energia escura e matéria escura
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Matéria escura ? Estamos cada dia mais próximos de descobrir a verdade…GALERIAPosted on 2 de Março de 2013Novas notícias sobre esta surpreendente forma que ainda não foi comprovada, de fato.Especulações teóricas não faltam para definir a matéria escura, no entanto, só agora cientistas obtêm dados relevantes que podem corroborar com mais resultados significativos esclarecendo melhor este fenômeno.Algumas teorias físicas sugerem que a matéria escura é feita de WIMPS – Partículas de Massa de Interação Fraca – um tipo de partícula semelhante à sua própria antimatéria.Quando os pares de matéria e antimatéria se encontram, elas se destroem, o que leva a concluir que se duas partículas WIMPS se colidem; elas são aniquiladas, gerando um rebento, uma partícula filha que é composta de um elétron e sua contraparte de antimatéria, o pósitron.O Espectrômetro Magnético Alfa é a ferramenta capaz de detectar os pósitrons e os elétrons decorrentes da aniquilação da matéria escura na Via Láctea. O aparelho instalado na Estação Espacial Internacional custou 2 bilhões de dólares e já observou até agora 25 bilhões de eventos de partículas, entre eles cerca de 8 bilhões de elétrons e pósitrons. Esta primeira avaliação irá determinar quanto de cada uma dessas partículas foi encontrada e quais os tipos de energia presentes.Se o experimento detectar uma abundância de pósitrons, chegando a uma certa energia, será fator determinante para confirmar a presença de matéria escura, porque quanto mais elétrons no Universo, menores as chances de encontrar pósitrons.Os pósitrons produzidos pela destruição da matéria escura têm uma energia muito específica, segundo Michael Turner, cosmólogo da Universidade de Chicago. Ele disse que: “A principal característica da arma de fumaça é que existe um aumento seguido de uma queda acentuada”, referindo-se a energia encontrada na análise dos pósitrons e elétrons.Uma maneira de diferenciar a classe de pósitrons encontrada é verificar a concentração e como está direcionada, se forem de matéria escura estariam distribuídos uniformemente pelo espaço, já no caso de uma explosão de uma estrela, por exemplo, estes pósitrons estariam se movendo a partir de uma única direção.Outros projetos existem como o Grande Colisor de Hádrons, na Suíça. Certamente que em mais um par de décadas a ciência terá novas bases de estudo acerca das partículas WIMPS, comprovando ou não a existência da matéria escura.Segundo o físico teórico Lisa Randall, da Universidade de Harvard: “Existem muitas coisas que podem parecer com matéria escura – a questão é saber distinguir, pois fenômenos astrofísicos podem gerar antimatéria”.TRANSCRIPT
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Energia Escura e Matria Escura
A Energia Escura est comendo a Matria Escura?
Aproveite enquanto tempo: o espao pode se tornar mais
vazio. Crdito da Imagem: NASA.
Uma sugesto tentadora que a matria escura pode estar mudando lentamente para a energia
escura foi descoberto por uma equipe de cosmlogos no Reino Unido e Itlia. Enquanto a
natureza especfica da interao que dirige a converso no conhecida, o processo poderia
ser responsvel pela desacelerao do crescimento das galxias e outras estruturas em larga
escala no universo atravs dos ltimos oito bilhes de anos. Se a converso continuar no
ritmo atual, o destino ltimo do universo como um lugar frio, escuro e vazio poderia vir
mais cedo do que o esperado.
Uma vez que a acelerao da expanso do universo foi descoberta em 1998, o melhor
modelo da evoluo do universo envolve uma constante cosmolgica () - que descreve a
expanso acelerada - juntamente com a matria escura fria (CDM, do ingls Cold Dark
Matter). CDM compreende partculas que no interagem com a radiao eletromagntica e
tem um perodo de vida extremamente longo, i.e, so estveis e demoram muito pra decair
em outras partculas. Essas partculas so responsveis por cerca de 85% da matria no
universo e, por conseguinte, as suas foras gravitacionais dominam a formao de estrutura
em larga escala.
Enquanto o modelo CDM apoiado por muitas observaes diferentes, diversas
inconsistncias vieram luz recentemente. Usando dados sobre a radiao csmica de
fundo em micro-ondas adquiridos em 2013 pelo telescpio espacial Planck, o modelo
CDM tem sido usado para prever a taxa na qual as estruturas em larga escala deve crescer
em toda a histria do universo. No entanto, vrios estudos sugerem que a taxa em que a
estrutura est se formando mais lenta do que o previsto por Planck / CDM, o que
poderia significar que a CDM est desaparecendo do universo.
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Os cosmlogos tentaram abordar estas discrepncias, fazendo pequenas modificaes ao
modelo CDM - permitindo a mudar com o tempo, por exemplo, ou fazendo a CDM
decair em matria normal e energia - mas essas mudanas parecem criar tantas perguntas
quanto as respostas.
Agora, Valentina Salvatelli, Najla Said e Alessandro Melchiorri, da Universidade de Roma,
juntamente com David Wands e Marco Bruni na Universidade de Portsmouth, propem
uma nova forma de conciliar estas observaes. Eles estenderam o modelo CDM para
permitir que a matria escura decair para criar energia escura. Para verificar o seu modelo
contra observaes, Wands e colegas compararam a evoluo da estrutura em larga escala
como previsto por Planck / CDM com observaes de estruturas em larga escala
derivados de medies de distores espaciais redshift nos levantamentos de galxias.
Os pesquisadores dividiram a histria do universo em quatro caixas de tempo de
comprimento aproximadamente igual, e descobriu que a interao proposta torna-se
significativa nas terceira e quarta caixas - ou seja, entre cerca de oito bilhes de anos e os
dias atuais.
"Parece que o padro [CDM] modelo j no suficiente para descrever todos os dados.
Ns pensamos que ns encontramos um modelo melhor da energia escura", explica Wands.
Embora a taxa na qual a CDM parece ser convertida em energia escura muito lento,
Wands diz que se continuar no ritmo atual, todo a CDM do universo ter decado em
energia escura em cerca de 100 bilhes de anos. "Se a energia escura est crescendo e
matria escura est evaporando, vamos acabar com um grande, vazio, chato universo com
quase nada nele", explica Wands.
Catherine Heymans, da Universidade de Edimburgo descreve a pesquisa como "um
resultado fascinante", e assinala que ele parte de um esforo maior para reconciliar as
discrepncias (ou "tenses") entre as medies efetuadas pelo Planck e os de outros
telescpios. "Outros pesquisadores disseram que essa tenso pode ser resolvida se a
partcula de matria escura um neutrino estril", explica ela, acrescentando: "os outros
ainda esto olhando para diferentes teorias modificado de gravidade para explicar o
resultado."
Heymans tambm aponta que a tenso poderia ser o resultado de erros sistemticos nos
como uma ou mais das observaes so feitas. "Mais dados e uma nova anlise minuciosa
desses dados e da sistemtica que podem estar associados com eles so o caminho para
descobrir se esta teoria fascinante pode ser verdade", ela adverte.
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A pesquisa est publicada na Physical Review Letters.