etapa 3 - discussão dos textos 4 - reflexão sobre Ética, cidadania e estética da existência

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CEDERJ Curso de Extensão: Ética, Liberdade e Cidadania Nome do aluno: Alessandro Martins Gomes Etapa 3 – Discussão dos textos 4: Reflexão sobre Ética, Cidadania e Estética da Existência Olá turma! Agora temos o vídeo de um pequeno trecho de aula do respeitado professor Cláudio Ulpiano (alguém aí chegou a assistir alguma aula dele?), que colocamos em debate por aqui. No dia 18, mais um texto em debate: Ética e cidadania". Os tutores Arthur, Daise e Delmo aguardam as considerações de vocês! RESPOSTA Olá pessoal, mesmo atrasado estou tentando me redimir, passei por uma crise de dias por causa de um remédio, não conseguir me concentrar pra ler. Vamos lá!!! O vídeo do professor é muito bom, gostaria de fazer alguns comentários a respeito do pensar do homem grego. A partir do século VI a.C. surgiram alguns sábios que propuseram uma outra forma de pensar e de explicar o mundo. Eles passaram a utilizar os argumentos racionais (não mais religiosos ou míticos) para falar de elementos do próprio mundo sem ter que recorrer ao mundo sobrenatural. Nesse contexto nasce a Filosofia. O saber deixa de ser sagrado e passa a ser discutido, com isso a política passa a ser mais democrática e permite aos cidadãos debaterem os problemas conjuntamente. Com a Filosofia tendo como fundamento a razão, se estabelece uma nova forma de interpretar o mundo e a realidade. Aluno: Alessandro Martins Gomes

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CEDERJCurso de Extenso: tica, Liberdade e CidadaniaNome do aluno: Alessandro Martins Gomes

Etapa 3 Discusso dos textos 4: Reflexo sobre tica, Cidadania e Esttica da ExistnciaOl turma!Agora temos o vdeo de um pequeno trecho de aula do respeitado professor Cludio Ulpiano (algum a chegou a assistir alguma aula dele?), que colocamos em debate por aqui. No dia 18, mais um texto em debate: tica e cidadania".Os tutores Arthur, Daise e Delmo aguardam as consideraes de vocs!RESPOSTA

Ol pessoal, mesmo atrasado estou tentando me redimir, passei por uma crise de dias por causa de um remdio, no conseguir me concentrar pra ler.Vamos l!!!

O vdeo do professor muito bom, gostaria de fazer alguns comentrios a respeito do pensar do homem grego.

A partir do sculo VI a.C. surgiram alguns sbios que propuseram uma outra forma de pensar e de explicar o mundo. Eles passaram a utilizar os argumentos racionais (no mais religiosos ou mticos) para falar de elementos do prprio mundo sem ter que recorrer ao mundo sobrenatural.

Nesse contexto nasce a Filosofia.

O saber deixa de ser sagrado e passa a ser discutido, com isso a poltica passa a ser mais democrtica e permite aos cidados debaterem os problemas conjuntamente.

Com a Filosofia tendo como fundamento a razo, se estabelece uma nova forma de interpretar o mundo e a realidade.

Essa nova forma de interpretao mostra que, com o pensamento racional, possvel conhecer as causas ou princpios que explicam o mundo, o que antes eram governados por leis divinas inacessveis aos humanos.

Inclusive no campo religioso o caminho estava aberto para o livre pensar, pois esta no se baseava em dogmas, livro sagrado e nem tinham casta sacerdotal.

Agora, Michel Foucault insistiu que o homem grego antigo buscava desenvolver uma tica que fosse ao mesmo tempo uma esttica da existncia.

Por isso, devemos desenvolver uma tica inspirada no pensamento grego antigo, cuja implantao no seja pela imposio de um modelo mecnico nem autoritrio, mas de cunho volta para a liberdade.

Alessandro

Questionamento: texto sobre tica e CidadaniaGostaria de fazer um comentrio sobre o texto tica e Cidadania, fazendo uma analogia a um texto muito bom (que coloco em anexo) A TICA E A FORMAO DE VALORES NA SOCIEDADE por Leonardo Boff da Revista Reflexo do Instituto ETHOS.Moral uma palavra to falada, porm muitas vezes mal interpretada, ou s vezes confundida com tica.

Deve-se deixar bem claro que so duas coisas diferentes, considerando-se a tica como o comportamento moral, conduta e os costumes dos homens na sociedade, norteando um viver bem, tanto consigo mesmo quanto com os outros, auxiliando seu prximo quando necessitar, ajudando as pessoas, pois pensar em sua prpria felicidade est tambm em alcanar a felicidade do prximo.

Considera-se moral o conjunto de costumes, regras ou normas em um determinado grupo num perodo de tempo, ou seja, as regras que norteiam o modo de vida de um grupo social.

A cultura de um povo depende de seus valores ticos e morais, e pela definio de ambos os termos v-se claramente que a cultura algo mutvel com o passar do tempo, vai se transformando ou evoluindo.

Os aspectos culturais influenciam muito na formao dos valores morais de um determinado grupo.

Se a cultura muda com o passar do tempo porque o homem tambm muda, como diz Guimares Rosa o mais bonito do mundo que as pessoas no so sempre iguais. O ser humano travessia.

AlessandroComentrio: porm gostaria de um maior esclarecimento do "moralismo"...

Oi rica, vou tentar te ajudar, claro que de forma restrita e tentando exemplificar, nos termos de um trabalho que desenvolvi sobre tica e moralismo no curso de teologia.

Quando se comea a priorizar exagerada e exclusivamente as questes relativas moral, criando um excesso de preocupao com essas questes, comea a entrar na esfera do conhecido moralismo.

E esse moralismo exagerado muitas vezes tambm no meio religioso, muitas vezes, chega at o extremo da intolerncia e do preconceito, com averso s pessoas que praticam atos que esto fora das regras ditas como religiosas. A est um grande problema, embora no se aceite os atos no se pode desprezar a pessoa. No se deve ter preconceito ou desprezar uma pessoa que esteja fora dos padres morais que se acredita.

O moralismo muitas vezes definido como uma patologia da moral, ou seja, uma doena, um mal que afeta os conceitos de tica e moral.Aurlio conceitua moralismo como a tendncia a priorizar de modo exagerado a considerao dos aspectos morais na apreciao dos atos humanos, ou seja, como ficou consagrado pejorativamente a transformao da vida moral num amontoado de leis e proibies.O que adianta algum ser moralista ao ponto de condenar uma pessoa adltera e sua vida est cheia de atitudes fora dos bons padres ticos, e quando algum bate sua porta dizendo que est com fome simplesmente no o atende? E se justifica dizendo que no tem comida porque no trabalha e preguioso. Julgar fcil, difcil entender o que levou aquela pessoa situao onde ela se encontra.

Isso Calligaris enfoca muito bem, quando diz que o moralista moderno o verdadeiro sepulcro caiado que indignava Cristo.

MnicaComentrio: Sua participao muito boa, porm fiquei com uma inquietao: o que voc quer dizer com a frase "a tica o aspecto cientfico da moral"?

Oi Joseane e Arthur, eu penso que a tica a parte terica m os princpios gerais que regem qualquer convivncia independentemente da cultura, j a moral so regras culturais, mudam de acordo com o contexto, no so gerais e imutveis como passar do tempo.

Mnica

ETAPA 3Discusso dos textos 3: Reflexo sobre tica, Cidadania e Esttica da ExistnciaNota: 10,00 / 10,00 ????Alessandro, ????????????.

ROSA, Guimares. Grande Serto: Veredas apud SCHAPER, Valrio Guilherme. tica, Moral, Cultura e Sociedade, p. 1 (texto didtico acessvel no ambiente virtual da EST)

FERREIRA, Aurlio B. H. Novo Dicionrio Eletrnico Aurlio. 3. ed. rev. e atual. Curitiba: Editora Positivo, 2004, verbete: moralismo. 1 CD-ROM.

CALLIGARIS, Contardo. Moralistas imorais. Folha de So Paulo online, So Paulo, 24 fev 2005. Disponvel em: . Acesso em: 03 setembro 2011.

Aluno: Alessandro Martins Gomes