expresso de felgueiras n.º 116

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Quinta-feira, 15 de Março de 2011 | Ano 5 • Nº 116 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: [email protected] | www.tamegaonline.info µArmindo Mendes LIXA: Nova rotunda na ligação da EN 101 à Av. da República Pág. 14 Nesta edição voltam as crónicas de Sérgio Martins, Hélder Quintela e a estreia de Luís Miguel Nogueira “O concelho está a afundar-se” Págs. 7 e 8 Fátima Felgueiras não “fecha a porta” a uma eventual recandidatura Seca já destruiu 50 por cento da alimentação para o gado na região, diz presidente da Cooperativa Pág. 3 FÁTIMA FELGUEIRAS:

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Expresso de Felgueiras N.º 116

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Quinta-feira, 15 de Março de 2011 | Ano 5 • Nº 116 € 0,80 • Mensal | Director Miguel Carvalho | Telef.255 495 751 Fax. 255 495 710 | E-mail: [email protected] | www.tamegaonline.info

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LIXA: Nova rotunda na ligação da EN 101 à Av. da República

Pág. 14

Nesta edição voltam as crónicas de Sérgio Martins, Hélder Quintela e a estreia de Luís Miguel Nogueira

“O concelho está a afundar-se”“O concelho está a afundar-se”Págs. 7 e 8

Fátima Felgueiras não “fecha a porta” a uma eventual recandidatura

Seca já destruiu 50 por cento da alimentação para o gado na região, diz presidente da Cooperativa

Pág. 3

FÁTIMA FELGUEIRAS:

2 | 15.MARÇO.2012 | 2 | 15.MARÇO.2012 |

Propriedade Carvalho & Mendes - Edições Gráfi cas e Audiovisuais, Lda. | Capital Social 5000 euros | Detentores de mais de 10% do Capital Social Miguel Carvalho, Armindo Mendes | Endereço postal: Expres-so de Felgueiras - Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 Lixa Sede CM Edições: Edifício Século XXI Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 LIXA | Telefone 255 495 751 | Telefax 255 495 710 | E-mail [email protected] | Contribuinte nº 507575318 | Registo no ICS nº 124883 | Periodicidade Mensal | Depósito Legal nº 241130/06 | Director Miguel Carvalho | Redacção Edifício Século XXI Rua Padre Manuel Lopes Dias Rocha - 4615-656 LIXA | Telefone 255 495 751 | Telefax 255 495 710 | E-mail [email protected] | Colaboradores Sérgio Martins, Hélder Quintela, Bruno Mendes, Ana Leite, Aureliana Gomes (CP nº 8526), André Moniz, Miguel Sousa, Diana Teixeira | Paginação CM Edições | Impressão Gráfi ca Diário do Minho, Braga | Tiragem desta edição 3000 exemplares

Ficha Técnica

Sem nunca o assu-mir na entrevista ao Expresso de Felgueiras, não é

descabido concluir-se que, interpretadas as entreli-nhas, Fátima Felgueiras pode estar na corrida para a presidência da câmara.

Esse é um cenário que, se mais não for, no plano empírico, sempre se deve colocar. E como cenário deve manter-se durante mais algum tempo, qua-se como uma espécie de tabu que condicionará em certa medida os desenvol-vimentos da política con-celhia e as conversas de café.

Fátima Felgueiras goza ainda de grande prestígio e capacidade de influên-cia em vastas camadas do eleitorado felgueirense, como se percebeu, por exemplo, na relevância que demonstrou nas re-centes eleições na Coo-perativa Agrícola de Fel-gueiras. Note-se que esse embate redundou numa vitória expressiva da lista apoiada publicamente por Fátima Felgueiras e Júlio Faria, seu aliado político de longa data.

Fátima Felgueiras capitaliza vitórias nos tribunais

Sabe-se, por outro lado, que a antiga presi-dente, por estar tão im-pregnada pelos dossiês municipais, gostava de

poder regressar à lideran-ça do município, retoman-do um percurso abrupta-mente interrompido por um terramoto eleitoral que a terá espantado.

Além disso, na ótica de cada vez mais gente, a prestação, aquém das ex-petativas, da atual equipa camarária acentua a ideia de que, em tese, Fátima Felgueiras poderá ter con-dições de derrotar Inácio Ribeiro numa nova con-tenda eleitoral autárquica, em 2013.

Vai ganhando robustez a convicção de que a anti-ga presidente se vai reabi-litando à medida que, mês após mês, algum eleito-rado interioriza um certo desapontamento quanto ao trabalho do atual exe-cutivo, sobretudo atentas as elevadas expetativas que foram produzidas.

Aliás, nos “sussurros” dos corredores municipais controlados, ainda, pela Nova Esperança admite-se que Fátima Felgueiras, pela sua capacidade de combate político, consti-tuirá a grande ameaça ao poder vigente, cada vez mais fragilizado pelas fis-suras na coligação PSD/CDS e pela recente saída de um dos seus pilares.

Mas, paradoxo ou não, a eventual candidatura de Fátima Felgueiras à frente de uma lista independente até pode constituir o gran-de empurrão para o PSD renovar a vitória… E os laranjas sabem-no, olhan-

do com um sorriso maroto a possível divisão do elei-torado da área socialista. Dando como certo que Fátima Felgueiras quer ser candidata.

Mas, não menos au-têntico é que do querer à concretização de uma candidatura com poten-cial ganhador vai uma enorme diferença. Desde logo, porque a conjuntura económica é adversa para se avançar com uma bata-lha eleitoral, sem o apoio das máquinas partidárias e que, por isso, obrigaria à mobilização de signifi-cativos meios financeiros, sem quaisquer garantias substantivas de vitória.

O que Fátima Felguei-ras gostaria, com certeza, era liderar uma candidatu-ra numa lista do PS. Jun-tar-se-ia assim o útil ao agradável, pensará a an-tiga autarca. Útil, porque uma candidatura nesse contexto teria, obviamen-te, mais hipóteses de su-cesso; agradável porque constituiria o regresso da antiga presidente ao parti-do em que militou durante tantos anos.

É neste ponto que mui-ta coisa se pode decidir nos próximos meses, nos jantares e almoços mais ou menos públicos que se vão fazendo nos insuspei-tos restaurantes. Com a aproximação das eleições, nomeadamente o “timing” certo para acertar estra-tégias, alianças e candi-datos, o PS e as hostes

ligadas a Fátima Felguei-ras terão de se entender, pelo menos se estas duas forças, que sociologica-mente são apenas uma, na área socialista, desejarem afastar a Nova Esperança do poder.

Uma terceira via, com um acordo entre as partes, que não inclua a candida-tura de Fátima Felgueiras, mas o envolvimento desta no processo liderado pelo PS, poderá ser uma saída para o aparente imbró-glio.

Fátima Felgueiras tira o sono à Nova Esperança?

Mas não é especulação concluir que uma candida-tura de Fátima Felgueiras à frente do PS, agora que a antiga presidente se rea-bilitou politicamente com sucessivas absolvições em tribunal, constituirá uma força suficientemente po-derosa para tirar o sono aos que têm assento na casa branca municipal.

E nesses têm-se re-gistado mudanças. Desde logo no executivo muni-cipal, com a saída do ve-reador Eduardo Teixeira, que alegou “motivos pes-soais”.

Mudanças perturbadoras no executivo?

A renúncia ao mandato

deste carismático dirigen-te do PSD/Felgueiras, que foi o diretor de campanha das últimas eleições, é um elemento perturbador na Nova Esperança, desde logo porque era o verea-dor do influente pelouro do Desporto, no âmbito do qual estava a ter um desempenho muito elogia-do, graças à capacidade de diálogo com os clubes que sempre revelou.

Acresce, por outro lado, que Eduardo Teixeira representa há muitos anos a “alma” dos militantes de base daquele partido. Ali-ás, era o único que o fazia no atual executivo.

Face aos desenvolvi-mentos, só o tempo res-ponderá às dúvidas que se colocam quanto ao grau de participação de Edu-ardo Teixeira, em termos partidários, no que vier a seguir.

Se, fruto das circuns-tâncias políticas ou outras, Eduardo Teixeira deixar de ser o que sempre foi, isto é, um elemento, no terreno, tipo “formigui-nha”, mobilizador dos mi-litantes e, acima de tudo, aglutinador de tendências, o partido laranja ficará mais frágil, cada vez mais distante das bases.

Um partido, aliás, que, recentemente, para espan-to, até passou a ser lidera-do por Inácio Ribeiro, o presidente da câmara.

Face aos desafios que se perfilam no horizonte, mormente o sempre com-

plexo e absorvente pro-cesso de preparação das autárquicas do próximo ano, não deixa de ser, no mínimo, curioso que essa responsabilidade fique nas mãos de alguém que, pela natureza do seu car-go autárquico, é suposto estar assoberbado pelas dores de cabeça da gestão municipal.

Face à saída de Eduar-do Teixeira, que estava a meio tempo no executivo, a Nova Esperança respon-deu prontamente com a substituição, cumprindo o que determina a lei, isto é, tomando posse o elemen-to seguinte da lista.

Mas a maioria não se ficou por aqui: trans-formou o meio tempo de Eduardo Teixeira num tempo inteiro da nova vereadora Dulce Vieira, à qual foram confiados pe-louros objetivamente me-nos exigentes.

Numa altura em que se pede contenção de gastos na gestão pública, a câma-ra respondeu em sentido contrário, aumentando os encargos com a compo-nente política, decorrente do tempo inteiro da nova vereadora. Ora, numa fase em que o simbolismo é mais importante do que nunca, face à crise que afeta grande parte do país, a Nova Esperança trans-mitiu para a população um indicador em sentido oposto, o qual, acredito, muitos felgueirenses não deixarão de desaprovar.

Candidatura de Fátima Felgueiras à Câmara de Felgueiras? Mantém-se o tabu…

Marca de Água - por Armindo Pereira Mendes marcadeagua.blogs.sapo.pt

| 15.MARÇO.2012 | �

AMARANTE: Jovem de 21 anos condenado a seis anos de prisão por agressões com bastão

O tribunal de Amaran-te condenou a seis anos de prisão um

homem de 21 anos por ter agredido com um bastão os pais de um amigo, provo-cando às vítimas ferimentos que obrigaram a tratamento

hospitalar.O coletivo considerou

terem ficado provados dois crimes de homicídio agrava-do, na forma tentada, pratica-dos no dia 11 de fevereiro de 2011, no concelho de Ama-rante.

Segundo o acórdão, o arguido Tiago Teixeira terá consumado as agressões, encapuzado, na casa das ví-timas, na qual entrou “sem aviso prévio e pela calada da noite”.

Os ilícitos criminais te-

rão sido provocados pelo facto de, alegadamente, as vítimas andarem a dizer ao filho, amigo do arguido, que este estaria relacionado com a droga.

A primeira vítima foi Rosa Maria, a qual, quando se encontrava deitada num sofá, sofreu várias pancadas de bastão, infligidas pelo ar-guido. A mulher sofreu um traumatismo craniano e vá-rios hematomas, tendo sido assistida no hospital de Pe-nafiel.

João Queirós, marido da vítima, que foi em socorro da mulher, acabou também por ser atingido por uma pancada de bastão na cabeça e por um golpe, nas costas, com um

punhal que o arguido levara consigo.

Após as agressões, o ar-guido fugiu para sua casa, situada a cerca de 100 metros do local dos crimes.

Segundo o tribunal, Tia-go Teixeira agiu de forma “premeditada, voluntária e consciente” para levar à mor-te a ofendida Rosa Maria.

Para a aplicação da pena de prisão pesaram, segundo o coletivo, os depoimentos dos dois ofendidos, considerados pelo tribunal “credíveis e ar-ticulados”.

Pelas agressões à primei-ra vítima, o tribunal deter-minou para o arguido quatro anos de prisão. Quanto aos danos provocados no segun-

do ofendido, o coletivo deci-diu três anos de prisão.

Tiago Teixeira foi tam-bém condenado pelo crime de posse de arma proibida.

O cúmulo jurídico pela prática dos três crimes, deter-minado pelo coletivo, fixou-se em seis anos de prisão.

Justificando a medida da pena, a presidente do cole-tivo dirigiu-se ao arguido e censurou-o por ter adotado, na noite dos factos, “uma conduta intolerável”.

“Não é admissível o seu comportamento”, afirmou a magistrada.

A defesa do arguido dis-se à Lusa que vai recorrer do acórdão.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Seca já destruiu 50 por cento da alimentação para o gado na região – Cooperativa de Felgueiras

A seca já destruiu mais de 50 por cento da alimentação para o

gado e dos produtos hortí-colas na região do Tâmega e Sousa, disse à Lusa Casimiro Alves, engenheiro agrícola e presidente da Cooperativa de Felgueiras.

Segundo o técnico, mes-mo que chova nos próximos dias já não será possível re-cuperar as perdas.

“As pastagens para a ali-mentação dos animais estão comprometidas”, disse, fri-sando que a situação obriga-rá os agricultores a adquirir rações.

Casimiro Alves disse não

ser possível quantificar os prejuízos, mas garantiu que são muito elevados.

“Nos últimos oitenta anos não há memória de uma situação destas na região”, disse à Lusa.

A Cooperativa Agrícola de Felgueiras é a maior do Tâmega e Sousa, reunindo mais de 4.000 associados, de vários subsetores.

“Estamos muito preo-cupados, porque a situação afeta muita gente que vive da terra”, afirmou.

À Lusa Casimiro Alves recordou que na região há muitos agricultores que se dedicam à produção de leite

e de carne e que “são esses os mais afetados” pelas con-sequências da seca, “porque falta alimento para o gado”.

Os técnicos da institui-ção já estão a trabalhar no levantamento da dimensão concreta do problema, traba-lho fundamental para procu-rar no Governo as ajudas ne-cessárias para a aquisição de alimentação para os animais.

“Só a ajuda do Ministé-rio da Agricultura pode evi-tar uma situação muito com-plicada”, insistiu, aludindo a preço cada vez mais elevado das palhas.

Questionado sobre o im-pacto da seca na vinha, Ca-

simiro Alves garantiu que, para já, não há problema, porque é uma cultura que se

encontra em repouso.Alertou, contudo, que a

situação de seca pode afetar

a vinha se se mantiver por mais de um mês, o que tam-bém ocorrerá com a cultura de quivis.

O concelho de Felgueiras é o maior produtor de vinho verde do Tâmega e Sousa e um dos maiores na cultura de kiwis.

Se a eventual chuva das próximas semanas não for suficiente para recuperar as reservas de água no subsolo, segundo o técnico, a situação poderá refletir-se durante o verão, quando os agricul-tores precisarem de regar a vinha e os quivis.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

4 | 15.MARÇO.2012 |

Farinha cozida a forno de lenha e recheada de pedaços suculen-

tos de lampreia é a novi-dade da edição deste ano do festival daquela iguaria, que decorre até domingo em Entre-os-Rios, Pena-

fiel.O pão de lampreia,

como é designado esta proposta gastronómica, foi criado, pela primeira vez, pelas mãos afinadas de Ma-ria Rosa, uma comerciante afamada na região pelo pão

com chouriço e a bola de carne que vende regular-mente, com grande suces-so, nas festas e romarias.

Há algumas semanas, com a proximidade do fes-tival da lampreia, Maria Rosa foi desafiada por um

vereador da autarquia de Penafiel a juntar a sua des-treza na confeção do pão com chouriço, de dezenas de anos, a um ex libris do concelho, a lampreia de Entre-os-Rios.

A massa usada é exata-mente igual à do pão com chouriço, garante a comer-ciante.

O que varia é o recheio, constituído por pedaços de lampreia à bordalesa, pre-viamente cozinhados.

A massa e o recheio são levados ao forno aquecido. A cozedura demora cerca de 15 minutos.

Reaberta a porta do for-no, o bolo, fumegante, sur-ge transfigurado, com um tom mais moreno, crocante e transpirando um aroma convidativo. Os aprecia-dores de lampreia, que já degustaram, asseguram que este bolo é um pitéu.

Neste festival da lam-preia, Maria Rosa vende cada exemplar, na sua ban-ca, a dois euros e meio, um valor que, garante, não é suficiente, atendendo ao custo elevado da lampreia.

“Não é para ganhar dinheiro, é para ajudar a divulgar a lampreia de En-tre-os-Rios”, disse, con-fessando não saber como

iriam reagir os fregueses à novidade.

Aproveitando o fes-tival da lampreia, muitas pessoas acorrem a Entre-os-Rios para comprarem aquela iguaria. Os aprecia-dores procuram, sobretudo, algumas senhoras idosas, vendedoras e guardiãs dos segredos da preparação da lampreia, como Conceição Semide, de 74 anos, na arte desde os 10.

Esta comerciante, her-deira de uma mercearia dos avós, junto à estrada que atravessa a localidade ri-beirinha do Douro, prepara, à vista de quem quiser, com denodo, cada lampreia.

Enquanto os clientes, na borda da estrada, aguarda-vam a sua vez, a septuage-nária explicou à Lusa que a preparação é fundamental para garantir que a iguaria resulte mais saborosa no prato dos comensais.

Cada lampreia, depois de apanhada no rio, fica de 10 a 15 dias num tanque com água de mina, não co-mendo durante esse perío-do.

A preparação, pouco antes da venda, inclui a la-vagem com água a ferver para tirar o aspeto viscoso e a rega do animal com vina-

gre de sangue, temperado com salsa.

“As nossas lampreias podem ir logo diretas para as cozinhas das pensões”, disse, querendo demonstrar a qualidade do preparo.

Por isso, Conceição Semide garante que tem alguns clientes há mais de 40 anos. Os mais fiéis vêm de longe, alguns de Lisboa, muitos do Porto e outros de Trás-os-Montes.

Não fosse a clientela fi-delizada por décadas de tra-balho, hoje o negócio podia estar mais difícil, porque, observou, cada vez mais gente se dedica à venda de lampreia.

“É por causa do desem-prego”, afirmou, conforma-da.

Hoje, em resultado da crise, a lampreia está um pouco mais acessível, cus-tando cada exemplar entre os 15 e os 30 euros, conso-ante o tamanho.

Para esta vendedora, não há nenhum ponto de país que cozinhe o petisco, à bordalesa ou de arroz, tão bem quanto em Entre-os-Rios, o que atribui à tradi-ção de dezenas de anos na localidade.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

PENAFIEL: Pão cozido com recheio de lampreia é novidade em Entre-os-Rios

A GNR de Penafiel anunciou a apreen-são, numa sucata,

de 200 quilos de cobre e um alambique no mesmo material, que tinham sido furtados, no início deste mês, numa quinta da fre-guesia de Rans, naquele concelho.

Segundo a autoridade

policial, as duas apreen-sões perfazem um valor de cerca de 6.000 euros.

Na operação da GNR foram constituídos argui-dos três homens, todos com 19 anos de idade, residen-tes em Marecos, Penafiel, aos quais foram apreendi-dos 160 euros em dinheiro.

O material foi encon-

trado numa sucata em Gan-dra, Paredes, cujo proprie-tário adquirira o cobre por 1.110 euros.

A GNR sublinha que a aquisição do material por parte do sucateiro foi regis-tada, tendo sido emitidos recibos aos suspeitos do furto.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

GNR recupera em sucata 200 quilos de cobre furtado no valor de 6.000 euros

de lampreia é novidade em Entre-os-Rios

µArmindo Mendes

µJosé Coelho/LU

SA

| 15.MARÇO.2012 | �

O destacamento da Guarda Nacio-nal Republicana

de Felgueiras realizou na noite de sexta para sábado uma operação de combate à criminalidade noturna de que resultou a detenção de 14 condutores por excesso de álcool.

Cerca de 70 militares daquela força estiveram envolvidos nas “operações stop” - nas quais foram fis-

calizados 203 condutores - e na inspeção de 28 esta-belecimentos de diversão noturna, que decorreram entre as 22:00 de sexta-fei-ra e as 6:00 deste sábado.

As várias ilegalidades detetadas levaram ao le-vantamento de 17 autos de contra ordenação por posse de estupefacientes e a um de crime pelo mesmo mo-tivo. Na operação foram apreendidas 1,5 gramas de

cannabis e 9,24 gramas de haxixe.

Os guardas detiveram ainda quatro mulheres por permanência ilegal no país. Duas das detidas, todas de nacionalidade brasileira, foram julgadas hoje no tribunal de turno de Celo-rico de Basto e sujeitas a apresentações semanais no posto policial da área de residência e as outras duas foram presentes no tribu-

nal de turno de Penafiel e foram entregues ao Serviço de e Estrangeiros e Frontei-ras do Porto.

Entre o material apre-endido durante a operação, que registou um crime de segurança privada e três crimes de contrafação, está uma máquina de jogo, 200 DVD, 229 CD, seis pares de óculos, dois cintos e um leitor de DVD.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

FELGUEIRAS: GNR detém 14 condutores por excesso de álcool

Um vendedor de ouro ambulante foi no dia 03 de mar-

ço sequestrado por quatro indivíduos em Amarante e abandonado, mais de duas horas depois, em Alberga-ria-a-Velha, após lhe rou-barem dois quilos em ouro e cerca de dois mil euros em dinheiro.

Segundo o Centro de Comando Operacional

da GNR, a ocorrência foi registada às 12:30, quan-do um vendedor de ouro ambulante foi intercetado, próximo da sua casa, em Amarante, por quatro indi-víduos “do sexo masculino e com sotaque espanhol”, detentores de armas de fogo.

Às 14:50, os indivíduos libertaram e abandonaram o ourives em Albergaria-a-

Velha depois de lhe terem roubado “dois quilos em ouro e cerca de dois mil euros em dinheiro”.

O ourives deslocou-se ao posto da GNR de Alber-garia-a-Velha em busca de auxílio, tendo o caso sido entregue à Polícia Judiciá-ria de Aveiro e do Porto.

O ourives foi agredido com uma “coronhada” mas encontra-se fora de perigo.

AMARANTE: Ourives sequestrado e abandonado em Albergaria-a-Velha

A GNR de Amarante anunciou, a 09 de março, a detenção

de dois homens suspeitos da prática de burla a um idoso, no valor de 5.000 euros.

Segundo a fonte, os

dois alegados burlões fo-ram detidos em flagrante, na freguesia de S. Gonçalo, após denúncia, pela vítima, às autoridades policiais.

No momento em que os suspeitos foram abordados pela GNR estavam a rece-

ber aquela quantia em di-nheiro entregue pelo idoso de 68 anos.

Aos dois suspeitos, de 27 e 53 anos de idade, fo-ram apreendidos dois auto-móveis e dois telemóveis.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

GNR detém dois homens que burlavam idoso com cinco mil euros

A Câmara de Amaran-te apenas conseguiu vender uma das

quatro antigas escolas pri-márias submetidasm no dia 02 de março, nos Paços do Concelho, a hasta pública, confirmou à Lusa fonte da edilidade.

A antiga escola de S. Veríssimo, na cidade, foi o único edifício para o qual surgiu um investidor inte-ressado na aquisição.

Segundo a fonte, a alie-nação foi concretizada por 62 mil euros, um valor ligei-ramente superior ao que era proposto (59.100 euros) no âmbito do processo de hasta pública.

Relativamente aos edi-fícios das antigas escolas de S. Brás, em Telões, no valor de 74 mil euros, Freitas, em Freixo de Baixo, no valor de 71.500 euros, e Espinheiro,

em Candemil, no valor de 41.400 euros, não houve propostas de aquisição.

Segundo a fonte, à ses-são pública apenas compa-receram três pessoas.

Os edifícios que a autar-quia de Amarante se propu-nha alienar eram antigas es-colas que foram desativadas no âmbito da reformulação

de todo o parque escolar concelhio.

Esse processo, iniciado há alguns anos, determinou o encerramento de dezenas de pequenos estabelecimen-tos de ensino espalhados

pelo concelho e a transfe-rência de alunos para os no-vos centros escolares.

Segundo a fonte, os re-sultados da hasta pública vão agora ser apreciados pelo executivo municipal, ao qual cabe decidir sobre a repetição da hasta públi-ca dos três imóveis para os quais não foram apresenta-

das propostas de aquisição. A alternativa passará, even-tualmente, pela negociação particular com eventuais interessados.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Hasta pública de antigas escolas só vendeu um de quatro edifícios propostos

� | 15.MARÇO.2012 |

FELGUEIRAS: Quatro conjuntos de ecopontos destruídos pelo fogo

Quatro conjunto de ecopontos do con-celho de Felgueiras

foram destruídos pelo fogo, suspeitando a autarquia de que os incidentes decorre-ram de atos de vandalismo.

Os quatro conjuntos de ecopontos (equipamentos para recolha seletiva de resíduos domésticos), per-fazendo 12 contentores, na sede do concelho e na Lixa, foram completamen-te calcinados na noite de 4 para 5 de março, apenas

restando a respetiva base em cimento.

Recentemente, outro equipamento semelhante, na freguesia de Caramos, foi também destruído pelo fogo.

João Sousa, vice-pre-sidente da câmara, disse à Lusa estar preocupado com a frequência destes anos, não encontrando explica-ção para o que está a ocor-rer no concelho.

Segundo o autarca, a situação já foi comunicada

à GNR e à empresa Suma, que faz a recolha dos resí-duos domésticos no conce-lho.

“Quero acreditar que são situações isoladas de vandalismo”, afirmou João Sousa, acrescentando que os atos ocorrem habitual-mente ao fim de semana.

O vice-presidente da autarquia lamenta que estas situações estejam a ocorrer, lembrando que outros atos de vandalismo têm sido re-gistados, nomeadamente o

atravessamento de rotundas com motociclos, danifican-do os respetivos arranjos.

A empresa Suma, con-tactada pela Lusa, confir-mou a situação dos ecopon-tos, a qual atribuiu a “puros atos de vandalismo”.

A fonte garantiu que a empresa vai assegurar a substituição dos equipa-mentos, apesar daqueles serem propriedade do mu-nicípio.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Comandante dos bombeiros da Lixa diz que Governo “anda a enganar” as corporações

O comandante dos bombeiros da Lixa, José Cam-

pos, considera que o Go-verno “anda a enganar os bombeiros” com os apoios financeiros para as corpo-rações fazerem face ao nú-mero elevado de incêndios das últimas semanas.

José Campos, que é também dirigente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, critica o facto de o Ministério da Administra-ção Interna (MAI) estar a adiantar verbas que se refe-rem aos duodécimos de de-zembro de 2012 do Plano Permanente de Cooperação

(PPC).Este membro do Conse-

lho Superior Consultivo da Liga dos Bombeiros Portu-gueses alerta que as verbas que os bombeiros estão a receber atualmente a título de adiantamento vão fazer falta no próximo mês de dezembro.

“Receio que em dezem-bro tenhamos muitos pro-blemas”, afirmou à Lusa.

O dirigente comentava o recente anúncio do minis-tro da Administração Inter-na, Miguel Macedo, de que foi desbloqueada para uma centena de corporações, in-cluindo a da Lixa, uma ver-

ba global de 382 mil euros para fazerem face às despe-sas dos fogos ocorridos em janeiro e fevereiro.

José Campos diz tam-bém não perceber a razão pela qual o Governo não decreta o alerta amarelo, apesar de o país estar a vi-ver o inverno mais seco dos últimos oitenta anos.

A título de exemplo, su-blinhou que só na área de cobertura dos bombeiros da Lixa, que compreende território dos concelhos de Felgueiras e Amaran-te, ocorreram mais de 50 incêndios em apenas dois meses.

“Isto é um quarto do total dos fogos que tivemos no ano passado”, precisou, garantindo que a situação é semelhante em todo o Vale do Sousa e Baixo Tâmega.

O dirigente insiste que se o alerta amarelo tives-se sido determinado pelo executivo, a título exce-cional nesta altura do ano, os bombeiros poderiam ver comparticipadas várias despesas que estão a supor-tar para acorrem às cente-nas de incêndios na região.

Por isso, acrescenta, o valor que o MAI está a dis-tribuir pelas corporações mais afetadas pelos incên-

dios não deveria ter origem no PPC.

Para José Campos, a grande maioria dos incên-dios que tem ocorrido no Vale do Sousa decorre de situações de negligência das pessoas, relacionadas com queimadas nas matas numa altura de seca.

O facto de as corpora-ções não terem, nesta al-tura do ano, os grupos per-manentes agrava a situação porque, sublinha, o tempo e a capacidade de resposta dos bombeiros é menor.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

Segunda edição do Stock Off decorre este fim-de-semana na cidade da Lixa

A Associação Empre-sarial de Felguei-ras organiza, com

o apoio da LixAnima, este fim-de-semana, dias 17 e 18 de Abril, a segunda edi-ção da Feira de Stock Off na Lixa.

Após o sucesso alcan-çado em 2011, com mais de 6 mil visitantes, o Pavilhão Gimnodesportivo do Ladá-

rio acolherá novamente este evento no qual participam algumas dezenas de exposi-tores do comércio tradicio-nal local.

Aqui os visitantes pode-rão encontrar artigos diver-sos, tais como: vestuário, calçado, têxteis-lar, decora-ção, mobiliário, telecomu-nicações, bricolage, entre outros.

Ao longo dos dois dias do Stock Off na Lixa os diversos estabelecimentos comerciais expostos vão praticar preços ainda mais baixos, proporcionando-se assim excelentes oportuni-dades de negócio.

“Face ao actual cenário, económico e social, que com a austeridade o país atravessa, esta poderá ser

uma excelente oportunidade de adquirir bons produtos a preços muito atractivos”, referem os responsáveis pela organização.

No sábado, 17 de Abril, o certame irá funcionar en-tre as 10h e as 23h, sendo que no domingo abrirá as suas portas ao público às 10h e encerra às 19h. A en-trada é livre.

| 15.MARÇO.2012 | 7Locais de Distribuição Expresso de FelgueirasFelgueirasPastelaria S. jorgeChurrasqueira Sta OvaiaBiblioteca CaféColumbinus SandesCafé Portas da CidadeChurrasquera EuropaPadaria Pastelaria EuropaDallas IIDom FernandoCafé TinaChurrasqueira CentralDona LauraCristo ReiCafé JardimLivraria ImpérioCafé popularRestaurante AlbanoPastelaria Alegre e DoceSax-Bar Salão de jogosPérolaO CarecaTascoelaPão Quente ImpérioPress CaféPastelaria Jovem CidadeNinas CaféCafé Las VegasPastelaria S. jorgeLaranjadaCafé VarandaChá CaféDes-Bier-BarPão Quente OrionCafé CremeD. LauraLivrosport

LixaPastelaria São BasílioCafé MarleyMira EscolasLixa CaféCascata RosaDakarPastelaria Bela VistaCafé RodaCafé MesquitaMary CafféPizzaria Roma AntigaPastelaria Anjo DoceTasca d’ Avó MilaFiles Bar CaféCafé Pastelaria VitóriasCafé PanoramaCafé AlexO LavradorDominóPizzaria PabloBenjaminD. AugustaDoce LixaJ. PimentaCasa de Chá Doce TradiçãoChurrasqueira SoaresDália NegraMJ

LongraGira massaCafé da LongraPastelaria SantiagoPastelaria Moé

BarrosasPastelaria DucéliaCafé LargoSede C.R.P. BarrosasCafé SalvadorCafé Arco ÍrisChurrasqueira BarrosenseAmiais BarPadaria Estrela D’AlvaCafé RamboiaCheers BarPastelaria MilénioA PetisqueiraRestaurante FariaO Carioca

Cerca de 600 mulheres partici-param, na Quinta de Basto, em Torrados, num jantar de conví-

vio organizado pela Juventude Popular (JP) de Felgueiras, a propósito do Dia Internacional da Mulher, que se assinala a 8 de Março.

Neste jantar, que contou com a co-laboração da estrutura local do CDS/PP, homenageou-se duas mulheres fel-gueirenses pelo seu percurso de vida exemplar e o contributo que deram nos domínios da solidariedade, educação e dedicação empresarial. Foram ho-menageadas a fundadora do núcleo de Felgueiras da Cruz Vermelha, Maria Clementina Costa, e a presidente do Instituto de Estudos Superiores de Fafe, Dulce Noronha e Sousa, que é natural da Longra.

“Esta iniciativa superou as nossas melhores expectativas, pois a adesão das mulheres foi significativa e muito espontânea e o espaço acabou por se re-velar insuficiente, pois tivemos que nos últimos dias recusar a inscrição de mais mulheres que também manifestaram interesse em participar neste convívio feminino”, afirmou Luciano Amorim, presidente da JP de Felgueiras, mostran-do-se bastante satisfeito com aquela ac-tividade.

“Quisemos proporcionar um dia de confraternização entre as mulheres de Felgueiras, aproveitando também para realçar alguns dos mais nobres valores humanos com uma singela e mais o que justa homenagem a duas mulheres que pelo seu exemplar percurso de vida or-gulham a nossa terra”, sublinhou.

O jantar das mulheres na Quinta de

Basto, em Torrados, contou com a ac-tuação de Daniel Moreira, a revelação felgueirense no programa da RTP A Voz de Portugal, e de Diana Oliveira.

Rastreio feminino bastante participado

No mesmo dia, durante a tarde, a JP promoveu, com o apoio do núcleo de Felgueiras da Cruz Vermelha, rastreios gratuitos à diabetes, hipertensão arterial, cancro do colo do útero e nutricional.

Cerca de uma centena de mulheres participou neste rastreio realizado pela médica de clínica geral Maria Luísa Leal e a ginecologista e obstetra Ana Lúcia Nogueira.

Para a médica Ana Lúcia Nogueira, a iniciativa da JP revelou-se muito pro-veitosa, proporcionando, com a inter-venção dos profissionais de saúde que se disponibilizaram para colaborar, um importante rastreio gratuito a muitas mulheres de Felgueiras.

Ana Lúcia Nogueira, que também participou à noite no jantar, realçou ainda o empenho dos jovens e dos res-ponsáveis do CDS/PP na concretização daquela iniciativa.

“Senti na organização, incluindo a Dra. Madalena Silva, capacidade de tra-balho e de diversão, alegria e esperança na sua terra. Sentimento positivo de que fazem parte de uma terra de gente tra-balhadora, empreendedora e unida. Sa-bendo que unidos todos são mais fortes e que cada um à sua maneira contribui para o bem geral”, realçou.

|Miguel Carvalho

Convívio feminino promovido pela JP de Felgueiras bastante participado

� | 15.MARÇO.2012 |

FÁTIMA FELGUEIRAS: “O concelho está a afundar-se”Fátima Felgueiras não “fecha a porta” a uma eventual recandidatura. A antiga presidente da câmara, nesta entrevista ao EXPRESSO DE FEL-GUEIRAS foge à questão quando lhe é colocada, mas foi dizendo que sempre esteve pronta para servir o seu concelho.A atual vereadora da oposição deixa duras críticas à maioria da Nova Esperança, considerando que a gestão municipal é a pior de que há me-mória no concelho. “Felgueiras parou no tempo”, lamenta Fátima Felgueiras.

EXPRESSO DE FEL-GUEIRAS (EF) – No tribu-nal, nos processos em que esteve envolvida, a Dra. Fá-tima Felgueiras tem saído fortalecida, com a absolvi-ção de quase todas as acu-sações. Volvida essa fase, que sentimento tem, sobre-tudo tendo em conta que as “batalhas” judiciais terão condicionado a sua ativida-de autárquica no anterior mandato e, porventura, se-gundo alguns, contribuído para a sua derrota nas au-tárquicas de 2009?.

FÁTIMA FELGUEI-RAS (FF)- É muito bom ver terminado um combate político desonesto que não olhou a meios para o assalto ao poder. Foram dez longos anos de desgaste, de pro-fundo desgaste, mas os tri-bunais concluíram o óbvio: as acusações e suspeições que foram lançadas sobre Felgueiras e a sua presiden-te não tinham fundamento. Nenhum fundamento. Mas o mal que causaram a Felguei-ras, a mim, aos meus, e aos demais envolvidos, nunca será reparado. Com a graça de Deus, há que seguir em frente!

EF - Estão cumpridos dois anos deste mandato autár-quico. Em termos genéricos, que balanço faz do trabalho realizado pelo executivo li-derado pela Nova Esperan-ça?

“Gere-se, e mal, o que o executivo anterior deixou”

FF - Infelizmente para

Felgueiras, diria que nunca tivemos desempenho tão fraco como o dos actuais responsáveis autárquicos. É uma dor de alma ver o esban-jamento de recursos e a polí-tica de enganos que se insta-lou na autarquia! Não fosse a boa situação financeira que herdaram e a enorme cartei-ra de obras que estava em curso, e que se mantêm em curso, (porque têm vindo a ser atrasadas e mal geridas), diria que pouco se tem feito a não ser complicar a vida às pessoas.

Atente no que foi a con-clusão da obra e a abertura da Casa das Artes! Basta ler o relatório da inspecção para ficarmos com a certeza de que não havia justificação para manter fechada e parada aquela obra. A verdade é que não souberam resolver os problemas que criaram com o empreiteiro, precisavam descolar da sua verdadeira responsável, e não sabiam, como não sabem, gerir uma agenda cultural adequada. Continuamos a ter de ir fora ver cinema, porque em Fel-gueiras, o equipamento é do melhor, mas está parado, e quando funciona, é para exi-bir filmes que já todos vimos há muito tempo.

Para não falarmos no esbanjamento de dinheiros públicos para emendar er-ros decorrentes de faltas de decisão. Veja-se a escola da Trofa. Foram alertados sobre a implantação da obra, mas preferiram mantê-la parada durante meses, sem nada resolver. A obra está quase em cima da estrada e para re-solver o problema, falam em desviar a estrada. Ainda nem sabemos quanto vai custar e

se vai ser possível . Adorava ver evolução na

resolução dos problemas do concelho, mas não vemos evoluir nada! Gere-se, e mal, o que o executivo anterior deixou.

EF – Na campanha, a Dra. Fátima Felgueiras acusou os candidatos do PSD de não estarem preparados para assumirem respon-sabilidades na autarquia. Face ao que se tem passado neste mandato, acha que se está a confirmar o que que avisara?

FF - Se alguém tinha dúvidas, hoje já não as terá. Passados dois anos deste mandato, temos apenas as obras do mandato anterior. Com piores actores! Os pro-jectos, as obras, as decisões políticas, os financiamentos, são todos da responsabili-dade do executivo anterior. Felgueiras vive do passado, e para além disso, parou no tempo e na política! E não é por causa da crise financeira nacional!

A insatisfação é genera-lizada.

“Conseguimos evitar que as instituições culturais ficassem sem os subsídios do ano de 2011”

EF – A Dra. Fátima Fel-gueiras acabou por assumir o seu lugar no executivo, como vereadora da oposi-ção. Acha que valeu a pena e em que medida é que a sua presença está a ser útil para o município?

É sempre útil ter por per-to quem saiba e domine os dossiers municipais. A não ser quando se sabe pouco e se tem medo de quem sai-ba…

Vamos procurando hon-rar a responsabilidade que assumimos, com posições de alternativa construtiva cujos resultados ficam quase sempre aquém do que seria desejável.

Mas cada vitória é uma vitória!

Recentemente consegui-mos evitar que as institui-ções culturais ficassem sem os subsídios do ano de 2011!

EF – Como está o Movi-mento Sempre Presente? Mantém atividade política regular?

FF - Como bem sabe, o MSP foi criado por uma cor-rente forte de pessoas que, em determinado momento, não se conformaram com as opções eleitorais dos parti-dos políticos em Felgueiras, e se organizaram no sentido de uma alternativa. O resul-tado eleitoral não foi o que se esperava, mas não deixamos de gostar de Felgueiras e, por isso, continuamos a re-flectir e a intervir, nos órgãos próprios , sobre as questões que interessam à vida públi-ca municipal. Não andamos atrás da comunicação social para fazer eco das nossas posições, mas não deixamos escapar nenhuma oportuni-dade de influenciar a favor de Felgueiras.

Na política como na vida, somos sempre nós e as nossas circunstâncias…

EF – Como está a ver a ati-vidade das demais forças de oposição no concelho?

FF - Com muita preocu-pação. Não se discutem es-tratégias. Preparam-se posi-cionamentos com interesses de lugares e de poder. A von-tade de servir causas, pessoas e o desenvolvimento, parece cada vez mais secundária!

Atente-se na reforma da administração autárquica que vem por aí .

Há concelhos onde o de-bate está aberto há meses. Por cá, parece que a preocu-pação se resume a contabili-dade eleitoral.

“A coligação Nova Esperança já não existe. O CDS e o PSD estão em total rota de colisão!”

EF – Fala-se que a coliga-ção Nova Esperança está na iminência de acabar. Sur-preender-se-á com a confir-mação dessa rutura?

FF - É do conhecimen-to público que a coligação Nova Esperança já não exis-te, e que o CDS e o PSD con-celhios estão em total rota de colisão!

“Entristece-me ver o caminho ou o descaminho em que o concelho se está a afundar”

EF – A Dra. Fátima Fel-gueiras era uma autarca prestigiada na região. Acha que que o facto de ter deixa-do de liderar o município ti-rou projeção a Felgueiras?

FF - Temos o que temos! Entristece-me ver o caminho ou o descaminho em que o concelho se está a afundar, mas é o que temos e o que vamos ter de aguentar até às próximas eleições.

Temos uma câmara que nem sabe prestigiar as suas instituições!

Veja a falta de projeção que teve a inauguração da

µArm

indo Mendes

| 15.MARÇO.2012 | �

unidade de cuidados conti-nuados da Misericórdia de Felgueiras!? Em que é que a actual maioria autárquica prestigiou, como devia, a sua Misericórdia de Felgueiras? Como vai ajudar a resolver o seu grave problema de falta de estacionamento?! Não há respostas.

Ao contrário do que vai acontecendo com os municí-pios nossos vizinhos, já não se passa nada na gestão au-tárquica em Felgueiras que suscite reconhecimento.

EF – Estamos a cerca de ano e meio das próximas eleições autárquicas. Equa-

ciona voltar a candidatar-se à presidência da autarquia?

FF - O futuro a Deus pertence! Sempre estive disponível para Felgueiras. Sempre honrei os meus com-promissos, sem virar costas a dificuldades e sem nunca ter andado à procura de lugares ou a colocar-me em bicos de pés para chegar ao poder! Não vou mudar!

EF – Acredita que poderá ganhar essas eleições lide-rando uma lista indepen-dente?

FF - Não especulemos!

Ouvem-se muitos boatos, muitos apelos e arrependi-mentos, mas não especule-mos!

“Nunca deixei de ser socialista”EF – No concelho, fala-se que a Dra. Fátima Felguei-ras estará interessada em voltar ao PS, agora que os processos judiciais em que esteve envolvida estão pra-ticamente resolvidos. É ver-dade essa situação?

FF - Nunca deixei de ser socialista! Mesmo quando suspendi a minha condição de militante para ser candi-data independente. Mas pos-so garantir-lhe que não ando nem vou andar atrás de quem quer que seja para voltar a ter um cartão!

EF- Gostava de liderar uma candidatura à autarquia no quadro de uma lista patroci-nada pelo PS de Felgueiras? Acredita que esse cenário poderá ainda acontecer?

FF - Gostava de ver a autarquia governada por gente melhor e mais capaz. E essa possibilidade depen-

de apenas das alternativas que as oposições políticas concelhias apresentarem, a

seu tempo. Quanto a mim, desculpe-me não estar dispo-nível para especulações que

nada constroem.

|Armindo Pereira Mendes

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A parte nova da alameda de Santa Quitéria e a Casa das Artes são duas das mais emblemáticas obras de Fátima Felgueiras com presidente da Câmara

10 | 15.MARÇO.2012 |

Tribunal Judicial de Vila Real – 1º Juízo – Processo: 1282/08.5TBFLGExecução Comum VALOR: 4.038,74€Exequente (s): Granisel – Real, Sociedade de Comercialização de Pedras Naturais, Lda. (NIPC: 504 039 466)Executado (s): Strogária – Granitos, Lda.Referência interna: PE/118/2008

Nos autos acima identificados, encontra-se designado o dia 28 de Março de 2012, pelas 14:00 Horas, no Tribunal de Felguei-ras, para a abertura de propostas, que sejam entregues até esse momento, na secretaria do Tribunal, pelos interessados na com-pra, sendo o valor base do bem igual ou superior a 70% do valor anunciado:

Verba n.º1Uma secretária em PVC de cor cinza de três gavetas, razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º2Um armário de duas portas em PVC de cor cinza (2,00mX0,60m), em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º3Um armário de PVC cm duas portas, com fechaduras em metal (0,80mX0,60m) de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º4Dois armários em PVC de duas portas com fechaduras em metal (0,80mX0,60m) de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 100,00€

Verba n.º5 Uma mesa em PVC de cor cinza, com base em metal, em razoá-vel estado de conservação – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º6Um computador de linha branca de cor cinza e preto, Intel, com ecran “Samtron 56E” de cor branca e teclado de marca “Logitech” de cor preta, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 250,00€

Verba n.º7Uma, impressora de marca “HP Laserjet 1018” de cor branca em razoável estado de conservação e funcionamento – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º8Um fax de marca “Samsung SF 360” de cor cinza, em razoável estado de conservação e funcionamento – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º9Uma secretária de escritório com três gavetas em PVC, de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 25,00€

Verba n.º10Uma mesa em PVC, com base em metal, de cor cinza, em razoá-vel estado de conservação – pelo preço base de 25,00€

Verba n.º11Um armário de duas portas (2,00mX0,60m) em PVC de cor cinza, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º12Três cadeiras de escritório em napa de cor preta, rotativas, em razoável estado de conservação – pelo preço base de 50,00€

Verba n.º13Duas cadeiras em tecido rotativas, em razoável estado de conser-vação – pelo preço base de 20,00€

Penhorado ao executado:Strongária – granitos, Lda.

É fiel depositária a Sra. Júlia Maria Gomes Silvério Peixoto com residência na Av. Drº Leal Faria, Edifício Impacto Bloco 5 – 4 – 4610 – Felgueiras – LOCAL DO DEPÓSITOS BENS PENHO-RADOS no loteamento de Posmil – Friande – Felgueiras – Apar-tado 102 – 4610-324 Felgueiras, está obrigado a mostrar os bens a quem pretenda examina-los, todos os dias úteis das 08:00h às 12:30h e das 15:00h às 20:00h, nos termos do disposto no artigo 891º do CPC.

Nota: Os proponentes devem juntar à sua proposta, como caução, um cheque visado à ordem do Agente de execução, no montante correspondente a 20% do valor base ou garantia bancá-ria do mesmo valor (n.º 1 do art. 897 do CPC)

O Agente de Execução,Manuel Rocha

ANÚNCIO

EXPRESSO DE FELGUEIRAS Nº116 15/03/2012 (último anúncio)

A ex-coordenadora da Segurança Social de Felgueiras, Dulce

Vieira, é a nova vereadora na autarquia local, de maioria PSD, substituindo Eduardo Teixeira, que renunciou ao mandato alegando “motivos pessoais”, anunciou fonte da autarquia.

Dulce Vieira, com for-mação académica na área da ação social, assumiu o lugar em regime de permanência no executivo liderado por Inácio Ribeiro.

Segundo a fonte, à nova autarca foram confiados os pelouros do turismo, comér-cio, serviços urbanos e con-traordenações.

Dulce Vieira tinha sido

o quinto elemento da co-ligação PSD/CDS que ga-nhou, com maioria absoluta, as eleições autárquicas de 2009.

Segundo um comunica-do da autarquia, “o presi-dente do executivo agrade-ceu o trabalho do vereador cessante Eduardo Teixeira”.

O vice-presidente da câmara, João Sousa, assu-miu o pelouro do Desporto, que estava confiado desde o início do mandato a Eduar-do Teixeira, empresário do ramo do calçado.

O vereador cessante de-sempenhava funções na edi-lidade em regime de meio tempo.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

FELGUEIRAS: Ex-coordenadora da Segurança Social local é a nova vereadora da maioria PSD

O líder do PS, Eduar-do Bragança, que representa este par-

tido no executivo, disse ao EXPRESSO DE FELGUEI-RAS que a assunção de responsabilidades da nova vereadora, a tempo inteiro, deve traduzir-se em “mais trabalho”.

“Só assim poder-se-á corresponder aos encargos acrescidos que a edilidade terá de suportar”, afirmou, acrescentando:

“As pessoas têm que corresponder às responsabi-lidades”.

Eduardo Bragança cri-tica, por outro lado, o ar-gumento do presidente da câmara para justificar a en-trada de mais um vereador a tempo inteiro.

O vereador do PS disse ao EF que Inácio Ribeiro

disse precisar de mais gente no executivo para compen-sar a sua passagem a vice-presidente da Comunidade

Intermunicipal do Tâmega e Sousa.

Bragança defende que “não faz sentido” a justifica-

ção do presidente da câma-ra, porque, anotou o verea-dor da oposição, o cargo de vice-líder da CIM não exige grande disponibilidade.

O autarca do PS insiste nos reparos negativos à for-ma como Inácio Ribeiro di-rige as reuniões de câmara, criticando sobretudo o silên-cio dos demais vereadores do executivo, alegadamente por indicação do presidente.

Bragança diz não ser aceitável que os eleitos da Nova Esperança nem se pro-nunciem sobre o sentido de voto nas diferentes delibera-ções, falando sempre Inácio Ribeiro em nome de todos.

“Parece que os vereado-res da maioria não têm opi-nião sobre nada”, ironizou o eleito socialista.

|Armindo Pereira Mendes

Bragança diz que trabalho de Dulce Vieira tem de “justificar o tempo inteiro”

| 15.MARÇO.2012 | 11

Ao princípio da tar-de o ambiente no lugar de Curveira,

freguesia de Santa Leo-cádia, caracteriza-se pela tranquilidade e sossego próprios dos espaços rurais de Baião. Teresa Monteiro chega com o passo ligei-ro, porque o tempo corre frio, e abre-nos as portas da “loja”, onde tem a sua criação de porcos. Não são horas de “pensar” os animais (estes são alimen-tados três vezes ao dia: de manhã, à hora de almoço e ao fim da tarde), mas hoje há direito a uma dose extra de ração. Com pouco mais de 30 anos, Teresa é uma das produtoras de fumeiro inscritas na próxima edi-

ção da Feira do Fumeiro e do Cozido à Portuguesa, que se realiza nos dias 30 e 31 de Março e 1 de Abril.

No seu dia-a-dia Tere-sa dedica-se à agricultura. Tem uma horta de grandes dimensões, complemen-tada com vinha e com a criação de galinhas e pa-tos, para além dos suínos. “Gosto desta vida. O cam-po ocupa-me quatro ou cinco horas por dia e por isso consigo ter uma vida sossegada, com tempo para cuidar da família e da casa”, observa.

Este é um retrato de uma família tipicamente baionense, onde a agri-cultura ainda faz muitas vezes parte do quotidiano,

sendo a profissão dos ma-ridos complementada com a ocupação doméstica das

senhoras.A ideia de produzir fu-

meiro para venda surgiu naturalmente, pois Teresa aprendeu o “ofício” com os pais e há sete anos de-cidiu estrear-se nas feiras

organizadas pela Câmara Municipal.

O negócio tem corrido

bem. “Cada ano que passa produzo mais fumeiro e tenho conseguido vender tudo. As últimas feiras, então, têm sido mesmo boas”, nota.

Promover as delícias de Baião

A organização da Feira do Fumeiro e do Cozido à Portuguesa cabe à Câmara Municipal de Baião, que concebe este evento como uma forma de escoar e va-lorizar a produção local de fumeiro e de outros produ-tos de qualidade: legumes, vinhos, broa de milho, do-çaria, biscoito da Teixeira, citrinos da Pala, compotas e licores. O objectivo é proporcionar fontes de ren-dimento complementares aos pequenos produtores e aos restaurantes que ocu-pam uma parte importante do recinto instalado na Fei-

ra do Tijelinho.A autarquia proporcio-

na ainda acompanhamento técnico e logístico a todos os participantes na feira do fumeiro. Todas as cria-ções são visitadas pelo veterinário do município e os técnicos de urbanismo da câmara deslocam-se às cozinhas onde o fumeiro é confeccionado para se certificarem que estes dis-põem de boas condições de salubridade. Cabe ainda aos colaboradores da au-tarquia estabelecer contac-tos com a Direcção-Geral de Veterinária para garan-tir que todos os produtores cumprem os requisitos le-gais para participar.

BAIÃO: Fumeiro é feito com gosto e tradição

A cultura de camélias já constitui uma importante fonte de

rendimento para dezenas de produtores de Celorico de Basto, disse à Lusa o autar-ca local, a propósito da Fes-ta Internacional de Camélias que se realiza no sábado e domingo.

Segundo Joaquim Mota e Silva, a produção daquele tipo de flor tem “aumentado exponencialmente” no con-celho de Celorico de Basto, correspondendo a “uma pro-cura cada vez mais exigen-te”.

“Alguns dos melhores jardins de Portugal têm ca-mélias de Celorico de Bas-to”, afirmou.

Para o edil, a aposta de promoção das camélias que o concelho iniciou há cerca de uma década tem motiva-do as pessoas que tradicio-nalmente se dedicavam, no concelho, àquela cultura.

“Este é um trabalho de paciência, de persistência, que começa, felizmente, a dar frutos muito visíveis”, disse o edil à Agência Lusa.

Além disso, considera o autarca, “mais gente tem

sido atraída para o negócio, trazendo ideias novas e uma perspetiva mais empresa-rial”, que se traduz numa maior produtividade e qua-lidade.

“Hoje temos pessoas que levam muito a sério esta cultura. É já um negócio importante no concelho”,

acrescenta Joaquim Mota e Silva.

Nos dois dias, além do mercado para a venda deste tipo de flor, dezenas de pro-dutores exibem em Celorico de Basto tabuleiros enfeita-dos com camélias, que são classificados por um júri.

No âmbito do festival,

os visitantes podem obser-var 35 murais com camélias preparados por instituições e juntas de freguesia do con-celho.

Do programa consta também uma exposição de 37 espantalhos produzidos por alunos das escolas do concelho.

“Celorico de Basto está cada vez mais ligado às ca-mélias. Este festival tem sido importante para reforçar esta imagem de marca, porque permite à comunidade local, através das associações, es-colas e juntas de freguesia, participar em atividades que ajudam a promover esta ati-

vidade”, considera Joaquim Mota e Silva.

O edil destaca, por outro lado, a importância econó-mica do certame, por ser capaz de atrair milhares de visitantes de todo o país, aju-dando a dinamizar o turismo do concelho e da região.

Uma exposição de foto-

grafia sobre camélias e uma visita guiada, no domingo de manhã, a alguns dos jardins mais apreciados do conce-lho, completam o programa na nona edição da Festa In-ternacional das Camélias de Celorico de Basto.

|Armindo Pereira Mendes / Lusa

CELORICO: Cultura das camélias já dá rendimento a dezenas de produtores - autarca

Os bombeiros do Marco de Canaveses res-

gataram do Tâmega o corpo de um homem, aparentando 50 anos, cuja viatura caiu ao rio próximo da ponte de Canaveses.

Rui Vasconcelos, segundo comandante da corporação, disse à Lusa que o corpo foi retirado, cerca das 18:20, por mergulhadores quando ainda se encontrava no interior do automóvel, submerso no rio Tâme-ga, a cerca de 10 metros de um dos pilares da ponte.

As operações de res-gate foram realizadas por mergulhadores dos bombeiros de Cete e de Valongo.

O responsável dos

bombeiros do Marco de Canaveses disse não ter explicação para o su-cedido, explicando que o automóvel terá caído ao rio a partir de uma estrada secundária, na margem direita, que dá acesso a um cais de em-barcações de recreio.

“Não há sinais de quaisquer travagens”, afirmou à Lusa.

O alarme para a sub-mersão do automóvel foi dado aos bombeiros, pouco depois do meio-dia, por testemunhas oculares.

A GNR local tomou conta da ocorrência.

|Armindo Pereira Mendes /

Lusa

MARCO: Bombeiros retiram corpo do interior de automóvel submerso no Tâmega

12 | 15.MARÇO.2012 |

FELGUEIRAS: Mulher morre atropelada por ligeiro quando atravessava estrada na Lixa

Uma mulher, aparen-tando cerca de 40 anos de idade, mor-

reu no dia 02 de março, víti-ma de atropelamento, quan-do atravessava uma estrada municipal em Vila Cova da Lixa, Felgueiras, disse à Lusa fonte dos bombeiros.

Segundo a fonte, a ví-

tima foi atropelada por um automóvel ligeiro, que cir-culava no sentido Lixa, Ai-rães, cerca das 15:40.

O comandante dos bombeiros da Lixa, José Campos, disse à Lusa que o atropelamento foi de grande violência.

O embate ocorreu no

lugar do Prado, quando a vítima, que morava nas pro-ximidades, atravessava a via com um carrinho de mão.

Os bombeiros da Lixa ainda realizaram manobras de reanimação da mulher, mas essa acabaria por fale-cer a caminho do hospital.Armindo Pereira Mendes / Lusa

CELORICO: Autarquia instala conselho municipal para a Eficiência Energética

A Câmara de Celorico de Basto apresentou a 6 de março, no sa-

lão nobre dos paços do con-celho, o Conselho Municipal para a Eficiência Energética, CMEECB, numa cerimónia que contou com a presença do secretário de Estado da Energia, Henrique Gomes.

“É nosso objetivo traba-lhar ativamente, em projetos

empreendedores para ajudar o país a assegurar a sua auto-nomia energética, com preços competitivos. Neste momen-to, somos um, concelho onde se produz energia hídrica, so-lar, eólica, biogás e muito em breve, biomassa”, palavras do presidente da Câmara de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva, que preside ao órgão agora instalado.

O autarca destacou, du-rante a sua intervenção, a

criação de uma Carta Ener-gética que assentará em duas vertentes essenciais. “Em primeiro lugar pretendemos desenvolver um plano de aproveitamento dos nossos recursos naturais, para a pro-dução energética, tendo como consequência a produção de riqueza e a valorização do ter-ritório”, referiu o autarca que não pode deixar de lembrar

que o aproveitamento Hidro-elétrico de Fridão não acarre-tou benefícios para a região. O segundo vetor, destacado pelo presidente, direcionou-se à poupança das famílias e das empresas.

O autarca fez ainda refe-rência à necessidade de criar mecanismos que promovam o empreendedorismo na área da Energia e do Desenvolvi-mento Rural, ao “agilizar os processos de licenciamento

de mico-hídricas em Portu-gal, aprovando mecanismos que pudessem fomentar apro-veitamentos hidro-elétricos até 750 kw “. Segundo o edil seriam medidas “claramente incentivadoras de um empre-endedorismo rural com esca-la, diversificação e solidez, seguindo numa lógica de ar-ticulação entre diversas áreas de desenvolvimento como a Agricultura, a Floresta, o Tu-rismo e a Energia”, concluiu.

O secretário de Estado da Energia destacou uma série de ações que serão levadas a cabo pelo atual governo para permitir uma maior eficiência energética como potenciali-zar o mercado liberalizado da energia e reduzir os défices tarifários.

Quanto ao Conselho Municipal agora instalado, Henrique Gomes, mostrou-se surpreendido com o projeto dizendo que “mostra ser um projeto de grande relevância tendo como carateristicas principais o envolvimento da população e de diversas entidades de relevo para este concelho, sendo notória a preocupação em executar um trabalho conjunto que tem por missão facilitar o desenvolvi-mento da região”, realçou.

MARCO: Autarca destaca “moderação nas despesas” para reduzir a dívida

A Câmara do Mar-co de Canaveses encontra-se entre

as que conseguiu de 2009 para 2010 recuperar de resultados negativos para positivos, situação que o autarca Manuel Moreira (PSD) atribuiu a uma ges-tão com moderação nas despesas.

“Estamos obviamente satisfeitos por o Anuário Financeiro reconhecer o esforço da nossa parte para fazer uma gestão controla-da para reduzir o passivo ao longo dos anos”, afir-mou o autarca.

Segundo o Anuário Fi-nanceiro dos Municípios Portugueses, produzido pela Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas e apre-sentado na terça-feira, a autarquia do Marco de Ca-naveses conseguiu passar de resultados negativos em 2009 de 37.694.151 euros para resultados positivos em 2010 de 2.734.764 eu-ros.

A Câmara do Marco de Canaveses está sujeita, des-de 2004, então liderada por Avelino Ferreira Torres, a um programa de reequilí-brio financeiro acordado com o Governo, no valor de 45 milhões de euros. Já em 2011 foi aprovado novo contrato, que acres-ce ao anterior, no valor de sete milhões de euros. Só relativamente ao primeiro contrato, município tem

encargos mensais com a banca superiores a 300.000 euros.

Manuel Moreira disse à Lusa que desde que assu-miu funções na autarquia, substituindo Avelino Fer-reira Torres, houve a pre-ocupação de adotar “uma gestão controlada e muito rigorosa do lado das recei-tas e das despesas”.

O presidente da câmara destaca, a propósito, que o seu município encontra-se entre os melhores do país no que tem a ver com a per-centagem de realização dos

seus orçamentos, habitual-mente, garante, superior a 85 por cento.

“É isso que estamos a fazer de forma consisten-

te”, observou, insistindo na preocupação de preparar, todos os anos, “orçamentos com previsões de despesas e receitas realistas”.

“Não somos dos au-tarcas que inflacionam as receitas para justificar as receitas”, disse.

A propósito dos com-promissos financeiros que a autarquia tem de honrar mensalmente, sobretudo com a banca, Manuel Mo-reira admite que a situação limita bastante a capacida-de de execução de obras no concelho.

No entanto, acrescenta, tem sido possível, “com uma programação muito rigorosa” apostar em rea-lizações que “o município tem condições de pagar”, nomeadamente as que têm apoio dos fundos da União Europeia.

Manuel Moreira recor-da que o contrato de ree-quilíbrio financeiro, que impede a autarquia de se endividar, vai prolongar-se por vários mandatos.

Por isso, sublinhou, a gestão do município tem de ser rigorosa para” garantir capacidade financeira de honrar os compromissos, sem comprometer o futu-ro”.

“Isto é uma tarefa para várias gerações”, afirmou.

Armindo Pereira Mendes / Lusa

MONDIM: Regeneração Urbana melhora imagem da Vila

As obras de Rege-neração Urbana da Vila de Mondim de

Basto estão a decorrer den-tro dos prazos definidos na planificação dos trabalhos.

Depois das intervenções na Rua Comendador Alfre-do Álvares de Carvalho, na Rua José Maria D’Alpoim e nos Largos do Estádio Mu-nicipal e da Escola EB 2,3/S, estão a decorrer as obras previstas para a Avenida Dr. Augusto Brito e a Praça 9 de Abril.

As obras incidem na

renovação e modernização da estrutura de mobilidade do centro da Vila e visam maiores níveis de seguran-ça, a melhoria da qualidade visual da paisagem urbana, a melhoria da acessibilidade e mobilidade viária e pedonal.

Para o Presidente da au-tarquia, a obra de Regenera-ção Urbana vai permitir que a Vila fique dotada de in-fra-estruturas melhoradas e mais eficientes, mas também mais atractiva, contribuindo dessa forma para o dinamis-mo comercial e turístico do

concelho.Humberto Cerqueira,

considera esta obra muito importante para o municí-pio. “Aproveitamos uma oportunidade de requalificar a Vila. A verba destinada a esta obra não poderia ser utilizada noutro local ou em outra obra. A decisão de avançar com esta obra foi muito reflectida e pondera-da. Mesmo atendendo à situ-ação financeira da autarquia, a decisão de avançar com a obra mostrou-se acertada”.

| 15.MARÇO.2012 | 1�

Nos fundos da casa de António Quinte-la, colecionador de

Lousada, é possível encon-trar mais de 30 mil objetos antigos de um espólio que começou a crescer há 40 anos.

“Comecei quase sem querer e agora estou no meio deste mundo”, contou o co-lecionador de 63 anos, senta-do numa secretária, defronte para uma velha central tele-fónica.

O inventário da coleção é vasto. Destacam-se os oito mil discos de vinil, as 631 tigelas, os 145 candeeiros a petróleo e as 300 chaves de todos os tamanhos.

A contabilidade da cole-

ção prossegue com números mais imprecisos, mas nem por isso menos impressio-nantes. São centenas de saca-rolhas, dezenas de imagens religiosas, pratos, talheres, canecas, telefones, rádios antigos e vários exemplares de maquinaria utilizada nas tascas, mercearias e outros estabelecimentos comerciais de tempos idos.

Não menos curioso é o conjunto de peças de barro com o famoso galo de Bar-celos.

O denominador comum dos objetos é a antiguida-de, contando-se alguns com mais de 100 anos de existên-cia.

“São coisas que vou

comprando nas feiras de an-tiguidade”, disse, garantindo que já gastou “muitos milha-res de contos” na aquisição das “relíquias”, como lhes chama carinhosamente.

“Daqui a mais 40 anos estes objetos serão ainda mais raros”, afirmou, en-quanto apontava em várias direções, chamando à aten-ção para vários pormenores.

No rés do chão da casa de António Quintela, quase integralmente ocupado pela coleção, logo se percebe a dimensão do espólio e a in-suficiência do espaço.

Nas paredes, no teto e no chão, os nossos olhos, con-fusos, perdem-se de espanto e os ouvidos são logo sur-

preendidos com o som nasal do velho gira-discos que o anfitrião pusera a funcionar, nele girando um disco com dezenas de anos, de forma quadrada, que mais não era do que um postal antigo, com uma ilustração desbota-da pelo tempo.

Ao cimo, algumas armas de fogo antigas, ao lado fa-cas de vários tipos e ao fundo velhas pipas, cântaras de co-bre e cestas de vim. O cole-cionador foi mostrando cada objeto, enquanto explicava que tudo começou com uma chave que adquiriu há cerca de 40 anos por 120 escudos num leilão. Desde então, animado pelo incentivo dos amigos que acompanhavam

o crescimento da coleção, foi ganhando gosto pelas coisas antigas.

Nos últimos anos, a con-vite da autarquia, tem orga-nizado exposições no espaço AJE, naquela vila. Por lá já passaram exposições de chaves antigas e as recons-tituições de uma tasca, uma oficina de carpintaria e uma escola primária do antigo regime. Atualmente, os vi-sitantes encontram a recons-tituição de uma mercearia, onde não faltam balanças antigas, o aparelho para do-sear azeite, o cortador de ba-calhau e o livro dos calotes, onde os vendeiros de outrora inscreviam as dívidas dos fregueses.

Questionado sobre qual o objeto da sua coleção ao qual dá mais valor, respon-deu que, como um pai, não consegue dizer qual dos fi-lhos gosta mais.

António Quintela emo-ciona-se facilmente quando descreve o seu mundo de relíquias. Na emoção do mo-mento, fala do sonho que lhe alimenta a alma: transformar a sua coleção num verdadei-ro museu.

“Criar um museu é o so-nho da vida, era um Totoloto que me saía”, confessou, não escondendo a tristeza por até hoje ainda ninguém o ter aju-dado a concretizar o desejo.

Armindo Pereira Mendes / Lusa

µEstela Silva / LU

SALOUSADA: Colecionador reúne nos fundos da casa mais de 30 mil objetos antigos

14 | 15.MARÇO.2012 |

Urologista amarantino viajou de carro até Maputo para ajudar quem precisa

Durante cinco meses, os urologistas Carlos Silva e Pablo Vega

viveram o sonho de uma vida ao atravessarem o continente africano de carro, tendo como destino final Moçambique, onde pretendem exercer me-dicina.

Tinham empregos está-veis em dois hospitais portu-gueses, mas achavam que a vida não se faz de certezas, largando tudo para se lança-rem à aventura africana.

“Já tínhamos estado aqui em 2007 a trabalhar em con-junto. Pensámos que era a oportunidade de regressar e porque não fazermos a via-gem que sempre quisemos fa-zer que é cruzar África de nor-te a sul por terra”, diz à Lusa o médico amarantino Carlos Silva, de 34 anos.

Cinco meses, 30 mil qui-lómetros e 17 países foram as barreiras temporais e geo-gráficas que os dois médicos tiveram de transpor até chega-rem a Moçambique, na última semana.

“Tivemos de preparar o carro e o percurso. Inicial-mente, o plano era fazer a via-gem pelo lado este de África, ou seja, descer pelo Egito até Moçambique, mas pelas cir-cunstâncias que há atualmente na Síria mudámos o percurso para a costa oeste”, conta o es-panhol Pablo Vega, 42 anos.

A “viagem de sonho” destes homens nem sempre se revelou “idílica”, caso da travessia da Nigéria, onde en-contraram algumas situações inóspitas.

“Encontrámos muito con-trolo policial, muito descon-

forto e insegurança. Passámos por uma estrada que tinha um aglomerado de gente, ouvi-mos um tiro”, recorda o por-tuguês Carlos Silva.

“Quando alguém pensa em atravessar África, pensa-mos que é uma viagem idíli-ca, mas quando começámos a fazer a viagem, surgem problemas e situações des-confortáveis que nos levam a pensar se estamos a fazer bem ou não”, diz Pablo Vega.

Em 2008, a mítica prova do Rali Dakar foi cancelada no continente africano devido ao risco de atentados da Al-Qaida na Mauritânia, país que os dois viajantes encontraram em situação “normal”.

“A entrada na Mauritânia é complicada. A fronteira é difícil, atravessámos um lo-cal com dois quilómetros que

parece ser terra de ninguém. Depois, quando entramos no país, a perceção é diferente, é menos perigoso do que o mundo pensa”, avança o es-panhol Pablo Vega.

“Na capital fala-se de si-tuações da Al-Qaida contra turistas, mas nós não senti-mos isso”, acrescenta Carlos Silva.

Antes da partida, os dois médicos apenas requisitaram um visto para Angola, o mais “complicado” de conseguir.

“Todos os outros conse-guimos pelo caminho. Mesmo assim, foi complicado obter o visto de Angola em Portugal porque era uma viagem dife-rente e no consulado não esta-vam habituados a esse tipo de pedido, mas lá conseguimos”, recorda o português.

Com o ponto final colo-

cado na viagem, os dois uro-logistas já só pensam em con-cretizar o segundo propósito da aventura, que passa por exerceram a sua especialidade médica em Moçambique.

“Tínhamos bons trabalhos em dois hospitais portugueses, mas o desafio de trabalhar em Moçambique na sequência (da experiência) de 2007, sus-citou a vontade de regressar.

Sentir que estamos a ajudar um povo que precisa”, diz Carlos Silva.

Pablo Vega e Carlos Sil-va encontram-se em conver-sações com o Ministério da Saúde de Moçambique, com vista à sua contratação como urologistas, uma especiali-dade que praticamente não é exercida no país.

Lusa

FELGUEIRAS: Câmara organiza a terceira edição do Festival do Pão-de-Ló

A Câmara Municipal de Felgueiras vai pro-mover a terceira edi-

ção do Festival do Pão-de-Ló – Mostra Anual de Pão-de-Ló e Doces Tradicionais, que de-corre nos próximos dias 31 de março e 1 de abril. O evento implementado em 2010, tem conhecido uma crescente adesão de visitantes, (de 7 mil em 2010 para mais de 10 mil em 2011), tendo-se tornado, por isso, um marco turístico importante da região.

Mais uma vez, o local escolhido é o dos claustros do Mosteiro de Pombeiro, monumento nacional cuja construção primitiva remonta ao período anterior à nacio-nalidade e ligado à Recon-quista Cristã, sendo hoje uma das grandes referências da Rota do Românico – âncora do turismo na região. Aliás, segundo dados históricos comprovados, a tradição do Pão-de-Ló da região remonta às primeiras experiências nas

cozinhas dos frades benediti-nos daquela ordem religiosa, oriunda de Cluny.

O programa do certame será muito preenchido du-rante os dois dias de Mostra do Pão-de-Ló, podendo-se apontar que, genericamente, o festival terá muitos pontos artísticos e festivos, vários es-petáculos musicais e de dan-ça, ateliers lúdico-pedagógi-cos, tertúlias sobre doçaria beneditina, desfiles de bandas de música, entre outros.

Estarão patentes mais de três dezenas de fabricantes de doçarias do país e também expositores da Galiza, bem como fornecedores de outros produtos que combinam com a doçaria no âmbito da oferta gastronómica.

As entidades organizado-ras do festival são a Câmara Municipal de Felgueiras e a ACLEM – Empresa Muni-cipal.

| Gabinete Imprensa CMFelgueiras

Rotunda na ligação da EN 101 à Av. da República

A Câmara Municipal de Felgueiras vai dar início a mais uma

obra de primordial importân-cia para a cidade da Lixa. A intervenção prende-se com a transformação da interseção da Av. da República com a EN 101, cuja obra, orçada em € 206 mil, é co-financiada pelo Programa Operacional

ON2.A EN 101 é uma artéria

de grande importância dentro da malha urbana do conce-lho de Felgueiras, que possui um perfil transversal e outro longitudinal e permite a cir-culação de veículos em altas velocidades, o que origina inúmeros acidentes, havendo, por isso, a necessidade de se

construir uma rotunda naque-la zona e implementar redu-tores de velocidade.

A obra consiste ainda na pavimentação de arruamen-tos, passeios e ajardinamen-to; criação de redes de águas pluviais, saneamento e abas-tecimento de água; sinaliza-ção vertical e horizontal; e iluminação pública.

Para o presidente da Câ-mara Municipal, Inácio Ribei-ro, “esta obra é de primordial importância, tanto nos seus aspetos estéticos da cidade da Lixa, mas também para se re-duzir a sinistralidade naquela via, num cruzamento, que tem sido um ponto negro das estradas do concelho”.

| Gabinete Imprensa CMFelgueiras

| 15.MARÇO.2012 | 1�Opinião

Director Comercial

Sérgio Martins

Queiram ver as diferenças

Dois anos e meio decorreram desde que a coligação Nova Esperança, PSD / CDS-PP, ganhou as eleições au-tárquicas em Felgueiras. Este é o primeiro executivo de maioria não socialista desde o 25 de Abril de 1974, sendo por isso normal que todos aqueles – e foram muitos – que depositaram a sua confiança neste executivo, elegendo como presidente Inácio Ribeiro, queiram ver diferenças em relação ao passado.

Os primeiros a exigir obra feita – apenas dois meses depois da eleição - foram, desde logo, as bancadas da oposição em plena Assembleia Municipal. Vejamos; os membros da Oposição na Assembleia Municipal de Fel-gueiras – PS e Movimento Sempre Presente, que não são mais do que duas fações da mesma família socialista - queriam, passados noventa dias (!!), obra feita. Reivindi-caram, veementemente, durante algum tempo mas agora ninguém os ouve a esgrimir a cobrança de uma promes-sa ou obra que não esteja feita. Por mais que na rua, no boca-a-boca, possam dar continuidade a uma campanha de desinformação, no local próprio que é a Assembleia Municipal nada acrescentam. Aliás, a última Assembleia Municipal realizada foi um espetáculo que deverá enver-gonhar muitos dos membros da mesma. Uma total falta de respeito pelo Regimento, para não falar de uma falta de elevação das intervenções e mesmo de conversas pa-ralelas nada dignas. Nem mesmo as sucessivas chamadas de atenção do presidente da A.M., que referiram o triste espetáculo que o público presente assistia, fez acalmar os agitadores de serviço.

Este Executivo terá que prestar contas no final do man-dato aos eleitores, que avaliarão o desempenho até àquele momento. Mas, se o quisessem fazer agora teriam já mui-to para avaliar. É toda uma nova forma de ver a gestão au-tárquica que se tem implementado, resultando numa mui-to maior rapidez desde a idealização da medida a tomar até à sua concretização. Não existem obras contempladas em planos durante anos e anos (Como a Casa das Torres e a Praça Dr. Machado de Matos foram exemplo). Veja-se o que aconteceu com a área do Desporto: depois da destruição completa do Estádio Dr. Machado de Matos, foi recuperado, prestando um enorme serviço às coletivi-dades desportivas, fim para o qual existia. Temos a pisci-na municipal em recuperação que estava completamente degradada há vários anos, assim como o pavilhão gimno-desportivo, temos, na Lixa, sempre esquecida no passado, a zona desportiva em recuperação. Mas todas estas obras não têm apenas um papel de intervenção, têm também um cariz de poupança. A piscina municipal vai ser dota-da de um melhor sistema de aproveitamento energético para aquecimento de águas e ar, o Estádio Dr. Machado de Matos foi dotado de um sistema de aproveitamento de águas de rega, assim como com furos de água, baixando substancialmente os custos da autarquia com todos estes equipamentos. A antiga forma de investimento sem qual-quer preocupação dos custos fixos que oneram todos os meses as contas da autarquia, está a ser substituída por investimento qualificado e medidas de redução dos custos como, por exemplo, a que se prende com a iluminação pública que prevê reduzir em 40% a fatura da eletricidade sem perda de qualidade e quantidade de iluminação.

Mas o maior investimento que se pode fazer é nas pes-soas, nos munícipes de Felgueiras. Na área social nunca se investiu tanto como este executivo o faz. A promessa política de fornecer livros aos alunos do 1º ciclo foi entre-tanto alargada ao 2º ciclo, nos escalões A e B, abrangendo três mil alunos. Mas os mais idosos não foram esqueci-dos com a criação do “Cartão do Munícipe Sénior” que permite obter comparticipações em medicamentos, des-contos em determinados serviços camarários como no consumo de água, eventos culturais e de lazer.

Assim, apenas por algumas medidas aqui retratadas, talvez se perceba a dificuldade da oposição encontrar onde possa contribuir para continuar a transformar Fel-gueiras numa terra + Positiva.

Consultor TIC

Hélder Quintela

Segunda Parte!...

Durante os últimos meses (que podem ser medidos em anos) aconteceu a este país um verdadeiro cata-clismo, que redundou em pedido de ajuda à célebre Troika, que é neste momento a principal responsável pelas políticas seguidas em Portugal...

É evidente e inegável que o País necessitava de adoptar outras políticas para poder fazer face às con-tingências criadas por uma crise mundial ímpar, e por um caminho de longos anos seguido por vários políti-cos (ex.º Cavaco Silva, Durão Barroso, José Sócrates) e pelos principais partidos políticos, que conduziu a que o Portugal tenha chegado, mais uma vez, a um ponto de ruptura, de catástrofe eminente.

Neste tempo de sobressalto e sofrimento preocu-pam-me sobretudo dois pontos: (i) o desequilíbrio social que está a ser gerado e o retrocesso que o País está a sofrer, fruto de um Governo que para garantir equilíbrio orçamental adopta medidas restritivas do investimento, que pela amostra conduzirão este país ao retrocesso organizacional, tecnológico, civilizacio-nal... É o custo dos erros cometidos por outros, dirão muitos ... Não, dizem outros com maior clarividência: é o custo que quem nos governa - reconheça-se fruto da vontade popular expressa em eleições livres - , está a causar com políticas que podiam, como é evidente para todos, serem diferentes...

Como diferente parece que terá que ser esta segun-da parte do mandato municipal do executivo liderado pelo Dr. Inácio Ribeiro. Primeiramente porque será necessário fazer mais do que terminar obra iniciada em mandato ou mandatos anteriores, ou medidas pou-co estratégicas. Depois, porque se exigem rasgos de governação e orientação governativa mais vincada. E, finalmente, porque a oposição que tem andado ador-mecida e entretida - pelo que me dizem em Sessões da Assembleia Municipal pouco consentâneas com a praxis política -, terá que demonstrar aos eleitores felgueirenses que está a recuperar do estado de hiber-nação/letargia causado por uma maioria inesperada, e que é capaz de apresentar propostas diferenciado-ras para o concelho. Agora, esta actual oposição terá que contar com um executivo que já aprendeu que a promoção/”propaganda” é essencial, e volta a recupe-rar hábitos de outros, que pasme-se em tempos conde-nou... “C’est la vie...” Ouse dizer-se!

E ousadia é o que parece não faltar a um novo CDS/PP, sob a recuperada liderança de Madalena Silva que está a assumir o protagonismo político no xadrez elei-toral, assumindo uma postura activa perante um parti-do - PSD -, que na Coligação Nova Esperança parece ter menosprezado a força relativa do parceiro centris-ta. Este parece agora ter vontade de romper acordos para o próximo acto eleitoral municipal. Ou então está a demonstrar que é capaz de adoptar uma postura de força num braço de ferro decisivo por forma a garantir um outro protagonismo nos órgãos municipais, enten-da-se Vice-Presidência de um executivo onde a ex-pressividade do PP, mais do que medida pelo número de votos, necessita ser avaliado pelo peso diferencia-dor qualitativo para o alcance da maioria nas urnas...

Inspector Tributário

Luís Miguel Nogueira

O Dia da Mulher

No passado dia 8 e Março celebrou-se o Dia da Mulher. Tal como em todos os anos repetiram-se as iniciativas em homenagem às nossas mulheres de todo mundo, mas poucos saberão a origem desta cele-bração e o porquê da mesma.

Eu confesso que apenas este ano tive a curiosidade de saber o porquê uma vez que ajudei na preparação da grande homenagem que a Juventude Popular efec-tuou às mulheres de Felgueiras. E que grande home-nagem foi esta:

- Começou às 14 horas na sede da Cruz Vermelha onde se ofereceu às Felgueirenses um Check-up fe-minino gratuito, com consultas de nutricionismo, de clínica geral e de ginecologia e obstetrícia (gentileza das Doutoras Ana Florindo, Luísa Leal e Ana Lúcia Nogueira). Passaram por lá cerca de 70 mulheres;

- A segunda parte da homenagem passou pela reali-zação de um mega jantar só para mulheres, na Quinta de Basto em Torrados, onde estiveram cerca de 600 mulheres, que depois de entrarem pela passadeira ver-melha e serem perseguidas pelos paparazzi de serviço, jantaram elegantemente e assistiram a duas homena-gens mais do que merecidas, à nossa querida D. Tini-nha (fundadora da Cruz Vermelha de Felgueiras) e à Dra. Dulce Noronha e Sousa (empresária e empreen-dedora felgueirense de sucesso, divertindo-se ao som das actuações musicais da Diana Oliveira e do Daniel Oliveira, o nosso representante na Voz de Portugal;

- As mais resistentes ainda foram para a Lixa dan-çar até às tantas. Das 600 mulheres entraram quase 200 na discoteca.

Que grande festa...No entanto, e na minha demanda pela história ve-

rifiquei que esta celebração invoca um acontecimento trágico, que de facto tem que ser lembrado, principal-mente nos dias de hoje, quando parece que a humani-dade se esqueceu de si mesma e é cada um por si.

No dia 8 de Março de 1857, um grupo de mulhe-res, operárias têxteis de uma fábrica de Nova Iorque, decidiram fazer greve, reivindicando uma redução do seu horário de trabalho para 10 horas por dia, dado que estavam a trabalhar mais de 16 horas diariamente e recebiam um terço do salário dos homens.

Esta história verídica tocou-me não só pela justiça da luta, mas principalmente pelo desfecho trágico que teve, dado que depois das operárias entrarem em greve e ocuparem a fábrica, foram fechadas na mesma, onde entretanto deflagrou um incêndio, matando cerca de 130 mulheres, que morreram queimadas sem que nin-guém as deixasse escapar. Só em 1910, 53 anos depois desta tragédia, é que ficou decidido comemorar o 8 de Março como “Dia Internacional da Mulher”.

Graças a Deus que hoje muito mudou, e aprende-mos a respeitar mais não só as mulheres como toda a humanidade.

De facto a nossa sociedade precisa ainda mais, mas muito mais, de humanismo, e estes episódios têm que ser lembrados, pois nesse dia roubaram a mãe a mui-tas crianças.

Falo assim, pois para aqueles que já se esqueceram, a mulher mais importante do mundo para cada um de nós é a nossa mãe, pois sem ela nem existíamos.

1� | 15.MARÇO.2012 |