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Ano XIII - Nº 157 Agosto a 15 de setembro de 2017 Os Maus em cartaz na Cia da Revista: história em clima político. Pág. 11 A espera foi de 10 anos, para o Centro comemorar a instalação da nova unidade. Pág. 3 Sesc 24 de Maio: agora é realidade. Eli Hayasaka Juliana Smanio

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Ano XIII - Nº 157Agosto a 15 de setembro de 2017 Os Maus em

cartaz na Cia da Revista:

história em clima político.

Pág. 11

A espera foi de 10 anos, para o Centro comemorar a instalação da nova unidade. Pág. 3

Sesc 24 de Maio: agora é realidade.Eli Hayasaka

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2 SP - Agosto a 15 de setembro de 2017

Vd. Nove de Julho, 160 - 5º , Cj. 57 - CEP 01050-060 - Tels.: (11) 3255-1568 / www.jornalcentroemfoco.com.br e-mail: [email protected] - Edição: Carlos Moura - DTR/MS 006 - Colaboração: Cecília Queiroz - Edição de Arte: Binho Moreira

Tiragem: 20 mil exemplares - Distribuição Gratuita. O Centro em Foco é publicado pela CM Edições Jornalísticas - ME

As matérias assinadas são de exclusiva responsabilidade dos autores, não expressando necessariamente o pensamento do jornal.

Expediente

LINHAS CENTRAISDireito e Justiça

Helena Amazonas

Reforma Trabalhista

A reforma trabalhista, apro-vada em tempo recorde, é um enorme retrocesso.

Mais de 100 artigos alterados na CLT reduzem direitos conquis-tados por décadas. A reforma revoga o princípio do direito do trabalho que reconhece no trabalhador o elo mais fraco da relação, sendo necessária a pro-teção da lei trabalhista. Abaixo exemplos do ataque aos direitos do trabalhador.

O tempo para higiene pes-soal e troca de uniforme feito na empresa e do deslocamento da residência para o trabalho em local de difícil acesso, mesmo quando a própria empresa for-nece a condução, deixa de ser considerado tempo à disposição do empregador, não sendo mais computado como hora extra. O intervalo de 15 minutos antes da jornada extra das mulheres deixou de ser obrigatório. O intervalo para refeições poderá ser realizado em 30 minutos e se, por acaso, nem isso for res-peitado, o patrão não terá que pagar a hora inteira como ex-tra, mas apenas os minutos que faltaram. Os que trabalham em regime de 12 x 36 sequer terão direito a intervalo, pois poderá ser feito acordo individual pre-vendo a sua supressão mediante indenização.

Regras sobre duração do tra-balho e intervalo deixam de ser consideradas normas de saúde e segurança do trabalho e podem ser livremente pactuadas.

Percentagens, gratificações,

diárias para viagens e abonos pagos pelo empregador não in-tegrarão mais a remuneração; apenas gratificações legais e comissões. Se por exemplo, um trabalhador recebeu uma gratifi-cação de função por 10 anos, ao retornar sem qualquer motivo ao cargo anterior, não terá direi-to à incorporação desse valor ao seu salário.

As férias podem ser divididas em 3 períodos. Ou seja, o pa-trão pode pegar aquele feriadão, emendar e considerar uns 5 ou seis dias como sendo férias.

Tudo que se relacionar, entre outros, com jornada de trabalho, banco de horas, inter-valos, plano de cargos, salários e funções, teletrabalho, regime de sobreaviso e trabalho inter-mitente, remuneração por pro-dutividade, forma de registro de jornada, prêmios, participação nos lucros, poderá ser objeto de negociação com o sindicato com redução de direitos. O acordado valerá, ainda que haja lei regula-mentando a matéria. É o chama-do acordado sobre o legislado.

Até mesmo a adesão ao se-guro desemprego; a troca do dia de feriado; a redução de salário; o enquadramento do grau de insalubridade e prorrogação de jornada em ambientes insalu-bres, sem licença prévia de au-toridades; o serviço da gestante/lactante em local insalubre, po-derá ser livremente acordado.

Para o trabalhador com cur-so superior e salário superior a R$ 11.062,00, tudo o que constar do contrato individu-al, quanto aos itens acima, se sobreporá ao disposto em lei, não sendo necessário acordo coletivo e intermediação do sindicato. Em seu contrato, já na admissão, poderá ser indica-do um árbitro para solução de eventual conflito.

Poderá haver a contratação de “autônomo”, e não emprega-do, mesmo com exclusividade,

com jornada fixa e subordina-ção, legalizando o que antes se considerava fraude.

A nova lei cria o trabalho intermitente, que pode ocorrer com períodos de trabalho e de inatividade. Neste caso fica à disposição do patrão, que pode convocá-lo para o serviço com pelo menos três dias de antece-dência. O trabalhador tem um dia para responder ao chamado e se deixar de ir pagará ao pa-trão metade do que receberia. Após 12 meses desse tipo de contratação o empregado pode usufruir férias, porém sem re-muneração.

A nova lei prevê termo de quitação anual no sindicato, através do qual, a cada ano, dá quitação de qualquer valor pen-dente, não podendo mais pleite-ar eventual diferença. A rescisão é feita na própria empresa, não precisa mais ser homologada no sindicato ou DRT.

Foi criada a rescisão do con-trato por acordo, onde o aviso prévio e a multa sobre o FGTS caem pela metade. Neste caso o trabalhador só poderá sacar 80% dos depósitos fundiários e não terá direito ao seguro desem-prego.

Estabelecer a prevalência do negociado sobre o legislado é deixar na mão do patrão a regra do jogo. O trabalhador, neces-sitando do emprego, aceita as condições impostas. A reforma privilegia as empresas e precari-za o trabalho.

A lei entrará em vigor em 11/11/2017. Até lá valem as regras atuais, de maneira que, aqueles que entrarem com pro-cessos trabalhistas até essa data ainda poderão ter alguns de seus direitos assegurados.

Helena AmazonasAdvogada cível e trabalhistaRua Dom José de Barros, 17, conj. 24, Centro

Tel.: 3258-0409

Amiga leitora, amigo lei-tor, completamos, no último dia 6 de agosto,

72 anos da bomba atômica lan-çada sobre o povo japonês em Hiroshima. Data triste da his-tória da humanidade. Três dias depois, um segundo artefato foi lançado sobre a indefesa popu-lação de Nagasaki. São crimes que nunca serão esquecidos.

O quão longe estamos de repetirmos as dores de um conflito nuclear? Não sei bem. Gostaria de ser mais otimista. Mas o mundo está em crise, são múltiplas crises, há riscos, zonas de conflito e tensões di-versas. Se é difícil prever o que acontece internamente nos paí-ses, no que se refere ao equilí-brio e as lutas entre as nações a tarefa é ainda mais complicada.

Acredita-se que sejam nove os atuais detentores de arma-mento nuclear: Estados Uni-dos, Rússia, Inglaterra, França, China, Índia, Paquistão, Israel e Coreia do Norte. Todos, em maior ou menor grau, estão envolvidos em disputas impor-tantes. A posse dessas armas de destruição em massa serve como ameaça a adversários: aqueles que ousem ultrapassar determinados limites, ou ini-ciem um ataque, saberão que a resposta será impiedosa, e pro-vavelmente definitiva.

Nos últimos dias, cresceu bastante a tensão no leste asi-

Assim caminha a humanidade

ático. O regime norte-coreano, herança da Guerra Fria, reagiu mal às declarações habitual-mente estapafúrdias do novo Presidente dos Estados Unidos, o biliardário e ex-apresentador de TV Donald Trump. Kim Jong Un, o não menos esquisito lí-der local, talvez por se sentir acuado ou por necessidade de afirmação, resolveu então tes-tar um míssil balístico de longo alcance.

Supostamente, o armamen-to tem capacidade para detonar uma ogiva nuclear em território norte-americano, o que causou rebuliços em Trump e também em vizinhos da região, que não desejam de forma alguma confu-são por ali. Instado pelos Estados Unidos, o Conselho de Seguran-ça da ONU, geralmente inope-rante e enfraquecido, resolveu trabalhar e aprovou sanções por unanimidade contra a Coréia do Norte. Mesmo China e Rússia, que procuram preservar relações com a problemática vizinha, vota-ram a favor da punição.

É claro que há um pouco de hipocrisia e temos que en-carar a dura realidade do poder. Os norte-americanos possuem milhares de ogivas nucleares e centenas de bases militares pelo mundo, fazem o que que-rem. Ao ratinho norte-coreano não é permitido um milésimo desta capacidade destrutiva. E la nave va.

A crise na região preocupa, porque as lideranças dos dois países parecem bastante impre-visíveis, inconsequentes, ima-turas. Assusta também porque não há canais de comunicação, pontes entre as elites dos dois países. Em 1962, quando da cri-se dos mísseis em Cuba, havia linhas diretas entre Kennedy e Khrushchev que foram aciona-das para que um acordo fosse alcançado. Houve um esforço

coletivo, dos dois lados, pelo apaziguamento. No cenário atu-al, qualquer gesto mais impensa-do, alguma impulsividade, pode-ria nos levar ao precipício.

As tensões na península coreana alternam altos e baixos nos últimos anos. É um foco de instabilidade, cicatriz geopolíti-ca mal costurada, uma ameaça à paz internacional. Muito em função disso, faz alguns o Brasil abriu uma Embaixada no país. Considero importante estarmos lá. Temos que nos fazer presen-tes em todos grandes palcos da política internacional, procu-rando assim desenvolver nossa própria capacidade de observa-ção e atuação, sem depender de terceiros.

Para encerrar, noto que a Constituição de 1988 determi-na que “toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacífi-cos e mediante aprovação do Congresso Nacional.” Estou de acordo. Temos outras prio-ridades. Lá fora, vale lembrar, nossa diplomacia historicamen-te exerceu papel ativo para o desarmamento e a não prolife-ração de armas nucleares. Em vários momentos, incomoda-mos as grandes potências, cri-ticamos, fustigamos, apontamos a hipocrisia geral de um mundo violento e desigual. Não vejo outra alternativa para nós, bra-sileiros, que não seja a trilha do pacifismo, até mesmo para que possamos nos dedicar a resol-ver nossos próprios problemas e conflitos internos.

“A liberação da energia nu-clear mudou tudo, exceto nossa forma de pensar, e é por isso que somos conduzidos a catás-trofes...” (Albert Einstein)

Antonio FreitasDiplomata e gestor daTapera Taperá

Antonio Freitas

“Olho por olho e o mundo acabará cego” (Mahatma Gandhi)

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3SP - Agosto a 15 de setembro de 2017 EMPREENDIMENTOS CENTRAIS

A unidade do Sesc 24 de Maio agora inaugu-rada, foi instalada em

um belo e moderno edifício, projetado pelo premiado ar-quiteto Paulo Mendes da Ro-cha, que mistura estruturas de concreto aparente e me-tálica, além de uma fachada com “pele de vidro”. São 28 mil m² de área construída em que se destacam a pisci-na na cobertura do edifício principal, com área aproxi-mada de 600m² e vista pa-norâmica para a cidade, o teatro no subsolo, com capa-cidade para receber 216 pes-soas sentadas e placas sola-res para economizar energia.

É um edifício ímpar em diversos aspectos, que traz claridade às históricas vias 24 de Maio e Dom José de Barros. A “pele de vidro”, que constitui sua fachada, incomum na região cen-tral, reflete a arquitetura de seus vizinhos, levando o transeunte a, compulsoria-mente, observar e comparar com ele os diferentes estilos arquitetônicos encontrados no entorno, o que poderá desencadear um processo de reformas, restauros ou retrofites em diversas cons-truções, modificando a pai-sagem local. Sem falar no movimento que a atividade do Sesc garantirá a toda re-gião.

A poucos metros do Theatro Municipal, Galeria do Rock, Praça das Artes e Biblioteca Mário de Andra-de, o novo “Sesc” que foi entregue à população no dia 19, além da piscina e teatro, dispõe de espaços para co-medoria, cafeteria, bibliote-ca, área de exposição, convi-vência, clínica odontológica (com quatorze consultórios e salas de raio X), área para prática esportiva e atividades

O Centro ganha nova unidade do SescA comunidade do Centro recebe feliz a unidade do Sesc, no antigo “prédio da Mesbla”

corporais, área de tecnologia e arte, solário, entre outros.

A programação de ativi-dades para o período de 22 de agosto a 03 de setembro, é extensa e bem diversifica-da, como deverá ser sempre, de acordo com a gerência da nova unidade. Além da expo-sição “São Paulo não é uma cidade - Invenções no Cen-tro”, há shows, atividades e vivências corporais, espetá-culo para crianças, contação de histórias, oficinas, aulas abertas, lançamento de li-vro, entre outras opções. A referida exposição, que tem curadoria de Paulo Herke-nhoff, foi especialmente pro-

posta pelo Sesc para marcar a abertura da unidade.

Nos dias 19 e 20, sába-do e domingo, houve uma programação gratuita aberta a toda população, imedia-tamente após o ato inau-gural realizado por Abram Szajman - presidente da Federação do Comércio (Fe-comercio), Danilo Miranda - diretor regional do Sesc, Paulo Casale - gerente de operação da nova unidade e Paulo Mendes Rocha - autor do projeto de “reestrutura-ção” do prédio. Atividades como a exposição, teatro (leitura dramática por Fer-nanda Montenegro), shows

musicais, como os de Zélia Duncan e Martinho da Vila e seus convidados - Tereza Gama e Marco Mattoli, inte-grantes do Clube do Balanço - e o rapper Rashid, trouxe-ram aproximadamente 5 mil pessoas à rua 24 de Maio nos dois dias. Participaram do ato inaugural o governa-dor, o prefeito, senadores por São Paulo, vereadores da cidade, representantes da Literatura, do Teatro e da Música.

Os 12 primeiros dias de programação

Estão programados sho-ws com Zélia Duncan (23 a 25/08, às 21h), a banda pau-

lista Tutti Frutti (25 e 26/08, às 12h), além da sambista Teresa Cristina interpretan-do obras de um dos mestres do gênero, Cartola (26/08, às 21h e 27/08, às 18h). O grupo Choro entre Amigos irá inaugurar uma nova faixa de horário para apresenta-ções, como proposta da uni-dade 24 de Maio - subirão ao palco do teatro do novo Sesc nos dias 23 e 24/08, (quarta e quinta), às 12h.

Outros destaques - Nos espaços de atividade corpo-ral, o público poderá partici-par de vivências com nomes que marcaram o esporte na-cional como o ginasta meda-lhista olímpico Diego Hypó-lito (27/08) e a atleta ouro em Pequim Maureen Maggi (03/09). A nova unidade terá ainda programação especial voltada para crianças, com o espetáculo “O Dragão de Fogo” e as contações de his-tórias “No Colo da Menina Infância”, com Giba Pedroza, e “Contos de Brincar”, com o Grupo Êba!

E a exposição “São Paulo não é uma cidade - Inven-ções do Centro”, que ocupa os 1300 m² do quinto andar do prédio, apresenta uma possibilidade de leitura do centro de São Paulo, a par-tir dos conceitos de cidade, centro e os contextos da his-tória da arte, da arquitetura, do urbanismo, da indústria,

do comércio e dos lugares emblemáticos, assim como sobre as pessoas, ofícios, saberes e cotidianos dessa região complexa e diversa. Atividade Livre. Grátis. 19/8 a 28/1. Terça a sábado, 9h às 21h. Domingos e feriados, 9h às 18h.

Os espaços de Oficinas e Aulas abertas realizam, até 03 de setembro, diver-sas atividades gratuitas: Xi-logravura, Bordado Livre, Crochê, Desenho Urbano, Encadernação Manual, Cos-tura Criativa, Origami, Pin-tura (aquarela), Estamparia, Marcenaria, entre outras. São, realmente, um grande número de atividades gratui-tas, a maioria para crianças e adolescentes, e algumas para adultos: aulas abertas, ofici-nas, demonstrações, vivên-cias, leitura, intervenções, bate-papos, voltados a temas como Meio Ambiente, Lite-ratura, Esporte e Atividade Física, Música, Tecnologia e Artes. Tudo em mais uma es-quina emblemática do Cen-tro: ruas 24 de Maio e Dom José de Barros.

Sesc 24 de Maio: Rua 24 de Maio, 109 - Centro - Fone: 3350-6300 - sescsp.org/24demaio – facebook.com/sesc24demaio. Funcionamento: Terça a sábado, das 9h às 21h e domingos e feriados, das 9h às 16h.

Eli H

ayas

aka

Rosangela Lopes

Rosangela Lopes

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4 SP - Agosto a 15 de setembro de 2017COMUNIDADE

O Congresso Nacio-nal voltou do re-cesso no mês de

agosto e o desmonte da Previdência, previsto na Proposta de Emenda Cons-titucional (PEC) 287, volta a ameaçar a aposentadoria dos brasileiros e brasilei-ras. A medida do governo Temer foi aprovada em comissão especial e está pronta para ser votada no plenário da Câmara dos Deputados. O presidente da Casa e aliado de Temer, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já avisou que quer pautar a votação com rapidez.

“Mais do que nunca é necessário que bancários e bancárias e os trabalhado-res em geral pressionem os parlamentares para que vo-tem contra esse verdadeiro desmonte da Previdência pública, que vai fazer com que os brasileiros morram sem ter o direito de se apo-sentar”, diz

a presidenta do Sindi-cato dos Bancários de São Paulo, Osasco e região, Ivone Silva, que orienta os trabalhadores a mandarem e-mails para os deputados avisando que se votarem a favor da PEC 287, eles nunca mais serão eleitos. Isso é mais fácil e rápido pela ferramenta Na pressão (napressao.org.br).

Previdência não é defi-citária - Para justificar o fim da aposentadoria pública no país, o governo Temer e seus aliados, entre eles a mídia tradicional, afirmam que a Previdência tem défi-cit. Economistas e especia-listas em Direito Previden-ciário já apontaram que as contas do governo partem

Depois do desmonte trabalhista, querem pegar sua aposentadoria!

de dados falsos. Até mesmo a CPI da

Previdência, no Senado, aponta superávit. Após um semestre de trabalho, o presidente da CPI, senador Paulo Paim (PT-RS), con-cluiu que o governo forja um resultado negativo nas contas para justificar a re-forma. O senador também ressaltou que, apesar de alegar déficit bilionário, o governo não pune quem comete crimes contra a Previdência, como sonega-ção e apropriação indébita.

A presidenta do Sindi-cato lembra que os bancos estão entre os maiores de-vedores do sistema previ-denciário, com uma dívida que ultrapassa R$ 124 bi-lhões, segundo levanta-mento do Sindicato Nacio-nal dos Procuradores da Fazenda. “Enquanto quer acabar com a aposentadoria de milhões de trabalhado-res, o governo Temer, atra-vés do Carf, perdoou dívida de R$ 25 bilhões do Itaú e outra do Santander, de R$ 388 milhões”, denuncia Ivone. “Não podemos dei-xar que eles acabem com

nossa aposentadoria. Temos de nos mobilizar e pressio-nar”, reforça.

Pesquisa mostra que “reforma trabalhista” é

uma farsa Os argumentos do go-

verno de que a “reforma trabalhista” seria boa para os trabalhadores e geraria empregos não convenceu a população em nenhuma re-gião do Brasil, independen-temente do gênero, renda, escolaridade ou faixa etária.

Para 57% dos brasilei-ros, o desmonte da CLT só é bom para os patrões. Outros 72% afirmam que o desemprego vai aumentar e 14% que vai continuar como está, ou seja, baten-do recordes negativos - de acordo com a última pes-quisa do IBGE, já são mais de 13,5 milhões de desem-pregados no país.

De um universo de 1.999 entrevistados na úl-tima rodada da CUT-Vox Populi, apenas 3% consi-deram a reforma boa para os empregados. Outros 15% acham que não é boa para ninguém, 12% que é boa para ambos e 14% não

souberam ou não quiseram responder.

A maior rejeição à “re-forma trabalhista” de Te-mer, que altera mais de cem pontos da CLT e deve entrar em vigor em no-vembro, foi constatada no Nordeste. Para 63% dos nordestinos, a nova lei vai beneficiar apenas os pa-trões. Entre os homens, o índice chega a 58%. Houve empate, entre os adultos, pessoas com ensino supe-rior e que ganham até dois salários mínimos, houve empate: 59%.

Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, os per-centuais de reprovação só não ultrapassaram os 90% porque os trabalhadores ainda não sabem que, com as novas regras, Temer insti-tucionalizou o bico, acabou com a carteira assinada e deu segurança jurídica para os patrões fazerem o que bem entenderem.

“O governo e o Con-gresso Nacional escon-deram dos trabalhadores que a reforma acaba com garantias incluídas na CLT. Disseram apenas que gera-

ria empregos. O que não é verdade. Não disseram, por exemplo, que os empregos decentes serão substituí-dos por empregos precá-rios, com salários mais bai-xos e sem benefícios, entre tantas outras desgraças previstas na nova lei traba-lhista”, argumenta Vagner.

Negociar sozinhoA pesquisa CUT/Vox

Populi quis saber a opinião dos trabalhadores sobre um item da reforma que pre-vê a negociação individual entre patrão e empregado, sem a participação do sin-dicato, de itens como, jor-nada, salários, férias e até demissão.

Entre ruim (60%) e re-gular (7%), a mudança que prevê essa negociação en-tre desiguais foi reprovada por 67% dos entrevistados. Outros 13% consideraram a mudança ótima ou boa e 11% não souberam ou não quiseram responder.

As piores avaliações sobre a negociação indivi-dual foram feitas no Nor-deste (63%), pelas mulhe-res (62%), entre os adultos (62%), quem tem até o en-

sino fundamental e o supe-rior, ambos com 60% de re-provação à mudança; e até 2 salários mínimos (62%).Grávidas em ambientes

insalubresA liberação do trabalho

de mulheres grávidas em ambientes insalubres, des-de que apresentem atesta-do médico, outra medida da nova lei trabalhista, foi considerada boa para os patrões por 51% dos entre-vistados. Só 6% consideram a medida boa para as traba-lhadoras; 11% acham que será bom para ambos; 18% dizem que não será bom para ninguém; e 14% não souberam ou não quiseram responder.

Os trabalhadores do Nordeste, mais uma vez, são os mais críticos à medi-da: 58% acham que a nova regra será boa para os pa-trões, 8% para os emprega-dos e 11% para ninguém. É o que pensam também 51% dos homens, 50% das mulheres, 52% dos adultos, 50% dos que estudarem até o ensino fundamental, 52% ensino médio e 51% ensino superior. A maior rejeição é entre os que ganham até 5 salários mínimos, 54% acham que a medida vai be-neficiar os patrões.

A pesquisa CUT/Vox Po-puli, realizada nos dias 29 e 31 de julho, entrevistou 1999 pessoas com mais de 16 anos, em 118 municí-pios, em áreas urbanas e rurais de todos os estados e do Distrito Federal, em capitais, regiões metropoli-tanas e no interior. A mar-gem de erro é de 2,2 %, es-timada em um intervalo de confiança de 95%.

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5SP - Agosto a 15 de setembro de 2017 EMPREENDIMENTOS CENTRAIS

A loja é não apenas um espaço de consumo, mas um lugar char-

moso e indicado para a vivên-cia dos sentidos humanos e todos os paladares.

Uma das importantes e mais recentes novidades na região do centro histórico da cidade é uma mudança que ocorreu em um antigo e tra-dicional ponto comercial: Rua

Empório Datavenia: Bebida, comida e história em um só lugar.

Senador Paulo Egídio, 70 - uma via de pequena extensão, que saí do Largo São Francisco, bem em frente da Faculdade de Direito da USP. No endere-ço, há pouco mais de 60 dias, funciona o EMPÓRIO DATA-VENIA, cuja política comercial é trabalhar com volume e pre-ços competitivos, em produtos de qualidade.

Sob gestão tipicamente

familiar e o concurso da mão de obra de uma equipe de dez funcionários, no atendimen-to dos clientes, o espaço de, aproximadamente, 300 metros quadrados foi bem otimizado em relação ao aproveitamento da loja antes instalada no local.

A DATAVENIA trabalha com seis mil itens, entre pro-dutos nacionais e estrangeiros, das melhores marcas - mui-

tos deles, diferenciados. São bebidas (vinhos, whiskies e outros destilados, proseccos, champagnes, cervejas, cacha-ças, licores, sucos e águas); embutidos, enlatados, azeites, queijos, salames, frios em ge-ral, pastas e massas, patés, ge-leias, biscoitos, condimentos, castanhas, frutas secas - estes últimos em embalagens espe-cíficas e a granel.

A loja também oferece aos visitantes um serviço de cafeteria-mercearia, aos fun-dos de suas instalações, onde além de fazer um lanche, o cliente pode comprar, por exemplo, frios fatiados, azei-tonas, alcaparras, tomates se-cos e tremoços, por quilo. E, de acordo com a gerência, es-tão sendo programadas, para as próximas semanas, degus-

tações de vinhos e de outros produtos.

Mantidos os “produtos de qualidade e atendimento eficiente e cortês”, garanti-dos pelos gerentes, amparado pelo ambiente aconchegante, discreto e belo que o estabe-lecimento dispõe, o sucesso do negócio é certo e a região central ganha mais um atrativo para o seu circuito turístico, pois, além de tudo isso, o esta-belecimento ostenta, em uma de suas paredes, o painel “De-sembarque dos colonizadores e subida da serra”, com 12m x 4m, pintado pelo reveren-ciado Clóvis Graciano. A obra, de 1962, foi pintada a óleo e cera virgem e retrata aspectos da colonização e fundação da cidade de São Paulo.

Serviço:Rua Senador Paulo Egídio, 70 - Largo São FranciscoFone: (11) 3106-0144Atendimento: De 2ª a 6ª feira, das 9 às 20he aos Sàb. das 10 às 15h

Vem aí VIDA EM VERSOS,

mais uma obra poética de

Carlos Moura,o editor do

Centro em Foco.Ilustrado por João Carlos Amazonase prefaciado pelo

poeta Alberto Gattoni, com 88

poemasem 120 páginas.

Uma das mais notáveis e queridas figuras

paulistanas, com Abílio Ferreira, escritor e

jornalista.

31/08Rua Santa Ifigênia o

maior shopping a Céu aberto da América

LatinaPalestra do sr. Josef Hanna

Riachi, libanês, lojista da Santa Ifigênia,

presidente da Câmara dos Dirigentes

Lojistas da Santa Ifigênia.

03/08Santos populares da cidade de São PauloUma divertida abordagem das devoções populares, com o guia de Turismo

Laércio Cardoso de Carvalho.

10/08Rondando pela

Avenida São JoãoA mais paulistana das avenidas, com Michel

PROGRAMAÇÃO DE GOSTO

Gorski, arquiteto e escritor.

17/08Semana do Patrimônio

Visita aos Arcos da Jandaia, com Mariana

Rolim, diretora do DPH-SP.

24/08177 anos de Luis

Gama

Caminhadas temáticas

Como sempre, o local do encontro, às 20h, é a escadaria

do Teatro Municipal.

A loja ostenta o painel “desembarque dos colonizadores e subida da serra” com 12m x 4m, pintado pelo reverenciado Clóvis Graciano, de 1962

Fotos - Divulgação

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6 SP - Agosto a 15 de setembro de 2017COMUNIDADE

Clemente Ganz Lúcio

acupunturaortomolecular

saúde mulher/pompoarismoreiki

Ana Paula LeijotoBiomédicaCRBM 31750

Praça da República 376 - 5° andar - conj.53 - Centro - São Paulo11 3219-0165

Precisa ouvir uma voz amiga? Quer ser um voluntário?

SAMARITANOSPosto Jardim Paulista

Ligue para nós: 3288-4111

Alameda Rio Claro, 190 - www.samaritanos.org.br

CRIAÇÃOCatálogos - Folhetos

Anúncios - Jornais - Revistas

[email protected]

O sistema capitalis-ta está sempre se reinventando. A

busca desenfreada pela competitividade - lucro maior, obtido cada vez mais rapidamente - desloca as plantas das empresas para locais onde a relação entre custo do trabalho, salários e produtividade é favorável para o negócio e promove profundas mudanças tec-nológicas em todas as áreas de produção de bens e ser-viços.

Onde essa estratégia encontra resistência social e/ou institucional, os do-nos do capital pressionam para que haja flexibilização absoluta dos contratos, da

Precarização, autorizada e legalizadajornada de trabalho, dos salários e das condições de trabalho, visando criar mecanismos que deem ga-rantias legais para reduzir o custo do trabalho. Que-bra-se o poder sindical e a solidariedade de classe. Ao indivíduo-trabalhador é oferecida a liberdade para negociar a precariedade das condições de trabalho.

O emprego clássico - aquele com vinculo, em que o trabalhador atua em período integral e receben-do salário - perde terreno e já é menos de 25% da força de trabalho no mundo. Ou seja, em boa parte dos paí-ses, mais de ¾ dos trabalha-dores têm empregos tempo-

rários, contratos com prazo determinado, jornadas par-ciais e vínculos informais.

As diferentes formas de precarização derrubam a renda das famílias, en-quanto aceleram o cresci-mento da renda do capital e de acionistas. Crescem as desigualdades na distribui-ção funcional da renda. As famílias são pressionadas a aumentar a jornada dedi-cada a diferentes trabalhos precários, que oferecem baixos salários, para com-por a renda.

O Brasil, sintonizado com essa “modernidade” - sim, chamam isso de mo-dernidade -, abre a econo-mia à avidez dos investi-

dores internacionais que procuram bons negócios. A institucionalidade das re-lações de trabalho no país atrapalha esse plano, por-que não é suficientemente flexível para reduzir o cus-to do trabalho.

Qual a estratégia? Criar uma nova institucionalida-de, capaz de proteger as empresas e seus investido-res, com o objetivo de criar um sistema de relações de trabalho que processe, de maneira permanente e se-gura, uma redução adequa-da do custo do trabalho.

O projeto de reforma trabalhista elaborado por agentes dos três poderes (Executivo, Legislativo e

Judiciário) é perfeito nes-se aspecto, porque faz uma mudança institucional es-trutural e de longo prazo. O Brasil ampliará a inser-ção global com instituições laborais capazes de ofere-cer a máxima flexibilidade nas formas de contratar, definir jornada e fixar re-muneração. A precarização sem fronteiras será autori-zada e legalizada.

E os impactos disso tudo sobre as condições de vida, a coesão social, a de-manda e formação do mer-cado interno, a dinâmica do desenvolvimento econô-mico e social, a soberania? A resposta a essas questões exige outro projeto de de-

senvolvimento de caráter nacional. Por isso, o futuro se abre como um enorme desafio, exigindo as velhas e sempre renovadas lutas sociais e políticas!

Clemente Ganz LúcioSociólogo, diretor técnico do DIEESE

0Existem duas mo-dalidades de prisão

no Brasil: prisão para exe-cução da pena, que existe para punir o culpado, e só deve ocorrer após o julga-mento de todos os recur-

Prisão no Brasil - O Fim do Mito da Impunidadesos, quando há uma con-denação; e prisão cautelar, que nada tem a ver com a culpa do acusado, mas pode ocorrer em razão da conveniência e necessida-de do processo, indepen-dentemente se o acusado será condenado ou inocen-tado.

Importante esclare-cer que a prisão antes de uma sentença condena-tória definitiva (quando não se pode mais recorrer ou alterar a condenação), é admitida apenas como exceção, pois a liberdade é a regra no Brasil, tendo por base o princípio da

presunção de inocência, previsto na Constituição Federal.

Essa exceção à regra, ou seja, a autorização para a prisão antes de uma con-denação final, que se dá em caráter excepcional, deve ocorrer no interes-se da investigação ou do processo, nada tendo com a análise de eventual cul-pa, conforme disposto nas modalidades de prisões provisórias, a saber: em flagrante, preventiva e temporária.

Já o cumprimento efe-tivo de pena só deve ocor-rer depois do trânsito em

julgado da condenação, neste caso, ligada à culpa do condenado, represen-tando uma punição aplica-da pelo Estado, neste caso, com a restrição da liberda-de do indivíduo.

Há que se ter cautela na decretação da prisão de alguém, pois a Justiça é dos homens, portanto falível, como falível é o ho-mem, e é exatamente por este motivo que existem os recursos e as várias ins-tâncias.

Também é sempre im-portante lembrar que boa parte das decisões dos juí-zes de primeiro grau e dos

Tribunais de Segunda Ins-tância, são alteradas nos Tribunais Superiores.

Desta forma, a cautela deve-se ao fato de não ser possível compensar o indi-víduo preso injustamente, caso, após o devido pro-cesso legal, o mesmo seja absolvido, tanto pelo tem-po que ele terá perdido enquanto esteve injusta-mente preso, mas especial-mente pelas mazelas sofri-das em razão das péssimas condições dos presídios brasileiros.

Assim sendo, reitera--se, as prisões cautelares são prisões de interesse

do inquérito ou do pro-cesso, enquanto a prisão para execução de pena, diz respeito à efetiva punição do criminoso, em razão do cometimento do deli-to, e não se pode, jamais, confundi-las, sob pena de se pré-julgar alguém que, posteriormente, pode ser inocentado, acarretando, assim, enormes e irrepará-veis prejuízos a esse indi-víduo, que pode ser qual-quer um de nós!

Luiz Flávio Filizzola D’UrsoAdvogado CriminalistaConselheiro Estadual da OAB/SP

Luiz Flávio Filizzola D’Urso

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7SP - Agosto a 15 de setembro de 2017SP - Agosto a 15 de setembro de 2017 7

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HÁ 13 ANOS INFORMANDO SOBRE A VIDA NO CENTRO.

O jornal da região central.

Querida leitora, o que fazer a respeito?

“...Mulher bra-sileira ainda não busca o próprio prazer...” (trecho retirado do texto da sessão de notícias do site Terra). Você o que acha: Concorda ou Discorda? Que atitude adota?

Eu sei que foram muitos anos de castração, mas como o verbo direciona: JÁ FOI. Sabemos que estamos erra-das, mas não conseguimos quebrar o círculo vicioso, o padrão de educação, que proíbe muita coisa, estabe-lece como feio ou promís-cuo: “o que ele vai pensar de mim”..., é um blá-blá-blá sem fim.

Vamos começar por algo

Saúde da Mulher (parte II)Sexualidade... Sexo...ai que vergonha! Não querer aprender, aí sim é motivo de vergonha.

chamado Diálogo. Converse com seu parceiro sobre suas dificuldades, medos, insegu-ranças, fantasias, vontades... Ainda está difícil? Pegue uma agenda ou um caderno e escreva sobre todas essas situações citadas acima, um pouco por dia. Ou seja, faça uma conversa consigo mes-ma. Após algumas páginas, você vai notar melhoras em seu raciocínio e nas emo-ções.

Com essa organização, você terá uma conversa mais objetiva com o seu parceiro, ou simplesmente irá dividir a função Atividade com ele. Caso a escrita não seja o su-ficiente para você, busque um profissional para con-versar. Afinal, estudamos e

trabalhamos para isso - para ajudar as pessoas que nos procuram, cada um de nós à sua maneira.

Nossa, escrevi pouco nessa edição, mas foi inten-so para mim! Espero que as emoções não me tenham atrapalhado o recado. Caso isso tenha ocorrido, estou aberta a criticas. Por favor,

fique à vontade. E Obrigado.Experimente... O máxi-

mo que pode acontecer é Você gostar!

Ana Paula LeijotoBiomédicaCRBM [email protected].: 3219-0165

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8 SP - Agosto a 15 de setembro de 2017

Carlos Moura apresenta e interage com poetas e artistas convidados.

PoesiaMúsica: vocal e instrumental

Contação de causosCordel

Acesso gratuito

Restaurante Cama & CaféRua Roberto Simonsen, 79 - Sé(próximo ao Solar da Marquesa)

O consumo gastronômico é opcional.

25/08/17

19h30

Jornalista Carlos Moura,

editor do jornal e

coordenador do Sarau.

SARAU DO JORNAL

43ª ediçãoJunho de 2017

EMPREENDIMENTO CENTRAIS8 SP - Agosto a 15 de setembro de 2017

Ao contrário do que mui-tas pessoas pensam, o câncer de tireoide

exige cuidados rigorosos e pode ser agressivo, de acordo com o oncologista do Com-plexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Artur Malzyner. Com 39 anos de experiência na área e autor de diversos livros, Malzyner é enfático ao afirmar que este carcino-ma - a neoplasia maligna mais comum do sistema endócrino - não tem nada de bonzinho.

“Sem dúvida, é um tipo de câncer melhor que muitos outros. Poucos pacientes fa-lecem em decorrência deste problema nos dias de hoje. Mas, não dá para dizer: fi-que tranquilo, que nada vai te acontecer”, argumenta o médico. “Câncer bonzinho é

Câncer de tireoide exige cuidados rigorososaquele inócuo, que, mesmo sem tratamento, evolui bem; e não é o caso. Posso dizer que o câncer de tireoide é bem domável”, complementa.

De acordo com Malzy-ner, este tipo de neoplasia representa de 3 a 5% dos cânceres hoje diagnosticados no mundo e tem o índice de mortalidade menor no univer-so dos tumores malignos. Nos Estados Unidos, a estimativa para 2017 é de 55 mil novos casos. No Brasil, é o oitavo mais comum na população feminina (excluindo os tumo-res de pele não melanoma), sendo que, em 2016, foram estimados cerca de 7 mil no-vos casos.

São quatro os tipos de tu-mores na tireoide: papilífero, folicular, medular e anaplási-

co. Os dois primeiros são con-siderados diferenciados e com menor gravidade. O último, mais raro, é, em geral, agressi-vo e com índice de mortalida-de elevado.

O papilífero corresponde a cerca de 70% dos casos, com diagnóstico frequentemente em mulheres (três vezes mais afetadas que os homens), en-tre 30 e 60 anos. No adulto idoso é mais agressivo. O fo-licular é menos frequente, de 10 a 15% dos casos, comum entre 40 e 60 anos, sendo o público feminino mais atingi-do do que o masculino e 90% dos pacientes ficam curados. Uma pequena porcentagem tem recaída ou metástase.

O medular representa até 5% dos casos, podendo ser transmitido geneticamente

em 25% dos casos. Já o carci-noma anaplásico, o mais raro e agressivo, atinge de 2 a 3% dos casos e maior incidência em pacientes mais velhos.

De acordo com dados re-centes da Sociedade Ameri-cana de Câncer, nos tumores pequenos, é incomum ter al-gum problema. Os mais avan-çados do tipo papilífero têm um índice baixo de mortalida-de, em torno de 7 a 10% em cinco anos e nos mais avança-dos (com metástase), apenas 50% se curam. O folicular é semelhante e os tumores me-dulares apresentam o mesmo comportamento, mas na me-tástase apenas 25% conseguem obter êxito. Genericamente, de 10 a 30% dos pacientes fa-lecem em 10 anos e com me-tástase 50% apenas sobrevivem

no mesmo período.O tratamento dos tumores

de tireoide se baseia na retira-da de parte ou toda a glândula (denominada tireoidectomia total ou parcial) e, de acordo com a extensão da doença, o paciente deve receber iodo-radioativo, administrado uma, duas ou mais vezes, depen-dendo da circunstância e da gravidade do caso para conso-lidar o tratamento. Após estes procedimentos, é indispensá-vel ingerir um comprimido de hormônio sintético todos os dias até o fim da vida. “Com a cirurgia e o tratamento ra-dioativo, a imensa maioria fica boa”, garante Malzyner, que alerta que nem sempre é fácil recolocar o hormônio no orga-nismo dos pacientes e acertar a dose do remédio.

Fique atento para os se-guintes sinais e sintomas do câncer de tireoide: nódulo no pescoço, que às vezes cresce depressa; dor na parte da frente do pescoço, que às vezes irradia para os ouvidos; rouquidão ou mudança no timbre de voz que não desa-parece com o tempo; dificul-dade para engolir; dificuldade para respirar e tosse que não para e não tem qualquer re-lação com a gripe. “Tratando corretamente, as chances são realmente muito boas de cura”, reforça Malzyner.

Informação do Comple-xo Hospitalar Edmundo Vas-concelos - Rua Borges Lagoa, 1.450 - Tel. (11) 5080-4000

Site: www.hpev.com.br - Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV

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9SP - Agosto a 15 de setembro de 2017 ARTES E CULTURA

No mês do folclore, cuja comemoração, no Brasil, fazemos em

22 de agosto, a Caixa Cultural realiza uma programação de atividades totalmente voltada a essa temática. Até o dia 31, em seu espaço, na Praça da Sé,111, acontece uma série de oficinas para diferentes públicos, sendo que duas de-las dialogam com a exposição de gravuras “Loucuras anun-ciadas”, do pintor espanhol Francisco Goya (1746-1828), em cartaz no mesmo ende-reço até 24 de setembro. As atividades integram o projeto Gente Arteira.

Uma delas, “Folclore: con-fecção de máscaras” pretende aproximar, de forma lúdica, o público infantil das grandes cidades aos saberes populares, possibilitando o entendimento da importância do folclore na história brasileira. Para isso, a atividade conduzida pela psicó-loga Sonia Masil incluirá a con-tação da história do livro “Dez sacizinhos”, de Tatiana Belinky, e a confecção de máscaras de personagens folclóricos.

Outra, dirigida a estudan-tes e interessados nas áreas de gravura, artes, design, fotografia, é a oficina “Expe-riências calcográficas: interlo-cuções com a obra gráfica de Goya”, ministrada pelo artista visual Marcelo Heleno, que contextualiza a obra de Goya e oferece subsídios teóricos e práticos para uma vivência em alguns procedimentos experi-mentais da calcografia - a arte

Folclore na Caixa Cultural São Paulo

de gravar em metal, por meio de vários processos.

Baseada também na ob-servação das gravuras de Francisco Goya, “Isogravura - gravura em isopor” tem por objetivo familiarizar o público com a técnica da gravura em geral a partir da confecção de uma pequena matriz de isopor e na obtenção de sua estampa através da impressão da mesma. O processo de im-pressão da isogravura lembra o da gravura em metal, porém é muito menos complexo. Essa oficina terá sessões para pessoas com deficiências e para crianças maiores de cin-co anos, ambas ministradas pela artista plástica e educa-dora Paula Pedroso.

As tradicionais ações edu-cativas Contação de Histórias em Libras - Português e Libras de Arruar completam a pro-gramação. Na primeira, uma educadora surda (cujo idioma

materno é Libras) narrará his-tória com uso de adereços e objetos cênicos relacionados com a temática, ao mesmo tempo em que um educador bilíngue repassará a história em Português. O tema para a contação de história do mês de agosto é “As memórias de André”. Já em Libras de Arru-ar, transeuntes que passarem em frente à Caixa Cultural serão convidados por educa-dores em Libras a conhecer mais sobre a Caixa Cultural, o contexto histórico e cultural do centro de São Paulo e so-bre Libras e a Cultura Surda.

A PROGRAMAÇÃO Oficina: Experiências

calcográficas: interlocuções com a obra gráfica de GoyaOficineiro: Marcelo Heleno

Data: 26/08/2017Horário: das 10h às 17h

Duração: 7 horasPúblico: Estudantes e interes-sados nas áreas de gravura,

artes, design, fotografia, ilustração a partir de 16 anos.

Inscrições: Individuais por telefone

Capacidade: 25 participantes

Oficina: Folclore - confecção de máscarasOficineira: Sonia Masil

Data: 22, 23, 24 e 25/08/2017

Horário: 9h30 e 14h30Duração Total: 2h

Público: Crianças a partir de 7 anos

Inscrições: Agendamento para grupos por telefone

Capacidade: 25 pessoas por turma

Ação Educativa: Libras de arruar

Mediadoras: Ana Maria Viana e Priscila Pereira de Souza

Datas: 30/08/2017 - quarta-feira

Horário: 14h30Duração: Uma hora

Público: Interessados em geral (a partir de 07 anos)

Inscrições: Não há necessida-de de inscrição prévia

Capacidade: Livre

Oficina: Isogravura - gravura em isopor

Oficineira: Paula PedrosoData: 31/08/2017

quinta-feiraHorários: 9h30 e 14h30 -

uma turma em cada horárioDuração total: 2h

Público: pessoas com síndro-me de down ou deficiência

intelectual, a partir de 5 anos

(participantes com deficiência de mobilidade nos membros

superiores deve ter um acom-panhante individual)

Inscrições: Agendamento para grupos por telefone

Capacidade: 25 pessoas por turma

Serviço:Programa Educativo Caixa Gente Arteira Praça da Sé, 111 - CentroMais informações: (11) 3321-4400E-mail: [email protected]: www.facebook.com.br/caixaculturalSaoPauloAcesso para pessoas com deficiênciaPatrocínio: Caixa Econômica Federal

Fotos - Gente Certeira/Caixa Cultural

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10 SP - Agosto a 15 de setembro de 2017ARTES E CULTURA

Com linguagem clow-nesca e commedia Dell`arte, o espetácu-

lo Lampião no Inferno é um musical divertido, com perso-nagens caricatos, que relata a hipotética chegada de Lam-pião no inferno, o que provo-ca uma grande revolução.

O espetáculo é da li-nha e do nível de ‘’Auto da Compadecida’’ e ‘’Morte e Vida Severina”, e deve ser assistido e apreciado como tal. Trata-se, portanto, de um obra de grande rele-vância para o folclore bra-sileiro. Uma obra feita para divertir, cheia de conteúdos de duplo sentido.

O texto é de Jairo Lima, a direção/adaptação e trilha sonora de Genes Holder e o elenco é composto por Felipe Rua (Lampião), Den-

Em nova versão, o clássico de Nelson Rodrigues (1912-

1980) ganha as ruas. O di-retor Pedro Granato traz a trama para a cidade, a céu aberto, tendo as avenidas como pano de fundo, na montagem do núcleo de pesquisa do teatro Peque-no Ato, que está a encena--la na Praça Roosevelt, frente à rua Augusta.

O núcleo do Peque-no Ato, responsável pelas montagens de Fortes Bati-das (vencedora de prêmios APCA, São Paulo e Zé Re-nato) e 11 Selvagens (que volta em cartaz em setem-bro), em O Beijo no Asfal-to une técnicas do teatro de rua com o conceito do “site specific” - a proposta é apresentar a peça ao en-tardecer, transformando a cidade em cenário. As es-cadas são as arquibancadas para o público.

Na trama de Nelson

Teatro do Ator será palco de Lampião no Inferno

nis Teixeira (Satanás), David Souza (Coxo), Bianca Alves (Forrobodó), Mij Acsanner (um homem e Padre Cíce-ro), D´Elly Pyzzinny (Anjo), Paloma Gavinhos (uma mu-lher e Macela), Madeleine Akye (Trepadeira) e Genes Holder (Canguinha).

A coreografia de Lam-pião no Inferno foi concebi-da por D´Elly Pyzzinny, os adereços, por Ricardo Del-gado e as artes visuais, por Carol Shimeji.

Serviço: Teatro do AtorPça. Franklin Roosevelt, 172Temporada: 09 a 30/09Sessões: Sábados, às 18hClassificação etária: 12 anosIngressos:R$ 50 e R$ 25 (meia).

O Beijo no Asfalto, de Nelson Rodrigues, encenado na rua.

Rodrigues, Arandir sofre um massacre midiático por dar um beijo em um homem que morria após ser atropelado. A polícia, procurando abafar escândalos, encampa uma cruzada moralista seguindo a estética do linchamento, tão comum nos dias de hoje.

Utilizando coros e ele-mentos contemporâneos, a nova versão revigora o im-pacto da tragédia rodrigue-ana. Na rua, a violência e a homofobia estão muito mais latentes. O atropelamento é uma possibilidade real e

a r5epresentação joga com essa tensão entre a cena e o cotidiano ao redor.

“A própria Praça Roose-velt é um espaço de dispu-ta na cidade. Revitalizada especialmente pela ação dos teatros, sofre agora um processo de gentrificação e diversas proibições de uso. Ocupá-la com uma obra tão emblemática sobre abusos de poder é resgatar o po-tencial provocador da obra de Nelson Rodrigues”, diz o diretor Pedro Granato.

Ficha técnica - Texto:

Nelson Rodrigues; direção: Pedro Granato; elenco: An-dré Salama, Diego Dac, Fhe-lipe Chrisostomo, Gabriela Fontana, Gustavo Pompiani, Isabela Fikaris, Maria Eduar-do Machado, Mariana Beda, Mau Machado e Roberto Garcia; assistência de dire-ção: Gabriel Tavares; direção musical: Gustavo Pompiani; cenário: Diego Dac; asses-soria de imprensa: Adriana Balsanelli; produção: Con-torno Produções e Pequeno Ato; direção de produção: Jessica Rodrigues e Victória Martinez; realização: Peque-no Ato.

Serviço:O Beijo no AsfaltoTemporada: 12 de agosto a 3 de setembroApresentações: Sábados e domingos, às 16hPraça RooseveltDuração: 90 minutosClassificação etária: Livre

A MRG Produções Artís-ticas traz a São Paulo a peça infantil “Tistu - O

Menino do Dedo Verde”, para duas apresentações no Teatro Gazeta: dias 26 e 27 de agos-to, às 16h, com 60 minutos de duração e classificação li-vre. Adaptada e dirigida por Edson Bueno, a reprodução do livro escrito por Mauri-ce Druon, Menino do dedo Verde, tem no elenco Wenry Bueno, Jeff Bastos, Amanda Leal e Guilherme Andrade.

Tistu é um menino de 8 anos que desde pequeno era

“Tistu - O Menino do Dedo Verde” no Teatro Gazeta

especial, de um modo que ninguém, nem mesmo ele, sabia. Sua mágica capacidade de fazer florescer tudo quan-to toca é uma simples e dire-ta metáfora de tudo quanto o homem pode fazer pelo meio

ambiente, mas que insiste em desacredi-tar de seu p r ó p r i o poder e faz justamente o contrário.

A encenação do livro é uma nova aventura artística, um encontro de sonhos e uma possibilidade de levar esta grande criação literária para milhares de crianças que le-vam para si uma importante

lição de vida. A mensagem de “Tistu - O Menino do Dedo Verde” é tão forte e impactante que deixa mar-cas encantadas em quem faz parte do espetáculo.

Serviço:Teatro Gazeta Avenida Paulista, 900, térreoCapacidade: 680 lugaresIngressos: R$ 60 e R$ 30 (meia) + taxa administrativaVenda online: http://www.teatrogazeta.com.brInformações e bilheteria: (11) 3253-4102

Ana Alexandrino

Chico Nogueira

Chico Nogueira

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11SP - Agosto a 15 de setembro de 2017 ARTES E CULTURA

Comédia política que flerta com o humor negro, o absurdo e o

grotesco em uma história de perda e vingança, Os Maus cumpre temporada na Cia da Revista de 12 de agosto a 3 de setembro. As apresenta-ções acontecem sempre aos sábados, às 21h e domingos, às 19h. A direção e a drama-turgia são de Fernando Nits-ch e representa a primeira parte de uma trilogia intitu-lada Não Restará Mais Nada.

A peça retrata os per-dedores de forma grotesca. Em uma igreja abandonada, o destino desses homens será modificado para sempre após um encontro forçado. Os sonhos individuais se desmancham ao se depara-rem com a terrível realidade que os cercam. E a solução encontrada não parece ser a mais correta. Muitas são as

Os Maus em cartaz na Cia da Revista: história em clima político.

dúvidas, porém, uma é a cer-teza: do caos vem a barbárie.

O espetáculo segue em clima de comédia. Até a derrota do Brasil por 7 x 1 para a Alemanha é colocada como uma metáfora para re-lembrar a questão das frus-trações dos personagens. A encenação parte do estudo do bufão, com um trabalho físico intenso dos atores, es-tabelecendo um clima que evidencia a mistura de iro-nia, falsa moral e hipocrisia dos personagens, que tam-bém se reflete no figurino.

O cenário é uma igreja abandonada ou fechada para reformas. A iluminação reve-la uma atmosfera noir com a penumbra, um clima que dialoga com os quadrinhos do autor Frank Miller. Um dos exemplos é o clássico soturno Batman: O Cavalei-ro das Trevas (1986), e tam-

bém conta com desenhos de Klaus Janson.

Fernando Nitsch falou sobre os elementos que com-põe a montagem. “O ponto de partida para a criação do espetáculo é o livro O Capi-tal no Século XXI, de Thomas Piketty, onde o autor abor-da o tema da desigualdade em que o sistema privilegia poucos em detrimento de muitos. Outra base foi a obra Deus, Um Delírio, do cien-

tista Richard Dawkins. As-sim podemos abordar o lado religioso, junto a aspectos políticos e econômicos que caracterizam toda a orques-tração. Além disso, inserimos a comédia, as referências de Frank Miller, as lutas em cena, características que toda boa história em quadrinhos pode ter”.

“A concepção de direção e de dramaturgia foi pen-sada no conceito carrossel

e Adereços: Marcela Dona-to; Iluminação: Yuri Cumer; Preparador de bufão: Bruno Guida; Preparador de luta: Mario Luiz; Design gráfico: Marina Kablukow; Produção: Ana Carolina Raymundo.

Serviço:Temporada: de 12 de agosto a 3 de setembroEspetáculos: Sáb. às 21h e dom., às 19hGênero: Comédia PolíticaDuração: 70 minutosClassificação etária: 14 anosIngressos: R$ 40 e R$ 20 (meia)Cia da RevistaAl. Nothmann, 1135 - Santa CecíliaTel.: 3791-5200Capacidade: 80 lugaresIngressos pela internet:http://compreingressos.com/espetaculos/7991-os-maus

de atrações, de Vsevolod Meyerhold. A ideia é de que cada cena traz uma nova informação, um novo gati-lho e fôlego para a plateia. E acima de tudo, o projeto nasceu com a intenção de discutir um tema dos nossos tempos, um assunto potente e cotidiano que precisa es-tar em evidência, como as questões que contaminam as nossas vidas”, finaliza o diretor.

Ficha TécnicaTexto e direção: Fernan-

do Nitsch; Assistente de di-reção: Gisele Valeri; Elenco: Decio Pinto Medeiros, Fer-nando Nitsch, Gustavo Bri-cks, Heitor Goldflus, Mario Luiz, Mateus Menoni, Muri-lo Cezar, Nelsinho Ribeiro e Paulo Vasconcelos; Cenário: Fernando Nitsch e Mateus Fiorentino; Trilha Original: Bruno Monteiro; Figurino

A maior parte de nós tem acompanhado, o mais próximo possí-

vel, a atuação dos últimos prefeitos de São Paulo. As-sim foi com Maluf, Pitta, Marta, Serra, Kassab e Ha-ddad, e agora o Dória. O que temos constatado com todas as suas propostas de “mu-danças” e inovações, é que nossa cidade, nossa esplên-dida urbe, continua sofren-do com problemas simples como buracos nas calçadas, iluminação precária, o lixo que se esparrama, a falta de educação nos convívios sociais diversos. Temos uma área de segurança pública

Por que São Paulo não se transforma na metrópole fantástica do século XXI?

que não consegue se inte-grar e permitir ao cidadão a liberdade de estar no espa-ço público, de compartilhar uma manhã calorosa ou um frescor do entardecer.

O que acontece com a nossa cidade, que tem uma arrecadação estupenda advin-da de impostos como IPTU, 50 por cento do IPVA, ISS, ITBI, entre outros? Qual a ciência envolvida para, por exemplo, se decidir sobre alo-cação de recursos e materiais para tapar buracos e prever a adequada manutenção e zela-doria dos espaços de convívio?

No decorrer dos anos, assistimos ao desenvolvi-

mento de diversas formas culturais e ao fortalecimen-to de laços da população com a cidade, e por que isso não se repete nas es-truturas públicas, na gestão da cidade? Por que tudo é tão moroso e muito é inefi-ciente? Não contamos com

servidores públicos, arqui-tetos, engenheiros e outros profissionais qualificados para planejar, desenvolver planilhas, projetos, etc? Ou será que são os políti-cos, em sua maioria dados à corrupção, que impedem a materialização das ini-

ciativas mais adequadas e necessárias à promoção de uma acolhedora cidade?

As respostas a essas in-dagações estão dentro de cada um de nós cidadãos preocupados com o bem estar coletivo e com o de-senvolvimento de todo o po-

tencial da nossa cidade. Faca sua parte, participe da vida pública com amor e dedica-ção. Viva São Paulo!

Por Carlos Beutel, Roberto Sambi Colotto, Thais Brandt e Paula Gonçalves Dias.

Juliana Smanio

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