gramática - só português
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Morfologia Definio
Em lingustica, Morfologia o estudo da estrutura, da formao e da classificao das palavras. A peculiaridade da morfologia estudar as palavras olhando para elas isola-damente e no dentro da sua participao na frase ou perodo. A morfologia est agrupada em dez classes, denominadas classes de palavras ou classes gramaticais. So elas: Substantivo, Artigo, Adjetivo, Numeral, Pronome, Verbo, Advrbio, Preposi-o, Conjuno e Interjeio.
Estrutura e formao das palavras
Estrutura das palavras Estudar a estrutura conhecer os elementos formadores das palavras. Assim, com-
preendemos melhor o significado de cada uma delas. Observe os exemplos abaixo:
art-ista brinc-a-mos cha-l-eira cachorr-inh-a-s
A anlise destes exemplos mostra-nos que as palavras podem ser divididas em unida-des menores, a que damos o nome de elementos mrficos ou morfemas. Vamos analisar a palavra "cachorrinhas":
Nessa palavra observamos facilmente a existncia de quatro elementos. So eles: cachorr - este o elemento base da palavra, ou seja, aquele que contm o significa-
do. inh - indica que a palavra um diminutivo a - indica que a palavra feminina s - indica que a palavra se encontra no plural Morfemas: unidades mnimas de carter significativo. Obs.: existem palavras que no comportam diviso em unidades menores, tais como:
mar, sol, lua, etc. So elementos mrficos: 1) Raiz, radical, tema: elementos bsicos e significativos 2) Afixos (prefixos, sufixos), desinncia, vogal temtica: elementos modificadores
da significao dos primeiros 3) Vogal de ligao, consoante de ligao: elementos de ligao ou eufnicos.
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Raiz o elemento originrio e irredutvel em que se concentra a significao das palavras, consideradas do ngulo histrico. a raiz que encerra o sentido geral, comum s
palavras da mesma famlia etimolgica. Observe o exemplo: Raiz noc [Latim nocere = prejudicar] tem a significao geral de causar dano, e a ela
se prendem, pela origem comum, as palavras nocivo, nocividade, inocente, inocentar, incuo, etc. Obs.: uma raiz pode sofrer alteraes. Veja o exemplo: at-o at-or at-ivo a-o ac-ionar
Radical
Observe o seguinte grupo de palavras:
livr- o
livr- inho
livr- eiro
livr- eco
Voc reparou que h um elemento comum nesse grupo? Voc reparou que o elemento livr serve de base para o significado? Esse elemento
chamado de radical (ou semantema). Radical: elemento bsico e significativo das palavras, consideradas sob o aspecto gramatical e prtico. encontrado atravs do despojo dos elementos secundrios
(quando houver) da palavra. Por exemplo: cert-o cert-eza in-cert-eza Afixos Afixos so elementos secundrios (geralmente sem vida autnoma) que se agregam
a um radical ou tema para formar palavras derivadas. Sabemos que o acrscimo do morfema "-mente", por exemplo, cria uma nova palavra a partir de "certo": certamen-te, advrbio de modo. De maneira semelhante, o acrscimo dos morfemas "a-" e "-ar" forma "cert-" cria o verbo acertar. Observe que a- e -ar so morfemas capazes de
operar mudana de classe gramatical na palavra a que so anexados. Quando so colocados antes do radical, como acontece com "a-", os afixos recebem o nome de prefixos. Quando, como "-ar", surgem depois do radical, os afixos so cha-mados de sufixos. Veja os exemplos:
Prefixo Radical Sufixo
in at ivo
em pobr ecer
inter nacion al
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Desinncias Desinncias so os elementos terminais indicativos das flexes das palavras. Existem
dois tipos: Desinncias Nominais: indicam as flexes de gnero (masculino e feminino) e de nmero (singular e plural) dos nomes. Exemplos:
alun-o aluno-s
alun-a aluna-s
Observao: s podemos falar em desinncias nominais de gneros e de nmeros em palavras que admitem tais flexes, como nos exemplos acima. Em palavras como mesa, tribo, telefonema, por exemplo, no temos desinncia nominal de gnero. J em pires, lpis, nibus no temos desinncia nominal de nmero. Desinncias Verbais: indicam as flexes de nmero e pessoa e de modo e tempo
dos verbos. Exemplos:
compr-o compra-s compra-mos compra-is compra-m
compra-va compra-va-s
A desinncia "-o", presente em "am-o", uma desinncia nmero-pessoal, pois indi-ca que o verbo est na primeira pessoa do singular; "-va", de "ama-va", desinncia modo-temporal: caracteriza uma forma verbal do pretrito imperfeito do indicativo, na
1 conjugao. Vogal Temtica Vogal Temtica a vogal que se junta ao radical, preparando-o para receber as desi-
nncias. Nos verbos, distinguem-se trs vogais temticas:
A
Caracteriza os verbos da 1 conjugao. Exemplos: buscar, buscavas, etc.
E
Caracteriza os verbos da 2 conjugao. Exemplos: romper, rompemos, etc.
I
Caracteriza os verbos da 3 conjugao. Exemplos: proibir, proibir, etc. Tema Tema o grupo formado pelo radical mais vogal temtica. Nos verbos citados acima, os temas so: busca-, rompe-, proibi-
Vogais e Consoantes de Ligao
As vogais e consoantes de ligao so morfemas que surgem por motivos eufnicos, ou seja, para facilitar ou mesmo possibilitar a pronncia de uma determinada palavra.
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Exemplo: parisiense (paris= radical, ense=sufixo, vogal de ligao=i) Outros exemplos: gas--metro, alv-i-negro, tecn-o-cracia, pau-l-ada, cafe-t-eira, cha-l-eira, inset-i-cida, pe-z-inho, pobr-e-to, etc.
Formao das Palavras Existem dois processos bsicos pelos quais se formam as palavras: a derivao e a composio. A diferena entre ambos consiste basicamente em que, no processo de
derivao, partimos sempre de um nico radical, enquanto no processo de composio sempre haver mais de um radical. Derivao Derivao o processo pelo qual se obtm uma palavra nova, chamada derivada, a partir de outra j existente, chamada primitiva. Observe o quadro abaixo:
Primitiva Derivada
mar martimo, marinheiro, marujo
terra enterrar, terreiro, aterrar
Observamos que "mar" e "terra" no se formam de nenhuma outra palavra, mas, ao contrrio, possibilitam a formao de outras, por meio do acrscimo de um sufixo ou prefixo. Logo, mar e terra so palavras primitivas, e as demais, derivadas. Tipos de Derivao Derivao Prefixal ou Prefixao Resulta do acrscimo de prefixo palavra primitiva, que tem o seu significado altera-do. Veja os exemplos: crer- descrer ler- reler capaz- incapaz
Derivao Sufixal ou Sufixao Resulta de acrscimo de sufixo palavra primitiva, que pode sofrer alterao de signi-
ficado ou mudana de classe gramatical. Por exemplo: alfabetizao No exemplo acima, o sufixo -o transforma em substantivo o verbo alfabetizar. Este, por sua vez, j derivado do substantivo alfabeto pelo acrscimo do sufixo -izar.
A derivao sufixal pode ser: a) Nominal, formando substantivos e adjetivos. Por exemplo: papel - papelaria riso - risonho b) Verbal, formando verbos. Por exemplo: atual - atualizar c) Adverbial, formando advrbios de modo. Por exemplo: feliz - felizmente
Derivao Parassinttica ou Parassntese Ocorre quando a palavra derivada resulta do acrscimo simultneo de prefixo e sufi-xo palavra primitiva. Por meio da parassntese formam-se nomes (substantivos e
adjetivos) e verbos. Considere o adjetivo " triste". Do radical "trist-" formamos o verbo entristecer atravs
da juno simultnea do prefixo "en-" e do sufixo "-ecer". A presena de apenas um
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desses afixos no suficiente para formar uma nova palavra, pois em nossa lngua
no existem as palavras "entriste", nem "tristecer". Exemplos:
Palavra Inicial Prefixo Radical Sufixo Palavra Formada
mudo e mud ecer emudecer
alma des alm ado desalmado
Ateno!
No devemos confundir derivao parassinttica, em que o acrscimo de sufixo e de prefixo obrigatoriamente simultneo, com casos como os das palavras desvaloriza-o e desigualdade. Nessas palavras, os afixos so acoplados em sequncia: desva-lorizao provm de desvalorizar, que provm de valorizar, que por sua vez provm de valor.
impossvel fazer o mesmo com palavras formadas por parassntese: no se pode dizer que expropriar provm de "propriar" ou de "exprprio", pois tais palavras no existem. Logo, expropriar provm diretamente de prprio, pelo acrscimo concomi-
tante de prefixo e sufixo.
Derivao Regressiva Ocorre derivao regressiva quando uma palavra formada no por acrscimo, mas por reduo. Exemplos:
comprar (verbo) beijar (verbo)
compra (substantivo) beijo (substantivo)
Saiba que:
Para descobrirmos se um substantivo deriva de um verbo ou se ocorre o contrrio, podemos seguir a seguinte orientao: - Se o substantivo denota ao, ser palavra derivada, e o verbo palavra primitiva. - Se o nome denota algum objeto ou substncia, verifica-se o contrrio. Vamos observar os exemplos acima: compra e beijo indicam aes, logo, so pala-vras derivadas. O mesmo no ocorre, porm, com a palavra ncora, que um objeto. Neste caso, um substantivo primitivo que d origem ao verbo ancorar.
Por derivao regressiva, formam-se basicamente substantivos a partir de verbos. Por isso, recebem o nome de substantivos deverbais. Note que na linguagem popular, so frequentes os exemplos de palavras formadas por derivao regressiva. Veja: o portuga (de portugus) o boteco (de botequim) o comuna (de comunista)
Ou ainda: agito (de agitar) amasso (de amassar) chego (de chegar) Obs.: o processo normal criar um verbo a partir de um substantivo. Na derivao
regressiva, a lngua procede em sentido inverso: forma o substantivo a partir do verbo. Derivao Imprpria
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A derivao imprpria ocorre quando determinada palavra, sem sofrer qualquer acrs-cimo ou supresso em sua forma, muda de classe gramatical. Neste processo: 1) Os adjetivos passam a substantivos Por exemplo: Os bons sero contemplados. 2) Os particpios passam a substantivos ou adjetivos Por exemplo: Aquele garoto alcanou um feito passando no concurso. 3) Os infinitivos passam a substantivos Por exemplo: O andar de Roberta era fascinante. O badalar dos sinos soou na cidadezinha. 4) Os substantivos passam a adjetivos Por exemplo: O funcionrio fantasma foi despedido. O menino prodgio resolveu o problema. 5) Os adjetivos passam a advrbios Por exemplo: Falei baixo para que ningum escutasse. 6) Palavras invariveis passam a substantivos Por exemplo: No entendo o porqu disso tudo. 7) Substantivos prprios tornam-se comuns. Por exemplo: Aquele coordenador um caxias! (chefe severo e exigente)
Observao: os processos de derivao vistos anteriormente fazem parte da Morfolo-
gia porque implicam alteraes na forma das palavras. No entanto, a derivao impr-pria lida basicamente com seu significado, o que acaba caracterizando um processo semntico. Por essa razo, entendemos o motivo pelo qual denominada "imprpria".
Composio Composio o processo que forma palavras compostas, a partir da juno de dois
ou mais radicais. Existem dois tipos: Composio por Justaposio
Ao juntarmos duas ou mais palavras ou radicais, no ocorre alterao fontica. Exemplos: passatempo, quinta-feira, girassol, couve-flor. Obs.: em "girassol" houve uma alterao na grafia (acrscimo de um "s") justamente
para manter inalterada a sonoridade da palavra. Composio por Aglutinao
Ao unirmos dois ou mais vocbulos ou radicais, ocorre supresso de um ou mais de seus elementos fonticos. Exemplos: embora (em boa hora) fidalgo (filho de algo - referindo-se famlia nobre) hidreltrico (hidro + eltrico) planalto (plano alto) Obs.: ao aglutinarem-se, os componentes subordinam-se a um s acento tnico, o do
ltimo componente. Reduo
Algumas palavras apresentam, ao lado de sua forma plena, uma forma reduzida. Ob-serve: auto - por automvel cine - por cinema micro - por microcomputador Z - por Jos
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Como exemplo de reduo ou simplificao de palavras, podem ser citadas tambm as siglas, muito frequentes na comunicao atual. Hibridismo Ocorre hibridismo na palavra em cuja formao entram elementos de lnguas diferen-
tes. Por exemplo: auto (grego) + mvel (latim) Onomatopeia
Numerosas palavras devem sua origem a uma tendncia constante da fala humana para imitar as vozes e os rudos da natureza. As onomatopeias so vocbulos que
reproduzem aproximadamente os sons e as vozes dos seres. Exemplos: miau, zum-zum, piar, tinir, urrar, chocalhar, cocoricar, etc.
Prefixos Os prefixos so morfemas que se colocam antes dos radicais basicamente a fim de modificar-lhes o sentido; raramente esses morfemas produzem mudana de classe gramatical. Os prefixos ocorrentes em palavras portuguesas se originam do latim e do grego,
lnguas em que funcionavam como preposies ou advrbios, logo, como vocbulos autnomos. Alguns prefixos foram pouco ou nada produtivos em portugus. Outros, por sua vez, tiveram grande vitalidade na formao de novas palavras. Veja os exem-plos:
a- , contra- , des- , em- (ou en-) , es- , entre- re- , sub- , super- , anti-
Prefixos de Origem Grega
a-, an-: Afastamento, privao, negao, insuficincia, carncia. Exemplos: annimo, amoral, ateu, afnico ana- : Inverso, mudana, repetio. Exemplos: analogia, anlise, anagrama, anacrnico anfi- : Em redor, em torno, de um e outro lado, duplicidade. Exemplos: anfiteatro, anfbio, anfibologia anti- : Oposio, ao contrria. Exemplos: antdoto, antipatia, antagonista, anttese apo- : Afastamento, separao. Exemplos: apoteose, apstolo, apocalipse, apologia arqui-, arce- : Superioridade hierrquica, primazia, excesso. Exemplos: arquiduque, arqutipo, arcebispo, arquimilionrio cata- : Movimento de cima para baixo. Exemplos: cataplasma, catlogo, catarata di-: Duplicidade. Exemplos: disslabo, ditongo, dilema dia- : Movimento atravs de, afastamento. Exemplos: dilogo, diagonal, diafragma, diagrama dis- : Dificuldade, privao. Exemplos : dispneia, disenteria, dispepsia, disfasia ec-, ex-, exo-, ecto- : Movimento para fora. Exemplos:
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eclipse, xodo, ectoderma, exorcismo en-, em-, e-: Posio interior, movimento para dentro. Exemplos: encfalo, embrio, elipse, entusiasmo endo- : Movimento para dentro. Exemplos: endovenoso, endocarpo, endosmose epi- : Posio superior, movimento para. Exemplos: epiderme, eplogo, epidemia, epitfio eu- : Excelncia, perfeio, bondade. Exemplos: eufemismo, euforia, eucaristia, eufonia hemi- : Metade, meio. Exemplos: hemisfrio, hemistquio, hemiplgico hiper- : Posio superior, excesso. Exemplos: hipertenso, hiprbole, hipertrofia hipo- : Posio inferior, escassez. Exemplos: hipocrisia, hiptese, hipodrmico meta- : Mudana, sucesso. Exemplos: metamorfose, metfora, metacarpo para- : Proximidade, semelhana, intensidade. Exemplos: paralelo, parasita, paradoxo, paradigma peri- : Movimento ou posio em torno de. Exemplos: periferia, peripcia, perodo, periscpio pro- : Posio em frente, anterioridade. Exemplos: prlogo, prognstico, profeta, programa pros- : Adjuno, em adio a. Exemplos: proslito, prosdia proto- : Incio, comeo, anterioridade. Exemplos: proto-histria, prottipo, protomrtir poli- : Multiplicidade. Exemplos: polisslabo, polissndeto, politesmo sin-, sim- : Simultaneidade, companhia. Exemplos: sntese, sinfonia, simpatia, sinopse tele- : Distncia, afastamento. Exemplos: televiso, telepatia, telgrafo
Prefixos de Origem Latina
a-, ab-, abs- : Afastamento, separao. Exemplos: averso, abuso, abstinncia, abstrao a-, ad- : Aproximao, movimento para junto. Exemplos: adjunto, advogado, advir, aposto ante- : Anterioridade, procedncia. Exemplos: antebrao, antessala, anteontem, antever ambi- : Duplicidade. Exemplos: ambidestro, ambiente, ambiguidade, ambivalente ben(e)-, bem- : Bem, excelncia de fato ou ao. Exemplos: benefcio, bendito bis-, bi-: Repetio, duas vezes. Exemplos: bisneto, bimestral, bisav, biscoito circu(m) - : Movimento em torno. Exemplos: circunferncia, circunscrito, circulao cis- : Posio aqum. Exemplos: cisalpino, cisplatino, cisandino co-, con-, com- : Companhia, concomitncia. Exemplos: colgio, cooperativa, condutor contra- : Oposio. Exemplos: contrapeso, contrapor, contradizer de- : Movimento de cima para baixo, separao, negao. Exemplos: decapitar, decair, depor
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de(s)-, di(s)- : Negao, ao contrria, separao. Exemplos: desventura, discrdia, discusso e-, es-, ex- : Movimento para fora. Exemplos: excntrico, evaso, exportao, expelir en-, em-, in- : Movimento para dentro, passagem para um estado ou forma, revestimento. Exemplos: imergir, enterrar, embeber, injetar, importar extra- : Posio exterior, excesso. Exemplos: extradio, extraordinrio, extraviar i-, in-, im- : Sentido contrrio, privao, negao. Exemplos: ilegal, impossvel, improdutivo inter-, entre- : Posio intermediria. Exemplos: internacional, interplanetrio intra- : Posio interior. Exemplos: intramuscular, intravenoso, intraverbal intro- : Movimento para dentro. Exemplos: introduzir, introvertido, introspectivo justa- : Posio ao lado. Exemplos: justapor, justalinear ob-, o- : Posio em frente, oposio. Exemplos: obstruir, ofuscar, ocupar, obstculo per- : Movimento atravs. Exemplos: percorrer, perplexo, perfurar, perverter pos- : Posterioridade. Exemplos: pospor, posterior, ps-graduado pre- : Anterioridade . Exemplos: prefcio, prever, prefixo, preliminar pro- : Movimento para frente. Exemplos: progresso, promover, prosseguir, projeo re- : Repetio, reciprocidade. Exemplos: rever, reduzir, rebater, reatar retro- : Movimento para trs. Exemplos: retrospectiva, retrocesso, retroagir, retrgrado so-, sob-, sub-, su- : Movimento de baixo para cima, inferioridade. Exemplos: soterrar, sobpor, subestimar super-, supra-, sobre- : Posio superior, excesso. Exemplos: superclio, suprfluo soto-, sota- : Posio inferior. Exemplos: soto-mestre, sota-voga, soto-pr trans-, tras-, tres-, tra- : Movimento para alm, movimento atravs. Exemplos: transatlntico, tresnoitar, tradio ultra- : Posio alm do limite, excesso. Exemplos: ultrapassar, ultrarromantismo, ultrassom, ultraleve, ultravioleta vice-, vis- : Em lugar de. Exemplos: vice-presidente, visconde, vice-almirante,
Quadro de Correspondncia entre Prefixos Gregos e Latinos
PREFIXOS GREGOS
PREFIXOS LATI-NOS
SIGNIFICADO EXEMPLOS
a, an des, in privao, negao anarquia, desigual, ina-tivo
anti contra oposio, ao contr-ria
antibitico, contraditrio
anfi ambi duplicidade, de um e outro lado, em torno
anfiteatro, ambivalente
apo ab afastamento, separa-o
apogeu, abstrair
di bi(s) duplicidade disslabo, bicampeo
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dia, meta trans movimento atravs dilogo, transmitir
e(n)(m) i(n)(m)(r) movimento para dentro encfalo, ingerir, irrom-per
endo intra movimento para den-tro, posio interior
endovenoso, intramus-cular
e(c)(x) e(s)(x) movimento para fora, mudana de estado
xodo, excntrico, es-tender
epi, super, hiper
supra posio superior, ex-cesso
eplogo, superviso, hiprbole, supradito
eu bene excelncia, perfeio, bondade
eufemismo, benfico
hemi semi diviso em duas partes hemisfrio, semicrculo
hipo sub posio inferior hipodrmico, submarino
para ad proximidade, adjuno paralelo, adjacncia
peri circum em torno de periferia, circunferncia
cata de movimento para baixo catavento, derrubar
si(n)(m) cum simultaneidade, com-panhia
sinfonia, silogeu, cm-plice
Sufixos Sufixos so elementos (isoladamente insignificativos) que, acrescentados a um radi-
cal, formam nova palavra. Sua principal caracterstica a mudana de classe gramati-cal que geralmente opera. Dessa forma, podemos utilizar o significado de um verbo num contexto em que se deve usar um substantivo, por exemplo.
Como o sufixo colocado depois do radical, a ele so incorporadas as desinncias que indicam as flexes das palavras variveis. Existem dois grupos de sufixos forma-dores de substantivos extremamente importantes para o funcionamento da lngua. So os que formam nomes de ao e os que formam nomes de agente. Sufixos que formam nomes de ao
-ada - caminhada -ez(a) - sensatez, beleza
-ana - mudana -ismo - civismo
-ncia - abundncia -mento - casamento
-o - emoo -so - compreenso
-do - solido -tude - amplitude
-ena - presena -ura - formatura
Sufixos que formam nomes de agente
-rio(a) - secretrio -or - lutador
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-eiro(a) - ferreiro -nte - feirante
-ista - manobrista
Alm dos sufixos acima, tem-se:
Sufixos que formam nomes de lugar, depositrio
-aria - churrascaria -or - corredor
-rio - herbanrio -trio - cemitrio
-eiro - aucareiro -trio - dormitrio
-il - covil
Sufixos que formam nomes indicadores de abundncia, aglomerao, coleo.
>-ao - ricao -ario(a) - casario, infantaria
-ada - papelada -edo - arvoredo
-agem - folhagem -eria - correria
-al - capinzal -io - mulherio
-ame - gentame -ume - negrume
Sufixos que formam nomes tcnicos usados na cincia
-ite bronquite, hepatite (inflamao)
-oma mioma, epitelioma, carcinoma (tumores)
-ato, eto, ito sulfato, cloreto, sulfito (sais)
-ina cafena, codena (alcaloides, lcalis artificiais)
-ol fenol, naftol (derivado de hidrocarboneto)
-ite amotite (fsseis)
-ito granito (pedra)
-ema morfema, fonema, semema, semantema (cincia lingustica)
-io - sdio, potssio,
selnio (corpos simples)
Sufixo que forma nomes de religio, doutrinas filosficas, sistemas polticos.
-ismo budismo kantismo
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comunismo
Sufixos formadores de adjetivos 1) de substantivos
-aco - manaco -ento - cruento
-ado - barbado -eo - rseo
-ceo(a) - herbceo, lilceas -esco - pitoresco
-aico - prosaico -este - agreste
-al - anual -estre - terrestre
-ar - escolar -cio - alimentcio
-rio - dirio, ordinrio -ico - geomtrico
-tico - problemtico -il - febril
-az - mordaz -ino - cristalino
-engo - mulherengo -ivo - lucrativo
-enho - ferrenho -onho - tristonho
-eno - terreno -oso - bondoso
-udo - barrigudo
b) de verbos
SUFIXO SENTIDO EXEMPLIFICAO
-(a)(e)(i)nte ao, qualidade, estado semelhante, doente, se-guinte
-()()vel possibilidade de praticar ou sofrer uma ao
louvvel, perecvel, punvel
-io, -(t)ivo ao referncia, modo de ser tardio, afirmativo, pensati-vo
-(d)io, -(t)cio
possibilidade de praticar ou sofrer uma ao, referncia
movedio, quebradio, factcio
-(d)ouro,-(t)rio
ao, pertinncia casadouro, preparatrio
Sufixos adverbiais Na Lngua Portuguesa, existe apenas um nico sufixo adverbial: o sufixo "-mente", derivado do substantivo feminino latino mens, mentis que pode significar "a mente, o esprito, o intento". Este sufixo juntou-se a adjetivos, na forma feminina, para indicar circunstncias, especialmente a de modo. Exemplos: altiva-mente, brava-mente, bondosa-mente, nervosa-mente, fraca-mente, pia-mente
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J os advrbios que se derivam de adjetivos terminados em s (burgues-mente, portugues-mente, etc.) no seguem esta regra, pois esses adjetivos eram outrora
uniformes. Exemplos: cabrito monts / cabrita monts.
Sufixos verbais Os sufixos verbais agregam-se, via de regra, ao radical de substantivos e adjetivos para formar novos verbos. Em geral, os verbos novos da lngua formam-se pelo acrscimo da terminao-ar. Exemplos: esqui-ar; radiograf-ar; (a)do-ar; nivel-ar; (a)fin-ar; telefon-ar; (a)portugues-ar.
Os verbos exprimem, entre outras ideias, a prtica de ao. Veja: -ar: cruzar, analisar, limpar -ear: guerrear, golear -entar: afugentar, amamentar -ficar: dignificar, liquidificar -izar: finalizar, organizar
Observe este quadro de sufixos verbais:
SUFIXOS SENTIDO EXEMPLOS
-ear frequentativo, durativo cabecear, folhear
-ejar frequentativo, durativo gotejar, velejar
-entar factitivo aformosentar, amolentar
-(i)ficar factitivo clarificar, dignificar
-icar frequentativo-diminutivo bebericar, depenicar
-ilhar frequentativo-diminutivo dedilhar, fervilhar
-inhar frequentativo-diminutivo-pejorativo escrevinhar, cuspinhar
-iscar frequentativo-diminutivo chuviscar, lambiscar
-itar frequentativo-diminutivo dormitar, saltitar
-izar factitivo civilizar, utilizar
Observaes: Verbo Frequentativo: aquele que traduz ao repetida. Verbo Factitivo: aquele que envolve ideia de fazer ou causar. Verbo Diminutivo: aquele que exprime ao pouco intensa.
Radicais Gregos O conhecimento dos radicais gregos de indiscutvel importncia para a exata com-preenso e fcil memorizao de inmeras palavras. Apresentamos a seguir duas relaes de radicais gregos. A primeira agrupa os elementos formadores que normal-mente so colocados no incio dos compostos, a segunda agrupa aqueles que costu-mam surgir na parte final.
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Radicais que atuam como primeiro elemento
Forma Sentido Exemplos
Aros- ar Aeronave
nthropos- homem Antropfago
Auts- de si mesmo Autobiografia
Bblion- livro Biblioteca
Bos- vida Biologia
Chrma- cor Cromtico
Chrnos- tempo Cronmetro
Dktyilos- dedo Datilografia
Dka- dez Decasslabo
Dmos- povo Democracia
Elktron- (mbar) eletricidade Eletrom
Ethnos- raa Etnia
Go- terra Geografia
Hteros- outro Heterogneo
Hexa- seis Hexgono
Hppos- cavalo Hipoptamo
Ichths- peixe Ictiografia
sos- igual Issceles
Lthos- pedra Aerlito
Makrs- grande, longo Macrbio
Mgas- grande Megalomanaco
Mikrs- pequeno Micrbio
Mnos- um s Monocultura
Nekrs- morto Necrotrio
Nos- novo Neolatino
Odntos- dente Odontologia
Ophthalms- olho Oftalmologia
noma- nome Onomatopeia
Orths- reto, justo Ortografia
Pan- todos, tudo Pan-americano
Pthos- doena Patologia
Penta- cinco Pentgono
Pols- muito Poliglota
Ptamos- rio Hipoptamo
Psudos- falso Pseudnimo
Psich- alma, esprito Psicologia
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Riza- raiz Rizotnico
Techn- arte Tecnografia
Therms- quente Trmico
Tetra- quatro Tetraedro
Tpos- figura, marca Tipografia
Tpos- lugar Topografia
Zon- Animal Zoologia
Radicais que atuam como segundo elemento:
Forma Sentido Exemplos
-agogs Que conduz Pedagogo
lgos Dor Analgsico
-arch Comando, governo Monarquia
-dxa Que opina Ortodoxo
-drmos Lugar para correr Hipdromo
-gmos Casamento Poligamia
-gltta; -glssa Lngua Poliglota, glossrio
-gona ngulo Pentgono
-grpho Escrita Ortografia
-grafo Que escreve Calgrafo
-grmma Escrito, peso Telegrama, quilograma
-krtos Poder Democracia
-lgos Palavra, estudo Dilogo
-mancia Adivinhao Cartomancia
-mtron Que mede Quilmetro
-morph Que tem a forma Morfologia
-nmos Que regula Autnomo
-plis; Cidade Petrpolis
-ptern Asa Helicptero
-skopo Instrumento para ver Microscpio
-sophs Sabedoria Filosofia
-thke Lugar onde se guarda Biblioteca
Radicais Latinos Radicais que atuam como primeiro elemento:
Forma Sentido Exemplo
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Agri Campo Agricultura
Ambi Ambos Ambidestro
Arbori- rvore Arborcola
Bis-, bi- Duas vezes Bpede, bisav
Calori- Calor Calorfero
Cruci- cruz Crucifixo
Curvi- curvo Curvilneo
Equi- igual Equiltero, equidistante
Ferri-, ferro- ferro Ferrfero, ferrovia
Loco- lugar Locomotiva
Morti- morte Mortfero
Multi- muito Multiforme
Olei-, oleo- Azeite, leo Olegeno, oleoduto
Oni- todo Onipotente
Pedi- p Pedilvio
Pisci- peixe Piscicultor
Pluri- Muitos, vrios Pluriforme
Quadri-, quadru- quatro Quadrpede
Reti- reto Retilneo
Semi- metade Semimorto
Tri- Trs Tricolor
Radicais que atuam como segundo elemento:
Forma Sentido Exemplos
-cida Que mata Suicida, homicida
-cola Que cultiva, ou habita Arborcola, vincola, silvcola
-cultura Ato de cultivar Piscicultura, apicultura
-fero Que contm, ou produz Aurfero, carbonfero
-fico Que faz, ou produz Benefcio, frigorfico
-forme Que tem forma de Uniforme, cuneiforme
-fugo Que foge, ou faz fugir Centrfugo, febrfugo
-gero Que contm, ou produz Belgero, armgero
-paro Que produz Ovparo, multparo
-pede P Velocpede, palmpede
-sono Que soa Unssono, horrssono
-vomo Que expele Ignvomo, fumvomo
-voro Que come Carnvoro, herbvoro
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Substantivo Tudo o que existe ser e cada ser tem um nome. Substantivo a classe gramatical
de palavras variveis, as quais denominam os seres. Alm de objetos, pessoas e fe-nmenos, os substantivos tambm nomeiam: -lugares: Alemanha, Porto Alegre... -sentimentos: raiva, amor... -estados: alegria, tristeza... -qualidades: honestidade, sinceridade... -aes: corrida, pescaria...
Morfossintaxe do substantivo
Nas oraes de lngua portuguesa, o substantivo em geral exerce funes diretamente relacionadas com o verbo: atua como ncleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou indireto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como ncleo do complemento nominal ou do aposto, como ncleo do predicativo do sujeito ou do objeto ou como ncleo do vocativo. Tambm encontramos substantivos como ncleos de adjuntos adnominais e de adjuntos adverbiais - quando essas funes so desem-penhadas por grupos de palavras.
Voc sabia que a palavra substantivo tambm pode ser um adjetivo? Reproduzimos a seguir o verbete substantivo, do Dicionrio de usos do portugus do Brasil, de Francisco S. Borba. Observe que as quatro primeiras acepes se referem
palavra em sua atuao como adjetivo. Substantivo Adj [Qualificador de nome no animado]
1- que tem substncia ou essncia: destacava-se entre os homens hbeis daquele pas o hbito de fazer uma conversa prosseguir horas a fio, sem que a proposta subs-tantiva ganhasse clara configurao (REP); se olham as coisas no pelos resultados substantivos (VEJ); 2- essencial; profundo: eu te amo por voc mesma, de um modo substantivo e positivo (LC) 3- fundamental; essencial: o submarino foi um elemento adjetivo na I Guerra Mundial e substantivo na II Guerra (VEJ) 4- que equivale a um substantivo, ou que o traz implcito: onde que est a ideia subs-tantiva no meio desses adjetivos?(CNT). Nm
5- palavra que por si s designa a substncia, ou seja, um ser real ou metafsico; pala-vra com que se nomeiam os seres, atos ou conceitos; nome: H-kodesh na origem um substantivo feminino (VEJ); Planctus era um particpio passado e no um substan-tivo (ACM)
Classificao dos Substantivos
Substantivos Comuns e Prprios Observe a definio:
s.f. 1: Povoao maior que vila, com muitas casas e edifcios, dispostos em
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ruas e avenidas (no Brasil, toda a sede de municpio cidade). 2. O centro de uma cidade (em oposio aos bairros).
Qualquer "povoao maior que vila, com muitas casas e edifcios, dispostos em ruas e avenidas" ser chamada cidade. Isso significa que a palavra cidade um substantivo comum. Substantivo Comum: aquele que designa os seres de uma mesma espcie de
forma genrica. Por exemplo: cidade, menino, homem, mulher, pas, cachorro.
Estamos voando para Barcelona.
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espcie cidade. Esse substantivo prprio. Substantivo Prprio: aquele que designa os seres de uma mesma espcie de for-
ma particular. Por exemplo: Londres, Paulinho, Pedro, Tiet, Brasil.
Substantivos Concretos e Abstratos
LMPADA
MALA Os substantivos lmpada e mala designam seres com existncia prpria, que so independentes de outros seres. So assim, substantivos concretos. Substantivo Concreto: aquele que designa o ser que existe, independentemente de
outros seres. Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real e do mundo imagin-
rio. Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Braslia, etc. Seres do mundo imaginrio: saci, me-d'gua, fantasma, etc. Observe agora:
Beleza exposta Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
O substantivo beleza designa uma qualidade. Substantivo Abstrato: aquele que designa seres que dependem de outros para se
manifestar ou existir. Pense bem: a beleza no existe por si s, no pode ser observada. S podemos ob-servar a beleza numa pessoa ou coisa que seja bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a palavra beleza um substantivo abstrato.
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Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, aes e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstrados, e sem os quais no podem existir. Por exemplo: vida (estado), rapidez (qualidade), viagem (ao), saudade (senti-mento).
Substantivos Coletivos
Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abelha, mais outra abelha.
Ele vinha pela estrada e foi picado por vrias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessrio repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abelha... No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural. No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espcie (abelhas). O substantivo enxame um substantivo coletivo. Substantivo Coletivo: o substantivo comum que, mesmo estando no singular, de-
signa um conjunto de seres da mesma espcie. Principais Substantivos e Suas Formas Coletivas: abelha - enxame, cortio, colmeia; abutre - bando; acompanhante - comitiva, cortejo, squito; alho - (quando entrelaados) rstia, enfiada, cambada; aluno - classe; amigo - (quando em assembleia) tertlia; animal - (em geral) piara, pandilha, (todos de uma regio) fauna, (manada de cavalga-
duras) rcua, rcova, (de carga) tropa, (de carga, menos de 10) lote, (de raa, para reproduo) plantel, (ferozes ou selvagens) alcateia; anjo - chusma, coro, falange, legio, teoria; apetrecho - (quando de profissionais) ferramenta, instrumental; aplaudidor - (quando pagos) claque; arcabuzeiro - batalho, manga, regimento; argumento - carrada, monte, monto, multido; arma - (quando tomadas dos inimigos) trofu; arroz - batelada; artista - (quando trabalham juntos) companhia, elenco; rvore - (quando em linha) alameda, carreira, rua, souto, (quando constituem macio)
arvoredo, bosque, (quando altas, de troncos retos a aparentar parque artificial) malha-da; asneira - acervo, chorrilho, enfiada, monte; asno - manada, rcova, rcua; assassino - choldra, choldraboldra;
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assistente - assistncia; astro - (quando reunidos a outros do mesmo grupo) constelao; ator - elenco; autgrafo - (quando em lista especial de coleo) lbum; ave - (quando em grande quantidade) bando, nuvem; avio - esquadro, esquadra, esquadrilha; bala - saraiva, saraivada; bandoleiro - caterva, corja, horda, malta, scia, turba; bbado - corja, scia, farndola; boi - boiada, abesana, armento, cingel, jugada, jugo, junta, manada, rebanho, tropa; bomba - bateria; borboleta - boana, panapan; boto - (de qualquer pea de vesturio) abotoadura, (quando em fileira) carreira; burro - (em geral) lote, manada, rcua, tropa, (quando carregado) comboio; busto - (quando em coleo) galeria; cabelo - (em geral) chumao, guedelha, madeixa, (conforme a separao) marrafa,
trana; cabo - cordame, cordoalha, enxrcia; cabra - fato, malhada, rebanho; cadeira - (quando dispostas em linha) carreira, fileira, linha, renque; clice - baixela; cameleiro - caravana; camelo - (quando em comboio) cfila; caminho - frota; cano - (quando reunidas em livro) cancioneiro, (quando populares de uma regio)
folclore; canho - bateria; cantilena - salsada; co - adua, cainalha, canzoada, chusma, matilha; capim - feixe, braada, paveia; cardeal - (em geral) sacro colgio, (quando reunidos para a eleio do papa) conclave,
(quando reunidos sob a direo do papa) consistrio; carneiro - chafardel, grei, malhada, ovirio, rebanho; carro - (quando unidos para o mesmo destino) comboio, composio, (quando em
desfile) corso; carta - (em geral) correspondncia; casa - (quando unidas em forma de quadrados) quarteiro, quadra; castanha - (quando assadas em fogueira) magusto; cavalariano - (de cavalaria militar) piquete; cavaleiro - cavalgada, cavalhada, tropel; cavalgadura - cfila, manada, piara, rcova, rcua, tropa, tropilha; cavalo - manada, tropa; cebola - (quando entrelaadas pelas hastes) cambada, enfiada, rstia; cdula - bolada, bolao; chave - (quando num cordel ou argola) molho, penca; clula - (quando diferenciadas igualmente) tecido; cereal - (em geral) fartadela, farto, fartura, (quando em feixes) meda, moreia; cigano - bando, cabilda, pandilha; cliente - clientela, freguesia;
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coisa - (em geral) coisada, coisarada, ajuntamento, chusma, coleo, cpia, enfiada,
(quando antigas e em coleo ordenada) museu, (quando em lista de anotao) rol, relao, (em quantidade que se pode abranger com os braos) braada, (quando em srie) sequncia, srie, sequela, coleo, (quando reunidas e sobrepostas) monte, monto, cmulo; coluna - colunata, renque; cnego - cabido; copo - baixela; corda - (em geral) cordoalha, (quando no mesmo liame) mao, (de navio) enxrcia,
cordame, massame, cordagem; correia - (em geral) correame, (de montaria) apeiragem; credor - junta, assembleia; crena - (quando populares) folclore; crente - grei, rebanho; depredador - horda; deputado - (quando oficialmente reunidos) cmara, assembleia; desordeiro - caterva, corja, malta, pandilha, scia, troa, turba; diabo - legio; dinheiro - bolada, bolao, disparate; disco - discoteca; doze - (coisas ou animais) dzia; brio - Ver bbado; gua - Ver cavalo; elefante - manada; erro - barda; escravo - (quando da mesma morada) senzala, (quando para o mesmo destino) com-
boio, (quando aglomerados) bando; escrito - (quando em homenagem a homem ilustre) polianteia, (quando literrios)
analectos, antologia, coletnea, crestomatia, espicilgio, florilgio, seleta; espectador - (em geral) assistncia, auditrio, plateia, (quando contratados para
aplaudir) claque; espiga - (quando atadas) amarrilho, arregaada, atado, atilho, braada, fascal, feixe,
gavela, lio, molho, paveia; estaca - (quando fincadas em forma de cerca) paliada; estado - (quando unidos em nao) federao, confederao, repblica; estampa - (quando selecionadas) iconoteca, (quando explicativas) atlas; esttua - (quando selecionadas) galeria; estrela - (quando cientificamente agrupadas) constelao, (quando em quantidade)
acervo, (quando em grande quantidade) mirade; estudante - (quando da mesma escola) classe, turma, (quando em grupo cantam ou
tocam) estudantina, (quando em excurso do concertos) tuna, (quando vivem na mesma casa) repblica; fazenda - (quando comerciveis) sortimento; feiticeiro - (quando em assembleia secreta) concilibulo; feno - braada, braado; filme - filmoteca, cinemoteca; fio - (quando dobrado) meada, mecha, (quando metlicos e reunidos em feixe) cabo; flecha - (quando caem do ar, em poro) saraiva, saraivada; flor - (quando atadas) antologia, arregaada, braada, fascculo, feixe, festo, capela,
grinalda, ramalhete, buqu, (quando no mesmo pednculo) cacho;
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foguete - (quando agrupados em roda ou num travesso) girndola; fora naval - armada; fora terrestre - exrcito; formiga - cordo, correio, formigueiro; frade - (quanto ao local em que moram) comunidade, convento; frase - (quando desconexas) apontoado; fregus - clientela, freguesia; fruta - (quando ligadas ao mesmo pednculo) cacho, (quanto totalidade das colhidas
num ano) colheita, safra; fumo - malhada; gafanhoto - nuvem, praga; garoto - cambada, bando, chusma; gato - cambada, gatarrada, gataria; gente - (em geral) chusma, grupo, multido, (quando indivduos reles) magote, patu-
leia, povilu; gro - manpulo, manelo, manhuo, manojo, manolho, mauna, mo, punhado; graveto - (quando amarrados) feixe; habitante - (em geral) povo, populao, (quando de aldeia, de lugarejo) povoao; heri - falange; hiena - alcateia; hino - hinrio; ilha - arquiplago; imigrante - (quando em trnsito) leva, (quando radicados) colnia; ndio - (quando formam bando) maloca, (quando em nao) tribo; instrumento - (quando em coleo ou srie) jogo, ( quando cirrgicos) aparelho,
(quando de artes e ofcios) ferramenta, (quando de trabalho grosseiro, modesto) tralha; inseto - (quando nocivos) praga, (quando em grande quantidade) mirade, nuvem,
(quando se deslocam em sucesso) correio; javali - alcateia, malhada, vara; jornal - hemeroteca; jumento - rcova, rcua; jurado - jri, conselho de sentena, corpo de jurados; ladro - bando, cfila, malta, quadrilha, tropa, pandilha; lmpada - (quando em fileira) carreira, (quando dispostas numa espcie de lustre)
lampadrio; leo - alcateia; lei - (quando reunidas cientificamente) cdigo, consolidao, corpo, (quando colhidas
aqui e ali) compilao; leito - (quando nascidos de um s parto) leitegada; livro - (quando amontoados) chusma, pilha, ruma, (quando heterogneos) choldrabol-
dra, salgalhada, (quando reunidos para consulta) biblioteca, (quando reunidos para venda) livraria, (quando em lista metdica) catlogo; lobo - alcateia, caterva; macaco - bando, capela; malfeitor - (em geral) bando, canalha, choldra, corja, hoste, joldra, malta, matilha,
matula, pandilha, (quando organizados) quadrilha, sequela, scia, tropa; maltrapilho - farndola, grupo; mantimento - (em geral) sortimento, proviso, (quando em saco, em alforge) matula,
farnel, (quando em cmodo especial) despensa; mapa - (quando ordenados num volume) atlas, (quando selecionados) mapoteca;
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mquina - maquinaria, maquinismo; marinheiro - marujada, marinhagem, companha, equipagem, tripulao; mdico - (quando em conferncia sobre o estado de um enfermo) junta; menino - (em geral) grupo, bando, (depreciativamente) chusma, cambada; mentira - (quando em sequncia) enfiada; mercadoria - sortimento, proviso; mercenrio - mesnada; metal - (quando entra na construo de uma obra ou artefato) ferragem; ministro - (quando de um mesmo governo) ministrio, (quando reunidos oficialmente)
conselho; montanha - cordilheira, serra, serrania; mosca - moscaria, mosquedo; mvel - moblia, aparelho, trem; msica - (quanto a quem a conhece) repertrio; msico - (quando com instrumento) banda, charanga, filarmnica, orquestra; nao - (quando unidas para o mesmo fim) aliana, coligao, confederao, federa-
o, liga, unio; navio - (em geral) frota, (quando de guerra) frota, flotilha, esquadra, armada, marinha,
(quando reunidos para o mesmo destino) comboio; nome - lista, rol; nota - (na acepo de dinheiro) bolada, bolao, mao, pacote, (na acepo de produ-
o literria, cientfica) comentrio; objeto - Ver coisa; onda - (quando grandes e encapeladas) marouo; rgo - (quando concorrem para uma mesma funo) aparelho, sistema; orqudea - (quando em viveiro) orquidrio; osso - (em geral) ossada, ossaria, ossama, (quando de um cadver) esqueleto; ouvinte - auditrio; ovelha - (em geral) rebanho, grei, chafardel, malhada, ovirio; ovo - (os postos por uma ave durante certo tempo) postura, (quando no ninho) ninha-
da; padre - clero, clerezia; palavra - (em geral) vocabulrio, (quando em ordem alfabtica e seguida de significa-
o) dicionrio, lxico, (quando proferidas sem nexo) palavrrio; pancada - pancadaria; pantera - alcateia; papel - (quando no mesmo liame) bloco, mao, (em sentido lato, de folhas ligadas e
em sentido estrito, de 5 folhas) caderno, (5 cadernos) mo, (20 mos) resma, (10 res-mas) bala; parente - (em geral) famlia, parentela, parentalha, (em reunio) tertlia; partidrio - faco, partido, torcida; partido poltico - (quando unidos para um mesmo fim) coligao, aliana, coalizo,
liga; pssaro - passaredo, passarada; passarinho - nuvem, bando; pau - (quando amarrados) feixe, (quando amontoados) pilha, (quando fincados ou
unidos em cerca) bastida, paliada; pea - (quando devem aparecer juntas na mesa) baixela, servio, (quando artigos
comerciveis, em volume para transporte) fardo, (em grande quantidade) magote, (quando pertencentes artilharia) bateria, (de roupas, quando enroladas) trouxa,
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(quando pequenas e cosidas umas s outras para no se extraviarem na lavagem) apontoado, (quando literrias) antologia, florilgio, seleta, silva, crestomatia, coletnea, miscelnea; peixe - (em geral e quando na gua) cardume, (quando midos) boana, (quando em
viveiro) aqurio, (quando em fileira) cambada, espicha, enfiada, (quando tona) ban-co, manta; pena - (quando de ave) plumagem; pessoa - (em geral) aglomerao, banda, bando, chusma, colmeia, gente, legio, leva,
mar, massa, m, mole, multido, pessoal, roda, rolo, troo, tropel, turba, turma, (quando reles) corja, caterva, choldra, farndola, rcua, scia, (quando em servio, em navio ou avio) tripulao, (quando em acompanhamento solene) comitiva, cortejo, prstito, procisso, squito, teoria, (quando ilustres) pliade, pugilo, punhado, (quando em promiscuidade) cortio, (quando em passeio) caravana, (quando em assembleia popular) comcio, (quando reunidas para tratar de um assunto) comisso, conselho, congresso, conclave, convnio, corporao, seminrio, (quando sujeitas ao mesmo estatuto) agremiao, associao, centro, clube, grmio, liga, sindicato, sociedade; pilha - (quando eltricas) bateria; planta - (quando frutferas) pomar, (quando hortalias, legumes) horta, (quando novas,
para replanta) viveiro, alfobre, tabuleiro, (quando de uma regio) flora, (quando secas, para classificao) herbrio; ponto - (de costura) apontoado; porco - (em geral) manada, persigal, piara, vara, (quando do pasto) vezeira; povo - (nao) aliana, coligao, confederao, liga; prato - baixela, servio, prataria; prelado - (quando em reunio oficial) snodo; prisioneiro - (quando em conjunto) leva, (quando a caminho para o mesmo destino)
comboio; professor - corpo docente, professorado, congregao; quadro - (quando em exposio) pinacoteca, galeria; querubim - coro, falange, legio; recruta - leva, magote; religioso - clero regular; roupa - (quando de cama, mesa e uso pessoal) enxoval, (quando envoltas para lava-
gem) trouxa; salteador - caterva, corja, horda, quadrilha; selo - coleo; serra - (acidente geogrfico) cordilheira; soldado - tropa, legio; trabalhador - (quando reunidos para um trabalho braal) rancho, (quando em trnsito)
leva; tripulante - equipagem, guarnio, tripulao; utenslio - (quando de cozinha) bateria, trem, (quando de mesa) aparelho, baixela; vadio - cambada, caterva, corja, mamparra, matula, scia; vara - (quando amarradas) feixe, ruma; velhaco - scia, velhacada. Obs.: na maioria dos casos, a forma coletiva se constri mediante a adaptao do
sufixo conveniente: arvoredo (de rvores), cabeleira (de cabelos), freguesia (de fre-gueses), palavratrio (de palavras), professorado (de professores), tapearia (de tape-tes), etc. Nota: o coletivo um substantivo singular, mas com ideia de plural.
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Formao dos Substantivos
Substantivos Simples e Compostos
Chuva subst. Fem. 1 - gua caindo em gotas sobre a terra.
O substantivo chuva formado por um nico elemento ou radical. um substantivo simples. Substantivo Simples: aquele formado por um nico elemento.
Outros substantivos simples: tempo, sol, sof, etc. Veja agora: O substantivo guarda-chuva formado por dois elementos (guarda + chuva). Esse substantivo composto. Substantivo Composto: aquele formado por dois ou mais elementos.
Outros exemplos: beija-flor, passatempo.
Substantivos Primitivos e Derivados Veja: Meu limo meu limoeiro, meu p de jacarand... O substantivo limo primitivo, pois no se originou de nenhum outro dentro de
lngua portuguesa. Substantivo Primitivo: aquele que no deriva de nenhuma outra palavra da prpria
lngua portuguesa. O substantivo limoeiro derivado, pois se originou a partir da palavra limo. Substantivo Derivado: aquele que se origina de outra palavra.
Flexo dos substantivos O substantivo uma classe varivel. A palavra varivel quando sofre flexo (varia-o). A palavra menino, por exemplo, pode sofrer variaes para indicar: Plural: meninos Feminino: menina Aumentativo: menino Diminutivo: menininho
Flexo de Gnero Gnero a propriedade que as palavras tm de indicar sexo real ou fictcio dos seres. Na lngua portuguesa, h dois gneros: masculino e feminino. Pertencem ao gnero masculino os substantivos que podem vir precedidos dos arti-
gos o, os, um, uns. Veja estes ttulos de filmes:
- O velho e o mar - Um Natal inesquecvel - Os reis da praia
Pertencem ao gnero feminino os substantivos que podem vir precedidos dos artigos
a, as, uma, umas:
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A histria sem fim Uma cidade sem passado As tartarugas ninjas
Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de seres vivos, geralmen-
te o gnero da palavra est relacionado ao sexo do ser, havendo, portanto, duas for-mas, uma para o masculino e outra para o feminino. Observe: gato gata homem mulher poeta - poetisa prefeito - prefeita Substantivos Uniformes: so aqueles que apresentam uma nica forma, que serve
tanto para o masculino quanto para o feminino. Classificam-se em: Epicenos: tm um s gnero e nomeiam bichos. Por exemplo: a cobra macho e a cobra fmea, o jacar macho e o jacar fmea.
Sobrecomuns: tm um s gnero e nomeiam pessoas. Por exemplo: a criana, a testemunha, a vtima, o cnjuge, o gnio, o dolo, o indivduo. Comuns de Dois Gneros: indicam o sexo das pessoas por meio do artigo. Por exemplo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista e a artista. Saiba que:
- Substantivos de origem grega terminados em ema ou oma, so masculinos. Por exemplo: o axioma, o fonema, o poema, o sistema, o sintoma, o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gnero, variam em seu significado. Por exemplo:
o rdio (aparelho receptor) e a rdio (estao emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
P tem sexo? O uso das palavras masculino e feminino costuma provocar confuso entre a catego-
ria gramatical de gnero e a caracterstica biolgica dos sexos. Para evitar essa confu-so, observe que definimos gnero como um fato relacionado com a concordncia das palavras: p, por exemplo, um substantivo masculino pela concordncia que estabe-lece com o artigo o, e no porque se possa pensar num possvel comportamento se-
xual das partculas de poeira. S faz sentido relacionar o gnero ao sexo quando se trata de palavras que designam pessoas e animais, como os pares profes-sor/professora ou gato/gata. Ainda assim, essa relao no obrigatria, pois h
palavras que, mesmo pertencendo exclusivamente a um nico gnero, podem indicar seres do sexo masculino ou feminino. o caso de criana, do gnero feminino, que
pode designar seres dos dois sexos.
Formao do Feminino dos Substantivos Biformes a) Regra geral: troca-se a terminao -o por -a. Por exemplo: aluno - aluna b) Substantivos terminados em -s: acrescenta-se -a ao masculino.
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Por exemplo: fregus - freguesa c) Substantivos terminados em -o: fazem o feminino de trs formas: - troca-se -o por -oa. Por exemplo: patro - patroa - troca-se -o por -. Por exemplo: campeo - campe -troca-se -o por ona. Por exemplo: solteiro - solteirona Excees: baro baronesa ladro- ladra sulto - sultana d) Substantivos terminados em -or: - acrescenta-se -a ao masculino. Por exemplo: doutor - doutora - troca-se -or por -triz: imperador - imperatriz e) Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa:
-esa - -essa- -isa-
cnsul - consulesa abade - abadessa poeta - poetisa
duque - duquesa conde - condessa profeta - profetisa
f) Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por -a: elefante - elefanta g) Substantivos que tm radicais diferentes no masculino e no feminino: bode cabra boi - vaca h) Substantivos que formam o feminino de maneira especial, isto , no seguem ne-nhuma das regras anteriores: czar czarina ru - r
Formao do Feminino dos Substantivos Uniformes Epicenos:
Observe:
Novo jacar escapa de policiais no rio Pinheiros.
No possvel saber o sexo do jacar em questo. Isso ocorre porque o substantivo jacar tem apenas uma forma para indicar o masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma s forma para designar os dois sexos. Esses substantivos so chamados de epicenos. No caso dos epicenos, quando hou-ver a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fmea. Por exemplo: a cobra A cobra macho picou o marinheiro. A cobra fmea escondeu-se na bananeira. Sobrecomuns:
Entregue as crianas natureza.
A palavra crianas refere-se tanto a seres do sexo masculino, quanto a seres do sexo
feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um possvel adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: A criana chorona chamava-se Joo. A criana chorona chamava-se Maria.
Outros substantivos sobrecomuns:
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a criatura Joo uma boa criatura.
Maria uma boa criatura.
o cnjuge O cnjuge de Joo faleceu.
O cnjuge de Marcela faleceu
Comuns de Dois Gneros:
Observe a manchete:
Motorista tem acidente idntico 23 anos depois.
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? impossvel saber apenas pelo ttulo da notcia, uma vez que a palavra motorista
um substantivo uniforme. O restante da notcia nos informa que se trata de um homem. A distino de gnero pode ser feita atravs da anlise do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo. Exemplos: o colega - a colega o imigrante - a imigrante um jovem - uma jovem artista famoso - artista famosa reprter francs - reprter francesa
Substantivos de Gnero Incerto Existem numerosos substantivos de gnero incerto e flutuante, sendo usados com a mesma significao, ora como masculinos, ora como femininos.
a abuso erro comum, superstio, crendice
a aluvio sedimentos deixados pelas guas, inundao, grande numero
a clera ou clera-morbo
doena infecciosa
a personagem pessoa importante, pessoa que figura numa histria
a trama intriga, conluio, maquinao, cilada
a xerox (ou xrox) cpia xerogrfica, xerocpia
o gape refeio que os cristos faziam em comum, banquete de confraternizao
o caudal torrente, rio
o diabetes ou diabete doena
o jngal floresta prpria da ndia
o lhama mamfero ruminante da famlia dos cameldeos
o ordenana soldado s ordens de um oficial
o praa soldado raso
o pre pequeno roedor
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Note que: 1. A palavra personagem usada indistintamente nos dois gneros.
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferncia pelo masculino: Por exemplo: O menino descobriu nas nuvens os personagens dos contos de caro-
chinha. b) Com referncia a mulher, deve-se preferir o feminino: O problema est nas mulheres de mais idade, que no aceitam a personagem. No cheguei assim, nem era minha inteno, a criar uma personagem.
2. Ordenana, praa (soldado) e sentinela (soldado, atalaia) so sentidos e usados na
lngua atual, como masculinos, por se referirem, ordinariamente, a homens. 3. Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotogrfico Ana Belmonte.
Observe o gnero dos substantivos seguintes:
Masculinos Femininos
o tapa o eclipse o lana-perfume o d (pena) o sanduche o clarinete o champanha o ssia o maracaj
o cl o hosana o herpes o pijama o suter o soprano o proclama o pernoite o pbis
a dinamite a spide a derme a hlice a alcone a filoxera a clmide a omoplata a cataplasma
a pane a mascote a gnese a entorse a libido a cal a faringe a clera (doena) a ub (canoa)
So geralmente masculinos os substantivos de origem grega terminados em -ma:
o grama (peso) o quilograma o plasma o apostema o diagrama
o epigrama o telefonema o estratagema o dilema o teorema
o apotegma o trema o eczema o edema o magma
o antema o estigma o axioma o tracoma o hematoma
Excees: a cataplama, a celeuma, a fleuma, etc.
Gnero dos Nomes de Cidades:
Salvo raras excees, nomes de cidades so femininos. Por exemplo: A histrica Ouro preto. A dinmica So Paulo. A acolhedora Porto Alegre. Uma Londres imensa e triste. Excees: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
Gnero e Significao: Muitos substantivos tm uma significao no masculino e outra no feminino. Observe:
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o baliza (soldado que, que frente da tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai frente de um bloco car-navalesco, manejando um basto)
a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibio de trnsito)
o cabea (chefe) a cabea (parte do corpo) o cisma (separao religiosa, dissidncia) a cisma (ato de cismar,
desconfiana) o cinza (a cor cinzenta) a cinza (resduos de com-
busto) o capital (dinheiro) a capital (cidade) o coma (perda dos sentidos) a coma (cabeleira) o coral (ppilo, a cor vermelha, canto em coro) a coral (cobra venenosa) o crisma (leo sagrado, usado na administra-o da crisma e de outros sacramentos)
a crisma (sacramento da
confirmao) o cura (proco) a cura (ato de curar) o estepe (pneu sobressalente) a estepe (vasta plancie de
vegetao) o guia (pessoa que guia outras) a guia (documento, pena
grande das asas das aves) o grama (unidade de peso) a grama (relva) o caixa (funcionrio da caixa) a caixa (recipiente, setor
de pagamentos) o lente (professor) a lente (vidro de aumento) o moral (nimo) a moral (honestidade, bons
costumes, tica) o nascente (lado onde nasce o Sol) a nascente (a fonte) o maria-fumaa (trem como locomotiva a vapor) a maria-fumaa (locomoti-
va movida a vapor) o pala (poncho) a pala (parte anterior do
bon ou qupe, anteparo) o rdio (aparelho receptor) a rdio (estao emissora) o voga (remador) a voga (moda, popularida-
de)
Flexo de Nmero do Substantivo Em portugus, h dois nmeros gramaticais: O singular, que indica um ser ou um grupo de seres; O plural, que indica mais de um ser ou grupo de seres.
A caracterstica do plural o s final.
Plural dos Substantivos Simples a) Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e n fazem o plural pelo acrs-cimo de s. Por exemplo: pai pais m - ms hfen - hifens (sem acento, no plural). Exceo: cnon - cnones.
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b) Os substantivos terminados em m fazem o plural em ns. Por exemplo: homem - homens. c) Os substantivos terminados em r e z fazem o plural pelo acrscimo de es. Por exemplo: revlver revlveres raiz - razes Ateno: O plural de carter caracteres. d) Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no plural, trocando o l por is. Por exemplo: quintal - quintais caracol caracis hotel - hotis Excees: mal e males, cnsul e cnsules. e) Os substantivos terminados em il fazem o plural de duas maneiras: - Quando oxtonos, em is. Por exemplo: canil - canis - Quando paroxtonos, em eis. Por exemplo: mssil - msseis. Obs.: a palavra rptil pode formar seu plural de duas maneiras: rpteis ou reptis (pouco usada). f) Os substantivos terminados em s fazem o plural de duas maneiras: - Quando monossilbicos ou oxtonos, mediante o acrscimo de es. Por exemplo: s ases retrs - retroses - Quando paroxtonos ou proparoxtonos, ficam invariveis. Por exemplo: o lpis - os lpis o nibus - os nibus. g) Os substantivos terminados em o fazem o plural de trs maneiras. - substituindo o -o por -es: Por exemplo: ao - aes - substituindo o -o por -es: Por exemplo: co - ces - substituindo o -o por -os: Por exemplo: gro - gros h) Os substantivos terminados em x ficam invariveis. Por exemplo: o ltex - os ltex.
Plural dos Substantivos Compostos A formao do plural dos substantivos compostos depende da forma como so grafa-dos, do tipo de palavras que formam o composto e da relao que estabelecem entre si. Aqueles que so grafados sem hfen comportam-se como os substantivos simples: aguardente e aguardentes girassol e girassis pontap e pontaps malmequer e malmequeres
O plural dos substantivos compostos cujos elementos so ligados por hfen costuma provocar muitas dvidas e discusses. Algumas orientaes so dadas a seguir: a) Flexionam-se os dois elementos, quando formados de: substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
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numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras b) Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados de: verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas palavra invarivel + palavra varivel = alto-falante e alto-falantes palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos c) Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando formados de: substantivo + preposio clara + substantivo = gua-de-colnia e guas-de-colnia substantivo + preposio oculta + substantivo = cavalo-vapor e cavalos-vapor substantivo + substantivo que funciona como determinante do primeiro, ou seja,
especifica a funo ou o tipo do termo anterior. Exemplos: palavra-chave - palavras-chave bomba-relgio - bombas-relgio notcia-bomba - notcias-bomba homem-r - homens-r peixe-espada - peixes-espada d) Permanecem invariveis, quando formados de: verbo + advrbio = o bota-fora e os bota-fora verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas e) Casos Especiais o louva-a-deus e os louva-a-deus o bem-te-vi e os bem-te-vis o bem-me-quer e os bem-me-queres o joo-ningum e os joes-ningum.
Plural das Palavras Substantivadas As palavras substantivadas, isto , palavras de outras classes gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as flexes prprias dos substantivos. Por exemplo: Pese bem os prs e os contras. O aluno errou na prova dos noves. Oua com a mesma serenidade os sins e os nos. Obs.: numerais substantivados terminados em -s ou -z no variam no plural. Por exemplo: Nas provas mensais consegui muitos seis e alguns dez.
Plural dos Diminutivos Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o s final e acrescenta-se o
sufixo diminutivo.
pe(s) + zinhos animai(s) + zinhos bote(s) + zinhos chapu(s) + zinhos fari(s) + zinhos tren(s) + zinhos colhere(s) + zinhas flore(s) + zinhas
pezinhos animaizinhos botezinhos chapeuzinhos faroizinhos trenzinhos colherezinhas florezinhas
mo(s) + zinhas papi(s) + zinhos nuven(s) + zinhas funi(s) + zinhos tnei(s) + zinhos pai(s) + zinhos p(s) + zinhos p(s) + zitos
mozinhas papeizinhos nuvenzinhas funizinhos tuneizinhos paizinhos pezinhos pezitos
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Obs.: so anmalos os plurais pastorinhos (as), papelinhos, florzinhas, florinhas, co-
lherzinhas e mulherzinhas, correntes na lngua popular, e usados at por escritores de renome.
Plural dos Nomes Prprios Personativos Devem-se pluralizar os nomes prprios de pessoas sempre que a terminao se preste flexo. Por exemplo: Os Napolees tambm so derrotados. As Raquis e Esteres.
Plural dos Substantivos Estrangeiros Substantivos ainda no aportuguesados devem ser escritos como na lngua original, acrecentando-se-lhes um s (exceto quando terminam em s ou z). Por exemplo: os shows os shorts os jazz Substantivos j aportuguesados flexionam-se de acordo com as regras de
nossa lngua: Por exemplo:
os clubes os chopes
os jipes os esportes as toaletes os bibels os garons os rquiens
Observe o exemplo: Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (), mas no se usa.
Plural com Mudana de Timbre Certos substantivos formam o plural com mudana de timbre da vogal tnica (o fechado / o aberto). um fato fontico chamado metafonia.
Singular Plural Singular Plural
corpo () esforo fogo forno fosso imposto olho
corpos () esforos fogos fornos fossos impostos olhos
osso () ovo poo porto posto rogo tijolo
ossos () ovos poos portos postos rogos tijolos
Tm a vogal tnica fechada (): adornos, almoos, bolsos, esposos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc. Obs.: distinga-se molho (), caldo (molho de carne), de molho (), feixe (molho de
lenha).
Particularidades sobre o Nmero dos Substantivos a) H substantivos que s se usam no singular: Por exemplo: o sul, o norte, o leste, o oeste, a f, etc. b) Outros s no plural:
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Por exemplo: as npcias, os vveres, os psames, as espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes. c) Outros, enfim, tm, no plural, sentido diferente do singular: Por exemplo: bem (virtude) e bens (riquezas) honra (probidade, bom nome) e honras (homenagem, ttulos) d) Usamos s vezes, os substantivos no singular, mas com sentido de plural: Por exemplo: Aqui morreu muito negro. Celebraram o sacrifcio divino muitas vezes em capelas improvisadas. Juntou-se ali uma populao de retirantes que, entre homem, mulher e menino, ia bem cinquenta mil.
Flexo de Grau do Substantivo Grau a propriedade que as palavras tm de exprimir as variaes de tamanho dos
seres. Classifica-se em: Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado normal. Por exemplo: casa Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser. Classifica-se em: Analtico = o substantivo acompanhado de um adjetivo que indica grandeza. Por exemplo: casa grande. Sinttico = acrescido ao substantivo um sufixo indicador de aumento. Por exemplo: casaro. Grau Diminutivo - Indica a diminuio do tamanho do ser. Pode ser: Analtico = substantivo acompanhado de um adjetivo que indica pequenez. Por exemplo: casa pequena. Sinttico = acrescido ao substantivo um sufixo indicador de diminuio. Por exemplo: casinha.
Amigo amigo grande ou grande amigo?
No uso efetivo da lngua, as formas sintticas de indicao de grau so normalmente empregadas para conferir valores afetivos ao seres nomeados pelos substantivos. Observe formas como amigo, partido, bandidao; mulherao, livrinho, ladrozinho, rapazola, futebolzinho - em todas elas, o que interessa transmitir dados como cari-nho, admirao, ironia ou desprezo, e no noes ligadas ao tamanho fsico dos seres nomeados.
Substantivos na leitura e produo de textos
Saber nomear com preciso os seres e conceitos de que pretendemos tratar quando falamos ou redigimos , obviamente, um fator de eficincia em nosso trabalho. Nesse sentido, conhecer os substantivos e refletir sobre os sentidos e significados que expri-mem em situaes de interaes entre substantivos abstratos, verbos e adjetivos cog-natos nos oferecem a possibilidade de reelaborar frases e estruturas oracionais em busca das mais adequadas a determinada necessidade ou estratgia comunicativa. Conhecer os mecanismos de flexo dos substantivos fundamental para o estabele-cimento da concordncia nas frases e oraes de nossos textos orais ou escritos. No que diz respeito indicao de grau, insistimos no valor afetivo que o aumentativo e o diminutivo formados por sufixao costumam transmitir: esse valor afetivo no explo-rado apenas na lngua coloquial, mas tambm na lngua literria. As formas diminuti-
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vas e aumentativas so exploradas expressivamente por poetas e prosadores. Alm disso, os substantivos desempenham um papel importantssimo nos mecanismos de coeso e coerncia textuais. normalmente por meio de um substantivo que se apresenta pela primeira vez, num texto, o ser, ato ou conceito de que vamos tratar. Depois disso, utilizam-se substantivos que mantm, com esse primeiro, relaes vari-veis de significado, num processo de retomada que parte importante da progresso textual. Por meio desse processo, delimita-se ou expande-se a abrangncia do sentido dos conceitos analisados. Ao mesmo tempo, com a seleo vocabular, evidencia-se o ponto de vista do produtor do texto sobre o tema tratado.
Artigo Artigo a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica se ele est sendo em-
pregado de maneira definida ou indefinida. Alm disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gnero e o nmero dos substantivos.
Classificao dos Artigos Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal. Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal.
Combinao dos Artigos muito presente a combinao dos artigos definidos e indefinidos com preposies. Este quadro apresenta a forma assumida por essas combinaes:
Preposies Artigos
o, os a, as um, uns uma, umas
a ao, aos , s - -
de do, dos da, das dum, duns duma, dumas
em no, nos na, nas num, nuns numa, numas
por (per) pelo, pelos pela, pelas - -
- As formas e s indicam a fuso da preposio a com o artigo definido a. Essa fuso de vogais idnticas conhecida por crase.
- As formas pelo(s)/pela(s) resultam da combinao dos artigos definidos com a forma per, equivalente a por.
Artigos, leitura e produo de textos
O uso apropriado dos artigos definidos e indefinidos permite no apenas evitar pro-blemas com o gnero e o nmero de determinados substantivos, mas principalmente explorar detalhes de significao bastante expressivos. Em geral, informaes novas, nos textos, so introduzidas por pronomes indefinidos e, posteriormente, retomadas pelos definidos. Assim, o referente determinado pelo artigo definido passa a fazer parte de um conjunto argumentativo que mantm a coeso dos textos. Alm disso, a sutileza de muitas modificaes de significados transmitidas pelos artigos faz com que sejam frequentemente usados pelos escritores em seus textos literrios.
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Adjetivo Adjetivo a palavra que expressa uma qualidade ou caracterstica do ser e se "encai-
xa" diretamente ao lado de um substantivo. Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos que alm de expressar uma qualidade, ela pode ser "encaixada diretamente" ao lado de um substantivo: ho-mem bondoso, moa bondosa, pessoa bondosa. J com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, no acontece o mesmo;
no faz sentido dizer: homem bondade, moa bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, no adjetivo, mas substantivo.
Morfossintaxe do Adjetivo:
O adjetivo exerce sempre funes sintticas relativas aos substantivos, atuando como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto).
Classificao do adjetivo
Explicativo: exprime qualidade prpria do ser. Por exemplo: neve fria. Restritivo: exprime qualidade que no prpria do ser. Por exemplo: fruta madura.
Formao do Adjetivo Quanto formao, o adjetivo pode ser:
Adjetivo sim-ples
Formado por um s radical. Por exemplo: brasileiro, escuro, magro, cmico.
Adjetivo composto
Formado por mais de um radical.
Por exemplo: luso-brasileiro, casta-
nho-escuro, amarelo-canrio. Adjetivo pri-mitivo
aquele que d origem a outros adjetivos.
Por exemplo: belo, bom, feliz, puro.
Adjetivo deri-vado
aquele que deriva de subs-tantivos ou verbos.
Por exemplo: belssimo, bondoso,
magrelo.
Adjetivo Ptrio Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe alguns deles: Estados e cidades brasileiros:
Acre acreano
Alagoas alagoano
Amap amapaense
Aracaju aracajuano ou aracajuense
Amazonas amazonense ou bar
Belm (PA) belenense
Belo Horizonte belo-horizontino
Boa Vista boa-vistense
Braslia brasiliense
Cabo Frio cabo-friense
Campinas campineiro ou campinense
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Curitiba curitibano
Estados Unidos estadunidense, norte-americano ou ianque
El Salvador salvadorenho
Guatemala guatemalteco
ndia indiano ou hindu (os que professam o hindusmo)
Ir iraniano
Israel israelense ou israelita
Moambique moambicano
Monglia mongol ou monglico
Panam panamenho
Porto Rico porto-riquenho
Somlia somali
Adjetivo Ptrio Composto Na formao do adjetivo ptrio composto, o primeiro elemento aparece na forma redu-zida e, normalmente, erudita. Observe alguns exemplos:
frica afro- / Por exemplo: Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto- / Por exemplo: Competies teuto-inglesas Amrica amrico- / Por exemplo: Companhia amrico-africana sia sio- / Por exemplo: Encontros sio-europeus ustria austro- / Por exemplo: Peas austro-blgaras Blgica belgo- / Por exemplo: Acampamentos belgo-franceses China sino- / Por exemplo: Acordos sino-japoneses Espanha hispano- / Por exemplo: Mercado hispano-portugus Europa euro- / Por exemplo: Negociaes euro-americanas Frana franco- ou galo- / Por exemplo: Reunies franco-italianas Grcia greco- / Por exemplo: Filmes greco-romanos ndia indo- / Por exemplo: Guerras indo-paquistanesas Inglaterra anglo- / Por exemplo: Letras anglo-portuguesas Itlia talo- / Por exemplo: Sociedade talo-portuguesa Japo nipo- / Por exemplo: Associaes nipo-brasileiras Portugal luso- / Por exemplo: Acordos luso-brasileiros
Locuo adjetiva Locuo = reunio de palavras. Sempre que so necessrias duas ou mais palavras
para contar a mesma coisa, tem-se locuo. s vezes, uma preposio + substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: a Locuo Adjetiva (expresso que equivale a um adjetivo). Por exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixo sem freio (paixo desenfreada).
Observe outros exemplos:
de guia aquilino
de aluno discente de anjo angelical de ano anual de aranha aracndeo
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de asno asinino de bao esplnico de bispo episcopal de bode hircino de boi bovino de bronze brnzeo ou neo de cabelo capilar de cabra caprino de campo campestre ou rural de co canino de carneiro arietino de cavalo cavalar, equino, equdio ou hpico de chumbo plmbeo de chuva pluvial de cinza cinreo de coelho cunicular de cobre cprico de couro coriceo de criana pueril de dedo digital de diamante diamantino ou adamantino de elefante elefantino de enxofre sulfrico de esmeralda esmeraldino de estmago estomacal ou gstrico de falco falcondeo de farinha farinceo de fera ferino de ferro frreo de fgado figadal ou heptico de fogo gneo de gafanhoto acrdeo de garganta gutural de gelo glacial de gesso gpseo de guerra blico de homem viril ou humano de ilha insular de intestino celaco ou entrico de inverno hibernal ou invernal de lago lacustre de laringe larngeo de leo leonino de lebre leporino de lobo lupino de lua lunar ou selnico de macaco simiesco, smio ou macacal de madeira lgneo de marfim ebrneo ou ebreo de mestre magistral
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de monge monacal de neve nveo ou nival de nuca occipital de orelha auricular de ouro ureo de ovelha ovino de paixo passional de pncreas pancretico de pato anserino de peixe psceo ou ictaco de pombo columbino de porco suno ou porcino de prata argnteo ou argrico dos quadris citico de raposa vulpino de rio fluvial de serpente viperino de sonho onrico de terra telrico, terrestre ou terreno de trigo tritcio de urso ursino de vaca vacum de velho senil de vento elico de vero estival de vidro vtreo ou hialino de virilha inguinal de viso ptico ou tico
Obs.: nem toda locuo adjetiva possui um adjetivo correspondente, com o mesmo
significado. Por exemplo: Vi as alunas da 5 srie. O muro de tijolos caiu.
necessrio critrio!
H muitos adjetivos que mantm certa correspondncia de significado com locues adjetivas, e vice-versa. No entanto, isso no significa que a substituio da locuo pelo adjetivo seja sempre possvel. Tampouco o contrrio sempre admissvel. Colar de marfim uma expresso cotidiana; seria pouco recomendvel passar a dizer colar ebrneo ou ebreo, pois esses adjetivos tm uso restrito linguagem literria. Contra-to leonino uma expresso usada na linguagem jurdica; muito pouco provvel que os advogados passem a dizer contrato de leo. Em outros casos, a substituio perfeitamente possvel, transformando a equivalncia entre adjetivos e locues adjeti-vas em mais uma ferramenta para o aprimoramento dos textos, pois oferece possibili-dades de variao vocabular. Por exemplo: A populao das cidades tem aumentado. A falta de planejamento urbano faz com que isso se torne um imenso problema.
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Flexo dos adjetivos O adjetivo varia em gnero, nmero e grau.
Gnero dos Adjetivos Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e femininino). De forma semelhante aos substantivos, classificam-se em: Biformes - tm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e m, judeu e judia.
Se o adjetivo composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o ltimo elemen-to. Por exemplo: o moo norte-americano, a moa norte-americana. Exceo: surdo-mudo e surda-muda.
Uniformes - tm uma s forma tanto para o masculino como para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo composto e uniforme, fica invarivel no feminino. Por exemplo: conflito poltico-social e desavena poltico-social.
Nmero dos Adjetivos
Plural dos adjetivos simples Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexo numrica dos substantivos simples. Por exemplo: mau e maus feliz e felizes ruim e ruins boa e boas
Caso o adjetivo seja uma palavra que tambm exera funo de substantivo, ficar invarivel, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmen-te, um substantivo, ela manter sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza origi-
nalmente um substantivo, porm, se estiver qualificando um elemento, funcionar como adjetivo. Ficar ento invarivel. Logo: camisas cinza, ternos cinza. Por exemplo: camisas cinza, ternos cinza. Veja outros exemplos: Motos vinho (mas: motos verdes) Paredes musgo (mas: paredes brancas). Comcios monstro (mas: comcios grandiosos).
Adjetivo Composto Adjetivo composto aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente, esses elementos so ligados por hfen. Apenas o ltimo elemento concorda com o substanti-vo a que se refere; os demais ficam na forma masculina, singular. Caso um dos ele-mentos que formam o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o adjeti-vo composto ficar invarivel. Por exemplo: a palavra rosa originalmente um substantivo, porm, se estiver qualifi-
cando um elemento, funcionar como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra por hfen, formar um adjetivo composto; como um substantivo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficar invarivel. Por exemplo: Camisas rosa-claro. Ternos rosa-claro. Olhos verde-claros. Calas azul-escuras e camisas verde-mar.
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Telhados marrom-caf e paredes verde-claras. Obs.:
- Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer adjetivo composto iniciado por cor-de-... so sempre invariveis. - Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha tm os dois elementos flexio-nados.
Grau do Adjetivo Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade da qualidade do ser. So dois os graus do adjetivo: o comparativo e o superlativo.
Comparativo Nesse grau, comparam-se a mesma caracterstica atribuda a dois ou mais seres ou duas ou mais caractersticas atribudas ao mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo:
1) Sou to alto como voc. Comparativo De Igualdade
No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparao introduzido pelas palavras como, quanto ou quo. 2) Sou mais alto (do) que voc. Comparativo De Superioridade Analtico
No comparativo de superioridade analtico, entre os dois substantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma analtica porque pedimos auxlio a "mais...do que" ou "mais...que". 3) O Sol maior (do) que a Terra. Comparativo De Superioridade Sinttico
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superioridade, formas sintticas, herdadas do latim. So eles:
bom-melhor pequeno-menor
mau-pior alto-superior grande-maior baixo-inferior
Observe que: a) As formas menor e pior so comparativos de superioridade, pois equivalem a mais
pequeno e mais mau, respectivamente. b) Bom, mau, grande e pequeno tm formas sintticas (melhor, pior, maior e menor), porm, em comparaes feitas entre duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas analticas mais bom, mais mau, mais grande e mais pequeno. Por exemplo: Pedro maior do que Paulo - Comparao de dois elementos. Pedro mais grande que pequeno - comparao de duas qualidades de um mesmo
elemento. 4) Sou menos alto (do) que voc. Comparativo De Inferioridade Sou menos passivo (do) que tolerante.
Superlativo O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou em grau mximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo e apresenta as seguintes modalidades:
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Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser intensificada, sem
relao com outros seres. Apresenta-se nas formas: Analtica: a intensificao se faz com o auxlio de palavras que do ideia de intensida-
de (advrbios). Por exemplo: O secretrio muito inteligente. Sinttica: a intensificao se faz por meio do acrscimo de sufixos. Por exemplo: O secretrio inteligentssimo.
Observe alguns superlativos sintticos:
benfico beneficentssimo
bom bonssimo ou timo clebre celebrrimo comum comunssimo cruel crudelssimo difcil dificlimo doce dulcssimo fcil faclimo fiel fidelssimo frgil fraglimo frio frissimo ou frigidssimo humilde humlimo jovem juvenssimo livre librrimo magnfico magnificentssimo magro macrrimo ou magrssimo manso mansuetssimo mau pssimo nobre nobilssimo pequeno mnimo pobre pauprrimo ou pobrssimo preguioso pigrrimo prspero prosprrimo sbio sapientssimo sagrado sacratssimo
Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser intensificada em relao
a um conjunto de seres. Essa relao pode ser: De Superioridade: Clara a mais bela da sala. De Inferioridade: Clara a menos bela da sala.
Note bem: 1) O superlativo absoluto analtico expresso por meio dos advrbios muito, extre-mamente, excepcionalmente, etc., antepostos ao adjetivo. 2) O superlativo absoluto sinttico se apresenta sob duas formas : uma erudita, de
origem latina, outra popular, de origem verncula. A forma erudita constituda pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -ssimo, -imo ou rrimo. Por exemplo:
fidelssimo, faclimo, pauprrimo. A forma popular constituda do radical do adjetivo portugus + o sufixo -ssimo:
pobrssimo, agilssimo.
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3) Em vez dos superlativos normais serissimo, precarissimo, necessarissimo, prefe-
rem-se, na linguagem atual, as formas serssimo, precarssimo, necessarssimo, sem o desagradvel hiato i-.
Adjetivos, leitura e produo de textos
A adjetivao um dos elementos modalizadores de um texto, ou seja, imprime ao que se fala ou escreve. Quando excessiva e voltada a obteno de efeitos retricos, prejudica a qualidade do texto e evidencia o despreparo ou a m-f de quem escreve. Quando feita com sobriedade e sensibilidade, contribui para a eficincia interlocutiva do texto. Nos textos dissertativos, os adjetivos normalmente explicitam a posio de quem
escreve em relao ao assunto tratado. muitas vezes por meio de adjetivos que os juzos e avaliaes do produtor do texto vm a tona, transmitindo ao leitor atitudes como aprovao, reprovao, averso, admirao, indiferena. Analisar a adjetivao de um texto dissertativo , portanto, um bom caminho para captar com segurana a opinio de quem o produziu. Lembre-se de que a sua adjetivao que deve cumprir esse papel quando voc escreve. Nos textos ou passagens descritivas, os adjetivos cumprem uma funo mais pls-
tica: por meio deles que se costuma atribuir formas, cor, peso, sabor e outras dimen-ses aos seres que esto sendo descritos. bvio que, neste caso, o emprego de uma seleo sensvel e eficiente de adjetivos conduz a um texto mais bem-sucedido, capaz de transmitir ao leitor uma impresso bastante ntida do ser ou objeto descrito. So nessas passagens descritivas que a adjetivao atua nos textos narrativos.
Numeral Numeral a palavra que indica os seres em termos numricos, isto , que atribui
quantidade aos seres ou os situa em determinada sequncia. Exemplos: 1) Os quatro ltimos ingressos foram vendidos h pouco. [quatro: numeral = atributo numrico de "ingresso"] 2) Eu quero caf duplo, e voc? ...[duplo: numeral = atributo numrico de "caf"] 3) A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! ...[primeira: numeral = situa o ser "pessoa" na sequncia de "fila"]
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os nmeros indicam em relao aos seres. Assim, quando a expresso colocada em nmeros (1, 1, 1/3, etc.) no se
trata de numerais, mas sim de algarismos. Alm dos numerais mais conhecidos, j que refletem a ideia expressa pelos nmeros, existem mais algumas palavras consideradas numerais porque denotam quantidade, proporo ou ordenao. So alguns exemplos: dcada, dzia, par, ambos(as), novena.
Classificao dos Numerais Cardinais: indicam contagem, medida. o nmero bsico. Por exemplo: um, dois,
cem mil, etc. Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa srie dada. Por exemplo: primeiro,
segundo, centsimo, etc.
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Fracionrios: indicam parte de um inteiro, ou seja, a diviso dos seres. Por exemplo:
meio, tero, dois quintos, etc. Multiplicativos: expressam ideia de multiplicao dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada. Por exemplo: dobro, triplo, quntuplo, etc.
Leitura dos Numerais Separando os nmeros em centenas, de trs para frente, obtm-se conjuntos numri-cos, em forma de centenas e, no incio, tambm de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vrgula; as unidades ligam-se pela conjuno e. Por exemplo: 1.203.726 = um milho, duzentos e trs mil, setecentos e vinte e seis. 45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte.
Flexo dos numerais Os numerais cardinais que variam em gnero so um/uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocen-tos/quatrocentas, etc. Cardinais como milho, bilho, trilho, etc. variam em nme-ro: milhes, bilhes, trilhes, etc. Os demais cardinais so invariveis.
Os numerais ordinais variam em gnero e nmero:
primeiro segundo milsimo
primeira segunda milsima primeiros segundos milsimos primeiras segundas milsimas
Os numerais multiplicativos so invariveis quando atuam em funes substantivas: Por exemplo: Fizeram o dobro do esforo e conseguiram o triplo de produo.
Quando atuam em funes adjetivas, esses numerais flexionam-se em gnero e n-mero: Por exemplo: Teve de tomar doses triplas do medicamento. Os numerais fracionrios flexionam-se em gnero e nmero. Observe: um tero/dois teros uma tera parte duas teras partes Os numerais coletivos flexionam-se em nmero. Veja: uma dzia um milheiro duas dzias dois milheiros
comum na linguagem coloquial a indicao de grau nos numerais, traduzindo afetivi-dade ou especializao de sentido. o que ocorre em frases como: Me empresta duzentinho... artigo de primeirssima qualidade! O time est arriscado por ter cado na segundona. (= segunda diviso de futebol)
Emprego dos Numerais Para designar papas, reis, imperadores, sculos e partes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais at dcimo e a partir da os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo: Ordinais Cardinais
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