educaÇÃo inclusiva dos cadeirantes um estudo de caso …
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MARIA ANGELA DA SILVA
EDUCAÇÃO INCLUSIVA DOS CADEIRANTES
Um estudo de caso em uma Escola de Igarapé-Açu
Data da Aprovação: 02/07/2015
Banca Examinadora:
___________________________ Orientadora Esp. Cláudia Waléria da Silva Ferreira
Universidade Federal Rural da Amazônia / PARFOR
___________________________ Membro 1 Esp. Júlio César da Silva Corrêa Faculdade da Amazônia – FAAM
__________________________ Membro 2 Nelma da Costa Brito
Universidade Federal Rural da Amazônia / PARFOR
IGARAPE AÇU 2015
Dedico este trabalho especialmente a minha filha Marili, por estar sempre
presente durante este trabalho e não medir esforços para contribuir na qualificação
de minha pesquisa.
Aos meus pais que embora tenham partido antes desta conclusão sempre me
deram total apoio me incentivando a não desistir no meio do caminho.
A toda minha família por me incentivar e acompanhar em todo este percurso
compreendendo muitas vezes a minha falta a seu lado, mas que torcendo
incansavelmente para que eu chegasse até aqui.
AGRADECIMENTOS
Pela sua incomensurável benevolência ao nos Proteger e iluminar, dando-nos
agora a oportunidade de expressar a nossa sincera gratidão.
Que as vossas divinas mãos continuem a nos abençoar no decorrer de nossa
futura jornada.
Aos meus saudosos pais
Que mesmo de longe fazem-me sentir a sua presença, auxiliando-me nas
horas, mais difíceis compartilhando dos meus ideais. Dedico-lhes com a mais
profunda admiração e respeito esta vitória.
A minha orientadora
Por partilhar comigo os seus conhecimentos, dando-me condições
necessárias para traçar metas, satisfazendo meus ideais profissionais e com alegria
alcançar minha vitória.
A meus filhos e irmãos
Pelo milagre da vida e o conforto do amor, pela lição de modéstia que sempre
me incentivou retribuo com o meu triunfo, afeto e carinho, em sentirem meu coração
palpitando de alegria.
A UFRA/ PARFOR
Por nos acolher e abrigar durante estes anos que serviram de preparação pra
nossa formação. Tributo aqui meus sinceros agradecimentos levando comigo a
saudade dos dias vividos em união com os amigos.
Aos professores
Ao sentirmos nossos corações palpitarem pela vitória alcançada, lançamos os
nossos protestos de afeto e gratidão aqueles, que ao partilharem conosco os seus
conhecimentos, nos deram as condições necessárias ao traçado de nossas metas
para melhor satisfação de nossos ideais profissionais e humanos.
Agradeço aos demais que de uma forma ou de outra me auxiliaram a chegar
até aqui.
RESUMO
Este trabalho baseia-se na Acessibilidade de alunos portadores de necessidades
especial e física, tendo como título: EDUCAÇÃO INCLUSIVA DOS CADEIRANTES:
Um estudo de caso em uma Escola de Igarapé-Açu: na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Germano Melo. Trata-se de um assunto muito polêmico e
preocupante, para todas as redes de ensino, visto que encontram-se despreparadas
estruturalmente e pedagogicamente, para acolherem estes alunos com segurança,
sem contar com o despreparo de professores para receberem alunos com tais
limitações, físicas ou mentais. A escola tem uma estimativa de 571 alunos, sendo
estes do ensino fundamental I e ensino Fundamental II, dentre os quais um é
cadeirante, Neste processo de acessibilidade, pesquisou-se em alguns teóricos,
subsídios necessários para compreender como a socialização escolar influencia no
aprendizado deste aluno. Utilizou-se entrevistas com: a diretora, a pedagoga e as
professoras, para verificarem se a escola está preparada para atender a este aluno
já matriculado, para averiguar as barreiras ou dificuldades que os pais do aluno
enfrentam, procurou-se conhecer os recursos que são utilizados para a realização
de tarefas para o aluno e comunidade escolar. Para que este trabalho tenha
fundamentos de qualidade, grandes teóricos se destacaram, Bobbio, Carvalho,
Carneiro, Figueiredo, Gil, Lakatos, Marconi os quais forneceram-nos subsídios sobre
a integração e interação de alunos portadores de necessidades especiais e
particularmente a acessibilidade. Através das respostas obtidas na entrevista será
possível afirmar que somente persistindo no tema da acessibilidade que estando
relacionadas com o bem estar da sociedade na qual estamos inseridos e que de
uma forma ou de outra sofrem exclusões tanto social, psicológica cultural e muitas
vezes familiar.
PALAVRAS-CHAVE: Necessidades Especiais, Deficiência Física, Criança, Escola e
Acessibilidade
Abstract
This work aims to study the levels of accessibility offered to people with reduced
mobility and special education inclusion in the areas of education at “Germano Melo”
Brazilian public school in Igarapé-Açu town (PA), focusing on wheelchair users
students. All areas of education in that public school as: builds, fields of study, sport,
restrooms and among others, must be accessible to use.to the „wheelchair users
students‟ at the same public school there are not schoolteachers prepared to attend
them when necessary. At “Germano Melo” public school there are for about 571
students registered in it and among these ones there is one „wheelchair user. In this
work we researched about some theorist as: Bibblio, Carvalho, Ram, Figueiredo, Gil,
Lakatos, Marconi as for as interviewed a principal, pedagogical educators and
schoolteachers about our theme EDUCATION INCLUSION OF WHEELCHAR
USERS. Therefore, through the researches and interviews was possible identify the
great difficult to people with reduced mobility to move in the areas of education
at“Germano Melo” public school and understand their values as special citizen living
among us in a common community.
KEYWORDS: Special Education Inclusion, People Reduced Mobility, Children,
Public School and Accessibility.
SUMÁRIO
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................................. 9
2 A CRIANÇA CADEIRANTE, O ESPAÇO E TEMPO DA SALA DE AULA. ....................... 13
2.1. Breve histórico da Educação Especial no Brasil. ................................................... 14
2.2. O cadeirante e as dificuldades do dia-a-dia familiar e social. ............................... 20
2.3. Causas que conduzem a criança e a cadeira. .......................................................... 22
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................................. 24
3.2 Tipo de Estudo .............................................................................................................. 24
3.2 Objeto da Pesquisa ...................................................................................................... 24
3.3 Participantes da Pesquisa ......................................................................................... 24
3.4. Instrumentos de Coleta de Dados ............................................................................. 25
4 DESCRIÇÃO E ANALISE DOS DADOS ............................................................................. 27
4.1 Análise dos resultados ................................................................................................ 27
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 31
REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 35
APÊNDICE A.................................................................................... Erro! Indicador não definido.
APÊNDICE B ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
APÊNDICE C ..................................................................................... Erro! Indicador não definido.
ANEXO A .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
ANEXO B .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
ANEXO C .......................................................................................... Erro! Indicador não definido.
9
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
O projeto de pesquisa em questão justifica-se pela necessidade e interesse
de se realizar um estudo acerca da realidade situacional da acessibilidade nas
escolas públicas municipais urbanas, localizadas na sede do Município de Igarapé-
Açu, Nordeste do Estado do Pará.
O tema decorre de questões levantadas a partir de uma pesquisa realizada
em uma escola urbana do município de Igarapé-Açu, a questão da acessibilidade,
tornando-se necessário a importância de realizar um perfil detalhado da referida
escola com o intuito de mobilizar as autoridades competentes para esta temática
incentivando um amplo acompanhamento no que diz respeito a estrutura física desta
escola. Por meio deste será possível verificar o acompanhamento e a acessibilidade
de alunos com deficiência física, se estes conseguem ter acesso a uma educação
de qualidade ofertada pelo Município.
Por isso, considera-se este trabalho relevante, tanto para o cumprimento da
etapa do Trabalho de Conclusão de Curso - TCC, quanto como contribuição para
implantação das práticas acessíveis.
A Educação Especial, na perspectiva da inclusão no contexto atual torna-se
imprescindível como proposta para praticar o acolhimento e a educação de pessoas
com deficiência, transtornos e dificuldades educacionais.
Diante do exposto, questiona-se: qual a realidade situacional da
acessibilidade nas escolas públicas municipais urbanas do município de Igarapé-
Açu.
Investigar a realidade situacional da acessibilidade da rede em escolas
públicas urbanas do município de Igarapé-Açu, este trabalho tem por objetivo,
Identificar a concepção de Educação Inclusiva junto aos educadores da escola,
Verificar como se dá a acessibilidade dos alunos com deficiência nas escolas da
rede municipal; Desvelar a relação entre professor e aluno, aluno-aluno com
necessidade de acessibilidade; Verificar como as autoridades estão trabalhando a
questão da acessibilidade nas escolas municipais de Igarapé-Açu, defendendo que
toda criança deficiente tem direito a acessibilidade no espaço escolar levando em
conta a necessidade de concretização e combate ao preconceito escolar. A criança
com deficiência pode desenvolver atividades diversas valorizando a capacidade e a
forma de atuação dos pais e professores.
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Mediante observações encontradas na dificuldade da família e
consequentemente da escola em lidar adequadamente com crianças que
apresentam tais deficiências, particularmente a deficiência física sente-se a
necessidade de ampliação nos estudos a respeito do tema.
Desta forma, busca-se uma sociedade que seja mais interativa ao nos
depararmos com a acessibilidade, um fator a ser integrante do processo inclusivo
que constitui um desafio a ser superado, pois encontramos muitas dificuldades e
barreiras a serem enfrentadas para que se consiga o acesso necessário e as
práticas pedagógicas nos professores que atuam nesta área.
O presente estudo teve um enfoque qualitativo e quantitativo, onde através
de uma pesquisa para a obtenção de coleta de dados foram utilizadas informações a
serem analisadas construindo de maneira segura e objetiva a pesquisa.
Tratando-se das pesquisas com enfoque quantitativo tem-se que o
pesquisador utiliza-se “coleta de dados para testar hipóteses com base na mediação
numérica e na análise estatística para estabelecer padrões de comportamento”.
(MARCONI, LAKATOS, 2003, p.5)
Entende-se também sobre enfoque quantitativo o que busca lidar com
quantidades relativamente em determinado padrão de comportamento que necessita
de uma coleta de dados a utilização de números, por exemplo, em uma contagem
de aproximação de uma porção territorial de massa, como neste estudo trata-se de
uma escola, utilizou-se o sistema de amostragem.
Outro enfoque utilizado foi o qualitativo, onde se utilizou “coleta de dados
sem mediação numérica para descobrir ou aperfeiçoar questões de pesquisa e
poder ou não provar hipóteses em seu processo de interpretação”. (GRINNEL, apud,
SAMPIERE, 2006, p.5)
Por enfoque qualitativo entende-se aquele que busca qualidade sem se
importar com a quantidade nem com hipóteses buscando o melhor da pesquisa
sendo esta clara e precisa, procurando alcançar medidas fundamentadas e não
numéricas provando ou não o potencial da pesquisa, coletando dados informativos e
não quantitativos. Cabe ao pesquisador elaborar questões abrangentes em busca do
potencial de melhorias para que sua entrevista seja bem sucedida e proveitosa
focando no problema encontrado, buscando soluções para o mesmo a medida que
sua pesquisa avance sendo bem qualificada e explorada.
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Ainda sobre a metodologia tem-se que na concepção de Marconi, Lakatus
(2003, p.17) asseguram que “(...) a metodologia significa introduzir o discente no
mundo dos procedimentos sistemáticos e racionais, base da formação tanto do
estudioso quanto do profissional, pois ambos atuam além da prática, no mundo das
ideias.”.
Dessa maneira este estudo será dividido em três etapas, a saber: estudo
bibliográfico, coleta e análise de dados à luz do referencial teórico, e, por fim, a
conclusão deste estudo.
A primeira etapa refere-se ao estudo bibliográfico, com fundamentação do
pensamento dos autores, bem como uma análise na realidade situacional da
Educação Inclusiva.
A segunda, refere-se a coleta e análise dos dados que aconteceram por
meio de questionários e entrevistas, pois, segundo GIL (2002), “questionário é um
conjunto de questões que são respondidas por escrito pelo pesquisado”. (p.115)
Considerando-se que utilizou-se questionários como coleta de dados,
precisamente este deve conter informações, práticas, necessárias, objetivas
dependendo de quem o utilizar, subjetivas para melhor exploração do enfoque das
perguntas e também do entendimento do portador de tais questões. Para tanto, o
entrevistador deve levar em consideração as respostas obtidas, sem danificar nem
ofuscar as respostas com entendimento rebuscado e mal interpretado, mantendo-se
distante do ser que estiver respondendo suas questões, para não constranger com
intuições ou suposições.
Nesta fase também utilizou-se entrevistas que, por sua vez, podem ser
entendidas como a técnica que envolve duas pessoas numa situação “face a face” e
em que uma delas formula questões e a outra responde.
Sobre entrevistas, Gil (1999), aponta que é “uma forma de interação social.
Mais especificamente, é uma forma de diálogo assimétrico, em que uma das partes
busca coletar dados e a outra se apresenta como fonte de informação.” (p.117)
Desse modo, uma entrevista ocorre em um diálogo formal entre partes
interessadas em um determinado assunto ou tema, que contenham informações
tanto para a pessoa que faz a entrevista, quanto para quem interessar a mesma,
sendo que a entrevista acontece por uma ou mais pessoas das quais serão
coletados informações que darão subsídios para a elaboração de texto ou
simplesmente trabalho pessoal de estudo, mas com informações precisas e
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coerentes e respostas compreensíveis, informativas, adequadas, sucintas,
condizentes com as perguntas relativamente bem elaboradas e formuladas para um
bom resultado de trabalho.
Para este dois instrumento utilizou-se formulários que podem ser definidos
como “a técnica de coleta de dados em que o pesquisador formula questões
previamente elaboradas e anota as respostas”. (GIL, 2002, p.115)
Após a coleta de dados estes serão analisados sob a luz do referencial
teórico selecionado por meio do estudo bibliográfico tendo em vista que para melhor
compreensão dos dados buscou-se provas como recurso para as informações da
pesquisa, sobre determinados temas abordados, que relacionados podem facilitar a
obtenção de análises objetivas, precisas e coerentes com o tema em questão.
Diante do exposto, a pesquisa terá caráter exploratório e descritivo tendo em
vista que no primeiro capitulo, de acordo com Gil (2010) apesar de sua
complexidade de caracterizá-lo podem identificá-los em “pesquisas bibliográficas,
estudos de caso e mesmo levantamentos de campo que podem ser considerados
estudos exploratórios”. (p.27)
O segundo capitulo, são aquelas que visam descobrir a existência de
associações entre variáveis como, por exemplo, as pesquisas eleitorais que indicam
a relação entre Preferência político-partidária e nível de rendimentos ou de
escolaridade.
Por melhor compreensão a pesquisa foi realizada em uma escola urbana
pública municipal na cidade de Igarapé-Açu e os sujeitos da pesquisa foram 01
diretor, 01 coordenador pedagógico, 01 professor, que por meio de questionário
deram seu relato sobre a questão da acessibilidade na escola em que trabalham e
como ela foi possível, por quais órgãos ou projetos veio a esta escola os recursos
necessários para esta implantação.
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2 A CRIANÇA CADEIRANTE, O ESPAÇO E TEMPO DA SALA DE AULA.
É importante que a socialização de alunos ditos normais e os alunos com
necessidades especiais, NE, aconteça desde os primeiros dias de aula e se na
escola houver outras crianças portadoras de necessidades especiais, mesmo que
sejam elas de outras modalidades, é imprescindível a sua presença, pois através
desta socialização os professores buscarão observar a reação dos outros alunos em
relação aos NE, neste caso os professores devem proporcionar atividades,
interativas levando os alunos a se conhecerem, principalmente os que fazem parte
da sua classe ou seja da sala, incentivando-os a trabalharem em conjunto ou
mesmo equipes que sejam inseridos o/ou os alunos especiais ou cadeirante como
vem a ser o caso a ser conduzido aqui, para que em conjunto não haja exclusão ou
descriminação, mostrado assim que mesmo com as diferenças e limitações o/ou os
alunos também aprendem e participam das atividades, sendo estas apropriadas
para o mesmo.
O professor deve procurar observar ao mesmo tempo os trabalhos, o
desempenho, o comportamento que este aluno apresenta no grupo em que está
inserido, procurando mantê-lo sempre envolvido com as atividades, desenvolver
trabalhos utilizando como matéria filmes educativos, jogos e a ludicidade
principalmente, pois assim os demais alunos conhecerão melhor o colega e o
acolhimento será bem mais aceito e diversificado para todos.
Em sala, já enturmado com os colegas o aluno com NE, não encontrará
problemas em pedir a colaboração dos colegas quando lhe convier, já que todos lhe
conhecem e conhecem assim as limitações do cadeirante, com este motivo não
pouparam esforços em lhes prestar ajuda física e, se em sala tiver espaço suficiente
para que este aluno possa transitar com sua cadeira, então será bem mais fácil a
sua adaptação, pois não será necessário que busque sempre por ajuda em
pequenas coisa, ele mesmo fará este percurso dentro da sala de aula.
Quanto a escola em sua estrutura, ou seja seu espaço interno como; área de
lazer, recreação, jardim se a escola tiver um, horta, quadra de esporte e até mesmo
a entrada nas salas de informática, de leitura, o refeitório, a diretoria e a secretaria
se todos estes locais já estiverem com seus espaços acessíveis, o aluno cadeirante
não encontrará problema algum em se locomover até eles, caso esteja necessitando
14
chegar a estes locais, pois sua cadeira poderá conduzi-lo a todas este as áreas sem
problema algum.
Em se tratando de ambiente escolar, estas adaptações são de estrita
importância e necessárias, uma vez que se tratando de uma edificação escolar não
adaptada, pode excluir crianças que venham a se matricular ou procurar uma
entrada nesta escola sendo portador de NE, neste caso a exclusão implicará no
direito que toda criança tem de receber o ensino aprendizado previsto por lei.
Analisando por desta forma e por este lado se vê o quanto a acessibilidade
tornou-se importante e necessária de forma geral para a sociedade educacional e
pública.
2.1. Breve histórico da Educação Especial no Brasil.
Reconstruindo a trajetória das pessoas com deficiência em nosso país
sabemos que muitos são os fatores que as caracterizam e maiores são as
dificuldades de inclusão destas nem nosso cotidiano tendo em vista que a
acessibilidade para adquirir os instrumentos não era possível para todos, nem tão
pouco o reconhecimento dessas dificuldades, principalmente quando se trata de
uma deficiência física, pois a pobreza em nosso país não permitia, e ainda dificulta
que muitas famílias tivesse condições financeiras suficientes para comprar uma
cadeira de rodas para um parente que dela necessitasse.
A Educação inclusiva, no decorrer da história da humanidade, foi construída
por meio de concepções sobre as deficiências „‟ evoluindo conforme as crenças,
valores culturais, concepção de homem e transformações sociais que ocorreram nos
diferentes momentos históricos” (BRASIL, 2001.p. 25) evidenciada pelas
necessidades de proporcionar a estas pessoas qualidade de vida.
No Brasil, como podemos perceber ao longo do tempo que há uma percentual
de pessoas que apresentam algum tipo de deficiência mental, física ou sensorial
como, por exemplo, os cadeirantes que para se locomoverem necessitam de cadeira
de rodas e em nosso país as dificuldades para se adquirir este meio de locomoção
não favorece a maioria da população pobre, pois sabe-se que estes matérias não
lhes são acessíveis gratuitamente.
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Em meados do século XIX encontra-se a fase da institucionalização
especializada; aqueles indivíduos que apresentavam deficiência eram segregados
nas residências, proporcionando uma “ educação‟‟ fora das escolas, “protegendo” o
deficiente da sociedade, sem que esta tivesse que suportar o seu contato.
A partir do século XX, gradativamente alguns cidadãos começam a valorizar o
público deficiente e emerge a nível mundial através de movimentos sociais de luta
contra a discriminação em defesa de uma sociedade inclusiva. Nesse período
histórico corroboram as criticas sobre as praticas de ensino da época conduzindo
também questionamentos dos modelos análogos do ensino aprendizagem, gerando
inclusão no cenário educacional.
No ano de 1959, houve uma manifestação de alguns pais que preocupados
com seus filhos procuraram reivindicar meios e apoio para melhorar o tratamento
dispensado aos filhos e parentes, na Dinamarca é que aconteceu esta revolução,
pois os pais entendiam que seus filhos eram capazes de aprender, bastava que
tivessem os ensinamentos adequados e especializados para o seu desenvolvimento
e que os mesmos eram capazes de estudar junto com as demais crianças ditas
normais.
Para o Brasil, que sempre teve dificuldades em educar os seus habitantes,
pois poucas eram as vagas e somente os filhos dos ricos tinham essa oportunidade,
considerava que os pobres não necessitavam de educação, pois eram vistos como
pessoas para os serviços, mais desprezíveis. Mas, ainda assim no Brasil-colônia a
pedido do Imperador foi construída uma escola para atender às pessoas com
necessidades especiais isto em 1854, criou-se no Rio de Janeiro o Império Instituto
dos Meninos Cegos que atualmente é o Instituto Benjamim Constant e até o final do
Império e inicio da Republica já havia seis Instituições para essa modalidade.
Atualmente existem inúmeras escolas para esta modalidade de ensino, mas
recentemente em 2004 foi sancionada a lei no governo de Fernando Henrique
Cardoso, que obriga a toda e qualquer instituição escolar a aceitar as crianças com
qualquer uma destas modalidades de deficiência.
Enquanto no Pará, o instituto “Felipe Smaldone”, que é uma instituição
católica filantrópica, esta especializada na educação de crianças e adolescentes na
faixa etária de 0 a 18 anos portadora de surdez, vindos de vários bairros, cidades,
distritos, municípios do estado do Pará, com a finalidade de educar e reabilitar estas
crianças ao convívio em sociedade. Assim a educação destas crianças no Pará, vem
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incentivando-as ao convívio e a aceitação nas escolas regulares com todos os
outros alunos ditos normais para a sua reabilitação plena em um modelo integrado e
inclusivo que complete as necessidades de cada um (BOBBIO,1992).
Em análise feita sobre a Educação Inclusiva desde meados dos séculos XVII
e XVIII é evidente a descriminação por parte de: família, escola e a sociedade de
uma forma geral, havia muita descriminação, principalmente pela ignorância das
pessoas em não estarem a par de uma situação como está e vê o outro como um
ser asqueroso e “feio”, assim sem as formas perfeitas de um cristão, poucas eram as
famílias que aceitavam seus filhos e acolhiam em suas casas temendo a
descriminação, em todo o mundo.
De acordo com BRASIL (2001) “na antiguidade as pessoas com deficiência
mental, física, e sensorial eram apresentadas como aleijados, mal constituídas,
débeis, anormais ou deformadas” (p, 25)
Com o passar dos anos e com as informações que se foi tendo e conforme
as crenças estas formas pejorativas foram sendo afastados e as pessoas e a
sociedade passaram a aceitar com carinho a hipótese de ajudar as crianças e jovens
com estas características é claro que tudo vem sendo feito através de muita luta
para se conseguir um lugar para estes cidadãos mesmo porque sempre parte de um
que tenha valores capitalistas, para procurar promover a comoção da sociedade e
dos governos, para tanto em meados do século XIX, e que foram surgindo a
institucionalização especializadas, onde as pessoas que viviam presas em suas
casas recebiam educação sem precisar sair para não serem vistas pela sociedade
que os descriminavam.
Somente a partir do século XX é que gradativamente a sociedade em parte
foi-se mobilizando e fazendo criticas e mobilizando o governo e as instituições para
aceitar tais cidadãos, pois são pessoas iguais a todas as outras. E ate os dias atuais
as lutas continuam para esta inclusão, pois o público em geral tem muito a aprender
para esta aceitação ser completa.
A cada dia se fortalece mais a inclusão dos ditos anormais, historia datam
das antigas antes de Cristo que as crianças que nasciam com algumas
anormalidades eram lançadas em um monte Taigedo ou eram deixadas pela estrada
para morrerem ou serem devoradas pelas feras, as que sobreviviam aos maleatos
sendo retardadas algumas serviam de bobos da corte como diversão para o rei,
todos os que nasciam com mazelas eram excluídos da sociedade e viviam nas
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periferias como leprosos, mendigos, doentes a quem ninguém aceitava o seu
contato.
Para que as propostas da inclusão, de fato, se concretizem é preciso que as
escolas de ensino regular venham mudar suas metodologias, pois a grande
maioria ainda esta longe de torna-se inclusiva. A inclusão tornou-se uma das
portas principais para a socialização de crianças com déficits de atenção, pois
através dela é que o indivíduo de participar das atividades que envolvem uma
sociedade.
Pessoas portadoras de necessidades especiais, seja adulto ou criança,
sempre existiram em nosso meio social. A princípio, antes da década de 80, só era
possível enxergar estas pessoas quando se tinha um conhecido no meio familiar,
mas a partir da década de 90, este fato tão recorrente em nosso cotidiano e
expresso na constituição desde 1988 evidenciou-se a partir da LDB 9394/96,
tornando-se notório a existência de um público com tantas peculiaridades, mas não
apenas na locomoção em seu meio familiar, mas sim em outros âmbitos sociais, tais
como: escola, hospitais, secretarias e repartições públicas entre outros.
Ao se evidenciarem que este público existia notou-se a mazelas e
deficiências de um sistema que não estava preparado para atendê-los com isso fez-
se necessário o surgimento de novas leis que garantissem alguns direitos como, por
exemplo, de escolas não dispensarem crianças com deficiências pois todos, sem
exceção, tem o direito a uma educação de qualidade, desde o pré escolar pois são
todos aceitos sem distinção de deficiência, raça ou cor.”toda criança possui
características, interesses,habilidades e necessidades de aprendizagem que são
únicas.”DECLARAÇÃO DE SALAMANCA,1994.
No século passado antes do surgimento da vacina e de seu uso obrigatório,
muitas crianças ficaram com alguma lesão permanente, sendo obrigadas a usarem
cadeiras de roda para locomoção.
Com o passar das décadas o número de portadores de necessidades
aumentou por diversos fatores, tais como: abortos maus sucedidos, utilização de
remédio durante a gravidez, uso de drogas, além daquelas relacionadas as lesões
pós nascimento, entre outros.
Dessa maneira, o Governo, por intermédio de políticas públicas reformulou e
criou ações que proporcionassem ajuda a estas pessoas ou suas famílias, para que
assim conseguissem ter acesso a determinados locais ou mesmo se locomover
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dentro de suas residências, sair as ruas sem sofrer constrangimentos pejorativos
como muitos tiveram que passar, agravadas quando estas famílias tinham filho que
nasciam com deficiência física ou que a adquirissem por algum tipo de acidente ou
doença, como a paralisia infantil.
E uma dessas reformulações aconteceu na escola que em sua trajetória
histórica se caracterizava por uma visão de educação que limitava a escolarização
como um privilégio, de uns poucos onde só se tinha acesso quem pudesse pagar ou
tivesse um padrão de vida considerado bem visto pela sociedade, ou seja, fosse do
padrão da elite.
Esta exclusão que era amparada pelas políticas e práticas educacionais que
era produto de uma ordem social, que veio mudar a partir de um processo de
democratização escolar, por mais que tenham se conseguido os direitos de estudos
para todos, ainda assim continuou-se por haver exclusões para grupos de
indivíduos considerados não padronizados, ou seja, que não tendo características
para serem considerados normais e homogeneizados nos padrões da escola, por
esta desvalorização das pessoas com deficiência.
Iniciou-se no Brasil a fundação da primeira escola para excepcionais no
século passado para algumas modalidades de deficiência, embora nem todos
pudessem ser atendidos mais já sendo um começo de aceitação de pessoas
consideradas anormais.
Mazzota, (1996, p 75), aponta que o atendimento especializado teve início no
Brasil, na metade do ano de 1854, em diante, ressaltado que,
No Brasil, o atendimento às pessoas com deficiência teve início na época do Império, com a criação de duas instituições: o Imperial Instituto dos Meninos Instituto dos Cegos, em 1854, atual Instituto Benjamin Constant – IBC, e os Surdos Mudos, em 1857, hoje denominados Instituto Nacional da Educação dos Surdos – INES, ambos no Rio de Janeiro. No início do século XX é fundado o Instituto Pestalozzi (1926), instituição especializada no atendimento às pessoas com deficiência mental; em 1954, é fundada a primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – APAE; e, em 1945, é criado o primeiro atendimento educacional especializado às pessoas com superlotação na Sociedade Pestalozzi, por Helena Antipoff.
Podemos constatar nas palavras do autor que, muitos anos já se passaram
desde as primeiras construções das escolas ou institutos para alunos considerados
anormais pela sociedade daquela época, mas apesar dos tempos passados ainda
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hoje vemos estampados nos olhos da maioria o mesmo sentimento ou a mesma
descriminação de muitos anos atrás.
Sabe-se ainda que o termo deficiente já fora abolido embora seja usado
nomeando as pessoas portadoras de deformações genéticas ou acidentais, muitos
ainda denominam com termos pejorativos e ofensivos deixando-os bastantes
constrangidos com este conceito embora tenham sido considerado por algumas
ONGs e cientistas sociais inadequado, pois considera-os bastante impróprios,leva
consigo uma carga negativa capaz de travar o desenvolvimento psicológico e afetivo
das crianças e mesmo de adolescentes por serem depreciativa e desagradáveis de
se ouvir, fato que foi ao longo dos anos se tornando cada vez mais rejeitado pelos
especialistas da área e principalmente pelos próprios pelos próprios indivíduos.
Na atualidade as diferenças são bem mais aceitas de que no início dos
tempos quando as famílias se envergonhavam de terem um parente com certo grau
de diferença ou anormalidade que os aceitos nos padrões normais, achavam-se
castigados por Deus por tamanha desonra na família, muitos abandonavam os
filhos, ou as mães eram abandonadas por seus maridos pelo fardo vergonhoso em
seu lar.
Hoje temos muitos órgãos que amparam as famílias tanto na parte emocional,
social, educacional e principalmente com as despesas financeiras, colaborando com
benefícios de assistência social, hoje a aceitação está bem comum, a inclusão
tornou-se obrigação de todos, a inclusão depende de todos de nossa mudança e de
nossa aceitação de uns para com os outros.
Não só pelo fato de ser amparada pela constituição e sim por sermos uma
nação de igualdade, uma sociedade que deseja o bem comum, e para que tudo isto
aconteça de verdade, temos que planejar garantindo a todos uma educação de
qualidade contínua, tarefa essa que exigirá da escola uma reorganização
metodológica, recursos pedagógico adequados e uma excelente conscientização e
capacitação profissional, não só dos professores mais de todos na escola.
Figueiredo (2009, p.121), em sua afirmativa quando diz que a Educação
Infantil é uma das portas de entrada para que haja a inclusão escolar, sendo “este
nível de ensino marcado pelo desenvolvimento das aquisições linguísticas,
atitudinais, afetivas, sociais e psicomotoras, em que as crianças interagem com
muito mais liberdade.”.
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Pois é através deste ambiente escolar que leva toda e qualquer criança ao
desenvolvimento social, intelectual e afetivo, levando em conta o espaço natural de
interação das crianças em decorrência umas com as outras, através do convívio
pessoal e íntimo de crianças, professores, e até mesmo o pessoal e o apoio de uma
escola conta neste momento como colaboradores de socialização entre professores
e seus alunos e também dos alunos entre si, alunos e profissionais, formando um
todo com as outras e demais, tornando um convívio sociável onde a criança não se
intimida de ser ou parecer diferente dos demais e suas atitudes serão iguais de uns
para com os outros.
2.2. O cadeirante e as dificuldades do dia-a-dia familiar e social.
Ao continuarmos o estudo no âmbito da educação especial destaca-se a
situação dos cadeirantes e suas características e peculiaridades diante das
questões sociais evidenciadas, para tanto é importante que saibamos alguns
conceitos relativos a esta especificidade de deficiência.
Iniciamos com o conceito de acessibilidade que segundo o INSTITUTO
NOVO SER:
Acessibilidade, são as condições e possibilidades de alcance para utilização, com segurança e autonomia, de edificações publicas, privadas e particulares, seus espaços mobiliários e equipamentos urbanos, proporcionando a maior independência possível e dando ao cidadão deficiente ou aqueles com dificuldades de locomoção, o direito de ir e vir a todos os lugares que necessitar, seja no trabalho, estuda ou lazer, o que ajudará e levará à reunião na sociedade.
Ainda sobre a acessibilidade o Instituto Novo Ser, coloca “o principal
problema é o cumprimento da legislação de que dispomos, na construção do acesso
com dignidade que visa o bem-estar de todos e que facilita a vida de quem por
algum motivo tem sua mobilidade reduzida.”.
Diante dos expostos entendemos que realmente este é o maior problema
enfrentado por quem de fato necessita desta ação, pois em relação às escolas,
temos a comprovação destes descasos sofridos por falta de atenção dos poderes
públicos em atender aos pedidos feitos pelas mesmas, relacionados as melhorias a
serem feitas nas escolas para atenderem aos alunos que necessitam destas
adaptações.
21
Outro conceito importante esta no decreto nº 3.298 de 1999, no seu Art. 4º, da
legislação brasileira referente a deficiência física, apontando que esta é uma
Alteração completa ou parcial e uma ou mais segmentos do corpo humano acarretando o comprometimento da função física, apresentado sob forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, amputação ou ausência do membro, paralisia cerebral, membros com deformidades congênitas ou adquiridas, exceto as deformidades estéticas e que não produzam dificuldades para o desempenho de funções. (BRASIL, 1999, p.23).
Deficiente físico é todo e qualquer indivíduo que apresenta deformidade em
seu aspecto físico comprometendo os movimentos e sua capacidade motora,
deixando-o incapacitado de andar, correr, exercer certos movimentos para os
padrões considerados normais inseridos a espécie humana, sendo estes
movimentos definido como uma vantagem, pois com eles o ser humano adquire uma
capacidade fundamental em sua vida, para a sociedade se o indivíduo não tem
domínio sobre estas capacidades em um ambiente social logo este é o resultado de
uma incapacidade, que limita ou impede o desempenho motor de uma determinada
função.
Segundo este decreto o deficiente físico por mais que tenha inúmeras
modalidades, é capaz de exercer funções tanto nas escolas como para o trabalho,
portanto por que mantê-lo fora das escolas ou do mercado de trabalho? Ele tem um
potencial igualmente aos ditos normais diferencia-se apenas por seu aspecto físico
mais sua mentalidade e tão boa quanto a de um saudável fisicamente e muitos deles
desenvolvem uma qualificação bem maior em diversos estudos, trabalhos e mesmo
em jogos.
Portanto, colocar todas as crianças em área de igualdade não trará para o
normal ou para o deficiente físico uma desqualificação social ou moral. Pois todos
somos iguais perante Deus e as Leis.
Os tipos de deficiência física são: a hemiplegia, que é a paralisia da parte
direita ou esquerda do corpo, a paraplegia, que é a paralisia dos membros inferiores,
ou seja, das pernas, e a tetraplegia que é a paralisia dos quatro membros, sendo
assim dos braços e perna.
Logo se uma criança ou adulto, apresentam uma ou mais destas
deformidades eles consequentemente necessitarão de suportes que o ajudem a se
locomoverem por todo e qualquer lugar que queiram ir, principalmente as crianças
22
em fase educacional, e para que o mesmo seja bem colocado claro a escola deverá
estar bem estruturada com suportes adequados para a acessibilidade destas
crianças em todas as áreas que envolvem a escola e seus mobiliários em condições
de adaptação.
2.3. Causas que conduzem a criança e a cadeira.
É evidente que após as reformulações na legislação para se garantir que as
crianças com qualquer tipo de deficiência estejam nas escolas ainda é uma
realidade apenas documental e para que toda escola estivesse adaptada para
receberem crianças como os cadeirantes fazem-se necessário não apenas
mudanças estruturais nos ambientes escolares, mas também modificações
atitudinais no cotidiano de nossas escolas e da sociedade, pois segundo
CARNEIRO (2007, p.146).
É importante ressaltar que não existem receitas prontas para atender a cada necessidade educacional de aluno com deficiência que a natureza é capaz de produzir. Existem milhares de crianças e adolescentes cujas as necessidades são quase únicas no mundo todo.E e espera-se que a escola ao abrir as portas para tais alunos, informe-se e oriente-se com profissionais da Educação e da Saúde sobre as especificidades e instrumentos adequados para que aquele aluno encontre ali um ambiente adequado, sem discriminação e que lhe proporcione o maior e melhor aprendizado possível. (2007,p.146).
Carvalho (2004) vem afirmando as novidades que o mundo traz por
intermédio do pós modernismo, o mundo avança em tecnologias e ciências, são
inúmeras as mudanças e aparelhos de revolução para abranger a tudo e a todos
para um mundo melhor em que se possa usufruir da vida sem medo de ser deixado
para traz e através destas tecnologias é que as escolas apostam numa inclusão de
qualidade, pois com os aparelhos apropriados para adaptação de deficientes tornou-
se mais fácil o acesso destas crianças nas escolas e nas áreas que ela possui e
com a construção de rampas e muito outros tipos de adaptação as escolas serão os
locais mais bem colocados e apropriados para uma boa educação.
Pode-se afirmar que o mundo atual caracteriza-se por „„vertigens pós modernas‟‟ devido à enorme velocidade com que ocorrem as mudanças no nosso dia a dia, especialmente as decorrentes dos avanços da ciência e da tecnologia colocando a serviço do homem recursos e possibilidades até
23
então considerados utópicos. Vivemos num mundo em que o processo de globalização se concretiza predominantemente, pela mundialização da economia. Isso tem provocado competição e mais desigualdade entre os povos e no interior dos países em desenvolvimento, levando-os a conviverem com índices inaceitáveis de injustiças social. (CARVALHO,2004, p. 78)
Para tanto se necessita de muito manejo para incluir-se estes alunos na
escola e garantir que todos tenham uma educação de qualidade, embora já se
tenham passados tantos anos de luta por uma inclusão de qualidade e para todos,
mesmo os não necessitados ainda se encontram nos dias atuais escolas que não
aceitam crianças, jovens e adultos com necessidades especiais em seus
estabelecimento de ensino, e por não se encontrarem em condições de adaptações,
mesmo que as leis amparem a inclusão para todos sem exceção.
Mas até que se cumpram as leis anos terão passado sem que os principais
interessados tenham se beneficiado, sendo que os suportes também sejam para a
adaptação dos professores que precisam de curso de qualificação para assumirem
turmas com crianças especiais, pois muitos ainda são leigos nesta questão de
trabalharem com alunos especiais.
Para muitos a maior dificuldade é como lidar diante de tal situação que
jamais imaginou surgir em sua área de trabalho, surge então a rejeição com o aluno,
pois sem um apoio o professor não consegue reagir de outra maneira, quando a
escola providencia um apoio, que seja o pedagógico, já é uma ajuda e tanto pois
sem isto as condições de ensino em uma classe normal e pra uma certa quantidade
de alunos elevada tornasse difícil a socialização de todos sem problemas.
24
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
3.2 Tipo de Estudo
Para que este trabalho fosse construído, fez-se pesquisa bibliográfica, e
estudo de caso, segundo Ludke; André (1986, p17):
O estudo de caso, seja ele simples e específico, como o de uma professora competente de uma escola pública, ou complexo e abstrato, como o das classes de alfabetização (CA) ou do ensino noturno. O caso é simples bem delimitado, devendo ter seus contornos claramente definidos no desenrolar do estudo. O caso pode ser similar a outros, mas é ao mesmo tempo distinto, pois tem um interesse próprio, singular.
O Estudo de Caso viabilizou o devido conhecimento, no decorrer de sua
construção, tendo também sido feita pesquisa de campo com fotos e questionário
como comprovam os relatos citados, visando mostrar o quanto é importante a
acessibilidade nas escolas para o amparo de inclusão de alunos deficientes dentro
de seu espaço educacional neste município Igarapé-Açu situado no nordeste do
Pará; este trabalho teve sua construção no início de novembro de 2014 permeia a
abril de 2015.
3.2 Objeto da Pesquisa As atividades foram desenvolvidas na Escola Municipal de Ensino
Fundamental Germano Melo
3.3 Participantes da Pesquisa
A pesquisa envolveu 03 (três) funcionários da referida escola e somente dois
responderam ao questionário sugerido, total e parcialmente, uma pesquisa de
campo onde foi verificada a situação das estruturas da escola, as modificações
feitas para a acessibilidade do aluno cadeirante os espaços que são direcionados a
recreação, a sala de aula que o cadeirante estuda, o seu convívio com os demais
alunos ou colegas de turma e os demais da escola, como se dá sua acessibilidade
nos outros espaços da escola.
25
O qual pode se constar que infelizmente deixam muito a desejar em matéria
de acessibilidade, as próprias rampas que foram construídas como forma de
adaptação ou acessibilidade não estão de certa adequadas para que sejam
chamadas de acessibilidades principalmente para uma cadeira de rodas, são muito
íngremes ou seja altas e pequenas e as portas das salas não foram alargadas para
transitar uma cadeira de rodas.
O convívio do aluno cadeirante com seus colegas, tanto os de sua classe
como os de toda a escola no seu turno é ótima, embora ele não participasse de
todas as atividades da escola na hora do recreio, pois por informação obtidas na
pesquisa de campo a um aluno o cadeirante chega à escola conduzido por sua mãe
e esta o coloca na carteira dento da sala de aula e lá ele permanece até a hora da
saída quando a mãe retorna a escola para buscá-lo, em decorrência disto o aluno só
participa das atividades em sala nem uma outra que seja fora deste ambiente, nem
mesmo ao banheiro o aluno vai pois que, somente sua mãe é quem o tira e coloca
de volta na cadeira, neste caso os colegas que ele tem vão até ele, e, não o
contrário.
Quanto aos demais funcionários eles o conhecem e o tratam bem, a
merendeira vai até a sala onde ele se encontra e leve a merenda até ele, seus
colegas de classe conversam com e brincam com jogos educativos juntamente com
o aluno cadeirante.
3.4. Instrumentos de Coleta de Dados
A coleta de dados foi feita durante três dias, nos dias 17 a 19 de março de
2015 com a diretora, a professora da escola “Germano Melo” neste município. A
escola Germano Melo é uma escola de porte médio localizado no centro da cidade
na Rua Lauro Sodré s/n, funciona nos três turnos, matutino, vespertino e noturno,
tem um número bem considerado de alunos.
Seu prédio constitui-se em um total de 10 (dez) salas de aula, 01 diretoria 01
sala de informática que junta-se a sala de leitura, 01 copa, 01 área de refeição, 03
(três) banheiros, um com acessibilidade, a maioria dos alunos mora nas
proximidades da escola, sendo que uma parte mora no campo pois ela possui em
26
sua administração algumas escolas anexas que fazem parte de suas
responsabilidades.
Portanto considera-se uma escola bem localizada, seus educadores são
formados, a maioria são pedagogos ou possuem outra especialização, sendo que
quase todos são efetivos da rede municipal de Igarapé-Açu, contam sempre com o
apoio do conselho escolar e também com o Conselho Tutelar. Além da diretora, a
escola possui também duas vice-diretoras que juntas fazem um excelente trabalho
em benefício da comunidade escolar, pois sempre estão por perto e a par das
situações que ocorrem na escola e a procura de recursos que visem o
melhoramento das funções escolares.
No entanto, esta direção sente-se de mãos atadas para resolver algumas
situações da escola, pois tudo tem que ser informado diretamente a SEMED
(Secretaria de Educação), que por sua vez demora com o atendimento de solução,
pois esta tem que recorrer a Prefeitura em busca de respostas e recursos para os
referidos.
27
4 DESCRIÇÃO E ANALISE DOS DADOS
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Germano Melo foi inaugurada em
20 de junho de 1977, recebeu este nome em homenagem ao 10° prefeito de nossa
cidade, nomeado em 1939 a 1943, que em sua trajetória muito trabalhou pelo
progresso de nossa cidade.
Ficando localizada à Rua Lauro Sodré s/n, bairro da Piçarreira, no centro do
município de Igarapé-Açú, no início de seu funcionamento a escola atendia apenas o
público de 1ª a 4ª série e atualmente trabalha de 1° ao 9° ano, nos turnos matutino
vespertino e noturno e atende atualmente a 567 alunos do ensino fundamental a
EJA e mais 312 alunos das escolas anexas. Teve sua estrutura física modificada e
ampliada tanto por números de salas como pela acessibilidade implantada na
escola, embora a escola tenha alunos com necessidades especiais, inclusive
cadeirante, seus profissionais não são capacitados para trabalhar nesta área
Na observação feita como análise livre, constatou-se que a escola possui um
espaço territorial pequeno, sendo que suas salas estão bem em matéria de espaço
físico mais na recreação este espaço torna-se muito inadequado para as atividades
que nele são realizadas.
4.1 Análise dos resultados
Analisando as respostas da pesquisa aplicada com, diretora, pedagoga e
professora, pode-se observar que a escola tem conhecimento do seu dever em
relação a inclusão de alunos com Necessidades Especiais, mesmo assim continua
deixando muito a desejar principalmente quanto a sua organização curricular e
particularmente a pedagógica, pois sempre estão com os mesmos argumentos.
Segundo relatos feitos pela diretora em suas respostas, ela informa as
dificuldades que a escola enfrentou para implantar as rampas de acessibilidades na
escola, também relata a falta de recursos, as dificuldades de encontrar uma
impressa com nota fiscal para a construção de rampas nos banheiros e entrada das
salas, quanto as melhorias que a acessibilidade trouxe para as crianças cadeirantes,
ela diz que a implantação das rampas e a construção do banheiro com
acessibilidade melhorou e muito para o aluno cadeirante.
(b)
28
Imagem 01: Rampa de acesso a sala de aula Fonte:Silva, jan./2015
Imagem 02: Rampa de acesso ao banheiro.Fonte:Silva, jan./2015
Imagem 03: Rampa de entrada da escola. Fonte: Silva, jan./ 2015
29
Quanto as orientações que os professores recebem como apoio para atuarem
com alunos cadeirantes, segundo ela reforça que, “sim eles recebem a capacitação
com a equipe do AEE (Atendimento Educacional Especializado)”. Pelo que se pode
observar nas pesquisas de campo, não são todos os professores que recebem esta
orientação e sim somente aqueles que trabalham diretamente com um aluno
deficiente ou aquele professor que tiver em sua sala um aluno portador de
necessidades especiais.
Para a atuação das autoridades na questão da acessibilidade fora afirma que
existe uma atenção, porém a escola não possui espaço para utilizar os recursos, em
resposta a pergunta sobre as expectativas a serem alcançadas com a implantação
da acessibilidade ela afirma que “as expectativas foram correspondentes as
esperadas após as melhorias feitas com a acessibilidade”.
Enquanto a parte familiar, ou seja, como os pais reagiram depois da
implantação da acessibilidade, em resposta relata que “que muito importante por
que sem essa mudança não seria possível a acessibilidade e como a escola tem
apenas um aluno cadeirante, a mãe do aluno gostou muito da mudança.”. Quanto
pergunta se a escola precisou de muitos pedidos feitos as autoridades para estas
melhorias? fora argumentado que: “Não pois o recurso é direto do governo federal e
a gestão precisa aplicar o recurso e prestar contas”
Enquanto que as mudanças que foram implantadas na escola foram apenas
as rampas de entrada, a rampa no banheiro e na entrada de algumas salas de aula
que se pode constatar mediante a pesquisa e as fotografias feitas da escola, este
banheiro chega a ser até pequeno para que se introduza uma cadeira de rodas, é
somente está a adaptação que fora feita ao banheiro.
Segundo a professora, ela não foi informada de que teria em sala de aula um
aluno cadeirante, somente quando entrou no primeiro dia de aula é que se deparou
com o aluno cadeirante, mas tratou de agir com naturalidade por não ter sido
informada desta modalidade de deficiência em sala e para não deixar o aluno inibido
com o seu espanto, segundo a mesma, a relação professor x aluno, aluno – aluno
cadeirante na escola é igual para que ele se sinta igual aos outros alunos e esta
relação não é diferenciada.
A professora, também informou que a “acessibilidade só facilita‟‟ a chegada
(entrada) do aluno à escola e em sala de aula, a assimilação do ensino
aprendizagem vai depender do esforço do aluno, do professor e do empenho dos
30
pais.”. Oque se pode ressaltar que quanto as modificações em relação ao
planejamento pedagógico não mudou em nada, visto que a escola tendo apenas um
aluno cadeirante, sentiu não ser necessário se fazer estas modificações? E as
crianças que são portadoras de outras deficiências, não sentirão dificuldades?
Espera-se que não e que toda a classe estudantil seja tratada por igual.
Quanto a orientação que os professores devem receber caso tenham que
lidar com alunos com necessidades especiais, ela relata que não recebeu nem uma
orientação, mas que não encontrou nem uma dificuldade em relação ao aluno por se
tratar de uma deficiência física, o que não atrapalha o desenvolvimento do aluno,
embora ela não tenha recebido nem um apoio pedagógico.
Quanto à implantação de acessibilidade para a melhoria do ensino
aprendizagem a professora relata que “esta implantação é parte de um processo, só
isso, não melhora o ensino aprendizagem dos alunos cadeirante”.
Segundo a sua concepção de acessibilidade e educação inclusiva na escola,
diz que: “alunos com deficiência física estudam com alunos ditos normais;”
acessibilidade na escola: “a escola cria meios para facilitar o acesso do aluno
deficiente, para que este não seja excluído.”.
31
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Apesar de estarmos no século XXI, ainda temos instituições que não
incluíram em seu currículo de ensino a disciplina de Educação Especial que venha
abranger a esta demanda na área profissional e o professor necessita deste
conhecimento especializado, mantendo-se atualizado, buscando informações sendo
que o mundo da informática já é um grande suporte para tais informações.
Como diz a Constituição, todas as escolas têm que ser adaptadas, mas é
preciso garantir que se cumpra estas leis já que as escolas por si só não tem verbas
para tais empreendimento. Caberá a cada escola recorrer aos seus planos de
projetos, as Secretarias de Educação para aprovar e por fim serem enviados a
prefeitura de sua localidade reivindicando a construção de tais adaptações em seus
prédio, Constituição prevê as boas novas para as lutas de aceitação de pessoas
com necessidades especiais, mas cabe a nós os interessados nesta inclusão correr
para que os planos não fiquem apenas no papel e engavetados nos gabinetes de
secretarias ou prefeituras, cabe a quem mais de direitos buscar recursos para as
oficinas de formação para a educação especial, materiais de acessibilidade entre
outros.
Isto é o que se percebe no cotidiano da sociedade, pessoas que mesmo
sendo independentes, tendo seu meio de sobrevivência, mais sendo portadoras de
necessidades especiais ou não terão que se adaptar as exigências da sociedade e
aceitar o pouco que ela lhe oferece, pois em um momento percebesse que sejam
atendidas ou obedecidas as leis ou os direitos a eles atribuídos, tendo-se que lutar
muito para se conseguir alcançar algo, principalmente no que se refere a
necessidades especiais, para tanto a família destas pessoas terão que recorrer e
muito para conseguir um bem que seja indicado por lei, pós todos tem o direito de
serem atendidos e acolhidos beneficamente.
No que se referem as escolas, estas buscam através de reuniões seus
direitos, com as secretarias e órgãos competentes ou a Prefeituras ou outro órgão
que seja interessado nas modificações das escolas, ou alguém de direito, ainda que
aprovados pelas leis, terão que aguardar por anos a fio até que alguns de seus
apelos sejam aceitos, embora a luta continue por todos.
32
Para a implantação e adequação de acessibilidade, as escolas são as que
mais perdem com a demora desta aceitação e claro as crianças que necessitam
desta modificação nas escolas em que estão inseridas, pois destas modificações
dependem o seu bom desenvolvimento escolar, pois com as modalidades de ensino
já aperfeiçoada tanto alunos como professores levarão vantagens em uma educação
de qualidade e o aluno tendo acesso a todas áreas da escola sem necessitar de
apoio para muitas tarefas, claro que só terá sucesso e vantagens pois não sentir-se-
á como um incomodo para seus colegas nem para os professores sendo que
poderá cuidar de seus problemas menores sem interferência dos outros.
E para que haja uma educação de qualidade, nada como um professor que
saiba receber o seu público estudantil com qualidade e aceitação, e o aluno por ser
aceito com harmonia pelos colegas só virá a crescer e ser um aluno exemplar, pois
a maioria das crianças especiais são os que mais tem força de vontade em aprender
e fazem o melhor possível em sua classe, fazer amizades é o seu maior triunfo
deixando-o tranquilo e feliz sem o temor de uma rejeição. Tanto para eles como para
seus colegas, não havendo rejeição não terá limitação sendo que a rejeição, tanto
para criança, jovem ou adulto e as limitações, são entraves difíceis de superar,
obstáculos que só dificultam a sua auto-estemas, sendo que todos os espaços são
aproveitados para quem o limite é uma cadeira de rodas, olhar para os colegas e
não poder acompanhá-los em diversos lugares torna-se um tanto desolador, mais se
a escola é munida de adaptações estes limites serão transponíveis e superados
tornando o local igual para todos.
Infelizmente sabemos que apesar dos dias atuais e das leis que o nosso país
possui e são modificadas a todos aos dias, as escolas pouco recebem de apoio e
muitas ainda são carentes deste apoio tão esperados por todos, e suas estruturas
ainda permanecem sem modificações adequadas para receberem alunos com
necessidades especiais físicas e mesmo com outras modalidades, mesmo que a lei
seja clara onde diz que „‟independente de sua deficiência toda criança deve receber
uma educação de qualidade e está inserida em uma escola‟‟ mesmo sabendo que,
nossa população já é composta de uma porcentagem bem elevada de portadores de
necessidades especiais, a política de nosso país ainda continua de olhos desviados
desta situação, embora já se tenha manifestado todo tipo de desgosto por seus
descasos em se manterem quietos e muitas vezes omissos aos apelos feitos pelas
sociedades reivindicadoras.
33
A falta de verbas é uma das causas mais comuns, que são apontadas pelos
nossos governantes em se manterem incapazes de ajudar as escolas em suas
estruturas e modificações para a acessibilidade dos alunos cadeirantes, pois as
modificações não serão apenas em estruturas e pavimentações mais em todos os
cômodos de uma escola, do prédio as cadeiras de acento, e enquanto o tempo
passa os professores vão levando a educação destas crianças especiais do jeito que
podem, pois o que fazer para mudar? Só tem mesmo que esperar e dar o melhor de
si para aproveitar a força de vontade destas crianças que gostam muito de estarem
em contato com as outras nas escolas.
Infelizmente sabemos que apesar das lutas que a sociedade carente enfrenta,
para conseguir que toda escola já esteja pronta para esta integração, respeitando
suas limitações e sempre buscando integrá-lo, dando-lhes oportunidades de
participação nas atividades, comunitárias, educativas, sociais, enfim vê-se que a
maioria de nossas escolas ainda encontra-se incapacitada de atender a todos com
estes requintes de aceitação, pois nelas ainda não chegou o repasse de verbas
endereçados para que se sejam feitas estas modificações, e no que se refere ao
professor que também merece estar apto e capacitado profissionalmente para este
novo desafio,pois como vemos o cadeirante não é um aluno diferente dos outro sua
maior diferença é que necessita de um espaço maior para adaptar sua cadeira e
entrar e sair de locais onde queira ir , pegar objetos sem está o tempo todo
necessitando da colaboração dos colegas, buscar um lápis emprestado ou mesmo ir
a frente fazer uma leitura ou um comunicado sozinho.
Cada deficiência tem suas particularidades, mesmo que ela seja múltipla, o
cadeirante precisará de espaço adequado para sua locomoção, atenção muitas
vezes maior de seu professor, e, para tanto o professor que estiver em sala um
aluno especial antes de tudo com sua aceitação deve ter também amor, carinho,
respeito, buscando envolvê-lo respeitando suas limitações e sempre integrando-o
nas tarefas do dia a dia. Tais tarefas exige do professor um esforço redobrado, pois
a ele já cabe uma classe lotada de crianças, muitas vezes de todas as idades e
ainda um em especial que necessite dele maior atenção, e para tanto o professor
procura trabalhar de forma harmoniosa e com eficácia buscando a construção do
conhecimento com a participação de todos no processo educativo.
Muitas vezes o professor não encontra tempo para preparar suas aulas,
refletindo sobre elas a maneira mais simples para o entendimento de todos e que
34
por meio da mesma, todos sejam envolvidos e seus objetivos sejam alcançados de
forma homogênea e prazerosa, este desafio o professor terá de enfrentar todos os
dias com entusiasmo pois para a criança portadora de necessidades educativas
especiais são os gestos simples que o fazem crescer em suas perspectivas de vida
social.
Logo, para que a escola tenha melhores acolhimentos com os alunos que
dependem de uma acessibilidade, os gestores juntamente com todo os seus
funcionários devem elaborar projetos que incluam a reforma e ampliação da escola
em sua estrutura total, ou seja, para que a reforma seja uma forma acessível para
todos principalmente os cadeirantes mais os demais em suas especificidades
educacionais especiais. Um projeto que a família de cada educando especial possa
participar de sua elaboração dando sua opinião e colaboração para o melhor
funcionamento e aceitação das reformas.
35
REFERÊNCIAS
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