flora da mata atlântica mais indicadas para o reflorestamento

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Flora da Mata Atlântica mais indicadas para o Reflorestamento 06 de Janeiro de 2014 Tiago André M. Malta

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Flora da Mata Atlântica mais indicadas para o Reflorestamento 06 de Janeiro de 2014 Tiago André M. Malta

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Esta é apenas uma pequena pesquisa com o intuito de auxiliar programas de

reflorestamento com o foco da mata atlântica como uma breve lista de diversas plantas

nativas e como elas poderiam contribuir em tais ações.

Reflorestamento é uma atividade ambiental de reinserir uma floresta em áreas que

foram degradas naturalmente ou artificialmente.

Espécies Melíferas

Ipê-amarelo (Tabebuia Alba): Melífera, suas flores atraem inúmeras espécies de

abelhas.

Angico vermelho: se adapta bem a solos secos e pobres, é recomendada à

recuperação ambiental,

Plantio/Reflorestamentos mistos

Carrapeta (Guarea guidonia): Utilizado para plantio misto em áreas de

reflorestamento.

Palmeira Jerivá (Syagrus romanzoffiana): Costumam ser empregada no preparo de

estivados sobre solos brejosos, pinguelas e trapiches. Utilizada para áreas de

reflorestamento de áreas degradadas e em plantios mistos.

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Manacá da serra (Tibouchina mutabilis Cogn.): utilizada para reflorestamento misto

de áreas degradadas.

Paineira (Chorisia speciosa): Muito utilizada para reflorestamento misto de áreas

degradadas

Tataré (Pithecolobium tortum): Utilizada em plantios mistos em áreas degradadas.

Nativa somente no Rio de Janeiro.

Pata de Vaca (Bauhinia forficata): Espécie importante como fixadora de nitrogênio no

solo, portanto o seu uso é recomendado em reflorestamentos mistos destinados à

recuperação de áreas degradadas.

Caviúna: A presença de espinhos, enquanto é jovem, costuma inibir ações de

vandalismo. É útil ainda para plantios mistos em áreas degradadas e se adapta muito

bem a terrenos pedregosos e secos. Tem desenvolvimento considerado moderado

(tanto em mudas quanto na natureza).

Reflorestamento Heterogêneo

Jequitiba-baranco: Classificada já como árvore rara segundo o IBAMA. Essa espécie

é indispensável nos reflorestamentos heterogêneos com fins ecológicos.

Embaúba (Cecropia pachystachya): Pelas características de rusticidade e rápido

crescimento, não pode faltar em qualquer projeto de reflorestamento heterogêneo com

fins preservacionistas.

Camboatã ou Tapirirá (Tapirira guianensis): Utilizada no reflorestamento de áreas

heterogêneas com fins preservacionistas, sobretudo em locais úmidos. Alem de ser

muito utilizada no controle da erosão marginal em rios.

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Restauração de Matas Ciliares

Guapuruvu (Schizolobium parahyba): Utilizada para reflorestamento de áreas

degradadas, em plantios mistos e restauração de matas ciliares sem inundação.

Dedaleira (Lafoensia pacari): Espécie rara utilizada na recomposição de matas

ciliares

Figueira-braba ou Figueira branca (Oreopanax): Indicada para recomposição de

áreas degradadas e matas ciliares. Suas sementes são amplamente disseminadas

pelas aves e macacos. O plantio na beira dos rios é muito importante, pois, além de

fornecer alimento à fauna silvestre, seus frutos são intensamente consumidos pelos

peixes, como o pacu, a piapara, a piracanjuba, além de outros.

Cedro (Cedrela fissilis): Não deve faltar na composição de reflorestamentos

heterogêneos de áreas degradadas para preservação e para a restauração das matas

ciliares em locais com ausência de inundação. As folhas novas desta espécie podem

servem de alimento para o bugio (Alouatta fusca).

Baguaçu (Talauma ovata): Utilizada na restauração de matas ciliares. Também

apresenta um amplo potencial de utilização para obtenção de bicombustível

Suinã (Erythrina falcata Benth): É uma árvore recomendada para a recuperação de

matas ciliares e de ecossistemas degradados e na manutenção da fauna silvestre, pois

suas flores atraem aves. É recomendada também para o sombreamento de culturas

perenes, como o cacau.

Ingá (Inga uruguensis): Indicada para a regeneração de matas ciliares. As flores do

ingazeiro são melíferas e bastante atrativas para as abelhas. Os frutos são muito

procurados pela fauna silvestre: macacos, periquitos, papagaios e peixes,

especialmente os pacus e as piaparas.

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Áreas Degradadas

Abiu (Pouteria Torta): Muito utilizada no reflorestamento de áreas degradadas por

atrair a fauna e com sua germinação ser de um aproveitamento entre 80% a 100%.

Bico-de-pato ou Jacarandá: Utilizada para regeneração de áreas degradadas por sua

rápida propagação, além de ser melífera.

Cedro Rosa (Cedrela fissilis Vell): É uma espécie importante para recuperação de

áreas degradadas, inclusive naquelas onde o solo está contaminado por metais

pesados. O crescimento é rápido, porém, nunca deve ser plantada em agrupamentos

homogêneos devido ao ataque de brocas.

Copaíba (Copaifera langsdorffii Desf.): Utilizada para reflorestamento de áreas

devastadas

Fedegoso (Senna macranthera): Utilizada para reflorestamento de áreas degradadas

Jacaré ou Pau-Jacaré: Na época de floração é muito procurada por abelhas, além de

ser utilizada na recuperação de áreas degradadas.

Cabreúva ou Cabreúva-Vermelha (Myroxylon peruiferum): Utilizada na regeneração

das áreas degradadas.

Embiruçu (Eriotheca candolleana): Utilizadas em área degradas e de preservação

permanente

Erva-Mate: (Ilex paraguariensis): Seus frutos são avidamente consumidos por várias

espécies de pássaros. Pode ser utilizada no plantio de áreas degradadas destinadas à

recomposição da vegetação.

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Ipê-Roxo (Tabebuia heptaphylla): utilizada para restauração de áreas degradadas

sem inundação.

Pitangueira (Eugenia uniflora Berg): Utilizada para restauração de áreas degradadas

Primavera (Bougainvillea glabra): Útil na regeneração de áreas degradadas.

Mangabeira (Hancornia speciosa): Pode ser utilizada na recuperação de áreas

degradadas ou até mesmo para o enriquecimento da vegetação nativa da qual faz

parte, permitindo o manejo sustentável desta vegetação.

Jenipapeiro (Genipa americana): tem importância ecológica para o repovoamento de

animais da fauna brasileira, sendo muito útil para plantio em áreas degradadas.

Pau-Ferro (Caesalpinia ferrea): Planta melífera, indicada no reflorestamento e

recuperação de áreas degradadas,

Pindaíva (pindaíba, pindaúva): Utilizada na recuperação de áreas degradadas por

atrair a fauna

Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroides): Nativa somente do Rio de Janeiro. Utilizada

em projetos de recuperação de áreas degradadas devido seu rápido crescimento e

grande poder germinativo. Produz sombra considerável, reduzindo a radiação solar em

88,5%.

Tapiá-guaçu (Alchornea sidifolia): Utilizada para recuperação de áreas degradadas

em campo aberto.

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Áreas Degradadas De Preservação Permanente.

Caixeta (Tabebuia cassinoides): Essa árvore apresenta rápido crescimento,

alcançando facilmente 4 metros de altura aos 2 anos. Por isso mesmo pode ser

empregada em reflorestamentos mistos, destinados à recomposição de áreas

degradadas de preservação permanente. Ela esta em Risco de entrar na lista de

espécies em extinção

Araribá: De rápido crescimento (pode atingir de 4 a 5 metros aos 2 anos), é ótima para

plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação

permanente.

Butiá (Butia eriospatha): Seus frutos são avidamente procurados por várias espécies

de animais (o que torna o seu plantio aconselhável em áreas degradadas de

preservação permanente).

Cambuci (Campomanesia phaea): É recomendada para recompor áreas degradadas

de preservação permanente (apesar de seu desenvolvimento lento no campo).

Ameaçada de extinção

Canjarena (Cabralea canjerana): Utilizadas para reflorestamento de área de proteção

permanente por causa de sua resistẽncia.

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Cerejeira do Rio grande (Eugenia involucrata): Os frutos amadurecem entre outubro

e dezembro. Como produz grande quantidade de sementes anuais, são os pássaros

que as disseminam. Isso também a torna fundamental para plantios em áreas

degradadas de preservação permanente. O único problema é que o crescimento dessa

espécie (tanto as suas mudas quanto as árvores no campo) é lento.

Jacaratiá ou mamão do mato (Jacaratiá spinosa): Deve ser presença obrigatória em

qualquer reflorestamento heterogêneo destinado à recomposição da vegetação de

áreas degradadas de preservação permanente já que é adaptada à luminosidade direta

e possui rápido crescimento. Nos estados do Paraná e do Rio Grande do Sul esta

planta está altamente ameaçada de extinção.

Jacarandá-da-bahia (Dalbergia nigra): A sua ocorrência se dá principalmente em

encostas bem drenada sendo uma árvore ótima para plantios mistos em áreas

degradadas de preservação. Atualmente esta ameaçada de extinção

Outras Espécies Utilizadas

A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta.

Atualmente estão apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Hoje a maioria da

área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades,

pastos e agricultura.

Araribá Amarelo (Centrolobium robustus): Esta árvore é freqüentemente encontrada

em formações secundárias. Ou seja, isso já demonstra a sua importância na

regeneração de áreas verdes degradadas.

Embaúba-Prateada (Cecropia hololeuca): Muito comum em encosta, ocorrendo tanto

em florestas primárias como secundárias.

Ipê Branco: Utilizada para reflorestamento livres de geadas

Jabuticabeira (Myrciaria cauliflora): Recomendada para plantio em reflorestamentos

destinados à preservação, atraem principalmente avifaunas. Insetos e outros animais.

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Jatobá (Hymenaea courbaril): pode ser utilizado na recomposição de matas

degradadas.

Palmito-Juçara (Euterpe edulis): A existência desta planta neste habitat deve-se a

alguns fatores únicos e primordiais: temperaturas médias de 17ºC a 26ºC; solo fértil

com textura arenosa e argilosa; e a uma drenagem de água de boa para regular. É

uma palmeira caracterizada como espécie climática e com estratégia de regeneração

do tipo banco de plântulas, com distribuição espacial agrupado próximo das plantas

parentais.

Peroba-poca (Aspidosperma cylindrocarpon): É reconhecida como uma árvore

secundária, fundamental para a recomposição de formações degradadas. Mas isso não

a impede de ocorrer também em áreas mais preservadas.Tem um desenvolvimento

rápido podendo chegar a 3,5 metros aos 2 anos.

Quaresmeira (Tibouchina granulosa): Pelas características de suas folhas, a

quaresmeira pode ser plantada para redução da poluição.

Espécies Ameaçadas De Extinção

Embuia ou Imbuia (Ocotea porosa): espécie ameaçada de extinção pelo valor de sua

madeira e pelo seu crescimento muito lento.

Passuaré (Sclerolobium denudatum)

Grumixama ou Ibaporoiti (Eugenia brasiliensis Lam): Espécie rara e endêmica da

Mata Atlântica, estando ameaçada de extinção devido à destruição da floresta.

Pau-Brasil (Caesalpinia echinata Lam)

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Pequi (Caryocar brasiliense): Pode crescer em regiões extremamente vulneráveis.

Aroeira (Myracrodruon urundeuva)

Imburana (Amburana cearensis)

Peroba-comum / peroba-rosa (Aspidosperma polyneuron): Utilizada para

reflorestamento de áreas devastadas. Ameaçada de extinção

Pinheiro-do-Paraná (Araucaria angustifolia): Interage intensamente com a fauna,

que constitui um elemento muito importante para a dispersão das sementes. Entre

estes animais destacam-se os roedores (cotias, pacas, ouriços e camundongos) e as

aves (papagaio-de-peito-roxo, gralha-picaça, airus, gralha azul e tucanos). A redução

da Floresta de Araucária e a exploração predatória de sua madeira, tornaram o

Pinheiro-do-paraná ameaçado de extinção.

SUCUPIRA (Pterodon emarginatus): Utilizada para recuperação de áreas

degradadas. Encontra-se ameaçada de extinção.

FONTES

http://eptv.globo.com/terradagente/Flora.aspx

https://sites.google.com/site/florasbs/

http://educar.sc.usp.br/licenciatura/trabalhos/mataatl.htm

Tiago A. M. Malta (Rio de Janeiro 06 de Janeiro de 2014) Endereço Eletrônico: [email protected]

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