresário e fotógrafo – hobby que virou coisa séria – Sedenir Aristides Taufer, de 68 anos. Os 16 quadros e as 29 fotografias que irão decorar a livraria Do Arco da Velha até 30 de setembro são resultado de cliques realizados nos dois últimos anos. São recortes de atividades e da tra-dição gauchescas observadas em Caxias: gineteadas, rodeios e deta-lhes de trajes característicos.

Gauderiando na Fotografia Sedenir Aristides Taufer.

SEG-SEX.09:30-20:30. SÁB.10h-20h. Livraria Do Arco da Velha.

* O colunistaMarcelo Aramis(Camarim) estáem férias.

O grito das formas e o rastro das coisas Jaque Pauletti. Abertura QUA. (26). A partir de QUI. (27). SEG.-SEX. 9:00-12:00 e 13:30-19:00. SÁB. 9:00-15:00.

CXJ17092012 Theo Bennett. SEG. – SEX. 8:00 às 22:00. Campus 8

Arte Postal Coletiva. SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 15:00-19:00. Ordovás

A cor da luz no Olhar de Mauro de Blanco Mauro de Blanco. TER.-SÁB. 9:00-17:00. Museu Municipal

Cartas de Amor Sérgio Lopes. SEG.-SEX. 8:30-18:00. SÁB. 10:00-16:00. Galeria Municipal

Monumentos de uma trajetória Bruno Segalla. SEG.-SEX. 9:00-12:00 14:00-17:30. Instituto Bruno Segalla

O homem, a terra e os usos e costumes da Província do Rio Grande de São Pedro do Sul Jean Baptiste Debret. (Reproduções). SEG.-SEX. 9:00-19:00. SÁB. 9:00-12:00. Farmácia do Ipam.

Gênese Coletiva. SEG.- SEX. 9:00 às 19:00. SÁB. 15:00 às 19:00. Ordovás

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A

Carol De BarBa

Design, materiais e técnicas sustentáveis, responsabilidade e compromisso com os recursos naturais, trabalho colaborativo e engajado. Essas são palavras sa-gradas para a tribo da Ora+, que lança sua nova coleção, Indya-nos, na segunda (24), por meio de vídeolançamento na internet (www.lancamento.oramais.com.br). São bolsas em lona reciclada, camisetas em algodão orgânico, linho e bambu, acessórios em lã e madeira, pufes e almofadas. Os produtos, desenvolvidos pelos de-signers Francisco Ailton dos San-tos e Rodrigo Schiavenin, serão vendidos em diversas lojas e pelo e-commerce da marca. O Parque Ecológico Cruzeiro do Sul serviu de locação para as fotos da cam-panha, clicadas Carlos Pontalti, com produção de Pepe Pessoa.

Criança ama ganhar brinquedo, mas perde roupa – um dos pre-sentes favoritos dos pais – fácil, fácil nessa fase em que não para de crescer. Por isso, a marca ca-xiense Dedeka resolveu unir os dois produtos em um só, criando presentes interativos. Tem pijama com jogo de tabuleiro na camise-ta, para identificar a sombra certa, encontrar os caminhos... e ainda vem com uma cartela imantada, que imita aquelas antigas bonecas de papel, lembra?

Consciência

Dia da Criança

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cinemAs:cinÉpolis. AV. RIO BRANCO,425, SÃO PELEGRINO. 3022-6700. seG.QuA.Qui. R$ 12 (MATINE), R$ 14 (NOITE), R$ 22 (3D). TER. R$ 7, R$ 11 (3D). sex.sÁB.dom. R$ 16 (MATINE E NOITE), R$ 22 (3D). MEIA-ENTRADA: CRIANÇAS ATÉ 12 ANOS, IDOSOS (ACIMA DE 60) E ESTUDANTES, MEDIANTE APRESENTAÇÃO DE CAR-TEIRINHA. | Gnc. RSC 453 - kM 3,5 - SHOPPING IGUATEMI. 3289-9292. seG. QuA. Qui.: R$ 14 (INTEIRA), R$ 11 (MOVIE CLUB) R$ 7 (MEIA). teR: R$ 6,50. sex. sAB. dom. Fer. R$ 16 (INTEIRA). R$ 13 (MOVIE CLUB) R$ 8 (MEIA). sAlA 3d: R$ 22 (INTEIRA). R$ 11 (MEIA) R$ 19 (MOVIE CLUB) | ordovÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAzzOLO. 3901-1316. R$ 5 (INTEIRA). R$ 2 (MEIA) |

mÚSiCa:ArenA. BRUNO SEGALLA, 11366, SÃO LEOPOLDO. 3021-3145. | aRiStoS. AV. JúLIO DE CASTILHOS, 1677, CENTRO 3221-2679 | Bier HAus. TRONCA, 3.068. RIO BRANCO. 3221-6769 | Boteco 13. DR. AUGUSTO PESTANA, S/N°, LARGO DA ESTAÇÃO FÉRREA, SÃO PELEGRINO. 3221-4513 | Bukus Anexo. RUA OSMAR MELETTI, 275. CINqUENTENáRIO. 3215-3987 | colvAle. RUA CORONEL FLO-RES, 172, CENTRO. 3021-1687 | cond. RUA ANGELO MURATORE, 54, BAIRRO DE LAzzER. 3021-1056 | HAvAnA. DR. AUGUSTO PESTANA, 145. MOINHO DA ESTA-ÇÃO. 3215-6619 | level cult. CORONEL FLORES, 789. 3223-0004. | miSSiSSippi. CORONEL FLORES, 810, SÃO PELEGRINO. MOINHO DA ESTAÇÃO. 3028-6149 | nox versus. DARCy zAPAROLI, 111. VILAGGIO IGUATEMI. 8401-5673 | paiol. FLORA MAGNABOSCO, 306. 3213-1774 | plAce des sens. 13 DE MAIO, 1006. LOURDES. 3025-2620 | portAl BowlinG. RST 453, kM 02, 4.140. DESVIO RI-zzO. 3220-5758 | SaRaU. CORONEL FLORES, 749. ESTAÇÃO FÉRREA. 3419-4348 | teAtro municipAl. DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 | vAGÃo ClaSSiC. JúLIO DE CASTILHOS, 1343. CENTRO. 3223-0616 |

teatRoS:centro comunitÁrio BAirro JArdim eldorAdo. ARMANDO CLAUDINO CANALLI, 957. 3283-3087 | cooperAtivA vitivinícolA ForQuetA. AV. LUIz FRANCIOSI SÉRIO, 350. 9985-3275 | escolA municipAl mAriA ArAci trin-dAde roJAs. AV. MODESTO DIAS DOS SANTOS, 450. 3211-1544 | escolA mu-nicipAl preFeito luciAno corsetti. TRAVESSA VACARIA, 248. kAySER. 3901-1301 | teAtro do sesc: RUA MOREIRA CÉSAR, 2462. 3221-5233 | teAtro municipAl. DOUTOR MONTAURy, 1333. CENTRO. 3221-3697 |

GaleRiaS:cAmpus 8. ROD. RS 122, kM 69 S/Nº. 3289-9000 | espAço culturAl dA cristiAne mArcAnte decorAçÃo. FEIJó JUNIO, 1006. VIA DECORATTA | FArmÁciA do ipAm. DOM JOSÉ BAREA, 2202, EXPOSIÇÃO. 4009.3150 | Ga-leriA municipAl. DR. MONTAURy, 1333, CENTRO, 3221-3697 | instituto Bruno seGAllA. R. ANDRADE NEVES, 603. CENTRO. 3027-6243 | museu municipAl. VISCONDE DE PELOTAS, 586. CENTRO. 3221-2423 | ordovÁs. LUIz ANTUNES, 312. PANAz zOLO. 3901-1316 |

LEGENdADuração Classificação Avaliação ★ 5 ★ Cinema e TeatroDublado/Original em português Legendado Ação Animação Artes Circenses Aventura Bonecos Comédia Documentário Drama Fantasia Ficção Científica Infantil Musical Policial Romance Suspense Terror

MúsicaBlues Coral Eletrônica Erudita Funk Hip hop Indie Jazz Metal MPB Pagode Pop Reggae Rock Samba Sertanejo Tradicionalista Folclórica

DançaClássico Contemporânea Flamenco Folclore Forró Jazz Dança do Ventre Hip hop Salão

ArtesAcervo Desenho Diversas Escultura Fotografia Grafite Gravura Pintura

ENdERE OS

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TêNISFuture de Tênis 100 anos do Recreio da JuventudeSEX (21). SÁB (22). DOM (23). SEG (24). 10:00. Recreio da Juventude

NATAçÃOAulão de HidroginásticaSÁB (22). 14:00. Recreio da Ju-ventude – Sede Guarany

FUTSALCopa D’ItáliaDOM (23). 12:00. Recreio da Juventude

estÁdio AlFredo JAconi: HÉRCULES GALLó, 1547 | estÁdio centenÁrio: THOMáS BELTRÃO DE qUEIROz, 898 | recreio dA Juventude: ATÍLIO AN-DREAzzA, 3525 | recreio dA Juven-tude – sede GuArAnY: FúLVIO MIN-GHELLI, S/N°, BAIRRO SALGADO FILHO

ARQUIBANCADAGinástica na áGua, futsal e tênis | Grenás buscam recuperação | juVentude focado na copinha

+ ESPORTE

Buscar a recuperação se tornou uma rotina para o Caxias na Série C. Após a derrota por 4 a 0 para a Chapecoense (SC) no domingo (16), atletas e diretoria fizeram um pacto para tentar a classifi-cação à próxima fase. Para isso, é funda-mental garantir a vitória já no domingo (23), contra o Tupi (MG), no Centená-rio. Para essa partida, o zagueiro Lino é desfalque, por ter levado o terceiro car-tão amarelo em Chapecó.

DOM (23). 15:30. R$ 10. Centenário

Passada a tristeza pela eliminação na Série D e feita a primeira etapa de reformulação no elenco, o Juventude aposta todas as suas fichas na Copa Hélio Dourado, a famosa Copinha, organizada pela Federação Gaúcha de Futebol, para garantir vaga na quarta divisão nacional em 2013. A próxima partida é diante do Ypiranga, líder do grupo, no Alfredo Jaconi. O time alviverde já tem uma espinha dorsal formada pelos principais jogadores da Série D, e deve ganhar o reforço de alguns atletas das categorias de base.

SÁB (22). 16:00. R$ 10.Estádio Alfredo Jaconi

Caxias corre atrás do prejuízo

Ju vai com tudo na Copa Hélio Dourado

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ESTADO DO RIO GRANDE DO SULPODER JUDICIÁRIO

Edital de Citação - Cível 5ª Vara Cível - Comarca de Caxias do Sul

Prazo de: 20 (vinte) dias. Natureza: Declaratória Processo: 010/1.08.0013748-8 (CNJ:.0137481-38.2008.8.21.0010). Autor: Somacal Auto Som Ltda. Réu: Adriano Sartori. Objeto: CITAÇÃO de Adriano Sartori, atualmente em lugar incerto e não sabido, para, no PRAzO de qUINzE (15) dias, a contar do tér-mino do presente edital (art. 232, IV, CPC), contestar, querendo, e, não o fazendo, serão tidos como verdadeiros os fatos articulados pelo autor na inicial.

Caxias do Sul, 02 de agosto de 2012. SERVIDOR: Rosane zattera Freitas. JUIz: zenaide Pozenato Menegat.

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rafaelMaChaDo

ARENA

Da D para a B

De arrepiar

Gestão profissional

Muita calma nessa hora

Na terça (18), o depar-tamento de marketing do Juventude e a escola de futebol do clube realizaram uma ação em comemoração ao Dia da Árvore. Foram plantadas no Centro de Treinamen-tos alviverde 100 mudas de árvores, em alusão aos 100 anos do Juventude.

O desempenho do Caxias na Série C não permite sonhar com a classifica-ção à próxima fase, que dirá com o acesso. A não ser que haja uma revira-volta total. Tomara.

Pensando na Copinha

Situação embaraçosa

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O lateral direito Raulen, que disputou a Série D do Brasileiro pelo Juventude, foi anunciado na segunda-feira (17) como re-forço do ABC (RN) para a dis-puta da Série B do campeonato nacional. Apesar de, em uma análise geral, ter deixado a dese-jar, ele teve atuações muito boas pelo alviverde na quarta divisão. Tem tudo para dar certo no clu-be potiguar, onde chega para disputar posição com o titular Pedro Silva.

Chegou a me dar um frio na barriga quando ouvi o comercial do Juventude no rádio. Começa normal, convocando os torce-dores a se manterem unidos e continuar apoiando o clube, mas, em seguida, chega a as-sustar. O texto diz que a torcida não precisa se preocupar, que o clube não vai fechar as portas. Tenho certeza que isso não vai acontecer, afinal, há clubes com dificuldades muito maiores que conseguem, mesmo aos trancos e barrancos, se manter na ativa. Mas confesso que não imagina-va que um dia ouviria isso vindo do próprio clube, que tem uma história vitoriosa.

O presidente do Cam-pinense (PB) prometeu um “bicho” de R$ 120 mil para os jogadores do clube caso conquistem o acesso à Série C. O deta-lhe é que os salários estão atrasados.

Na terça-feira (18), o diretor de futebol do Juventude, Luiz Carlos Ghiotti, afirmou que, na semana anterior à partida de volta entre o clube e o Cianorte (PR), Picoli, técnico do Caxias, entrou em contato com dois jo-gadores alviverdes, questionan-do se eles teriam interesse em jogar no clube grená. Ghiotti não quis revelar os nomes dos atletas, mas se disse magoado pela iniciativa do técnico, for-mado nas categorias de base do Juventude e que começou a car-reira de treinador no clube. Pi-coli disse que só se pronunciaria sobre o assunto em entrevista coletiva na sexta-feira (21), após o fechamento desta edição.

O péssimo rendimento do Caxias diante da Cha-pecoense (SC) (foto), mais do que criar um clima de tensão no Centenário, motivou uma dura e lon-ga conversa do presiden-te Osvaldo Voges com os atletas. Ao final, o presi-dente afirmou que todos firmaram um “pacto pela recuperação”. Atitude ne-

cessária, e torço para que tenha sido tomada no tem-po certo. Acho que o mo-mento era própício para mudanças no grupo, mas como a diretoria optou por manter o plantel, fica a esperança de que o pacto seja levado a sério. É hora de ter pés no chão, humil-dade, trabalho e vontade de mudar as coisas.

Dentro de campo, o gru-po de jogadores do Juven-tude já está concentrado na Copa Hélio Dourado. De acordo com Lisca, a ideia é manter uma base ti-tular com os jogadores que ficaram após a eliminação da Série D, junto a atletas que estavam no time B e das categorias de base. Ele

não descarta a contratação, ainda durante a compe-tição, de 5 a 6 reforços, já visando o Gauchão 2013. E garante que o grupo vai com tudo em busca do tí-tulo, para garantir desde já a presença na Série D do ano que vem. O clube está ciente que tem mais gente de olho na vaga.

Esqueçamos as dificul-dades dentro de campo. O Juventude demonstrou maturidade e visão de fu-turo ao anunciar as mu-danças na gestão do clube, que começa a se profissio-nalizar. A partir de 1º de outubro, Emir Alves da Silva, ex-pró-reitor admi-nistrativo da UCS, com ex-periência em gestão e ma-rketing esportivo, assume como superintendente ad-

ministrativo. No cargo de superintendente de fute-bol, Alexandre Barroso já está na ativa. Os diretores e vice-presidentes de pas-tas específicas deixam seus cargos e passam a integrar o Conselho de Gestão jun-tamente com o presidente Raimundo Demore, onde serão definidas metas e di-retrizes. Passo importante para garantir um bom fu-turo ao clube.

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Criançada

Feira de ArteA Europa é destino de muitos profissio-nais que desejam não apenas ganhar co-nhecimento, mas vivenciar a experiência de estar em um espaço que reúne não só a arquitetura, mas o design – no sentido mais amplo que o termo pode ter – de diversos períodos da história. O arquiteto Rodri-go Romanini esteve recentemente no Ve-lho Mundo, onde passou pelas cidades de Amsterdã, Berlim e Barcelona, e conta para a coluna como foi essa “arquitrip”:

“Com uma extensa lista de obras para visitar, rumei para o velho continente. Confrontar-se com os projetos de mestres como Mies (van der Rohe), (Hans) Scha-roun e (Renzo) Piano sempre causa um certo grau de apreensão e sensação de pe-quenez diante de tamanha capacidade de resolver um projeto de maneira tão natural, eficiente e bela.

Mas é caminhando pelas ruas de Borneo

Island (Amsterdã), Mitte (Berlim) e Mon-tjuïc (Barcelona) que fica clara a frase de Hélio Piñon: ‘A arquitetura não tem a ver com o tamanho do trabalho nem a natu-reza do programa, senão com a dignidade e a qualidade da solução’. É com projetos de grande qualidade arquitetônica, bem inseridos na malha urbana, que ocorreram importantes transformações nessas cidades e no modo como as pessoas se relacionam – entre si e com o entorno.

Clareza de ideias, atenção aos detalhes e vontade de fazer uma cidade melhor para todos parecem ser itens comuns a arquite-tos e políticos naquele continente.

Para quem buscava olhar apenas para a arquitetura, ficou uma importante lição: ela está nas obras, que são importantes para desenvolver certos locais, porém, mais do que isso, está na sua apropriação pelos ci-dadãos e na vontade de que amanhã seja sempre melhor para todos.”

Cores e elementos cria-tivos devem predominar nos quartos das crianças, afinal, elas precisam ex-plorar o espaço e a cria-tividade com total liber-dade nessa fase da vida. Além do descanso e do aconchego para dormir, pode-se deixar o ambien-te também estimulante para brincadeiras e es-tudos. Para isso, procure decorar o ambiente com luminárias, abajures, mó-biles e quadros coloridos e divertidos. Quanto à iluminação, dê preferên-cia à natural, principal-mente no verão, que faci-lita a entrada de ar. Para as cores das paredes, opte por tons neutros e invis-ta em toques de cores na cortina, tapete, prateleiras e brinquedos, para dar vida ao quarto.

A 1ª Feira Coletiva de Arte da 005 Arte (ideia produtiva que reúne 13 artistas e a curadora Mona Carvalho) conti-nua em cartaz até outu-bro, na Vitrine Cultural da Casa da Cultura (tér-reo do prédio). Além de comprar obras, o público pode acompanhar os ar-tistas em plena produção e participar de outras ati-vidades culturais voltadas às artes plásticas, sem-pre nas quintas à noite. Acompanhe a programa-ção pela www.facebook.com/005arte ou solicite-a por e-mail: [email protected].

Arquitrip: história, estética e integração

La Pedrera-Gaudí, Barcelona | Filarmônica Scharoun, Berlim |

Borneo Island, Amsterdã |

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ESTANTE

Inspiração

Além de incolor, a linha de vidros transparentes também conta com as cores azul, verde, bronze e fumê e linha translú-cida, com Fortelux, Fortelux Quadriculado, Antílope, Qua-drato, Impresso, Astral Plus.

Fechar uma área pode ser uma necessidade, mas não é preciso isolar o espaço. Com o vidro, a casa não perde a luminosidade nem a beleza do ambiente.

O envidraçamento conta com dois sistemas: o de Re-colhimento Total e o Tradicional. Enquanto o Recolhi-mento Total trabalha com abertura total do vão, desli-zando com facilidade, o Tradicional permite abertura parcial do vão e possui travamento com chaves.

CORES

LUZ

SEGURANÇA

Reconhecido mundialmente por seus adesivos artís-ticos e sustentáveis – uma alternativa barata, prática e dinâmica de mudar o visual de qualquer ambiente –, o designer francês Antoine Tesquier Tedeschi, da Hu2 Design, expõe seus novos trabalhos até 29 de setem-bro no Conjunto Nacional, em São Paulo, com entrada gratuita. Para quem já está com viagem marcada para o centro do país, visitar a mostra é uma boa pedida. Senão, vale fuçar no www.hu2.com para se inspirar. E se a ideia agradou, em Caxias, a designer Paulinha Su-zuki faz um trabalho personalizado muito bacana com adesivos. O contato dela: 3538-5753.

“Saber reaproveitar objetos, dando uma nova função para eles. Por exemplo, pegar um disco de vinil e criar quadros legais para colocar na parede, ou fazer uma estampa com almofadas.”

Retrofit

Peças consagradas“Conseguir comprar uma peça, como

poltrona, luminária, abajur, com um de-sign consagrado, que consiga surpreender positivamente.”

por Taís Cervelin, arquiteta

O TIL

O AGRAD VEL Box para banheiro | Vidro Certo |

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Quiosques e piscinas | Vidro Certo | preços diversos

Envidraçamento de sacada | Vidro Certo | preços diversos

Além de valorizar o jardim, destaca a paisa-gem do local como um todo. Para a instalação dos telhados, é necessá-rio um técnico especia-lizado, que vai garantir uma ótima vedação e segurança.

VISIBILIDADE

Cercas de vidro e telhados | Vidro Certo | preços diversos

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