fortissimo setembro - orquestra filarmônica de minas ... · valsa mefisto nº 1. 3 depois de meses...
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30Ministério da Cultura e Governo de Minas Gerais apresentam
SUMÁRIO
PRESTO VELOCEQuinta Sexta
17/09
p. 8
18/09
Fabio Mechetti, regenteAugustin Hadelich, violino
LANNA
SHOSTAKOVICHLISZTLISZT
Minas – Vertentes, Mistério, Celebração encomenda
Concerto para violino nº 1 em lá menor, op. 77Procissão NoturnaValsa Mefisto nº 1
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Depois de meses de intensas atividades, na Sala Minas Gerais, em outros lugares de Belo Horizonte e no interior do estado, a Filarmônica realiza em setembro apenas um concerto das séries Presto e Veloce. Nele, contaremos com a presença de um dos violinistas favoritos de nossa audiência, Augustin Hadelich, que retorna para executar um dos mais envolventes concertos para o instrumento, o do compositor russo Shostakovich.
Neste mesmo programa, continuaremos a sequência de estreias de obras encomendadas pela Filarmônica para este importante ano de nossa história. Desta vez, apresentaremos em primeira audição mundial a obra Minas: Vertentes, Mistério, Celebração de Oiliam Lanna. Respeitado compositor, professor e regente, Oiliam Lanna vem sendo responsável pela formação de toda uma escola de criação musical no estado de Minas Gerais, além de contribuir sobremaneira para um renascimento da atividade
CAROS AMIGOS E AMIGAS,
FABIO MECHETTIDiretor Artístico e Regente Titular
musical em Belo Horizonte. Dono de profundo conhecimento musical, associado a uma paixão em transmitir isso a seus alunos, ouvintes e companheiros da área musical, Oiliam Lanna destaca-se certamente como uma das pessoas mais importantes na música erudita de Minas e do Brasil. E é com grande satisfação e orgulho que a Filarmônica presta uma homenagem especial a esta grande figura humana, ao introduzir sua obra mais recente, composta especialmente para esta ocasião.
Além destes concertos na Sala Minas Gerais, convidamos todos a comparecerem aos nossos concertos de música de câmara no Memorial Vale, a mais uma apresentação dos Concertos para a Juventude, no dia 20 às 11 horas, em um encontro com a música de Bach, além da nossa série Fora de Série, dedicada a Beethoven, no dia 26, às 18 horas. Aproveitem e tenham um bom concerto.
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Jacksonville, sendo, agora, Regente Emérito destas duas últimas. Foi regente associado de Mstislav Rostropovich na Orquestra Sinfônica Nacional de Washington e com ela dirigiu concertos no Kennedy Center e no Capitólio norte-americano. Da Orquestra Sinfônica de San Diego foi Regente Residente. Fez sua estreia no Carnegie Hall de Nova York conduzindo a Orquestra Sinfônica de Nova Jersey e tem dirigido inúmeras orquestras norte-americanas, como as de Seattle, Buffalo, Utah, Rochester, Phoenix, Columbus, entre outras. É convidado frequente dos festivais de verão nos Estados Unidos, entre eles os de Grant Park em Chicago e Chautauqua em Nova York. Realizou diversos concertos no México, Peru e Venezuela. No Japão dirigiu as Orquestras Sinfônicas de Tóquio, Sapporo e Hiroshima. Na Europa regeu a Orquestra Sinfônica da BBC da Escócia e a Orquestra da Radio e TV da Espanha. Dirigiu também a Filarmônica de Auckland, Nova Zelândia, a Orquestra Sinfônica de Quebec, Canadá, e a Filarmônica de Tampere, na Finlândia. Vencedor do Concurso Internacional de Regência Nicolai Malko, na
Dinamarca, Mechetti dirige regularmente na Escandinávia, particularmente a Orquestra da Rádio Dinamarquesa e a de Helsingborg, Suécia. Recentemente, estreou na Itália conduzindo a Orquestra Sinfônica de Roma. Em 2015 dirigirá a Orquestra Sinfônica de Odense, também na Dinamarca. No Brasil foi convidado a dirigir a Sinfônica Brasileira, a Estadual de São Paulo, as orquestras de Porto Alegre, Brasília e Paraná e as municipais de São Paulo e do Rio de Janeiro. Trabalhou com artistas como Alicia de Larrocha, Thomas Hampson, Frederica von Stade, Arnaldo Cohen, Nelson Freire, Emanuel Ax, Gil Shaham, Midori, Evelyn Glennie, Kathleen Battle, entre outros. Igualmente aclamado como regente de ópera, estreou nos Estados Unidos dirigindo a Ópera de Washington. No seu repertório destacam-se produções de Tosca, Turandot, Carmen, Don Giovanni, Cosi fan Tutte, Bohème, Butterfly, Barbeiro de Sevilha, La Traviata e As Alegres Comadres de Windsor. Fabio Mechetti recebeu títulos de Mestrado em Regência e em Composição pela prestigiosa Juilliard School de Nova York.
Natural de São Paulo, Fabio Mechetti é Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais desde sua criação, em 2008. Por esse trabalho, recebeu o XII Prêmio Carlos Gomes/2009 na categoria Melhor Regente brasileiro. Recentemente, tornou-se o primeiro brasileiro a ser convidado a dirigir uma orquestra asiática, sendo nomeado Regente Principal da Orquestra Filarmônica da Malásia. Foi Regente Titular da Orquestra Sinfônica de Syracuse, da Orquestra Sinfônica de Spokane e da Orquestra Sinfônica de
FABIOMECHETTI
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FABIO MECHETTI, regente
AUGUSTIN HADELICH, violino
PROGRAMA
Oiliam LANNAMinas – Vertentes, Mistério, Celebração
Dmitri SHOSTAKOVICHConcerto para violino nº 1 em lá menor, op. 77• Nocturne
• Scherzo
• Passacaglia
• Burlesca
– INTERVALO –
Franz LISZTProcissão Noturna
Franz LISZTValsa Mefisto nº 1
PRESTO
VELOCE
Quinta
Sexta
17/09
18/09AUGUSTIN HADELICH
violino
ESTREIA MUNDIALObra encomendada
pela Filarmônica
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1110
Na última temporada Hadelich estreou com a Orquestra de Minnesota, Sinfônica Nacional Dinamarquesa e Filarmônica de Londres; retornou à Filarmônica de Nova York e às sinfônicas de Baltimore, Houston, Indianápolis, Liverpool, Saint Louis e Seattle, além dos principais festivais. Fez seu début no Wigmore Hall, foi artista em residência com a Filarmônica da Holanda e realizou turnê com a Sinfônica de Toronto.
O músico também se apresentou com a Badische Staatskapelle, sinfônicas da BBC de Londres, de Bournemouth, da NHK, Nacional RTE e Nacional do México; filarmônicas da BBC de Manchester, da Rádio Alemã de Saarbrücken, de Helsinki, de Strasbourg, de Monte-Carlo, Festspiele MecklenburgVorpommern, Royal Scottish National Orchestra, Orquestra da Rádio de Stuttgart e realizou uma turnê na China com a Sinfônica de San Diego.
Hadelich tem também colaborado com maestros de renome como R. Abbado, T. Abrams, M. Albrecht, M. Alsop, H. Blomstedt, L. Bringuier, J. Brown, J. Conlon, C. von Dohnányi, A. Gilbert, H. Graf, M. Gražinyte-Tyla, G. Guerrero, M. Harth-Bedoya, J. Hrusa, C. König, J. Ling, H. Lintu, A. Litton, C. Macelaru, J. Märkl, N. Marriner, F. Mechetti, J. Mena,
L. Morlot, S. Oramo, A. Orozco-Estrada, P. Oundjian, V. Petrenko, M. Stern, Y. P. Tortelier, G. Varga, E. Waart, K. Yamada e J. van Zweden.
Recitalista igualmente entusiástico, Augustin Hadelich aparece em numerosas apresentações no Carnegie Hall, The Frick Collection, Kennedy Center, Kioi Hall e Louvre, em parceria com excelentes músicos.
Sua primeira grande gravação orquestral (AVIE), com os concertos de Sibelius e Adès e Hannu Lintu conduzindo a Filarmônica Real de Liverpool, foi indicada para o Gramophone Award e listada pela NPR em seu Top 10 de CDs clássicos. No mesmo selo ele possui outros três álbuns.
Hadelich é Medalha de Ouro no Concurso Internacional de Violino de Indianápolis, destinatário de um Avery Fisher Career Grant, de um Borletti-Buitoni Trust Fellowship e do Lincoln Center’s Martin E. Segal Award.
Filho de pais alemães, nascido e criado na Itália, Hadelich tem um Artist Diploma pela Juilliard School, onde foi aluno de Joel Smirnoff. Apresenta-se com o violino Stradivari 1723 “Ex-Kiesewetter”, por empréstimo de Clement e Karen Arrison, da Sociedade Stradivari de Chicago.
Sempre surpreendendo o público com sua técnica fenomenal, sensibilidade poética e tom deslumbrante, Augustin Hadelich estabeleceu-se como um dos violinistas mais requisitados de sua geração. Sua notável consistência em todo o repertório, de Paganini a Brahms, Bartók ou Adès, é raramente encontrada em um único artista. Estreou com sucesso retumbante, no Carnegie’s Zankel Hall, obra de David Lang composta para ele, com 35 minutos de solo para violino, e teve ótima recepção para o recital multimídia com o violonista Pablo Villegas e a pianista Joyce Yang, no Kennedy Center.
AUGUSTINHADELICH
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com silêncio, com o insondável, o indizível, o velado; e Celebração, com vida, movimento, natureza, com tudo que envolve a crença.
Oiliam Lanna pensa colorido. Por isso, para ele, os acordes têm cor. É fascinante vê-lo trabalhar com seus inúmeros rascunhos coloridos. Por isso é possível encontrar certo colorido mineiro nesta sua obra, mas, como dito antes, não da música mineira, mas da paisagem mineira. Não há melodias, apenas fragmentos melódicos. Gestos rápidos que
formam acordes, e acordes que se desmembram em curtos fragmentos. Sobreposição de ressonâncias ora afins, ora contrastantes, como numa mudança de paisagem.
Minas é dedicada pelo autor ao maestro Fabio Mechetti e à Orquestra Filarmônica de Minas Gerais.
MINAS: VERTENTES, MISTÉRIO, CELEBRAÇÃO (2015) 10 min
Oiliam Lanna é considerado o principal compositor mineiro da atualidade e um dos maiores do Brasil. É também regente, pianista e pedagogo, além de ser uma dessas pessoas essenciais que multiplicam a cultura e elevam o nível artístico do meio em que vivem, assim como foram para nós, no passado, Sergio Magnani, Arthur Bosmans, Hans-Joachim Koellreutter.
Oiliam Lanna – alma nobre e altruísta – é um músico completo que, como maestro e pianista, conhece a fundo o repertório de todas as épocas e consegue revelar os tesouros de cada obra que executa. Como pedagogo, ele jamais busca fazer seguidores. Seu ensino é do tipo que conduz o aluno, acima de tudo, à independência. Como compositor, dá voz à sua personalidade e cria seu estilo próprio. Sua orquestração refinada tem a escolha apurada do timbre como característica principal.
Minas é a segunda obra encomendada a Oiliam Lanna pela Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Em 2010 foi a vez de Rituais do tempo. Minas não é
Oiliam Lanna | Brasil, 1953
sobre música mineira, no sentido de música tradicional que passou a ser associada a Minas Gerais. O título fala das lembranças que o compositor tem de sua terra natal – a cidade de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira: as montanhas, as paisagens, a roça. São as suas evocações pessoais que emergem nesta obra. Para Oiliam Lanna, os sons de sinos não são mais importantes que a montanha que se contempla da janela. Sinos, montanhas, janela, tudo faz parte de um único quadro. Nas palavras do compositor:
“Vertentes, mistério, celebração... Minas é atravessada por traços de luzes... cores... morros, vales... água e lua... sons, gostos, aromas... afetos, que se encarregam de transformar, bem à sua maneira, o tempo e a lembrança.”
Os subtítulos não delimitam movimentos ou seções, mas são traços que alimentam a composição de forma recorrente. Aqui, mais uma vez, as palavras ganham significados pessoais. Vertentes tem a ver com vales, com fonte, com verter; Mistério,
INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 4 flautas, 3 oboés, corne inglês, requinta, 3 clarinetes, clarone, 3 fagotes, contrafagote, 4 trompas, 3 trompetes, 4 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.
GUILHERME NASCIMENTO Compositor, Doutor em
Música pela Unicamp, professor na Escola de
Música da UEMG, autor dos livros Os sapatos
floridos não voam e Música menor.
PARA ASSISTIR
Concertos Filarmônica – Orquestra Filarmônica
de Minas Gerais – Fabio Mechetti, regente
Acesse: fil.mg/lrituais
PARA LER
Sérgio Freire, Alice Belém e Rodrigo
Miranda – Do Conservatório à Escola:
80 anos de criação musical em Belo
Horizonte – Editora UFMG – 2006
PRESTO E VELOCE 1514
estreia, como op. 99, só aconteceria em 1955). Entre outras inovações, tais obras trazem elementos da música popular judaica – da qual o compositor se aproximara através de seu discípulo Benjamin Fleischmann – e destoavam das campanhas antissemitas oficiais.
O Primeiro Concerto para Violino é a maior das obras concertantes de Shostakovich. Possui quatro movimentos, cujos títulos característicos lembram os de uma suíte. O Noturno inicial, essencialmente cantabile, explora a escrita para cordas duplas e os vários registros do instrumento solista. O Scherzo, movimento em que as
inflexões judaicas são mais perceptíveis, traz a animação unida à irônica causticidade própria do compositor. O tema da Passacaglia aparece nas cordas graves com um contraponto das trompas. A seguir o violino dialoga com diversos blocos instrumentais. Uma grande cadência faz a ligação com a Burlesca final, movimento coreográfico que retrata a vivacidade irresistível de uma festa popular.
CONCERTO PARA VIOLINO Nº 1 EM LÁ MENOR, OP. 77 (1947/1948)37 min
Ao longo da trajetória que o transformou no músico emblemático da Rússia soviética, Shostakovich estabeleceu relações contraditórias com o Regime – duras advertências, expurgos e condenações alternaram-se com honrarias, títulos e prêmios oficiais. Tal dubiedade manifesta-se em sua obra com a estratificação de dois discursos distintos – há uma voz grandiloquente, exterior, heroica, e outra, íntima, meditativa e austera.
Nos anos de 1920, a política de abertura cultural do governo Lênin permitiu ao jovem Shostakovich filiar-se à Associação para a Música Contemporânea, fascinado pelo atonalismo livre e pelo serialismo. Admirava particularmente Berg, Bartók e Stravinsky.
Com a morte de Lênin, a implacável censura stalinista sinalizaria outros rumos para os artistas soviéticos. Em suas Memórias, Shostakovich revela-nos o drama de um homem submetido a fortes pressões oficiais – o dilema do artista inovador condicionado a um academismo inevitável. As obras compostas no período stalinista traduzem o propósito – sincero ou simulado – de se submeter aos ideais de inteligibilidade e simplicidade
Dmitri Shostakovich | Rússia, 1906 – 1975
neoclássicas preconizados pelo Comitê Central. Porém, mostram a consolidação de uma linguagem extremamente pessoal, pois Shostakovich, ao reler o tradicional cânone musical ocidental, enriquece-o com ousadas aquisições contemporâneas. Atinge assim os limites extremos de um expressionismo ultrarromântico, de caráter frequentemente heroico e de grande apelo socializante.
Em 1948, por ocasião da chamada “purga de Jedanov” (chefe de cultura da burocracia stalinista), Shostakovich foi suspenso temporariamente de sua docência no Conservatório de Moscou, acusado de orientação musical antipopular e formalista. Proibia-se-lhe estrear novas obras orquestrais.
O compositor procurou recuperar o prestígio oficial com o oratório O Canto das Florestas (Prêmio Stalin de 1949) e a trilha encomendada para um filme pretensiosamente patriótico. Porém, em contraste com essa voz exterior, Shostakovich escreveu obras cuja estética inviabilizava qualquer possibilidade imediata de execução – dois quartetos de cordas, o ciclo das Canções judaicas op. 79 e o severo Concerto para violino op. 77 (cuja
INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 3 flautas, 3 oboés, corne inglês, 3 clarinetes, clarone, 2 fagotes, contrafagote, 4 trompas, tuba, tímpanos, percussão, harpa, celesta, cordas.
PAULO SÉRGIO MALHEIROS DOS SANTOS Pianista,
Doutor em Letras, professor na UEMG, autor dos
livros Músico, doce músico e O grão perfumado –
Mário de Andrade e a arte do inacabado.
Apresenta o programa semanal Recitais
Brasileiros, pela Rádio Inconfidência.
PARA OUVIR
CD Shostakovich – Violin Concert op. 77 –
Münchner Philharmoniker – Mikko Frank,
regente – Baiba Skride, violino – Sony
Classic, Brasil – 2007
PARA ASSISTIR
Orquestra Estatal de Berlim – Heinz
Fricke, regente – David Oistrakh, violino
Acesse: fil.mg/sviolino1
PARA LER
Lauro Machado Coelho – Shostakovitch,
vida, música, tempo – Editora Perspectiva –
Coleção Signus – 2006
PRESTO E VELOCE 1716
Na base dessas quatro obras está o Fausto, trama literária que se incorporou de pronto ao imaginário romântico. O poema mais importante sobre o mito do Fausto é, sem dúvida, o de Goethe. Essa obra, talvez mais que o Werther, parece ter impressionado vigorosamente o romantismo musical. Nikolaus Lenau (1802-1850), porém, escreve em 1836 o seu próprio Fausto, trinta anos após a primeira publicação da obra de Goethe. De Schubert a Liszt (e mesmo depois, direta ou indiretamente) a angústia de Fausto, o drama de Margarida e a personificação de uma e do outro, em Mefistófeles, desvelam uma humanidade conflituosa que foi terreno fértil para a criação musical do século XIX.
Das quatro Valsas Mefisto, as duas primeiras foram compostas originalmente para orquestra, porém mais tarde transcritas, pelo compositor, para piano solo, piano a quatro mãos ou para dois pianos. As duas outras foram compostas para piano solo e, delas, Liszt não fez nenhuma versão orquestral.
A primeira Valsa Mefisto tem três versões. Depois do original para orquestra, Liszt faz uma versão para dois pianos, mera transcrição para o teclado da obra orquestral. Há uma versão para piano solo, porém, que contém acréscimos e alterações, constituindo, assim, uma obra independente.
A versão orquestral, no entanto, é a segunda de duas pequenas obras para orquestra baseadas no Fausto, intituladas Dois Episódios do Fausto, de Lenau, compostas entre 1856 e 1861. Note-se, portanto, que o Fausto em que se baseiam essas obras não é o de Goethe, mas o de Nikolaus Lenau. Elas descrevem, dele, duas cenas.
Na primeira, Fausto cavalga à noite pela floresta, alheio à beleza que o cerca. Então se apercebe de um luzir vermelho e de um canto longínquo que se aproxima. Trata-se de uma procissão de monges. Fausto se esconde, mas os observa. Sente crescer em si um sentimento de angústia, pelo contraste entre a sua felicidade
Foram traçadas por Liszt as diretrizes fundamentais do poema sinfônico. Esse gênero orquestral, que nasce do espírito musical romântico, encerra pelo menos dois aspectos muito importantes: em primeiro lugar representa um meio para escapar às regras formais e às estruturas musicais rigidamente estabelecidas e cristalizadas no século XVIII. Sem forma ou estrutura preestabelecida, o poema sinfônico pode dar vazão à liberdade criativa do compositor.
Em segundo lugar estabelece, no seio do Romantismo, uma relação bastante original entre a Música e a Literatura. Está na base do poema sinfônico um roteiro (ou programa) literário, que norteia o desenrolar dos episódios musicais. Nesse sentido, pode-se dizer que o poema sinfônico tem realmente uma dimensão narrativa. No entanto, é ingênuo pensar que essa relação se resume a isso: ela é bem mais complexa.
O poema sinfônico não se reduz à mera representação musical de um roteiro literário. Ele é uma construção musical gerada pelas impressões psicológicas
ou emocionais que determinada obra literária deixa marcadas no compositor; é a representação musical dessas impressões, elas mesmas uma espécie de interpretação da obra literária original. Dessa forma, o poema sinfônico é a primeira grande tentativa, ao menos na música, de transcodificação, no sentido mais radical do termo. Ora, em tal processo de tradução o compositor é, ao mesmo tempo, leitor e criador. Transcodifica as marcas que deixam nele determinadas obras literárias, transformando-as em objeto sonoro, traçando uma narrativa musical que nem sempre é linear.
Se é em Liszt que esse procedimento encontra seu primeiro grande agente, seria mesmo de se esperar que isso também transparecesse, em maior ou menor grau, em outras obras suas, além dos poemas sinfônicos. Exemplos emblemáticos disso são os vários Sonetos de Petrarca, dentre muitas das outras obras que constituem os três cadernos dos Années de Pélérinage, compostos para piano. Na sua música orquestral, as sinfonias Dante e Fausto. Mencionem-se à parte, porém, as quatro Valsas Mefisto, compostas entre 1859 e 1885.
INSTRUMENTAÇÃO piccolo, 3 flautas, 2 oboés, corne inglês, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
INSTRUMENTAÇÃO 3 flautas, 2 oboés, 2 clarinetes, 2 fagotes, 4 trompas, 2 trompetes, 3 trombones, tuba, tímpanos, percussão, harpa, cordas.
Franz Liszt | Hungria, atual Áustria, 1811 – Alemanha, 1886
PROCISSÃO NOTURNA (1858/1859)15 min
VALSA MEFISTO Nº 1 (1858/1859)11 min
PRESTO E VELOCE 1918
pessoal, superficial e ilegítima, e a felicidade plena dos monges. Ele chora amargamente ao passar da procissão, contemplando seu próprio destino e abraçando seu fiel corcel.
Na segunda, Fausto e Mefistófeles chegam a uma estalagem onde se festeja um casamento. Induzindo Fausto a tomar parte na festa e achando que o violinista tocava sem muito entusiasmo, Mefistófeles arrebata dele o instrumento e dá à dança um ritmo delirante. Sentindo-se remoçado, Fausto toma nos braços uma aldeã com quem dança loucamente horas a fio, afastando-se depois, com ela, em direção à floresta, enquanto se ouve o canto de um rouxinol.
Era expectativa de Liszt que a Procissão Noturna e a Valsa Mefisto fossem publicadas juntas, o que não aconteceu. Assim, a primeira peça caiu em relativo esquecimento, e a Valsa passou a ser frequentemente executada como peça isolada.
Estreada em 1861 pela Orquestra da Corte de Weimar, sob a batuta do próprio Liszt, a primeira Valsa Mefisto, junto com seu par, constituem um belo exemplo musical desses contrastes tão humanos que o mito do Fausto representa.
PARA OUVIR
CD Liszt – Orchestral Works; Works for piano
and orchestra – Orquestra do Gewandhaus
de Leipizig – Kurt Masur, regente –
Michel Béroff, piano – EMI – 2003
PARA ASSISTIR
Orquestra Sinfônica da Savaria – Matei Pop,
regente | Acesse: fil.mg/lprocissao
Orquestra Sinfônica McGill de Montreal –
Alexis Hauser, regente | Acesse: fil.mg/lmefisto1
PARA LER
Ernst Burger – Franz Liszt: A chronicle
of his life in pictures and documents –
Princeton University Press – 1989
MOACYR LATERZA FILHO Pianista e cravista,
Doutor em Literaturas de Língua Portuguesa,
professor da Universidade do Estado de Minas
Gerais e da Fundação de Educação Artística.
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PRÓXIMOSCONCERTOS
CONCERTOS PARA A JUVENTUDE
Realizados em manhãs de domingo,
são concertos dedicados aos jovens
e às famílias, buscando ampliar
e formar público para a música
clássica. As apresentações têm
ingressos a preços populares.
CLÁSSICOS NA PRAÇA
Realizados em praças da Região
Metropolitana de Belo Horizonte, os
concertos proporcionam momentos
de descontração e entretenimento,
buscando democratizar o acesso da
população em geral à música clássica.
CONCERTOS DIDÁTICOS
Concertos destinados a grupos de
crianças e jovens da rede escolar
e a instituições sociais, mediante
inscrição prévia. Seu formato busca
apoiar o público em seus primeiros
passos na música clássica.
FESTIVAL TINTA FRESCA
Com o objetivo de fomentar a criação
musical entre compositores brasileiros e
gerar oportunidade para que suas obras
sejam apresentadas em concerto, este
Festival é sempre uma aventura musical
inédita. Como prêmio, o vencedor recebe
a encomenda de outra obra sinfônica
a ser estreada pela Filarmônica no
ano seguinte, realimentando o ciclo da
produção musical nos dias de hoje.
ACOMPANHE A FILARMÔNICA EM OUTRAS SÉRIES DE CONCERTO
LABORATÓRIO DE REGÊNCIA
Atividade pioneira no Brasil, este
laboratório é uma oportunidade
para que jovens regentes brasileiros
possam praticar com uma orquestra
profissional. A cada ano, quinze
maestros, quatro efetivos e onze
ouvintes, têm aulas técnicas, teóricas e
ensaios com o regente Fabio Mechetti.
O concerto final é aberto ao público.
TURNÊS NACIONAIS E INTERNACIONAIS
Com essas turnês, a Orquestra
Filarmônica de Minas Gerais
busca colocar o estado de Minas
dentro do circuito nacional e
internacional da música clássica.
TURNÊS ESTADUAIS
As turnês estaduais levam a música de
concerto a diferentes cidades e regiões de
Minas Gerais, possibilitando que o público
do interior do Estado tenha contato direto
com música sinfônica de excelência.
CONCERTOS DE CÂMARA
Realizados para estimular músicos
e público na apreciação da música
erudita para pequenos grupos. A
Filarmônica conta com grupos de
Metais, Cordas, Sopros e Percussão.
SetembroDIA 20, CONCERTOS PARA A JUVENTUDE 5
ENCONTRO COM BACH
domingo, 11h, Sala Minas GeraisMarcos Arakaki, regente
Cássia Lima, flauta
Carolina Faria, contralto
BACH
DIA 24, CONCERTOS DE CÂMARA
GRUPO DE PERCUSSÃO
quinta, 19h e 20h30,Memorial Minas Gerais ValeGUARNIERI / ZAMPRONHA / IAZZETTA /
ALUOTTO / GOROSITO & ALBERTO
DIA 26, FORA DE SÉRIE 6
sábado, 18h, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente
Teo Gheorghiu, piano
BEETHOVEN
OutubroDIAS 1 E 2, ALLEGRO 9, VIVACE 9
quinta e sexta, 20h30, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente
Benedetto Lupo, piano
RAVEL / SCRIABIN / TCHAIKOVSKY
DIAS 8 E 9, PRESTO 9, VELOCE 9
quinta e sexta, 20h30, Sala Minas GeraisChristoph König, regente convidado
Alexandre Barros, oboé
Marcus Julius Lander, clarinete
Catherine Carignan, fagote
Alma Maria Liebrecht, trompa
MOZART / BRUCKNER
DIAS 15 E 16, ALLEGRO 10, VIVACE 10
quinta e sexta, 20h30, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente
Baiba Skride, violino
SIBELIUS / NIELSEN / GRIEG
DIA 18, CONCERTOS DE CÂMARA
QUINTETO DE SOPROS
domingo, 11h, Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, ItabiraROSSINI / NIELSEN / BARBER
DIA 24, FORA DE SÉRIE 7
sábado, 18h, Sala Minas GeraisFabio Mechetti, regente
Rommel Fernandes, violino
Ara Harutyunyan, violino
BEETHOVEN
DIAS 27 E 28, CONCERTOS DIDÁTICOS
terça e quarta, 9h30 e 14h, Sala Minas GeraisCONCERTOS FECHADOS
Marcos Arakaki, regente
TCHAIKOVSKY / PROKOFIEV
DIA 29, CONCERTOS DE CÂMARA
QUARTETO DE CORDAS
quinta, 19h e 20h30, Memorial Minas Gerais ValeLACERDA / BORODIN
Aqui estão todas as apresentações da Filarmônica no mês corrente, a partir do segundo concerto das séries de quinta e sexta, depois que o Fortissimo começa a circular. Havendo espaço, divulgaremos também os concertos do mês seguinte. Para programação completa, visite www.filarmonica.art.br.
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DIRETOR ARTÍSTICO E REGENTE TITULAR
Fabio Mechetti
REGENTE ASSOCIADO
Marcos Arakaki
* principal ** principal associado *** principal assistente **** principal / assistente substituto ***** músico convidado
Orquestra Filarmônica de Minas Gerais
PRIMEIROS VIOLINOS
Anthony Flint – SpallaRommel Fernandes –
Spalla AssociadoAra Harutyunyan – Spalla AssistenteAna Zivkovic
Arthur Vieira Terto
Bojana Pantovic
Dante Bertolino
Hyu-Kyung Jung
Joanna Carolina Bello
Marcio Cecconello
Roberta Arruda
Rodrigo Monteiro
Rodrigo de Oliveira
SEGUNDOS VIOLINOS
Frank Haemmer *
Leonidas Cáceres ***
Gideôni Loamir
Jovana Trifunovic
Luka Milanovic
Martha de Moura Pacífico
Mateus Freire
Radmila Bocev
Rodolfo Toffolo
Rodrigo Bustamante
Tiago Ellwanger
Valentina Gostilovitch
Edgar Leite *****
Rudá Alves *****
VIOLAS
João Carlos Ferreira *
Roberto Papi ***
Flávia Motta
Gerry Varona
Gilberto Paganini
Juan Castillo
Katarzyna Druzd
Luciano Gatelli
Marcelo Nébias
Nathan Medina
VIOLONCELOS
Philip Hansen *
Robson Fonseca ****
Camila Pacífico
Camilla Ribeiro
Eduardo Swerts
Emilia Neves
Eneko Aizpurua Pablo
Lina Radovanovic
CONTRABAIXOS
Colin Chatfield *
Nilson Bellotto ***
Brian Fountain
Marcelo Cunha
Pablo Guiñez
Wallace Mariano
William Brichetto
FLAUTAS
Cássia Lima *
Renata Xavier ***
Alexandre Braga
Elena Suchkova
OBOÉS
Alexandre Barros *
Ravi Shankar ***
Israel Muniz
Moisés Pena
CLARINETES
Marcus Julius Lander *
Jonatas Bueno ***
Ney Franco
Alexandre Silva
FAGOTES
Catherine Carignan *
Victor Morais ***
Andrew Huntriss
Francisco Wellington
da Silva
TROMPAS
Alma Maria Liebrecht *
Evgueni Gerassimov ***
Gustavo Garcia Trindade
José Francisco dos Santos
Lucas Filho
Fabio Ogata
TROMPETES
Marlon Humphreys *
Érico Fonseca **
Daniel Leal ***
Tássio Furtado
TROMBONES
Mark John Mulley *
Diego Ribeiro **
Wagner Mayer ***
Renato Lisboa
TUBA
Eleilton Cruz *
TÍMPANOS
Patricio Hernández
Pradenas *
PERCUSSÃO
Rafael Alberto *
Daniel Lemos ***
Sérgio Aluotto
Werner Silveira
HARPA
Giselle Boeters *
TECLADOS
Ayumi Shigeta *
GERENTE
Jussan Fernandes
INSPETORA
Karolina Lima
ASSISTENTE
ADMINISTRATIVA
Débora Vieira
ARQUIVISTA
Sergio Almeida
ASSISTENTES
Ana Lúcia Kobayashi
Claudio Starlino
Jônatas Reis
SUPERVISOR DE
MONTAGEM
Rodrigo Castro
MONTADORES
André Barbosa
Hélio Sardinha
Jeferson Silva
Klênio Carvalho
Risbleiz Aguiar
Conselho Administrativo
PRESIDENTE EMÉRITO
Jacques Schwartzman
PRESIDENTE
Roberto Mário Soares
CONSELHEIROS
Angela Gutierrez
Berenice Menegale
Bruno Volpini
Celina Szrvinsk
Fernando de Almeida
Ítalo Gaetani
Marco Antônio Pepino
Marcus Vinícius Salum
Mauricio Freire
Mauro Borges
Octávio Elísio
Paulo Brant
Sérgio Pena
Diretoria Executiva
DIRETOR PRESIDENTE
Diomar Silveira
DIRETOR
ADMINISTRATIVO-
FINANCEIRO
Estêvão Fiuza
DIRETORA DE
COMUNICAÇÃO
Jacqueline Guimarães
Ferreira
DIRETORA DE
MARKETING E
PROJETOS
Zilka Caribé
DIRETOR DE OPERAÇÕES
Ivar Siewers
DIRETOR DE
PRODUÇÃO MUSICAL
Kiko Ferreira
Equipe Técnica
GERENTE DE
COMUNICAÇÃO
Merrina Godinho Delgado
GERENTE DE
PRODUÇÃO MUSICAL
Claudia da Silva
Guimarães
ASSESSORA DE
PROGRAMAÇÃO MUSICAL
Carolina Debrot
PRODUTORES
Geisa Andrade
Luis Otávio Rezende
Narren Felipe
ANALISTAS DE
COMUNICAÇÃO
Andréa Mendes
(Imprensa)
Marciana Toledo
(Publicidade)
Mariana Garcia
(Multimídia)
Renata Gibson
Renata Romeiro
(Design gráfico)
ANALISTA DE
MARKETING DE
RELACIONAMENTO
Mônica Moreira
ANALISTAS DE
MARKETING E
PROJETOS
Itamara Kelly
Mariana Theodorica
ASSISTENTE DE
MARKETING DE
RELACIONAMENTO
Eularino Pereira
ASSISTENTE DE
PRODUÇÃO
Rildo Lopez
Equipe Administrativa
GERENTE
ADMINISTRATIVO-
FINANCEIRA
Ana Lúcia Carvalho
GERENTE DE
RECURSOS HUMANOS
Quézia Macedo Silva
ANALISTAS
ADMINISTRATIVOS
João Paulo de Oliveira
Paulo Baraldi
ANALISTA CONTÁBIL
Graziela Coelho
SECRETÁRIA EXECUTIVA
Flaviana Mendes
ASSISTENTE
ADMINISTRATIVA
Cristiane Reis
ASSISTENTE DE
RECURSOS HUMANOS
Vivian Figueiredo
RECEPCIONISTA
Lizonete Prates
Siqueira
AUXILIAR
ADMINISTRATIVO
Pedro Almeida
AUXILIARES DE
SERVIÇOS GERAIS
Ailda Conceição
Márcia Barbosa
MENSAGEIROS Lucas Lima
Serlon Souza
MENOR APRENDIZ
Diego Soares
Sala Minas Gerais
GERENTE DE
INFRAESTRUTURA
Renato Bretas
GERENTE DE OPERAÇÕES
Jorge Correia
TÉCNICO DE
ILUMINAÇÃO E ÁUDIO
Rafael Franca
ASSISTENTE
OPERACIONAL
Rodrigo Brandão
Instituto Cultural Filarmônica
FORTISSIMO
setembro nº 7 / 2015
ISSN 2357-7258
EDITORA Merrina
Godinho Delgado
EDIÇÃO DE TEXTO
Berenice Menegale
FOTO DA CAPA: EUGÊNIO SÁVIO ILUSTRAÇÕES: MARIANA SIMÕES
GOVERNADOR DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Fernando Damata Pimentel
VICE-GOVERNADOR DO ESTADO DE
MINAS GERAIS
Antônio Andrade
(OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – Lei 14.870 / Dez 2003)
SECRETÁRIO DE ESTADO DE CULTURA DE MINAS GERAIS
Angelo Oswaldo de Araújo Santos
SECRETÁRIO ADJUNTO DE ESTADO DE CULTURA DE
MINAS GERAIS
Bernardo Mata Machado
2726
COMIDAS E BEBIDAS
Seu consumo não é permitido no
interior da sala de concertos.
PARA APRECIAR UM CONCERTO
PONTUALIDADE
Uma vez iniciado um concerto, qualquer
movimentação perturba a execução
da obra. Seja pontual e respeite o
fechamento das portas após o terceiro
sinal. Se tiver que trocar de lugar ou
sair antes do final da apresentação,
aguarde o término de uma peça.
CONVERSA
A experiência do concerto inclui o
encontro com outras pessoas. Aproveite
essa troca antes da apresentação e
no seu intervalo, mas nunca converse
ou faça comentários durante a
execução das obras. Lembre-se de
que o silêncio é o espaço da música.APARELHOS CELULARES
Confira e não se esqueça, por
favor, de desligar o seu celular ou
qualquer outro aparelho sonoro.
FOTOS E GRAVAÇÕES EM ÁUDIO E VÍDEO
Não são permitidas na sala de concertos.
CUMPRIMENTOS
Após a apresentação, caso queira
cumprimentar os músicos e convidados,
dirija-se à Sala de Recepções, à
esquerda do foyer principal.
TOSSE
Perturba a concentração dos músicos
e da plateia. Tente controlá-la com
a ajuda de um lenço ou pastilha.
APLAUSOS
Aplauda apenas no final das obras.
Veja no programa o número de
movimentos de cada uma e fique de
olho na atitude e gestos do regente.
CRIANÇAS
Caso esteja acompanhado por
criança, escolha assentos próximos
aos corredores. Assim, você
consegue sair rapidamente se
ela se sentir desconfortável.
CUIDE DO SEU PROGRAMA DE CONCERTOS
Fortissimo, além de seu programa mensal de concertos, é uma publicação indexada aos sistemas nacionais e internacionais de catalogação. Elaborado com a participação de especialistas, ele oferece uma oportunidade a mais para se conhecer música. Desfrute da leitura e estudo. Para evitar o desperdício, pegue apenas um exemplar ao mês. Caso não precise dele após o concerto, devolva-o nas caixas receptoras.
O programa se encontra também disponível em nosso site, na agenda de concertos. www.filarmonica.art.br
OLÁ, ASSINANTE
ASSESSORIA DE RELACIONAMENTO
3219-9009 (segunda a sexta, 9h a 18h)
www.filarmonica.art.br
FOT
O:
RA
FAEL
MO
TTA
ESCUTE O SINAL! Você notou que, agora, uma fanfarra
anuncia a hora do concerto?
Essa Fanfarra, em três movimentos, é
um sinal exclusivo da Sala Minas Gerais,
composta pelo maestro Fabio Mechetti e
inspirada na canção Oh! Minas Gerais.
É importantíssimo estar atento ao sinal de uma
sala de concertos. Ele nos ajuda no processo
final de preparação para o encontro com a Música.
Ao ouvir o PRIMEIRO, sinta-se convidado a entrar
na Sala e ocupar seu assento. O SEGUNDO informa a
todos, músicos e público, que devemos nos concentrar
para melhor vivenciarmos o concerto. Por fim, o
TERCEIRO marca a entrada da Orquestra no palco.
DAQUI PRA FRENTE, É HORA DE ESCUTAR SOMENTE A MÚSICA.
28
Você já deve ter reparado que, dentro
da sala de concertos e embaixo dos
assentos, há uma série de peças
negras que lembram cogumelos. Esses
cogumelos têm dupla função: durante
o funcionamento normal da Sala,
eles sugam o ar do ambiente. O ar
sugado percorre dutos, passa por um
resfriamento e volta à Sala por meio
das bocas de insuflação localizadas
nas veias do teto. Mas, caso sejam
detectados sinais de incêndio, o
sistema de refrigeração imediatamente
se transforma em sistema de exaustão
e passa a insuflar ar pelo piso, de modo
a impedir a intoxicação por fumaça
e gases tóxicos. Os detectores de
incêndio, fechos infravermelhos, estão
localizados nas extremidades das veias e cruzam a Sala no sentido lateral.
A Sala Minas Gerais dispõe de mais dois
mecanismos de combate a incêndios:
uma rede de sprinklers – uma espécie
de chuveiro automático dotado
de dispositivo que, a determinada
temperatura, é acionado a fim de
espargir água sobre o recinto atingido
pelo fogo – e a rede de hidrantes.
Nos foyers, o sistema de ar
condicionado é facilmente
reconhecido pelas bocas em forma
de escotilha náutica vistas tanto no
volume vermelho quanto nas demais
estruturas. Afinal, conforto e segurança
devem sempre estar juntos.
Sistema de proteção e combate a incêndio
SALA MINAS GERAIS
FOT
O:
EUG
ÊNIO
SÁV
IO
FOT
O:
EUG
ÊNIO
SÁV
IO
FOT
O:
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DR
É FO
SSA
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BOCAS DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO
BOCAS DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO
COGUMELO SUGADOR /
INSUFLADOR DETECTOR DE INCÊNDIO
VEIA
SPRINKLER
BOCA DE AR