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FRATERNIDADE E POLÍTICAS PÚBLICAS“Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27)

Direito no AT: para designar a ordem justa dasociedade, em sentido objetivo, que nemsempre é respeitada na vida real, vindo porisso, sempre acompanhado da palavraJustiça, que é o fundamento do Direito, aobrigação moral do Direito em sentidosubjetivo, motivação interior, que tornapossível viver a fundo o Direito.

• Justiça: razão pela qual nos preocupamos comos mais pobres dentre o povo (representadospela tríade: a viúva, o órfão e o estrangeiro)para que haja o direito na sociedade,instaurando o projeto de Deus no mundo.

Direito e Justiça: sentido muito maior do quedar a cada um o que lhe pertence, sendo umajustiça libertadora, referente aomelhoramento das condições do necessitadono meio do povo, que no plano do governo semanifesta por medidas legais.

• Relação Direito e Justiça: atrelados e nãodistanciados. “Nem tudo que é Direito é Justoe nem tudo que é Justo é Direito” (NivaldoJunior).

Informações Metodológicas

• Utilizarei PP como abreviação de PolíticasPúblicas.

• Texto na cor Preta, retirado do Texto-Base daCF 2019.

• Texto na cor Azul, minha autoria ou citações.

• Por questão de tempo, fiz uma delimitaçãona apresentação do Texto-Base, priorizando aIntrodução, o Ver e o Agir.

Contexto da CF 2019

1. Campanha da Fraternidade como caminho deconversão quaresmal. “Um caminho pessoal,comunitário e social que visibilize a salvaçãopaterna de Deus”. Objetivo principal: construçãoda fraternidade e conversão pessoal e social.

2. Tema situado na Terceira Fase da CF: A Igreja sevolta para situações existenciais do povobrasileiro. “Nesta fase, a Igreja, com a realizaçãodas CF, tem contribuído ao evidenciar situações quecausam sofrimento e morte em meio ao povobrasileiro, nem sempre percebidas por todos”.Continuidade, Sensibilização e Comprometimento.

Objetivo Geral da CF 2019

• “Estimular a participação empolíticas públicas, à luz da Palavra deDeus e da Doutrina Social da Igrejapara fortalecer a cidadania e o bemcomum, sinais de fraternidade”.

• Horizonte da Evangelização eTransformação Social.

Objetivos Específicos1. Conhecer como são formuladas e

aplicadas as Políticas Públicasestabelecidas pelo Estado Brasileiro.

2. Exigir ética na formulação econcretização das PP.

3. Despertar a consciência e incentivar aparticipação de todo cidadão naconstrução de PP.

4. Propor PP que assegurem os direitossociais aos mais frágeis e vulneráveis.

5. Trabalhar para que as PP eficazes de Governose consolidem como PP de Estado.

6. Promover a formação política dos membrosde nossa Igreja, especialmente dos jovens.em vista do exercício da cidadania.

7. Suscitar cristãos católicos comprometidos napolítica como testemunho concreto de fé.

Fundamento: Dignidade Humana• Todo ser humano, como membro da família humana,

possui uma dignidade inata, seja qual for a situação emque este se encontre. Portanto, a dignidade humanadeve ser reconhecida e não atribuída. A primeira emais imediata exigência da dignidade humana é orespeito à vida, levando a se reconhecer o direito àvida, entendido como princípio fundamental e anterioraos demais: significa nascer, viver e morrer comdignidade.

• “Existem bens, materiais e espirituais, que possuem umvalor relativo: apenas a dignidade, entre os bens,possui um valor absoluto” (F. D´AGOSTINO).

Direito à Vida

• Não há graduação no que diz respeito àdignidade humana, ou seja, vida que mereceser vivida e a que não merece.

• O direito à vida que se alicerça na dignidadehumana precede quaisquer outros direitos. Adignidade humana constitui-se hoje o ponto departida para o diálogo com o mundo plural,visto que é reconhecida praticamente portodas as culturas e religiões, entre crentes enão crentes.

Três Necessários Esclarecimentos

Primeiro: “A Igreja não pode nem deve colocar-seno lugar do Estado. Mas também não pode nemdeve ficar à margem na luta pela justiça. Deveinserir-se nela pela vida da argumentaçãoracional e deve despertar as forças espirituais,sem as quais a justiça não poderá afirmar-se nemprosperar. A sociedade justa não pode ser obrada Igreja; deve ser realizada pela política. Mastoca à Igreja, e profundamente, o empenhar-sepela justiça”. (Bento XVI, Deus Caritas Est, n. 28)

Segundo: O Papa Francisco indica que asideologias atuais levam a “dois erros nocivosque mutilam o coração do Evangelho”:

A.“O erro dos cristãos que separam asexigências do Evangelho do seurelacionamento pessoal com o Senhor, daunião com Ele, da Graça. Assim transforma-seo cristianismo em uma espécie de ONG,privando-o daquela espiritualidadeirradiante”. (Francisco, 2018, GE, n.100).

B.“É nocivo e ideológico também o erro daspessoas que vivem suspeitando docompromisso social dos outros, considerando-o algo de superficial, mundano, secularizado,imanentista, comunista, populista; ou entãorelativizam-no, como se houvesse outrascoisas mais importantes, como se interessasseapenas uma determinada ética ou umarrazoado que eles defendem”. (Francisco,2018, GE, n. 101).

Defesa da Vida em todas as fases da existência temporal.

Terceiro: “A defesa do inocente nascituro, deve ser clara,firme e apaixonada, porque neste caso está em jogo adignidade da vida humana, sempre sagrada. Masigualmente sagrada é a vida dos pobres que jánasceram e se debatem na miséria, no abandono, naexclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia encobertade doentes e idosos privados de cuidados, nas novasformas de escravatura e em todas as formas dedescarte. Não podemos propor um ideal de santidadeque ignore a injustiça deste mundo”. (Francisco, 2018,GE, n.101).

PP para evitar as mortes mistanásicas: precoces eevitáveis. Morte Social: negligência dos direitos.

Políticas Públicas• “São ações discutidas, aprovadas e programadas para que

todos os cidadãos possam ter vida digna. São soluçõesespecíficas para necessidades e problemas da sociedade.É a ação do Estado que busca garantir a segurança, aordem, o bem-estar, a dignidade, por meio de açõesbaseadas no direito e na justiça. PP não é somente a açãodo governo, mas também a relação entre instituições e osdiversos atores individuais ou coletivos, envolvidos nasolução de determinados problemas. Para isso devem serutilizados princípios, critérios e procedimentos quepodem resultar em ações, projetos ou programas quegarantam ao povo os direitos e deveres previstos naConstituição e outras leis”. (Dom Leonardo Steiner,Apresentação da CF 2019).

Texto Base

• Ponto de partida e chegada dos cristãos éJesus Cristo. Com o olhar voltado para Ele, naforça do Espírito Santo, oferecem otestemunho da transformação de todas ascoisas Nele.

• Um modo de sermos cristãos ativos é ajudarna proposição, discussão e execução de PPpara que as pessoas possam ser libertadaspelo direito e pela justiça (cf. Is 1,27).

Relação PP e Obras de Misericórdia

• Obras de Misericórdia, baseadas no direito ena justiça, como expressão de conversão.Perceber as PP, na ótica da fé cristã, comoações misericordiosas que ajudam a construiruma verdadeira fraternidade e resgatar adignidade de irmãos e irmãs.

• As obras de misericórdia são o cuidadoevangélico para com os irmãos. É tarefa detodo cristão participar na elaboração econcretização de ações que visem melhorar avida de todas as pessoas. Fazer obras demisericórdia!

PP de Governo e de Estado

• PP como ações de governo ou ações deEstado.

• De governo, porque ligadas a umdeterminado executor, portanto é temporário.

• De Estado quando são ações permanentes,ligadas à educação, à saúde, à segurançapública, ao saneamento básico, à ecologia eoutros.

PP de Estado e PP de Governo• PP de Estado: encontram-se amparadas

pela Constituição, devendo ser realizadasindependentemente do governante deplantão.

• PP de Governo: são específicas a cadaperíodo do governante, uma vez que noregime democrático há alternância noexercício dos poderes executivo elegislativo.

Reflexão• Novidade: relação PP com obras de Misericórdia.

• Pastorais Sociais como inspiração e contribuiçãopara as PP? Considerando que o objetivo dasPastorais Sociais é “ interferir na organização dasociedade e transformá-la a partir e em vista dasnecessidades e dos direitos dos pobres emarginalizados” (Pe. Francisco de Aquino Junior).

• Pastorais: Ação Eclesial, expressão e exigência dafé, para situações concretas, emergentes epersistentes. Evangelho aplicado a umadeterminada necessidade.

Ver• O tema da CF deste ano impacta diretamente

na vida dos brasileiros, sobretudo dos maisvulneráveis.

• PP conjunto de ações a serem implementadaspelos gestores públicos, na perspectiva dosmais pobres da sociedade. O que pode serfeito?

• Políticas Públicas: “são ações e programas quesão desenvolvidos pelo Estado para garantir ecolocar em prática direitos que são previstosna Constituição Federal e em outras leis”.

Distinção entre Política e Política Públicas.

• Política: organização da cidade e tomada dedecisões na busca do bem comum.

• Políticas Públicas: soluções específicas paranecessidades e problemas da sociedade. Dizrespeito à presença do Estado nos diversossetores da sociedade. Conta com a colaboraçãodas ciências sociais, políticas, econômicas e daadministração pública.

• Elaboração interdisciplinar e coletiva.• PP não é somente ação do governo, mas também

a relação entre as instituições e os diversosatores, sejam individuais e coletivos, envolvidosna solução de um determinado problema. Aviolência por exemplo!

• Sem a participação popular as PP tendem arefletir mais a força dos agentes domercado ou de um grupo político do quepropriamente os interesses da população.

• As PP sofrem com a descontinuidade edependência da vontade do gestor político.Por isso a cada eleição no município,estado ou país dúvidas são suscitadas sehaverá ou não continuidade das PPanteriormente desenvolvidas.

• Trabalhar para que as PP eficazes de governo seconsolidem como PP de Estado. Por isso éimportante a presença da Igreja Católica, pormeio do clero e dos leigos, na elaboração,participação e acompanhamento de PP.

• A Constituição de 1988 possibilitou aparticipação direta da sociedade na elaboraçãoe implementação de PP, através de conselhosdeliberativos, em quatro áreas: Criança eAdolescente, Saúde, Assistência Social eEducação.

Tipos de Políticas Públicas• PP definida de maneira simples como

“Resolução de Problemas”, agrupados parafacilitar a identificação e a solução deles.

• 1. PP Sociais: as mais conhecidas e as maisreivindicadas pelos diferentes grupos sociais:Saúde, Educação, Habitação, Previdência Socialentre outras.

• 2. PP Macroeconômicas: fiscais, monetárias,cambiais, industriais e comerciais.

• 3. PP Administrativa: ações para a democracia,descentralização de decisões e participação social.

• 4. PP Específicas ou Setoriais: Meio Ambiente,Cultura, Agrária, Direitos Humanos, Mulheres,Negros, Jovens, entre tantas outras.

Duas razões para a existência das PP• 1. Decorre da própria natureza contraditória das

forças de mercado. Função de corrigir e regular acompetição no interior dos mercados. Corrigir asfalhas do mercado.

• 2. Decorre do processo de desigualdadeintrinsecamente gerada pelo desenvolvimentoeconômico que produz mais concentração depoder, renda e riqueza.

• As PP tem o papel de reparação das iniquidades,com a oferta de bens e de serviços públicos querompam com a exclusividade do poder dodinheiro no atendimento das necessidadeshumanas.

Elaboração das PP• Negociação (atores políticos e sociais e

instituições) como conceito positivo e ético,participação, informações e base de dados.

• Cinco etapas:• 1. Identificação do problema (que se torne político

também)• 2. Formulação de uma solução (será resolvido pelo

Estado = PP)• 3. Tomada de Decisões (debate, conflito e decisão)• 4. Aplicação da Ação ou Implementação• 5. Avaliação dos resultados

Não resolver o problema também é uma decisão,que deve ser fruto de uma profunda reflexão.

O Papel dos Atores Sociais nas PP• Democracia Representativa: voto responsável.

• Democracia Participativa: a sociedade possui meiose instrumentos para se fazer presente na vidapolítica e auxiliar na implementação das PP.

• Atores sociais: são as diferentes pessoas eorganizações envolvidas no debate e naparticipação nas PP. São indivíduos, grupos,movimentos sociais, partidos, instituiçõesreligiosas,organizações públicas e privadas. É nabusca do bem comum que acontece a interaçãoentre os atores sociais, bem como os conflitos,disputas, cooperação, negociação, apoio etc.

• PP não isoladas, mas interligadas ao todo. Sinergia.

Participação e Políticas Públicas

• Estar presente nos diversos mecanismos departicipação garantidos pela Constituição:

• 1. Audiências Públicas

• 2. Conselhos Gestores ou de Direitos

• 3. Conferências

• 4. Fóruns e reuniões

• 5. Terceiro Setor: Organizações da SociedadeCivil e Movimentos Sociais.

Três atores em destaque:

• 1. Protagonismo dos jovens na elaboração dePP: formação para a cidadania, direitos,responsabilidades, educação e trabalho.

• 2. Colaboração dos Movimentos Sociais naelaboração de PP. Controle Social.

• 3. Família e as PP: voltadas ao fortalecimentoda família.

AGIR• As PP são as ações do Estado ou do Governo

na solicitude para com os mais necessitados.Tornam-se para todos os cidadãos expressãodo Direito e da Justiça.

• Como cristãos, somos convidados a participarda discussão, elaboração e execução de PP. Ofazemos porque somos discípulosmissionários.

• Nosso agir como verdadeira obra demisericórdia: “O homem que sofre nospertence!” (S. J. Paulo II).

Superar a dualidade no campo da Fé e Política. Relação fé e vida.

• É o primeiro passo para o agir na CF 2019.

• Se o direito e a justiça são condições para a liberdade(cf. Is 1,27), a política é intrínseca à fé e que a prática dafé também é um exercício político.

• Fraternidade e PP fazem parte da vocação humana edevem nortear as ações das pessoas que, na política,defendem a dignidade humana.

• Ao reconhecer que a fraternidade exige PP a IgrejaCatólica através desta CF , nos desafia a testemunhar ajustiça, participando efetivamente da política, quer sejadefendendo, exigindo ou construindo PP queassegurem a vida e a dignidade das pessoas.

• O Reino de Deus é de todos e para todos,portanto sua construção é coletiva e deveenvolver todos os seus destinatários.

• Onde está o teu irmão? Por acaso eu souresponsável pelo meu irmão? Serindiferente ao sofrimento humano éresponder a Deus com a mesma dureza docoração de Caim.

• Não desvincular a fé de nossas açõessociopolíticas para não facilitar a exclusãosocial e o sofrimento e morte das populaçõesde maior vulnerabilidade social. Mistanásia.

• Populações invisíveis incorporadas àspaisagens para não sentir a compaixão.

• Escuta atenta, conversão social,espiritualidade encarnada e efetivação de PP.

Papa Francisco• “É necessário que os leigos católicos não

permaneçam indiferentes à vida pública, nemfechados nos seus templos, nem sequer esperemas diretrizes e as recomendações eclesiais paralutar a favor da justiça e de formas de vida maishumanas para todos”. (Francisco, 2017).

• “Ninguém pode exigir de nós que releguemos areligião para a intimidade secreta das pessoas, semqualquer influência na vida social e nacional. Umafé autêntica – que nunca é cômoda nemindividualista – comporta sempre um desejo demudar o mundo, transmitir valores, deixar a terraum pouco melhor depois da nossa passagem porela” (Francisco, EG, n. 183)

Participação Social: como modo de praticar o Evangelho, a ética e viver a justiça.

• Participar para cuidar da Obra do Criador. Cuidardo que é público.

• Participação nos Conselhos nos âmbitos federal,estadual e municipal e nas instâncias de ControleSocial.

• Ser sal e luz nos espaços políticos e coletivos dedecisão.

• Superar o medo de lidar com as ideologiaspolíticas, medo que leva ao distanciamento dasconstruções coletivas e das relações sociais epessoais.

• Por onde Jesus transitava?

• Evitar posturas maniqueístas. Áreas cinzentas.

• “Pela fidelidade à voz da consciência, oscristãos estão unidos aos demais homens, nodever de buscar a verdade e de nela resolvertantos problemas morais que surgem na vidapessoal e social” (GS, n.16).

• A falta de sensibilidade sociopolítica e adissociação da política no contexto da fédesfavorece a atuação dos leigos e enfraquecesua missão.

Caravaggio: “A vocação de Mateus”.“Que a arte nos aponte uma resposta” (O. Montenegro).

Sociedade da Informação• Participação na mídia tradicional,

Internet e Mídias Sociais.

• Eleição e discernimento. VotoResponsável.

• A responsabilidade de todos.

• Educar para o humanismo solidário.

• Doutrina Social da Igreja comoinstrumento para uma eficazparticipação nas PP.

• PP e a cultura do diálogo; a globalização daesperança; a verdadeira inclusão; as redes decooperação, a honestidade, o Bem Comum.

• Pistas de Ação: Participação (pastorais sociais),Cidadania (formação política) e o bem comum

• Observatório Social do Brasil: controle emelhoria da gestão pública.

• Jornada Mundial do Pobre 2018: “Este pobregrita, e o Senhor o escuta” (Sl 34,7).

• Conclusão: convite para uma maiorparticipação dos cristãos na elaboração eimplementação de políticas públicas.

Comunidade Eclesial e PP. Para os Grupos - Três Questões, n.222, mais* :

1. Como sua comunidade acolhe as pessoas queatuam na política partidária?

2. Sua comunidade conhece os trabalhosdesenvolvidos pelos conselhos paritários dedireitos?

3. Há membros de sua comunidade/paróquia queparticipa em conselhos municipais, estaduais oufederais? Se positivo, o que está sendo realizadopara favorecer o trabalho dessas pessoas?

* Apresente três políticas públicas, mais urgentes,na ordem de preferência.

Reflexão Pessoal : considerações finais• Serás libertado pelo direito e pela justiça: “Gritar,

Responder e Libertar”.• “Porque se multiplicará a iniquidade, vai resfriar o amor

de muitos” (Mt 24, 12).• Relação entre PP e sensibilidade social que emerge da fé

em Cristo.• Ocupar espaços, criar outros, transitar por muitos:

assistir, promover e libertar.• Nossas pastorais em geral, pastorais sociais em

particular, comunidades, movimentos, obras demisericórdia, evangélica opção preferencial pelos pobressão ações eclesiais que podem perfeitamente inspirarnovas PP. Temos um know how que não pode serenfraquecido, mas compartilhado no horizonte das PP.

• “Não podemos propor um ideal de santidade que ignorea injustiça deste mundo” (Francisco).

Mensagem II Dia Mundial do Pobre• Possível aproximação com as PP

• “Inúmeras são as iniciativas que a comunidade cristãempreende para dar um sinal de proximidade e alívioàs muitas formas de pobreza que estão diante dosnossos olhos. Muitas vezes, a colaboração com outrasrealidades, que se movem impelidas não pela fé maspela solidariedade humana, consegue prestar umaajuda que, sozinhos, não poderíamos realizar. O fatode reconhecer que, no mundo imenso da pobreza, anossa própria intervenção é limitada, frágil einsuficiente leva a estender as mãos aos outros, paraque a mútua colaboração possa alcançar o objetivo demaneira mais eficaz.

• Somos movidos pela fé e pelo imperativo dacaridade, mas sabemos reconhecer outras formasde ajuda e solidariedade que se propõem, emparte, os mesmos objetivos; desde que nãotranscuremos aquilo que nos é próprio, ou seja,conduzir todos a Deus e à santidade. Uma respostaadequada e plenamente evangélica, que podemosrealizar, é o diálogo entre as diversas experiências e ahumildade de prestar a nossa colaboração, semqualquer espécie de protagonismo.”

• “À vista dos pobres, não se perca tempo a lutar pelaprimazia da intervenção, mas reconheçamoshumildemente que é o Espírito quem suscita gestosque sejam sinal da resposta e da proximidade deDeus. Quando encontramos o modo para nosaproximar dos pobres, saibamos que a primaziacompete a Ele que abriu os nossos olhos e o nossocoração à conversão. Não é de protagonismo que ospobres têm necessidade, mas de amor que sabeesconder-se e esquecer o bem realizado. Osverdadeiros protagonistas são o Senhor e os pobres.Quem se coloca ao serviço é instrumento nas mãos deDeus, para fazer reconhecer a sua presença e a suasalvação”.

Oração da CF 2019Pai misericordioso e compassivo,

que governais o mundo com justiça e amor,dai-nos um coração sábio para reconhecer a presença do vosso Reino entre nós.

Em sua grande misericórdia, Jesus,o Filho amado, habitando entre nóstestemunhou o vosso infinito amore anunciou o Evangelho da fraternidade e da paz.

Seu exemplo nos ensine a acolheros pobres e marginalizados, nossos irmãos e irmãscom políticas públicas justas,e sejamos construtores de uma sociedade humana e solidária.

O Divino Espírito acenda em nossa Igrejaa caridade sincera e o amor fraterno;a honestidade e o direito resplandeçam em nossa sociedadee sejamos verdadeiros cidadãos do “novo céu e da nova terra”.

Amém.

• Gratidão pela atenção!Dom Luiz Antonio Lopes Ricci

Bispo Auxiliar de Niterói

17 ª Assembleia do Regional Leste 1

22-24/11/2018