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Ficha para identificação da Produção Didático-Pedagógica
Título O ESTUDO DA MEIOSE E SUAS IMPLICAÇÕES NAS ALTERAÇÕES CROMOSSÔMICAS NUMÉRICAS EM Homo sapiens
Autora Nilce Mariko Matsuda
Disciplina Biologia
Escola de Implementação do projeto e sua localização
Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos-Ensino fundamental e médio
Município da escola São Miguel do Iguaçu-PR
Núcleo Regional da Educação Foz do Iguaçu-PR
Professor Orientador Professora Ms.Jocicléia Thums Konerat
Instituição de Ensino Superior Unioeste - Cascavel
Resumo
O ciclo celular das células germinativas no ensino médio, geralmente, possui uma abordagem teórica, estimulando apenas a memorização. Desta forma, o presente estudo que será realizado no Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos- E.F. M. em São Miguel do Iguaçu-PR, permeando o ensino e aprendizagem da biologia aos alunos da terceira série do ensino médio, no primeiro semestre de 2013 tem como objetivo demonstrar a origem das cromossomopatias, relacionando à divisão celular e formação dos gametas. Para que ocorra a compreensão do tema, propõem-se além da abordagem teórica, atividades práticas e diferenciadas, com destaque a simulação de um protocolo para a obtenção de células metafásicas. Na sequência será realizada a visualização das mesmas ao microscópio, seguida da
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montagem de um cariótipo normal, posteriormente um cariótipo alterado. Sob essa ótica, estudar a citogenética aproximando à realidade do aluno contribui para a formação de um sujeito investigativo e interessado, que busca conhecer e compreender a realidade da espécie Homo sapiens.
Palavras-chave Ciclo celular, meiose, cariótipo, cromossomopatias.
Formato do Material Didático Unidade Didática
Público Alvo Alunos da terceira série do ensino médio.
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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO
Professor PDE : Nilce Mariko Matsuda
Área PDE : Biologia
NRE: Foz do Iguaçu
Professora Orientadora da IES : Ms.Jocicléia T. Konerat
Escola de Implementação : Colégio Estadual Nestor Victor dos Santos-Ensino
Fundamental e Médio
Publico objeto da Intervenção : Alunos da terceira série ensino médio
Período : Primeiro semestre do ano de 2013
Carga-horária : 32 horas
TEMA DE ESTUDO:
As Ciências Biológicas e suas Implicações para o Ensino de Biologia
TITULO
O estudo da meiose e sua relação com as alterações cromossômicas numéricas em
Homo sapiens.
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INTRODUÇÃO
Com muita frequência, temas como o ciclo celular das células germinativas
permeiam no ensino médio, numa abordagem teórica, estimulando apenas a
memorização.
De acordo com as Diretrizes Curriculares da Educação Básica a formação do
sujeito crítico, reflexivo e analítico, consolida-se por meio de um trabalho em que o
professor reconhece a necessidade de superar concepções pedagógicas anteriores,
ao mesmo tempo em que compartilha com os alunos a afirmação e a produção de
saberes científico a favor da compreensão do fenômeno VIDA (DCE 2008, p.54).
Neste sentido, a presente unidade didática apresenta dois focos a serem
considerados: um dos focos a ser estudado nesta unidade didática “estudo da
meiose e sua relação com as alterações cromossômicas numéricas em Homo
sapiens” terá uma abordagem teórica complementada por atividades práticas; o
outro enfatiza o papel da aula prática, sua relevância frente ao conteúdo proposto,
vinculado à realidade.
Desta forma, é desafiador entender um dos temas imprescindível para a
compreensão do fenômeno vida.
Em relação à divisão celular, muitos erros podem ocorrer. A relevância médica
da meiose está em erros de um ou outro mecanismo de divisão celular, levando à
formação de uma pessoa ou uma linhagem celular com número anormal de
cromossomos (Thompson &Thompson, 2002).
Apropriar-se desses conhecimentos e compreender que em varias espécies,
inclusive na nossa, há possibilidade de nascer indivíduos com alterações numéricas
cromossômicas decorrentes de erros no processo de divisão celular nem sempre é
fácil. Sob essa ótica, buscamos as melhores maneiras de trabalhar o tema, de modo
a levar os alunos mais próximos da teoria e prática bem como, o entendimento da
relação divisão celular meiose com as cromossomopatias que fundamentam e
justificam a presente unidade didática.
Nas palavras de Guerra:
Os cromossomos, com sua imensa variabilidade, acentuada pelas modernas técnicas de observação e coloração, exercem sobre o pesquisador o mesmo
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fascínio que a diversidade de formas e cores das borboletas, pássaros e orquídeas em relação aos colecionadores e estudiosos desses organismos. (GUERRA,1988)
Para que ocorra de fato o entendimento dessa relação, nossa sugestão é
iniciar o estudo com certo grau de detalhamento e com o processo biológico de
formação dos oócitos secundários e espermatozoides (gametogênese humana), já
que a meiose ocorre somente nas células da linhagem germinativa e apenas uma
vez numa geração.
Com vistas a ampliar a compreensão acerca da gametogênese, importante
lembrar que, as células germinativas primordiais humanas fora do embrião migram
para as cristas genitais indo se associar às células somáticas para formar as
gônadas primitivas que se diferenciam em testículos ou ovários.
Cumpre salientar que a gametogênese, ou a produção de gametas, ocorre
nas gônadas (Connor & Ferguson-Smith, et al.1993). Um aspecto importante a
discutir com os alunos é que a espermatogênese e a ovocitogenese, necessitam da
meiose, mas possuem diferenças importantes, nos detalhes e época dos eventos,
que podem ter consequências clínicas e genéticas para a progênie. (Thompson &
Thompson, 1993).
É oportuno mencionar que, como os testículos são mais acessíveis que os
ovários para a biopsia, a maioria das informações humanas é sobre a meiose
masculina (Connor & Ferguson-Smith, et al. 1993). De forma complementar, outro
aspecto que ganha destaque segundo os mesmos autores é que a maior parte da
prófase da meiose feminina é completada durante o desenvolvimento embrionário e
só pode ser estudada no feto.
A partir desses pressupostos, em uma abordagem diferenciada, com vistas a
elucidar o tema proposto, buscamos estabelecer uma unidade entre a teoria e a
prática.
Desse modo, na busca por literatura sobre a importância das atividades
experimentais, encontramos Krasilchik (2004) que enfatiza o valor das mesmas no
ensino de biologia, por permitirem que os alunos tenham contato direto com os
fenômenos, manipulando os materiais e equipamentos e observando organismos.
Ainda no que se refere aos recursos pedagógicos, é oportuno mencionar que
as DCE (2008) sustentam que estratégias de ensino como a aula dialogada, leitura,
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escrita, atividade experimental, estudo do meio bem como jogos didáticos, entre
tantas outras, devam favorecer a expressão dos alunos, seus pensamentos, suas
percepções, significações, interpretações, uma vez que aprender envolve a
produção/criação de novos significados.
Em um amplo contexto, é recorrente a ideia de incluirmos uma diversidade de
modalidades didáticas, pois essa variação poderá atrair e interessar os alunos,
complementando, extrapolando os limites na compreensão da temática abordada. É
o que buscamos com o “estudo da meiose e sua relação com as alterações
cromossômicas numéricas em Homo sapiens”.
Após abordagem teórica desse conteúdo que, compõe o currículo escolar,
propomos nessa unidade, alguns roteiros de aulas práticas, elaborados com o
objetivo de demonstrar de uma forma diferenciada a origem das cromossomopatias,
promovendo assim, a percepção de erros no processo de divisão celular dos tecidos
germinativos, investigados pela Citogenética clínica, bem como, uma aproximação
entre os conceitos teóricos e à prática, conferindo-lhes significado.
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UNIDADE 01
Atividade 01
Titulo: Identificando onde ocorre o ciclo celular e a divisão meiótica das
células germinativas
1. Introdução
Inicialmente, vale lembrar que o ser humano é um organismo multicelular
originado pela fecundação ou fertilização de duas células especiais - os gametas,
formando a célula ovo ou zigoto que, passa por divisões sucessivas.
A compreensão de que, a partir de uma única célula, é possível formar um
organismo multicelular, é fantástica! Para tanto, os conhecimentos básicos sobre a
anatomia e fisiologia do sistema genital feminino e masculino na espécie humana
são essenciais. E é estimulando a curiosidade dos estudantes que vamos
oportunizar informações sobre os principais órgãos que compõem os referidos
sistemas para que, com bastante clareza e segurança possam identificar as gônadas
- local de ocorrência da divisão meiose bem como, compreender o desenvolvimento
de um novo indivíduo.
Sabendo que cada sexo possui órgãos reprodutores produzindo e
transportando células germinativas (gametas) das gônadas para o local de
fecundação (tuba uterina), vamos então, conhecer os principais órgãos que
compõem o sistema genital masculino e feminino, sem perder de vista as gônadas -
local de ocorrência da meiose.
Sistema Genital Masculino
Formado por pênis, canais ou ductos deferentes, testículos, epidídimo,
vesículas seminais, próstata, escroto, glândula bulbouretral e ducto ejaculatório.
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Testículos (gônadas masculinas): produzem espermatozoides (células
germinativas masculinas) e testosterona(hormônio sexual masculino), tem forma
ovoide, está situado numa bolsa denominada escroto.
Sistema Genital Feminino
Constituído por vagina, útero, tubas uterinas, ovários, vulva ou pudendo.
Ovários (gônadas femininas): produzem ovócitos e hormônios (estrogênio e
progesterona) responsáveis pelo desenvolvimento das características sexuais
secundárias e pela regulação da gestação;
2. Objetivos:
• Estabelecer relação entre os conhecimentos sobre os órgãos que compõem o
sistema genital masculino e feminino em especial as gônadas local de
ocorrência da divisão meiose.
• Promover a interação, socialização, participação e aperfeiçoar a habilidade de
comunicação do aluno e fornecer informações.
3. Materiais:
Figuras das regiões do sistema genital masculino e feminino, cola, lápis de cor,
tesoura, e.v.a., borracha, figura secção sagital esquemática das regiões pélvicas de
uma mulher e de um homem.
4. Metodologia:
Os alunos organizados em grupos vão representar os órgãos que compõem o
sistema genital masculino e feminino em especial as gônadas, na sequencia, irão
recortar cada órgão representado, identificando a posição dos mesmos com
destaque, as gônadas - local de ocorrência do ciclo celular e a divisão meiose das
células germinativas, colando em uma (figura) secção sagital esquemática das
regiões pélvicas de uma mulher e de um homem, para posterior apresentação aos
colegas.
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5. Resultados:
Os grupos fixarão as atividades em um ponto comum na sala de aula, onde farão
a apresentação aos colegas, momento esse em que, será feito a verificação da
aprendizagem.
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Atividade 02
Redescobrindo o laboratório II
1. Introdução
Em relação às atividades práticas, Krasilchik (2004) afirma que a
precariedade das instruções que os professores dão aos alunos é um dos maiores
fatores limitantes do sucesso da atividade.
Visto que nessa atividade o enfoque é “redescobrir o laboratório”, visando os
melhores resultados possíveis, torna-se fundamental que os alunos recebam
algumas instruções que antecedem e auxiliam na organização de trabalho no
laboratório.
Partindo desse ponto, cada aluno receberá o texto intitulado “Trabalhando
aulas práticas com segurança e evitando comportamentos inadequados”,
desenvolvido a partir de Krasilchick (2004 p.122 a 124) e, de posse do texto,
inicialmente será feita a leitura, em seguida, a atividade proposta conforme citado na
metodologia.
2. Objetivos:
• Promover a interação entre o texto e o aluno;
• Estabelecer regras de comportamento, validas para todo o trabalho de
laboratório;
• Conhecer os equipamentos mais usados no ensino de biologia.
3. Materiais:
Texto impresso, microscópio, lupa, balança, bico de Bunsen, termômetro,
béquer, tubo de ensaio, placa de Petri, funil, lamínula, lâmina, caneta, diagrama
impresso.
4. Metodologia:
Os alunos irão ao laboratório de biologia, onde farão a leitura do texto
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impresso (anexo I). Em seguida, receberão um diagrama e procurarão as palavras
em negrito do texto. Após encontrar todas as palavras, irão reconhecer os materiais,
que estarão dispostos sobre a bancada e representá-los no caderno de forma
esquemática. Acredita-se que tal atividade contribuirá na redescoberta do
laboratório!
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ANEXO I
Trabalhando aulas práticas com segurança e evitando comportamentos
inadequados
É considerável a necessidade de uma parte prática na disciplina de biologia,
além de ser uma importante estratégia de ensino, auxiliam os objetivos na formação
dos estudantes; estimulam o espírito de cooperação e aumentam a discussão entre
os estudantes sobre as atividades que estão sendo exercidas.
Por questões de segurança, no laboratório de biologia, boa iluminação e
ventilação são imprescindíveis. Microscópio , lupa , balança de precisão, bico de
Bunsen , termômetro , béquer, placa de Petri, cápsula de porcelana , tubo de
ensaio , funis , pipetas , lâminas , lamínulas são alguns dos equipamentos e
vidrarias usadas para as praticas de biologia.
Para que as atividades deem o melhor resultado possível, é imprescindível o
conhecimento das regras de comportamento, válidas para todo o trabalho de
laboratório, entre elas:
O lixo não deve ficar espalhado pelo chão;
As soluções devem ser pipetadas com bulbo de sucção , nunca com a boca;
Não se deve ingerir alimentos ;
O agasalho do aluno não deve ficar espalhado. Seguindo essas instruções de forma
precisa, trabalharemos aulas práticas com segurança e evitaremos comportamentos
inadequados tornando as aulas de biologia tanto mais produtivas quanto melhores.
Caro Aluno:
“Redescobrindo o laboratório II” é a nossa próxima atividade. Após leitura,
para que você se familiarize com algumas expressões, materiais e vidrarias que
vamos utilizar nessa etapa da aula, bem como, conheça regras básicas de
comportamento no laboratório, elaboramos o caça-palavras educativo. Para tanto,
procure e marque no diagrama abaixo, as palavras que estão em negrito no texto.
Contamos com a sua participação!
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O R T T E B A L A N Ç A L A M S L A M I N A S
T E U M O T R O I J W M S T A F I G R U O T O
M U B W S R Ã M V X I Y H T C S U J I F I E I
A Q O Z E J B P Ç N O D E J P D F N L U P A R
N E D F Q P T L C A O P A D N E V A I R O T O
A B E X V I U A B B I O L O G I A O C S C T T
L A E U B I O C I P D R M O O A Ç C U S S V A
E Q N Z M E N A C A G S O T N E M I L A O K R
C Ç S A I R A R D I V E N T I L A Ç A O R Z O
R L A M I N U L A P N N E S N U B E D O C I B
O W I L Ç F D O R T E M O M R E T A X W I R A
P P O O H L A S A G A I L U M I N A E R M R L
O R T T E B A L A N Ç A L A M S L A M I N A S
T E U M O T R O I J W M S T A F I G R U O T O
M U B W S R Ã M V X I Y H T C S U J I F I E I
A Q O Z E J B P Ç N O D E J P D F N L U P A R
N E D F Q P T L C A O P A D N E V A I R O T O
A B E X V I U A B B I O L O G I A O C S C T T
L A E U B I O C I P D R M O O A Ç C U S S V A
E Q N Z M E N A C A G S O T N E M I L A O K R
C Ç S A I R A R D I V E N T I L A Ç A O R Z O
R L A M I N U L A P N N E S N U B E D O C I B
O W I L Ç F D O R T E C O M R E T A X W I R A
P P O O H L A S A G A I L U M I N A E R M R L
5. Resultados:
Após a execução do caça palavras educativo, os alunos identificarão os
materiais selecionados e dispostos sobre a bancada representando e nominando-os
no caderno.
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Atividade 03
Simulando um protocolo
1. Introdução:
No laboratório de biologia, inicialmente, será explicada, a técnica mais
utilizada para o estudo dos cromossomos (microtécnica ou microcultura), que é a
cultura de leucócitos. Evidenciando o tipo de célula que é utilizada e as substâncias
químicas necessárias para realizar o processo.
Conforme Beiguelman (1982), para a cultura de leucócitos são suficientes 10
a 15 gotas de sangue heparinizado, mantido em estufa a 37ºC durante 72h, visto
que é ao redor desse período que a taxa de mitoses em linfócitos atinge o seu
máximo. Após esse tempo, acrescenta-se a substância colchicina, que ali
permanece por mais duas horas, sendo depois centrifugado. Após desprezar todo o
sobrenadante, as células são submetidas à hipotonia. Isso é conseguido
acrescentando-se 3ml de solução de cloreto de potássio, que penetra nas células,
inchando-as e possibilitando uma dispersão maior dos cromossomos. As células
então são fixadas, com uma solução de metanol e acido acético. Este material é
distribuído sobre as lâminas e corado adequadamente, para posterior exame ao
microscópio. As metáfases melhores são fotografadas e ampliadas, possibilitando o
estudo do conjunto cromossômico do indivíduo, ou seja, do cariótipo.
Na sequência serão simuladas algumas das etapas do protocolo, para que
seja observada a célula metafásica, porém, apenas na lâmina da professora será
realizado o processo real.
2. Objetivos:
• Demonstrar aos alunos como é desenvolvido um protocolo em um laboratório;
• Relacionar os conteúdos teóricos aprendidos com a prática.
• Reconhecer na prática o número diplóide de Homo sapiens como 46
cromossomos.
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3. Materiais:
Lâmina, tubo tipo eppendorf, suporte para lâmina, água aquecida,
termômetro, corante, tetina (conta-gotas), ponteira cortada, álcool, microscópio,
suspensão celular armazenada em tubo tipo eppendorf.
4. Metodologia:
Com o auxílio de uma imagem de microtécnica ou microcultura, serão
explicadas quais as etapas necessárias para realizar um protocolo em laboratório.
Após a explicação, serão demonstradas algumas das etapas do protocolo, desde
seu armazenamento bem como é feita a transferência para a lâmina e coloração. A
transferência do material oriundo do tubo contendo a suspensão celular será
executada pela professora. Na sequência, os alunos realizarão essa mesma etapa,
mas com tubo contendo álcool, conforme descrito abaixo:
a.. Colocar previamente uma lâmina mergulhada em água com temperatura a 60 C;
b. Homogeneizar a suspensão celular contida no tubo tipo eppendorf, utilizando uma
ponteira adaptada a uma tetina.
c. Retirar a lâmina da água aquecida e pingar duas gotas em posições distintas
sobre a lâmina (esta deverá estar inclinada e posicionada a uma distância de
aproximadamente 50 cm);
d. Aguardar secar;
e. Corar com o corante Giemsa previamente preparado por 6 minutos; lavar a lâmina
aguardar secar.
f. A lâmina contendo o material será submetida à coloração. Posteriormente, a
mesma será posicionada no microscópio acoplado à televisão para ser observada
com aumento de 1000X, mostrando a célula metafásica. Alguns pontos serão
trabalhados:
a. Por que os cromossomos estão espalhados.
b. Número de cromossomos.
c. Tamanho dos cromossomos.
d. Cromossomos sexuais.
Após os alunos observarem o material no microscópio, receberão uma célula
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metafásica impressa e entregarão a atividade na forma de relatório (anexo)
5 Resultados e Discussão
Será realizado pelo desenvolvimento do relatório abaixo:
Colégio:______________________________________________________________________________-
Aluno:____________________________________________________-
Relatório
1.Observe a célula metafásica e responda:
Fonte: Célula Metafásica
Imagem cedida pela professora orientadora Ms. Jocicléia T. Konerat
1) Qual o número diplóide?
2) Circule o maior par de cromossomos.
3) Esse indivíduo é normal?
4) É possível identificar os cromossomos sexuais do indivíduo?
5) É possível identificar os grupos a que pertence cada cromossomo?
6) É possível identificar o centrômero dos cromossomo
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Atividade 04
Montando o cariótipo de Homo sapiens
1. Introdução:
De acordo com Robertis (2003), o que faz com que os cromossomos cheguem a
ser vistos como estruturas individuais na metáfase é o grau de compactação. Esse
grau de compactação permite que os cromossomos sejam fixados, fotografados,
podendo ser isolados e ordenados com relativa facilidade. O mesmo autor escreve
que o conjunto de tais cromossomos, dispostos sobre uma folha, de acordo com
uma ordem preestabelecida, recebe o nome de cariótipo.
Desse modo, vale a pena ressaltar que cada espécie tem um complemento
cromossômico característico em número e forma. Sob essa ótica, é oportuno lembrar
que, em condições normais, as células humanas somáticas possuem 46
cromossomos, isto é, 46 moléculas de DNA, divididos em 22 pares de autossomos
mais um par de cromossomos sexuais. Os dois membros do par sexual são
idênticos entre si na mulher, porem distintos no homem. E como entender o modo
pelo qual os cromossomos metafásicos das células somáticas humanas são
identificados? Nesse sentido, a aula prática tem um lugar insubstituível, conforme
ressalta Krasilchik (2004), pois somente nas aulas práticas os alunos enfrentam os
resultados não previstos, cuja interpretação desafia sua imaginação e raciocínio.
Assim sendo, que tal enfrentarmos resultados não previstos e aprendermos com
o cariótipo Homo sapiens?
2. Objetivos:
• Conhecer o número normal de cromossomos da espécie humana;
• Reconhecer o cariótipo como instrumento para estudo de cromossomos;
3. Materiais:
Foto contendo um cariótipo parcialmente montado contendo 46
cromossomos; tesoura; cola; folha contendo as normas para montagem do cariótipo;
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folha devidamente identificada para a montagem preliminar, fita crepe.
3. Metodologia:
Os alunos serão organizados em grupos de no máximo três integrantes. Os
mesmos receberão os materiais descritos para realizar a atividade, conforme
descrito abaixo:
Montagem da prancha:
1) Retirar o preenchimento dos retângulos pertencentes a cada grupo
cromossômico;
2) Colar fita crepe, sendo que a parte colante deve ficar voltada para frente;
Recorte dos cromossomos:
1) Na parte superior da foto já estão organizados dentro de cada grupo um de
cada cromossomo homólogo. Os mesmos deverão ser recortados e colados
na respectiva posição.
2) Após ter concluído esta etapa, na parte inferior da foto estão distribuídos os
homólogos de cada um dos cromossomos recortados. Estes deverão ser
recortados e pareados (devendo ser observado tamanho, posição do
centrômero e as bandas).
3) Após conferência da professora, os pares de cada cromossomo homólogo
serão transferidos e colados para a folha definitiva;
4) Abaixo deverá ser preenchido o número diplóide.
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Atividade 05
Identificando as alterações numéricas e relacionand o as síndromes em Homo
sapiens
1. Introdução
Segundo Robertis (2003), o funcionamento normal do sistema genético se
mantém pela constância do material hereditário presente nos cromossomos.
Acidentalmente, podem ser produzidas alterações no cariótipo que têm diversas
consequências genéticas. Neste contexto, Almeida et al.,(1994) ressalta que, os
indivíduos com cromossomos a mais ou a menos são originados por meioses
defeituosas, como, por exemplo, através da não separação de um par de
cromossomos homólogos (não-disjunção). Em outras palavras, ocorrem erros na
meiose e estes geram as cromossomopatias, investigadas pela Citogenética Clínica.
Diante disso, como demonstrar aos alunos a importância desse conteúdo vinculando
a realidade? Consta nas Diretrizes Curriculares que a aula deve introduzir momentos
de reflexão teórica com base na exposição dialogada, bem como a experimentação
com possibilidade de superar o modelo tradicional das aulas práticas dissociadas
das teóricas (DCE, 2008).
2. Objetivos:
• Reconhecer a importância dos estudos cromossômicos para a prevenção e
diagnóstico de síndromes cromossômicas;
• Reconhecer o cariótipo como um instrumento no estudo de cromossomos bem
como sua aplicação no diagnóstico de anormalidades numéricas;
• Diferenciar as aberrações cromossômicas numéricas e caracteriza-las.
3. Materiais:
Cariótipo do individuo normal montado na aula anterior
Um cromossomo autossomo previamente recortado: 21,13,18
Um cromossomo sexual previamente recortado: X
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4. Metodologia:
Para cada grupo serão distribuídos cromossomos extras, sendo um de cada
vez. Esses cromossomos extras estarão colados em uma imagem que representa
um ovócito e espermatozoide. De posse de cada cromossomo extra, os alunos
deverão comparar no cariótipo que montaram e reconhecer a que grupo pertence.
Na sequência, será denominada a síndrome e apresentadas as anormalidades
cromossômicas mais comuns para cada síndrome. Assim, Síndrome de Down ou
trissomia do cromossomo 21 é a alteração cromossômica mais conhecida
decorrente da não-disjunção na meiose materna; Síndrome de Edwards ou trissomia
do cromossomo 18, devido a uma não-disjunção parental; Trissomia do cromossomo
13 ou síndrome de Patau, devido a uma não-disjunção na primeira ou na segunda
divisão meiótica em qualquer um dos genitores; Monossomia do cromossomo X ou
síndrome de Turner, pode surgir de não-disjunção em qualquer um dos genitores;
Síndrome de Klinefelter origina-se através de erros por não-disjunção na meiose
materna.
5. Resultados:
Os alunos identificarão o cromossomo recebido, de qual progenitor,
denominarão a síndrome e suas principais características.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M.R.J., CUNHA, X.A. Genética clássica e molecular . Fundação Calouste
Gulbenkian, Lisboa, 1994.
BEIGUELMAN, B. Citogenética Humana . Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de
Janeiro/RJ, 1982.
CONNOR, J. M.; FERGUSON-SMITH, M A. Fundamentos de Genética Médica .
Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de Janeiro/RJ. 3ª Ed., 1993.
Diretrizes Curriculares da educação básica biologia, 2008, Paraná.
DE ROBERTIS, R. Biologia Celular e molecular. Editora Guanabara Koogan S.A.,
2003.
GUERRA, M. Introdução à Citogenética Geral . Editora Guanabara Koogan S.A. Rio de janeiro/RJ, 1988.
KRASILCHIK, M. Prática de Ensino de Biologia . Editora da Universidade de São Paulo, São Paulo/SP, 2005.
THOMPSON, J S.; THOMPSON, M W. Genética médica . Ed. Atheneu. Rio de
Janeiro/RJ, 2ª ed., 1988.