ementário selecionado tj/sc

324
EMENTÁRIO SELECIONADO TJ/SC Edição 4 de 7 de Fevereiro de 2013. Órgão Especial 1. Lei Estadual que interfira nas atribuições de secretarias e de órgãos da Administração Pública, e crie despesa, é de iniciativa privativa do Governador do Estado. 2. Padece de inconstitucionalidade Lei Municipal que autoriza prefeito ausentar território nacional qualquer período. Câmaras de Direito Criminal 3. A materialidade do crime de estelionato não deve ficar condicionada a fórmula simplista. 4. Apesar do pequeno valor da res furtiva, a prática de tentativa de furto qualificado pelo arrombamento obsta o reconhecimento do princípio da insignificância. 5. Sem prova da materialidade do crime, inexiste justa causa para a deflagração da ação penal. 6. Possibilidade da juntada de documentos em processo de competência do tribunal do júri. 7. Não é necessário conhecimento da vítima a respeito da arma do crime para configurar-se o roubo. 8. Mera denúncia anônima não é suficiente para condenação por tráfico de drogas. 9. Decretada a prisão domiciliar no curso da instrução do processo, não pode ser determinada a preventiva no momento da sentença, se inexistente fato novo a justificar medida mais extrema. Câmaras de Direito Civil 1. Sem comprovação, a acusação de agiotagem não impede cobrança de dívida. 2. Pensão alimentícia favor mulher jovem e saudável, recém separada marido, ñ deve servir de incentivo à ociosidade 3. O vício oculto em automóvel vendido autoriza rescisão de contrato pelo comprador e fixação de quantum a título de danos morais. 4. A inscrição indevida do autor por trinta e duas vezes no rol de devedores do SPC demonstra a intensidade do sofrimento ocasionado ao ofendido e justifica a majoração de indenização por danos morais. 5. Não há dano moral em fato classificado como "momento de desinteligência". 6. Apenas a concepção de filho não é razão suficiente para caracterizar união estável. 7. Sentimentos de desgosto após desilusão amorosa são inerentes ao risco de todo compromisso amoroso e não causa abalo moral. 8. Assembléia de condomínio não pode deliberar sobre a finalidade de locação comercial de sala, sem a presença do seu proprietário. 9. A legislação não exige que a notificação prévia de inclusão na lista de maus pagadores seja feita pessoalmente. Câmaras de Direito Comercial 1. A suspensão do processo a partir da morte da parte enseja nulidade relativa, sendo válidos os atos praticados desde que não haja prejuízo aos interessados. 2. A desconsideração da personalidade jurídica é medida extrema, e por isso a simples alegação ou a mera presunção da dissolução irregular da sociedade não basta para que se reconheça.

Upload: dionei-morestoni

Post on 08-Nov-2015

250 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

Seleção De jurisprudencia do Tribunal de Justiça de Santa Catarina

TRANSCRIPT

EMENTRIO SELECIONADO TJ/SC

Edio 4 de 7 de Fevereiro de 2013.rgo Especial1. Lei Estadual que interfira nas atribuies de secretarias e de rgos da Administrao Pblica, e crie despesa, de iniciativa privativa do Governador do Estado.2. Padece de inconstitucionalidade Lei Municipal que autoriza prefeito ausentar territrio nacional qualquer perodo.Cmaras de Direito Criminal3. A materialidade do crime de estelionato no deve ficar condicionada a frmula simplista.4. Apesar do pequeno valor da res furtiva, a prtica de tentativa de furto qualificado pelo arrombamento obsta o reconhecimento do princpio da insignificncia.5. Sem prova da materialidade do crime, inexiste justa causa para a deflagrao da ao penal.6. Possibilidade da juntada de documentos em processo de competncia do tribunal do jri.7. No necessrio conhecimento da vtima a respeito da arma do crime para configurar-se o roubo.8. Mera denncia annima no suficiente para condenao por trfico de drogas.9. Decretada a priso domiciliar no curso da instruo do processo, no pode ser determinada a preventiva no momento da sentena, se inexistente fato novo a justificar medida mais extrema.Cmaras de Direito Civil1. Sem comprovao, a acusao de agiotagem no impede cobrana de dvida.2. Penso alimentcia favor mulher jovem e saudvel, recm separada marido, deve servir de incentivo ociosidade3. O vcio oculto em automvel vendido autoriza resciso de contrato pelo comprador e fixao de quantum a ttulo de danos morais.4. A inscrio indevida do autor por trinta e duas vezes no rol de devedores do SPC demonstra a intensidade do sofrimento ocasionado ao ofendido e justifica a majorao de indenizao por danos morais.5. No h dano moral em fato classificado como "momento de desinteligncia".6. Apenas a concepo de filho no razo suficiente para caracterizar unio estvel.7. Sentimentos de desgosto aps desiluso amorosa so inerentes ao risco de todo compromisso amoroso e no causa abalo moral.8. Assemblia de condomnio no pode deliberar sobre a finalidade de locao comercial de sala, sem a presena do seu proprietrio.9. A legislao no exige que a notificao prvia de incluso na lista de maus pagadores seja feita pessoalmente.Cmaras de Direito Comercial1. A suspenso do processo a partir da morte da parte enseja nulidade relativa, sendo vlidos os atos praticados desde que no haja prejuzo aos interessados.2. A desconsiderao da personalidade jurdica medida extrema, e por isso a simples alegao ou a mera presuno da dissoluo irregular da sociedade no basta para que se reconhea.3. A duplicata protestada fora do prazo estabelecido, depois de acordo ente as partes que o alterou, caracteriza ato ilcito que enseja indenizao.Cmaras de Direito Pblico1. Candidata no pode ser prejudicada em prova de ttulo por atraso de diploma.2. Acmulo das atividades de vereador e de ocupante de cargo comissionado na CELESC no fere Lei Orgnica Municipal.Cmara Especial Regional de Chapec1. Falta de comprovao da perda da posse em funo de ato ilcito praticado por terceiro, conduz, invariavelmente, improcedncia da ao de reintegrao.Turmas de Recursos2. A multa aplicvel ao consumidor em virtude do cancelamento das passagens, antes do voo, deve ser razovel e atender s circunstncias do caso.3. Em sede de juizados especiais, admissvel a impetrao de mandado de segurana nas hipteses em que a deciso atacada for reputada como ilegal ou com abuso de poder, e desde que no seja cabvel outro recurso.rgo Especial1. ADI. LEI QUE INSTITUI A POLTICA DE PREVENO, DIAGNSTICO E TRATAMENTO DO CNCER BUCAL NO ESTADO DE SANTA CATARINA. VETO INTEGRAL DO GOVERNADOR DO ESTADO QUE FOI DERRUBADO PELA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA, COM CONSEQUENTE PROMULGAO. INTERFERNCIA DIRETA EM ATIVIDADES DE SECRETARIAS E RGOS DA ADMINISTRAO PBLICA QUE IMPORTA EM AUMENTO DE DESPESA PBLICA. VIOLAO PRERROGATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO ESTADUAL. ARTIGOS 32, 50, 2, INCISO VI, E 52, INCISO I, TODOS DA CONSTITUIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA. PROCEDNCIA DO PEDIDO INICIAL, COM EFEITOS EX TUNC. A lei estadual que interfere nas atribuies de secretarias e de rgos da Administrao Pblica, alm de criar despesa, de iniciativa privativa do Governador do Estado. Processo: 2010.074077-2. Relator: Des. Jnio Machado. Julgamento: 19/09/2012. Data de Publicao: 29/01/2013. Classe: ADI

2. AO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. PREFEITO. AUSNCIA DO PAS POR QUALQUER PERODO. LICENA DA CMARA DE VEREADORES. IMPOSIO PELA LEI ORGNICA. DESCABIMENTO. DESRESPEITO AO MODELO CONSTITUCIONAL FEDERAL E ESTADUAL (ARTS. 49 E 83 DA CR/88 E ARTS. 40 E 70 DA CE/89). PRECEDENTES DO STF E DESTA CORTE. PEDIDO PROCEDENTE. A exigncia de licena da Cmara de Vereadores para que o Prefeito possa se ausentar do territrio nacional por qualquer perodo revela-se inconstitucional, porquanto viola o modelo previsto nos artigos 40 e 70 da Constituio do Estado, que, por sua vez, est em sintonia com o modelo federal previsto nos artigos 49 e 83 da Constituio da Repblica, segundo os quais a licena s exigvel quando a ausncia do Chefe do Poder Executivo exceder a quinze dias. Precedente desta Corte: "'Prefeito municipal. Ausncia do pas. Necessidade de licena prvia da Cmara Municipal, qualquer que seja o perodo de afastamento, sob pena de perda do cargo. Inadmissibilidade. Ofensa aos arts. 49, III, e 83, cc. art. 29, caput, da CF. Normas de observncia obrigatria pelos estados e municpios. Princpio da simetria.' . Relator: Des. Salim Schead dos Santos. Origem: Balnerio Cambori. rgo Julgador: rgo Especial. Data de Julgamento: 15/08/2012. Data de Publicao: 29/01/2013.

Cmaras de Direito Criminal3. APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O PATRIMNIO. ESTELIONATO (ART. 171, CAPUT, DO CDIGO PENAL) E FRAUDE NO PAGAMENTO POR MEIO DE CHEQUE (ART. 171, 2, INCISO VI, DO CDIGO PENAL). RU QUE OFERECE COMO PAGAMENTO CHEQUE DE TERCEIRO SEM PROVISO DE FUNDOS. DOLO EVIDENCIADO A PARTIR DAS CIRCUNSTNCIAS QUE PERMEIAM O CASO. ACUSADO QUE NEGOU TER OFERTADO A CRTULA EM QUESTO, QUE SE ESQUIVOU A TODO MOMENTO DO CUMPRIMENTO DA OBRIGAO CONTRADA, QUE POSSUI OUTROS BOLETINS DE OCORRNCIA LAVRADOS EM SEU DESFAVOR E QUE RESPONDE A OUTRA AO PENAL POR ESTELIONATO. CONDENAO PELO CRIME DE ESTELIONATO QUE SE IMPE. ABSOLVIO INVIVEL. R QUE EMITE CHEQUE PS-DATADO, A PEDIDO DE SEU PAI, E PROVIDENCIA SUA SUSTAO, SOB A TESE DE DESAVENA NEGOCIAL, FRUSTRANDO O PAGAMENTO. INEXISTNCIA DE PROVAS SUFICIENTES DO DOLO ESPECFICO DE FRAUDAR QUANDO DA EMISSO DO CHEQUE. ABSOLVIO QUE SE IMPE. SENTENA REFORMADA EM PARTE. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. O agente que oferece cheque de terceiro como pagamento por mercadorias adquiridas sabendo que no prestar ao adimplemento da obrigao, dada a insuficincia de fundos, possui o ntido propsito de obter vantagem em prejuzo alheio mediante fraude, razo pela qual comete, sem dvidas, o delito previsto pelo art. 171, caput, do Cdigo Penal. 2. Os Tribunais ptrios, via de regra, tem afastado a ocorrncia de estelionato, tanto em sua forma fundamental quanto na modalidade prevista no 2, VI, do art. 171 do CP, nas hipteses em que o negcio frustrado em razo de cheque ps-datado inbil a cumprir a obrigao, considerando subsistir, em tais casos, simples ilcito civil. Entendo, todavia, que a materialidade do crime de estelionato no deve ficar condicionada a tal frmula simplista, mas, pelo contrrio, estar evidenciada, sem dvida, sempre que verificada, no caso concreto, a concorrncia das elementares insculpidas no tipo penal pertinente e do animus lucri faciendi do agente, ou seja, se as circunstncias do caso concreto denotarem, de forma incontestvel, ter estado o agente imbudo do dolo de fraudar quando da emisso do cheque, ainda que tenha antedatado este. Por outro lado, quando no comprovado cabalmente que o acusado estava contaminado pelo dolo especfico necessrio configurao do crime de estelionato, isto , de obter vantagem ilcita mediante engodo, dever ser absolvido. Processo: 2012.018594-1. Relator: Des. Paulo Roberto Sartorato. Julgamento: 18/12/2012.

4. APELAO CRIMINAL RECEBIDA COMO RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. FURTO TENTADO COM ARROMBAMENTO (ART. 155, 4, I, C/C ART. 14, II, AMBOS DO CDIGO PENAL). DECISO QUE NO HOMOLOGOU A PRISO EM FLAGRANTE DO ACUSADO PELA APLICAO DO PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA. COISA JULGADA QUE ATINGE SOMENTE A PARTE DISPOSITIVA DA DECISO (ART. 469, I, CPC). CARNCIA DE IMPEDIMENTO AO OFERECIMENTO DA DENNCIA. POSSIBILIDADE DE REDISCUSSO DO FUNDAMENTO UTILIZADO NO CASO DE POSTERIOR OFERECIMENTO DE DENNCIA. PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA. BENESSE INAPLICVEL NA ATUAL SITUAO EM APREO EM RAZO DO MODUS OPERANDI PRATICADO. HOMOLOGAO DO FLAGRANTE. VIABILIDADE. AUSNCIA DOS REQUISITOS NECESSRIOS DECRETAO DA PRISO PREVENTIVA E MEDIDA CAUTELAR. LIBERDADE PROVISRIA DECRETADA. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2010.067676-9. Relator: Des. Newton Varella Jnior. Julgamento: 18/12/12. Classe: Apelao Criminal.

5. HABEAS CORPUS - PLEITO QUE VISA TRANCAMENTO DA AO PENAL - PECULATO - PACIENTE QUE, EM TESE, INTERMEDIOU VALORES REPASSADOS DO ESTADO PARA EVENTO CULTURAL EM MUNICPIO E TERIA SE APROPRIADO DE PARTE DA VERBA - DENNCIA OFERTADA SEM PROVA MNIMA OCORRNCIA CRIME - AUSNCIA DE JUSTA CAUSA CONFIGURADA - CONCESSO PEDIDO DE ORDEM. Processo: 2012.087425-1. Relator: Des. Moacyr de Moraes Lima Filho. Julgamento: 08/01/13. 6. HABEAS CORPUS. HOMICDIO. INDEFERIMENTO DA JUNTADA DE DOCUMENTAO APRESENTADA PELA DEFESA NA FASE DO ART. 422 DO CPP. DOCUMENTOS DESTINADOS A INFLUENCIAR A CONVICO DO JRI. IRRELEVNCIA QUE NO PODE SER VERIFICADA PELO MAGISTRADO DE PLANO. VIOLAO AMPLA DEFESA E AO CONTRADITRIO. CONSTRANGIMENTO ILEGAL EVIDENCIADO. ORDEM CONCEDIDA. Processo: 2012.084123-8. Relator: Des. Torres Marques. Origem:

7. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMNIO. ROUBO MAJORADO PELO EMPREGO DE ARMA (ART. 157, 2, I, CP). IRRESIGNAO DEFENSIVA. NEGADO DIREITO DE RECORRER EM LIBERDADE. ACUSADO QUE PERMANECEU SEGREGADO DURANTE TODA INSTRUO. MOTIVAO SUFICIENTE MERA MANUTENO CUSTDIA CAUTELAR, DIANTE DA AUSNCIA DE ALTERAO DA SITUAO FTICA E PERSISTNCIA DOS FUNDAMENTOS PREVIAMENTE AVALIADOS. MRITO. PRETENDIDA A DESCLASSIFICAO PARA O CRIME DE FURTO SIMPLES. IMPOSSIBILIDADE. GRAVE AMEAA, EXERCIDA COM EMPREGO DE ARMA DE FOGO, COMPROVADA PELO DEPOIMENTO DE UMA DAS VTIMAS EM JUZO, EM HARMONIA COM O QUE FOI PRODUZIDO NA FASE ANTERIOR. ROUBO CONFIGURADO. PLEITO SUBSIDIRIO DE AFASTAMENTO DA MAJORANTE DO EMPREGO DE ARMA. NO APREENSO DO INSTRUMENTO E AUSNCIA DE PERCIA. IRRELEVNCIA. SUPRIMENTO PELA PROVA TESTEMUNHAL. EXEGESE DO ART. 167 CPP. ORIENTAO STJ. SENTENA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E NO PROVIDO. Processo: 2012.069163-3. Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann..

8. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A SADE PBLICA. TRFICO ILCITO DE ENTORPECENTES (ART. 33, CAPUT, DA LEI 11.343/2006). SENTENA CONDENATRIA.PLEITO DEFENSIVO. ABSOLVIO POR AUSNCIA DE PROVAS. MATERIALIDADE DO FATO COMPROVADA. CONTUDO, AUTORIA NO PACIFICADA NOS AUTOS. AUSNCIA DE PRVIAS INVESTIGAES, CAMPANAS OU APREENSO DE DINHEIRO E USURIO. ACUSAO QUE SE BASEIA TO SOMENTE EM DENNCIA ANNIMA QUE NO INDICA O ACUSADO COMO TRAFICANTE. ACESSO INDISCRIMINADO DE OUTRAS PESSOAS AO LOCAL EM QUE FOI ENCONTRADO O MATERIAL ENTORPECENTE. CONJUNTO PROBATRIO ANMICO. AUSNCIA DE PROVAS QUANTO AUTORIA. NO COMPROVAO DO LIAME ENTRE O APELANTE E AS DROGAS APREENDIDAS. DVIDA QUE MILITA EM SEU FAVOR. FRAGILIDADE INCAPAZ DE ALICERAR O DITO CONDENATRIO. APLICAO DO PRINCPIO IN DUBIO PRO REO. ABSOLVIO QUE SE IMPE. SENTENA REPARADA.CORR NO APELANTE. EXTENSO DOS EFEITOS DA DECISO. INTELIGNCIA DO ART. 580 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2012.082543-0 (Acrdo). Relator: Des. Leopoldo Augusto Brggemann. Data de Julgamento: 15/01/2013.

9. HABEAS CORPUS. TRFICO DE DROGAS. SENTENA QUE INDEFERIU O RECURSO EM LIBERDADE. PACIENTE QUE OBTEVE DURANTE A INSTRUO PRISO DOMICILIAR EM RAZO DA GRAVIDEZ. REVOGAO DA BENESSE COM A DECRETAO DA PRISO PREVENTIVA PARA GARANTIA DA ORDEM PBLICA. MOTIVAO INSUFICIENTE PARA MODIFICAR A PRISO DOMICILIAR DA PACIENTE. ARTIGO 318, INCISO II, CPP. ORDEM PARCIALMENTE CONCEDIDA. Processo: 2012.087410-3 (Acrdo). Relator: Des. Jos Everaldo Silva. Origem: So Jos. Julgamento: 18/12/2012. Classe: Habeas Corpus.

Cmaras de Direito Civil10. APELAO CVIL. AO MONITRIA FUNDADA EM ESCRITURA PBLICA DE CONFISSO DE DVIDA COM GARANTIA HIPOTECRIA. ARGUIO DE NULIDADE DO TTULO. ALEGADA COBRANA DE JUROS EXCESSIVOS. TESE DE SUPOSTA PRTICA DE AGIOTAGEM. AUSNCIA DE PROVA QUE INDIQUE A OCORRNCIA DO ILCITO. INVIABILIDADE. ART. 333, II DO CPC. SUBSTITUIO, EX OFFICIO, DO NDICE DE CORREO MONETRIA APLICADO NA SENTENA (SELIC) PELO INPC. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. A alegao de juros exorbitantes e prtica de agiotagem merecem prova inequvoca por parte do devedor, como prev o art. 333, II CPC, para que se estabelea a ilicitude do ttulo. Processo: 2012.074367-1 Relator: Des. Saul Steil. Julgamento: 08/01/2013. Juiz Prolator: Gustavo Santos Mottola. Classe: Apelao Cvel.

11. AGRAVO DE INSTRUMENTO. CAUTELAR INOMINADA. ALIMENTOS PROVISRIOS DEVIDOS EX-ESPOSA. VERBA FIXADA EM 8 SALRIOS MNIMOS. IRRESIGNAO DA ALIMENTANDA. PEDIDO DE MAJORAO. QUANTUM EM CONSONNCIA COM O BINMIO NECESSIDADE E POSSIBILIDADE. DECISO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Fixar-se- os alimentos tendo em conta a necessidade econmica de quem pede e o recurso financeiro de quem os paga; no se olvidando que a obrigao calcada no dever de mtua assistncia, advindo do affectiofamiliaritatis, somente devida se ficar comprovada a impossibilidade de o ex-cnjuge prover sua prpria subsistncia. Processo: 2012.071706-1. Julgamento: 08/01/2013.

12. APELAO CVEL. AO DE RESCISO CONTRATUAL POR VCIOS REDIBITRIOS C/C DANOS MORAIS. COMPRA E VENDA DE VECULO USADO. MOTOR REMARCADO. REGRAVAO NO REGISTRADA NO CRLV. FATO NO INFORMADO AO COMPRADOR. VCIO OCULTO QUE AUTORIZA PROCEDNCIA DE PEDIDO DE RESCISO CONTRATUAL. IMPOSSIBILIDADE DE TRANSFERNCIA DO VECULO. VECULO REPROVADO EM VISTORIA. DANO MORAL CARACTERIZADO. VALOR RAZOVEL E PROPORCIONAL. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. Processo: 2012.076194-7. Julgamento: 08/01/2013. 13. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO POR DANOS MORAIS. INSCRIO INDEVIDA DO NOME DO AUTOR POR TRINTA E DUAS VEZES EM CADASTRO RESTRITIVO DE CRDITO. INEXISTNCIA RELAO NEGOCIAL ENTRE AS PARTES VERIFICADA. CONDUTA CULPOSA DA CASA BANCRIA. DANOS MORAIS PRESUMIDOS. DEVER DE INDENIZAR CARACTERIZADO. INSURGNCIA NO TOCANTE AO QUANTUM INDENIZATRIO FIXADO (R$ 10.000,00). VALOR INADEQUADO PARA O CASO SUB EXAMINE FRENTE AOS PARMETROS DA CMARA EM SITUAES ANLOGAS. MAJORAO PARA R$ 30.000,00. HONORRIOS ADVOCATCIOS. FIXAO DE ACORDO COM O ARTIGO 20, 3 DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. MAJORAO PARA 15% SOBRE CONDENAO ATUALIZADO. CORREO MONETRIA A PARTIR DESTA DATA. JUROS MORATRIOS. INCIDNCIA DESDE O EVENTO DANOSO. SUCUMBNCIA RECPROCA RECONHECIDA E MANTIDA NOS TERMOS DA SENTENA. RECURSO DO RU DESPROVIDO. RECURSO DO AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Configurado o ato ilcito, nasce para o responsvel o dever de indenizar os danos dele decorrentes. Constitui entendimento consolidado na jurisprudncia ptria que os danos morais resultantes de inscrio indevida nos cadastros dos rgos de proteo ao crdito so presumidos. 2. Para a fixao do quantum indenizatrio, devem ser observados alguns critrios, tais como a situao econmico-financeira e social das partes litigantes, a intensidade do sofrimento impingido ao ofendido, o dolo ou grau da culpa do responsvel, tudo para no ensejar um enriquecimento sem causa ou insatisfao de um, nem a impunidade ou a runa do outro. 3. Os honorrios advocatcios a serem pagos pelo sucumbente ao ex adverso devem se amoldar aos parmetros previstos nas alneas do 3 do art. 20 CPC. Processo: 2012.087817-0. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato Julgamento: 08/01/2013.

14. RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. AUTOR QUE ALEGA TER SIDO VTIMA DE AGRESSES FSICAS E VERBAIS PROFERIDAS PELO RU. EXISTNCIA TO-SOMENTE DE BOLETIM DE OCORRNCIA. DOCUMENTO PRODUZIDO UNILATERALMENTE. INEXISTNCIA DE PRESUNO JURIS TANTUM. NECESSIDADE DE OUTROS INSTRUMENTOS PROBATRIOS A FIM DE COMPROVAR A NARRATIVA DISCORRIDA NA EXORDIAL. PROVA TESTEMUNHAL QUE EM NADA COLABORA PARA O DESLINDE DA CONTROVRSIA. NUS PROBANDI QUE INCUMBIA AO AUTOR. EXEGESE DO ART. 333, I, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. DEVER DE INDENIZAR INEXISTENTE. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. No h que se cogitar em responsabilidade civil por ato ilcito e reparao de danos sem comprovao dos requisitos insculpidos no art. 186 do atual Cdigo Civil. Ademais, da dico do art. 333, I, Cdigo Processo Civil que incumbe ao autor nus da prova acerca dos fatos constitutivos seu direito. Processo: 2012.087164-0. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 15/01/2013. Juza Prolatora: Rosane Portella Wolff.

15. AO DE DISSOLUO DE UNIO ESTVEL. TERMO INICIAL. CONCEPO DA FILHA. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE PROVA ESCORREITA DOS REQUISITOS DO ART. 1.723 DO CDIGO CIVIL. AUSNCIA DE INDICATIVO NA HIPTESE. PREVALNCIA DA DATA INCONTROVERSA ACEITA PELA R. IMVEL. COMPRA ANTES DO RELACIONAMENTO. PAGAMENTO DE PARTE DAS PRESTAES, CONTUDO, NO SEU CURSO. RESTITUIO DE METADE DE TAIS VALORES. BENS MVEIS. PRESUNO DE AQUISIO NA CONSTNCIA DA RELAO NO DERRUDA. DVIDAS. DIVISO DAQUELAS SEGURAMENTE CONTRADAS NO CURSO DA UNIO. PRESUNO DE REVERSO EM PROVEITO DO CASAL. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. A concepo de filha no o bastante para caracterizar a unio estvel, pois essa demanda relao pblica, contnua e duradoura com o propsito de constituir famlia. Tem a ver, portanto, com o vnculo afetivo entre o casal. Estando provado que imvel foi adquirido antes da unio, mas de forma financiada, impende restituir ao parceiro o valor correspondente metade das parcelas pagas em seu curso, pois sobre todo o patrimnio formado na poca incide a presuno de acrscimo mediante esforo comum. O art. 1.662 do Cdigo Civil dispe que os bens mveis se presumem todos adquiridos na constncia da relao, quando no se provar que o foram em data anterior. Na unio estvel aplica-se o regime da comunho parcial de bens, razo pela qual esto sujeitas partilha tambm as dvidas contradas durante o seu curso, porquanto presumida a mtua colaborao na formao do patrimnio. Excluem-se, entretanto, dbitos contrados na poca do desate do relacionamento, cuja reverso em proveito do casal deveras duvidosa. Recurso parcialmente provido. Processo: 2012.078495-2 (Acrdo). Relatora: Des. Maria do Rocio Luz Santa Ritta. Julgamento: 15/01/2013.

16. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. RUPTURA DE RELACIONAMENTO ESTVEL. AUSNCIA DE DEMONSTRATIVO DE ATO DE MAIOR GRAVIDADE. FRACASSO NORMAL DO VNCULO. ABALO ANMICO NO OCORRENTE. SENTENA DE IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Os sentimentos de desgosto que dimanam de um conbio conjugal desfeito so inerentes ao risco de todo o compromisso amoroso. A tristeza, o abalo psicolgico, o choque, no fogem normalidade de qualquer desamor no bem resolvido, no passando de natural manifestao de ego ferido. Em casos desse jaez, o pleito de indenizao por danos morais somente poderia ser cogitado se evidenciada a prtica de um ato ilcito de extrema gravidade, propulsor do rompimento conjugal, cuja reparao teria amparo legal, independentemente da existncia ou no de uma relao amorosa. Processo: 2012.067718-3 (Acrdo). Relatora: Des. Maria do Rocio Luz Santa Ritta. Origem: Balnerio Cambori. rgo Julgador: Terceira Cmara de Direito Civil. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Apelao Cvel.

17. CIVIL. ANULAO ATO JURDICO c/c PERDAS E DANOS. PRETENDIDA ANULAO ASSEMBLIA GERAL EXTRAORDINRIA DE CONDOMNIO. SENTENA PROCEDNCIA. AVENTADA PRESCRIO DIREITO DE AO. INOCORRNCIA. DEMANDA QUE VERSA SOBRE NULIDADE ATO JURDICO. IMPRESCRITIBILIDADE. PRELIMINAR AFASTADA. CERCEAMENTO DEFESA ANTE JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE. PRETENDIDA PROVA TESTEMUNHAL. DESNECESSIDADE. EXISTNCIA AUTOS ELEMENTOS PROVA, SUFICIENTES AO PLENO CONVENCIMENTO DO JULGADOR. ENTENDIMENTO CONSOLIDADO NESTA CORTE DE JUSTIA. PROEMIAL RECHAADA. ASSEMBLIA GERAL EXTRAORDINRIA REALIZADA PARA DELIBERAR SOBRE A ALTERAO DA FINALIDADE DO IMVEL DO AUTOR, DESTINADO AO COMRCIO. APROVAO, NO ATO SOLENE, DA DESTINAO EXCLUSIVA PARA O FUNCIONAMENTO DE ESCRITRIO. IRRESIGNAO PROPRIETRIO POR FERIR DIREITO DE PROPRIEDADE. AUSNCIA DE CONVOCAO CONDMINOS PARA PRESENCIAR ATO, INCLUSIVE PRPRIO AUTOR, MAIOR INTERESSADO. CONVENO QUE PREV NECESSIDADE DE CONVOCAO POR CARTA ENTREGUE PESSOALMENTE. DOCUMENTAO CARREADA QUE NO DEMONSTRA O CUMPRIMENTO DA EXIGNCIA NO PRAZO DE CINCO DIAS ANTERIORES A DATA DA REUNIO. AUSNCIA, ADEMAIS, DE QURUM PARA DELIBERAR SOBRE A MATRIA PAUTADA, A QUAL EXIGIA A APROVAO UNNIME DOS CONDMINOS. REPRESENTAO POR PROCURAES SEM VALIDADE, POR NO APRESENTAREM OS NOMES DOS OUTORGADOS. VCIOS INSANVEIS QUE ACARRETAM A NULIDADE DO ATO. SENTENA MANTIDA NESTE PONTO. PLEITO DE INDENIZAO POR PERDAS E DANOS REFERENTE AO PERODO EM QUE O PROPRIETRIO NO PODE EXPLORAR LIVREMENTE SUA SALA COMERCIAL, ANTE A LIMITAO DA FINALIDADE. POSSIBILIDADE. DEMONSTRAO DOCUMENTAL DA DIFICULDADE DE LOCAO. DEVER DE INDENIZAR RECONHECIDO SOMENTE COM RELAO AO LAPSO TEMPORAL COMPROVADAMENTE DEMONSTRADO. SENTENA PROFERIDA NOS EMBARGOS DE DECLARAO MANTIDA. RECURSO ADESIVO. PLEITO DE MAJORAO HONORRIOS ADVOCATCIOS FORMULADO PELO PROCURADOR DO AUTOR. POSSIBILIDADE DE POSTULAR EM CAUSA PRPRIA. NATUREZA DA DEMANDA, TEMPO DE TRAMITAO, GRAU DE COMPLEXIDADE E ATOS PROCESSUAIS REALIZADOS QUE DEVEM SER SOPESADOS PARA O ARBITRAMENTO DO QUANTUM, SOB PENA DE ATENTAR CONTRA A DIGNIDADE DA NOBRE PROFISSO. FIXAO EM 20% VALOR DA CONDENAO. SENTENA REFORMADA EM PARTE. APELO DESPROVIDO E RECURSO ADESIVO PARCIALMENTE PROVIDO. curial que a produo de provas (pericial e testemunhal) dirigida ao juiz da causa e, portanto, para a formao de seu convencimento. Logo, se este se sentir habilitado para julgar o processo, calcado nos elementos probantes j existentes nos autos, pode, sintonizado com os princpios da persuaso racional e celeridade processual, desconsiderar o pleito de produo de tais provas, sem cometer qualquer ilegalidade ou cerceamento de defesa. Processo: 2012.069285-5. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 15/01/2013.

18. RESPONSABILIDADE CIVIL. INDENIZAO POR DANOS MORAIS. ALEGADA AUSNCIA DE NOTIFICAO PRVIA ACERCA DE INSCRIO DO NOME DO AUTOR EM CADASTRO DE RGO DE PROTEO AO CRDITO. DOCUMENTOS COLACIONADOS PELA R QUE COMPROVAM O ENVIO DA MENCIONADA NOTIFICAO PARA O ENDEREO INFORMADO PELO CREDOR. CUMPRIMENTO DO DISPOSTO NO ART. 43, 2, DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. ELEMENTOS PROBATRIOS INSUFICIENTES PARA A CARACTERIZAO DO ILCITO. NUS QUE CABIA PARTE AUTORA. DEVER DE INDENIZAR NO CONFIGURADO. RESPONSABILIDADE CIVIL AFASTADA. EXEGESE DO ART. 333, I, CPC. INVERSO NUS SUCUMBENCIAIS. SENTENA DE PROCEDNCIA REFORMADA. RECURSO DA R PROVIDO. RECURSO DO AUTOR PREJUDICADO. No h que se cogitar em responsabilidade civil por ato ilcito e reparao de danos sem comprovao dos requisitos insculpidos no art. 186 Cdigo Civil. Ademais, da dico do art. 333, I, CPC que incumbe ao autor o nus da prova acerca dos fatos constitutivos de seu direito. Processo: 2012.089139-8. Relator: Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento: 22/01/2013.

Cmaras de Direito Comercial19. APELAO CVEL. AO DE ANULAO DE ATO JURDICO. PEDIDO DE NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS NOS AUTOS DA AO DE EXECUO COM LASTRO EM TTULO EXTRAJUDICIAL. SENTENA DE IMPROCEDNCIA. IMVEL PENHORADO E ADJUDICADO PELO CREDOR. FALECIMENTO DA EXECUTADA NO COMUNICADO AO JUZO. HABILITAO DOS HERDEIROS E SUSPENSO DA EXECUO QUE NO SE VERIFICOU. ALEGADA NULIDADE DOS ATOS PROCESSUAIS PRATICADOS APS O BITO DE UM DOS EXECUTADOS. PRESENA DE LITISCONSORTE. AUSNCIA DE PREJUZO. NULIDADE RELATIVA. CONVALIDAO DOS ATOS PRETRITOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "A ausncia de suspenso do processo por morte da parte no gera nulidade se, no mesmo plo da relao processual, h litisconsorte (marido), que assumiu a inventariana do esplio e tomou cincia de todos os atos processuais subseqentes ao falecimento.". "A inobservncia do artigo 265, I, do CPC, que determina a suspenso do processo a partir da morte da parte, enseja apenas nulidade relativa, sendo vlidos os atos praticados, desde que no haja prejuzo aos interessados. A norma visa preservar o interesse particular do esplio e dos herdeiros do falecido e, no tendo sido causado nenhum dano a eles, no h por que invalidar os atos processuais praticados". Processo: 2010.074537-0. Relator: Des. Dinart Francisco Machado. Origem: Cricima. rgo Julgador: Segunda Cmara de Direito Comercial. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Apelao Cvel.

20. AGRAVO DE INSTRUMENTO. EXECUO POR QUANTIA CERTA. PEDIDO DE DESCONSIDERAO DA PERSONALIDADE JURDICA DA EMPRESA EXECUTADA. DEVEDORA EM LOCAL INCERTO, O QU, POR SI S, NO EVIDENCIA O ABUSO DE PODER DOS SCIOS. ADEMAIS, FALTA DE JUNTADA DA CERTIDO SIMPLIFICADA DA JUCESC E ESTATUTO SOCIAL DA EMPRESA. AUSNCIA, POR ORA, DOS REQUISITOS AUTORIZADORES DA DISREGARD DOCTRINE. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. "A desconsiderao da personalidade jurdica medida a ser tomada apenas em casos extremos, uma vez que visa relativizar a regra de que o patrimnio da empresa distinto do de seus scios ou administradores, de modo que estes passam a responder diretamente com seus bens particulares caso a pessoa jurdica seja utilizada para fins contrrios ao direito. A par disso, a simples alegao ou a mera presuno da dissoluo irregular da sociedade no basta para a desconsiderao da personalidade jurdica. Da mesma forma, como regra geral, para a aplicao da teoria da desconsiderao, no suficiente estar a pessoa jurdica impontual com suas obrigaes, inerte perante o processo de execuo e no possuir bens penhorveis. Para a aplicao da teoria disregard imprescindvel a demonstrao, por parte do credor (art. 333, I, CPC), atravs de provas contundentes, acerca do encerramento das atividades da sociedade de forma irregular ou dos demais requisitos legais previstos no art. 50 do Cdigo Civil (desvio de finalidade ou confuso patrimonial), os quais, no caso, no restaram comprovados, diante do que se mostrou de rigor a manuteno da deciso recorrida, que entendeu por prudncia no redirecionar o processo contra os scios da empresa executada.". Processo: 2012.032979-4. Relator: Des. Dinart Francisco Machado. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Agravo de Instrumento.

21. APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. IMPROCEDNCIA NA ORIGEM. RECURSO DA AUTORA. 1. DUPLICATAS PROTESTADAS. CONJUNTO PROBATRIO QUE INDICA A ALTERAO DAS DATAS DOS VENCIMENTOS. ATOS NOTARIAIS IRREGULARES PORQUE NO OBSERVARAM O ACORDO ENTRE AS PARTES. ATO ILCITO CONFIGURADO. 2. DANO MORAL INDENIZVEL. QUANTUM FIXADO. CORREO MONETARIA PARTIR DO ARBITRAMENTO (SMULA 362 STJ) E JUROS DE MORA, DO EVENTO DANOSO (SMULA 54 STJ). SENTENA REFORMADA. CONDENAO DA REQUERIDA AO PAGAMENTO DAS DESPESAS PROCESSUAIS E HONORRIOS DE 10% CONDENAO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. Processo: 2008.024578-7. Relator: Des. Raulino Jac Brning. Julgamento: 22/01/2013. Classe: Apelao Cvel.

Cmaras de Direito Pblico22. REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA. CONCURSO PBLICO. TITULAO. CURSO CONCLUDO DE PEDAGOGIA. DIPLOMA NO EMITIDO A TEMPO PELA INSTITUIO DE ENSINO POR RAZO BUROCRTICA, ESTANDO EM FASE DE REGISTRO. APRESENTAO DE DOCUMENTO CERTIFICADOR DA CONCLUSO. NO ACEITAO. ATO RRITO. TITULAO QUE DEVE SER CONSIDERADA. PRECEDENTES DA CORTE. SENTENA CONCESSIVA DA ORDEM CONFIRMADA. REMESSA DESPROVIDA. "A exigncia de apresentao de certificado ou diploma de curso de ps-graduao vlida, mas deve ser interpretada de modo a permitir que o candidato desprovido de tal documento por questo de ordem meramente burocrtica, mas que concluiu o curso em tempo hbil, considerando o prazo estabelecido no edital do concurso pblico, comprove essa condio por meio de declarao ou atestado e, por conseguinte, obtenha a pontuao correspondente ao ttulo.". Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Data de Julgamento: 15/01/2013. Publicao: 22/01/2013. Juiz Prolator: Paulo da Silva Filho. Classe: Reexame Necessrio em Mandado de Segurana.

23. APELAO E RECURSO ADESIVO. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. VEREADOR. EXERCCIO DE FUNO GRATIFICADA EM EMPRESA ESTADUAL. POSSIBILIDADE. INEXISTNCIA DE AFRONTA LEI ORGNICA DO MUNICPIO. PRECEDENTES DA CORTE. ATO MPROBO NO POSITIVADO. APELAO PROVIDA E RECURSO ADESIVO PREJUDICADO. O impedimento imposto ao Edil de ocupar cargo comissionado ou funo gratificada concomitantemente com o exerccio da vereana s vigora no Municpio em que se elegeu, "nada obstando a que aceite cargo, em comisso ou efetivo, funo ou emprego de outro Municpio, do Estado ou da Unio e que o exera, se os horrios forem compatveis", razo pela qual, nem de longe, h de conjecturar-se improbidade em tal forma de acumulao funcional. Processo: 2007.058863-9. Relator: Des. Joo Henrique Blasi. Origem: Videira. rgo Julgador: Segunda Cmara de Direito Pblico. Julgamento: 18/12/2012.

Cmara Especial Regional de Chapec24. APELAO CVEL. AO DE REINTEGRAO DE POSSE. ALEGADA OCUPAO PARCIAL DE IMVEL. AUSNCIA DE PROVA DOS REQUISITOS ESSENCIAIS AO MANEJO DA LIDE POSSESSRIA. DVIDA DE POSSE DA PARTE AUTORA E DE ESBULHO PELA PARTE R. REQUISITOS DO ARTIGO 927, INCISOS I E II, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL, NO COMPROVADOS. CONJUNTO PROBATRIO QUE NO DEMONSTRA INVASO DE REA DA AUTORA PELA EDIFICAO DOS RUS. EXEGESE DO ARTIGO 333, I CPC. SENTENA IMPROCEDNCIA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Processo: 2012.049741-3. Relator: Des. Mattos Gallo Jnior. Julgamento: 17/12/2012.

Turmas de Recursos25. RECURSO INOMINADO - CONSUMIDOR QUE ADQUIRIU BILHETES AREOS DE IDA E VOLTA ENTRE AS CIDADES DE NAVEGANTES E RIO DE JANEIRO - PEDIDO DE CANCELAMENTO DAS PASSAGENS ANTES DO VOO POR OPO DO CONSUMIDOR - COBRANA DE MULTA CUJO VALOR SE APROXIMA DE 70% DO VALOR DAS PASSAGENS - ABUSIVIDADE DA EMPRESA AREA - VIOLAO AO ART. 51, IV, CDC - LIMITAO 30% DAQUELE VALOR QUE SE IMPE ANTE AS CIRCUNSTNCIAS DO CASO - SOLUO EQUNIME - RAZOABILIDADE - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. Processo: 2012.700992-3 Relator: Juiz Osvaldo Joo Ranzi. Julgamento: 17/12/2012.

26. MANDADO DE SEGURANA - JUIZADO ESPECIAL - ADMISSIBILIDADE - IMPETRAO CONTRA DECISO QUE NEGOU IN LIMINE BENEFCIO DA JUSTIA GRATUITA, VEDANDO ACESSO AO SEGUNDO GRAU - WRIT CONHECIDO - SEGURANA CONCEDIDA. Em sede de juizados especiais, admissvel o manejo da ao mandamental nas hipteses em que a deciso atacada for reputada como ilegal ou com abuso de poder, e desde que no seja admitido qualquer outro recurso, sob pena de se estar tolhendo o direito constitucional de acesso Justia. Afirmada a necessidade da justia gratuita e exsurgindo dos autos elementos que apontem obter o jurisdicionado rendimentos fixos, no pode o rgo julgador indeferir o benefcio sem que seja facultada a comprovao do alegado, sob pena de afronta ao estatudo no inciso LXXIV do art. 5 CFB. Se da conjugao das condies pessoais do jurisdicionado com o quantum do rendimento obtido mensalmente se extrair elementos que impliquem na insuficincia econmica, deve a gratuidade da justia ser concedida, sendo prudente, ainda, na falta de dados suficientes, a exigncia de outros documentos que demonstrem a alegada insuficincia financeira. Processo: 2012.700779-2. Relator: Juiz Carlos Roberto da Silva. Julgamento: 17/12/2012. Classe: Mandado de Segurana.

Edio n. 5 de 28 de Fevereiro de 2013.

rgo Especial1.O poder de emenda atribudo Cmara Municipal limitado, est vinculado por afinidade lgica ao projeto de lei originrio do Poder Executivo e no se estende possibilidade de aumento de despesa.2. inconstitucional lei municipal cria contribuio compulsria servidor para custeio de fundo de assistncia sade.Cmaras de Direito Criminal3.Adquirir CNH mediante pagamento, de pessoa sem qualquer vinculo a autoescola ou a despachante, demonstra a cincia da origem ilcita do documento.4.Afronta o devido processo legal a inobservncia do benefcio disposto no artigo 89 da Lei 9.099/1995, o que enseja a nulidade absoluta do feito, por efetivo prejuzo ao ru.5.A dificuldade de estabelecer o ponto de impacto, localizado prximo faixa central da pista de rolamento, ocorrido durante a noite, no permite a condenao do ru por homicdio culposo.6.A alegao de que o exame pericial teria ocorrido em data anterior ao acidente, configura erro material concernente data, fato que no o invalida.7.Ainda que presentes elementos que demonstrem a necessidade da segregao provisria do paciente, no dado ao Tribunal, inovando, agregar fundamentos ausentes na deciso do Juiz singular.8.Pratica estelionato (golpe do chute) acusado que se faz passar por servidor da Receita Federal, no intuito de ofertar produtos inexistentes mediante pagamento prvio.9.Caracteriza o crime de denunciao caluniosa quem com dolo especfico faz falsa imputao de roubo a pessoa inocente, dando causa instaurao de inqurito policial.10.A indevida apropriao de proventos de vtima provecta, delito previsto no Estatuto do Idoso, constitui-se em crime-meio para a consecuo do estelionato na sua forma fundamental.Cmaras de Direito Civel11.O princpio da inverso do nus da prova pode ser relativizado quando ao consumidor incumbir a produo de provas ou demonstrao mnima de indcios de suas alegaes.12.A negativa do pagamento da indenizao pela seguradora sob alegao de que o condutor do veculo estava embriagado, por si s, no causa excludente da obrigao de indenizar.13.A simples declarao de hipossuficincia subscrita pelo interessado possui presuno de juris tantum, portanto, cabe parte contrria impugn-la, no incumbindo ao juiz indeferir o benefcio de plano.14.Notcia de que o filho mais velho da genitora teria cometido abuso sexual/estupro contra o infante, embora ainda no comprovada, autoriza a modificao provisria de guarda.15.Responsabilidade do estabelecimento educacional por agresses praticadas por seus prepostos, em pleno exerccio das funes exercidas.Cmaras de Direito Comercial16.A demanda revisional enseja simples clculos aritmticos para apurao do montante eventualmente devido, podendo ser perfeitamente deflagrada perante o Juizado Especial.17.Em ao de usucapio, no obstante o imvel usucapiendo pertencer massa falida, no versa sobre direito falimentar, mas sobre direito de propriedade, matria eminentemente de Direito Civil.Cmaras de Direito Pblico18.Servidor pblico classificado em certame destinado outorga de permisso para a execuo do servio pblico de transporte individual por txi, no se enquadra na vedao do art. 37, inciso XVI, da CFB.19.A restituio imediata de quantia indevidamente recebida demonstra a boa-f do servidor, o seu no enriquecimento ilcito, circunstncias que autorizam a absolvio por ato de improbidade administrativa.20.O municpio responsvel pela reparao danos decorrentes acidente trnsito ocorrido em via pblica pertencente sua malha viria, quando verificada a existncia de acmulos de concreto no leito da pista, sem a devida sinalizao.21.Furto de veculo em estacionamento de universidade, desprovido de sistema de vigilncia especializada para a guarda e controle de entrada e sada de veculos na instituio, situao que a exime do dever de indenizar.22.O cumprimento deciso judicial que determina o fornecimento de medicamentos para o tratamento de sade, no isenta o Estado de observar certos trmites burocrticos para tal fornecimento.Cmara Especial Regional de Chapec23.Condutor de veculo pesado que cruzar via preferencial em sinal amarelo pode ser responsabilizado por acidente com vtima fatal.24.Seguro de vida em grupo, possibilidade de reviso das clusulas de reajuste do valor do prmio de acordo com a faixa etria do segurado.25.A pretenso do credor no pode ser inviabilizada pela negativa do recebimento da notificao extrajudicial, fato que no se mostra apto a descaracterizar a mora.Turmas de Recursos26.A natureza da obrigao pelo fornecimento de gua pessoal, vinculada ao devedor e no ao imvel, portanto, inviabiliza-se a pretenso da companhia recorrente de imputar o dbito ao novo proprietrio.27.Tratando-se de atraso de voo, possveis causas excludentes de responsabilidade da transportadora no comprovadas, viabilizam a condenao da empresa area pelos danos materiais e morais causados aos consumidores.28. objetiva e solidria a responsabilidade do proprietrio de veculo automotor pelos danos causados por terceiro condutor, decorrente do simples fato da coisa.29.A violao da suspenso da CNH, determinada em processo administrativo, caracteriza o crime tipificado no caput do art. 307 do Cdigo de Trnsito Brasileiro.30.Transportar arma branca no interior de veculo no caracteriza a contraveno do art. 19 do Decreto-lei n. 3.688/1941, porquanto inexiste legislao que regulamente o seu uso.31.O transporte coletivo configura evidente relao de consumo em que a prestadora do servio compromete-se a levar ao destino o passageiro, bem como a bagagem que por ele lhe foi confiada.

rgo Especial1.ADI. LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 185/2011. PROJETO DE LEI DE INICIATIVA DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL QUE ALTERAVA A LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 087/2008. PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE ATIVA DO MINISTRIO PBLICO AFASTADA. PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL QUE ALTEROU A REDAO ORIGINAL DO PROJETO DE LEI AO INCLUIR NOVOS PARGRAFOS AOS ARTS. 7 E 44 DA LEI MUNICIPAL N. 087/2008 (QUE DISPE SOBRE OS PROFISSIONAIS DA EDUCAO, INSTITUI O PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAO DO MAGISTRIO PBLICO MUNICIPAL E D OUTRAS PROVIDNCIAS) PARA ESTENDER OS BENEFCIOS AOS SERVIDORES MUNICIPAIS EM EXERCCIO NO MAGISTRIO MUNICIPAL, MAS LOTADOS EM CARGOS EFETIVOS DIVERSOS, QUE NO ESTAVAM INSERIDOS NO PROJETO ORIGINAL DE INICIATIVA DO PODER EXECUTIVO. EMENDA PARLAMENTAR AO PROJETO DE LEI DE INICIATIVA PRIVATIVA DO PODER EXECUTIVO QUE NO OBSERVOU PRINCPIO DA RESERVA DE INICIATIVA E QUE IMPLICOU EM AUMENTO DE DESPESAS. CONSTITUIO DA REPBLICA, ARTS. 61, 1, INC. II, LETRA "A" E 63, INC. I. CONSTITUIO DO ESTADO DE SANTA CATARINA, ARTS. 50, 2, INCS. II E IV E 52, INC. I. INCONSTITUCIONALIDADE DO ART. 4 DA LEI COMPLEMENTAR MUNICIPAL N. 185/2011 RECONHECIDA. EFEITOS INCIDENTES SOBRE O ART. 5 MESMA NORMA, POR ARRASTAMENTO. PEDIDO JULGADO PROCEDENTE, COM EFEITOS EX TUNC. O poder de emenda atribudo Cmara Municipal, apesar de inerente funo legislativa, limitado, est vinculado por afinidade lgica ao projeto originrio do Poder Executivo e no se estende possibilidade de aumento de despesa. Os legisladores esto autorizados a apresentar emendas e propor alteraes que visem o suprimento de omisses e deficincias do texto e que no ultrapassem os limites correspondentes s suas atribuies. [...] II - Segundo a jurisprudncia dessa Corte, na hiptese de determinada norma constituir fundamento de validade para outro preceito normativo, a inconstitucionalidade daquela implica a invalidade, por arrastamento, desse. Precedentes. Processo:2012.012465-1 (Acrdo).Relator:Des. Nelson Schaefer Martins.Origem:Brao do Norte.rgo. Julgamento:06/02/2013.Publicao:19/02/2013.Classe:ADI.

2.ADI. LC N. 87/99 E ART. 173 DA LC N. 130/2001 DO MUNICPIO DE CHAPEC. FUNDO DE ASSISTNCIA SERVIDOR PBLICO MUNICIPAL. DESCONTOS COMPULSRIOS. IMPOSSIBILIDADE. VIOLAO AO ART. 126 DA CONSTITUIO ESTADUAL, INTERPRETADO EM CONSONNCIA COM O ART. 149 DA CONSTITUIO FEDERAL, REDAO MODIFICADA PELA EC N. 41/03. INCONSTITUCIONALIDADE DE VOCBULOS QUE REMETAM NATUREZA COMPULSRIA DA CONTRIBUIO. PROCEDNCIA PARCIAL DO PEDIDO. A Emenda Constitucional n. 41/03 manteve a compulsoriedade da contribuio destinada ao custeio dos benefcios da previdncia social, afastando a possibilidade de criao ou instituio, por Estados e Municpios, de um sistema de assistncia sade complementar, custeado por contribuio compulsria de servidores ativos, inativos e pensionistas. Assim, h claro vcio de inconstitucionalidade em lei municipal que cria contribuio compulsria ao servidor para o custeio de fundo de assistncia sade. Processo:2010.072211-4.Julgamento:19/12/2012.Classe:ADI.

Cmaras de Direito Criminal3.PENAL. APELAO CRIMINAL. CRIME CONTRA A F PBLICA. USO DE DOCUMENTO FALSO (ARTIGO 304 DO CDIGO PENAL). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. DOLO NO AFASTADO. CARTEIRA DE HABILITAO ADQUIRIDA DE TERCEIRA PESSOA SEM A REALIZAO DOS EXAMES OBRIGATRIOS PARA A OBTENO DO DOCUMENTO. PRESUNO DE CONHECIMENTO DA NO AUTENTICIDADE DOCUMENTAL. PLEITO ABSOLUTRIO. MATERIALIDADE E AUTORIA DEVIDAMENTE COMPROVADAS. CARTEIRA DE HABILITAO FALSA APRESENTADA DURANTE ABORDAGEM POLICIAL. PER-CIA TCNICA QUE COMPROVA A FALSIDADE DOCUMENTAL ALIADA AOS DEMAIS ELEMENTOS PROBATRIOS CARREADOS AOS AUTOS. SENTENA MANTIDA. - A aquisio de Carteira Nacional de Habilitao, com falsidade atestada por percia, sem a realizao dos exames necessrios e mediante pagamento a terceiro, apresentada durante abordagem policial, demonstra a cincia da origem ilcita do documento, impondo-se a condenao pela prtica do crime descrito no art. 304 do Cdigo Penal. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento do recurso. - Recurso conhecido e no provido.Processo:2012.047443-9 (Acrdo).Relator:Des. Carlos Alberto Civinski. Criminal.Julgamento:05/02/2013.Classe:Apelao Criminal.

4.PROCESSUAL PENAL. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. RECURSO DA ACUSAO. CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE (ARTS. 60 E 54, 2, V, AMBOS DA LEI 9.605/1998). INSURGNCIA CONTRA DECISO QUE RECONHECEU A NULIDADE DO FEITO DIANTE DA AUSNCIA DA PROPOSTA DE SUSPENSO CONDICIONAL DO PROCESSO. REQUERIMENTO DA DEFESA EM CONTRARRAZES. CRIME PREVISTO NO ART. 60 DA LEI 9.605/1998. PRESCRIO DA PRETENSO PUNITIVA DO ESTADO NA MODALIDADE RETROATIVA. OCORRNCIA. PENA MXIMA EM ABSTRATO DE SEIS MESES. CRIME, EM TESE, COMETIDO ANTES DA VIGNCIA DA LEI 12.234/2010 QUE ALTEROU O PRAZO PRESCRICIONAL PREVISTO NO ART. 109, VI, DO CDIGO PENAL. ACUSADO MAIOR DE 70 ANOS. PRAZO REDUZIDO A METADE (ART. 115 DO CDIGO PENAL). PRESCRIO VERIFICADA. LAPSO ENTRE A DATA DOS FATOS E O RECEBIMENTO DA DENNCIA SUPERIOR A UM ANO. EXTINO DA PUNIBILIDADE QUE SE IMPE (ART. 107, IV, DO CDIGO PENAL). PRELIMINAR DE MRITO ACOLHIDA. - Verificado perodo superior ao prazo prescricional entre a data do fato e o recebimento da denncia, a extino da punibilidade pela prescrio da pretenso punitiva do Estado a medida que se impe. MRITO. CRIME PREVISTO NO ART. 54, 2, V, DA LEI 9.605/1998. BENEFCIO DA SUSPENSO CONDICIONAL DO PROCESSO PREVISTO NO ART. 89 DA LEI 9.099/1995. INOBSERVNCIA. OFENSA AO DEVIDO PROCESSO LEGAL. NULIDADE ABSOLUTA. DECISO RECORRIDA MANTIDA. - Caracteriza afronta ao devido processo legal a inobservncia do benefcio previsto no art. 89 da Lei 9.099/1995, o que enseja a nulidade absoluta do feito, por efetivo prejuzo ao ru. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e desprovimento do recurso. - Recurso conhecido e desprovido.Processo:2011.065197-3.Relator:Des. Carlos Alberto CivinskiJulgamento:05/02/2013. 5.PENAL. PROCESSO PENAL. CRIME DE TRNSITO. HOMCIDIO CULPOSO NA DIREO DE VECULO AUTOMOTOR (ART. 302 DA LEI 9.503/1997). SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DO MINISTRIO PBLICO. APLICAO DO PRINCPIO IN DUBIO PRO REO. SENTENA MANTIDA. - A dificuldade de estabelecer o ponto exato do impacto, localizado prximo faixa central da pista, ocorrido durante o perodo noturno, e impossibilidade de oitiva em juzo da nica testemunha presencial, a fim de sanar dvidas acerca da verso apresentada, no permite a condenao do ru pelo crime previsto no art. 302, caput, da Lei 9.503/1997. - Devida a aplicao do princpioin dubio pro reoquando as provas existentes nos autos no conferem segurana necessria para o reconhecimento da responsabilidade penal. - Parecer da PGJ pelo conhecimento e provimento do recurso. - Recurso conhecido e no provido.Processo:2011.093568-0 (Acrdo).Relator:Des. Carlos Alberto Civinski Julgamento:05/02/2013. Publicao:14/02/2013.Juiz Prolator:Rafael Goulart Sarda.Classe:Apelao Criminal.

6.RECURSO EM SENTIDO ESTRITO. PRELIMINAR. NULIDADE DOS LAUDOS COMPLEMENTARES DE LESES CORPORAIS. ALEGAES NO SENTIDO DE QUE FORA NOMEADO UM NICO PERITOAD HOCE DE QUE O EXAME TERIA OCORRIDO EM DATA ANTERIOR AO ACIDENTE. PERCIA ELABORADA POR MDICO OFICIAL. ERRO MATERIAL CONCERNENTE DATA QUE NO INVALIDA O LAUDO. GUIA DE ENCAMINHAMENTO QUE CONSIGNA CORRETAMENTE O DIA DO FATO. PREFACIAL AFASTADA. MRITO. CRIME CONTRA A VIDA. HOMICDIO SIMPLES, POR TRS VEZES, E LESES CORPORAIS GRAVES, POR DUAS VEZES, EM CONCURSO FORMAL (ART. 121,CAPUT, E ART. 129, 1., INC. I, NA FORMA DO ART. 70, TODOS DO CDIGO PENAL). SUSTENTADA A AUSNCIA DE COMPROVAO DA MATERIALIDADE E AUTORIA. PROVA EMPRESTADA. DECLARAO DA ME DA VTIMA, COLHIDA NA AO INDENIZATRIA QUE SERVE COMO ELEMENTO DE CONVICO. PROCESSO QUE ENVOLVIA AS MESMAS PARTES, SENDO OPORTUNIZADO DEFESA IMPUGN-LA. AUSNCIA, NO ENTANTO DE PROVA TCNICA CAPAZ DE DELIMITAR O NEXO DE CAUSALIDADE ENTRE O SINISTRO E A MORTE DA VTIMA. IMPRONNCIA QUE SE IMPE, EM RELAO A ESTE CRIME. ALEGADA A AUSNCIA DE DOLO EVENTUAL CONCERNENTE AOS CRIMES DE HOMICDIO. TESE QUE NO SE VERIFICA. ELEMENTOS JUDICIALIZADOS QUE CONFIRMAM A VERSO ACUSATRIA DE QUE O ACUSADO DIRIGIA EM ALTA VELOCIDADE. FASE EM QUE VIGORA O PRINCPIOIN DUBIO PRO SOCIETATE. QUESTO QUE DEVE SER DIRIMIDA TRIBUNAL DO JRI. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.Processo:2012.083967-3.Relator:Des. Alexandre d'Ivanenko.Julgamento:05/02/13.

7.PRISO PREVENTIVA. TRFICO DE DROGAS. AUSNCIA DE FUNDAMENTAO IDNEA EM RELAO AOS FUNDAMENTOS PREVISTOS NO ARTIGO 312 DO CDIGO DE PROCESSO PENAL. GRAVIDADE GENRICA E ABSTRATA QUE NO SERVE DE AMPARO PARA A MANUTENO DA CUSTDIA PROVISRIA. IMPRESCINDIBILIDADE DE APONTAMENTO DE SITUAES REAIS E CONCRETAS A MOTIVAR A DECISO. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. No basta a afirmativa genrica de que existem elementos capazes de permitir a manuteno da priso cautelar, tampouco a meno vedao de liberdade provisria prevista no artigo 44 da Lei de Drogas. Compete Autoridade Judiciria de primeiro grau fundamentar a decretao da medida extrema, nos pressupostos (materialidade e indcios de autoria) e, em pelo menos um dos fundamentos (garantia da ordem pblica ou econmica, convenincia da instruo criminal, ou para assegurar a aplicao da lei penal) previstos no artigo 312 do Cdigo de Processo Penal, estes ltimos extrados de fatos concretos presentes na situao ftica, em tese, criminosa. A no observncia de tal situao, torna insubistente a deciso e, por conseqncia, impe o reconhecimento do constrangimento ilegal ao paciente, com a decorrente soltura por meio de habeas corpus. IMPOSSIBILIDADE DO TRIBUNAL AD QUEM COMPLEMENTAR A MOTIVAO DA NECESSIDADE DA CLAUSURA PROVISRIA. PRECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA. CONSTRANGIMENTO ILEGAL CONFIGURADO. ORDEM CONCEDIDA. LIMINAR CONFIRMADA. Ainda que presentes elementos concretos que demonstrem a necessidade da clausura provisria, "no dado ao Tribunal estadual, inovando, agregar fundamentos no presentes na deciso do Juzo singular", tornando imperioso o reconhecimento da ilegalidade da priso decretada sem fundamentao idnea.Processo:2012.088598-6).Relator:Des. Jorge Schaefer Martins. Julgamento:07/02/2013. Classe:Habeas Corpus.

8.CRIME CONTRA O PATRIMNIO.ESTELIONATO (ART.171, CAPUT, CP). PRELIMINARES DEFENSIVAS AFASTADAS. "GOLPE DO CHUTE". PALAVRAS DA VTIMA E DA TESTEMUNHA ACUSATRIA A CORROBORAR AS PROVAS PRODUZIDAS. SIMULAO DE TRANSAO COMERCIAL DE PRODUTOS INEXISTENTES MEDIANTE PRVIO PAGAMENTO. MATERIALIDADE E AUTORIA COMPROVADAS. ADEQUAO EX OFFICIO NO QUANTUM ESTABELECIDO PARA PENA DE MULTA. PRINCPIO DA SIMETRIA. RECURSO DEFENSIVO DESPROVIDO. Processo:2010.007063-7 (Acrdo).Relator:Des. Rodrigo Collao.rgo Julgador:Quarta Cmara Criminal. Julgamento:14/02/2013.Data de Publicao:21/02/2013.Juiz Prolator:Gilmar Antnio Conte.Classe:Apelao Criminal.

9.APELAO CRIMINAL - CRIME CONTRA A ADMINISTRAO DA JUSTIA - DENUNCIAO CALUNIOSA (ART. 339, CAPUT, DO CDIGO PENAL) - FALSA IMPUTAO DE ROUBO PERANTE A AUTORIDADE POLICIAL - MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVA DEMONSTRADAS - ARREPENDIMENTO EFICAZ - INEXISTNCIA - DELITO CONSUMADO - PLEITEADO RECONHECIMENTO DA CAUSA DE DIMINUIO PREVISTA NO ART. 16 DO CP (ARREPENDIMENTO POSTERIOR) - INOCORRNCIA - CONFISSO ESPONTNEA - RECURSO DESPROVIDO. Demonstrado que o agente, com dolo especfico, deu causa instaurao de inqurito policial ao imputar crime pessoa que sabia ser inocente, recai na conduta descrita no art. 339, caput, do CP, no havendo falar em absolvio".Processo:2010.080066-9.Relator:Des.Collao. Julgamento:14/02/2013.Classe:Apelao Criminal.

10.APELAO CRIMINAL - CRIME DE APROPRIAO INDBITA DO ESTATUTO DO IDOSO (ART. 102 DA LEI N. 10.741/2003) E ESTELIONATO (ART. 171, CAPUT, CP) - RECONHECIMENTO, DE OFCIO, DO PRINCPIO DA CONSUNO - APROPRIAO INDBITA DOS PROVENTOS DE APOSENTADORIA DA VTIMA QUE CONFIGURA CRIME-MEIO PARA A CONSECUO DO ESTELIONATO - ADEQUAO DA PENA - SOBRESTAMENTO DOS EFEITOS DO ACRDO - RETORNO DOS AUTOS ORIGEM PARA VERIFICAR A POSSIBILIDADE DE SE OPORTUNIZAR A SUSPENSO CONDICIONAL DO PROCESSO - INTELIGNCIA DO ART. 89 DA LEI N. 9.099/1995 RECURSO DA DEFESA - SUSCITADAS ATIPICIDADE DA CONDUTA E INSUFICINCIA PROBATRIA PARA A CONDENAO - IMPROCEDNCIA - MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVA SUFICIENTEMENTE DEMONSTRADAS - RECURSO DESPROVIDO.Processo:2009.024653-1.Relator:Des. Rodrigo Collao.Julgamento:07/02/2013.

Cmaras de Direito Civil11.APELAO CVEL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO CUMULADA COM INDENIZAO POR DANO MORAL. CONTRATO DE OPERAO DE CRDITO FIRMADO COM INSTITUIO FINANCEIRA. SUBSTITUIO POR TERMO DE TRADIO E MANDATO. NEGATIVAO DO NOME NOS RGOS DE PROTEO AO CRDITO. AVENTADA EXTINO DA DVIDA. INEXISTNCIA DE INCIO DE PROVA A SUSTENTAR A TESE. INVERSO DO NUS DA PROVA. ARTIGO 6, VIII, DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR QUE NO AFASTA A OBRIGATORIEDADE DECORRENTE DO ARTIGO 333, I, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "O princpio da inverso do nus da prova no pode ser utilizado de forma absoluta e pode ser relativizado quando ao consumidor incumbir a produo de provas ou demonstrao mnima de indcios de suas alegaes". (Cabe ao autor a comprovao, de forma indelvel, do fato constitutivo de seu direito, nos termos do artigo 333, I, do Cdigo de Processo Civil. Se no o comprovar, e havendo provas que acarretem presunes contrrias pretenso, outra no ser a soluo seno a improcedncia do pedido.Processo:2012.068861-2 (Acrdo).Relator:Des. Fernando Carioni.Origem:Capital.rgo Julgador:Terceira Cmara de Direito Civil.Data de Julgamento:06/11/2012.

12.APELAO CVEL. AO DE COBRANA DE SEGURO. ACIDENTE DE VECULO. NEGATIVA DO PAGAMENTO DA INDENIZAO PELA SEGURADORA SOB ALEGAO DE QUE O CONDUTOR DO VECULO ESTAVA EMBRIAGADO. TESTE DE BAFMETRO NO REALIZADO. CLUSULAS LIMITATIVAS DE GARANTIA SECURITRIA CONSTANTE DAS CONDIES GERAIS E ESPECFICAS DO CONTRATO. AUSNCIA DE PROVA DA CIENTIFICAO DO SEGURADO ACERCA DE TAIS CONDIES. PACTO SUBMETIDO S REGRAS DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. INTERPRETAO RESTRITIVA. PRINCPIO DA BOA-F. CONTRATO DE ADESO. DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE INFORMAO PELA SEGURADORA. AUSNCIA DE PROVA ROBUSTA DE QUE O CONDUTOR ESTARIA EMBRIAGADO, MUITO MENOS DE QUE A EMBRIAGUEZ FOI A CAUSA DETERMINANTE PARA A OCORRNCIA DO SINISTRO. INDENIZAO DEVIDA. DETERMINAO PARA ENTREGA DO SALVADO OU ABATIMENTO DE EVENTUAL VALOR PERCEBIDO DECORRENTE DA SUA VENDA A SER APURADA POR OCASIO DO PAGAMENTO DA INDENIZAO. INCIDNCIA DA CORREO MONETRIA SOBRE OS VALORES A SEREM ABATIDOS DA INDENIZAO. CONDENAO IMPLCITA. TERMO INICIAL DA INCIDNCIA DA CORREO MONETRIA QUE DEVE SER A DATA DA NEGATIVA DO PAGAMENTO PERQUIRIDO. DECISO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. Sendo o contrato de seguro regido pela regras do Direito do Consumidor, deve a Seguradora prestar informaes adequadas sobre as clusulas restritivas de direitos antes da contrao, em observncia ao princpio boa-f contratual, sobretudo na hiptese de contrato de adeso. Se a seguradora no comprovou que tenha cientificado o segurado acerca das clusulas limitativas constante das Condies do contrato, deve arcar com o pagamento da indenizao. A embriaguez do condutor do veculo segurado, por si s, no causa excludente da obrigao de indenizar, mesmo havendo clusula expressa em sentido contrrio, porquanto o segurado contrata o seguro justamente para o caso de eventual sinistro no uso do bem. No havendo prova de que a embriaguez foi a causa determinante para a ocorrncia do sinistro, infundada a excluso da cobertura. A correo monetria encontra-se implcita na condenao judicial efetivada, termos do artigo 1, Lei 6899/1981.Processo:2012.079916-6.Relator:Des. Saul Steil. Julgamento:05/02/2013.Classe:Apelao Cvel.

13.PROCESSUAL CIVIL. AO DECLARATRIA DE INEXISTNCIA DE DBITO C/C INDENIZAO POR DANOS MORAIS. JUSTIA GRATUITA. LEI N 1.060/50. INTERLOCUTRIO QUE CONDICIONOU O DEFERIMENTO DO PEDIDO JUNTADA DE COMPROVANTE DE RENDIMENTOS E DE CERTIDES NEGATIVAS OU POSITIVAS DE PROPRIEDADE IMOBILIRIA E DE AUTOMVEIS. PRINCPIO DO ACESSO JUSTIA. CF, ART. 5, LXXIV. PRESUNO DE VERACIDADE DAS AFIRMAES DECORRENTES DA PRPRIA QUALIFICAO DO AUTORA (DIARISTA), BEM COMO DA NATUREZA DA DEMANDA. REQUISITOS AUTORIZADORES DO BENEPLCITO POR ORA PRESENTES. INEXISTNCIA DE PROVA INEQUVOCA EM SENTIDO CONTRRIO. BENEFCIO QUE DIANTE DE IMPUGNAO PELA PARTE INTERESSADA E MEDIANTE A PRODUO DE PROVAS CLARAS, INEQUVOCAS E IRREFUTVEIS PODER A POSTERIORI SER REVOGADO. REFORMA DA DECISO PARA CONCEDER A BENESSE. RECURSO PROVIDO. Nada impede que essa presuno juris tantum seja derruda pela parte adversa atravs do incidente prprio ou mesmo atravs das contrarrazes de recurso, evidentemente, com provas que dem alicerce ao insurgimento. Desaconselhvel, por se traduzir numa lamentvel negativa de jurisdio, o indeferimento de plano pelo julgador.Processo:2012.078905-5.Relator:Des. Marcus Tulio Sartorato. Julgamento:05/02/2013.Classe:Agravo de Instrumento.

14.DIREITO DE FAMLIA. AO DE MODIFICAO DE GUARDA AJUIZADA PELO GENITOR. DECISO ATACADA QUE DEFERIU O PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA, CONFERINDO A GUARDA DO MENOR AO PAI, COM BASE EM NOTCIAS DE QUE O FILHO MAIS VELHO DA GENITORA TERIA COMETIDO ABUSO SEXUAL/ESTUPRO CONTRA O INFANTE. SITUAO QUE, EMBORA AINDA NO COMPROVADA, DEVE SER AVERIGUADA COM EXTREMO RIGOR, POIS DE TODO ACONSELHVEL EVITAR-SE QUE UMA SUPOSTA SITUAO DE RISCO ACABE POR SE CONCRETIZAR. DECISO COMBATIDA QUE, POR ORA, A MAIS RAZOVEL E ADEQUADA AO MENOR, AT PARA EVITAR NOVA MUDANA EM SUA ROTINA. TRANSFERNCIA DA GUARDA QUE SE MOSTRA DESACONSELHVEL NESTA FASE PROCESSUAL. NECESSIDADE DE INSTRUO PROCESSUAL AMPLA E IRRESTRITA, INCLUSIVE COM A REALIZAO DE ESTUDO SOCIAL E PSICOLGICO URGENTE. DECISO MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. "Quando existe luta entre os pais pela posse e guarda dos filhos menores, defere a lei ao magistrado arbtrio para que faa prevalecer o superior interesse da prole, ainda que desatendendo, se preciso, reclamos sentimentais dos genitores".Processo:2012.077395-9.Relator:Des. Marcus Tulio Sartorato.Julgamento:05/02/2013.

15.RESPONSABILIDADE CIVIL. AO DE INDENIZAO POR DANOS MORAIS. PLEITEADA EM CONTRARRAZES A MAJORAO DA VERBA INDENIZATRIA. INSUBSISTNCIA. MEIO PROCESSUAL INADEQUADO. AUTORAS QUE, AO REALIZAR PESQUISA DE OPINIO NOS ARREDORES DA INSTITUIO DE ENSINO, SO AGREDIDAS FISICAMENTE POR SEGURANAS, QUE ATACARAM AT MESMO UM DOS POLICIAIS MILITARES QUE ATENDERAM A OCORRNCIA. PECULIARIDADE DA SITUAO QUE CHAMOU A ATENO DA IMPRENSA, QUE NOTICIOU OS FATOS. SUSTENTADA A AUSNCIA DE PROVA DO ENVOLVIMENTO DA APELANTE NOS ACONTECIMENTOS. INSUBSISTNCIA. AGRESSES PERPETRADAS POR PREPOSTOS DA R EM PLENO EXERCCIO DE SUAS FUNES. INSURGNCIA ACERCA DO QUANTUM INDENIZATRIO FIXADO (R$ 10.000,00 PARA CADA UMA DAS AUTORAS). MANUTENO. VALOR QUE DIANTE DO CASO CONCRETO SE MOSTRA JUSTO E PEDAGOGICAMENTE EFICAZ. OBSERVNCIA AOS PRINCPIOS DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 5, X, DA CONSTITUIO FEDERAL E DOS ARTS. 186 E 927 DO CDIGO CIVIL VIGENTE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO. Para a fixao do quantum indenizatrio, devem ser observados alguns critrios, tais como a situao econmico-financeira e social das partes litigantes, a intensidade do sofrimento impingido ao ofendido, o dolo ou grau da culpa do responsvel, tudo para no ensejar um enriquecimento sem causa ou insatisfao de um, nem a impunidade ou a runa do outro.Processo:2013.002755-6.Relator:Des. Marcus Tulio Sartorato.Julgamento:05/02/2013. Cmaras de Direito Comercial16.CONFLITO NEGATIVO DE COMPETNCIA - CONTROVRSIA ENTRE JUZO CVEL E JUIZADO ESPECIAL - AO REVISIONAL - POSSIBILIDADE DE LIQUIDAO DA SENTENA MEDIANTE SIMPLES CLCULOS ARITMTICOS - CIRCUNSTNCIA QUE NO AFASTA A COMPETNCIA DA JUSTIA ESPECIALIZADA PARA PROCESSAR O FEITO - ADEMAIS, HIPTESE DE COMPETNCIA RELATIVA QUE NO AUTORIZA A DECLINAO DE OFCIO - EXEGESE DA SMULA N. 33 STJ - COMPETNCIA JUZO SUSCITADO - CONFLITO CONHECIDO E PROVIDO. Processo:2012.0774308. Relator:Des.CludioHelfenstein.Julgamento:07/02/2013. 17.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE USUCAPIO. DECISO AGRAVADA QUE JULGOU PROCEDENTE EXCEO DE INCOMPETNCIA E DETERMINOU A REMESSA DOS AUTOS AO JUZO ONDE TRAMITA A AO DE FALNCIA DA EMPRESA PROPRIETRIA DO BEM USUCAPIENDO. MATRIA QUE NO EST ENTRE AQUELAS DE COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO COMERCIAL. INTELIGNCIA DO AR N. 57/2002. PRESENA DA MASSA FALIDA NO POLO PASSIVO DA AO QUE NO AFASTA A COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO CIVIL, UMA VEZ QUE O RECURSO NO TRATA DE DIREITO FALIMENTAR, MAS DE MATRIA DE NATUREZA CIVIL. RECURSO NO CONHECIDO. REDISTRIBUIO DOS AUTOS A UMA DAS CMARAS DE DIREITO CIVIL.Processo:2012.054823-9 (Acrdo).Relatora:Des. Soraya Nunes Lins.Origem:Ararangu.rgo Julgador:Quinta Cmara de Direito Comercial.Data de Julgamento:07/02/2013.Classe:Agravo de Instrumento.

Cmaras de Direito Pblico18.18. APELAO CVEL E REEXAME NECESSRIO EM MANDADO DE SEGURANA. EMPREGADO PBLICO CLASSIFICADO EM CERTAME DA PREFEITURA MUNICIPAL DE FLORIANPOLIS DESTINADO OUTORGA DE PERMISSES PARA A EXECUO DO SERVIO PBLICO DE TRANSPORTE INDIVIDUAL POR TXI. EXIGNCIA, POR PARTE DA MUNICIPALIDADE, DE QUE OS CONCORRENTES NO MANTIVESSEM VNCULO FUNCIONAL OU EMPREGATCIO COM A ADMINISTRAO PBLICA. ALEGAO DE VEDAO CONSTITUCIONAL AO ACMULO DE CARGOS PBLICOS. EXECUO DE SERVIO PBLICO MEDIANTE PERMISSO QUE NO SE CONFUNDE COM CARGO, EMPREGO OU FUNO PBLICA. INAPLICABILIDADE DA VEDAO PRECONIZADA PELO ART. 37, INC. XVI, DA CONSTITUIO FEDERAL. LEGISLAO MUNICIPAL DE REGNCIA E EDITAL DO PROCEDIMENTO LICITATRIO QUE NO IMPEDEM A PARTICIPAO DE EMPREGADOS PBLICOS NO CERTAME. DIREITO LQUIDO E CERTO DO IMPETRANTE CELEBRAO DO CONTRATO DE PERMISSO DO ANTES ALUDIDO SERVIO PBLICO. SENTENA QUE CONCEDEU A ORDEM MANTIDA. RECURSO E REMESSA DESPROVIDOS. "O servio pblico municipal de transporte individual de passageiros, por meio de taxmetro (txi), prestado por particular sob permisso do Poder Pblico, pessoalmente ou por intermdio de condutor auxiliar indicado pelo permissionrio, no se confunde com cargo, funo ou emprego pblico, razo pela qual a acumulao daquela atividade com cargo, funo ou emprego pblico exercido em administrao diversa da do permitente, no se insere na vedao prevista no art. 37, XVI e XVII, CFB, at porque o servio pblico municipal de txi no remunerado pela Administrao Pblica e sim por tarifa paga pelo usurio." Processo:2012.046447-6.Relator:Des. Nelson Schaefer Martins. Julgamento:29/01/13.

19.AO CIVIL PBLICA. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA. PREFEITA MUNICIPAL DEMANDADA QUE EXPEDIU VINTE E SETE PORTARIAS DE CONCESSO IRREGULAR DE GRATIFICAES A SERVIDORES PBLICOS E AO SECRETRIO DE PLANEJAMENTO DO MUNICPIO, SEGUNDO DEMANDADO. TESE DE CERCEAMENTO AFASTADA. PROVA TESTEMUNHAL DISPENSVEL AO DESLINDE DA DEMANDA. ATOS ADMINISTRATIVOS QUE FORAM PRATICADOS SEM ATENO E OBSERVNCIA AOS PRINCPIOS DA MOTIVAO E DA LEGALIDADE. CONDUTA MPROBA CARACTERIZADA. LEI N. 8.429/1992, ART. 10, INCS. I E XI. CONDENAO DA PREFEITA R MANTIDA. SEGUNDO DEMANDADO, SECRETRIO MUNICIPAL BENEFICIRIO DA GRATIFICAO INSTITUDA PELA LEI MUNICIPAL N. 3.974/2005. CARGO QUE NO PERMITE A PERCEPO DE QUALQUER VERBA ADICIONAL. VIOLAO DA CONSTITUIO FEDERAL, ART. 39, 4. APELANTE QUE TODAVIA RESTITUIU IMEDIATAMENTE A QUANTIA INDEVIDAMENTE RECEBIDA. BOA F DEMONSTRADA. AUSNCIA DE ENRIQUECIMENTO ILCITO A AUTORIZAR A CONDENAO DO RU ARISTIDES PANSTEIN. SENTENA REFORMADA NESTE ASPECTO. SUCUMBNCIA RECPROCA, ENTRETANTO, MANTIDA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.Processo:2011.079339-8 (Acrdo).Relator:Des. Nelson Schaefer Martins.rgo Julgador:Segunda Cmara de Direito Pblico.Julgamento:05/02/13.

20.CIVIL E ADMINSTRATIVO - AO DE INDENIZAO - ACIDENTE DE TRNSITO - CAPOTAMENTO APS COLISO COM BLOCO DE CONCRETO EXISTENTE NO LEITO DE DESVIO DA VIA PBLICA - AUSNCIA DE SINALIZAO - VECULO QUE TRANSITAVA EM RODOVIA ESTADUAL QUE FOI INCORPORADA MALHA VIRIA MUNICIPAL - RESPONSABILIDADE CIVIL DO MUNICPIO - OMISSO DA ADMINISTRAO PBLICA DEMONSTRADA - DANO MATERIAL E NEXO CAUSAL COMPROVADOS - OBRIGAO DE INDENIZAR - JUROS MORATRIOS E CORREO MONETRIA CONFORME ART. 1-F DA LEI FEDERAL N. 9.494/1997, COM ALTERAES PELA LEI FEDERAL N. 11.960/2009, A PARTIR DE SUA VIGNCIA. O Municpio responsvel pela reparao dos danos decorrentes de capotamento de veculo que trafegava em via pblica pertencente malha viria municipal, decorrente da existncia de acmulos de concreto no leito da pista, que no contavam com a devida sinalizao. A correo monetria e os juros de mora sobre o valor da condenao da Fazenda Pblica devem obedecer ao comando do art. 1-F da Lei n. 9.494/97, com a redao dada pela Lei n. 11.960/09, a partir da vigncia desta. At ento a correo monetria deve ser calculada pelo INPC e os juros de mora so de 1%.Processo:2012.011541-8 (Acrdo).Relator:Des. Jaime Ramos.rgo Julgador:Quarta Cmara de Direito Pblico. Julgamento:07/02/2013. 21.APELAO CVEL. AO DE REPARAO DE DANOS MATERIAIS. FURTO DE VECULO EM ESTACIONAMENTO LOCALIZADO EM UNIVERSIDADE. PRELIMINAR. PEDIDO DE GRATUIDADE JUDICIRIA. PESSOA JURDICA. DIFICULDADE FINANCEIRA COMPROVADA. POSSIBILIDADE. MRITO. SITUAO ANALISADA SOB A TICA DA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA, PORQUE LASTREADA EM SUPOSTA OMISSO. NECESSIDADE, NESTE CASO, DE COMPROVAO DA CULPA PELO EVENTO DANOSO. INOCORRNCIA NA ESPCIE. SERVIO GRATUITO POSTO DISPOSIO DOS ALUNOS. AUSNCIA DE PROVA DA EXISTNCIA DE VIGILNCIA ESPECIALIZADA NO LOCAL. DEVER DE INDENIZAR AFASTADO. SENTENA REFORMADA. RECURSO PROVIDO. "No possui dever de guarda e vigilncia a instituio de ensino que disponibiliza, para comodidade de alunos e funcionrios, local para o estacionamento de veculos, sobretudo quando no h cobrana pela prestao de tal servio, ainda que mantenha funcionrios no local com a funo de orientar o trnsito e zelar pelo patrimnio da universidade"Processo:2010.059055-5.Relator:Des. Jos Volpato de Souza. Julgamento:07/02/2013.

22.AGRAVO DE INSTRUMENTO - FORNECIMENTO DE MEDICAMENTOS - ANTECIPAO DOS EFEITOS DA TUTELA JURISDICIONAL CONTRA A FAZENDA PBLICA - PRAZO PARA O CUMPRIMENTO DA ORDEM JUDICIAL INADEQUADO E NFIMO - MAJORAO - PREVISO DE SEQUESTRO DE VERBAS PBLICAS PARA ASSEGURAR O CUMPRIMENTO DA DECISO JUDICIAL (CPC, ART. 461, 5) - POSSIBILIDADE - DIREITO SADE - APLICAO DO PRINCPIO DA PROPORCIONALIDADE - PREVALNCIA SOBRE O DIREITO PATRIMONIAL DO ESTADO - URGNCIA NA AQUISIO DOS MEDICAMENTOS - INAPLICABILIDADE DO REGIME ESPECIAL DE PAGAMENTO DAS CONDENAES JUDICIAIS PELA FAZENDA PBLICA (CF, ART. 100). O prazo para cumprimento de deciso judicial, que determina providncias do Poder Pblico para tratamento de sade, deve ser razoavelmente adequado necessria burocracia estatal, ainda que de emergncia, sem risco de dano vida do enfermo. Muito mais til e eficaz do que a astreinte, possvel a imposio do bloqueio e/ou sequestro de verbas pblicas para garantir o fornecimento de medicamentos pelo Poder Pblico a portador de doena grave, como medida executiva (coercitiva) para a efetivao da tutela, ainda que em carter excepcional, eis que o legislador deixou ao arbtrio do Juiz a escolha das medidas que melhor se harmonizem s peculiaridades de cada caso concreto (CPC, art. 461, 5). Portanto, em caso de comprovada urgncia, possvel a aquisio, mediante sequestro de verba pblica, de medicamento necessrio manuteno da sade de pessoa carente de recursos para adquiri-lo, sendo inaplicvel o regime especial dos precatrios (CF, art. 100), utilizado nas hipteses de execuo de condenaes judiciais contra a Fazenda Pblica, pois, na espcie, deve ser privilegiada a proteo do direito vida e sade paciente.Processo:2012.077381-8.Relator:Des. Jaime Ramos. Cmara Especial Regional de Chapec23.APELAO CVEL. AO DE INDENIZAO DE DANOS MORAIS. ACIDENTE DE TRNSITO. SENTENA DE PARCIAL PROCEDNCIA NA ORIGEM. IRRESIGNAO DA PARTE REQUERIDA. SUSPENSO DO PROCESSO AT A DEFINIO DA AO PENAL. DESNECESSIDADE. ILEGITIMIDADE PASSIVA. REQUERIDO QUE RESPONDE PELO PREPOSTO CAUSADOR DO INFORTNIO EM RAZO DO EXERCCIO DO TRABALHO. CULPA"IN ELIGENDO"EVIDENCIADA. MRITO. CONDUTOR DE VECULO PESADO QUE CRUZA VIA PREFERENCIAL, SEM AS DEVIDAS CAUTELAS, CRUZANDO A VIA NO SINAL AMARELO E CAUSANDO COLISO COM MOTONETA QUE INICIOU O CRUZAMENTO NA VIA OBSTRUDA. ABALROAMENTO QUE RESULTOU NO BITO DO CONDUTOR DA MOTOCICLETA. CONJUNTO PROBATRIO QUE INDICA A CULPA DO CONDUTOR EXCLUSIVA DO VECULO DE PROPRIEDADE DO RU. AUSNCIA DE PROVA QUE DESCONSTITUA O DIREITO DA AUTORA. DEVER DE REPARAO CONFIGURADO, NOS MOLDES FIXADOS NA SENTENA DE CULPA CONCORRENTE, POR AUSNCIA DE APELO DO AUTOR. DANOS MORAIS. VALOR FIXADO DE ACORDO COM OS PARMETROS QUE SE RECOMENDA A ESPCIE. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.Processo:2012.051758-8.Relator:Des. Eduardo Gallo Jnior.Julgamento:17/01/13.

24.PELAO CVEL. SEGURO DE VIDA EM GRUPO. REVISO DAS CLUSULAS DE REAJUSTE DO VALOR DO PRMIO. AGRAVO RETIDO NO RATIFICADO, QUE NO SE CONHECE. ILEGITIMIDADE PASSIVA DA ESTIPULANTE DEMONSTRADA. MANDATRIA QUE NO INTEGRA A RELAO CONTRATUAL EXISTENTE ENTRE OS SEGURADOS E A SEGURADORA. VALOR DA INDENIZAO PREVISTA NA APLICE QUE NO SOFREU QUALQUER REDUO APS O INCIO DE COBERTURA DA SEGURADORA REQUERIDA. INEXISTNCIA DE ILEGALIDADE NO REAJUSTE DO VALOR DO PRMIO POR MODIFICAO DA FAIXA ETRIA. CONSUMIDORA QUE RESPONSVEL PELO ADIMPLEMENTO DO PRMIO REFERENTE A DOIS SEGUROS, FATO ESTE QUE, POR EVIDENTE, MAJORA O MONTANTE DESCONTADO DE SEUS PROVENTOS. ABUSIVIDADE NO CONSTATADA. SENTENA MANTIDA. RECURSO DESPROVIDO.Processo:2012.049710-7.Relator:Des. Eduardo Mattos Gallo Jnior. Julgamento:30/01/2013.Juza Prolatora:Maira Salete Meneghetti.

25.APELAO CVEL. AO DE BUSCA E APREENSO. CDULA DE CRDITO COM GARANTIA DE ALIENAO FIDUCIRIA. NOTIFICAO EXTRAJUDICIAL REALIZADA POR OFCIO DA COMARCA DO DEVEDOR. CORRESPONDNCIA ENCAMINHADA AO ENDEREO FORNECIDO NO CONTRATO. RECUSA DO DESTINATRIO. IRRELEVNCIA. FATO QUE NO SE MOSTRA APTO A DESCARACTERIZAR A MORA. REQUISITOS DISPOSTOS NO ART. 2, 2 DO DECRETO-LEI 911/96 DEVIDAMENTE CUMPRIDOS. RECURSO PROVIDO. DECISO CASSADA.Processo:2012.049676-5.Relator:Des. Artur Jenichen Filho.Julgamento:05/02/2013. Turmas de Recursos26.FORNECIMENTO DE GUA - INEXISTNCIA DE OBRIGAO PROPTER REM - SOLIDARIEDADE INDEMONSTRADA - VINCULAO QUE SOMENTE SE PODERIA ESTABELECER ENTRE PROPRIETRIO E OCUPANTE DEVEDOR - LENITIVO CORRETAMENTE FIXADO - RECURSOS DESPROVIDOS - SENTENA CONFIRMADA. "A natureza da obrigao de fornecimento de gua pessoal, no se caracterizando como obrigao de natureza propter rem, o que inviabiliza a pretenso da companhia recorrente de imputar o dbito ao novo proprietrio".Processo:2012.300812-3 (Turmas de Recursos).Relator:Juiz Marcio Rocha Cardoso.Origem:So Miguel do Oeste.rgo Julgador:Terceira Turma de Recursos - Chapec.Julgamento:08/02/2013.Classe:Recurso Inominado.

27.TRANSPORTE AREO. ATRASO DE VOO. PROBLEMA METEOROLGICO NO COMPROVADO. NUS DA CONTRATADA. FALHA NA PRESTAO DO SERVIO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. DANO MORAL CONFIGURADO. INSURGNCIA EM RELAO AO QUANTUM REPARATRIO. VALOR IRRISRIO E INSUFICIENTE. CARTER PEDAGGICO. MAJORAO. Tratando-se de atraso de voo, no provado que a transportadora tomou as medidas adequadas para que no se configurasse o ilcito e afastadas as causas excludentes de responsabilidade, a condenao da empresa area pelos danos materiais e morais causados aos consumidores medida que se impe.Processo:2012.101698-4 (Turmas de Recursos).Relatora:Juza Margani de Mello.Origem:So Jos.rgo Julgador:Primeira Turma de Recursos - Capital.Data de Julgamento:07/02/2013.Classe:Recurso Inominado.

28.ACIDENTE DE TRNSITO - ATROPELAMENTO - MOTOCICLETA TRANSITANDO NA CONTRAMO - CAUSADOR DO DANO, IRMO DA PROPRIETRIA DO VECULO - RESPONSABILIDADE OBJETIVA E SOLIDRIA - LUCROS CESSANTES - AUSNCIA DE PROVA INEQUVOCA ACERCA DOS RENDIMENTOS AUFERIDOS PELA VTIMA - FIXAO COM BASE NO SALRIO MNIMO - POSSIBILIDADE - DANO MORAL E MATERIAL - QUANTUM INDENIZATRIO FIXADO DE FORMA RAZOVEL E EM CONSONNCIA COM A PROVA DO PROCESSO - SENTENA MANTIDA PELOS PRPRIOS FUNDAMENTOS - RECURSO DESPROVIDO.Processo:2012.301479-3.Relatora:Juza Maira Salete Meneghetti.Data de Julgamento:08/02/2013.Classe:Recurso Inominado.

29.JUIZADO CRIMINAL - TRNSITO - CRIME DO ART. 307, "CAPUT", DO CTB - VIOLAO DA SUSPENSO IMPOSTA, INCLUSIVE POR DECISO ADMINISTRATIVA E NO APENAS NOS CASOS DE CONDENAO JUDICIAL - HIPTESE DIVERSA ENCONTRA-SE NO PARGRAFO NICO DO DISPOSITIVO, QUE ESTABELECE PENALIDADE VIOLAO AO CONDENADO QUE NO ENTREGAR A HABILITAO SUSPENSA, ONDE EVIDENTE QUE A IMPOSIO DA SUSPENSO DECORRE APENAS DE DECISO JUDICIAL - CONDENAO IMPOSTA - SENTENA REFORMADA.Processo:2012.501210-0 (Turmas de Recursos).Relator:Juiz Dcio Menna Barreto de Arajo Filho.Origem:Rio Negrinho.rgo Julgador:Quinta Turma de Recursos - Joinville.Data de Julgamento:29/01/2013.Classe:Apelao Criminal.

30.APELAO CRIMINAL. PORTE DE ARMA BRANCA. ART. 19 DA LEI DE CONTRAVENES PENAIS (DL N. 3.688/41). FACA DE PESCARIA ENCONTRADA EM VECULO. AUSNCIA DE REGULAMENTAO LEGAL. FATO ATPICO. RECURSO PROVIDO. A contraveno do art. 19 da LCP s se configura quando o agente traz arma consigo, "sem licena da autoridade". Trata-se, portanto, de norma penal em branco e no havendo texto normativo regulamentando o uso de arma branca, inclusive especificando autoridade capaz de autorizar o seu porte, no tpica a conduta de port-la.Processo:2012.501426-9.Relator:Juiz Cesar Otavio ScireaTesseroli.Origem:Mafra.rgo Julgador:Quinta Turma de Recursos - Joinville.Data de Julgamento:29/01/2013.Classe:Apelao Criminal.

31.INOMINADO - AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS - VIAGEM COM NIBUS CONVENCIONAL - EXTRAVIO DE BAGAGEM - DANOS MATERIAIS - CULPA OBJETIVA DA TRANSPORTADORA ANTE A RELAO DE CONSUMO - ART. 14 DO DIPLOMA CONSUMERISTA - CONTEDO DA BAGAGEM CONDIZENTE COM OS FATOS - PRINCPIO DA RAZOABILIDADE - DESARRAZOADO EXIGIR-SE QUE O CONSUMIDOR GUARDE TODOS OS COMPROVANTES DA SUA BAGAGEM QUANDO ESTA CONFIADA A RENOMADA EMPRESA DE TRANSPORTE COLETIVO - ABALO MORAL CONFIGURADO - VALOR CONDIZENTE A DESENCORAJAR REITERAO DE FALHA SEMELHANTE E DIANTE DAS CONDIES ECONMICAS DO AUTOR -- RECURSO CONHECIDO E PROVIDO - PRECEDENTES. TRANSPORTE RODOVIRIO. EXTRAVIO DE BAGAGEM. INAPLICABILIDADE DO DECRETO N. 2.521/98. PREPONDERNCIA DAS NORMAS INSCULPIDAS NO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. ALEGAO DE CULPA EXCLUSIVA DO PASSAGEIRO. INOCORRNCIA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DA EMPRESA TRANSPORTADORA CONFIGURADA. INTELIGNCIA DO ART. 14 DO DIPLOMA CONSUMERISTA. DEVER DE INDENIZAR. PEDIDO ALTERNATIVO DE REDUO DO QUANTUM INDENIZATRIO. VALOR ADEQUADO TENDENTE A DESENCORAJAR A EMPRESA TRANSPORTADORA NA REITERAO DE CONDUTAS SEMELHANTES. PRECEDENTES DA CMARA. RECURSO DESPROVIDO.Processo:2012.701092-6.Relator:Juiz Osmar Mohr.Origem:Brusque.rgo Julgador:Stima Turma de Recursos - Itaja.Data de Julgamento:04/02/2013.Classe:Recurso Inominado.

Edio n. 6 de 27 de Maro de 2013.

rgo Especial1.Versando a lide originria sobre matria eminentemente de direito cambirio, a competncia para anlise e julgamento do feito das Cmaras de Direito Comercial.Seo Criminal2.A errnea identificao civil do verdadeiro ru requer a concesso de habeas corpus, de ofcio, para retificar, o respectivo nome, sem prejuzo dos atos precedentes, inclusive da sentena condenatria.3.As circunstncias anteriores ao dia do crime no excluem a possibilidade de incidncia da qualificadora da surpresa.4.A competncia estabelecida no artigo 80 do Estatuto do Idoso tem aplicao restrita s aes coletivas propostas em defesa dos interesses difusos, coletivos ou individuais homogneos dos idosos.Cmaras de Direito Criminal5.A realizao do exame pericial prescindvel, mormente porque os crimes contra a liberdade sexual muitas vezes sequer deixam vestgios suscetveis de constatao por meio de laudo.6.A insignificncia ou no do valor da coisa furtada deve estar inserida na esfera de anlise da vtima.7.Na fase da pronncia a excluso de qualificadoras somente admitida quando o magistrado verificar, imediatamente, sua improcedncia.8.Provocar incndio em plantao de pnus e capim no equivale prtica do crime de incendiar mata ou floresta, previsto na Lei dos Crimes Ambientais, haja vista inexistir equiparao entre os termos.9.A imputao de crimes contra a honra requer a comprovao do elemento subjetivo do tipo, consistente no dolo do dano. Provando que o fato verdadeiro, no resta caracterizado excesso na veiculao da matria jornalstica.Cmaras de Direito Civil10.No pode a seguradora, de maneira unilateral e sem fundamento plausvel, deixar de renovar o contrato com segurado j integrante de determinado grupo.11.No havendo prova de que a embriaguez foi causa determinante para a ocorrncia do sinistro, infundada a excluso da cobertura, devendo a seguradora indenizar os danos.12.Ainda que o genitor no detenha a guarda do filho no momento da prtica de ato infracional, no se exime de responder pelos atos praticados por filho incapaz.13.Ao lanar-se em imprudente manobra objetivando ultrapassar veculo lento frente, do que resultou a sua prpria morte, inviabiliza-se a indenizao da viva do motorista que no agiu com prudncia.14.Servio prestado por acadmicos em escola profissional est protegido pelo CDC por ser o paciente caracterizado como consumidor nos moldes do artigo 3 ou, ainda, por equiparao.15.Em decorrncia da natureza indenizatria do auxlio cesta-alimentao, o benefcio no se estende complementao de aposentadoria dos funcionrios inativos.Cmaras de Direito Comercial16.O carter absoluto da impenhorabilidade dos proventos somente relativizado para dbitos natureza alimentar.17.Em ao monitria fundada em cheque prescrito, ajuizada contra o emitente, dispensvel meno ao negcio jurdico subjacente emisso da crtula.Grupo de Cmaras de Direito Pblico18.A apresentao da documentao respectiva, no prazo estabelecido, sinal de que o candidato est pretendendo a iseno da taxa de inscrio de modo a suprir a exigncia do requerimento burocrtico expresso.19.No h previso legal, nem editalcia, que obrigue a Administrao Pblica a reposicionar o candidato aprovado para o final da lista dos classificados no concurso pblico, a fim de que tenha a oportunidade de concluir o ensino superior indispensvel posse.Cmaras de Direito Pblico20.Dissolvida, irregularmente, sociedade empresria devedora e frustrada citao devedor pelo correio, impe-se o deferimento do pedido de expedio de mandado para que seja citado por oficial de justia.21.O candidato aprovado em concurso pblico no limite de vagas previsto no edital tem direito subjetivo nomeao.22.Ainda que o mdico seja prestador de servios, a sua responsabilidade depende da prova de negligncia, imprudncia ou impercia, uma vez que sua obrigao de meio, no de resultado.23.Considerar como nico critrio para prova de ttulos em processo seletivo o tempo prvio de servio na municipalidade gera desigualdade injusta entre os candidatos.24.O surgimento de vaga em razo de desistncia, demisso ou exonerao de candidatos convocados para o desempenho da funo pblica, autoriza o chamamento dos demais candidatos classificados, ainda que fora do nmero inicial de vagas previstas.Turmas de Recursos25.O protesto de ttulo de crdito deve ser precedido de prudncia e cautela por aquele que busca a cobrana do dbito, sob pena de caracterizar ato ilcito.26.Abordagem indevida no cinema para verificao do bilhete caracteriza falha na prestao do servio, exame este que deve ser realizado no momento do ingresso ou em local discreto.27.A comunicao eletrnica por e-mail entre as partes, em que a vendedora se coloca disposio para a soluo do problema no configura compromisso no ressarcimento pretendido.28.A antecipao dos efeitos da tutela, conquanto produza efeitos imediatos, no aguardo do julgamento definitivo da lide, d-se na sentena, de modo que, no caso de improcedncia, perde eficcia, cancelando-se para todos os efeitos, inclusive quanto multa aplicada.

rgo Especial1.CONFLITO DE COMPETNCIA - CANCELAMENTO DE PROTESTO DE DUPLICATA C/C DANOS MORAIS - EMPRESA DE FACTORING E FOMENTO MERCANTIL - COMPETNCIA DAS CMARAS DE DIREITO COMERCIAL. da competncia das Cmaras de Direito Comercial o julgamento do recurso que ataca sentena proferida em processo cujo objeto a discusso a respeito do cancelamento de protestos de duplicatas e eventual indenizao por danos morais.Processo:2013.011943-3.Relator:Des. Luiz Czar Medeiros.Origem:Cricima.rgo Julgador:rgo Especial.Data de Julgamento:06/03/2013.Data de Publicao:14/03/2013. Classe:Conflito de Competncia.

Seo Criminal2.AO PENAL AJUIZADA CONTRA PESSOA QUE SE IDENTIFICA COM NOME DE TERCEIRO. COMPROVAO POR MEIO DE EXAME PAPILOSCPICO QUE AS DIGITAIS DO DENUNCIADO NO CORRESPONDEM PESSOA POR ELE INDICADA. ALTERAO DO NOME DO AUTOR DOS FATOS CRIMINOSOS QUE SE IMPE. EXCLUSO DO REQUERENTE E INSERO DA VERDADEIRA IDENTIDADE CIVIL DO AUTOR DOS FATOS. AO REVISIONAL NO CONHECIDA, COM CONCESSO, DE OFCIO, DE HABEAS CORPUS PARA CORRIGIR A IDENTIFICAO CIVIL DO CONDENADO.Processo:2012.064827-8.Relator:Des. Jorge Schaefer Martins.Origem:Capital.Julgamento:27/02/2013.Publicao:07/03/2013. 3.EMBARGOS INFRINGENTES E DE NULIDADE EM RECURSO CRIMINAL. TRIBUNAL DO JRI. RU PRONUNCIADO POR HOMICDIO TRIPLAMENTE QUALIFICADO PELO MOTIVO TORPE, MEIO CRUEL E SURPRESA (ART. 121, 2, I, III E IV, DO CP), AMEAA (ART. 147, CAPUT, DO CP, POR TRS VEZES) E POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 12 DA LEI N. 10.826/03). DECISO COLEGIADA, POR MAIORIA DE VOTOS, QUE DECIDIU MANTER AS TRS QUALIFICADORAS ADMITIDAS NA PRONNCIA. PRETENDIDA PREVALNCIA DO VOTO VENCIDO QUE ENTENDEU PELO AFASTAMENTO DAS QUALIFICADORAS DO MEIO CRUEL E DA SURPRESA. INVIABILIDADE. MEIO CRUEL. SEQUNCIA DE DISPAROS DE ARMA DE FOGO QUE INICIARAM ATINGINDO REGIES NO LETAIS. TIRO FATAL NA CABEA DA VTIMA DISPARO QUANDO ESTA J ESTAVA EM AGONIA. SOFRIMENTO DESNECESSRIO DO OFENDIDO, EM TESE, CARACTERIZADO. QUALIFICADORA QUE NO SE MOSTRA MANIFESTAMENTE IMPROCEDENTE. RECURSO QUE IMPOSSIBILITOU A DEFESA DO OFENDIDO. DESAVENAS, PROVOCAES E AMEAAS ANTERIORES INSUFICIENTES PARA AFASTAR A QUALIFICADORA NESSE MOMENTO. RU QUE SURPREENDEU O OFENDIDO EM SEU LOCAL DE TRABALHO E O ATACOU DE INOPINO. ANLISE POSTERGADA AO CONSELHO SE SENTENA. EMBARGOS REJEITADOS.Processo:2012.087348-6.Relatora:Des. Marli Mosimann Vargas.Julgamento:27/02/2013.

4.REVISO CRIMINAL. OFENSA AO TEXTO DE LEI. (CPP, ART. 621, I). COMPETNCIA. DOMICLIO DO RU (CPP, ART. 69, II). REGRA SUBSIDIRIA (CPP, ART. 72). LOCAL DA INFRAO CONHECIDO (CPP, ART. 70). ESTATUTO DO IDOSO. ART. 80. COMPETNCIA PARA AES COLETIVAS. INAPLICABILIDADE AO PROCESSO PENAL. CONTRADITRIO E AMPLA DEFESA (CF, ART. 5., LV). INQUIRIO DA VTIMA E TESTEMUNHAS DE ACUSAO. AUSNCIA DO RU E DO DEFENSOR CONSTITUDO. PROCURADOR AD HOC NO NOMEADO. NULIDADE. 1. "A competncia ser, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infrao" (CPP, art. 70). Somente quando no for "conhecido o lugar da infrao, a competncia regular-se- pelo domiclio ou residncia do ru" (CPP, art. 72). A idade do ru no atrai a competncia estabelecida no art. 80 do Estatuto do Idoso, pois tem este aplicao restrita s aes coletivas propostas em defesa dos interesses difusos, coletivos ou individuais homogneos dos idosos. 2. Implica em patente ofensa aos princpios do contraditrio e da ampla defesa (CF, art. 5., LV) - e, portanto, ao texto de lei - a inquirio da vtima e das testemunhas de acusao sem a presena do ru, de seu defensor ou, pelo menos, de procurador ad hoc. PEDIDO PARCIALMENTE PROCEDENTEProcesso:2012.078954-3.Relator:Des. Roberto Lucas Pacheco. Julgamento:27/02/2013.

Cmaras de Direito Criminal5.APELAO CRIMINAL (RU PRESO). CRIMES DE LESO CORPORAL DE NATUREZA GRAVE CAUSANDO INCAPACIDADE PARA AS OCUPAES HABITUAIS, POR MAIS DE TRINTA DIAS; AMEAA; ESTUPRO EM CONTINUIDADE DELITIVA E POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (ART. 129, 1, I; ART. 147,CAPUT; ART. 213,CAPUT; C/C 71, TODOS DO CDIGO PENAL E ART. 12,CAPUT, DA LEI N. 10.826/03). SENTENA CONDENATRIA. RECURSO DA DEFESA. ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 129, 1, I, DO CP. INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. RU QUE PERFUROU OS LBIOS VAGINAIS DA VTIMA COM UM ARAME E TORCEU-O COM UM ALICATE. VTIMA QUE FICOU COM TAL OBJETO NA VAGINA POR QUASE DOIS MESES, CAUSANDO-LHE INCAPACIDADE PARA AS OCUPAES HABITUAIS NESTE PERODO. DECLARAES DO RU E DA VTIMA ALIADAS AO LAUDO PERICIAL QUE ATESTAM AS LESES SOFRIDAS. MANUTENO DA CONDENAO QUE SE IMPE. ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 147 DO CP. INACOLHIMENTO. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. RU QUE AGREDIA A VTIMA COM TAPAS NO ROSTO E PUXES DE CABELO, E AMEAAVA-A COM UMA ARMA DE FOGO E UM FACO. ALM DISSO, A INTIMIDAVA COM AMEAAS DE MORTE CONTRA SEU FILHO E FAMILIARES. DECLARAES FIRMES E COERENTES DA VTIMA, CORROBORADAS PELOS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVAS CONSTANTES NOS AUTOS. CRIME FORMAL. CONSUMAO NO MOMENTO EM QUE A OFENSA ALCANA A VTIMA, BASTANDO SEU POTENCIAL INTIMIDADOR. ABSOLVIO INVIVEL. ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 213,CAPUT, DO CP. INVIABILIDADE. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE DEMONSTRADAS NOS AUTOS. RU QUE CONSTRANGEU A VTIMA CONJUNO CARNAL, MEDIANTE VIOLNCIA E GRAVE AMEAA, PENETRANDO SEU RGO MASCULINO EM SUA VAGINA, POR DIVERSAS VEZES. ALM DISSO, O RU TIRAVA O ARAME COLOCADO EM SUA GENITLIA E, APS O ATO, COLOCAVA-O NOVAMENTE NA VTIMA. PALAVRAS FIRMES E COERENTES DA OFENDIDA CORROBORADOS COM OS DEMAIS ELEMENTOS DE PROVA CONSTANTES NOS AUTOS. CONTEXTO PROBATRIO SUFICIENTE PARA A CONDENAO. ABSOLVIO DO CRIME DO ART. 12,CAPUT, DA LEI N. 10.826/03. NO CABIMENTO. MATERIALIDADE E AUTORIA DELITIVAS DEVIDAMENTE COMPROVADAS. CONFISSO DO APELANTE, NA FASE JUDICIAL, CORROBORADA PELOS DEPOIMENTOS UNSSONOS E COERENTES DOS POLICIAIS QUE ATUARAM NO FLAGRANTE. MANUTENO DA CONDENAO QUE SE IMPE. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.Processo:2012.046870-4.Relatora:Des. Marli Mosimann. Origem:Brusque. Julgamento:26/02/13.

6. RECURSO EM SENTIDO ESTRITO (CPP, ART. 581, I). CRIME CONTRA O PATRIMNIO. TENTATIVA DE FURTO SIMPLES OCORRIDO NO INTERIOR DE ESTABELECIMENTO COMERCIAL LOCALIZADO EM SHOPPING CENTER (CP, ART. 155, CAPUT C/C ART. 14, II). REJEIO DA DENNCIA POR ATIPICIDADE. APLICAO PRINCPIO INSIGNIFICNCIA. DEVER CONSTITUCIONAL DE INTERVENO ESTATAL. VIOLAO PRINCPIOS CONSTITUCIONAIS SEGURANA E PROPRIEDADE (CF, ART. 5, CAPUT E XXII). ELEVADO DESVALOR DA CONDUTA. SUBTRAO COM PROPSITO DE ADQUIRIR DROGA. INSIGNIFICNCIA PREJUZO NO EVIDENCIADA. TUTELA ESTATAL NECESSRIA PARA EVITAR QUE EMPRESRIOS SE SINTAM DESESTIMULADOS DE ADIMPLIR SUAS OBRIGAES TRIBUTRIAS. MNIMA OFENSIVIDADE DA CONDUTA DEVE SER PONDERADA PELA VTIMA. AUSNCIA DE LESO MNIMA NO FARIA COM QUE EMPRESRIO ACIONASSE AUTORIDADES PBLICAS. SENTENA REFORMADA. - penalmente tpica a conduta de agente que ingressa em loja de departamento e subtrai dois brinquedos infantis avaliados em R$ 99,98 com propsito adquirir droga. Os princpios constitucionais da segurana e propriedade (CF, art. 5, caput e XXII) legitimam a interveno estatal na esfera penal, afastando por completo a possibilidade de rejeio de denncia na qual se imputa a prtica de furto, ainda que a res furtiva no apresente valor considervel Recurso conhecido e provido.Relator:Des. Civinski. 7.RESE. HOMICDIO QUALIFICADO. SENTENA DE PRONNCIA QUE EXCLUIU QUALIFICADORA. PLEITO DE REINCLUSO DA QUALIFICADORA DO MOTIVO FTIL DESCRITA NA DENNCIA. VIABILIDADE. ELEMENTOS INDICIRIOS SUFICIENTES. RECURSO PROVIDO. Na fase de pronncia, a excluso de qualificadora somente admitida quando o magistrado verificar, imediatamente, sua improcedncia, pois censurado, nesse momento, valorar os elementos de provas para repelir a imputao apresentada pela acusao, sob pena de indevida interferncia na competncia do juiz natural da causa, o Tribunal do Jri.Processo:2012.092189-7).Relator:Des. Ricardo Roesler.

8.APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA O MEIO AMBIENTE. PROVOCAR INCNDIO EM MATA OU FLORESTA. ART. 41 DA LEI 9.605/98. SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DO MINISTRIO PBLICO. PLEITO PELA CONDENAO. ALEGA QUE H PROVAS SUFICIENTES PARA UM DECRETO CONDENATRIO. IMPOSSIBILIDADE. TIPO PENAL QUE DESCREVE INCNDIO EM MATA OU FLORESTA. LAUDOS PERICIAIS QUE COMPROVAM QUE A QUEIMADA SE DEU EM PLANTAO DE PINUS E CAPIM. CONCEITO DE FLORESTA QUE NO ABRANGE A PLANTAO QUE FORA INCENDIADA. INEXISTNCIA DAS ELEMENTARES DO TIPO PENAL. ABSOLVIO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.Processo:2012.048103-2.Relatora:Des. Cinthia Schaefer..9.APELAO CRIMINAL. CRIMES CONTRA A HONRA. CALNIA, DIFAMAO E INJRIA. ARTIGOS 138, 139 E 140, TODOS DO CDIGO PENAL. SENTENA ABSOLUTRIA. RECURSO DO QUERELANTE. SUSTENTA QUE A PROVA DOCUMENTAL SUFICIENTE PARA CARACTERIZAR OS CRIMES DESCRITOS NA INICIAL, REQUER A CONDENAO DOS APELADOS PELOS CRIMES. IMPOSSIBILIDADE. CRIMES NO CARACTERIZADOS. JORNALISTAS QUE DIVULGARAM INVESTIGAO QUANTO A UTILIZAO DO DINHEIRO PBLICO. NO H EXCESSOS NAS NOTCIAS VEICULADAS. FATOS VERDADEIROS. DOLO NO DEMONSTRADO. ABSOLVIO MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO.Processo:2012.036521-9.Relatora:Des. Cinthia Beatriz da Silva Bittencourt Schaefer.Origem:Tubaro.rgo Julgador:Quarta Cmara Criminal. Julgamento:28/02/2013.Juza Prolatora:Liene Francisco Guedes.Classe:Apelao Criminal

Cmaras de Direito Civil10.APELAO CVEL. AO DE MANUTENO DE SEGURO DE VIDA COM PEDIDO DE ANTECIPAO DE TUTELA. CONTRATO DE SEGURO DE VIDA EM GRUPO E ACIDENTES PESSOAIS COLETIVO. RECUSA IMOTIVADA DA SEGURADORA EM RENOVAR O PACTO COM AS MESMAS COBERTURAS E VALORES. AUMENTO EXCESSIVO DO PRMIO. AUSNCIA DE MOTIVOS JUSTIFICADORES. HIPOSSUFICINCIA DO CONTRATANTE VERIFICADA. FLAGRANTE ABUSIVIDADE. INTELIGNCIA DO ART. 51, IV E XI, DO CDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. NECESSRIA CONTINUIDADE DA RELAO CONTRATUAL. LITIGANCIA DE M-F. SUCUMBNCIA RECPROCA. INOCORRNCIA. DECAIMENTO DE PARTE MNIMA DO PEDIDO INICIAL. APLICAO DO DISPOSTO NO ART. 21, PARGRAFO NICO, DO CDIGO DE PROCESSO CIVIL. HONORRIOS ADVOCATCIOS. MAJORAO. RECURSO DA R DESPROVIDO. APELO DO AUTOR PROVIDO. I - reprovvel a prtica utilizada por muitas seguradoras consistente em atrair o cliente com diversas vantagens, inclusive o pagamento de prmio em quantia no muito elevada e, passados alguns anos, verificar-se a imposio da renovao do contrato mediante a aceitao de clusulas mais onerosas ao consumidor. Dessa forma, no pode a seguradora, de maneira unilateral e sem fundamento plausvel, simplesmente deixar de renovar o contrato com segurado j integrante de determinado grupo, sob pena de violar princpios e regras basilares das relaes consumeristas e, em especial, aquelas insculpidas no art. 51, IV e XI, CDC. II - Tratando-se de recurso manifestamente protelatrio, h de reconhecer, de ofcio, a prtica de litigncia de m-f, nos termos do disposto no art. 17, VII, CPC. III - Decaindo o Autor de parte mnima do pedido, deve a R arcar com o pagamento da integralidade das despesas processuais e dos honorrios advocatcios, consoante o disposto no art. 21, pargrafo nico, do Cdigo de Processo Civil. IV - Muito embora em demandas desse jaez, de modo geral, no se vislumbre nenhum acontecimento extraordinrio revestido de complexidade durante o trmite processual, os interesses do autor foram satisfatoriamente defendidos em juzo, alm do que a interposio de recurso pela parte contrria, e pela prpria parte que representa requer do profissional em maior empenho e dedicao causa, o que justifica a majorao dos honorrios do causdico do autor.Processo:2010.014085-5.Relator:Des. Joel Figueira Jnior. Julgamento:19/02/2013. Juiz Prolator:Emmanuel Schenkel do Amaral e Silva.

11.APELAO CVEL. AO COBRANA SEGURO. ALEGADA EXCLUSO COBERTURA POR EMBRIAGUEZ SEGURADO. APLICAO DO CDC. INCREMENTO VOLUNTRIO DO RISCO NO DEMONSTRADO. DEVER DA SEGURADORA EM INDENIZAR A BENEFICIRIA EM RAZO DA MORTE DO SEGURADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. I - As clusulas limitativas de garantias securitrias devem ser interpretadas restritivamente, sob a luz do princpio da boa-f que orientador de todos os contratos, sobretudo em se tratando de relao de consumo. II - A embriaguez do segurado, por si s, no causa excludente da obrigao de ressarcir assumida pela seguradora, mesmo havendo clusula expressa em sentido contrrio, salvo se o estado etlico preordenado (voluntrio) e com o escopo de provocar acidente de trnsito ou qualquer outro incidente causador de dano. III - Ademais, no havendo prova de que a embriaguez foi a causa determinante para a ocorrncia do sinistro, infundada a excluso da cobertura, devendo a seguradora r indenizar os danos causados valor previsto no oramento.Processo:2010.062696-0.Relator:Des.JoelFigueira. Julgamento:19/02/13.

12.AGRAVO DE INSTRUMENTO. AO DE INDENIZAO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. TUTELA ANTECIPADA. OBRIGAO DE CUSTEAR O TRATAMENTO PSICOTERPICO DA AUTORA AT O JULGAMENTO FINAL DA DEMANDA. ILEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM. GENITOR QUE SE ENCONTRAVA FORA DO PAS QUANDO DA PRTICA DE ATO INFRACIONAL POR SEU FILHO ADOLESCENTE. IRRELEVNCIA. RESPONSABILIDADE DOS PAIS DECORRENTE DO EXERCCIO DO PODER FAMILIAR. PRELIMINAR AFASTADA. O fato do pai no deter a guarda do filho e estar o menor com a me no momento dos fatos que ensejam o pleito indenizatrio, no exime o genitor de responder pelos atos praticados por seu filho incapaz, haja vista ser seu dever a criao e educao do seu filho, dever este decorrente do seu poder familiar, sob pena de se relegar a responsabilidade inerente a paternidade, o que o torna parte legtima para figurar no polo passivo da demanda reparatria dos danos. VALOR MENSAL DO TRATAMENTO PSICOLGICO, A SER CUSTEADO PELOS RUS. PROVA DOCUMENTAL QUE RESPALD