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ISSN 2317-661X Vol. 11 – Num. 03 – Novembro 2016
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ENSINO DE GEOMORFOLOGIA E LIVRO DIDÁTICO: UMA
CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DO MEIO EM AMBIENTE
SEMIÁRIDO¹
Ana Gizeuda Alves Cabral²; Ronildo Alcântara Pereira³
1 Parte do Trabalho de Conclusão de Curso (Tcc) da autora 2 Graduada em Geografia – Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. [email protected]
3Professor orientador – Universidade Estadual Vale do Acaraú – UVA. [email protected]
RESUMO: O livro didático adotado pela escola pública Manoel Honorato Sobrinho, Coxixola, PB, não aborda
os aspectos geomorfológicos do município. O fato merece uma reflexão, considerando que estes são fatores
preponderantes para se conhecer os limites e vicissitudes da área. O município se situa no Cariri Ocidental da
Paraíba e seu relevo apresenta predomínio de áreas planas. O clima representa uma forte barreira à produção e
compromete a conservação ambiental. Em decorrência, existe a necessidade do conhecimento prévio das
características que cercam a ambiência, para que se possa produzir e conservar. Procedeu-se a aplicação de um
questionário com os discentes, como forma de solucionar o problema. Dos alunos pesquisados, 80% disse
desconhecer o conteúdo de geomorfologia local e outros aspectos a ela relacionados. Assim, este trabalho visou
contribuir com o processo ensino/aprendizado, mostrando a relevância da ligação entre as informações obtidas
em sala de aula e o conhecimento de campo.
Palavras-Chave: Aspectos geomorfológicos. Ensino de Geografia. Produção do espaço.
ABSTRACT: The textbook adopted by the public school Manoel Honorato Sobrinho, Coxixola, PB, does not
address the geomorphological aspects of the county. The fact is noteworthy, considering that these are important
factors for the knowing of the limits and vicissitudes of the area. The county is located on the West Cariri of
Paraíba and its topography shows the predominance of plain areas. The climate is a strong barrier to production
and compromises the environmental conservation. As a result, exists the necessity of prior knowledge of the
characteristics that surround ambience, so that can be possible the production and conservation. It was proceeded
the application of a questionnaire with the students with the intention to solve the problem. Of the students
surveyed, 80% told not knowing the contents of local geomorphology and other aspects related to it. Thus, this
study intends to contribute to the teaching / learning process, showing the relevance of the link between the
information obtained in the classroom and field knowledge.
Keywords: Geomorphological aspects. Geomorphology teaching. Space production.
INTRODUÇÃO
O estudo da geomorfologia é um conhecimento específico, sistematizado, que tem por
objetivo analisar as formas do relevo, buscando compreender os processos pretéritos e atuais.
Como componente disciplinar da temática geográfica, a geomorfologia constitui importante
subsídio para a apropriação racional do relevo, como recurso ou suporte, considerando a
conversão das propriedades geoecológicas em sócio reprodutoras e em suporte e recurso do
homem.
Segundo Cassete (2005), seu objeto de estudo é a superfície da crosta terrestre,
apresentando uma forma específica de análise que se refere ao modelado. A análise incorpora
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o necessário conhecimento do jogo de forças antagônicas, sistematizadas pelas atividades
tectogenéticas (endógenas) e mecanismos morfoclimáticos (exógenos), responsáveis pelas
formas resultantes.
Sabe-se que os estudos geomorfológicos objetivam a analise das diversas formas do
relevo em seus diferentes campos do conhecimento geográfico. A complexidade dos
ambientes naturais, bem como das alterações causada pelo o homem ao meio.
Essas alterações vêm se intensificando e interferindo na paisagem, criando novas
situações ao construir e reordenar os espaços físicos devido a suas novas instalações de
cidades, estradas, atividades agrícolas, barragens, retificações de canais fluviais, dentre outros
aspectos relacionado ao desenvolvimento desordenado e não planejado e da ocupação com o
mau uso das terras, incrementando a degradação da cobertura vegetal, cujos desmatamentos
aceleram erosão e o assoreamento dos solos (CASSETE, 2005).
Todas de ordem natural, impulsionados pelas alterações causadas pelo homem no
ambiente natural alteram o equilíbrio da natureza, vindo a provocar grandes problemas para a
sociedade e são detectadas pelas modificações da paisagem.
Esta categoria de análise, admitida como terceiro nível de abordagem tem por objetivo
compreender a ação dos processos morfodinâmicos atuais, inserindo-se na análise, o homem
como sujeito modificador. A presença humana normalmente tem respondido pela aceleração
dos processos morfogenético, como as formações denominadas de tectogênicas, abreviando a
atividade evolutiva do modelado (GUERRA e BOTELHO, 2001).
Mesmo a ação indireta do homem, ao eliminar a interface representada pela cobertura
vegetal, altera de forma substancial as relações entre as forças de ação e de reação da
formação superficial, gerando desequilíbrios morfológicos ou impactos geoambientais como
os movimentos de massa, voçorocamento, assoreamento, dentre outros, chegando a resultados
catastróficos, a exemplo dos deslizamentos em áreas topograficamente movimentadas.
Dentro dessa perspectiva fica evidente a importância do entendimento da dinâmica das
unidades de paisagem, onde as formas do relevo se inserem como um dos componentes de
muita importância e torna-se necessário entender o significado da aplicação do conhecimento
geomorfológico ao se implantar qualquer atividade antrópica de vulto na superfície terrestre.
A importância da sistematização do relevo é, segundo inúmeros autores, entre os
quais: Ab’Saber (1960) Jatobá e Lins (2004) e Cassete (2005) a chave para se entender o
papel que esta categoria representa para a produção do espaço. Este tema, segundo estes
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autores é difundido nas escolas, conjuntamente ao conteúdo de Geografia e muitas vezes,
aplicado por profissionais despreparados para ministrar o assunto de forma didática, contando
com uma forte colaboração do livro escolar, não raramente omisso ao assunto ou desfocado
do contexto devido a grande diversidade de cada ambiente.
Como resultado há enorme dificuldade na aprendizagem conceitual do relevo no
ensino escolar, notadamente na utilização e na compreensão imprecisa da terminologia da
Geomorfologia, bem como na sua aplicação de forma isolada e quase sempre sem os pré-
requisitos necessários para a compreensão conceitual. Ou, então, o relevo não é mencionado
quando se trabalha com outros conteúdos, ficando, portanto aparentemente excluído na
interação com outros componentes do espaço geográfico (CARVALHO, 1999).
Outro aspecto a ser considerado se refere à atenção conferida por muitos geógrafos aos
aspectos ambientais e à dinâmica da natureza, pois muitos professores que lecionam a
disciplina se consideram despreparados para abordar temas específicos da área de Geografia
Física. Parte dessa situação pode ser justificada pela trajetória do pensamento geográfico
brasileiro nas últimas décadas, mas também pelo desuso da (in) formação continuada.
No entanto, a partir da década de 1970, houve mudanças nas prioridades de temas
curriculares na Geografia podendo-se atestar uma verdadeira cisão entre as alas físicas e
humanas da Geografia. O reflexo desta problemática no espaço escolar foi à consolidação de
propostas curriculares de Geografia para os níveis fundamental e médio em que a abordagem
é essencialmente socioeconômica e política (TRANHAQUI et al., 2010). Assim, os
fenômenos naturais são apresentados de modo simplificado e desarticulado aos processos
socioeconômicos minimizando a possibilidade de desenvolver abordagens que possam levar à
integração entre sociedade e natureza.
Contudo, por imposição do contexto social foi preciso mudar. Nos anos 1990, no
Brasil, multiplicaram-se os movimentos e organizações em defesa do meio ambiente. Cresceu
a pressão pela compreensão da dinâmica natural e suas relações com os modelos de
desenvolvimento ditado pelo paradigma social dominante. Todavia, a introdução de questões
ambientais em currículos e livros didáticos muitas vezes não levou a uma compreensão mais
aprofundada dos processos ambientais, não permitindo um aprofundamento a cerca dos
processos ambientais juntamente a uma análise crítica da realidade (TRANHAQUI et al.,
2010).
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No caso particular do espaço em análise este problema tende a ser um pouco mais
complexo, pois a ele converge, além das questões anteriormente exposta, a falta de material
didático de referência, específico ao Semiárido, dificultando ainda mais uma abordagem a
contendo dos conteúdos relacionados ao modelado em escala local. Em vista da temática
aludida, este trabalho tem como objetivo caracterizar o domínio moforclimático no qual o
município de Coxixola PB se assenta e analisar, à luz do conteúdo do didático, a forma como
assunto é abordado na escola pública de ensino médio do município.
ELEMENTOS ESTRUTURANTES DOS DOMINIOS MORFOCLIMÁTICOS NA
CONFIGURAÇÃO DO RELEVO
A noção mais plausível que se tem de relevo refere-se ao acidente geográfico, como
uma revanche da natureza. No entanto, entender a conformação do relevo em qualquer escala
espacial parece ser um imperativo, pois este entendimento serve tanto as atividades do
cotidiano, ou até mesmo a fins menos nobre, como é o caso das conquistas bélicas.
A preocupação com as relações processuais responsáveis pela evolução do relevo cada
vez mais ganha destaque ao se constituir em importante subsídio ao ordenamento territorial,
comprovado através de estudos relativos aos riscos urbanos ou de natureza geoambiental.
Neste sentido, destacam-se os trabalhos relacionados às formações superficiais, que inserem a
geomorfologia num contexto multidisciplinar, aumentando sua crescente tendência para se
colocar mais próxima às ciências ambientais (CASSETI, 2005).
Os estudos Geomorfológicos segundo Ab’Sáber (2003), devem ser realizados em três
níveis de tratamento: compartimentação geomorfológica, estruturação superficial da paisagem
e fisiologia da paisagem.
O primeiro nível volta-se á caracterização e descrição do modelado e do relevo
identificados nos diversos compartimentos geomorfológicos investigados. O segundo nível
busca obter informações sobre a estrutura superficial da paisagem dos diversos
compartimentos delimitados. O terceiro nível engloba os estudos dos processos
morfoclimáticos e pedogenéticos atuais (JATOBÁ e LINS, 2003).
No caso deste estudo assumi-se que o primeiro nível de abordagem atende aos
propósitos que aqui se destina. Neste estágio de investigação se chega à importância que o
relevo assume aspecto fundamental no processo de ocupação do espaço, fator que inclui as
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propriedades de suporte ou recurso, cujas formas ou modalidades de apropriação respondem
pelo comportamento da paisagem e suas consequências.
Tais domínios espaciais, de feições paisagísticas e ecológicas integradas, ocorrem em
uma espécie de área principal, de certa dimensão e arranjo, em que as condições fisiográficas
e biogeográficas formam um complexo relativamente homogêneo e extensivo, onde haja um
esquema coerente de feições de relevo, tipos de solos, formas de vegetação e condições
climático–hidrológicas se completam (AB’SABER, 2003).
No caso brasileiro, são muitos os estudos que caracterizam as feições
geomorfológicas, das quais, Ab Saber (1960), por exemplo, vai destacar cinco conjuntos de
modelados, muito embora já existam estudos mais detalhados.
Os domínios morfoclimáticos do Brasil
O Brasil, país de grande extensão territorial apresenta uma geografia marcada por
grandes diversidades biogeoclimática. A interação e a interdependência entre os diversos
elementos da paisagem (relevo, clima, vegetação, hidrografia, solo, fauna) explicam a
existência desses domínios, que podem ser entendidos como uma combinação ou sínteses dos
diversos elementos da natureza, individualizando uma determinada porção do território.
Os domínios morfoclimáticos brasileiros são definidos a partir das características
climáticas, botânicas, pedológicas, hidrológicas e fitogeográficas (Ab’ Saber 2003), que sob a
influência de estudos europeus, estabeleceu uma proposta de entendimento do relevo
brasileiro em Domínios Morfoclimáticos, uma interpretação calcada na influência da
zonalidade climática (AB’SABER,1960), delimitando seis regiões de domínios, conforme a
Figura 1.
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Figura 1 – Mapa dos domínios morfoclimáticos brasileiros.
Fonte: Ab’Saber (2003)
Domínios dos Chapadões Tropicais com duas estações, recobertos por cerrados e
penetrados por florestas galerias; Domínios das Coxilhas Subtropicais Uruguaio – sul-rio-
grandense recobertas por pradarias mistas e Domínios das Terras Baixas Equatoriais
extensivamente florestadas da Amazônia Brasileira; Domínios de planalto Subtropicais,
recobertos por araucárias e pradarias de altitude; e Domínios das Depressões Intermontanas
pontilhadas de inselbergues, dotada de drenagem intermitente e recoberta por caatingas
extensivas.
Para este autor, dos elementos naturais, os que mais influenciam na formação de uma
paisagem natural são o clima e o relevo; eles interferem e condicionam os demais elementos,
embora seja também por eles influenciado. No caso particular das Caatingas, a vegetação é o
elemento mais castigado, que marca mais a paisagem pelas alterações devastadoras
provocadas pelo o homem, estando caracterizado em grande parte do Nordeste semiárido.
Domínios morfoclimáticos da Região Nordeste
Conforme Ab’ Saber (1974), o Nordeste semiárido ocupa uma área equivalente a
aproximadamente 10% do território brasileiro, tendo cerca 850.000Km².
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Para este autor:
“Trata-se de uma região seca, muito quente, de posição subequatorial, com drenagens
extensivamente abertas para o mar, posto que dotadas de acentuada intermitência
sazonal (sic). Por sua vez as terras semiáridas do Nordeste constituem um mosaico de
solos peculiares, sujeito a forte salinização ou concrecionamento cálcio (AB’SABER,
1974, p.4)”.
Ainda de acordo com este autor, trata-se de uma região que apresenta as mais rústicas
paisagens moforlógicas e fitogeográficas do país. Com campos de Inselbergues situados nas
áreas de Milagres (Bahia), Quixadá (Ceará), Patos (Paraíba) e Caicó – Pau dos Ferros (Rio
Grande do Norte). Área de fraca decomposição de rochas, com mantos de alteração que
variam de 0 a 3 m, via de regra. Cabeços de rochas, lajedos e “mares de pedras” aflorando ás
vezes no meio das caatingas mais rústicas do interior nordestino.
A primazia dos compartimentos de relevo deste domínio é a participação das
superfícies aplainadas, que esta intimamente ligada à conformação das paisagens do Nordeste
semiárido (AB´SABER, 1969). Neste vasto território, composto por depressões semiáridas,
configurando-se como uma paisagem monótona de largas depressões interplanálticas ou
intermontanas do interior local onde se abriga o bioma Caatinga com toda sua diversidade de
paisagens (AB´SABER, op.cit.).
Sobre as Caatingas, Fernandes (2006, p.146), afirma que:
“As caatingas devem ser consideradas como um tipo vegetacional xérico, com um
quadro Florísticos estacional, ao lado de acentuado tropofitismo quase sempre
acompanhado por estruturas morfológicas representadas por espinhos e acúleos. Pode
haver a participação de Bromeliáceas e Cactáceas”.
Domínios morfoclimáticos das Caatingas
Situado no interior do Nordeste brasileiro, com clima extremo, uma vegetação
adaptada ao clima e solos pouco profundos devidos ás poucas, mas torrenciais chuvas e ao
predomínio do intemperismo físico e assim que se podem caracterizar os domínios das
Caatingas. Segundo Ab’ Saber (1960), a textura dos solos desta área, passa de argilosa para
textura media, outra característica é a diversidade de solos e ambientes, como por exemplo,
entre as sub-regiões sertão e o agreste.
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O domínio abriga em seu território o polígono das secas. Com uma extensão de
aproximadamente 850.000 Km², este domínio compõe-se do Estado do Ceará e partes dos
Estados da Bahia, de Sergipe, de Alagoas, de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do
Norte e do Piauí, constitui-se de um mosaico de paisagens enormemente diversificado.
Seu relevo caracteriza-se pela existência de depressões em áreas abaixo das vizinhas
em quase toda sua extensão, por ser um território antigo e fortemente erodido pela
pediplanação. Limita-se ao Norte no lado oriental, com o planalto da Borborema, e a Chapada
Diamantina ao sul da Bahia.
O Domínio Morfoclimático das Caatingas soma-se aos demais cinco domínios
inscritos no território brasileiro, sendo estes, uma herança de processos fisiográficos e
biológicos e patrimônio coletivo dos povos que historicamente os herdam (AB’SABER,
2003), originados a partir de eventos remotos, posteriormente modificados ou remodelados
por eventos de atuação recente.
Configuração geomorfológica do município de Coxixola
O município de Coxixola se encontra inserido nos Cariris da Paraíba, apresenta uma
extensão de 119 Km² está inserido nos limites do Bioma Caatinga. É uma área marcada por
extremos climáticos, entre secas e enchentes, fato este que afeta o desenvolvimento dos mais
diversos processos, inclusive biológicos, motivando os seres viventes a constantes adaptações.
De acordo com Alves (2007), antigamente acreditava-se que a fisiografia da caatinga
seria o resultado da degradação de formações vegetais mais exuberantes, como a Mata
Atlântica. Esse pensamento sempre produziu à falsa idéia de que o bioma seria homogêneo,
com biota pobre em espécies e em endemismos, estando pouco alterada ou ameaçada, desde o
início da colonização do Brasil. Entretanto, estudos apontam a caatinga: (i) como rica em
biodiversidade, endemismos e bastante heterogênea; (ii) considerada um bioma extremamente
frágil.
Do ponto de vista da Geomorfologia a área apresenta uma forte predominância de
pediplanização e este aspecto está patente no levantamento realizado pela SRTM (2000),
financiada NASA, o qual revelou cada compartimento do globo na terceira dimensão
geográfica de localização ou simplesmente na altitude de cada lugar, com uma resolução
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espacial de 90m, como mostra o contorno que expõe o modelo de terreno do município de
Coxixola (Figura 2).
Analisando-se a configuração do modelo de terreno do município de Coxixola se pode
notar que a área dispõe de uma razoável diversidade de aspectos geomorfológicos, em que
pese ser um dos de dimensões mais reduzidas do estado da Paraíba.
No centro sul, divisa com os municípios de Caraúbas e Congo encontra-se uma
elevação de aproximados 550 metros de altitude, mas é a oeste, nos limites com Sumé que se
vai encontrar a maior elevação com 600m, representando um dos divisores de água da bacia
do Sucuru, onde o município se insere.
Ao norte e leste do município vão-se encontrar vastas extensões de terrenos
pediplanizados, com declividades médias a planas, que vão variar entre 600 e 450m (Figura
3). Abaixo destas cotas topográficas encontra-se a rede de canais, que segue na direção
nordeste ruma ao encontro dos rios, Sucuru, Serra Branca e Taperoá.
Figura 2 – Localização e Modelo Numérico de Terreno do Município de Coxixola – PB
Fonte: AESA (2006) adaptado
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Figura 3 - Paisagem geomorfológica entre Coxixola e Serra Branca, PB. Créditos da
imagem: Egberto Araújo, 2010.
Fonte: Disponível em <www.flicker.com>
A predominância da vegetação nesta área de caatinga, no município de Coxixola é de
parte arbórea baixa ou arbórea arbustivo, cuja densidade varia de muito rala a semidensa,
mostrando-se mais conservada em pequenas áreas de serra. Entretanto uma vegetação que
vem sofrendo com a ação devastadora do homem e os rigores do clima (Figura 4).
Figura 4 – Vegetação da caatinga em período seco no município de Coxixola -PB.
Fonte: foto dos autores.
A área da unidade municipal é recortada por rios de pequena vazão e o potencial de
água subterrânea é baixo. Os principais cursos d’água são: o Rio Sucuru e os riachos, Grande
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de Coxixola, das Cacimbas e do Beju. O principal corpo de acumulação de água é a Lagoa da
Serrota.
Do ponto de vista geoecológico o IBGE (2010) insere Coxixola na unidade
geoambiental do Planalto da Borborema, formado por maciços e outeiros altos, com altitude
variando entre 500 a 600 metros (ver Figura 3). O relevo é levemente movimentado, com
vales pouco profundos e estreitos dissecados, acarretando nos solos uma fertilidade bastante
variada, com predominância de media para alta, dependendo da declividade. A Figura 5
mostra uma área plana, com solos pouco profundos, pedregosos, evidenciados por uma
clareira.
Figura 5 – Aspecto do solo exposto em Coxixola, na divisa com São Domingos, PB.
Créditos da imagem: Egberto Araújo 2010.
Fonte: Disponível em www.flicker.com.
Como se pode notar a área contém aspectos bastante diversificados e que conota certa
fragilidade ambiental, decorrendo dai uma substancial necessidade em explorá-la de modo
sustentável.
Conforme Cavalcanti (2005), frente à crescente necessidade de compreensão da
realidade atual, onde a questão ambiental toma posição de destaque, a comunidade sociedade
passou a se comportar de maneira diferente, com menos divergência entre as produções
cientificas especificas, nos subcampos acadêmicos físicos e humanos da Geografia, fato que
possibilitará um considerável avanço nos estudos do meio ambiente.
Nunca é demais ressaltar que a Geografia tem por tarefa descrever, analisar e predizer
os acontecimentos terrestres. A descrição, a analise ou predição geográfica, dos fenômenos é
sempre realizada tendo em vista suas coordenadas espaciais e mediante a observação de
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campo. Como o conceito geográfico de espaço coincide com o de toda a Terra, o geógrafo
teve necessidade de recorrer à representação da superfície terrestre para realizar seus estudos
(OLIVEIRA, 1977).
REFERENCIAL METODOLÓGICO
Para atender ao objetivo proposto à elaboração deste estudo, foram utilizados os
seguintes procedimentos: levantamento bibliográfico em fontes primárias e secundárias
pertinentes ao tema; mapas e dados preexistentes e levantamento de campo, através de
observações e estágio supervisionado na escola pública estadual Manoel Honorato Sobrinho,
localizado na zona urbana do município de Coxixola - PB. As aulas foram realizadas na turma
do 2º ano médio noite, da disciplina Geografia. Contou-se com a participação de 32 alunos em
sala de aula.
Nas aulas foi utilizado, o retroprojetor, para amostras de imagens caracterizando o tipo
de vegetação, e do clima do município. Além de livro didático, globo, atlas da Paraíba,
pesquisas na internet e atividade posta ao aluno. Ademais, foi realizada uma pesquisa de
campo, que incluiu entre outras etapas, a aplicação de um questionário aberta para avaliar a
satisfação e o conhecimento dos alunos no que respeita ao tema em exame; uma entrevista
semiestruturada com a professora titular da disciplina, visando angariar subsídios às possíveis
dificuldades em aplicar o conteúdo em questão, bem como um trabalho de observação e
fotográfico dos aspectos do relevo do município.
Área de estudo
Coxixola é um município do estado da Paraíba, localizado na mesorregião da
Borborema e na microrregião do Cariri Ocidental, Nordeste do Brasil. Limita-se ao Norte com
Serra Branca, ao Sul com Caraúbas e Congo, a Leste com São João do Cariri e ao Oeste com
Serra Branca. Criado pela lei 5910 de 1994 e instalada em 1997, a cidade foi inicialmente um
distrito de São João do Cariri e depois de Serra Branca. O município é formado pelo distrito
sede, e é o menos populoso do Estado.
De acordo com o IBGE, (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no ano 2010
sua população era estimada em 1.771 habitantes, sua área territorial é de 119 km², com uma
densidade demográfica de 14,87 hab./Km².
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A administração publica possui o maior peso na economia municipal seguido da
agropecuária e da agricultura. A relevância econômica do setor administrativo em Coxixola é
confirmada pelo elevado número de pessoas ocupadas no setor. Verifica-se descentralização
administrativa com a formação de conselhos nas áreas de saúde e assistência social.
Informações obtidas através de levantamentos do IBGE 20101.
Ainda segundo dados do IBGE, no ano 2010 o IDH, Índice de Desenvolvimento
Humano da população de Coxixola era de 0, 639, com uma renda per capta de 5. 033, 32. Por
estes dados é possível deduzir que o município em questão, apesar de se localizar em uma, a
priori, considerada mais pobre do estado da Paraíba, apresenta dados econômicos e sociais,
que pouco diferem do restante de outras áreas desta unidade federativa (BRASIL, 2010).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com clima, quente e seco, com chuvas de verão, alcança aos índices mais baixos de
precipitação do estado, com média anual de <500 mm. Uma temperatura anual média por
volta de 26ºC e umidade do ar que não ultrapassa os 75% (IBGE3, 2010), não é difícil
imaginar a degradação dos solos, frente à falta de vegetação como anteparo aos efeitos das
primeiras chuvas. Nestas condições é previsível a grande quantidade de material transportado
à calha dos rios fato que interfere diretamente na conformação do relevo, carecendo de
conhecimento e manejo adequado, para a conservação.
De acordo com o atlas da Paraíba 2002, estas condições climáticas são, além de tudo,
agravadas pela irregularidade das chuvas. A falta de água, por períodos bem prolongados,
provoca um desenvolvimento lento dos solos tornando-os rasos e pedregosos. Ademais a má
distribuição das chuvas, aliada a outros fatores são determinantes para o baixo desempenho do
setor produtivo, atingindo diretamente a pecuária e a agricultura do município.
Por isso o município está incluído na área geográfica de abrangência do Semiárido
brasileiro, definido pelo Ministério da Integração Nacional em 2005. Esta delimitação
obedeceu a critérios, como o índice pluviométrico, o índice de aridez e o risco de seca. Como
resultado, o que existe hoje de vegetação no município é a presença de uma caatinga rala
bastante degradada.
3Informações obtidas através de pesquisas e levantamentos do IBGE 2010.
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Aplicação de questionários
Dado a importância que os estudos para o conhecimento do relevo representam para a
ocupação do espaço em quaisquer circunstâncias e ainda, em decorrência das observações
realizadas em sala de aula, recorreu-se a aplicação de um questionário visando conhecer a
opinião dos alunos do 2ª ano do ensino médio a respeito da temática, através de quatro
questões estruturadas.
Sobre abordagem do conteúdo da geomorfologia de Coxixola na grade curricular
Geografia da escola pública os dados coletados apontam que 80% dos entrevistados
responderam que o tema não é abordado na sala de aula e inexiste qualquer ação ou
planejamento de atividades de campo, como forma de compensar esta deficiência. Outro
grupo, que representa 20% relataram que indiretamente o tema era aplicado no conteúdo de
Geografia e que as discussões eram suficientes para elucidar o assunto, conforme o gráfico da
Figura 7.
Figura 7- Percentual das respostas sobre a abordagem do ensino da
geomorfologia na escola publica de Coxixola - PB.
Como se pode observar nos dados do gráfico acima, os aspectos geomorfológicos do
município de Coxixola vêm sendo pouco abordada na escola. É que os alunos sentem
dificuldade por este tema não ser mais discutido no conteúdo da disciplina de Geografia. Este
conteúdo, embora omitido no livro didático, se aplicado de forma paralela, em atividades de
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campo permite aos alunos a compreensão das categorias geográficas de análise espaciais no
âmbito escolar.
Sobre a importância no conhecimento das configurações do revelo para o êxito das
atividades produtivas no âmbito socioeconômico e conservação ambiental foi obtido o
percentual de respostas 100% dos entrevistados, os quais reconhecem, que conhecer as
configurações do relevo é importante para o êxito das atividades mencionadas.
De acordo com os resultados obtidos, na pesquisa com os alunos, no gráfico contido
na Figura 8, a unanimidade afirma que é de fundamental importância conhecer as
configurações geomorfológicas, os solos, o clima e todos os aspectos inerentes do para o êxito
das atividades produtivas e da sustentabilidade. Deste modo, trabalhar melhor esse tema em
aulas de Geografia, ou por vias optativas traz grandes benefícios para o conhecimento dos
alunos na sua vida cotidiana e da coletividade em geral.
Sobre o conhecimento dos tipos de relevo existentes no município de Coxixola de os
alunos responderam de forma até surpreendente, conforme demonstra a (Figura 8), 66,7% dos
entrevistados afirmaram que o tipo de relevo do município de Coxixola PB é acidentado, e
33,3% afirmaram ser plana.
Figura 8 - Conhecimentos dos entrevistados a respeito do tipo de relevo local
33,30%
66,70%
PLANA ACIDENTADA
Faz-se necessário questionar os resultados dos dados do gráfico acima, pois se percebe
que os alunos sentem dificuldades em relação ao relevo de seu município. Por esse tema ser
pouco abordado nas aulas. Cabe a instituição abordar mais estes aspectos nos conteúdos
geográficos da escola, fazendo com que os alunos conheçam melhor as configurações do
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relevo de seu município. Dessa forma os alunos aprendem métodos de analises que podem ser
aplicados a outros espaços por eles vividos.
Sobre o conhecimento dos tipos do clima que ocorre no município de Coxixola,
reconhecendo-se que este é um fator fundamental para a formação do modelado de qualquer
recorte territorial, a resposta foi unânime. Pode-se observar que 100% dos entrevistados
relataram que o tipo de clima do município de Coxixola é quente e seco. No entanto, outras
questões relacionadas aos aspectos do clima, tais como estação chuvosa, estação seca, inverno
e verão têm um entendimento confuso e são comumente entendidas de forma equivocada.
Deste modo pode-se concluir que o conhecimento destes aspectos é apreendido de empírica,
visto que o tema ainda é pouco discutido no cotidiano escolar.
Por ocasião da entrevista com o professor titular da disciplina, em que pese o mesmo
estar apto a lecionar, notou-se um acentuado despreparo com respeito ao conteúdo geográfico,
notadamente aquele concernente a Geografia Física, assim como as atividades extra sala de
aula.
Ainda que se considere que a realidade atual e recorrente nas escolas de ensino básico
é (e sempre foi) a questão da capacitação adequada do professor, frente à realidade e ao
contexto de cada escola, ficou notório a falta de comprometimento do sistema de ensino, não
somente na formação continuada dos profissionais, mas também na adoção de livros didáticos
dissociados da realidade do aluno, de modo que estas deficiências se refletem diretamente no
êxito processo ensino/aprendizagem, segundo professor.
Diz o professor:
“Como resultado deste descompasso entre a Geografia acadêmica oferecida ao
professor em formação e a Geografia escolar chega-se ao desestímulo, que ante as
suas próprias limitações e o conteúdo pouco interessante do livro didático, passa a
reger suas aulas de modo monótono, levando o aluno ao total desinteresse e ao enfado,
frente a pouca identidade com o conteúdo veiculado”.
No final da entrevista ficou patente que o professor não se sente motivado, nem parece
se sentir preparado a dinamizar suas aulas, de modo a motivar e mobilizar o aluno, através de
seminários, observações e aulas de campo, a fim de propiciar ao aluno o conhecimento
espacial de seu entorno, favorecendo a associação entre o, contudo teórico e as
especificidades locais.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho procurou enfocar a importância de se ensinar a Geomorfologia, dentro
do conteúdo da Geografia escolar, do município de Coxixola, como forma de destacar, através
de sua dinâmica a contextualização dos aspectos da área, promovendo ações dinâmicas em
atividades extra sala de aula.
Na pesquisa pode-se observar que este tema é pouco abordado na escola e este aspecto
é confirmado pelas informações levantadas através de questionários aplicados aos alunos.
Pode-se constatar que a área do município de Coxixola contém aspectos bastante
diversificados com relação ao seu relevo, uma predominância de áreas planas a mediamente
onduladas e é dissecada por uma rede de canais de densidade considerável, aspectos que
favorecem a conservação, mas que são desconhecidas pelos alunos, que poderiam ser
ensinados a difundir as práticas de manejo, contribuindo com para o equilíbrio do meio.
As respostas retrataram a ausência destes estudos e confirmaram o desconhecimento
dos alunos em relação ao relevo e ao clima de sua localidade, realidade esta que cabe uma
reflexão: como esperar que o aluno de hoje, produtor rural do futuro estruture o espaço, de
modo a conservar os recursos existentes, se a escola nos dias atuais não lhe dar o devido
suporte? Uma maneira de mudar tal realidade pode estar na melhor preparação do professor,
na adequação dos conteúdos do livro didático, acompanhadas de transformações da atual
utilização do livro didático na sala de aula, sem atividades complementares que o associe ao
contexto local.
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