frota moderna e procedimentos operacionais jose fregnani r06
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1º Seminário de Aviação Comercial Brasileira
Painel 07 - “Mudanças Climáticas e Transporte”
“Frota Moderna e Procedimentos Operacionais no Transporte Aéreo Brasileiro.”
Jose Alexandre T.G. FregnaniDiretor AssistenteSegurança de Voo, Operações e InfraestruturaIATA Brasil
24 de Maio de 2013
Sobre a IATA
� A IATA – International Air Transport Association é a associação da indústriado comércio global.
� Fundada em 1945 possui 240 membros e compreende 84% do tráfegoregular internacional.
� Nossa missão é representar, liderar e servir a indústria.
� A IATA entrega Padrões e Soluções para garantir um transporte aéreoseguro e bem-sucedido.
� A Indústria da aviação é hoje responsável por 2% das emissões globaisde CO2 (IPCC, 2007).
� As empresas aéreas de forma voluntária se comprometeram a reduziremissoes em pelomenos 25% em 2020 comparado aos níveis de 2005.
� Lembremos que:
� Custos de combustível representam de 35-45% dos custos diretosoperacionais no Brasil.
1 Kg de QAV consumido = 3.15 kg de CO2
Menos Combustível = Menos Emissões
A Estratégia Global
2010 2020 20501.5% p/a de eficiência de consumo de combustível
Trabalhar em favor do CNG
CNG a partir de 2020
Implantação da abordagem setorial
mundial
50% de redução nas emissões
líquidas de CO2
com relação aos níveis de 2005
Trajetória da redução de emissões
Fonte: ATAG
Emissões de CO2
Indústria com emissões atuaisTecnologia, operações e medidas de infraestrutura conhecidas
Biocombustíveis e tecnologia adicional
Trajetória de emissões brutas
2005 2010 2020 2030 2040 2050
Medidas econômicasCrescimento neutro de carbono 2020
Os quatro pilares
� Investimentos em Novas Tecnologias para aeronaves.� Aerodinâmica, Motores e Sistemas.� Bio-Combustível e Novas fontes de energia.
� Operação mais eficiente.� Máxima eficiência de Consumo e Mínimo Peso.
⇒ Max Alcance & Min consumo.
� Desenvolvimento e uso mais eficiente de Infraestrutura.
� Rotas, Ger. Tráfego Aéreo & procedimentos de aeroportos.
� Instrumentos econômicos eficientes.� Carbon trading, incentivos, políticas públicas,...
Os quatro pilares
� Investimentos em Novas Tecnologias para aeronaves.� Aerodinâmica, Motores e Sistemas.� Bio-Combustível e Novas fontes de energia.
� Operação mais eficiente.� Máxima eficiência de Consumo e Mínimo Peso.
⇒ Max Alcance & Min consumo.
� Desenvolvimento e uso mais eficiente de Infra-Estrutura.� Rotas, Ger. Tráfego Aéreo & procedimentos de
aeroportos.
� Instrumentos econômicos eficientes.� Carbon trading, incentivos, políticas públicas,...
Ganhos de Eficiência na era do Jato � Em 50 anos a aviação comercial demonstra melhoria contínua na eficiência
de consumo de combustível.
Fonte: IATA Technology Roadmap Report - 3rd Edition. Montreal, 2011.
737NG
A320
737-300/400
737MAX/A320 NEO
Frotas Novas
� Maioria das aeronaves da frota brasileira possui menos de 20 anos.
� 68% das aeronaves com idade de até 8 anos.
� 85% das aeronaves possui moderna tecnologia de navegação, capaz de voar PBN.
Fonte: ANAC
Frotas Novas� Renovação de frota brasileira no próximos
10 anos em direção a aeronaves mais eficientes.
� Novas aeronaves apresentam eficiência consumo cerca de 15% a 20% melhor que geração anterior ⇒ A320NEO, 737MAX e Novos E-Jets.
� Melhorias aerodinâmicas – Perfis laminares, Superfícies, winglets, etc...
� Materiais compostos – Menor peso, maior vida em fadiga.
� Novas Tecnologias de motores –Geared Fans, HPT Ceramica, Adaptative flow e Open rotor.
www.iata.org/publications/Pages/technology-roadmap.aspx
Os quatro pilares
� Investimentos em Novas Tecnologias para aeronaves.� Aerodinâmica, Motores e Sistemas.� Bio-Combustível e Novas fontes de energia.
� Operação mais eficiente.� Máxima eficiência de Consumo e Mínimo Peso.
⇒ Max Alcance & Min consumo.
� Desenvolvimento e uso mais eficiente de Infra-Estrutura.� Rotas, Ger. Tráfego Aéreo & procedimentos de
aeroportos.
� Instrumentos econômicos eficientes.� Carbon trading, incentivos, políticas públicas,...
Procedimentos Recomendados IATA
� 1% de melhoria no consumo = economia de 2 Bilhões USD por ano.
� “Best Practices Book”:� Programa de Conservação de
Combustível e Redução de Emissões.
� Procedimentos em solo.� Despacho e Planejamento de Voo.� Procedimentos em Voo.
http://www.iata.org/publications/Pages/fuel-guidelines.aspx
Voo operacionalmente eficiente
� Gerenciar influências “gate to gate”.
� Movimentos no solo eficientes.
� Otimização de perfis de voo:� Subida irrestrita (CCOs).� Velocidade economicas em cruzeiro.� Altitudes de cruzeiro mais eficientes.� Descidas continuas (CDAs)
� Maximização das capacidades de desempenho da aeronave.
� Minima intervencao do ATC.� Saidas e chegadas previsiveis.
Eficiência no Solo
� Planejamento do combustível.� Sistemas de planejamento de navegação
computadorizados.� Política de alternados próximos.� Combustível de taxi estatístico.
� Minimizar tempo de APU (Auxiliary Power Unit)� Maximização do uso de GPU e Unidades de
Ar condicionado no “gate”.� Uso apenas no taxi (IN & OUT).� Desligado após decolagem.
� “Handling” exato ⇒ Água potável & Comissaria. Consumo do APU é cerca de 10 a 20 vezes maior do que de um gerador elétrico (GPU) a diesel.
Taxi com um motor desligado (EO Taxi)
� Tração no motor ligado 60% maior que o ligado em marcha lenta.
� Taxi durante a chegada ou saída.
� Considerações:� Motores – tempo “Cool Down”/”Warm up”� Carga de trabalho no cockpit.� Congestionamento de rampa.� Coordenação ATC.� Treinamento de Pilotos.� Cuidados com Jetblast e Ruído.
Redução do consumo de taxi entre 6 e 10 kg por minuto.
Otimização de FLAPS de decolagem
� Seleção.� Menor possível, sempre que comprimento
de pista permitir.
� Altitude de retração mais baixa possível. � Minimo regulamentar : 400ft.� Minimiza tempo no qual aeronave voa
em configuração de alto arrasto.� Melhora desempenho de subida.
� Considerações.� Desempenho da aeronave.� Livramento de obstáculos.� Ruído.
Potencial de redução do consumo entre 10 e 50 kg por
decolagem
Subida Contínua (CCO)
� Técnica que permite subida direta sem “degraus” até altitude de cruzeiro.
� Motores em Máxima Tração de Subida (menor tempo).
� Velocidades econômicas.
� Cartas de subida podem ser projetadas para tal (Doc.9993 OACI)
Potencial de redução do consumo entre 50 e 100 kg por
subida
Gerenciamento Geral de Voo
� Aderência do Perfil de voo vertical&horizontal de acordo com o planejado pelo plano de voo.
� Voar sempre nas velocidades de menor custo operacional ⇒ COST INDEX
� Uso sistemático do FMS e Piloto automático para gerenciamento de trajetória.
� Solicitação sistemática de proas diretas (atalhos de rota).
Ações colaborativas com ATC
� Rotas de taxi mais curtas.� Subidas diretas e continuas (CCO).� Voo em altitude&velocidade otimas.� Rotas diretas sempre que possível.� Descidas Continuas (CDA).� Esperas em altitudes e velocidades otimas.
Descida em Trajetória Contínua (CDA)
� Técnica que permite descida direta (sem nivelamentos) desde a altitude de cruzeiro até a interceptação da aproximação final.
� Motores em “marcha lenta” na maior parte do tempo. Computador de bordo (FMS) calcula trajetória ótima.
� Envolve colaboração/negociação com ATC.
� Cartas de chegada podem ser projetadas para tal (Doc.9931 OACI)
Potencial de redução do consumo entre 50 e 200 kg por
aproximação
PBN (Performance Based Navigation)� Nova tecnologia que permite a
flexibilização de rotas em trajetórias mais diretas e curtas.� Menor combustível planejado e
consumido.� Uso conjunto com CDAs.
� Menores Mínimos meteorológicos. � Menos divergências.� Menor combustível gasto
com alternados.
� Segmento final em angulo constante.� Aproximações estabilizadas.� Menos arremetidas.
Potencial redução do consumo entre 100 e 200 kg por
aproximação
Configurações de pouso (Low Noise/Drag)
� Minimização do uso de tração nas aproximações. Otimiza consumo e ruído.
� Altitudes bem definidas de configuração para operação de trem de pouso e flaps.
� Sempre que possível, uso de menor flap de pouso.
� Considerações.� Treinamento & Padronização.� Critério para aproximações
estabilizadas.� Desempenho da aeronave.
Potencial de redução do consumo entre 20kg e 50 kg por
aproximação
Mínimo Reverso após o pouso
� Cálculos de desempenho de pouso (despacho) não levam em conta aplicação de reversos.� Reversos considerados meios adicionais
de parada.� Podem ser mandatórios em aeroportos
críticos, dependendo da política da empresa.
� Energia cinética de pouso dissipada em maior parte pelo sistema de freios e arrasto.
� Considerações:� Vida útil dos conjuntos de freios.� Treinamento de Pilotos.
Potencial de redução do consumo entre 10kg e 50kg por
pouso
Onde está o maior potencial ?Aeronave
A320Combustível
salvo (kg)CO2 (kg)
% economia total
30min APU desligado em solo. 58 183 17%
5 min TAXI com um motor desligado
33 104 10%
Otimização FLAP 10 32 3%
Descida continua + PBN 100 315 29%
Low Drag - Low Noise APP 30 95 9%
Minimo Reverso 16 50 5%
Gerenciamento do Voo +
Colaboração ATC100 315 29%
TOTAL 347 1093
José Alexandre.T.G. FregnaniDiretor Assistente – Segurança de Voo, Operações e Infraestrutura.IATA Brasil
Tel: +55 11 2187 4236
“Representar, liderar e servir a indústria.”