geometria molecular e interações químicas moleculares
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ESTADO SÓLIDO
Profª. Loraine [email protected]/lorainejacobs
Estado Sólido
Tradicionalmente, um sólido é definido como uma
substância que mantém um volume e uma forma
fixos.
Um sólido é uma substância que apresenta suas
partículas constituintes dispostas num arranjo interno
regularmente ordenado.
Características Gerais:
Duros e rígidos;
Não demonstram tendência em fluir ou difundir;
Geralmente incompressíveis;
Estado Sólido Sólido amorfo:
volume e forma fixa;
aparência e comportamento externo parecido com os
sólidos;
não apresenta faces cristalinas;
estrutura interna irregular;
pode ser considerado como um líquido (super resfriado, bem
abaixo do seu ponto de congelamento, imitando um sólido
verdadeiro).
Exemplo: Vidro
Propriedades gerais dos sólidos
Sólidos verdadeiros/ Sólidos Cristalinos: substâncias
rígidas de estrutura organizada que, ao serem
comparadas com os líquidos e os gases, apresentam
velocidades de fluxo e de difusão extremamente
baixas.
Consistem em partículas (átomos, íons ou moléculas)
muito próximas umas das outras e ligadas
fortemente entre si.
Comparado com um gás que apresenta moléculas
muito espaçadas, um sólido apresenta uma estrutura
extremamente compacta, na qual as partículasestão fortemente interligadas.
Cristais
Uma das características mais notáveis dos sólidos é a
sua ocorrência como cristais.
Monocristal perfeito de quartzo
(dióxido de silício, SiO2)
Cristais de quartzo (dióxido de
silício, SiO2)
Cristais
Formação de cristais: crescimento extremamentelento num meio uniforme cristais grandes e
perfeitamente formados.
Comum obtenção de cristais que apresentamdistorções resultado de condições não-uniformes
na vizinhança do cristal em crescimento, que
favorecem o crescimento mais rápido em certas
direções do que em outras.
Cristal ideal Cristal distorcido.
Difração de Raio X
Forma externa cristal fornecem informações
valiosas sobre a estrutura interna;
Conhecimento sobre estruturas dos materiais
cristalinos provém da difração de raio x: qualquer radiação eletromagnética pode sofrer difração (ser
desviada) por uma grade de difração; isto é, uma série de objetos
(linhas, átomos, etc.) colocados de maneira regular a uma
distância aproximadamente igual à do comprimento de onda da
radiação.
O comprimento de onda dos raios X é muito
curto, mas as distâncias entre átomos num
cristal são suficientemente próximas para o
cristal servir de rede de difração para raios X.
Difração de raios X pelo método de Laue.
Aparelhagem e Diagrama de difração de Laue.
Difração de Raio X
Equação de Bragg Difração dos raios X deve
ocorrer como a luz é refletida por um espelho.
n.= 2.d sen
Relação entre distância entre camadas de átomos,
comprimento de onda e ângulo de difração
Para qualquer distância d, a difração pode se dar em diversos ângulos, cada
um deles correspondente a um valor de n. Sendo n = 1 para o raio difratado de
ordem 1, o qual terá menor ângulo de difração.
Difração de Raio X
Em um experimento de difração com cristais de
NaCl, foram utilizados raios x com =0,154nm. A
difração de 1ª ordem teve lugar em ângulo de
22,77º. Qual a distância entre as camadas dos
átomos responsáveis pela difração deste raio,
sabendo que n= 2d sen?
d = n/ 2sen
sen = sen 22,77º = 0,3870
d = 1.0,154/2(0,387)
d = 0,199nm
Retículo Cristalino
Retículo cristalino: arranjo ordenado tridimensional
dos átomos do sólido, ou ainda, descrito em termos
de um retículo espacial, que é um arranjo
geometricamente regular de pontos no espaço.
Um retículo cristalino pode ser imaginado como
sendo um retículo espacial cujos pontos são
ocupados por átomos, íons, moléculas ou grupos
destes.
O arranjo das partículas, num retículo cristalino,
repete-se periodicamente em três dimensões, até os
limites físicos de cada cristal.
Retículo Cristalino
Cela Unitária: Menor unidade tridimensional doretículo cristalino pode ser utilizada para construir
o retículo completo Modelo que pode ser
explicado bidimensionalmente através da estrutura
de rede
Retículo Cristalino
Rede: Arranjo regular de pontos em um plano. Uma
cela unitária deve conter quatro pontos da rede
Retículo Cristalino
Cela Unitária Primitiva: Cela cúbica simples Possui
pontos apenas nos vértices
Retículo Cristalino
Celas Derivadas da Cela Primitiva
Cela cúbica de corpo centrado Além de todos os pontos
do vértice, terá um ponto no centro da estrutura do cubo
Cela cúbica de face centrada Além de todos os pontos do
vértice, terá um ponto no centro de cada uma das seis faces
do cubo.
Retículo Cristalino
Células primitivas
Retículo Cristalino
Eficiência de empacotamento
Diretamente relacionada com o retículo cristalino
do sólido.
Quanto maior o aproveitamento do espaço
disponível no retículo, maior a eficiência do
empacotamento e mais resistente o sólido.
Cúbica de Face Centrada - Empacotamento: 74%
Cúbica de Corpo Centrado – Empacotamento: 62%
Cúbica Simples – Empacotamento: 52%
Retículos Cristalinos Representativos
Estrutura Cristalina do Argônio - CFC
(Átomos)
Estrutura Cristalina do Etileno - OCC
(Moléculas)
Estrutura Cristalina do NaCl- CFC
Retículo Cristalino
Número de Coordenação
É o número de átomos imediatamente adjacentes
a qualquer determinado átomo.
Assim como o empacotamento, influencia na
resistência do sólido.
Cúbica de Face Centrada - nº de coordenação: 12
Cúbica de Corpo Centrado - nº de coordenação: 8
Cúbica Simples – nº de coordenação: 6
Retículo Cristalino
Retículo Cristalino
Forma mais estável para cada elemento
Retículo Cristalino
Formação de mais de uma fase sólida
Alguns elementos, como o carbono, podem
formar fases sólidas diferentes das observadas
como mais estáveis:
Grafite: Geometria hexagonal. Em um plano, átomosde carbono se ligam de maneira similar ao diamantetendo as ligações C – C similares. Porém, a distânciaentre os planos é muito maior onde forças de Van derWaals
Diamante: Geometria tetraédrica. Cada carbono semantém arranjado por fortes ligações C – C; istoexplica sua resistência elevada. (O silício apresentamesma estrutura)
Retículo Cristalino
Formação de mais de uma fase sólida
Retículo Cristalino
Formação de mais de uma fase sólida
Ligações e propriedades dos sólidos
As propriedades de um sólido dependem: da geometria do retículo cristalino;
da natureza das unidades (átomos, íons, moléculas) nos
pontos reticulares;
das forças que mantêm unidas estas unidades.
Podem ser classificados em quatro tipos: iônico
molecular
covalente
metálico
Sólidos Iônicos
Cátions e ânions ocupam os pontos do espaço
reticular.
Ligação iônica forte difícil distorção do retículo;
Altos PF e PE partículas recebem energia cinética
vibram com intensidade cada vez maior Vibrações
violentas causam enfraquecimento das forças de ligação
Desintegração do retículo cristalino Fusão NaCl (808ºC)
Maus condutores no estado sólido Devido a estrutura
cristalina dos sólidos iônicos os íons não estão livres para
movimentar as partículas carregadas e, por isto, não
conduzem eletretricidade.
Sólidos Iônicos
Tipicamente Duros e Quebradiços
Resistentes à quebra mas, após quebrados, estilhaçam com
facilidade.
Ao aplicar uma força em um sólido iônico, as forças de
atração tendem a mantê-lo intacto porém, se a força
aplicada superar a resistência da ligação as forças atrativas
dão lugar a forças repulsivas (Clivagem) fazendo com que
haja separação das camadas
Clivagem dos sólidos iônicos
NaCl
KCl
Sólidos Covalentes
Unidades nos pontos reticulares são átomos ligados
por covalência, formando uma enorme rede
tridimensional típica que se prolonga até os limites
físicos do cristal.
Exemplo: carbeto de silício (carborundum, SiC)
geralmente usado como abrasivo. A estrutura é
fortemente entrelaçada, rígida grande dureza e
alto PF.
Não há partículas móveis na estrutura tipicamente
maus condutores de eletricidade.
Estrutura cristalina SiC
Sólido SiC
Sólidos Moleculares
Unidades que ocupam os pontos reticulares são
moléculas.
Em cada molécula átomos unidos por ligações
covalentes.
Entre as moléculas forças eletrostáticas
Força de London ou dispersão
Sólidos Moleculares
Força de London ou dispersão
Geralmente muito fracas e ocorrem em átomos ou
moléculas apolares.
Originam-se das flutuações momentâneas que ocorrem nasnuvens eletrônicas em um átomo ou molécula dipolo
elétrico instantâneo (acúmulo momentâneo de carga
negativa em uma determinada região do átomo ou
molécula).
Este acúmulo de carga negativa tende a repelir os elétrons
do átomo ou molécula vizinha, convertendo-o também em
um dipolo elétrico. Em outras palavras, a polaridade
momentânea do primeiro átomo induz uma polaridade
momentânea no segundo.
Dipolo instantâneo –Dipolo Induzido
Sólidos Moleculares
Forças de Van der Waals e os Sólidos Moleculares
tendem a ter PF relativamente baixos e a ser moles (forças
intermoleculares são fracas);
Isolantes elétricos (não possuem partículas carregadas).
Ligações Metálicas
Os metais são materiais formados por apenas um
elemento e apresentam uma estrutura geométrica
bem definida.
Maleáveis, dúcteis, bons condutores de eletricidade
e calor.
Podem formar uma grande quantidade de ligas
combinando-os com outros metais ou outros elementos da
tabela periódica.
Ligações Metálicas
Exemplos de Ligas Metálicas
Ligações Metálicas
Os átomos dos metais se unem originando os
denominados retículos ou reticulados cristalinos, que
são redes ou grades nos quais cada átomo do metal
está circundado por 8 a 12 outros átomos do mesmo
elemento, sendo, portanto, as atrações iguais em
todas as direções.
Retículos mais comuns
Uma das primeiras
tentativas foi feita por
Drude, em 1900.
Em sua teoria, um metal
era tratado como um gás
uniforme de elétrons.
Drude aplicou a teoria cinética dos gases e
obteve alguns resultados razoáveis para a
época em relação à condução térmica e
elétrica do metal.
Ligações Metálicas
Esta ideia de se utilizar um modelo tão simples
está relacionada ao fato de que se acreditava que
a boa condução elétrica dos metais era devido
aos elétrons estarem livres.
Este modelo foi logo refutado por não levar em
conta as interações elétron-elétron e nem o
potencial eletrostático devido aos núcleos
atômicos.
Ligações Metálicas
Ligações Metálicas
TEORIA DA “NUVEM DE ELÉTRONS”
OU
“MAR DE ELÉTRONS”
Os átomos que perdem os elétrons se tornam
cátions, mas eles podem logo receber elétrons e
voltar a se tornar átomos neutros.
Esse processo continua indefinidamente e, com isso,
o metal se torna um aglomerado de átomos neutros
e cátions mergulhados em uma nuvem ou mar de
elétrons livres, essa nuvem que mantém os metais
unidos, formando a ligação metálica.
Teoria da Nuvem ou Mar de Elétrons
Sólidos Metálicos
Unidades que ocupam os pontos reticulares são íons
positivos.
Exemplo: metal sódio (íons Na+ ocupam os pontos
de um retículo cúbico)
Cada Na+ pode ser considerado como sendo o resultado da
perda de um elétron por átomo de sódio, e os elétrons de
todos os átomos de sódio formam uma nuvem gigante de
elétrons que se espalha por todo o retículo.
Estes elétrons não estão ligados a qualquer átomo, mas
estão deslocalizados sobre o cristal, sendo chamados de
elétrons livres. No sódio e em outros metais típicos existe umatração mútua entre os elétrons livres e os cátions
estabiliza a estrutura e permite que sofra distorção sem
esfarelar. Assim, o sódio e outros metais são moles e
facilmente deformáveis.
Sólidos Metálicos
Outros metais são duros ligação metálica
complementada por ligações covalentes entre
cátions adjacentes no retículo (Cr, W).
Estas ligações covalentes tendem a manter estes
íons presos no lugar, prevenindo assim deformação
do retículo.
PF varia consideravelmente devido às diferenças no
grau da ligação covalente complementar.
Os elétrons livres num metal são responsáveis por
suas características condutividades elétrica e
térmica.
Na
W Cr
Sn
Sólidos Metálicos
Em princípio podemos imaginar uma molécula
constituída de alguns elementos metálicos onde
outros elementos do metal vão sendo adicionados
para formar o metal.
O que aconteceria com os orbitais moleculares?
Como seriam os orbitais moleculares no limite da
formação do metal?
TEORIA DOS ORBITAIS MOLECULARES
Diagrama de Orbitais Moleculares
Diagrama de níveis de
energia para orbitais
moleculares ligante e
antiligante que podem
ser obtidos a partir de
dois orbitais s.
Sólidos Metálicos
Como visualizar cada orbital sendo que, pertencendo
ao mesmo elemento, as energias são muito próximas?
Para os metais os orbitais moleculares serão
considerados agrupados, chamando-se bandas.
Orbitais ligantes Banda de Valência (BV)
Orbitais antiligantes Banda de Condução (BC)
Sólidos Metálicos
Sólidos Metálicos
Nível de Fermi Considerado o ZERO de energia
para o estado sólido. Próximo a BV
Bandgap Diferença de energia entre a BV e BC Energia necessária para que os elétrons pulem da BV para a BC
Sólidos e Condutibilidade
Nível de Fermi Considerado o ZERO de energia
para o estado sólido
Banda de condução completa ou
parcialmente cheia ou superposta
Banda de valência completa
Metais
Banda de condução vazia
Banda de valência completa
> 4 eV
Isolantes
Banda de condução vazia
Banda de valência completa
Semicondutores
~ 4 eV
Materiais nos quais não há facilidade de
movimentação de cargas elétricas
Ex: isopor, borracha, vidro
Isolantes
Semicondutores
Podem ser classificados como defeitos puntuais(centros de impurezas) átomos, íons ou moléculas
estranhos em pontos do retículo origina em alguns
sólidos o fenômeno da semicondutividade.
Um semicondutor é uma substância cuja
condutividade elétrica aumenta como o
aumento da temperatura.
Semicondutores
Os semicondutores provocaram uma verdadeira
revolução na tecnologia da eletrônica. Nenhum
aparelho eletrônico atual, desde um simples relógio
digital ao mais avançado dos computadores, seria
possível sem os mesmos.
Semicondutores
Metal normal aumento da temperatura:
aumento na amplitude da vibração dos íons no cristal,
limitando a liberdade de movimento dos elétronsdeslocalizados condutividade do metal decresce.
Metal semicondutor diminuição da temperatura:
maioria dos elétrons ligados a átomos específicos fraco
condutor de eletricidade.
Metal semicondutor aumento da temperatura:
Liberação de alguns elétrons que se movimentam
aumento da condutividade elétrica (semicondutor
intrínseco).
Semicondutores
Formação de bandas separadas por Lacunas
(Banda de Condução ‘BC’ e Banda de Valênica
‘BV’).
Na temperatura 0 Kelvin BC totalmente vazia e a BV
totalmente preenchida.
Material sofre aquecimento elétrons saem da BV e passam
para a BC.
Semicondutores
Semicondutores - Dopagem
O fenômeno da semicondução pode ser provocado
ou acentuado pela técnica da dopagem, isto é,
adicionando traços de uma certa substância em
outra.
Exemplo: dopagem do Silício
Semicondutores - Dopagem
Tipos de dopagem:
Tipo N adição de impurezas doadoras (5 e- CV/
pentavalentes) formação e- livre (P, Sb, As, Bi)
Formação de cristais de Si tipo N
proporção de átomos de impureza: 1 parte em 10 milhões
Adição de impurezas ocorrência de elétrons que não
fazem parte da ligação covalente, possuindo maior
liberdade para se movimentar.
Semicondutores - Dopagem
Tipos de dopagem:
Tipo N
Tipo P adição de impurezas aceitadoras (3 e- CV) formação de lacunas (B, Al, Ga, In, Tl) Formação de
cristais de Si tipo P
ausência de carga negativa se comporta comocarga positiva (portador de carga) conduz
corrente elétrica.
Semicondutores - Dopagem
Semicondutores - Dopagem
Tipos de dopagem:
Tipo P
Semicondutores - Dopagem
Tanto um cristal "P" quanto um cristal "N" se
comportam como condutores, pois ambos
possuem portadores de carga livre.
ESTADO SÓLIDO
Profª. Loraine [email protected]/lorainejacobs