estatutos uc 2008

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  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008 38329

    Despacho n. 22508/2008Por despacho da Presidente da Comisso Executiva Instaladora do

    Agrupamento Vertical de Escolas de So Brs de Alportel, no uso da competncia delegada no n. 1.1 do Despacho n. 23 106/06, publicado no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 218, de 13 de Novembro de 2006 e Rectificao n. 1826/06, publicada no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 231, de 30 de Novembro de 2006, foram nomeadas em regime de comisso de servio, para o ano lectivo 2007 -2008, as Professoras do Quadro de Nomeao Definitiva, Ana Isabel Mximo Cavaco e Rosria Cristina Costa Almeida Santos, do grupo 230, pertencentes Escola Bsica dos 2. e 3. Ciclos Poeta Bernardo Passos, deste Agrupamento, para o exerccio de funes de Professor Titular no Departamento de Matemtica e Cincias Experimentais, de acordo com o artigo 24. do Decreto -Lei n. 200/2007, de 22 de Maio.

    21 de Agosto de 2008. A Presidente da Comisso Executiva Ins-taladora, Violantina da Felicidade Valente Martins Hilrio.

    Despacho n. 22509/2008Por despacho da Presidente da Comisso Executiva Instaladora

    do Agrupamento Vertical de Escolas de So Brs de Alportel, no uso da competncia delegada no n. 1.1 do Despacho n. 23 106/06, publicado no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 218, de 13 de No-vembro de 2006 e Rectificao n. 1826/06, publicada no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 231, de 30 de Novembro de 2006, foram nomeados aps concurso de acesso, para a categoria de professor titular deste Agrupamento, de acordo com o Decreto-Lei n. 200/2007, de 22 de Maio, os seguintes professores, com efeitos a 01 de Se-tembro de 2007:

    Nome Grupo Departamento

    Jlia Maria Roque Pincho de Al-meida.

    100 Educao Pr-Escolar

    Rosa Maria Uva da Ponte e Santos Sousa.

    100 Educao Pr-Escolar

    Anabela do Rosrio Sebastio Chaveca.

    110 1. Ciclo do Ensino Bsico

    Maria Gabriela Xavier de Oliveira Barreira.

    110 1. Ciclo do Ensino Bsico

    Marlia Pereira da Conceio Paulo.

    110 1. Ciclo do Ensino Bsico

    Isabel Maria Gsero Vitorino. . . 110 1. Ciclo do Ensino BsicoJudite Gil Gonalves Neves . . . . 110 1. Ciclo do Ensino BsicoMaria de Ftima Gomes Machado

    da Fonseca.110 1. Ciclo do Ensino Bsico

    Ndia de So Jos Correia Amaro 110 1. Ciclo do Ensino BsicoNomia de Sousa Cavaco Pires . . 110 1. Ciclo do Ensino BsicoCarlos Maria Godinho Soares An-

    tunes.200 Cincias Sociais e Huma-

    nas.Maria de Ftima Raminhos Sancho

    Eusbio400 Cincias Sociais e Huma-

    nas.Violantina da Felicidade Valente

    Martins Hilrio.210 Lnguas

    Maria Teresa Raminhos Sancho 330 LnguasRicardina Maria Brito Silveira. . . 600 ExpressesSotero Barreira de Sousa . . . . . . 620 Expresses

    21 de Agosto de 2008 A Presidente da Comisso Executiva Insta-ladora, Violantina da Felicidade Valente Martins Hilrio.

    Despacho n. 22510/2008Por despacho da Presidente da Comisso Executiva Instaladora

    do Agrupamento Vertical de Escolas de S. Brs de Alportel, no uso das competncias que lhe foram delegadas atravs do Despacho n. 23 106/06, publicado no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 218, de 13 de Novembro de 2006 e Rectificao n. 1826/06, publicada no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 231, de 30 de Novembro de 2006, foi renovado contrato administrativo de servio docente, para o ano escolar de 2007-2008, de acordo com o estipulado no n. 3 do artigo 54. do Decreto-Lei n. 20/2006, de 31 de Janeiro, da docente Florbela Maria Varela Coelho da Piedade Pires, do grupo 530, em funes na Escola Bsica dos 2. e 3. Ciclos Poeta Bernardo de Passos, deste Agrupamento.

    21 de Agosto de 2008 A Presidente da Comisso Executiva Insta-ladora, Violantina da Felicidade Valente Martins Hilrio.

    Despacho n. 22511/2008Por despacho da Presidente da Comisso Executiva Instaladora do

    Agrupamento Vertical de Escolas de So Brs de Alportel, no uso da competncia delegada no n. 1.1 do Despacho n. 23 106/06, publicado no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 218, de 13 de Novembro de 2006 e Rectificao n. 1826/06, publicada no Dirio da Repblica, 2. Srie, n. 231, de 30 de Novembro de 2006, foi nomeada em regime de comisso de servio, para o ano lectivo 2007-2008, a Professora do Quadro de Nomeao Definitiva, Maria da Conceio Victorino Ventura Tendeiro Pedroso Pimenta, do grupo 210, pertencente Escola Bsica Integrada Prof. Dr. Anbal Cavaco Silva, para o exerccio de funes de Professor Titular no Departamento de Lnguas, deste Agrupamento, de acordo com o artigo 24. do Decreto-Lei n. 200/2007, de 22 de Maio.

    21 de Agosto de 2008 A Presidente da Comisso Executiva Insta-ladora, Violantina da Felicidade Valente Martins Hilrio.

    MINISTRIO DA CINCIA, TECNOLOGIAE ENSINO SUPERIOR

    Gabinete do Ministro

    Despacho normativo n. 43/2008Considerando que, nos termos do n. 1 do artigo 172. da Lei

    n. 62/2007, de 10 de Setembro, as instituies de ensino superior devem proceder reviso dos seus estatutos, de modo a conform -los com o novo Regime Jurdico das Instituies de Ensino Superior;

    Tendo a Universidade de Coimbra procedido aprovao dos seus novos Estatutos nos termos do citado artigo 172. e submetido os mesmos a homologao ministerial;

    Tendo sido realizada a sua apreciao nos termos da referida lei;Ao abrigo do disposto no artigo 69. da Lei n. 62/2007, de 10 de

    Setembro:Determino:1 So homologados os Estatutos da Universidade de Coimbra, os

    quais vo publicados em anexo ao presente despacho.2 Este despacho entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicao

    no Dirio da Repblica.21 de Agosto de 2008. O Ministro da Cincia, Tecnologia e Ensino

    Superior, Jos Mariano Rebelo Pires Gago.

    Estatutos da Universidade de Coimbra

    TTULO INatureza, misso e fins da Universidade

    Artigo 1.Natureza e sede

    1 A Universidade de Coimbra, fundada por D. Dinis e confir-mada por Bula do Papa Nicolau IV em 9 de Agosto de 1290, uma pessoa colectiva de direito pblico, com sede em Coimbra, no Pao das Escolas.

    2 Nos termos da lei, a Universidade pode criar unidades orgnicas fora da sua sede.

    Artigo 2.Misso

    1 A Universidade de Coimbra uma instituio de criao, anlise crtica, transmisso e difuso de cultura, de cincia e de tecnologia que, atravs da investigao, do ensino e da prestao de servios comu-nidade, contribui para o desenvolvimento econmico e social, para a defesa do ambiente, para a promoo da justia social e da cidadania esclarecida e responsvel e para a consolidao da soberania assente no conhecimento.

    2 A Universidade tem o dever de contribuir para:a) A compreenso pblica das humanidades, das artes, da cincia e

    da tecnologia, promovendo e organizando aces de apoio difuso da cultura humanstica, artstica, cientfica e tecnolgica, disponibilizando os recursos necessrios a esses fins;

    b) O desenvolvimento de actividades de ligao sociedade, desig-nadamente de difuso e transferncia de conhecimento, assim como de valorizao econmica do conhecimento cientfico;

  • 38330 Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008

    c) A promoo da mobilidade efectiva de docentes e investigadores, estudantes e diplomados, tanto a nvel nacional como internacional, designadamente no espao europeu de ensino superior e no espao da Comunidade dos Pases de Lngua Portuguesa.

    Artigo 3.Autonomia

    1 A Universidade de Coimbra goza, nos termos da Constituio, da lei e dos presentes Estatutos, de autonomia estatutria, cientfica, peda-ggica, cultural, patrimonial, administrativa, financeira e disciplinar.

    2 A Universidade define livremente os objectivos da investigao que desenvolve e do ensino que ministra, estabelece a sua poltica cul-tural e de desenvolvimento e inovao, aprova os planos de estudo, os mtodos pedaggicos e os processos de avaliao de conhecimentos dos cursos que oferece, e selecciona, nos termos da lei, segundo critrios prprios, os seus docentes, investigadores, estudantes e trabalhadores no docentes e no investigadores.

    3 A Universidade rege -se pelos princpios da solidariedade aca-dmica e garante a liberdade de ensinar, aprender, investigar, inovar e empreender.

    Artigo 4.Matriz identitria

    1 Depositria de um legado histrico multissecular e matriz cul-tural do espao da lusofonia, a Universidade de Coimbra , na linha da tradio do humanismo europeu, uma instituio desde sempre aberta ao mundo, cooperao entre os povos e interaco das culturas, no respeito pelos valores da independncia, da tolerncia e do dilogo, proclamados na Magna Carta das Universidades Europeias.

    2 A Universidade de Coimbra afirma -se pela conjugao da tra-dio, da contemporaneidade e da inovao.

    3 A Universidade valoriza o trabalho dos seus professores, inves-tigadores, estudantes e trabalhadores no docentes e no investigadores, empenhando -se em oferecer a todos um ambiente que combine o rigor intelectual e a tica universitria com a liberdade de opinio, o esprito de tolerncia e de humildade cientfica, o estmulo criatividade e inovao, bem como o reconhecimento e a promoo do mrito a todos os nveis.

    4 A Universidade de Coimbra considera que os seus Antigos Estu-dantes no so apenas parte da sua histria mas constituem um suporte fundamental da sua afirmao no presente e no futuro e da sua ligao sociedade e empenha -se em reforar os laos entre a Universidade e os Antigos Estudantes de Coimbra, nomeadamente atravs da Rede de Antigos Estudantes da Universidade de Coimbra (Rede UC), em estreita cooperao com as vrias Associaes de Antigos Estudantes de Coimbra espalhadas pelo Pas e pelo estrangeiro.

    5 A Universidade de Coimbra reconhece e valoriza a aco da Associao Acadmica de Coimbra (AAC) como elemento da sua iden-tidade, empenhada em proporcionar a todos os membros da comunidade universitria, em especial aos seus estudantes, formao cultural, arts-tica, desportiva e cvica, complementar da formao escolar, no respeito pelos valores da liberdade e da democracia, estimulando e apoiando as actividades da AAC, das Seces e dos Organismos Autnomos da Academia.

    6 As repblicas e os solares de estudantes de Coimbra, bem como as cooperativas de habitao de estudantes, so reconhecidos como plos autnomos dinamizadores de cultura e de vivncia comunitria e acadmica e so apoiados pela Universidade.

    Artigo 5.Fins da Universidade

    So fins da Universidade de Coimbra:a) A formao humanstica, filosfica, cientfica, cultural, tecnolgica,

    artstica e cvica;b) A promoo e valorizao da lngua e da cultura portuguesas;c) A realizao de investigao fundamental e aplicada e do ensino

    dela decorrente;d) A contribuio para a concretizao de uma poltica de desenvol-

    vimento econmico e social sustentvel, assente na difuso do conheci-mento e da cultura e na prtica de actividades de extenso universitria, nomeadamente a prestao de servios especializados comunidade, em benefcio da cidade, da regio e do pas;

    e) O intercmbio cultural, cientfico e tcnico com instituies con-gneres nacionais e estrangeiras;

    f) A resposta adequada necessidade de aprendizagem ao longo da vida;

    g) A preservao, afirmao e valorizao do seu patrimnio cientfico, cultural, artstico, arquitectnico, natural e ambiental;

    h) A contribuio, no seu mbito de actividade, para a cooperao internacional e para a aproximao entre os povos, com especial relevo para os pases de expresso oficial portuguesa e os pases europeus, no quadro dos valores democrticos e da defesa da paz.

    Artigo 6.Cursos e graus acadmicos

    1 A Universidade concede os graus de licenciado, mestre e dou-tor.

    2 A Universidade confere tambm graus, ttulos e distines ho-norficas.

    3 Universidade cabe ainda, nos termos da lei, a concesso de equivalncias e o reconhecimento de habilitaes e graus acadmicos.

    4 A Universidade pode criar cursos no conferentes de grau.5 Aos cursos referidos no nmero anterior correspondem ttulos

    ou diplomas a definir pela Universidade.6 A Universidade e as suas unidades orgnicas podem delegar

    nas entidades privadas previstas no artigo 14. a realizao de cursos no conferentes de grau, mediante protocolo que defina claramente os termos da delegao, assumindo a responsabilidade e a superviso cientfica e pedaggica.

    Artigo 7.Apoio insero na vida activa

    A Universidade de Coimbra, no mbito da sua esfera de responsabi-lidade, tem o dever de:

    a) Oferecer aos seus estudantes actividades profissionais em tempo parcial e apoiar a sua participao na vida activa, em condies apro-priadas ao desenvolvimento simultneo da actividade acadmica;

    b) Valorizar o Suplemento ao Diploma;c) Apoiar a insero dos seus diplomados no mundo do trabalho;d) Proceder recolha e divulgao de informao sobre o emprego

    e os percursos profissionais dos seus diplomados.

    TTULO IIPrincpios de Governao da Universidade

    Artigo 8.Gesto da Qualidade

    1 A Universidade adopta, em todas as reas de actuao, prticas baseadas em sistemas de gesto da qualidade aferidos e avaliados se-gundo padres reconhecidos internacionalmente.

    2 So objecto de gesto coordenada todos os recursos de uso co-mum, nomeadamente os que respeitam s tecnologias de informao e comunicao, o equipamento cientfico de grande dimenso, bem como o acervo bibliogrfico, arquivstico e museolgico da Universidade.

    Artigo 9.Gesto descentralizada

    1 Salvaguardada a unidade de deciso e aco estratgica, o go-verno da Universidade de Coimbra assenta numa gesto descentralizada, atravs da delegao de competncias nos rgos de direco das Facul-dades e de outras unidades orgnicas, nomeadamente para, nos termos da lei e no quadro de regras gerais estabelecidas pela Universidade:

    a) Celebrar contratos e protocolos para a execuo de projectos de investigao e desenvolvimento e para a prestao de servios;

    b) Celebrar contratos e protocolos de aquisio de bens e servios;c) Contratar, avaliar e promover pessoal, docente e no docente;d) Conceder bolsas;e) Dispor das suas receitas e respectivos saldos;f) Autorizar despesas e efectuar pagamentos;g) Transferir verbas entre as rubricas e captulos oramentais.

    2 Uma vez aprovado o plano de actividades e o correspondente oramento, todas as Faculdades e demais unidades orgnicas gozam de capacidade de deciso quanto sua execuo, no respeito pelas orien-taes estratgicas definidas pelos rgos competentes da Universidade e no limite das competncias transferidas.

    3 As Faculdades e as demais unidades orgnicas gozam de autono-mia cientfica, pedaggica e cultural, mas no so dotadas de autonomia administrativa e financeira.

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008 38331

    4 Em caso de incumprimento das normas legais e das orientaes gerais da Universidade, seus regulamentos e oramentos, as competn-cias referidas no n. 1 podem ser retiradas, total ou parcialmente.

    5 As Faculdades e as unidades orgnicas autnomas podem emitir regulamentos, no respeito da lei, dos Estatutos e regulamentos gerais da Universidade, e dos seus prprios Estatutos.

    6 Por sua iniciativa ou por determinao dos rgos de governo da Universidade, as Faculdades e as demais unidades orgnicas podem compartilhar meios materiais e humanos e organizar iniciativas conjun-tas, incluindo ciclos de estudos, projectos de investigao e actividades de prestao de servios especializados comunidade.

    Artigo 10.Patrimnio

    1 Constitui patrimnio da Universidade de Coimbra o conjunto dos bens e direitos transmitidos pelo Estado ou por outras entidades, pblicas ou privadas, com vista realizao dos seus fins, bem como os bens construdos ou adquiridos pela Universidade.

    2 Integram o patrimnio da Universidade, designadamente:a) Os imveis por si adquiridos ou construdos, mesmo que em ter-

    renos pertencentes ao Estado, aps, conforme o caso, a entrada em vigor da Lei n. 108/88, de 24 de Setembro, e da Lei n. 54/90, de 5 de Setembro;

    b) Os imveis do domnio privado do Estado que, nos termos legais, tenham sido transferidos para o seu patrimnio.

    3 A Universidade administra ainda os bens do domnio pblico ou privado que o Estado ou outra pessoa colectiva pblica lhe cedam, nas condies previstas na lei e nos protocolos firmados com essas entidades.

    4 A afectao dos bens imveis que integram o patrimnio da Universidade s Faculdades e demais unidades orgnicas e s unidades de investigao deve ser feita tendo em conta, em cada momento, as necessidades decorrentes do ensino e da investigao.

    5 A Universidade pode, nos termos da lei, adquirir e arrendar terrenos ou edifcios indispensveis ao seu funcionamento.

    6 A Universidade dispe livremente do seu patrimnio, nos termos da lei e dos presentes Estatutos.

    7 A Universidade mantm um cadastro actualizado de todo o seu patrimnio, bem como dos bens que administra.

    Artigo 11.Gesto e financiamento

    1 A gesto oramental da Universidade respeita os princpios enunciados no artigo 9..

    2 A repartio do oramento no seio da Universidade obedece a critrios transparentes, tendo em vista permitir a todas as suas estruturas a execuo dos respectivos planos de actividade.

    3 So receitas da Universidade:a) As dotaes atribudas pelo Estado;b) As receitas provenientes de contratos de financiamento plurianual

    celebrados com o Estado;c) Os rendimentos de bens prprios ou dos quais tenha a fruio;d) As receitas provenientes das propinas cobradas;e) As receitas provenientes de taxas cobradas pela frequncia de cursos

    e aces de formao no conferentes de grau;f) As receitas provenientes de actividades de investigao e desen-

    volvimento;g) Os rendimentos da propriedade intelectual;h) As receitas derivadas da prestao de servios, da venda de publi-

    caes e de outros bens ou servios resultantes da sua actividade;i) Os subsdios, subvenes, comparticipaes, doaes, heranas

    e legados;j) O produto da venda ou do arrendamento de bens;k) Os juros de contas de depsitos e as remuneraes de outras apli-

    caes financeiras;l) Os saldos da conta de gerncia de anos anteriores;m) O produto de taxas, emolumentos e quaisquer outras receitas que

    legalmente lhe advenham;n) O produto de emprstimos contrados;o) Outras receitas previstas na lei ou que legalmente obtenha.

    4 No mbito da sua autonomia administrativa e financeira, a Uni-versidade pode criar incentivos obteno de receitas prprias.

    Artigo 12.Cooperao com outras instituies

    1 Para a boa prossecuo da sua misso e objectivos estratgicos, a Universidade de Coimbra pode, nos termos da lei e dos presentes Estatutos, celebrar convnios, protocolos, contratos e outros acordos com instituies, pblicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras, no-meadamente com vista ao desenvolvimento em conjunto de projectos de investigao, estruturao de programas de graus conjuntos, partilha de recursos humanos e materiais, mobilidade de professores e estudantes, ao reconhecimento de qualificaes e equivalncias.

    2 Atravs de protocolo celebrado com os Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), a Universidade assegura s unidades orgnicas para as quais isso for necessrio as condies adequadas ao desenvolvimento das suas actividades de investigao e de ensino.

    3 Atravs de protocolo a celebrar com a Associao Acadmica de Coimbra, a Universidade assegura a disponibilizao de infra -estruturas e outros meios, com vista prossecuo de fins comuns, designadamente culturais e desportivos.

    4 Os acordos referidos nos nmeros anteriores devem enquadrar -se nas linhas gerais de orientao da Universidade e s sero vlidos se assinados ou homologados pelo Reitor.

    Artigo 13.Consrcios

    1 Nos termos da lei, nomeadamente para efeitos de coordenao da oferta formativa e da valorizao dos recursos humanos e materiais, a Universidade de Coimbra pode estabelecer consrcios com outras Universidades, com instituies de ensino superior e com instituies de investigao e desenvolvimento ou outras, pblicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras.

    2 A celebrao de consrcios carece da aprovao do Conselho Geral, sob proposta fundamentada do Reitor.

    Artigo 14.Entidades de natureza pblica ou privada

    1 Com vista prossecuo dos seus objectivos, a Universidade de Coimbra, por si ou em parceria com outras instituies, pode constituir entidades de natureza pblica ou privada, nomeadamente fundaes, associaes e sociedades, ou nelas participar.

    2 As unidades orgnicas da Universidade podem tambm constituir ou participar na constituio de entidades de direito privado, no quadro da delegao de competncias ou com o acordo expresso do Reitor.

    3 As condies gerais a cumprir por estas entidades devem ser aprovadas pelo Conselho Geral.

    4 Nos termos da lei e dos presentes Estatutos, as entidades refe-ridas nos nmeros anteriores podem ser integradas na Universidade ou associar -se a ela.

    Artigo 15.Fundaes

    Na prossecuo dos seus objectivos, a Universidade de Coimbra apoiada por duas Fundaes por si criadas:

    a) A Fundao Museu da Cincia, para a gesto e valorizao do patrimnio de museologia cientfica da Universidade e respectivos espaos;

    b) A Fundao Cultural da Universidade de Coimbra, para a coorde-nao de actividades culturais de iniciativa universitria.

    TTULO IIIEstrutura orgnica da Universidade

    CAPTULO I

    Unidades Orgnicas

    Artigo 16.Estrutura

    1 A Universidade de Coimbra tem unidades orgnicas de ensino e investigao e unidades orgnicas de investigao.

    2 As unidades orgnicas elaboram os seus prprios Estatutos, su-jeitos a homologao do Reitor, que s pode recus -la com fundamento em desconformidade com a lei ou com os presentes Estatutos.

  • 38332 Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008

    3 Enquanto uma unidade orgnica se encontrar em regime de instalao, cabe ao Reitor a nomeao do Director e a apresentao ao Conselho Geral, para aprovao, do respectivo Estatuto.

    Artigo 17.Unidades Orgnicas de ensino e investigao

    1 A estrutura orgnica da Universidade de Coimbra assenta funda-mentalmente nas seguintes unidades orgnicas de ensino e investigao: Faculdade de Letras Faculdade de Direito Faculdade de Medicina Fa-culdade de Cincias e Tecnologia Faculdade de Farmcia Faculdade de Economia Faculdade de Psicologia e de Cincias da Educao Faculdade de Cincias do Desporto e Educao Fsica.

    2 So igualmente unidades orgnicas de ensino e investigao: O Instituto de Investigao Interdisciplinar O Colgio das Artes.

    3 O Instituto de Investigao Interdisciplinar uma unidade or-gnica que congrega unidades de investigao pblicas e privadas da Universidade, com vista a favorecer e valorizar as actividades de inves-tigao de natureza interdisciplinar e a assegurar a sua representao nos rgos da Universidade.

    4 O Colgio das Artes uma Escola de Estudos Avanados que d coeso institucional reflexo cientfica interdisciplinar nos domnios artsticos e desenvolve o esprito criativo, em dilogo permanente com o conjunto dos saberes cultivados nas vrias Faculdades.

    5 S para as Faculdades podem ser contratados professores em regime de nomeao definitiva.

    Artigo 18.Unidades Orgnicas de investigao

    1 So unidades orgnicas de investigao:O Instituto de Cincias Nucleares Aplicadas Sade (ICNAS);O Tribunal Universitrio Judicial Europeu (TUJE).

    2 O ICNAS uma unidade orgnica de investigao com carcter multidisciplinar, que tem como objectivo desenvolver novas tcnicas de investigao bsica e clnica, bem como prestar servios especializados de sade no domnio das aplicaes biomdicas das radiaes.

    3 O TUJE uma unidade orgnica de investigao com carcter multidisciplinar que convoca vrios saberes relacionados com a actu-ao de um Tribunal e aproveita e estimula as competncias de vrias Faculdades com o objectivo de ajudar a melhorar o ensino do Direito e a prestao de servios de Justia, junto da qual funcionar, sob a responsabilidade do Ministrio da Justia, segundo os esquemas de competncia constitucional e legalmente institudos, um Tribunal de 1. instncia nos mesmos moldes dos tribunais judicirios normais.

    Artigo 19.Novas Unidades Orgnicas

    1 Nos termos da lei e dos presentes Estatutos, a Universidade de Coimbra pode criar, cindir, fundir ou integrar no seu seio outras unidades orgnicas, de ensino e investigao, ou de investigao, de natureza universitria ou politcnica, disciplinar ou interdisciplinar.

    2 A criao de uma unidade orgnica requer um nmero mnimo de vinte doutores dispostos a integr -la.

    3 Compete ao Reitor garantir a observncia da norma anterior, recorrendo, se necessrio, afectao de doutores a mais do que uma unidade orgnica.

    4 As unidades orgnicas criadas ao abrigo deste artigo passam a fazer parte da estrutura orgnica da Universidade sem necessidade de observar o procedimento de alterao dos Estatutos.

    Artigo 20.Departamentos

    1 As Faculdades podem estruturar -se em Departamentos, enten-didos como subunidades de ensino e investigao e de prestao de servios comunidade que correspondem a uma rea fundamental e consolidada do saber ou a um conjunto de reas com inequvoca ligao entre si, delimitadas em funo de objectivos prprios e de metodologias e tcnicas de investigao especficas.

    2 Podem estruturar -se em Departamentos as Faculdades em que, nos termos da lei e dos presentes Estatutos, seja possvel a criao de pelo menos trs Departamentos, desde que todas as reas do saber, tal como definidas no nmero anterior, sejam abrangidas pelo processo de departamentalizao.

    3 Cabe ao conselho cientfico de cada Faculdade propor a criao, transformao, ciso, fuso e extino de Departamentos, competindo ao Reitor a sua aprovao, ouvido o Senado.

    4 A criao e o funcionamento de um Departamento requer um nmero mnimo de quinze doutores a tempo integral.

    5 Sem prejuzo da unidade da Faculdade e no respeito das com-petncias e decises dos respectivos rgos centrais, o Departamento goza de autonomia pedaggica e cientfica.

    Artigo 21.Outras Subunidades Orgnicas

    As unidades orgnicas podem ainda criar subunidades orgnicas de outro tipo, nos termos da lei, dos presentes Estatutos e dos Estatutos da respectiva unidade orgnica.

    CAPTULO II

    Organizao da Investigao Cientfica

    Artigo 22.Princpio geral

    As actividades de investigao cientfica de natureza disciplinar e interdisciplinar decorrem nas Faculdades, nas demais unidades orgnicas de ensino e investigao e nas unidades orgnicas de investigao.

    Artigo 23.Instituto de Investigao Interdisciplinar

    1 O Instituto de Investigao Interdisciplinar uma unidade org-nica da Universidade de Coimbra, constituda pelos centros de inves-tigao de natureza pblica ou privada nela integrados no momento da entrada em vigor dos presentes Estatutos e por aqueles que no futuro a ele se queiram associar, devendo todos eles satisfazer os seguintes requisitos:

    a) Desenvolver a sua actividade no quadro dos objectivos estratgicos e das polticas comuns de garantia e de gesto da qualidade definidos pelos rgos competentes da Universidade;

    b) Referir a Universidade em todos os relatrios, publicaes e quais-quer outros resultados dos trabalhos desenvolvidos no centro;

    c) Aceitar que a Universidade possa delegar nos seus investigadores algumas tarefas, nomeadamente lectivas e de avaliao de estudantes, em termos a acordar;

    d) Celebrar com a Universidade um protocolo relativo s questes de incidncia financeira decorrentes da sua associao ao Instituto de Investigao Interdisciplinar, com vista a uma adequada partilha de receitas e despesas.

    2 Todos os centros de investigao de natureza privada que inte-grem ou venham a integrar o Instituto de Investigao Interdisciplinar devem ainda satisfazer as seguintes condies, sem prejuzo de outras que sejam definidas pelo Conselho Geral:

    a) Todo o seu equipamento cientfico e material bibliogrfico, exis-tente ou a adquirir, deve estar ao servio da Universidade;

    b) A Universidade deve ser scia da entidade jurdica privada que suporta o centro, sendo que:

    i) se for a nica Universidade associada, o Reitor, ou um seu repre-sentante, deve ser o Presidente da Mesa da Assembleia Geral dessa entidade;

    ii) se no for esse o caso, cabe ao Reitor indicar o representante da Universidade na Assembleia Geral.

    3 Todos os centros de investigao integrados no Instituto de In-vestigao Interdisciplinar adquirem o direito de utilizar os smbolos da Universidade, assumindo, correspondentemente, o dever de os colocar em situao de destaque em todas as suas publicaes e documentos.

    Artigo 24.Objectivos e competncias do Instituto

    de Investigao Interdisciplinar1 O Instituto de Investigao Interdisciplinar colabora na concreti-

    zao das decises estratgicas da Universidade de Coimbra em matria de investigao cientfica e promove, estimula, apoia, enquadra, coor-dena, gere e divulga actividades de investigao cientfica de natureza interdisciplinar, sem prejuzo das competncias das Faculdades.

    2 Autonomamente ou em colaborao com as Faculdades, o Ins-tituto de Investigao Interdisciplinar pode igualmente organizar e gerir Cursos e Programas de Terceiro Ciclo assentes em actividades de

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008 38333

    investigao de natureza interdisciplinar que transcendam o domnio cientfico de uma nica Faculdade.

    3 A aprovao dos Cursos referidos no nmero anterior e dos seus planos de estudo faz -se em termos idnticos ao que acontece com os Cursos ministrados nas Faculdades.

    4 Com as necessrias adaptaes, aplica -se ao conselho cientfico do Instituto de Investigao Interdisciplinar o disposto no artigo 103. da Lei n. 62/2007, de 10 de Setembro, cabendo -lhe, na sequncia do disposto no n. 2, promover os procedimentos que conduzem concesso do grau de doutor pela Universidade de Coimbra.

    CAPTULO III

    Outras unidades e servios

    Artigo 25.Unidades e Servios Centrais

    1 A Universidade de Coimbra dispe ainda de outras unidades e servios voltados essencialmente para o apoio s actividades cientficas, pedaggicas, culturais, desportivas, administrativas, sociais e de relao com a comunidade, nomeadamente:

    a) Unidades de extenso cultural e de suporte formao;b) Administrao;c) Servios de Aco Social;d) Servios de apoio directo aos rgos de governo.

    2 Para acorrer a necessidades no permanentes dos rgos de go-verno e da administrao, como forma de incrementar um novo processo ou actividade, de assegurar o desempenho de tarefas ou o cumprimento de obrigaes no permanentes, podem ser criadas outras estruturas, de carcter temporrio.

    3 A Universidade pode criar ou reorganizar unidades que nela so integradas sem necessidade de recorrer ao procedimento de reviso dos Estatutos.

    Artigo 26.Unidades de extenso cultural e de apoio formao

    1 A Universidade de Coimbra dispe das seguintes unidades de extenso cultural e de apoio formao:

    a) Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra;b) Arquivo da Universidade de Coimbra;c) Imprensa da Universidade;d) Museu da Cincia da Universidade de Coimbra;e) Centro de Documentao 25 de Abril;f) Teatro Acadmico de Gil Vicente;g) Estdio Universitrio.

    2 Os Directores das unidades referidas no nmero anterior so nomeados e exonerados pelo Reitor, que igualmente aprova, ouvido o Senado, os respectivos regulamentos.

    3 O mandato dos Directores de quatro anos, caducando com a cessao do mandato do Reitor.

    4 As unidades referidas nas alneas a), b), c) e d) do n. 1 so as estruturas universitrias responsveis pela coordenao dos meios e dos recursos que asseguram a gesto racional do esplio bibliogrfico e documental, arquivstico, de museologia cientfica e da actividade editorial, respectivamente, bem como pela concretizao da estratgia de coordenao definida nestas matrias pelos rgos competentes da Universidade.

    Artigo 27.Administrao

    1 A Administrao o servio de apoio central governao da Universidade de Coimbra.

    2 Nos termos a fixar em regulamento, a Administrao organiza e dirige um centro de servios comuns a toda a Universidade, podendo funcionar de forma desconcentrada, luz dos princpios de eficincia e de eficcia do servio pblico.

    3 O Administrador da Universidade nomeado e exonerado pelo Reitor, nos termos da lei e dos presentes Estatutos.

    4 O Administrador o responsvel por todos os servios dependen-tes da Administrao, com as competncias delegadas pelo Reitor.

    5 O Administrador pode ser coadjuvado por Administradores Adjuntos.

    Artigo 28.Servios de Aco Social

    1 Os Servios de Aco Social da Universidade de Coimbra (SA-SUC) prosseguem os objectivos que a lei lhes atribui, apoiando os estudantes:

    a) Com medidas de apoio social directo: bolsas de estudo e auxlios de emergncia;

    b) Com medidas de apoio social indirecto: acesso alimentao e ao alojamento, acesso a servios de sade, apoio a actividades culturais e desportivas, e acesso a apoio psicopedaggico e a outros apoios de carcter educativo.

    2 Os SASUC gozam de autonomia administrativa e financeira nos termos da lei e dos presentes Estatutos, esto sujeitos fiscaliza-o do fiscal nico e as suas contas so consolidadas com as contas da Universidade.

    3 O Administrador dos SASUC nomeado e exonerado pelo Reitor, nos termos da lei e dos presentes Estatutos.

    4 O Administrador responsvel pela gesto corrente dos SASUC, com as competncias delegadas pelo Reitor.

    Artigo 29.Servios de apoio directo aos rgos de governo

    A Universidade de Coimbra integra ainda, na dependncia directa do Reitor, servios de apoio ao funcionamento dos seus rgos de go-verno.

    Artigo 30.Servios especficos das Unidades Orgnicas

    Sem prejuzo do disposto no artigo anterior, as Faculdades e demais unidades orgnicas, no mbito da respectiva autonomia, dispem de servios especficos de apoio gesto, conforme o consagrado nos seus prprios Estatutos.

    TTULO IVSmbolos, identidade visual, distines,

    cerimnias acadmicasArtigo 31.Smbolos

    1 So smbolos da Universidade de Coimbra o selo, a bandeira e o hino, includos em anexo.

    2 O selo representa a Sapientia coroada, em p, com um livro aberto na mo esquerda e um ceptro terminado em esfera armilar na direita. No cho, encontram -se alguns livros e um crivo, do lado direito, e um mocho, do esquerdo. Este conjunto est enquadrado por um prtico gtico e tem volta, na metade inferior, a legenda Insignia Vniversitatis Conimbrigensis.

    3 As cores do selo so: verde para a Reitoria e suas dependncias imediatas; azul -escuro para a Faculdade de Letras; vermelho para a de Direito; amarelo para a de Medicina; azul -claro e azul -claro e branco para a de Cincias e Tecnologia; roxo para a de Farmcia; vermelho e branco para a de Economia; cor de laranja para a de Psicologia e Cin-cias da Educao; castanho e prola para a Faculdade de Cincias do Desporto e Educao Fsica.

    4 A bandeira tem ao centro o selo da Universidade, de cor verde, em relevo, sobre fundo branco.

    5 A Universidade tem hino prprio, que tocado nas cerimnias solenes.

    Artigo 32.Identidade visual

    1 A identidade visual da Universidade de Coimbra pode igualmente resultar da integrao do selo em monograma identitrio (UC), reforado com uma moldura simblica.

    2 O selo da Universidade e a insgnia -monograma que o com-plementa podem ainda ser acompanhados pelo elemento nominativo UNIVERSIDADE DE COIMBRA, constituindo o logtipo.

    3 O Reitor mantm actualizado um Manual de Normas Grficas e Identidade Visual da Universidade, que poder incluir outras marcas de unidades ou servios cuja actividade especfica o justifique.

  • 38334 Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008

    Artigo 33.Distines

    1 O doutoramento honoris causa a mais alta distino concedida pela Universidade.

    2 A deciso de a conceder cabe ao Reitor, sob proposta funda-mentada de uma ou mais Faculdades, aprovada por maioria de dois teros do respectivo conselho cientfico, e que tenha obtido parecer favorvel do Senado.

    3 A medalha da Universidade atribuda pelo Reitor, por sua inicia-tiva ou sob proposta do Conselho Geral, e destina -se a galardoar pessoas ou instituies que tenham prestado relevantes servios Universidade ou que se tenham distinguido por mritos excepcionais.

    Artigo 34.Cerimnias acadmicas

    1 As principais cerimnias acadmicas so a tomada de posse do Reitor, os doutoramentos solenes e a abertura solene das aulas.

    2 As insgnias e os protocolos a observar nas cerimnias acadmi-cas so estabelecidos em regulamento prprio, no respeito pela tradio e pelos Estatutos Velhos da Universidade.

    Artigo 35.Dia da Universidade

    O Dia da Universidade de Coimbra celebra -se em 1 de Maro.

    TTULO VGoverno da Universidade

    Artigo 36.rgos de Governo

    So rgos de governo da Universidade:a) O Conselho Geral;b) O Reitor;c) O Conselho de Gesto.

    CAPTULO IConselho Geral

    Artigo 37.Composio

    1 O Conselho Geral composto por trinta e cinco membros:a) Dezoito representantes dos professores e investigadores;b) Cinco representantes dos estudantes, sendo quatro do 1. e 2. ciclos

    e um do 3. ciclo;c) Dois representantes dos trabalhadores no docentes e no inves-

    tigadores;d) Dez personalidades de reconhecido mrito, externas Universidade

    de Coimbra.

    2 Para os efeitos do n. 1, consideram -se:a) Professores e investigadores, os professores e investigadores de car-

    reira e os doutores que exercem funes docentes e ou de investigao na Universidade, em regime de tempo integral, com contrato de durao no inferior a um ano, qualquer que seja a natureza do seu vnculo laboral;

    b) Trabalhadores no docentes e no investigadores, os que trabalham na Universidade fora da docncia e da investigao, em regime de tempo integral, com contrato de durao no inferior a um ano, qualquer que seja a natureza do seu vnculo laboral.

    Artigo 38.Eleio

    1 Os membros referidos nas alneas a) a c) do n. 1 do artigo ante-rior so eleitos pelo conjunto dos seus pares pelo sistema de representa-o proporcional e o mtodo da mdia mais alta de Hondt.

    2 As listas que se apresentarem a sufrgio para a eleio dos mem-bros referidos na alnea a) do n. 1 do artigo anterior devem incluir candidatos provenientes de pelo menos trs quartos das Faculdades.

    3 A eleio dos membros do Conselho Geral faz -se ao abrigo de regulamento elaborado pelo prprio Conselho.

    Artigo 39.Cooptao

    1 As personalidades referidas na alnea d) do n. 1 do artigo 37. so cooptadas mediante votao do conjunto dos membros eleitos do Conselho Geral em efectividade de funes.

    2 A votao a que se refere o nmero anterior faz -se em listas apresentadas por um mnimo de dez membros eleitos do Conselho, acompanhadas de fundamentao adequada, incluindo os nomes das dez personalidades a cooptar.

    3 Consideram -se escolhidas as personalidades que compem a lista que obtiver a maioria absoluta dos votos.

    4 As personalidades escolhidas no podem pertencer aos rgos de governo de outras instituies portuguesas ou estrangeiras de ensino superior ou de investigao cientfica.

    5 A convocatria das reunies do Conselho Geral e a conduo dos trabalhos at eleio do seu Presidente assegurada pelo primeiro ele-mento da lista mais votada do corpo de professores e investigadores.

    Artigo 40.Exerccio de funes

    1 O mandato dos membros referidos nas alneas a), c) e d) do n. 1 do artigo 37. de quatro anos, renovvel uma vez.

    2 O mandato dos representantes dos estudantes de dois anos.3 O mandato dos membros referidos nas alneas a), b) e c) do

    n. 1 do artigo 37. cessa logo que deixem de pertencer ao corpo que representam.

    4 Em caso de vacatura de um dos lugares preenchidos pelos mem-bros referidos no nmero anterior, seja qual for a razo, o novo membro o primeiro no eleito da mesma lista, e completa o mandato.

    5 Se vagar um dos lugares preenchidos pelas personalidades refe-ridas na alnea d) do n. 1 do artigo 37., o Conselho Geral coopta outra personalidade, que completa o mandato.

    6 Os membros eleitos para o Conselho Geral, enquanto mantiverem esta qualidade, no podem candidatar -se nem ser nomeados para o cargo de Director de uma unidade orgnica ou cargo executivo equivalente das entidades criadas ao abrigo do artigo 14..

    7 As funes de membro do Conselho Geral so incompatveis com as de Vice -Reitor, Pr -Reitor, Provedor do Estudante e membro do Conselho de Gesto.

    8 Em caso de falta grave, o Conselho Geral, ouvido o interessado, pode deliberar, por maioria de dois teros dos membros em efectividade de funes, suspender ou destituir qualquer dos seus membros.

    Artigo 41.Competncia

    1 Compete ao Conselho Geral:a) Eleger, por maioria absoluta dos membros em efectividade de fun-

    es, o seu Presidente, de entre as personalidades referidas na alnea d) do n. 1 do artigo 37.;

    b) Elaborar e aprovar o seu regimento;c) Aprovar o regulamento de eleio do Reitor;d) Eleger o Reitor, nos termos do artigo 45.;e) Apreciar os actos do Reitor e do Conselho de Gesto;f) Substituir, suspender ou destituir o Reitor, nos termos dos arti-

    gos 47. e 48.;g) Propor as iniciativas que considere necessrias ao bom funciona-

    mento da Universidade de Coimbra;h) Aprovar as alteraes dos Estatutos da Universidade, ouvido o

    Senado;i) Desempenhar as demais funes previstas na lei ou nos presentes

    Estatutos.

    2 Sob proposta do Reitor, compete ao Conselho Geral:a) Aprovar os planos estratgicos de mdio prazo e o plano de aco

    para o quadrinio do mandato do Reitor;b) Aprovar as linhas gerais de orientao da Universidade no plano

    do ensino, da investigao, do desenvolvimento e da inovao, bem como nos domnios da gesto de recursos humanos, financeiros e pa-trimoniais;

    c) Aprovar o plano anual de actividades da Universidade;d) Aprovar o relatrio anual de actividades e as contas anuais conso-

    lidadas, acompanhadas do parecer do fiscal nico;e) Deliberar, nos termos da lei, sobre a criao, transformao, ciso,

    fuso e extino de unidades orgnicas da Universidade;f) Aprovar a proposta de oramento;g) Designar o Provedor do Estudante, nos termos do artigo 55.;h) Destituir os Directores das Faculdades;

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008 38335

    i) Fixar as propinas a pagar pelos estudantes relativamente aos cursos conferentes de grau;

    j) Propor ou autorizar, nos termos da lei, a aquisio ou alienao de patrimnio imobilirio da Universidade, bem como as operaes de crdito;

    k) Cometer ao Reitor a responsabilidade de nomear o Director de uma Faculdade e de propor ao Conselho, para aprovao, o respectivo Estatuto, sempre que a normalidade do funcionamento dessa Faculdade estiver gravemente colocada em causa;

    l) Pronunciar -se sobre outros assuntos que o Reitor submeta sua apreciao.

    3 As deliberaes a que se referem as alneas a) a e) do n. 2 so precedidas pela apreciao de um parecer previamente elaborado e aprovado pelos membros externos referidos na alnea d) do n. 1 do artigo 37.

    4 As deliberaes do Conselho so aprovadas por maioria simples, ressalvados os casos seguintes:

    a) Eleio do Reitor, eleio do Presidente do Conselho Geral, desig-nao do Provedor do Estudante e fixao das propinas dos cursos do 1. ciclo de estudos e dos mestrados integrados, que requerem maioria absoluta dos membros em efectividade de funes;

    b) Suspenso ou destituio do Reitor e alterao dos Estatutos, que requerem dois teros dos membros em efectividade de funes.

    Artigo 42.Presidente

    1 Compete ao Presidente do Conselho Geral:a) Convocar as reunies do Conselho e presidir s mesmas;b) Verificar e declarar as vagas no Conselho Geral e proceder s

    substituies devidas, nos termos dos presentes Estatutos.

    2 O Presidente do Conselho Geral no interfere no exerccio das competncias dos demais rgos da Universidade de Coimbra, no lhe cabendo represent -la nem pronunciar -se em seu nome.

    Artigo 43.Funcionamento

    1 O Conselho Geral rene, ordinariamente, quatro vezes por ano e, extraordinariamente, sempre que for convocado pelo seu Presidente, por sua iniciativa, a pedido do Reitor ou de um tero dos seus membros.

    2 O Reitor participa nas reunies sem direito de voto.3 Sempre que o entender necessrio para o bom andamento dos

    trabalhos, o Conselho Geral pode convidar os directores das unidades orgnicas da Universidade de Coimbra ou outras personalidades, para serem ouvidos sobre assuntos da sua especialidade.

    CAPTULO II

    Reitor

    Artigo 44.Reitor

    O Reitor o rgo superior de governo e de representao externa da Universidade.

    Artigo 45.Eleio

    1 O Reitor eleito pelo Conselho Geral, por voto secreto dos seus membros em efectividade de funes, nos termos de regulamento aprovado pelo Conselho.

    2 A eleio do Reitor ocorre durante o ms anterior ao termo do mandato do Reitor cessante ou, em caso de vacatura, dentro do prazo mximo de trs meses aps a declarao da vacatura do cargo.

    3 O processo conducente eleio do Reitor comea com o anncio pblico do incio do prazo para apresentao de candidaturas.

    4 A apresentao de uma candidatura deve ser acompanhada do respectivo programa de aco.

    5 Todos os programas de aco so apresentados e discutidos em audio pblica dos candidatos.

    6 Podem candidatar -se ao cargo de Reitor todos os professores ou investigadores doutorados.

    7 No pode ser eleito para o cargo de Reitor:a) Quem se encontre na situao de aposentado ou jubilado;b) Quem for abrangido por inelegibilidades previstas na lei.

    8 Considera -se eleito Reitor o candidato que obtiver os votos favorveis da maioria absoluta dos membros do Conselho Geral em efectividade de funes.

    9 Havendo apenas um candidato a sufrgio, no h lugar a segunda votao.

    10 Havendo dois candidatos a sufrgio, a segunda votao, se necessria, incide apenas sobre o mais votado na primeira.

    11 Havendo mais de dois candidatos:a) A segunda votao, se necessria, incide apenas sobre os dois mais

    votados na primeira;b) A terceira votao, se necessria, incide apenas sobre o candidato

    mais votado na votao anterior.

    12 Se no houver candidatos ou se no tiver sido apurado um vencedor pelo processo referido nos nmeros 8 a 11, o Conselho Geral abre, uma nica vez, um novo prazo para apresentao de candidaturas, que no pode ser superior a um ms.

    13 Se no final do novo processo a situao se mantiver, o Conselho Geral escolhe um professor catedrtico da Universidade de Coimbra de entre aqueles que previamente no tiverem recusado a designao para o cargo.

    Artigo 46.Mandato

    1 No prazo de cinco dias aps a eleio, o Reitor cessante envia ao membro do Governo com a tutela do Ensino Superior cpia da acta da reunio do Conselho Geral em que se procedeu eleio do Reitor.

    2 Homologada a eleio, o Reitor empossado pelo Professor De-cano da Universidade, em cerimnia pblica realizada na Sala dos Actos Grandes, perante o Claustro dos Doutores, na presena dos membros do Conselho Geral e do Senado.

    3 O Reitor eleito para um mandato de quatro anos, no podendo ser reeleito para mais de um mandato sucessivo, nem durante o quadri-nio posterior ao termo do segundo mandato.

    4 Em caso de cessao antecipada do mandato, o novo Reitor inicia um novo mandato.

    5 Nos termos da lei, o Reitor pode nomear Vice -Reitores.6 O Reitor e os Vice -Reitores exercem os seus cargos em regime de

    dedicao exclusiva e no podem pertencer a quaisquer rgos de governo ou de gesto de outras instituies de ensino superior pblicas ou privadas.

    7 O Reitor e os Vice -Reitores ficam dispensados da prestao de servio docente ou de investigao, sem prejuzo do direito a prest -lo.

    8 Para o coadjuvarem no exerccio de funes especficas, o Reitor pode igualmente nomear Pr -Reitores.

    9 Os Vice -Reitores e os Pr -Reitores podem ser exonerados pelo Reitor e cessam os seus mandatos com a cessao do mandato do Reitor.

    Artigo 47.Substituio do Reitor

    1 Nas suas faltas e impedimentos ou em caso de incapacidade temporria, o Reitor substitudo no exerccio das suas funes pelo Vice -Reitor por ele designado, ou, na falta de indicao, pelo mais antigo de categoria acadmica mais elevada.

    2 Se a situao de incapacidade se prolongar por mais de noventa dias, o Conselho Geral deve pronunciar -se acerca da convenincia da eleio de novo Reitor.

    3 Em caso de vacatura, de renncia ou de incapacidade permanente do Reitor, deve o Conselho Geral determinar a abertura do procedimento de eleio de um novo Reitor no prazo mximo de oito dias.

    4 Durante a vacatura do cargo de Reitor, bem como no caso de suspenso, cabe ao Conselho Geral escolher, para o exerccio interino do cargo, um dos Vice -Reitores, ou, no existindo Vice -Reitores, um Professor ou Investigador da Universidade.

    Artigo 48.Suspenso e destituio do Reitor

    1 Em situao de gravidade para a vida da Universidade, o Conse-lho Geral, convocado pelo Presidente ou por um tero dos seus membros em efectividade de funes, pode decidir a suspenso do Reitor, mediante deliberao devidamente fundamentada, aprovada por maioria de dois teros dos seus membros em efectividade de funes.

    2 Aps procedimento administrativo e com fundamento em causa devidamente justificada, o Conselho Geral, ouvido o Senado, pode destituir o Reitor, mediante deliberao aprovada por maioria de dois teros dos seus membros em efectividade de funes.

    3 As deliberaes referidas nos n.os 1 e 2 s podem ser votadas em reunies convocadas especificamente para o efeito.

  • 38336 Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008

    Artigo 49.Competncia

    1 O Reitor dirige e representa a Universidade de Coimbra, competindo -lhe designadamente:

    a) Elaborar e apresentar ao Conselho Geral propostas de:i) Plano estratgico de mdio prazo e plano de aco para o quadrinio

    do seu mandato;ii) Linhas gerais de orientao da Universidade nos planos cientfico,

    pedaggico, de desenvolvimento e de inovao;iii) Plano e relatrio anuais de actividades;iv) Oramento e contas anuais consolidadas, estas acompanhadas do

    parecer do fiscal nico;v) Aquisio ou alienao de patrimnio imobilirio da Universidade

    e realizao de operaes de crdito;vi) Criao, transformao ou extino de unidades orgnicas;vii) Propinas a pagar pelos estudantes;viii) Personalidade a nomear para o lugar de Provedor do Estu-

    dante;

    b) Propor ao Conselho Geral, por sua iniciativa ou mediante proposta da Assembleia da Faculdade, a destituio do Director da Faculdade, nos termos dos artigos 58., alnea c) e 61., n. 2;

    c) Tomar as medidas necessrias garantia da qualidade do ensino, da investigao, do desenvolvimento e da inovao;

    d) Velar pela observncia das leis, dos Estatutos e dos regulamen-tos;

    e) Propor ou decidir as iniciativas que considere necessrias ao bom funcionamento da Universidade;

    f) Homologar os Estatutos das Faculdades e das restantes unidades orgnicas que no estejam em regime de instalao, s podendo recusar a homologao com fundamento em desconformidade com a lei ou com os presentes Estatutos;

    g) Decidir sobre a criao, suspenso e extino de ciclos de estudos que visem conferir graus acadmicos, bem como sobre a criao, sus-penso e extino de cursos com o mesmo objectivo;

    h) Aprovar o nmero anual mximo de novas admisses e inscries a que se refere o artigo 64. da Lei n. 62/2007, de 10 de Setembro;

    i) Superintender na gesto dos assuntos acadmicos e pedaggicos, decidindo, nomeadamente, quanto designao dos jris das provas acadmicas e ao sistema e regulamentos de avaliao de docentes e discentes;

    j) Superintender na gesto dos recursos humanos, decidindo, nomeada-mente quanto abertura de concursos e designao dos respectivos j-ris, bem como nomeao e contratao de pessoal, a qualquer ttulo;

    k) Autorizar os professores e investigadores da Universidade a exercer funes em outras instituies de ensino superior ou de investigao cientfica, ouvida a unidade orgnica a que o interessado se encontra vinculado;

    l) Orientar e superintender na gesto administrativa e financeira da Universidade, assegurando a eficincia no emprego dos seus meios e recursos;

    m) Reafectar pessoal docente, investigador e outro, e redistribuir os recursos materiais e financeiros entre unidades orgnicas, depois de obtido parecer favorvel do Conselho Geral;

    n) Definir o calendrio lectivo;o) Superintender nos Servios de Aco Social e atribuir apoios aos

    estudantes no quadro da aco social escolar, nos termos da lei;p) Aprovar a concesso de ttulos ou distines honorficas;q) Instituir prmios escolares;r) Homologar as eleies dos membros dos rgos das Faculdades

    e das unidades orgnicas com rgos de governo prprio, e que no estejam em regime de instalao, s podendo recusar a homologao com fundamento em desconformidade com a lei ou com os presentes Estatutos;

    s) Dar posse aos membros dos rgos referidos na alnea anterior;t) Nomear e exonerar, nos termos da lei e dos presentes Estatutos, os

    dirigentes das unidades orgnicas sem rgos de governo prprio, ou que estejam em regime de instalao, bem como o Administrador da Universidade, o Administrador dos SASUC e os dirigentes dos Servios da Universidade;

    u) Exercer o poder disciplinar, em conformidade com o disposto na lei e nos presentes Estatutos;

    v) Assegurar o cumprimento das deliberaes vinculativas tomadas pelos rgos colegiais da Universidade;

    x) Aprovar os regulamentos previstos na lei e nos presentes Estatutos, sem prejuzo do poder regulamentar das unidades orgnicas no mbito das suas competncias prprias;

    y) Desempenhar as demais funes previstas na lei e nos presentes Estatutos;

    w) Comunicar ao ministro da tutela todos os dados necessrios ao exerccio desta, designadamente os planos e oramentos e os relatrios de actividades e contas.

    2 Cabem ainda ao Reitor todas as competncias que por lei ou pelos presentes Estatutos no sejam atribudas a outros rgos da Universidade.

    3 As decises referidas nas alneas p) e q) do n. 1 s podem ser tomadas nos termos do disposto no artigo 33., depois de obtido parecer favorvel do Senado.

    4 A deciso de aplicar as sanes disciplinares previstas nas alne-as c), d) e e) do n. 5 do artigo 75. da Lei n. 62/2007, de 10 de Setembro, s pode ser tomada depois de obtido parecer favorvel da Comisso especializada do Senado, prevista no n. 2 do artigo 53..

    5 O Reitor pode, nos termos da lei e dos presentes Estatutos, delegar nos Vice -Reitores e nos rgos de gesto da Universidade e das suas unidades orgnicas as competncias que se revelem necessrias a uma gesto descentralizada e eficiente.

    CAPTULO III

    Conselho de Gesto

    Artigo 50.Composio

    1 O Conselho de Gesto constitudo pelo Reitor, que preside, por um Vice -Reitor por ele designado e pelo Administrador da Univer-sidade de Coimbra.

    2 O Reitor pode ainda, nos termos da lei, designar at mais dois elementos.

    3 Podem ser convocados para participar nas reunies do Conse-lho de Gesto, sem direito de voto, os Directores das Faculdades e de outras unidades orgnicas, os responsveis pelos servios da Univer-sidade e representantes dos estudantes e do pessoal no docente e no investigador.

    Artigo 51.Competncia

    1 Compete ao Conselho de Gesto:a) Conduzir, nos termos da lei, a gesto administrativa, patrimonial,

    financeira e dos recursos humanos da Universidade;b) Fixar as taxas e emolumentos.

    2 O Conselho de Gesto pode, nos termos dos presentes Estatutos, delegar nos rgos prprios das unidades orgnicas e nos dirigentes dos servios as competncias consideradas necessrias a uma gesto descentralizada e eficiente.

    CAPTULO IV

    Senado

    Artigo 52.Natureza e composio

    1 O Senado um rgo de natureza consultiva que coadjuva o Reitor na gesto da Universidade de Coimbra, em especial no que se refere coordena-o das actividades de investigao cientfica, de oferta educativa, de desen-volvimento e inovao, gesto da qualidade, mobilidade de professores e estudantes no seio da Universidade, s relaes internacionais e gesto dos recursos financeiros e dos espaos pertencentes Universidade.

    2 So membros do Senado:a) O Reitor, que preside;b) Os Directores de todas as unidades orgnicas;c) Um estudante por cada unidade orgnica de ensino e investiga-

    o;d) Dois trabalhadores no docentes e no investigadores.

    3 O mandato dos membros eleitos de dois anos e pode ser re-novado.

    Artigo 53.Competncia

    1 Compete ao Senado dar parecer sobre:a) A alterao dos Estatutos da Universidade, nos termos do disposto

    na alnea h) do n. 1 do artigo 41.;

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008 38337

    b) O exerccio pelo Reitor das competncias referidas nas alneas p), q) e u) do n. 1 do artigo 49., nos termos do disposto nos n.os 3 e 4 desse mesmo artigo.

    2 Para coadjuvar o Reitor no exerccio do poder disciplinar, no-meadamente quando se trate da aplicao das sanes disciplinares previstas nas alneas c), d) e e) do n. 5 do artigo 75. da Lei n. 62/2007, de 10 de Setembro, constituda uma comisso especializada do Senado presidida pelo Reitor e composta por um docente ou investigador, um estudante e um trabalhador no docente e no investigador, eleitos pelos respectivos pares no Senado.

    3 O Reitor ouve ainda o Senado no exerccio das competncias a que se referem as alneas a), g), h), m) e n) do n. 1 do artigo 49.

    4 O Reitor informa o Senado, aps a aprovao pelo Conselho Geral, sobre:

    a) o contedo do plano estratgico de mdio prazo e do plano de aco para o quadrinio do seu mandato;

    b) as linhas gerais da Universidade nos planos cientfico, pedaggico, de desenvolvimento e de inovao;

    c) o plano e o relatrio anuais de actividade.

    5 O Conselho Geral e o Reitor podem ouvir o Senado sobre todas as matrias da sua competncia.

    Artigo 54.Funcionamento

    O Senado rene em sesso ordinria uma vez por ms, e extraordi-nariamente sempre que for convocado pelo Reitor.

    CAPTULO VProvedor do Estudante

    Artigo 55.Nomeao e competncia

    1 O Provedor do Estudante designado pelo Conselho Geral, sob pro-posta do Reitor, depois de ouvido o Senado, para um mandato de trs anos, de entre pessoas de comprovada reputao, credibilidade e integridade pessoal junto da comunidade universitria e designadamente junto dos estudantes.

    2 Sem prejuzo da competncia atribuda a outros rgos, o Pro-vedor do Estudante tem por funes a defesa e promoo dos direitos dos estudantes, e nomeadamente:

    a) Apreciar as peties ou queixas que lhe sejam submetidas pelos estudantes da Universidade de Coimbra, nomeadamente sobre questes pedaggicas ou relativas aco social;

    b) Elaborar o relatrio das averiguaes que efectuar e respectivas concluses, propondo ao Reitor as medidas que ele prprio ou outros rgos e servios da Universidade ou das suas unidades orgnicas devam tomar para prevenir ou reparar situaes ilegais ou injustas.

    3 A aco do Provedor do Estudante deve ser exercida em articu-lao com os Conselhos Pedaggicos das Faculdades, com os Servios de Aco Social e com a Associao Acadmica de Coimbra.

    4 Todos os rgos e servios da Universidade e das suas unidades orgnicas tm o dever de colaborar com o Provedor do Estudante, de forma a promover o bom desempenho das suas funes.

    TTULO VIGoverno das Unidades Orgnicas

    CAPTULO IGoverno das Faculdades

    Artigo 56.rgos das Faculdades

    1 So rgos das Faculdades:a) A Assembleia da Faculdade;b) O Director;c) O conselho cientfico;d) O Conselho Pedaggico.

    2 Os Estatutos das Faculdades podem prever a existncia de outros rgos de natureza consultiva.

    SECO I

    Assembleia da Faculdade

    Artigo 57.Composio

    1 A Assembleia da Faculdade constituda por quinze membros:a) Onze docentes ou investigadores;b) Trs estudantes, sendo um de doutoramento;c) Um trabalhador no docente e no investigador.

    2 Os membros da Assembleia da Faculdade so eleitos pelos seus pares, para um mandato de dois anos, nos termos dos Estatutos da Faculdade.

    3 A Assembleia da Faculdade pode incluir personalidades externas, at ao nmero de dois, sendo esse nmero deduzido aos onze elementos previstos na alnea a) do n. 1.

    4 Para os efeitos do disposto nas alneas a) e c) do n. 1, consideram--se:

    a) Docentes ou investigadores, os docentes e investigadores de carreira que exercem funes docentes e ou de investigao na Faculdade, em regime de tempo integral, com contrato de durao no inferior a um ano, qualquer que seja a natureza do seu vnculo laboral;

    b) Trabalhadores no docentes e no investigadores, os que trabalham na Faculdade, fora da docncia e da investigao, em regime de tempo integral com contrato de durao no inferior a um ano, qualquer que seja a natureza do seu vnculo laboral.

    Artigo 58.Competncia

    Compete Assembleia da Faculdade:a) Eleger o Director da Faculdade;b) Eleger o seu prprio Presidente, a quem cabe convocar a As-

    sembleia, por sua iniciativa ou a solicitao do Director, e presidir s respectivas reunies;

    c) Solicitar ao Reitor que submeta ao Conselho Geral a proposta de destituio do Director, aprovada por votao devidamente fundamen-tada de dois teros dos seus membros em efectividade de funes;

    d) Aprovar as alteraes dos Estatutos da Faculdade, que o Director envia ao Reitor, para homologao;

    e) Apreciar o plano e oramento, bem como o relatrio e as contas da Faculdade;

    f) Pronunciar -se sobre as medidas a tomar em caso de vacatura do cargo, renncia, incapacidade ou impedimento do Director;

    g) Verificar o cumprimento do programa de aco do Director a que se refere o n. 1 do artigo 59.

    SECO II

    Director

    Artigo 59.Eleio

    1 O Director eleito pela Assembleia da Faculdade, de entre professores e investigadores doutorados, na sequncia da apresenta-o de candidaturas acompanhadas de um programa de aco, que deve enquadrar -se nas linhas de orientao estratgica definidas para a Universidade.

    2 No caso de no haver candidaturas, o Director nomeado pelo Reitor.

    3 O mandato do Director de dois anos, podendo ser reeleito para mais trs mandatos sucessivos.

    Artigo 60.Competncia

    1 Compete ao Director:a) Representar a Faculdade perante os demais rgos da Universidade

    de Coimbra e perante o exterior;b) Assegurar, sem possibilidade de delegao, a presidncia do con-

    selho cientfico e do Conselho Pedaggico;c) Elaborar o oramento e o plano de actividades do ano seguinte,

    que envia ao Reitor at 15 de Novembro de cada ano;d) Elaborar o relatrio de actividades e as contas do ano anterior, que

    envia ao Reitor, para apreciao, at 31 de Maro de cada ano;

  • 38338 Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008

    e) Executar as deliberaes do conselho cientfico e do Conselho Pedaggico quando vinculativas;

    f) Dirigir os servios da Faculdade e aprovar os necessrios regu-lamentos;

    g) Aprovar o calendrio e o horrio das actividades lectivas e dos exames, ouvidos o conselho cientfico e o Conselho Pedaggico;

    h) Homologar a distribuio do servio docente aprovada pelo con-selho cientfico;

    i) Exercer as funes delegadas pelo Reitor;j) Exercer as demais funes previstas na lei ou nos presentes Es-

    tatutos.

    2 O Director informa a Faculdade sobre as reunies do Senado e so-bre as linhas gerais da Universidade no plano cientfico e pedaggico.

    3 O Director pode nomear Subdirectores para o coadjuvarem no exerccio das suas funes, sem prejuzo do disposto na alnea b) do n.1.

    4 Durante o exerccio do seu mandato, o Director est dispensado das tarefas docentes e de investigao, podendo, no entanto, desempenh--las, se assim o entender.

    5 O Estatuto de cada Faculdade poder estender aos subdirectores o regime previsto no nmero anterior.

    Artigo 61.Dever de cooperao

    1 Os Directores das Faculdades e das unidades orgnicas referidas nos artigos 17. e 18. devem cooperar com os rgos de governo da Universidade de Coimbra na prossecuo dos objectivos estratgicos de desenvolvimento por eles aprovados.

    2 O incumprimento grave deste dever constitui causa de desti-tuio, que pode ser deliberada pelo Conselho Geral por proposta do Reitor, ouvido o interessado.

    3 O Director destitudo perde a capacidade eleitoral passiva nos quatro anos seguintes.

    SECO III

    Conselho Cientfico

    Artigo 62.Composio

    1 O conselho cientfico composto por:a) O Presidente, que o Director da Faculdade;b) Representantes dos professores e investigadores referidos na al-

    nea a) do n. 2 do artigo 37.;c) Representantes das unidades de investigao reconhecidas e ava-

    liadas positivamente, nos termos da lei.2 O conselho cientfico tem entre quinze e vinte cinco membros,

    incluindo o Presidente, devendo o Reitor garantir que existem pelo menos quinze docentes elegveis, recorrendo, se necessrio, mltipla afectao de doutores ou a doutores de outras instituies.

    3 A maioria dos membros referidos na alnea b) do n. 1 escolhida de entre professores e investigadores de carreira.

    4 O nmero dos membros referidos na alnea c) do n. 1 corres-ponde a trinta por cento do nmero total de membros do Conselho, podendo esta percentagem ser inferior se o reduzido nmero de unidades de investigao existentes o justificar.

    5 Os membros referidos na alnea b) do n. 1 so eleitos, nos termos dos Estatutos da Faculdade, pelo conjunto dos professores e investigadores nela referidos.

    6 Os membros referidos na alnea c) do n. 1 so eleitos, nos ter-mos dos Estatutos da Faculdade, de entre os membros das unidades de investigao que integram a Faculdade.

    7 Sem prejuzo do limite fixado no n. 2, o conselho cientfico de cada Faculdade pode convidar para dele fazerem parte professores ou investigadores de outra ou outras Faculdades ou unidades de investigao da Universidade de Coimbra, ou de outras instituies universitrias, bem como personalidades de reconhecida competncia na rea do saber em que se insere a Faculdade em causa.

    8 Podem ser convidados a participar nas reunies do conselho cientfico, a ttulo de observadores, outros membros da comunidade universitria, nomeadamente estudantes.

    9 As eleies para o conselho cientfico decorrem no mesmo dia das eleies para a Assembleia da Faculdade.

    Artigo 63.Competncia

    1 Compete ao conselho cientfico:a) Deliberar sobre a distribuio do servio docente, que carece de

    homologao do Director;b) Propor a composio dos jris de provas e de concursos acad-

    micos;c) Praticar os outros actos previstos na lei relativos carreira do-

    cente e de investigao e ao recrutamento de pessoal docente e de investigao;

    d) Apreciar o plano e o relatrio de actividades cientficas da Fa-culdade;

    e) Pronunciar -se sobre a criao de ciclos de estudos e aprovar os planos dos ciclos de estudos ministrados;

    f) Propor, mediante voto favorvel de dois teros dos seus membros em efectividade de funes, a concesso do grau de doutor honoris causa e de outros ttulos ou distines honorficas;

    g) Propor ou pronunciar -se sobre a instituio de prmios escola-res;

    h) Pronunciar -se sobre a proposta de destituio do Director, prevista no n. 2 do artigo 61., antes de ela ser remetida ao Reitor;

    i) Elaborar o seu regimento;j) Desempenhar as demais funes que lhe sejam atribudas pela lei

    ou pelos presentes Estatutos.

    2 Os membros do conselho cientfico no podem pronunciar -se sobre assuntos referentes:

    a) A actos relacionados com a carreira de docentes com categoria superior sua;

    b) A concursos ou provas em relao aos quais renam as condies para serem opositores ou nos quais possam ter interesse directo ou indirecto.

    SECO IV

    Conselho Pedaggico

    Artigo 64.Composio

    1 O Conselho Pedaggico constitudo pelo Presidente, que o Director da Faculdade, e por representantes dos docentes e dos estudan-tes, eleitos nos termos estabelecidos nos Estatutos da Faculdade.

    2 Para garantir a paridade de estudantes e docentes, estes elegem, directamente, menos um elemento do que os estudantes.

    Artigo 65.Competncia

    1 Compete ao Conselho Pedaggico:a) Aprovar o regulamento de avaliao do aproveitamento dos es-

    tudantes;b) Promover a realizao de inquritos regulares ao desempenho

    pedaggico da Faculdade, bem como a sua anlise e divulgao;c) Promover a realizao da avaliao do desempenho pedaggico

    dos docentes, bem como a sua anlise e divulgao;d) Pronunciar -se sobre a criao de ciclos de estudos e sobre os planos

    dos ciclos de estudos ministrados;e) Pronunciar -se sobre o regime de prescries;f) Pronunciar -se sobre o calendrio lectivo e os mapas de exames;g) Pronunciar -se sobre a instituio de prmios escolares;i) Apreciar queixas relativas a questes de natureza pedaggica e

    propor as providncias necessrias;j) Pronunciar -se sobre as orientaes pedaggicas e os mtodos de

    ensino e de avaliao;k) Exercer as demais competncias que lhe sejam conferidas pela lei

    ou pelos presentes Estatutos.

    2 Compete ainda ao Conselho Pedaggico coadjuvar o Director:a) Na definio e na execuo de uma poltica activa de qualidade

    pedaggica, com o objectivo de:i) Proporcionar um ambiente favorvel ao ensino e aprendiza-

    gem;ii) Promover o sucesso escolar;

  • Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008 38339

    b) Na promoo da participao dos alunos em actividades de inves-tigao cientfica;

    c) Na organizao e apoio a estgios de formao profissional;d) Na preparao dos programas de mobilidade internacional de

    estudantes;e) Na integrao dos novos alunos na vida da Escola, com particular

    ateno aos estudantes portadores de deficincia, aos trabalhadores--estudantes e aos estudantes estrangeiros.

    3 O mandato dos membros do Conselho Pedaggico de dois anos.

    4 O Conselho Pedaggico exerce as suas competncias no quadro das orientaes para a promoo da qualidade pedaggica definidas pela Universidade.

    CAPTULO II

    Governo das demais Unidades Orgnicas

    Artigo 66.rgos das demais Unidades Orgnicas

    1 So rgos das demais unidades orgnicas de ensino e inves-tigao:

    a) O Director, nomeado pelo Reitor;b) O conselho cientfico;c) O Conselho Pedaggico.

    2 So rgos das unidades orgnicas de investigao:a) O Director, nomeado pelo Reitor;b) O conselho cientfico.

    3 Nas unidades orgnicas referidas nos nmeros anteriores o con-selho cientfico tem entre quinze e vinte e cinco membros, incluindo o Presidente, todos investigadores doutorados, eleitos pelo conjunto dos doutores que trabalham na unidade orgnica.

    4 No caso do Instituto de Investigao Interdisciplinar, no podem pertencer ao mesmo centro mais de vinte por cento do total dos membros do conselho cientfico.

    Artigo 67.Competncias e deveres

    1 Ao Director aplica -se, com as necessrias adaptaes, o disposto nos artigos 60. e 61.

    2 Ao conselho cientfico aplica -se, com as necessrias adaptaes, o regime do artigo 63., salvo o disposto na alnea f) do n. 1.

    3 Ao Conselho Pedaggico aplica -se, com as necessrias adapta-es, o disposto nos artigos 64. e 65.

    CAPTULO III

    rgos dos Departamentos

    Artigo 68.rgos dos Departamentos

    1 Nas unidades orgnicas estruturadas em Departamentos, so rgos do Departamento:

    a) O Director;b) A Comisso Cientfica, composta por um mnimo de quinze e um

    mximo de vinte doutores a tempo integral.

    2 O Director do Departamento eleito pela Comisso Cientfica, a que preside.

    3 A Comisso Cientfica eleita pelos professores e investiga-dores referidos na alnea a) do n. 2 do artigo 37. que esto afectos ao Departamento.

    TTULO VIIDisposies finais e transitrias

    Artigo 69.Integrao das administraes autnomas

    1 O processo de integrao na Administrao da Universidade de Coimbra das administraes das Faculdades que actualmente gozam de

    autonomia administrativa e financeira concretiza -se segundo critrios objectivos e mensurveis que permitam identificar as melhores prticas a adoptar para toda a Universidade e pressupe a criao do centro de servios comuns a que se referem os artigos 9. e 27., n. 2, com capa-cidade para promover ganhos de eficincia e de eficcia.

    2 As Faculdades que actualmente dispem de autonomia admi-nistrativa e financeira so integradas plenamente nas contas globais da Universidade a partir de 1 de Janeiro de 2011, cessando funes, nessa data, os respectivos Conselhos Administrativos.

    3 O Conselho Geral acompanha o processo previsto neste artigo, podendo reprogram -lo, se entender que as circunstncias o justificam, sem pr em causa o objectivo da integrao.

    Artigo 70.Reestruturao dos Saberes

    O primeiro Conselho Geral eleito ao abrigo dos presentes Estatutos organiza um debate aberto e profundo sobre a reestruturao dos saberes na Universidade de Coimbra, devendo aprovar um relatrio sobre o as-sunto no prazo mximo de dois anos, com base no qual prope ou adopta as medidas necessrias para levar prtica as respectivas concluses.

    Artigo 71.Avaliao

    No prazo mximo de um ano aps a entrada em vigor dos presentes Estatutos, o Reitor submete aprovao do Conselho Geral o regula-mento da estrutura de avaliao regular do desempenho da Universidade e das suas unidades orgnicas.

    Artigo 72.Novos rgos da Universidade

    1 No prazo de noventa dias aps a entrada em vigor dos presentes Estatutos so constitudos o Conselho Geral, o Conselho de Gesto e o Senado, com a nomeao ou eleio dos seus titulares.

    2 No mesmo prazo de noventa dias o Reitor procede nomeao de todos os dirigentes que lhe cabe nomear.

    3 Os regulamentos eleitorais so aprovados pelo Reitor, depois de ouvido o Senado na sua composio actual.

    4 At tomada de posse dos novos Directores das unidades or-gnicas, os seus lugares no Senado so ocupados pelos Presidentes dos Conselhos Directivos e pelos Presidentes dos Conselhos Cientficos.

    5 A actual Assembleia da Universidade e o actual Senado mantm--se em funes at ao incio de funes do Conselho Geral.

    6 O actual Conselho Administrativo mantm -se em funes at ao incio de funes do Conselho de Gesto.

    Artigo 73.Designao do Provedor do Estudante

    1 No prazo de seis meses aps a entrada em vigor dos presentes Estatutos o Reitor submete aprovao do Conselho Geral o Regula-mento do Provedor do Estudante.

    2 Aprovado o Regulamento referido no nmero anterior, o Con-selho Geral designa o primeiro Provedor do Estudante.

    Artigo 74.Estatutos e novos rgos das Faculdades

    1 No prazo de sessenta dias a contar da data da entrada em vigor dos presentes Estatutos realizam -se, em cada Faculdade, eleies para uma Assembleia Estatutria, com a mesma composio da Assembleia da Faculdade, nos termos de um regulamento eleitoral elaborado pelo Reitor, depois de ouvido o Senado com a sua composio actual.

    2 O Reitor homologa a eleio da Assembleia Estatutria, dando posse aos seus membros dentro de setenta e duas horas, contando -se a partir de ento o prazo de quatro meses para a elaborao dos Estatutos da Faculdade.

    3 O Reitor dispe de 30 dias para proceder homologao dos Estatutos, que s pode ser recusada com fundamento em desconformi-dade com a lei ou com os presentes Estatutos.

    4 Aps a entrada em vigor dos novos Estatutos das Faculdades, todos os rgos neles previstos devem estar constitudos no prazo de sessenta dias, mantendo -se a actual Assembleia de Representantes e o actual Conselho Directivo em funes at entrada em funes da nova Assembleia da Faculdade, e os restantes rgos actuais at entrada em funes dos novos rgos que os substituem.

  • 38340 Dirio da Repblica, 2. srie N. 168 1 de Setembro de 2008

    5 Aplicam -se ao Instituto de Investigao Interdisciplinar as normas transitrias referentes s Faculdades, com as necessrias adaptaes.

    Artigo 75.Regime de instalao

    No momento da publicao dos presentes Estatutos so consideradas em regime de instalao as seguintes unidades orgnicas:

    a) Colgio das Artes;b) Instituto de Cincias Nucleares Aplicadas Sade;c) Tribunal Universitrio Judicial Europeu.

    Artigo 76.Reviso dos Estatutos

    1 Os Estatutos podem ser objecto de reviso ordinria quatro anos aps a sua entrada em vigor e quatro anos aps a data da publicao da ltima reviso.

    2 A reviso extraordinria pode ter lugar em qualquer momento, por deliberao do Conselho Geral aprovada por maioria de dois teros dos seus membros em efectividade de funes.

    3 As propostas de alterao dos Estatutos podem ser apresentadas por qualquer dos membros do Conselho Geral e pelo Reitor.

    Artigo 77.Entrada em vigor

    Os presentes Estatutos entram em vigor cinco dias teis aps a sua publicao no Dirio da Repblica.

    ANEXO

    Selo da Universidade de Coimbra.

    Bandeira da Universidade de Coimbra.

    Despacho normativo n. 44/2008Considerando que, nos termos do n. 1 do artigo 172. da Lei

    n. 62/2007, de 10 de Setembro, as instituies de ensino superior devem proceder reviso dos seus estatutos, de modo a conform -los com o novo Regime Jurdico das Instituies de Ensino Superior;