filosofia política

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Filosofia política estudos importante ensino médio

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  • FILOSOFIAPOLTICA

  • Tudo aquilo que diz respeito aos cidados e ao governo da cidade, aos negcios pblicos. A filosofia poltica assim a anlise filosfica da relao entre os cidados e a sociedade, as formas de poder e as condies em que este se exercem, os sistemas de governo, e a natureza, a validade e a justificao das decises polticas. Segundo Aristteles, o homem um animal poltico, que se define por sua vida na sociedade organizada politicamente. Em sua concepo, e na tradio clssica em geral, a poltica como cincia pertence ao domnio do conhecimento prtico e de natureza normativa, estabelecendo os critrios da justia e do bom governo, e examinando as condies sob as quais o homem pode atingir a felicidade (o bem-estar) na sociedade, em sua existncia coletiva. (Hilton Japiass e Danilo Marcondes. Dicionrio bsico de Filosofia)

  • ... O que poltica? A atividade social que se prope a garantir pela fora, fundada geralmente no direito, a segurana externa e a concrdia interna de uma unidade poltica particular... No dogmaticamente que eu proponho esta definio (outras so possveis), mas simplesmente para ressaltar que, sem o uso da noo de fora, a definio seria visivelmente defeituosa. Se, numa democracia, um partido tem peso poltico, porque tem fora para mobilizar um certo nmero de eleitores. Se um sindicato tem peso poltico, porque tem fora para deflagrar uma greve. Assim, fora no significa necessariamente a posse de meios violentos de coero, mas de meios que nos permitam influir no comportamento de outra pessoa. A fora no sempre (ou melhor, rarissimamente) um revlver apontado para algum; pode ser o charme de um ser amado, quando me extorque alguma deciso (uma relao amorosa , antes de mais nada, uma relao de foras). Em suma, a fora a canalizao da potncia, a sua determinao (Gerrd Lebrun. O que poder)

  • JUSTIA

  • JUSTIATrata-se dos princpios constitudos e dos meios legais de garantia da proporcionalidade entre as pessoas e seus atos. Instaurao de regras em comum e dos mecanismos que assegurem seu cumprimento.Medidas de ordem poltica e social (cdigos, normas, milcia).Equidade de obrigaes e oportunidades em todas as relaes sociais (Rawls)

  • PODERPoder significa a probabilidade de impor a prpria vontade, dentro de uma relao social, ainda que contra toda a resistncia e qualquer que seja o fundamento dessa probabilidade. (Max Weber)

    Capacidade de realizar uma ao, de exercer a fora* sobre outras pessoas, seja legtima ou ilegtima. (*persuasiva, institucional, repressiva).Artifcios usados para influenciar o comportamento social tendo em vista atingir um objetivo prtico.

  • MORALPOLTICA

  • ARISTTELES(384-322 a.c.)Homem: animal poltico (sociabilidade natural)Cidade como finalidade maior da vida humana (convivncia)Definies:Cincia do bem supremoTeoria do Estado ideal e do Estado possvelDiscusso:Melhor constituio Formao e permanncia de governosAvaliao de regimes polticosFunes sociais e orientao educacional

  • ARISTTELES(384-322 a.c.)Moral integra a poltica philia (laos amigveis de convvio)Poder poltico estabelece leis, preserva a coisa pblica, promove a justiaCidado (participa politicamente) e escravo (naturalmente servo)Justia: ao de igualar os iguais e desigualar os desiguais.Distributiva partilha os bens da cidadeComutativa concede participao na vida pblica

  • FORMAS DE GOVERNO E QUALIDADES DOS GOVERNANTES

  • PENSAMENTO POLTICO MODERNO

  • QUESTES NORTEADORAS DOS TEMAS POLTICOS ENTRE OS FILSOFOS MODERNOS:

    Se h uma natureza prvia do homem que o impea de conviver pacificamente com seu semelhante.

    Se cabe poltica controlar a esfera pblica e determinar o modo de convivncia, estabelecendo limites e coeres, ou apenas resguardar a condio fundamental de cada homem que o conduz necessariamente a se organizar em sociedade.

    Se o Estado deriva da incapacidade humana para uma existncia em comum ou se uma imposio forosa, e de que tipo de poder deve se servir para tornar o indivduo um poltico, formando uma comunidade poltica.

  • OS CONTRATUALISTASTHOMAS HOBBESJEAN-JACQUES ROUSSEAUJOHN LOCKE

  • Leviat

  • THOMAS HOBBES(1588-1679)ESTADO E ABSOLUTISMO

    Natureza humana: egosmo (move-se por paixes)Liberdade e rivalidade permanenteO homem o lobo do homem (Plauto) Estado de guerra de todos contra todosA necessidade do pacto social

  • THOMAS HOBBES(1588-1679)ESTADO E ABSOLUTISMOCriao do Estado e instituio do poder soberanoEstado = Deus MortalSoberania promove a cidadania (instaura a comunidade poltica)Finalidade do Estado: Segurana e paz; Manter a soberania; Regular a vida social (persuaso, censura, represso)

  • JOHN LOCKE(1632-1704)POLTICA E LIBERDADELiberdade inerente no homem (bem fundamental)Igualdade: respeito liberdade individual e preservao da integridadeHomens racionais (contidos e justos) e violadores da razo (impositivos e dominadores)Dois estados: natural (livre, pacfico, cooperativo) e de guerra (autoritrio, violento e autodestrutivo)

  • JOHN LOCKE(1632-1704)POLTICA E LIBERDADEJusnaturalismo: direitos naturais fundamento da moral e das leisA ilha e o arquiplago individual forma o socialRepresentao poltica deve proteger os direitos individuais, em especial a propriedade (tudo o que pertence ao indivduo)Contrato social visa defender os interesses e a autonomia da sociedade civil Estado limitado

  • JEAN-JACQUES ROUSSEAU(1712-1778)CONTRATO SOCIAL E SOBERANIA POPULAR

    Igualdade positiva resgate dos direitos fundamentais mediados pelas normas civis.O homem nasce bom. A sociedade o corrompe (interesses egostas, disputas, maldade).Estado natural: Bom Selvagem (piedade pelo outro).

  • JEAN-JACQUES ROUSSEAU(1712-1778)CONTRATO SOCIAL E SOBERANIA POPULARMaior problema a desigualdade social. Causa: propriedade privada (posse indevida).Contrato social: pacto de igualdade e liberdade, de todos e para todos (alienao individual pelo bem coletivo).Estado submetido Vontade Geral.Soberania popular governo como administrador pblico e representante do povo.

  • IDEOLOGIAConjunto de crenas e valores que orientam a vida social forma uma viso de mundo.Convices anunciadas e vividas por algum ou de um grupo especfico uso comum com sentido inexato, pois a ideologia para ocultar as verdadeiras razes das prticas polticas.Ideias articuladas que motivam aes sociais. Influencia o modo de pensar e agir das pessoas (crenas que induzem comportamentos).Determinao de concepes de toda ordem por grupos ou classes sociais com a inteno de implantar seus princpios polticos e interesses como se fosse verdade geral.

  • Estrutura Ideolgica

  • Caractersticas da construo ideolgicaRealidade parcial apresentada como total (manipulao da conscincia e do imaginrio).Discurso sobreposto ao real (mundo representado suplanta o mundo efetivo).Mecanismos de disseminao de ideologia: simbologias, meios de comunicao, institutos educacionais e cientficos, literatura e artes, etc.No marxismo: Distoro do pensamento que nasce das contradies sociais e as oculta (Dicionrio do Pensamento Marxista) construo ideal que surge da necessidade da classe dominante estender seu controle e manter sua posio social privilegiada.

  • As ideias da classe dominante so, em cada poca, as idias dominantes; isto , a classe que a fora material dominante da sociedade , ao mesmo tempo, sua fora espiritual dominante. A classe que tem sua disposio os meios de produo material dispe, ao mesmo tempo, dos meios de produo espiritual, o que faz com que a ela sejam submetidas, ao mesmo tempo e em mdia, as ideias daqueles aos quais faltam os meios de produo espiritual. As idias dominantes nada mais so do que a expresso ideal das relaes materiais dominantes, as relaes materiais dominantes concebidas como idias; portanto, a expresso das relaes que tornam uma classe a classe dominante; portanto, as ideias de sua dominao. Os indivduos que constituem a classe dominante possuem, entre outras coisas, tambm conscincia e, por isso, pensam; na medida em que dominam como classe e determinam todo o mbito de uma poca histrica, evidente que o faam em toda sua extenso e, consequentemente, entre outras coisas, dominem tambm como pensadores, como produtores de ideias; que regulem a produo e a distribuio das ideias de seu tempo e que suas ideias sejam, por isso mesmo, as ideias dominantes da poca. Por exemplo, numa poca e num pas em que a aristocracia e a burguesia disputam a dominao e em que, portanto, a dominao est dividida, mostra-se como ideia dominante a doutrina da diviso dos poderes, enunciada ento como lei eterna.(Karl Marx e Friedrich Engels. A ideologia alem)

  • SOCIOLOGIA DA POLTICAMAX WEBER:Poltica como Vocao

  • MAX WEBER(1864-1920)

    Poltica liderana organizada em aoNecessrio poder (inerente )De carter pblico (professio)Atividade de administrao (precisa de assessoria)Deve ser exercida com paixoPoltica no para quem quer viver dela, e sim para quem quer viver para ela.

    Duas formas de fazer poltica:1) Dedicar a vida a ela o efetivo exerccio ideal;2) Viver dela circunstancial para a sobrevivncia.

  • MAX WEBER(1864-1920)

    O poder poltico depende de meios de legitimao: Clero Literatos e Intelectuais Nobreza (empresariado) Gentil-homem (relaes pblicas) Juristas de formao universitria.

    Estado uso autntico e autnomo das leis e monoplio da violncia.Democracia favorvel a liberdade, porm possibilita o uso maligno da poltica corrupo (esquemas que desviam a finalidade do governo), voltar-se s minorias organizadas (uso do Estado em benefcio prprio)Complicaes para manter os direitos democrticos no capitalismo irracional contemporneo luta incessante pela liberdade, cerne da condio humana.tica da Responsabilidade versus tica da Convico

  • MAX WEBER(1864-1920)

    Tipos de Dominao (capacidade de ordenar aes a um agrupamento social e deles receber obedincia)

    1) Dominao Legal (Carter Racional): crena na legalidade e na instituio governamental (forma impessoal e burocrtica);2) Dominao Tradicional (Carter Tradicional): crena comum de valores e da vigncia administrativa herdadas culturalmente, representadas pela autoridade;3) Dominao Carismtica (Carter Carismtico): baseada na admirao das qualidades heroicas do lder.

  • TICA E POLTICA NO PENSAMENTO CONTEMPORNEOJNGER HABERMASJOHN RAWLSCARL SCHMITT

  • TENDNCIASDiscusso do fundamento tico para a prtica poltica presente na prpria relao entre sujeitos.tica Ps-Metafsica sem valor absoluto.Igualdade e Diferena como posies do processo de normatividade.Desconstruo do sujeito fechamento e hegemonia do sentido.Base: os Direitos Humanos e a Comunicao.

  • CARL SCHMITT (1888-1985)Oposio entre sociedade civil e poltica.Estado predominante e proponente de valor (monoplio da atividade poltica). Soberano o que decide sobre a exceoLder ditador como representante mais prximo da vontade popular.Poltica relao de confronto baseada nas ideias distintas de amigo-inimigo.Supresso das liberdades em nome do objetivo final, em que tudo se torna poltico.O valor maior tem o direito e at mesmo o dever de submeter o valor inferior, e o valor, como tal, tem toda a razo deaniquilaro sem-valor como tal.

  • JOHN RAWLS(1921-2002)

    Poltica como mediao estrutural (no cultural ou moral).Moral presente no de maneira hegemnica, mas disposta num espao social de discusso e cooperao.Democracia fundada no princpio da Justia como Equidade liberdade individual, igualdade de oportunidade, imparcialidade. A atividade coletiva justa a forma mais importante da felicidade humana.

  • JOHN RAWLS(1921-2002)

    Vu da ignorncia pressuposto hipottico da formulao original do contrato social, feito por indivduos livres e racionais, sem interesses particulares envolvidos.No h uso vantajoso de nenhuma parte nem imposio ideolgica.Necessrio igualdade real e no apenas formas. Os indefesos e sofredores revelam os problemas da sociedade.Toda poltica que favorea os desfavorecidos democrtica.Pluralismo e multiculturalismo, discusso pblica, respeito s diferenas, convvio cooperativo (reciprocidade) valores pertencentes ao poder democrtico.

  • HABERMAS(1929 - )

    Ateno linguagem como constituidora do ser-de-relao.Anlise da comunicao como via de abordagem tica princpio dialgico.Agir comunicativo: intercompreenso entre pessoas (no objetos) que buscam pela razo e argumentao se entenderem e participarem igualmente da elaborao das normas.

  • HABERMAS(1929 - )tica do Discurso Habermas associa pois tica e princpio da comunicao transparente. a razo comunicativa concebida como potncia intersubjetiva procedendo por meio de regras transparentes e imparciais que rege a abordagem (...) a qual se refere s normas de universalizao do discurso, que permite aceder ao campo tico.(Jacqueline Russ)

    Universal no o valor moral mas a perspectiva de universalizar o discurso e promover o consenso.