faculdade de sÃo vicente letras relatÓrio ...do curso superior de licenciatura plena em letras...
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FACULDADE DE SÃO VICENTE LETRAS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO E.E. Profª. Magali Alonso
HELY CHARLES DE OLIVEIRA
SÃO VICENTE 2013
Disciplina: Estágio supervisionado Profª. Orientadora:
Elaine Trindade
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HELY CHARLES DE OLIVEIRA
Avaliações Notas
Cumprimento de Prazo
Coerência Textual
Ortografia
Utilização de Conceitos
Nota Final
Atenção: nota mínima para aprovação 7.
Aprovado: Sim ( ) Não ( )
Observações: __________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
_______________________________________ Profª. Orientadora: Elaine Berlenga Trindade
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.....................................................................................................4
1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO........................................................................6
2 - HISTÓRICO DE CRIAÇÃO............................................................................7
3 - HISTÓRICO DO PATRONO..........................................................................8
4 - HISTÓRICO DE RELAÇÃO DA ESCOLA NA COMUNIDADE.....................9
5 - PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ESCOLA..................................................11
6 - ATIVIDADES DE DOCÊNCIA......................................................................13
6.1 – OBSERVAÇÃO – LÍNGUA PORTUGUESA – EM....................................14
6.2 – OBSERVAÇÃO – LÍNGUA PORTUGUESA – EF II..................................15
6.3 – OBSERVAÇÃO – LEM – EF II..................................................................16
6.4 – OBSERVAÇÃO – LEM – EM....................................................................18
6.5 – REGÊNCIA – LÍNGUA PORTUGUESA – EM..........................................19
6.6 – REGÊNCIA – LÍNGUA PORTUGUESA – EF II........................................22
6.7 – REGÊNCIA – LEM – EF II........................................................................23
6.8 – REGÊNCIA – LEM – EM..........................................................................25
CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................28
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INTRODUÇÃO
Realizei de 00/00 a 00/00 de 2012, na Escola Estadual Professora
Magali Alonso localizada no bairro Vila Tupi no município de Praia Grande –
SP, estágio supervisionado para atender a política de estágios estabelecida
pelas diretrizes gerais da Faculdade de São Vicente – UNIBR.
O estágio supervisionado atende as exigências necessárias à conclusão
do curso superior de licenciatura plena em Letras (português/inglês) da
Faculdade de São Vicente – UNIBR e encontra base legal nos documentos:
Lei 9394/96 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional;
Lei 11.788/08 de 25 de setembro de 2008, que dispõe sobre a
concretização do estágio no ensino superior;
Resolução CNE/CES 1/2006 que dispõe dos cursos superiores de
licenciatura;
Resolução CNE/CES 2/2007 que dispõe sobre a carga horária mínima
dos cursos de graduação.
Este estágio contemplou as modalidades; observação, participação e
regência nas seguintes disciplinas, Língua Portuguesa e Inglês (língua
estrangeira moderna), abarcando as séries do Ensino Fundamental ciclo II e do
Ensino Médio.
Segundo MACHADO apud BASTOS (2008) o espaço escolar deverá ser
o laboratório, não se restringindo às salas de aula, dessa forma o período de
estágio configurou este laboratório, em que, teorias estudadas durante o curso
de Letras puderam ser experimentadas diante da realidade da sala de aula
contemporânea.
Evidenciou-se assim, que a prática carece da teoria, não há como deixar
de notar conceitos teóricos ao se ministrar aulas de Língua Portuguesa,
Literaturas, Língua Inglesa e mesmo em assuntos transversais como, meio
ambiente, saúde, sexualidade, tecnologia e outros.
Inegável, porém, é o fato que o modelo das aulas com base no material
apresentado pelo Estado deixa a desejar, não por seu conteúdo, mas esse
material parece enfadonho e monótono, fica nítida a diferença de atitude das
salas de aula entre o uso do caderno do aluno e assuntos diferenciados com
práticas mais dinâmicas, principalmente em aulas expositivas dialogadas,
conforme preceitos de MARCUSCHI (1997) “A fala é uma atividade muito mais
central do que a escrita no dia a dia da maioria das pessoas”, e a recíproca do
alunado ratifica a máxima.
Sendo assim, ser criativo ao ensinar, utilizar as TICs. – Tecnologias da
Informação e Comunicação - e valorizar o conhecimento do aluno são
imprescindíveis ao professor da contemporaneidade, conforme fora debatido
por diversas vezes durante as aulas de Pesquisa e Prática Pedagógica.
Assim contextualizado, o estágio configurou significativa contribuição à
minha formação, por sanar dúvidas e somar experiências para o mercado de
trabalho, possibilitando ainda, o exercício da avaliação própria.
Resumindo, juntamente com as aulas o desenvolvimento dessa
atividade foi adicionado aos saberes adquiridos para construir a real visão da
atividade docente alcançando-se um resultado que mescla prática e teorias,
objetivando numa formação com qualidade.
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1 - Dados de Identificação
Empresa: Secretaria da Educação Estado de São Paulo - E.E. Profª. Magali
Alonso
Endereço: Avenida Ministro Marcos Freire, 32278 – Vila Tupi – Praia Grande -
SP
Telefone: (13) 3494 3581
E-mail: [email protected]
Ato de criação: Decreto 16581 de 31/01/1981
CNPJ: 51677 045/0001 – 36
Código CIE: 045196
Código UA: 58 760
Modalidade de Ensino: Ensino Fundamental e Ensino Médio
Área de Atuação do estagiário: Sala de aula
Órgãos auxiliares da escola: Conselho Tutelar, Direção, Equipe Pedagógica,
Equipe Administrativa, Equipe Operacional, Conselho de Classe, APM
(Associação de Pais e Mestres).
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2 - Histórico de criação
A E.E. Professora Magali Alonso foi criada pelo Decreto nº. 16.581/81 de
30/01/1981. Publicado no D.O.E. 31/01/1981, teve como patrona a Professora
Magali Alonso.
A escola iniciou suas atividades num prédio situado à Praça Presidente
Sarmiento, s/n, no bairro Tupiry, na cidade de Praia Grande – SP. O local
pertencia à Prefeitura do Município constituído de sete salas de aula para
atender o Ensino Fundamental, ciclos I e II, até o início do ano letivo de 1998,
quando, devido à reformulação das escolas estaduais, passou a atender
apenas o ciclo I – 5ª a 8ª séries do Ensino Fundamental.
Em 1999, a Prefeitura Municipal solicitou o prédio para no local implantar
uma escola de educação infantil e uma creche, diante disso, foi necessária a
mudança de endereço da escola pra uma a terceira zona residencial, entre a
via Expresso Sul e o mangue.
Desde então, a escola passa a atender alunos dos bairros Caieiras, Vila
Antártica, Jardim Quietude e arredores, com sete salas do Ensino Fundamental
por período.
A partir do ano 2000 foi autorizada a implantação do Ensino Médio para
atender os alunos da própria escola, com o aumento da demanda o número de
salas também aumentou, passando para nove por período.
Atualmente a escola Magali Alonso funciona com dezesseis salas nos
períodos da manha e da tarde e com treze salas no noturno, totalizando
quarenta e cinco turmas.
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3 - Histórico do patrono
A unidade recebeu esse nome em homenagem à nobre educadora
santista Magali Alonso Silva, lutou contra o analfabetismo e dedicou-se à causa
educacional durante sua vida. Magali nasceu em 25 de novembro de 1939.
Foi professora de História e Sociologia, com mestrado em educação e
especialização em educação de adultos, desenvolvendo vários programas de
alfabetização no Brasil e em vários países da América Latina e América do
Norte.
Iniciou sua carreira acadêmica em 1970, na Universidade de São Paulo
USP, no curso de Sociologia Geral e do Desenvolvimento.
Fez parte da primeira turma do curso de Pedagogia da Faculdade de
Filosofia de Santos – FAFI, em 1971. Entre 1972 a 1975 concluiu sua Pós
Graduação em Educação de Adultos na cidade de Toronto, no Canadá, onde
realizou pesquisas no Centro Comunitário da Mulher Trabalhadora.
Faleceu em 5 de abril de 1986, aos 47 anos, deixando estudos sobre
Educação de Adultos em Cuba, Problemas Educacionais dos Imigrantes
Portugueses no Canadá, Desenvolvimento Comunitário na América do Norte e
em São Paulo.
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4 - Histórico de relação da escola na comunidade
A inserção da escola na comunidade se deu com a mudança do prédio
situado à Praça Presidente Sarmiento s/n, localizado no bairro do Tupiry - Praia
Grande, denominado, primeira zona, para um prédio alugado pela Prefeitura de
Praia Grande, localizado na avenida Ministro Marcos Freire, nrº, 32278 na Vila
Tupi – Praia Grande, denominada terceira zona, para atender a necessidade
da comunidade do bairro Caieiras e vizinhos, de uma escola mais próxima. Por
estar inserida em uma comunidade que já tinha outra instituição de Ensino
Estadual, a escola firmou acordo com a prefeitura, iniciando seu trabalho no
ano de 1999. Até os dias atuais a escola vem sendo respeitada e reconhecida
pela comunidade.
Na busca pelo alcance da inserção desta instituição de ensino nos
apontamentos legais pela LDB 9394/96, no que se refere a uma educação na
perspectiva da inclusão e da diversidade, a filosofia aqui adotada é aquela que
contempla a escola como um espaço para todos com a presença marcante da
heterogeneidade que princípios, atitudes, culturas e formação diferenciadas,
criando as relações interpessoais que tanto enriquecem e contribuem para o
desenvolvimento da aprendizagem e aquisição de cultura entre professores e
alunos.
Quanto à inclusão, propõe-se adaptar as estruturas de natureza física,
humana e pedagógica oferecidas pelo colégio aos anseios dos alunos que
apresentam algum tipo de necessidade especial, propiciando assim uma
relação tranquila e harmoniosa no desenrolar de todo o processo educativo.
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Vale salientar que a estrutura física da parte inferior do prédio já possui
rampas e banheiros adaptados, estando de acordo com as exigências
necessárias para atender a alunos que são pessoas portadoras de
necessidades especiais. Sendo assim, na medida do possível, procura-se
atender à todos primando pela valorização humana do educando.
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5 - Proposta Pedagógica da Escola
Referenciando-se teórica e metodologicamente pela Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, as orientações do Currículo Oficial
do Estado de São Paulo, para o ensino fundamenta e médio; o grupo gestor
juntamente com os professores, pais, alunos e comunidade , elaboraram o
Projeto Político Pedagógico da Escola Estadual Professora Magali Alonso, no
qual, o resultado de todo o trabalho seria um documento que viesse avaliar,
discutir, e aprofundar todo o sistema educacional da escola.
A intenção desde documento é, fundamentalmente, retomar o exercício
da discussão e encaminhamento coletivo, no nível do processo ensino e
aprendizagem.
Tem-se como principal respeitar e valorizar as experiências de vida dos
educandos e de suas famílias, fortalecendo neles, a postura humana, cidadã e
valores como, a criticidade, a sensibilidade, a contestação social, a criatividade
e a esperança, objetivando formar pessoas dignas.
O PPP – Projeto Político Pedagógico visa oferecer aos professores,
alunos, pais e todos os que estão envolvidos com a escola, uma visão da
realidade educacional vivenciada pela instituição. Sendo um referencial para
fundamentação pedagógica no Ensino Médio e Fundamental.
Por sua natureza aberta, configura uma proposta flexível a ser
concretizada nas decisões dos projetos educacionais empreendidos na escola,
o PPP contém, as tendências pedagógicas praticadas na escola, bem como, o
sistema de avaliação e a prática disciplinar desenvolvida em parceria com toda
a comunidade escolar e com real comprometimento na construção de um
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conhecimento que não é pronto e acabado, mas que está em permanente
avaliação e/ou reformulação, de acordo com os avanços dos principais
paradigmas educacionais da atualidade.
É nesta perspectiva que o Projeto Político Pedagógico, da Escola
Estadual Magali Alonso, objetiva enriquecer a dinâmica da prática pedagógica
no ambiente escolar, situando o corpo docente, quanto aos procedimentos
essenciais pertinentes à realidade da escola.
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6 - Atividade Docente
A formação inicial, para Tardif (2002), visa habituar os alunos, futuros
professores, à prática profissional dos professores de profissão, sendo assim o
estágio supervisionado torna-se um complemento imprescindível às
licenciaturas.
Cabe enfatizar o quanto o professor pode aprender a partir da prática;
mas, paralelamente, constata-se que os cursos de formação de professores
prescindem do estágio objetivando tal atividade.
Segundo Freire (1996) O homem é inacabado e possui consciência de
seu inacabamento, isso é importante para que ele se torne autônomo, o
professor acima de qualquer outro pensamento precisa ter essa consciência,
para que esteja em constante aprendizagem.
Apropriar-se de tal condição posicionará o professor em nível de
igualdade diante do alunado, levando-o ao respeito à realidade cultural do
discente, para Tardif (2002) o professor é: “alguém que deve conhecer sua
matéria, sua disciplina e seu programa, além de possuir certos conhecimentos
relativos às ciências da educação e à pedagogia e desenvolver um saber
prático baseado em sua experiência cotidiana com os alunos” (p. 39), dessa
forma o teórico afirma: “saber do professor é um saber social” (2002, p. 12),
portanto a realidade sociocultural do aluno é o cerne das novas abordagens de
ensino.
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O estágio possibilitou a observância dessas e outras teorias diante da
sala de aula, nota-se que o perfil do professor contemporâneo é muito diferente
daquele que se desenhou nos séculos XIX e XX.
O papel de mediador na construção de conhecimento posiciona o
professor como um agente transformador, e no casa de língua um educador
linguístico, aquele que, trabalha para inserir na sociedade cidadãos usuários
competentes da língua, com habilidades linguísticas para comunicarem-se em
diferentes situações de for adequada. Contextualizando as palavras de
Bechara (1995) que alerta para o fato de que o simples fato de ensinar a
gramática pela gramática implica em opressão, entretanto, a valorização das
variantes linguísticas em função do contexto promove a liberdade e torna o
usuário um poliglota da própria língua.
Vale salientar ainda a disputa travada entre professor e tecnologia pela
atenção do aluno, de acordo com o sociólogo professor Pedro Demo (2007,
p.86): “É difícil encontrar um aluno entusiasmado com a escola, assim como, é
difícil encontrar um aluno que não tenha paixão pela nova mídia”, tal afirmação
mostra-se bastante recorrente, basta observar as cabeças baixas nas salas de
aula, e os dedos freneticamente tocando as telas dos smartphones.
A atividade docente revela-se desafiadora, sacerdotal e gratificante, por
ser a base de uma sociedade, por estar diretamente ligada as realidades
humanas e ter como objeto de trabalho a formação de gente, construir um
indivíduo, prepará-lo para a cidadania, molda-lo para o mercado de trabalho,
enfim, estruturá-lo para conviver, conforme o mestre Paulo Freire (1996): “A
educação não muda o mundo, transforma pessoas, pessoas mudam o mundo”.
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6.1 – OBSERVAÇÃO – Língua Portuguesa - EM
Observação realizada em 06 de agosto de 2012, durante aula de língua
portuguesa no primeiro ano do Ensino Médio, por ser o início do terceiro
bimestre o professor inicia a aula com a distribuição dos cadernos do aluno
volume 3, cada aluno recebe o seu e assina um protocolo que comprova o
recebimento.
Em seguida o professor antecipa o que será tratado no bimestre, a
importância de pensar antes de falar, questões ligadas ao diálogo como a
argumentação, pergunta o que é uma entrevista e o que pensam sobre a
importância dela.
Nota-se que o professor segue as orientações do caderno do professor e
sempre sede espaço para a opinião dos alunos, pede para que os que tiverem
acesso leiam o texto “tira gato da sacola” de Lygia Fagundes Telles, que será
utilizado na próxima aula, disponível na internet.
O professor encerra a aula perguntando se é possível saber o que o
outro pensa e sugere a reflexão sobre os gêneros, conversa, entrevista e
questionário.
Durante a aula notou-se que muitos alunos não participam da aula,
voltam sua atenção apenas para os seus celulares ou para conversas
paralelas, fato que dificulta e atrapalha o andamento da aula, aqueles que
demonstram interesse na aula sentem-se incomodados com tal atitude o que
causa interrupções constantes na aula comprometendo a explanação dos
assuntos abordados.
O professor por sua vez demonstra bastante paciência, esforçando-se
para inserir os alunos na aula, entretanto, alguns definitivamente não querem.
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6.2 – OBSERVAÇÃO – Língua Portuguesa – EF II
Observação realizada em 28 de agosto de 2012, durante aula de língua
portuguesa, no oitavo ano do Ensino Fundamental. O professor distribuiu os
alunos em grupos e entregou a cada grupo uma cartolina na qual o grupo
deveria produzir um anúncio publicitário sobre alguma marca ou produto que
eles quisessem divulgar, os alunos utilizaram como base o que aprenderam na
situação de aprendizagem 4 no caderno do aluno volume 3.
Pelo seu caráter lúdico, esse tipo de atividade mostrou-se bastante
interessante, conseguindo, o envolvimento de todos os alunos presentes na
aula, foram criados anúncios de diferentes áreas que demonstraram muita
criatividade por parte dos alunos, contudo, a ocorrência de transgressões as
regras gramaticais é demasiadamente grande, muitos erros ortográficos e
algumas frases incoerentes, bem como, problemas de acentuação gráfica.
Diante disso o professor alerta para a situação comunicativa, levando os
alunos a refletirem sobre o uso da norma padrão para o gênero em questão
devido ao seu meio de circulação, ou seja, um anúncio que deverá ter a
incumbência de divulgar algo, e para isso, deve cumprir os padrões da norma
gramatical.
Essa fase da aula já não atrai mais a atenção de todos como no
momento da criação dos cartazes, alguns demonstram interesse, porém,
muitos partem para conversas e uso de celulares, desligando-se
completamente da aula.
O professor encerra a aula propondo expor os cartazes pela escola.
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6.3 – OBSERVAÇÃO – LEM – EF II
Observação realizada em 12 de setembro de 2012, durante aula de
língua inglesa, no nono ano do Ensino Fundamental.
O professor faz a chamada e inicia a explicação sobre a situação de
aprendizagem 4 do caderno do aluno volume 3, com o auxílio de dicionários
bilíngues, os alunos têm que produzir um breve roteiro sobre sua vida.
A aula é bem agitada com muita conversa, mas é possível perceber que
a maioria conversa sobre o assunto, utilizando os dicionários em busca das
palavras que desejam utilizar.
Aos poucos alguns vão se dispersando do foco da aula, à medida em
que os celulares vão surgindo nas mãos dos alunos, o professor sugere que a
busca por palavras seja feita na internet por meio dos smartphones, os alunos
gostam da ideia e pesquisam muitas palavras, as quais, são anotadas pelo
professor na lousa.
O aspecto lúdico impresso na aula, envolve quase que toda a sala que
participa da aula, a estratégia do professor de sugerir a procura por palavras
utilizando-se os celulares foi bem sucedida, dessa forma, são listadas muitas
palavras na lousa que permite aos alunos criarem o roteiro proposto no início
da aula, o que apenas uma minoria faz.
Percebe-se que os alunos não gostam de escrever, de organizar as
ideias, enquanto a aula estava agitada com as pesquisas a participação foi
quase unânime, ao se permitir as pesquisas com o uso da internet, os poucos
que não participavam da aula, passaram a participar, no entanto, muitos não
concluíram a atividade porque não queriam escrever.
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6.4 – OBSERVAÇÃO – LEM – EM
Observação realizada em 22 de agosto de 2012, durante aula de língua
inglesa, no segundo ano do Ensino Médio.
Inicia-se a aula com a explicação realizada pelo professor da situação
de aprendizagem 3 do caderno do aluno volume 3, os alunos aprendem a
reconhecer o gênero carta e com o auxilio de dicionários bilíngues eles leem
várias cartas e conhecem o estilo de escrita deste gênero.
O professor auxilia na leitura e compreensão dos textos, orienta quanto
às características do gênero em questão e esclarece dúvidas dos alunos.
Em seguida a sala é dividida em quatro grupos nomeados A, B, C e D,
cada um eles deverá escrever uma pequena carta que será lida por outro grupo
na seguinte ordem, grupo A lê a carta do grupo D, que por sua vez lê a do
grupo A, o grupo B que lê a carta do grupo C, e este lê a do B.
Feitas as leituras, para encerrar a aula, cada grupo explica o conteúdo
da carta lida, esclarecendo suas maiores dificuldades e o que julgaram mais
fácil.
O professor retoma as explicações sobre termos cognatos e sua
respectiva importância para o entendimento de um texto, alerta sobre a
questão dos falsos cognatos e ainda sobre formas irregulares do verbo, fala
também, sobre a valorização do profissional que tem conhecimento de língua
estrangeira, principalmente da língua franca, e ouve opiniões e relatos de
alunos sobre o assunto.
A aula termina com a solicitação, do professor, que seja feita a atividade
homework 3, para a aula posterior.
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6.5 – REGÊNCIA – LEM – EM
Regência realizada em 14 de novembro de 2012, durante aula de língua
inglesa, no segundo ano do Ensino Médio.
Levei à sala o tema linking words, que são as conjunções, neither, either
e both, expliquei seu uso e esclareci dúvidas.
Utilizei o esquema abaixo para auxiliar a compreensão,
Com esse recurso os alunos entenderam o uso das conjunções, em
seguida ampliei a explicação sobre o uso dos termos, quando utilizado em
conjunto com OR, NOR e AND.
Esclareci mais algumas dúvidas e combinei que na próxima aula
faríamos uma atividade com a utilização das linking words.
6.5 – REGÊNCIA – LEM – EM
Retomando o assunto da aula anterior, fiz uma breve revisão sobre as
linking words, sanei mais algumas dúvidas, propus que os alunos se
organizassem em duplas para a realização da atividade que segue,
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Q1 - ____ were ill so they stayed at home instead of going to school. Both Either Neither
Q2 - I didn't like ____ of the choices.
both either neither
Q3 - I couldn't decide between them - I liked them ____.
both either neither
Q4 - _____ Yuko nor Hiromi turned up today.
Both Either Neither
Q5 - You can take ____ the 38 bus or the 341 to get to town.
both either neither
Q6 - I don't think much of ____ of the candidates.
both either neither
Q7 - I called ___ of them and left messages as they didn't answer.
both either neither
Q8 - Would you like red or white wine?
Both will do for me. Either will do for me.
Q9 - I took the test twice and failed ____ times.
both either neither
Q10 - Neither ____ there.
was were Either could be used here.
Feita a atividade, os alunos demonstraram terem entendido o assunto.
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6.6 – REGÊNCIA – Língua Portuguesa – EF
Regência realizada em 21 de novembro de 2012, durante aula de língua
portuguesa, no sétimo ano do Ensino Fundamental.
Comecei a aula perguntando se havia ali algum aluno que não fosse da
região (baixada santista), os alunos se manifestaram cada qual falando sua
origem, em seguida perguntei sobre estranhamento ao vocábulo local, alguns
alunos deram exemplos como: “média”, “mango”, “tu” e outros.
Depois disso questionei os que disseram ser de outros Estados, assim a
sala ouviu termos como: “piá”, “guri”, “pila” e mais alguns.
Na sequência questionei a todos se algum termo daqueles expostos
configurava erros, houve divergência de opiniões, o que enriqueceu muito a
aula, expliquei aos alunos sobre as diferentes variedades linguísticas e sua
ligação com fatores, climáticos, sociais, geográficos, culturais e históricos.
Como os alunos demonstraram muito interesse pelo assunto a
professora da turma pediu que eu o retomasse em nova oportunidade.
No dia seguinte 22 de novembro, retomei o tema variedades linguísticas
e muitos alunos pesquisaram termos diferentes dos da região, apresentando-os
na aula.
Retirei do livro didático um pequeno texto, que apresenta diferentes
regionalismos, e pedi que os alunos identificassem a que região do país cada
segmento pertencia. Continuando questionei o que os fizeram chegar a tais
conclusões.
Para terminar reforcei as explicações sobre variedades linguísticas e sua
ligação com fatores, climáticos, sociais, geográficos, culturais e históricos.
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6.7 – REGÊNCIA – Língua Portuguesa – EM.
Regência realizada nos dias 10, 12 e 14 de dezembro de 2012, durante
aula de língua portuguesa, no terceiro ano do Ensino Médio.
Dezembro, escola vazia. Fiz uma aula expositiva dialogada sobre as
diferentes situações comunicativas e a forma adequada de lidar com cada uma
delas.
Expliquei sobre a necessidade do uso mais formal numa situação que
assim exija e a liberdade que colocar-se como quiser diante de outras tantas,
perguntei aos alunos sobre quais situações exigiam uma forma mais polida
para a comunicação, eles foram unânimes em referir-se ao mercado de
trabalho.
Questionei e ouvi muitos alunos sobre as transformações na língua e o
que elas podem representar, combinamos de continuar na próxima
oportunidade.
6.8 – REGÊNCIA – Língua Portuguesa – EM.
Retomando a aula anterior, propus aos alunos que apresentassem
diferentes situações comunicativas em forma de um pequeno seminário, o que
deixou o professor da turma bem contente, ele gostou muito da ideia e
colaborou bastante.
Seguiram-se as apresentações combinadas na aula anterior, algumas
engaçadíssimas, outras com teor muito sério.
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Considerações Finais
Conclui o estágio supervisionado, muito feliz por ter conhecido pessoas
boas e outras nem tanto, ver teorias funcionando na prática, outras que vão
exigir bastante tempo para galgarem do plano do ideal para o plano do real.
Acima de tudo, porém, nítido fica que a educação é antes de mais nada
uma ação de sociabilização, e o professor é o agente transformador, mediador,
educador que conduzirá essa sociabilização.
Paradigmas tradicionalistas e autoritários não podem mais fazer parte da
escola, assim como, não terá mais lugar o professor que acredita ser o único
dono do conhecimento, a informação está presente na sala de aula
concomitantemente à tecnologia, e o aluno avalia o docente constantemente,
desta forma, o respeito à cultura e ao conhecimento de cada um torna-se
imprescindível à carreira docente.
Em suma, ser professor contemporâneo é formar o indivíduo para o
exercício da cidadania e no caso específico da língua, torná-lo efetivamente
usuário competente dela.
Neste viés os ensinamentos advindos do curso de Letras da UNIBR –
Faculdade de São Vicente serão de vital importância, visto que, eles elencam
muitas das circunstancias vividas na sala de aula.
O estágio supervisionado, por sua vez, complementa os estudos teóricos
com a prática, enriquecendo o conhecimento do acadêmico e garantido-lhe
uma formação de qualidade.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BASTOS, Neusa Barbosa (org). Língua Portuguesa: Lusofonia – Memória e Diversidade Cultural. São Paulo: EDUC – IP-PUC-SP – FAPESP. 2008. BECHARA, Evanildo. Ensino de Gramática. Opressão? Liberdade? São Paulo: Ática. 1995 BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Diretrizes curriculares nacionais para o ensino médio. Brasília: CNE, 1998. DEMO, Pedro. O porvir: desafios da linguagem do século XXI. Curitiba, PR: Ibpex. 2007 FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra. 1996
MARCUSCHI Luiz Antônio; XAVIER, Antônio Carlos (orgs.). Hipertexto e
gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 1997. SAMPAIO, Maria das Mercês Ferreira. Um gosto amargo de Escola: relações entre currículo, ensino e fracasso escolar. São Paulo: Iglu, 2004. TARDIF, M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes, 2002