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FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS - FACUNICAMPS CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA ERIKA MARIA RODRIGUES VIEIRA NATACHA MARIA ALVES CORREIA STELA CARDOSO DE ALMEIDA ANÁLISE DA OBESIDADE EM CRIANÇAS ACIMA DE CINCO ANOS ATÉ A ADOLESCÊNCIA GOIÂNIA-GOIÁS 2019/1

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FACULDADE UNIDA DE CAMPINAS - FACUNICAMPS

CURSO DE GRADUAÇÃO EM FARMÁCIA

ERIKA MARIA RODRIGUES VIEIRA

NATACHA MARIA ALVES CORREIA

STELA CARDOSO DE ALMEIDA

ANÁLISE DA OBESIDADE EM CRIANÇAS ACIMA DE CINCO ANOS

ATÉ A ADOLESCÊNCIA

GOIÂNIA-GOIÁS

2019/1

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ERIKA MARIA RODRIGUES VIEIRA

NATACHA MARIA ALVES CORREIA

STELA CARDOSO DE ALMEIDA

ANÁLISE DA OBESIDADE EM CRIANÇAS ACIMA DE CINCO ANOS

ATÉ A ADOLESÊNCIA

Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado como

requisito para nota da disciplina de TCC, necessária para a

Graduação do curso de Farmácia da Faculdade Unida de

Campinas – FACUNICAMPS.

Orientação: Prof.ª Drª Lindomar Guedes Freire Filha

GOIÂNIA-GOIÁS

2019/1

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ANÁLISE DA OBESIDADE EM CRIANÇAS ACIMA DE CINCO ANOS ATÉ A

ADOLESCÊNCIA

ANALYSIS OF OBESITY IN CHILDREN ABOVE FIVE YEARS UNTIL

ADOLESCENCE

ERIKA MARIA RODRIGUES VIEIRA1; NATACHA MARIA ALVES CORREIA1; STELA

CARDOSO DE ALMEIDA1; LINDOMAR GUEDES FREIRE FILHA2

RESUMO

Este estudo tem como objetivo apresentar a epidemiologia da obesidade, descrever as dificuldades na orientação

alimentar e as consequências psicológicas que essa doença pode provocar nas crianças e adolescentes. Esta pesquisa consistiu em uma revisão bibliográfica e os artigos investigados foram da BVS, LILACS, MedLINE,

SciELO, Ministério da Saúde e Associação/Organizações. A obesidade infantil tem atingindo números altos, com

7,8% de meninos e 5,6% de meninas. Nos anos de 1975 a 2016 houve um aumento de 1:11 apresentando um

maior destaque em países da Oceania, sendo o Japão com menor índice entre os países desenvolvidos. No Brasil,

esses dados atingem 17,9% e 18,2% de meninas e meninos, respectivamente. Essa doença pode desencadear

outras patologias, como diabetes, hipertensão, distúrbios músculo-esqueléticos, neurológicas, hepáticas,

pulmonares, renais e alguns tipos de câncer. Mundialmente, as pessoas tem uma grande dificuldade com

alimentação saudável. No Brasil há um excessivo consumo de alimentos calóricos e industrializados, e com alto

índice de sódio. O Guia Alimentar criou estratégias para solucionar problemas com a obesidade, de acordo com

esse manual, a partir dos seis meses de vida, para que que a criança possa ter hábitos apropriados até a fase

adulta, é necessário oferecer alimentos saudáveis. Para isso, é importante que a dieta da criança tenha uma

pequena porção de carboidratos, feijão, carnes assadas e grelhadas, verduras e legumes cozidos. Os transtornos psicológicos apresentados em crianças obesas são: ansiedade, estresse, raiva, tristeza, um perfil cognitivo

disfuncional relacionado ao padrão alimentar e a autoestima e comportamento de esquiva social que prejudica a

qualidade de vida. Os pais ou responsáveis devem ajudar essas crianças a conquistar novos hábitos alimentares

saudáveis. A obesidade infantil é uma patologia que cresce mundialmente com difícil orientação alimentar e sua

principal consequência são os transtornos psicológicos adquiridos ao longo dessa doença.

Palavras-chave: Obesidade infantil. Epidemiologia. Impacto psicológico. Alimentos saudáveis.

ABSTRACT

This study aims to present the epidemiology of childhood obesity, describe the difficulties in food orientation

and the psychological consequences that this disease can cause in children and adolescents. This research

consisted of a bibliographic narrative review and the articles investigated were from the VHL, LILACS, MEDLINE, Scielo, Ministry of Health and Association / Organizations. Childhood obesity has reached high

numbers, with 7.8% of boys and 5.6% of girls. In the years from 1975 to 2016 there was an increase of 1:11,

with a higher ranking in Oceania countries, with Japan having the lowest index among developed countries. In

Brazil, these data reached 17.9% and 18.2% of girls and boys, respectively. This disease can trigger other

pathologies such as diabetes, hypertension, musculoskeletal, neurological, liver, lung, kidney and some cancers.

Worldwide, people have a great difficulty with healthy eating. In Brazil there is an excessive consumption of

caloric and industrialized foods, and with high sodium content. The Food Guide created strategies to solve

problems with obesity, according to this manual, from the six months of life, so that the child can have

appropriate habits until the adult stage, it is necessary to provide healthy food. For this, it is important that the

child's diet has a small portion of carbohydrates, beans, roasted and grilled meats, vegetables and cooked

vegetables. The psychological disorders presented in obese children are: anxiety, stress, anger, sadness, a

dysfunctional cognitive profile related to eating patterns and self-esteem and behavior of social avoidance that impairs the quality of life. Parents or caregivers should help these children gain new healthy eating habits.

Childhood obesity is a pathology that grows worldwide with difficult food orientation and its main consequence

are the psychological disorders acquired throughout this disease.

Keywords: Childhood obesity. Epidemiology. Psychological impact. Healthy food.

1Аcаdêmicаs dо cursо de Grаduаçãо em Farmácia dа Fаculdаde Unidа de Cаmpinаs – FаcUnicаmps. E-mаil:

erikamariapvh@hоtmаil.cоm; [email protected]; stelaalmeidac@gmаil.cоm 2Оrientаdоrа, Dоutоrа em Ciênciаs dа Sаúde e prоfessоrа dа Fаculdаde Unidа de Cаmpinаs – FаcUnicаmps. E-

mаil: freirefilhа.lindоmаr@gmаil.cоm

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1 INTRODUÇÃO

O peso corporal é formado por ossos, músculos, gorduras, tecidos, água, proteínas e

lipídios. Todos esses componentes são um dos causadores da variação de peso, que pode ser

observada com o crescimento, o envelhecimento, alimentação, doenças e atividade física.

(SALVE, 2006).

O excesso de peso e a obesidade têm algumas diferenças. No excesso de peso

acontece um aumento de gordura corporal, já na obesidade, além do peso corporal aumentar,

há também um aumento de outros parâmetros, que são alteração da pressão arterial, diabetes

tipo 2, colesterol e triglicerídeos altos, doenças coronarianas, derrame, resistência à insulina e

até mesmo o surgimento de alguns tipos de câncer. (SALVE, 2006).

A obesidade é uma doença crônica, acompanhada de várias complicações,

caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura nos tecidos. Em pessoas com doenças

cardiovasculares e diabetes, essa patologia é um dos fatores de risco mais preocupante, e que

normalmente é acompanhada do aumento de morbidade3 e da mortalidade4. Na atualidade, a

obesidade na infância e adolescência vem sendo considerada a mais grave desordem

nutricional nos países de primeiro mundo. (DRUMMOND, 2012).

O excesso de peso na infância vem acompanhado de várias consequências, que podem

se prolongar ao longo da vida adulta. Nos últimos anos, a obesidade tem sido um grande

desafio para a saúde pública, pois vem crescendo de forma descontrolada.

Em um estudo realizado pela Pesquisa de Orçamento Familiar-POF (PORTAL

BRASIL, 2017), comparou dados dos índices da obesidade entre 2006 a 2016. Foi

comprovado que a doença teve um aumento grande que passou de 11,8 % em. 2006 para 18,9

% em 2016. Nessa pesquisa também foi relatado que os brasileiros estão deixando de

consumir vários ingredientes básicos da alimentação, como por exemplo o feijão, que teve o

percentual reduzido com valor de 67,5 % em 2012 para 61,3% em 2016.

A obesidade mundial é de relevância, pois verifica-se um aumento significativo dessa

patologia na população. As pessoas que são acometidas por essa doença podem apresentar um

descontrole físico e emocional, principalmente nas crianças. Um dos principais incentivos

para as famílias que sofrem com essa síndrome, é o desenvolvimento de uma série de políticas

públicas que vem sendo organizadas, como por exemplo o Guia Alimentar para saúde

3Morbidade: característica, qualidade ou estado do que é mórbido; morbidez; conjunto de causas capazes de

produzir uma doença. (DRUMMOND, 2012). 4Mortalidade: qualidade, estado ou condição do que é mortal, do que perece; atributo ou condição de qualquer

coisa que produza ou provoque a morte. (DRUMMOND, 2012).

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Brasileira. É através desses incentivos que as pessoas são estimuladas a terem

comportamentos mais saudáveis. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

As crianças que têm hábitos alimentares saudáveis são orientadas pelos pais, que são

os responsáveis pelo acompanhamento emocional e psicológico do menor. É de

responsabilidade familiar esses parâmetros, pois a falta de acompanhamento da família pode

ocasionar distúrbios, principalmente no que tange ao controle alimentar da criança, sendo um

dos maiores problemas encontrados para controlar a alimentação das crianças. (TENORIO;

COBAYASHI, 2011).

Nessa abordagem o presente estudo tem como objetivo apresentar a epidemiologia da

obesidade, descrever as dificuldades na orientação alimentar e as consequências psicológicas

que vem acarretando nas crianças e adolescentes.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

A obesidade é vista como a enfermidade mais antiga. Na era do Pré-cristianismo já se

encontravam esculturas romanas, pinturas de mulheres obesas e até mesmo em múmias

egípcias e estátuas em pedras. (SALVE, 2006). Como exemplo, tem-se na figura 1, as obras

do pintor Peter Paul Rubens, que mostram mulheres obesas da época.

Figura 1. Obras do pintor Peter Paul Rubens. Em A, Venus at a mirror (1613-1615) e em B, The three graces

(1636-1638).

Fonte: Galeria de Olga, 2010.

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O distúrbio alimentar pode estar relacionado com o centro urbano nas grandes cidades.

Quanto maior a aquisição financeira da família, maior a chance de ter pessoas obesas.

É na rotina dos centros urbanos que muitas famílias deixam de consumir comidas

tradicionais, para ingerir alimentos ultra processados, com um alto valor calórico e baixa

qualidade nutricional.

Já o excesso de peso em pessoas menos favorecidas está relacionado com a falta da

orientação alimentar adequada, pois essas pessoas consomem alimentos calóricos, como por

exemplo: óleo, açúcar e alimentos mais baratos. Cabe dizer que esse problema da obesidade

cresce também em pessoas com pouca instrução alimentar. (WANDERLEY; FERREIRA,

2010).

Há um ganho de peso ponderado crítico em alguns momentos da vida, em que o

acúmulo de células adiposas tende a aumentar. Um deles é na gestação, onde as mulheres que

iniciam a gravidez com Índice de Massa Corporal acima do normal, tendem a ter grandes

chances do feto ter más formação. Nesse caso, há também a probabilidade da criança ser

obeso. (SALVE, 2006).

A orientação alimentar tem grande importância na rotina das famílias, pois através

disso os responsáveis saberão conduzir o melhor caminho para uma alimentação saudável. A

prevenção primária da obesidade infantil tem como objetivo evitar o sobrepeso das crianças, e

deve ser iniciada antes mesmo do período escolar, pois os bons hábitos alimentares deverão

ser seguidos ao longo da infância, e se estender até a fase da adolescência. Já na prevenção da

obesidade secundária, o objetivo é evitar complicações que são acometidas decorrente a

obesidade e diminuir a co-morbidade. (BONFIM et al., 2016).

Nos EUA o consumo de alimentos ricos em proteínas, lipídios e carboidrato sem

consumo habitual, é em entorno de 33% em adultos e 20% dos adolescentes. Isso representa

taxas altíssimas, com grandes índices de obesidade entre os americanos, por não terem uma

dieta balanceada. No Brasil vem crescendo os números de obesos nos últimos anos. Segundo

o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 1 em cada 10 adultos é

considerado obeso, e esse número tende a se tornar ainda maior. (SALVE, 2006).

É importante conhecer a objetividade a qual a gordura é distribuída, pois dessa forma

terá mais possibilidades de obter definidas doenças, referente ao aumento ou diminuição

provável da mortalidade. Para OMS, 42% de certos desenvolvimentos de câncer é pelo fato

do alto índice de massa corpórea no organismo. Um exemplo disso é quando o indivíduo tem

uma dieta inadequada, que não se consome frutas e verduras. Quando isso acontece, essas

pessoas estarão mais propícias a desenvolver algum tipo de câncer, como por exemplo o de

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boca, esôfago ou estômago. Isso se dá pelo fato que as frutas e verduras têm efeito protetor,

sendo que o seu consumo, diminui as chances de ter essa patologia. (ORGANIZAÇÃO PAN-

AMERICANA DA SAÚDE, 2003).

A obesidade nos indivíduos é prejudicial para a vida e traz riscos de morte, através da

combinação do peso corporal aumentado com a vida cada vez mais sedentária.

A ingestão de alimentos de forma desordenada leva à complicações fisiológicas e

metabólicas, que ocasiona um grande acúmulo de gordura. (HERNANDES; VALENTINI,

2010). Esses autores ressaltam que é importante saber como a gordura está sendo distribuída,

pois dependendo de onde está localizada, ela tende a ter uma maior chance de adquirir alguns

tipos de doenças, podendo aumentar ou diminuir, ocasionando até mesmo um provável risco

de morte.

Os tipos de morfologia da obesidade são caracterizados por duas formas: o tipo I, que

tem o porcentual da gordura de forma ordenada ao corpo; e o tipo II, onde é depositado de

gordura na região abdominal, próximo da cintura.

De acordo com a OMS, a obesidade poderá chegar no ano de 2025 com um índice de

2,3 bilhões de adultos com sobrepeso e cerca de 700 milhões de pessoas obesas. Entre as

crianças esse número poderá chegar a 75 milhões. A falta de acompanhamento familiar pode

levar ao descontrole físico e emocional dos indivíduos acometidos por essa patologia.

(ABESO, 2015).

As pesquisas da OMS revelam que o predomínio da obesidade infantil aumentou em

torno de 10 a 40% na maior parte dos países europeus no decorrer dos últimos 10 anos,

indicando também maior presença dessa patologia nos primeiros anos de vida, entre 5 e 6

anos, na adolescência, e em diferentes faixas econômicas. Os fundamentos principais

referidos são: a alimentação inapropriada e o estilo de vida sedentário. (HERNANDES;

VALENTINI, 2010).

O sedentarismo está relacionado com o excesso de peso e o aumento dos índices das

taxas de mortalidade, devido ao costume de uma alimentação não disciplinar e uma dieta não

balanceada, cooperando assim com o exagero do sobrepeso e com a obesidade infantil.

(DIAS; CAMPOS. 2008).

O Ministério da Saúde (2006) elaborou guias profissionais de saúde, com atenção

básica para crianças menores de 2 anos, esclarecendo sobre a alimentação benéfica. Essa

abordagem serve para discutir o interesse do aleitamento materno privativo no decorrer dos

primeiros meses de vida e agrega outros tipos de fonte de energia, como frutas, cereais e

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outros nutrientes, como vegetais e hortaliças. Além disso é recomendando ingerir bastante

água.

A obesidade infantil dispõe de inúmeros tratamentos e a escolha do melhor método

deve se fundamentar na gravidade do problema e na presença de complicações agregadas. O

fundamental objetivo da perda de peso é conter ou adaptar a quantidade de gordura corporal,

minimizando o risco de problemas futuros. (HERNANDES; VALENTINI, 2010).

A reeducação alimentar, em consequência da adoção de uma alimentação saudável,

direcionada para a adaptação da quantidade de calorias, as escolhas alimentares, a fisionomia

financeira e o estilo de vida, em conjunto com a atividade física, são essenciais para o

tratamento da obesidade infantil. (BONFIM et al, 2016).

A eliminação de massa, tem o objetivo de diminuir o Índice de Massa Corporal (IMC),

calculando o peso (kg) e a altura (m²) para ter o valor da massa. A supressão de massa no

organismo ajuda a resolver o problema da obesidade, além de aliviar o risco e a gravidade que

essa patologia pode acometer. (GUEDES; BISCUOLA; LIMA, 2015).

No tecido adiposo, a distribuição de gordura ocorre de forma hipertrófica, com o

aumento do tamanho das células, e com aumento do numero de células adiposas existente no

tecido. (HERNANDES; VALENTINI, 2010). A figura 2 mostra a distribuição de gordura

celular;

Figura 2. Distribuição de gordura no tecido adiposo. Em A, hipertrófica tecidual das células adiposas no órgão, em B, hiperplasia das células adiposas.

Fonte: Andrade e Ferrari, 2014.

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3 METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa sobre a obesidade infantil para explicar

e discutir o tema. Os artigos foram procurados em banco de dados, como Biblioteca Virtual da

Saúde (BVS), LILACS, MedLINE, SciELO, Ministério da Saúde e Associação/Organizações.

As palavras-chave utilizadas para alcançar os bancos de dados, foram descritas em: obesidade

infantil, alimentação, prevenção, tratamento, fatores de risco, entre outros que se fez

necessário.

Por meio de leituras exploratórias dos artigos encontrados, foram optados os que

continham o propósito de pesquisa, no qual apresentavam informações para o presente estudo.

Os artigos considerados nesta pesquisa foram publicados no período de 2000 a 2019.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

4.1 A epidemiologia da obesidade infantil

Nas sociedades antigas babilônicas, gregas e romanas, a obesidade retratava a

condição econômica do homem, representando o poder. Na Idade Média, o termo obesidade

era remetido a pessoa que ingeria alimentos em excesso, pois estava relacionado com o

pecado da gula, e que não era aprovado pela igreja, aristocracia, correntes filosóficas, estética

e moral, e não estava ligado há problemas de saúde. Já no Renascimento, a obesidade era

retratada como forma de beleza. No início do século XIX, a visão da obesidade estava ligada

à beleza e a imagem da magreza se destaca. (PIMENTA, 2015).

Existe genes que são responsáveis pela obesidade. Estudos identificaram

aproximadamente 20 genes com mecanismos responsáveis pela obesidade. Os genes,

associados ao mecanismo fisiológico do sistema leptina-melanocortina hipotalâmico, controla

o equilíbrio energético, e mutações em um dos genes responsáveis pelo desenvolvimento do

hipotálamo, pode resultar na obesidade grave. (PAZ et al., 2017).

Nos últimos anos, a obesidade infantil vem crescendo e atingindo sérias proporções,

sendo considerada um grave problema de saúde pública em escala mundial, logo uma

epidemiologia. (SILVA; AZEVEDO; GUERRA, 2008).

A obesidade infantil começou a ser observada sobre o olhar epidemiológico nos

Estados Unidos, e se estendeu para a Europa, onde o maior índice de obesidade está na Itália e

em Portugal, alcançando 25,7% de crianças e adolescentes. (SULZBACH; BOSCO, 2012).

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Apesar de não ser o foco do presente trabalho, a figura 3 apresenta a distribuição

mundial da obesidade entre crianças de zero a cinco anos e retrata que o problema dessa

patologia se manifesta desde os anos iniciais, com médias globais de 6,5% em 2010 e,

previsão de aproximadamente 10% de aumento a cada ano, ressaltando que somente na

América do Norte esse índice pode chegar a 20%.

Conforme relatório da World Health Organization (2016; 2017), é preocupante a

presença da obesidade infantil no mundo, principalmente em menores de cinco anos.

Estimou-se 41 milhões de crianças com sobrepeso e obesidade no ano de 2016. Nesse

relatório, inclui também o crescimento da obesidade em países com baixo desenvolvimento

socioeconômico, que dobrou entre 1990 a 2014, passando de 7,5 milhões para 15,5 milhões.

Esse fato confirma-se em países do continente africano, como mostra a figura 3.

Se as tendências atuais continuarem nesse ritmo, a obesidade aumentará para 70

milhões até 2025. Sem intervenção, as crianças obesas provavelmente continuarão durante a

infância, adolescência e vida adulta. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2017).

De acordo com World Health Organization (2017) e os trabalhos de SAHOO et al.

(2015), a obesidade em faixas etárias menores de cinco anos, tem o risco de desenvolver

outras doenças, como patologias metabólicas, (resistência à insulina, com um frequente sinal

precoce de diabetes iminente), cardiovasculares (hipertensão), ortopédicas, distúrbios

músculo-esqueléticos (especialmente osteoartrite, uma doença degenerativa altamente

incapacitante das articulações), neurológicas, hepáticas, pulmonares e renais; e ainda alguns

tipos de câncer (endometrial, mama ou cólon).

Interessante destacar que no Japão a obesidade é muito baixa, devido a sua culinária

saudável e tradicional, e ao hábito de atividade física. A maioria dos japoneses fazem

caminhadas diárias e vão para a escola andando. Além disso, a política pública efetiva em que

o governo implementou medidas efetivas dentro das escolas ajudou bastante na redução da

obesidade. A merenda escolar recebe porções saudáveis e menos comida processada e com

nutricionistas para preparar o cardápio. Aliás, no Japão foi criado leis em que estabelece

limites máximo da circunferência abdominal. (ORENSTEIN, 2017.) A figura 3 retrata o baixo

percentual de obeso no Japão, quando comparado a outros países desenvolvidos.

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Figura 3. Obesidade infantil mundial.

Fonte: Brasil Debate, 2014.

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A proporção de obesos entre 5 a 19 anos foi um pouco mais de 1:11, no intervalo de

1975 a 2016, e no ranking atinge 7,8% de meninos e 5,6% de meninas. Nesse intervalo de

tempo a população de algumas Ilhas da Oceania se destacaram nos quintos primeiros lugares

mundialmente, sendo os meninos com 161,8% e as meninas 156,1%, apresentando diferença

de 5,7% no ano de 2016. A figura 4 representa os dados comentados.

Figura 4. Número de crianças e adolescentes obesos aumenta dez vezes em 40 anos.

Fonte: PAINS, 2017 apud WHO-NCD-RisC (NCD-Risk Factor Collaboration), 20175.

5WORLD HEALTH ORGANIZATION-WHO-NCD-RisC (NCD-Risk Factor Collaboration).

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A obesidade nos Estados Unidos, atinge 40% das mulheres, 35% dos homens e 17%

das crianças e adolescentes. No Brasil atinge 17,9% dos homens e 18,2% das mulheres. Essas

pesquisas revelaram que entre 2013 e 2014, mais de 5% dos homens e quase 10% das

mulheres eram obesos mórbidos. Enquanto que nos Estados Unidos, a obesidade mórbida

atingia 5,8% das crianças. Esses dados apontam que mesmo tendo diminuído o índice entre as

crianças de 2 a 5 anos, a obesidade aumentou entre os adolescentes. (DEARO, 2014).

A obesidade, antes considerada uma doença crônica não transmissível, que ocorria

principalmente em países ricos e em grandes centros urbanos, agora está crescendo também

em países pobres e em desenvolvimento. Na África, o número de crianças obesas com menos

de 5 anos aumentou cerca de 50% desde os anos 2000. (BAIOFF, 2018).

Na contramão desse aumento da obesidade mundial, o Japão vem com taxas abaixo da

média. Em 2015, a taxa de obesidade era de 3%, valor que é comparado a países pobres, onde

há problemas com abastecimento de comida. Esses valores se dão devido a alimentação

tradicional saudável, prática de exercícios e política pública efetiva. (ORENSTEIN, 2017).

De acordo com o estudo de Políticas de Saúde e de Segurança Alimentar e Nutricional,

os desafios para o controle da obesidade infantil vêm crescendo, principalmente em crianças a

partir dos 5 anos. Interessante destacar também que essa patologia está presente em todas as

classes econômicas e em todas regiões do país, tendo ainda um maior índice em áreas

urbanas. (FUNDAÇÃO INSTITUTO OSWALDO CRUZ, 2019).

A obesidade em crianças tem um risco maior, pois além das doenças ligadas a

patologia, há também uma consequência, tornam-se adulto obeso, aumentando inclusive as

chances de ter depressão, dando mais sinais na infância e na adolescência. (Fundação Instituto

Oswaldo Cruz, 2019). A figura 5 mostra a relação da obesidade crescente de acordo com a

faixa etária da criança e do adolescente.

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Figura 5. Evolução da frequência da obesidade no Brasil entre crianças e adolescentes.

Fonte: Ferreira, 2016.

No Brasil, assim como em países em desenvolvimento, há um aumento da obesidade,

com um número elevado de doenças crônicas não transmissíveis, que estão associadas com as

causas de mortes na atualidade. A obesidade, a hipertensão e o diabetes, estão associadas com

o perfil alimentar das famílias brasileiras. Há uma ingestão alta de gorduras em geral e

alimentos industrializados ricos em açúcar e sódio, e uma menor ingestão de frutas, verduras e

cereais. (COUTINHO; GENTIL, 2008).

Nas cidades brasileiras o sobrepeso e a obesidade atingem 30% de crianças e

adolescentes. Em Recife tem-se 35% de obesidade em níveis escolares, em Salvador 15,8%,

Santos (São Paulo) 18% e Alagoas 10% das crianças, saindo de uma região onde há a

prevalência de crianças desnutridas. Os maiores índices de obesidade são observados em

escolas particulares. (OLIVEIRA; FISBERG, 2003 apud Balaban; Silva, 2001; Costa et al.,

s/a).

O Brasil por ser um país continental, expõe um alto número de crianças e adolescentes

obesos, sendo seu maior índice nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas não deixando de

notar um número alto nas regiões Norte e Nordeste. Esse valor é elevado tanto em crianças de

cinco a nove anos, e de dez a dezenove anos. Na faixa etária de cinco a nove anos, a região

que tem esse número mais elevado é a Sudeste atingindo cerca de 38,80%, e na faixa etária de

dez a dezenoves anos é a região Sul, sendo cerca de 24,60%. A figura 6 mostra a distribuição

de obesidade em crianças e adolescentes no Brasil.

0,00%

2,00%

4,00%

6,00%

8,00%

10,00%

12,00%

14,00%

16,00%

18,00%

1975 1989 2002-2003 2008-2009

Masculino 5-9 anos Feminino 5-9 anos Masculino 10-19 anos Feminino 10-19 anos

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Figura 6. Regiões brasileiro mostrando as faixas etárias da obesidade infantil.

Fonte: Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica, 2009.

4.2 As dificuldades e orientação alimentar de crianças e jovens obesos

Existe uma grande e significativa modificação no padrão alimentar da população em

muitos países, incluindo o Brasil. Nesse contexto destaca-se o consumo exagerado de açúcar,

gordura, produto industrializado e preparação rica em sódio, com menos ingestão de feijão,

arroz, frutas e hortaliças. (MONTEIRO; MANDINI; COSTA, 2000).

A Organização Mundial da Saúde (OMS), tentando amenizar o problema, criou uma

estratégia global para alimentações, atividades físicas e saúde, conferindo aos países a

incumbência de elaborar guias para promoções das alimentações e práticas saudáveis

populacional. (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2004).

Em 2006 o Ministério da Saúde (MS) publicou o primeiro guia alimentar para a

população brasileira, contendo os critérios alimentares declarados, e tendo orientações em

termos que caracterizam as alimentações saudáveis, por fundamentos ligadas a saúde. Esse

guia está disponível e é divulgado para os cidadãos de forma numerosa e diversa,

acompanhando políticas, programas e campanhas do MS, com intuito de chegar aos

profissionais de saúde e mídia, o que leva a crer que muitas pessoas terão acesso a esse

hábito. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).

O guia alimentar contribui na escolha dos alimentos, que podem ser selecionados em

grupos. Além disso, ajuda a projetar as refeições do dia-a-dia, de modo apropriado e diverso,

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

30,00%

35,00%

40,00%

45,00%

Região Norte Região Nordeste Região Centro-Oeste

Região Sudeste Região Sul

Criança de de 5-9 anos Criança de 10-19 anos

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favorecendo assim a uma vida mais saudável. (GOMES; TEIXEIRA, 2016).

Há uma coerência da precaução primordial em saúde no Brasil, onde as direções

públicas têm ressaltado o incentivo a alimentação saudável e iterado a consciência dos

profissionais, especialmente os ligados ao Sistema Único de Saúde (SUS). (MINISTÉRIO

DA SAÚDE, 2007).

Após os seis meses de vida da criança, deve ser oferecido uma alimentação saudável.

Nessa idade poderá desempenhar hábitos alimentares, que o acompanharão até a vida adulta.

A obesidade infantil é um dos maiores problemas, quando se tem uma dieta imprópria, e é

essencial orientar os pais para proporcionar uma boa alimentação que garanta o bem-estar e a

qualidade de vida para a criança. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDRIATRIA, 2012).

No que se refere ao acompanhamento nutricional contra a obesidade infantil, Coelho

et al. (2012) descrevem que a baixa qualidade de vida econômica leva a limitação do

consumo de alimento saudáveis, e o acréscimo de produtos que fazem mal para a saúde,

fazendo com que essas pessoas consumam alimentos calóricos. Uma alimentação correta

evitará que na fase adulta não ocorra o ganho de peso. A tabela 2 mostra as porções diárias a

partir de seis meses de vida até a adolescência.

Tabela 2. Ajuste na quantidade de porções ao dia, de acordo com a pirâmide alimentar.

Alimentos

Oferecidos

Faixa etária de crianças e adolescentes (porções oferecidas)

A partir de 6 a

11 meses

A partir de 1 a

3 anos

A partir da

vida escolar*

A partir da

adolescência**

Pães, cereais 3 3 3 3 e 9

Frutas 3 4 3 5

Verduras, le-

gumes

3 3 3 4

Carnes, peixes

frangos, ovos

2 2 2 2

Leite, iogurte e

queijos

3 3 3 3

Óleos e gordu-

ras

2 2 1 1

Açúcares 1 1 1 2

Fonte: Philippi, 2018.

Nota: *A vida pré-escolar das crianças se inicia de 02 a 06 anos de idade.

**A adolescência se inicia na faixa etária dos 12 anos até os 18 anos de idade.

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A alimentação deve ser feita por várias refeições ao dia, tendo como base o principal,

que é o dejejum, café da manhã, almoço, jantar e até três lanches nos intervalos da manhã,

tarde e noite. Nas refeições principais devem se considerar uma preparação relevante como:

carboidratos e outros tipos de alimentos, como feijão, além de ser acompanhada por carnes

cozidas ou grelhadas, verduras e legumes cozidos. (LOUZADAL et al., 2015). A figura 7

exemplifica as refeições diárias que podem ser consumidas.

Figura 7. Pirâmide Alimentar Brasileira.

Fonte: Philippi, 2018.

Os alimentos relacionados na pirâmide alimentar (Figura 7), estão divididas em

grupos e níveis. Em cada grupo mostra, especificadamente, as porções diárias que devem ser

consumidas. Na base da pirâmide estão os alimentos essenciais que precisam ser consumidos

com maior abundância e os que estão no primeiro nível em quantidade menor.

O primeiro nível representa o grupo dos açúcares, doces, óleos e gorduras, que são os

alimentos que deverão ser consumidos com controle, pois são calóricos e podem ocasionar

obesidade, além de algumas doenças cardiovasculares e diabetes. O segundo nível representa

o grupo das proteínas de origem animal, representado pelas carnes, ovos, leite e derivados,

além de proteínas de origem vegetal, como feijão e oleaginosas, como a castanha-do-pará e a

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castanhas de caju. O terceiro nível representa o grupo das frutas, legumes e verduras, que são

fonte de vitaminas, minerais e fibras, essenciais para a saúde. O quarto nível representa o

grupo dos carboidratos, como massas, pães, cereais, arroz, mandioca, cará, inhame e batata

doce, que devem ser consumidos em grandes quantidades por serem ricas em carboidratos,

que representa fonte de energia para o corpo. (GOMES; TEXEIRA, 2016).

4.3 As consequências psicológicas em crianças obesas

O grande problema da obesidade não está relacionado apenas com a saúde física

causada pelo excesso de peso. Há uma série de transtornos psicológicos que podem

comprometer as crianças obesas, envolvendo inclusive áreas psicossociais. Com isso, as

crianças formam uma autoavaliação de si própria e criam um comportamento discriminatório

como reação. Muitas vezes isso é gerado por comentários maldosos de colegas, e muitas

tentam compensar o sofrimento emocional na ingestão de alimentos. (PUDER; MUNSCH,

2010).

As consequências como retraimento social ou isolamento, podem contribuir bastante

para a vulnerabilidade psicológica. Isso faz com que um dos sintomas mais comuns seja o da

depressão infantil, gerada pela obesidade e pelos transtornos alimentares. A parte mais

dolorosa de tudo isso, é o sofrimento emocional, pois na sociedade atual a aparência física é

bastante enfatizada. O que mais vem se destacando atualmente não é a compromisso com a

saúde, e sim com a aparência. Dessa forma, pessoas que estão obesas se sentem com a

autoestima baixa, sendo que as crianças sofrem bastante, pois são incapazes de agir diante de

uma sociedade que age com críticas depreciativas. (SALIM; BICALHO, 2004).

O grande problema de pais ou responsáveis ansiosos e desatentos, são os que tendem a

oferecer alimentos de forma indiscriminada para as crianças, achando que pelo fato de muitas

vezes chorarem, elas necessitam de ser alimentadas, não observando que o choro pode ser por

outro motivo. Com isso as crianças tendem a associar todas perdas ou desconfortos com a

ingestão de alimentos. (NOBREGA; CAMPOS; NASCIMENTO, 2000).

Muitas vezes os responsáveis por essas crianças são autoritários, exigindo o máximo

de seus filhos, o que também pode contribuir para obesidade deles. Sendo assim, as crianças

aprendem que para solucionar todos os seus problemas, suas angústias e ansiedade, é

necessário ingerir alimentos. (LEME, 2004).

Crianças obesas não sentem prazer em quase nenhuma atividade social e têm difícil

aceitação entre as outras crianças, portanto o “comer” torna-se o seu refúgio. (NOBREGA;

CAMPOS; NASCIMENTO, 2000).

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O sentimento de tristeza, agressividade e irritabilidade frequente, podem ser indícios

de depressão infantil. As mudanças de comportamentos repentino é de importância para um

diagnóstico de transtornos depressivos. Esses sintomas podem prejudicar a vida dessas

crianças de maneira intensa, como por exemplo, o rendimento na escola, relacionamento

social e com a família. (FU; CURATOLO; FRIEDRICH, 2000).

Os transtornos ociosos mais frequentes em crianças são o transtorno de separação e o

transtorno de ansiedade generalizada. (CASTILHO et al., 2000). A ansiedade é classificada

por duas dimensões distintas. A primeira é de estado emocional transitório e se fundamenta

em sentimentos desagradáveis de apreensão e tensão. A segunda refere-se às diferenças

individuais, como por exemplo, a maneira que o indivíduo reage com situações ameaçadoras.

Assim, é importante o descobrimento da ansiedade no tratamento em crianças obesas para que

seja feita uma orientação adequada aos responsáveis. (LUIZ et al., 2005).

A família não é considerada a única responsável pela obesidade infantil, mas, parte

dela a mudanças de hábitos da criança para que haja a reversão dessa epidemia. Para que o

tratamento do sobrepeso infantil seja eficaz, é essencial que toda a família entre nas mudanças

diárias. O mais importante papel dos pais ou responsáveis para ajudar essas crianças obesas,

começa dentro dos seus lares, através do incentivo a prática de esportes e ingestão de lanches

saudáveis e nutritivos. É importante também que os adultos sempre planejem as refeições com

eles, pois assim terão mais chances de sair da obesidade. (DORNELLES; ANTON;

PIZZINATO, 2014).

O Ministério da Saúde (2014) introduz o Guia Alimentar brasileiro abordando várias

práticas alimentares apropriadas. O seu principal objetivo é ajudar as famílias que necessitam

de esclarecimento sobre uma vida saudável, longe da obesidade. Esse Guia mostra a

promoção da saúde para as famílias, com várias informações sobre alimentação, dicas de

como escolher um alimento certo, etc. Nele destaca-se os dez importantes passos para uma

alimentação saudável, que são:

1.Fazer de alimentos In Natura ou minimamente processados a base da alimentação.

2.Utilizar óleos, gorduras, sal e açúcar em pequenas quantidades ao temperar e cozinhar alimentos e

criar preparações culinárias.

3.Limitar o consumo de alimentos processados.

4.Evitar o consumo de alimentos ultra processados.

5.Comer com regularidade e atenção, em ambientes apropriados e, sempre que possível, com

companhia.

6.Fazer compras em locais ou que ofertem variedades de alimentos In Natura ou minimamente

processado.

7.Desenvolver, exercitar e partilhar habilidades culinárias.

8.Planejar o uso do tempo para dar à alimentação o espaço que elas merecem.

9.Dar preferência, quando estiver fora de casa, a locais que servem refeições feitas na hora.

10.Ser crítico quanto às informações, orientações e mensagens sobre alimentação veiculadas em

propagandas comerciais. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014, p.125).

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A obesidade nas sociedades antigas era vista como sinal de poder, riqueza e beleza.

Em outros tempos essa patologia passou a ser vista pela Igreja como pecado. Logo depois, a

magreza se destaca por motivos de beleza. O que antes era uma questão de poder e beleza,

agora é vista como uma doença crônica não transmissível.

Nos últimos anos a obesidade infantil vem crescendo em níveis alarmantes, sendo que

várias associações da saúde estão entrando em alerta, pois o que era visto apenas em adultos,

agora está instalada também em crianças e adolescentes. A obesidade infantil vem crescendo

em todos os países, até mesmo em lugares onde a desnutrição se destaca. O único país em que

não há um aumento da obesidade infantil é o Japão, devido a alimentação saudável, prática de

exercícios e a política pública efetiva.

A obesidade infantil é considerada como problema de saúde, que acarreta outros males

para a vida adulta, como a hipertensão, diabetes e depressão. Sendo um problema mundial,

essa patologia é maior em centros urbanos do que em zonas rurais, mesmo em países onde a

desnutrição é o maior destaque.

As consequências que há no decorrer do dia-dia das crianças obesas e suas limitações,

são cada vez mais precoce, pois a maior parte dessas crianças se tonarão adultos obesos. O

comportamento desses indivíduos vem desencadeando transtornos compulsivos, ansiedade e

irritabilidade, consumindo assim mais alimentos não saudáveis, tornando-se crianças com

sobrepeso.

As mudanças alimentares e de hábitos no cotidiano da criança obesa, orientada pelos

pais ou responsáveis, podem mudar a realidade dessa patologia. Para isso, faz-se necessário

novas atitudes e formas de vida saudável, com alimentação e práticas de exercícios,

culminando assim em adultos saudáveis, fora de risco de se tornarem obesas.

As consequências que a obesidade pode trazer para a vida da criança ou adolescente

são enormes, e a pior delas é a psicológicas, que podem acarretar sofrimento e transtornos

diários.

Muitas vezes, o fato da criança ou adolescente estar mais gordinhos, faz com que elas

se sintam incapazes de se relacionarem com outras crianças, e acabam se isolando, tornando-

os mais ansiosos e excedendo na alimentação.

Para que haja uma mudança de comportamento, os pais ou responsáveis são os

principais auxiliadores nesse processo de tratamento contra a obesidade infantil, pois é através

deles que as crianças terão novos hábitos alimentares saudáveis.

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