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PONTES deesperança
PONTES deesperançaGuia para diretores de Comunicação
Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Dia
OrganizadoresEdson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn
PONTES DE ESPERANÇAGuia para diretores de Comunicação
Organizadores: Edson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn
Editoração: Kenny Zukowski (Agência Zoom) e Renato Groger (Unaspress)Capa e design: Amanda Cabrerizo e Gleibson Oliveira (Agência Zoom)Diagramação: Amanda Cabrerizo e Kenny Zukowski (Agência Zoom)Ilustrações: Alexandre RochaRevisão: Márcia Ebinger, Nélida Leguizamón, Renato Groger, Silmira Rosa, Mani Maria Pereira e Felipe LemosImpressão: Casa Publicadora Brasileira
Edson Rosa, Luís Henrique dos Santos, Martin Kuhn, organizadores
Pontes de Esperança: Guia para diretores de Comunicação2° ed.
UNASPRESS, 2012Engenheiro Coelho, SP1. Comunicação; 2. Igreja; 3. Publicidade4. Jornalismo; 5. Relações Públicas
ISBN: 978-85-89504-16-4
2º edição atualizada5.565 exemplares2012
Impresso no BrasilPrinted in Brazil
Divisão Sul-AmericanaTel.: (61) 3701-1818 / HomePage: www.portaladventista.org
UNASPRESS – Imprensa Universitária AdventistaCentro Universitário Adventista de São Paulo – Campus Engenheiro CoelhoTel.: (19) 3858-9055 / Home Page: www.unaspress.unasp.edu.brImpresso: Casa Publicadora Brasileira
Índice
2
1
Índice
I. INTRODUÇÃO 11
II. DECLARAÇÃO DE ÉTICA 13
1. A COMUNICAÇÃO E A IGREJA ADVENTISTA 15
Deus é um comunicador 17
A Comunicação e a Missão 19
A Igreja e o Departamento de Comunicação 20
2. O DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO NA IGREJA ADVENTISTA 21
De Silver Spring a Puerto Williams 22
Funções do Departamento de Comunicação 24
Extrato do Manual da Igreja 26
4
33. PADRÃO DE IDENTIDADE VISUAL DA
IGREJA ADVENTISTA DO SÉTIMO DIA 29
Explicação do símbolo gráfico 30
Cores oficiais 31
Fundos 32
Configuração preferencial para fachadas de igrejas 32
Cuidados com o logotipo da Igreja 34
Outros logotipos 35
4. COMUNICAÇÃO INTERNA 37
Introdução à comunicação interna 38
Apoio a outros departamentos 38
Cadastro e pesquisa de membros 41
Boletins e jornais internos 45
Anúncios públicos 52
Murais e quadros de avisos 55
Ministério da recepção 58
Lista classificada 60
Comunicação e o aspecto físico da igreja 62
7
6
55. COMUNICAÇÃO EXTERNA 65
Introdução comunicação externa 66
Assessoria de imprensa 66
Dicas de como trabalhar com a imprensa local 71
Gerenciamento de crises 72
Mídia impressa 76
Mídia exterior, ao ar livre ou alternativa 82
6. RELAÇÕES PÚBLICAS 85
Cumprimentos protocolares 86
Noções de cerimonial 92
Atividades sugeridas 101
Revista Esperança Viva 104
Composição de participantes – precedência 109
Organização e controle de eventos 112
7. PRODUÇÃO DE PROGRAMA DE RÁDIO 119
Rede Novo Tempo de Rádio 120
Produção de programa 121
8
11
10
9
8. TELEVISÃO 127
Rede Novo Tempo de Televisão 128
Como criar vídeos 131
9. FOTOGRAFIA 143
Noções básicas de fotografia 144
Postura do fotógrafo em eventos religiosos 151
10. COMUNICAÇÃO DIGITAL 155
Introdução a comunicação digital 156
A internet comunicando esperança 157
Planejamento de websites 158
E-mail marketing 164
Blogs e redes sociais 166
A Igreja nas redes sociais 168
Diretrizes para os web sites da Igreja Adventista 174
11. REDAÇÃO DE TEXTO 177
Release – comunicados de imprensa 178
Lead – mostrando o caminho 179
ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias) 184
14
12
13
12. PAC.com - PROGRAMA ADVENTISTA DE CAPACITAÇÃO
EM COMUNICAÇÃO 187
Introdução 188
Níveis 188
Certificado de Participação e Certificado de Extensão Universitária 189
Atribuições 191
13. FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE COMUNICAÇÃO 193
Áreas da comunicação social 194
Cursos de Comunicação Social na Igreja Adventista 196
14. ORGANIZAÇÃO E AUTORIA 203
Organizadores 204
Autores 206
Colaboradores 210
Introdução
ontes de Esperança. Esse é o lema mundial do Departamento de Comunicação da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. Construir pontes, não muros. Normalmente levantamos barreiras ao nosso redor, nos isolamos. O
Departamento de Comunicação é uma PONTE para unir os membros igreja com um só objetivo de levar ao mundo
mensagens de esperança e facilitar o acesso delas às belas verdades da palavra de Deus.
Construir pontes significa que devemos usar todos os recursos possíveis para comunicar uma mensagem
de esperança ao mundo da maneira mais eficiente e eficaz possível.
Esse guia não é uma receita pronta. Ele é na verdade um roteiro de como dizer, quais as técnicas e ferra-
mentas para desenvolver interna e externamente, uma comunicação que realmente faça diferença na missão da
igreja e na vida das pessoas.
Esgotar todo o assunto em comunicação é impossível. Um dos objetivos deste guia é despertar o seu inte-
resse em conhecer mais e pesquisar outras possibilidades da comunicação.
IntroduçãoIntrodução
P
Outro objetivo é servir de guia de referência para o trabalho do Departamento de Comuni-
cação da igreja local.
O guia está divido em capítulos temáticos: A Comunicação e a Igreja Adventista do Sétimo Dia,
o departamento de Comunicação na Igreja Adventista, Padrão Mundial de identidade visual; comu-
nicação interna, comunicação externa, relações públicas, produção de programa de rádio, televisão,
fotografia, comunicação digital, redação de texto, Programa Adventista de Capacitação em Comuni-
cação, formação de profissionais de comunicação.
Cada capítulo contém as informações conceituais sobre como desenvolver materiais e conteú-
dos para uso na igreja, além de dicas práticas sobre o tema.
Não há lições de como operar softwares específicos ou sugestões de textos prontos ou esque-
mas de boletins para você apenas preencher seus dados. Diz o provérbio que, é mais importante ensinar
a pescar do que dar o peixe e é isso que o Guia de Comunicação da Divisão Sul-Americana se propõe fazer.
Mais do que fórmulas prontas, você terá acesso a orientações que vão dar liberdade de tra-
balho e ao mesmo tempo segurança para desenvolver a comunicação da maneira mais responsável
e adequada para a igreja.
No site www.portaladventista.org/comunicacao, você terá exemplos como materiais já de-
senvolvidos pelos departamentos de Comunicação de algumas igrejas da Divisão Sul-Americana
podem servir de inspiração. Você encontrará outros subsídios para desenvolver seus próprios ma-
teriais de excelente qualidade quando não houver um direcionamento do campo local.
Os autores desse guia são profissionais experimentados e competentes, aptos a transmitir
os conhecimentos no formato adequado. Mais importante que isso, vários foram ou ainda são res-
ponsáveis pelo Departamento de Comunicação em suas igrejas locais e sabem, como você, quais são
as verdadeiras dificuldades e necessidades de quem assume esse departamento tão importante.
Tenha esse guia como um amigo, um conselheiro. Sempre que precisar, recorra à Associa-
ção ou Missão, que tem um Director de Comunicação competente e preparado para o cargo. E te-
nha a Deus como orientador e objetivo de qualquer trabalho. São passos que certamente o levarão
ao sucesso nessa jornada de construir Pontes de Esperança.
Boa leitura e bom trabalho,Departamento de Comunicação
Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista do Sétimo Diawww.portaladventista.org/comunicacao
www.eunopac.com
Declaração de Ética para os Comunicadores Adventistas do Sétimo Dia
ÉTIC
A
O evangelho comissiona seus discípulos a se
comunicarem. Assim sendo:
1. Glorificar a Deus é o propósito final de toda comunicação;
2. O contexto de todas as mensagens deveria ser as boas novas do amor de Deus e a esperança
da Segunda Vinda de Jesus Cristo;
3. Os comunicadores adventistas respondem aos aspectos, crenças e valores da igreja e se ex-
pressam como membros fiéis da igreja;
4. Toda comunicação legítima ou mídia profissional tem um chamado santo que requer compa-
nheirismo, apoio e respeito pelo meio, mensagem e companheiros de comunicação;
5. Tornar prioridade a liberdade para comunicar-se com integridade, abertura, objetividade, ho-
nestidade, sensibilidade, diversidade e excelência; os obreiros e constituintes devem ser informa-
dos da necessidade da comunicação transparente, aberta e honesta;
6. Afirmamos que a verdade e a confiança são essenciais ao viver responsável; e a coerência e
a fidelidade para com a verdade deveriam predominar sobre o imediatismo e o sensacionalismo;
7. Todas as nossas produções de mídia deveriam ser elevadas, confiáveis e enobrecedoras do
leitor/telespectador e incentivar a fé viva, a religiosidade prática e o compromisso de fortalecer
a comunidade;
8. Todo profissional de comunicação é obrigado a expandir seu conhecimento e acentuar suas capacidades me-
diante a afiliação e participação em organizações profissionais, a educação contínua e o desenvolvimento profissio-
nal a fim de manter elevados padrões de excelência proporcionais à disciplina de comunicação;
9. As atividades de comunicação deveriam estar isentas de conflitos de interesses; o nepotismo e o favoritismo
não têm lugar na contratação e promoção de comunicadores e seu staff; a contratação deve ser justa e não estar
baseada na influência indevida;
10. As mensagens da organização da igreja, direcionando a atividade dos comunicadores, deveriam legitima-
mente refletir sua identidade e seus valores bem como estar estruturadas em todas as decisões e escolhas morais.
Adotada do Conselho Mundial de Comunicação,
Silver Spring, Maryland, 22 de março de 2006.
A comunicação e a Igreja Adventista
16 | Pontes de Esperança
A comunicação é um processo no qual as pessoas compartilham informações, ideias e sentimentos.
Esse processo envolve não somente a expressão verbal através de palavras escritas e faladas, mas também a
expressão não verbal, ou seja, informações transmitidas de forma consciente ou inconsciente por meio de
uma linguagem que não utiliza palavras, como a linguagem corporal, gestos, entonação, maneirismos, estilo,
comportamento, bem como o ambiente ou quaisquer outras coisas que acrescentem significado à mensagem.
A comunicação é vital em todas as áreas de nossa vida. Usamos a comunicação para persuadir, influenciar,
informar, compartilhar. Através da comunicação descobrimos as necessidades dos outros e compartilhamos as
nossas próprias.
Os termos comunicar e comunicação têm sua raiz na palavra “comum”, ou seja, comunicar é tornar o
nosso pensamento comum, fazê-lo conhecido às demais pessoas, e isso se faz por meio de símbolos. Devemos,
portanto, utilizar os símbolos que estão à nossa disposição, como as palavras, gestos e sons, combiná-los adequa-
damente e transmitir nosso pensamento com exatidão para os outros. Se assim fizermos, as pessoas nos enten-
derão e consequentemente poderão cooperar conosco. É dessa mesma raiz (comum) que surgem muitas outras
palavras conhecidas como comunidade, comunismo e comunhão, por exemplo. Essas palavras estão associadas à
ideia de convivência, relação de grupo, sociedade, ter em comum ou partilhar as mesmas coisas.
Pesquisas têm demonstrado que as palavras ocupam apenas 7% do poder de transmissão da mensagem.
Os 93% restantes têm a ver com a linguagem não verbal, ou seja, gestos, entonação, testemunho e envolvimento.
Todo processo de comunicação pode apresentar ruídos, que são os elementos que causam interferên-
cia e atrapalham a transmissão da mensagem. Estes podem ser de natureza física (um barulho, uma mancha
no papel, iluminação fraca, lâmpada queimada, som inadequado, ambiente abafado e sem climatização, etc.),
psicológica (aspereza, agressividade, etc.), cultural (palavras ou expressões inadequadas etc.) ou espiritual
(incoerência entre o que fala e o que vive) e devem ser eliminados ao máximo. Por outro lado, o receptor deve
se portar da maneira mais aberta possível para receber a informação de forma clara e precisa. Quanto menor
for o nível de ruídos, maior será a possibilidade da comunicação tornar-se um veículo eficaz de diálogo, dis-
cussão e troca de ideias, atingindo, assim, o seu objetivo, de promover um saudável crescimento social e bom
entendimento entre as pessoas.
Não pode haver comunicação sem envolvimento. A melhor mídia que existe é a vida, o exemplo, o testemu-
nho, a encarnação da verdade. É viver aquilo que se acredita e pregar o que se vive. Os demais veículos são importan-
A comunicação e a Igreja Adventista | 17
tes, mas são apenas canais, são aparatos, mas não são vitais.
É exatamente por isso que o comunicador que pretende passar uma mensagem religiosa deve ser
íntegro e verdadeiro, porque as pessoas estarão lendo a coerência entre suas palavras e sua vida.
“Paulo levava consigo a atmosfera do Céu. Todos os que com ele se associavam sentiam a influência de
sua união com Cristo. O fato de que sua própria vida exemplificava a verdade que pregava, dava a sua pregação
um convincente poder. Nisto reside o poder da verdade. A influência espontânea e inconsciente de uma vida
santa é o mais convincente sermão que se pode fazer em prol do evangelho” EGW, Atos dos Apóstolos, 510.
Deus é um comunicador “No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus e o Verbo era Deus...” João 1:1. Como podemos
perceber, Deus e a Palavra são um. A comunicação faz parte da essência de Deus. Deus é um comunicador por
excelência.
Na criação, Deus falou e tudo se fez. “E disse Deus: Haja... e houve.” “Pela Palavra do Senhor foram feitos
os céus, e todo o exército deles pelo espírito da sua boca”, “Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apa-
receu” (Gên. 1: 3; Sal. 33: 6 e 9). Os atos criativos de Deus foram expressos com palavras, através de uma comuni-
cação perfeita, sem ruídos, verdadeira e poderosa. As palavras de Deus são a expressão idêntica de Seu caráter,
por isso Ele fala e há.
A comunicação no Éden era perfeita e Deus falava cara a cara com Seus filhos. Porém, após a entrada do
pecado, essa comunicação tornou-se impossível. “Mas as vossas iniquidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça” (Isa. 59:2). O pecado é o maior
“ruído” de comunicação de que se tem notícia. O ser humano desde a queda no Éden tem que pagar o preço da
desobediência, que é a morte, e como consequência de seu ato, as possibilidades de voltar a se relacionar com
Deus de forma direta terminaram.
Deus em sua infinita sabedoria e amor, estabeleceu um plano para o resgate e redenção da raça caída: “e
porei inimizade entre ti e a mulher, esta te ferirá a cabeça e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gên. 3:15).
Esse plano deveria ser conhecido pelo ser humano, mas como o pecado continua sendo uma barreira de se-
paração entre a comunicação de Deus com o homem, Deus buscou formas de revelar o Seu plano e de Se revelar.
18 | Pontes de Esperança
“Havendo Deus antigamente falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, a nós
falou-nos nestes últimos dias pelo Filho” (Hb 1:1)
O plano da Salvação envolveu os mais significativos elementos da comunicação. Deus Se comunicou de
muitas maneiras, muitas vezes e por diferentes meios. Seu objetivo foi alcançar os pais no passado, e agora quer
nos alcançar utilizando a maior mídia de que já se teve notícia: a Palavra encarnada. Portanto, Deus falou, criou,
escreveu, utilizou-se de rituais e símbolos, habitou entre Seu povo e por fim se encarnou. Para a comunicação de
Deus ser eficaz e compreensível a nós, seres imperfeitos, ela exigiu a maior e a mais incompreensível entrega: seu
Filho. Esse gesto provou que para a comunicação ser eficaz deve haver, além de palavras, relacionamento e envol-
vimento.
“Mas, agora, em Cristo Jesus, vós, que antes estáveis longe, fostes aproximados pelo sangue de Cristo. ...e,
tendo derribado a parede da separação que estava no meio, a inimizade, ...e reconciliasse ambos em um só corpo
com Deus, por intermédio da cruz, destruindo por ela a inimizade” (Ef 2:13-16). Através de Jesus Cristo podemos
nos dirigir a Deus. Está restaurado o canal de ligação, está destruída a parede de separação entre nós e Deus. Jesus
é o meio, (a mídia, o canal, o veículo) pelo qual podemos nos comunicar com o Pai.
Comunicar é produzir respostas. E foi desta exata maneira que Deus estabeleceu Suas metas. “A palavra
que sair da minha boca, não voltará para mim vazia” (Is 55:11). A comunicação de Deus não falha.
No plano original, o povo escolhido tinha uma missão: tornar o caráter do Deus verdadeiro conhecido a
todo o mundo através das palavras e da vida da nação, mas devido ao orgulho nacional por ser um povo escolhido
e especial, essa missão falhou. Deixaram de comunicar as boas novas ao mundo. Deus enviou seu Filho, “veio para
o que era Seu, mas os Seus não O receberam” (Jo 1:11). Essa missão ainda é a mesma até hoje.
A morte de Jesus é a mensagem que o mundo precisa. A Igreja nasceu na cruz. A missão dos seguidores de
Jesus se confunde com a missão da Igreja: levar a mensagem ao mundo. “E este evangelho (boas novas) do reino
será pregado em todo o mundo, em testemunho a todas as gentes, então virá o fim” (Mt 24:14).
O fim está relacionado com a pregação, que é um ato de comunicação. A finalidade da Igreja é facilitar,
promover, fomentar e criar condições para que esse objetivo seja atingido. Todas as pessoas que foram batizadas
estão na Igreja como missionários e são, portanto comunicadores ativos da mensagem.
Como sabemos, os seguidores de Jesus são portadores de diferentes dons, mas todos cooperam para um
mesmo fim: promover e facilitar a pregação.
A comunicação e a Igreja Adventista | 19
A comunicação e a missão “E disse-lhes (Jesus): Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura” (Mc 16:15).
A comunicação é o elemento básico da pregação da mensagem. Sem ela, a missão confiada aos ho-
mens estará comprometida uma vez que lidarão com ideias e com a necessidade de expressá-las a um número
maior de ouvintes. A clareza da exposição dessas ideias dependerá do domínio das técnicas da comunicação,
bem como da correta utilização dos princípios que a regem. Essa comunicação deve ser efetivada com e sem
palavras, ou seja, pela pregação e pelo testemunho.
O crescente número de rádios e canais de TV que estão à disposição da Igreja é outro elemento que enfati-
za esta necessidade. O despertamento ressaltou a necessidade de se levar o evangelho às pessoas com a utilização
dos mesmos, bem como de se fazer um acompanhamento do trabalho envolvido. “Todos quantos estejam relacio-
nados com a obra devem manter ideias novas” (Evangelismo, p. 178).
Em virtude de estarmos vivendo a era da informática e da eletrônica, torna-se imprescindível um contato
com estes elementos para que haja uma contextualização de nossos métodos, tornando-os compatíveis com as exi-
gências desse tempo. “Deus deseja que sigamos métodos novos, ainda não experimentados” (Evangelismo, p. 125).
Entretanto, a comunicação que objetiva levar uma mensagem que transforme a vida das pessoas não se
faz através de um processo meramente técnico, mas primordialmente espiritual.
A linguagem deve carregar os sentimentos e a verdade – que é Jesus. Essa linguagem, além de ser suave
e simples, deve conter em sua delicadeza uma força tal que fertilize a mente, o coração e transforme a vida. Essa
comunicação não é a responsabilidade de qualquer tipo de linguagem, mas é o privilégio de quem se propõe a pre-
gar aquilo que vive: Jesus. Acima de tudo, a comunicação dentro do ministério prova que você não comunica o que
você quer, você comunica, primeiramente, o que você é. Para tanto é preciso se entregar cada vez mais ao Espírito
Santo para ser usado por Ele.
“Mas o professor da verdade sagrada só poderá comunicar aquilo que ele conhece por experiência própria.
‘O semeador semeia sua semente.’ Cristo ensinava a verdade, porque Ele era a verdade. Seu pensar, Seu caráter,
Sua experiência da vida eram incorporados em Seus ensinos. Assim também é com Seus servos; os que querem
ensinar a Palavra de Deus precisam apropriar-se dela pela experiência pessoal” (Parábolas de Jesus, p. 43).
20 | Pontes de Esperança
A Igreja e o Departamento de Comunicação A Igreja Adventista, obedecendo a ordem de Jesus e consciente da necessidade de ir e pregar o evangelho
a todo o mundo, tem também como missão atrair as pessoas ao batismo, tornando-as discípulas a fim de que tam-
bém preguem o evangelho. Para tanto, tem desenvolvido um programa de comunicação para maximizar os efeitos
da pregação e atrair um grupo cada vez maior de pessoas aos pés de Cristo.
“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito
Santo” (Mt 28:19).
Com esse objetivo em mente foi criado o Departamento de Comunicação nas igrejas onde pessoas capa-
citadas, acadêmica, cultural e espiritualmente utilizarão meios modernos de comunicação de massa para adminis-
trar pessoas, unificar os pensamentos, ideais, propósitos, atitudes e ações da igreja, além de promover o relaciona-
mento saudável entre igreja e comunidade, para que de todas as formas o evangelho possa ser pregado e corações
alcançados.
BibliografiaBÍBLIA SAGRADA
BLIKSTEIN, Izidoro. Técnicas de Comunicação Escrita, 22ª. Edição, Ática, São Paulo 2006
HYBELS, Sandra. WEAVER II, Richard. Communicating Effectively, McGraw-Hill, Inc. New York, 1995.
MANUAL DA IGREJA, 20ª. Edição, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2006
SMITH, Donald K, Creating Understanding, Zondervan Publishing House,
Grand Rapids, Michigan, USA, 1997
WHITE, Ellen G. Evangelismo, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
WHITE, Ellen G. Atos dos Apóstolos, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
WHITE, Ellen G. Parábolas de Jesus, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
WHITE, Ellen G. Patriarcas e Profetas, Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 1999
O Departamento de Comunicação na
Igreja Adventista
22 | Pontes de Esperança
A Igreja Adventista do Sétimo Dia é reconhecida mundialmente por sua organização. A descentralização
das decisões incentivando o trabalho da igreja local, caminha lado a lado com as definições de projetos e políticas
conduzidas pela Associação Geral, pelas Divisões, Uniões, Associações e Missões.
A Associação Geral, sede mundial da Igreja Adventista do Sétimo Dia, localizada em Silver Springs, no es-
tado de Maryland nos Estados Unidos, é responsável por coordenar os projetos de alcance mundial, assim como
discutir e atualizar os procedimentos internos da Igreja que devam ser adotados pelas igrejas em todo o mundo. Lá
também existe um Departamento de Comunicação que cuida das políticas e orientações gerais que serão seguidas
pelos Departamentos de Comunicação de todo o mundo.
Na sequência, temos as Divisões, que são extensões da Associação Geral, reunindo regionalmente alguns
países com características similares. A Divisão Sul-Americana coordena os trabalhos em oito países: Argentina,
Bolívia, Brasil, Chile, Equador, Paraguai, Peru, e Uruguai. O trabalho da Divisão passa por adaptar às realidades
continentais as políticas mundiais propostas pela Associação Geral, além de propor as estratégias locais para os
grandes desafios mundiais de crescimento e condução da Igreja. O Departamento de Comunicação da Divisão Sul-
-Americana age dessa forma. O guia que o leitor tem em mãos é um exemplo desse trabalho.
As Uniões, blocos administrativos dentro das Divisões, estão responsáveis pela coordenação dos trabalhos em Es-
tados ou Países. O Departamento de Comunicação da União trabalha na replicação das políticas já adaptadas pela Divisão.
Na sequência, em contato direto com as igrejas locais, trabalham as Associações e Missões, escritórios ad-
ministrativos que têm por objetivo suprir as igrejas a sua volta de mão-de-obra especializada e materiais. Também
é o escritório de referência para resolução de problemas locais, o ponto de contato dos oficiais da igreja com todo o
sistema administrativo denominacional.
Na posição mais nobre de toda a cadeia de atividades está a igreja local e seus departamentos, que têm a
oportunidade do contato direto com os membros e com as pessoas que precisam receber a mensagem do advento.
O Departamento de Comunicação da igreja local e por extensão seus oficiais - o Diretor de Comunicação e
sua equipe de trabalho- são a ponta mais importante de todas as atividades de comunicação da Igreja Adventista.
Todas as coordenadas gerais para a Igreja Adventista no mundo, planejadas em Silver Spring, EUA, e adap-
tadas na Divisão Sul-Americana, têm sua aplicação em cada igreja local até, por exemplo, Puerto Williams, a loca-
lidade mais ao sul de nosso território, situada a 1.090km da Antártica.
De Silver Spring a Puerto Williams
O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 23
Todo o planejamento culmina no trabalho de cada pessoa da equipe de comunicação. Cada projeto inter-
nacional passa, no final das contas, pelas mãos dos responsáveis pelo boletim, pelo mural da igreja, pelos folhetos
de sábado à tarde. Por isso é tão importante que o Departamento de Comunicação da igreja local esteja bem pre-
parado e alinhado com os Departamentos de Comunicação do campo.
Associação GeralDivisão Sul-Americana
União
Associação/Missão
Igreja
24 | Pontes de Esperança
Funções do Departamento de Comunicação da igreja local
As atividades desenvolvidas pelo Departamento de Comunicação são de grande relevância para o bom an-
damento da Igreja. Abaixo listamos as principais atividades que estão sob a responsabilidade da equipe da
Comunicação:
■ Participar na Comissão da Igreja com seu representante, o Diretor de Comunicação.
■ Manter-se em contato direto com o pastor distrital e planejar o trabalho com os
dirigentes da Igreja.
■ Desenvolver todos os materiais de comunicação de uso interno da igreja, como o boletim, mural, momen-
tos dos anúncios, jornal comunitário, folhetos, pôsteres, painéis, vídeos e site da igreja.
■ Desenvolver materiais promocionais de eventos e programações especiais da igreja, tais como car-
tazes e anúncios para os meios de comunicação locais: rádio, jornais, TV e internet.
■ Relatar as atividades da igreja local de interesse comunitário para os meios de comunicação locais:
rádio, jornais, TV e internet.
■ Manter o Diretor de Comunicação da Associação/Missão informado com as notícias de destaque da
igreja local.
■ Apoiar os departamentos da igreja no desenvolvimento de materiais publicitários para divulgação das res-
pectivas atividades e, depois disso, fazer notícia divulgando a realização.
■ Atender - quando necessário e na impossibilidade da Associação local ou do pastor distrital - a imprensa e
comunidade na explanação de projetos, acontecimentos e eventos da igreja local.
■ Coordenar a distribuição de materiais de campanhas realizadas pela Associação/Missão, União ou Divisão.
■ Responder os relatórios das atividades de comunicação da igreja local para a Associação local.
■ Promover os órgãos de comunicação da Igreja Adventista:
1. Portal oficial para a Igreja Adventista na América do Sul:
www.portaladventista.org e a ASN (Agência Sul Americana de Notícias);
O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 25
2. Rede Novo Tempo de Comunicação, e todo o seu complexo de programas de TV e Rádio em por-
tuguês e espanhol; a escola bíblica, sites missionários como www.esperanca.com.br em portu-
guês e www.esperanzaweb.com em espanhol; ministérios Voz da Profecia e Está Escrito;
3. Programas televisivos ou radiofônicos que utilizam outros veículos de comunicação.
4. As editoras: CPB- Casa Publicadora Brasileira e ACES (Asociación Casa Editora Sudamericana – Ar-
gentina), bem como seus livros, revistas e periódicos;
5. Promover as instituições mantidas e administradas pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, tais como
as instituições de ensino elementar e secundário, universidades, inclusive seus cursos de ensino
superior em Jornalismo e Propaganda; instituições de saúde, hospitais, clínicas de vida saudável e
fábricas de alimentos.
É imprescindível que as ações do Departamento de Comunicação da Igreja local não entrem em conflito
com as atividades propostas para toda a Divisão Sul-Americana, Uniões e Associações/Missões.
Logicamente muitas das atividades, como por exemplo, boletins, são internas, e não dependem de autori-
zação ou orientação adicional para ser desenvolvidas. No entanto, outras fazem parte de programas que só terão
sucesso se todas as igrejas se envolverem da mesma forma, ao mesmo tempo.
Para saber quais materiais e programas estão sendo promovidos mundialmente, consulte o Departamento
de Comunicação da Associação ou Missão local quando você for desenvolver o planejamento do seu departamento.
Para mais informações, acesse:
• www.portaladventista.org, site da Divisão Sul-Americana
• www.eunopac.com, site Curso de Capacitação em Comunicação.
• www.novotempo.org.br, site da Rede Novo Tempo de Rádio e TV
• www.nuevotiempo.org, site da Rede Nuevo Tiempo de Rádio e TV
• www.cpb.com.br, site da Casa Publicadora Brasileira
• www.aces.com.ar, site da Asociación Casa Editora Sudamericana
• www.unasp.edu.br, site do Centro Universitário Adventista de São Paulo, Brasil
• www.uapar.edu, site da Universidad Adventista del Plata, Argentina
• www.upeu.edu.pe, site da Universidad Peruana Unión, Peru
26 | Pontes de Esperança
Extrato do Manual da IgrejaPág. 90-91
Comunicação O Ministério de Comunicação demanda o apoio de cada membro leigo, cada obreiro da igreja e cada insti-
tuição denominacional. O Departamento de Comunicação promove o uso de um consistente programa de relações
públicas e de todas as modernas técnicas de comunicação, tecnologias sustentáveis e mídia na propagação do evan-
gelho. A igreja deve eleger um secretário de comunicação e, quando necessário, uma comissão de comunicação.
“Precisamos empregar todo meio razoável de levar a luz ao povo. Que a impressora seja usada, e que se utili-
zem todos os meios de publicidade para chamar a atenção quanto ao trabalho” (Testemunhos Para a Igreja, v.6, p.36).
“Serão elaborados meios para alcançar os corações. Alguns dos métodos usados nesta obra serão diferen-
tes dos que foram usados no passado” (Evangelismo, p. 105).
Diretor de Comunicação O diretor de comunicação deve ter habilidade para se relacionar bem com as pessoas e representar digna-
mente a igreja; bom-senso, boa organização, eficiência para redigir e disposição para cumprir os compromissos.
Ele reúne e divulga notícias na mídia local, coopera com o diretor de comunicação da Associação e apre-
senta relatórios periódicos à reunião administrativa da igreja. O diretor do Departamento de Comunicação da
Associação provê orientação e ajuda adequadas para os diretores de comunicação das igrejas.
O pastor, que é o principal responsável pelo programa de comunicação da igreja, trabalhará em estreita
ligação, como conselheiro, com o diretor e com a Comissão de Comunicação.
Qualquer departamento ou organização da igreja pode designar um individuo para fornecer informações
sobre as principais atividades de seu departamento ao diretor de Comunicação ou à Comissão de Comunicação.
Comissão de Comunicação Em igrejas grandes, uma comissão de comunicação poderá lidar mais adequadamente com muitas facetas
do programa de relações públicas e de comunicação. A igreja elege essa comissão e o diretor de comunicação atua
como seu presidente. Os membros da comissão podem receber atribuições especificas na área da comunicação,
O Departamento de Comunicação na Igreja Adventista | 27
tais como: lidar com a imprensa, com produtores de mídia e de internet e com a mídia interna da igreja. Se
houver uma instituição da igreja, na área, um membro de Relações Públicas ou do pessoal de comunicação
dessa instituição deve ser convidado a participar da comissão.
Comissão Central de Comunicação Se várias igrejas numa área decidem estabelecer uma comissão central de comunicação, o diretor
de comunicação de cada igreja deve ser membro e deve trabalhar em harmonia com qualquer plano geral
que coordene adequadamente o manuseio das notícias e as outras atividades das igrejas envolvidas. A
organização dessa comissão central serão convocadas e presididas por alguém escolhido pelo grupo.
Padrão de identidade visual da Igreja Adventista
30 | Pontes de Esperança
Constantemente somos bombardeados com imagens chamando nossa atenção. Como uma igreja, é cada
vez maior a necessidade de tornar distinta nossa mensagem entre o povo.
A solução não é gritar mais alto, mas comunicar eficientemente com uma “voz” forte e unificada. Quando
todas as entidades de nossa Igreja apresentar em a mesma identidade visual, nossa “voz” terá muito mais visibi-
lidade e impacto, além de ser mais rapidamente reconhecida. Como resultado, a proclamação de nossa mensagem
será mais eficiente.
Essa é a razão pela qual o logotipo da Igreja Adventista do Sétimo Dia foi criado. Ele foi desenhado para ser
facilmente identificado, e se tornar rapidamente familiar para qualquer um que entrar em contato com as várias
entidades da Igreja. Contudo, simplesmente possuir um logotipo não é suficiente.
O uso somente esporádico e interpretações diferentes do desenho poderiam causar confusão e trazer mais
prejuízos do que benefícios. Para ser eficaz, o logotipo precisa ser usado sempre dentro dos parâmetros oficiais.
Esses parâmetros foram concebidos cuidadosamente para prover um sistema de identificação visual eficiente e
unificado.
O logotipo é composto de duas partes: a parte escrita, que são as palavras “Igreja Adventista do Sétimo
Dia”, e o símbolo gráfico.
Explicação do símbolo gráfico A parte mais fácil de ser identificada no logotipo é o símbolo gráfico. Com o uso consistente e
continuado, o símbolo pode por si próprio, tornar-se sinônimo do nome Adventista do Sétimo Dia.
O símbolo foi desenhado para ser mais do que uma coleção de referências simbólicas. O desenho,
como um todo, pretende refletir o espírito e o caráter de nossa dinâmica e crescente Igreja.
Contudo, os elementos individuais que forma a base do desenho foram selecionados cuidadosamente para
representar as crenças e a missão da Igreja.
Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 31
Cores oficiais Essa versão em três cores (GC Green para a Bíblia, GC Gold para a chama e GC Gray para a
parte escrita) é a versão oficial de combinação de cores. Essas cores devem se aproximar o máxi-
mo possível, não importa qual o material ou meio que forem aplicados.
É permitido reproduzir o símbolo nas cores naturais de materiais como bronze, pedra,
vidro ou madeira para as placas ou para uso decorativo.
As linhas no topo do desenho sugerem um contínuo movimento para cima, simbolizando a ressurreição e a ascenção de Jesus Cristo, bem como a sua segunda vinda, o principal foco de nossa esperança.
A Bíblia abertaA Bíblia forma a base do desenho e representa o fundamento bíblico de nossas crenças. Está retratada numa posição completamente aberta, sugerindo a total aceitação da palavra de Deus.
A CruzO símbolo da cruz, representa o evangelho da salvação, está posicionado no centro do desenho para enfatizar o sacrifício de Cristo, que é o tema central de nossa fé. É também significativo que a Bíblia, representando a lei, e a chama, representando o Espírito, apareçam junto na cruz.
GC GreenPantone 5477 ou60% cyan0% magenta30% yellow72% black
GC GoldPantone 1245 ou0% cyan27% magenta100% yellow18% black
GC GrayPantone 402 ou0% cyan6% magenta15% yellow34% black
A chamaEssa forma é feita de três linhas em volta do círculo, na esfera implícita. As linhas representam os três anjos, de Apocalipse 14 circulando o globo, e a nossa missão de levar o evangelho ao mundo inteiro. A chama por inteiro representa simbolicamente o Espírito Santo.
32 | Pontes de Esperança
Fundos O fundo claro neutro é o melhor para o logotipo. Nunca aplique o logotipo colorido sobre um fundo co-
lorido. Quando um fundo colorido for inevitável, o logotipo deve ser de uma cor sólida para que haja contraste
suficiente para assegurar uma boa legibilidade.
Configuração preferencial para fachadas de igrejas Para identificar a igreja é possível a aplicação de um letreiro metálico na fachada da igreja ou em um muro
ou mureta especialmente preparados para isso.
Existem kits de aplicação prontos, fáceis de instalar, de custo baixo e seguramente dentro do padrão. Con-
sulte a Associação/Missão sobre esses kits de instalação.
Não encomende a reprodução do letreiro em serralherias ou artesãos que não tenham os moldes forneci-
dos pela Associação/Missão para essa finalidade, pois os letreiros poderão sair do padrão.
O guia dos “Padrões de Identificação Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia” está disponível no De-
partamento de Comunicação da Associação/Missão ou no site www.portaladventista.org/comunicacao. Siga-o
estritamente, pois assim estão fazendo todas as outras igrejas, e instituições ao redor do mundo, garantindo seu
significado em toda língua, tribo, raça e nação, simbolizando nossa mensagem distintiva e de esperança.
Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 33
Fachada TV Novo Tempo
Fachada de igreja
O Departamento de Comunicação da Divisão
Sul-Americana tem estimulado aos diretores de comu-
nicação a se empenharem na identificação da igreja
com a logomarca oficial da Igreja Adventista do Sétimo
Dia. Um passo além é que cada fachada de nossas igre-
jas seja colocado a logomarca padrão da Novo Tempo
com o número do canal da TV Novo Tempo local, o dial
da emissora de Rádio Novo Tempo local, o canal Sky e
o site novotempo.com. Ou seja, o objetivo é que cada
igreja se identifique, também, com uma congregação
que está ligada à Rede Novo Tempo de Comunicação.
34 | Pontes de Esperança
Cuidados com o logotipo da Igreja ■ Não mude as proporções ou posição dos elementos do logotipo.
■ Não use apenas partes dele, como efeito decorativo, por exemplo, a chama. Quando utilizar o logotipo,
use-o completo.
■ Nunca mude o tipo das letras usadas para escrever “Igreja Adventista do Sétimo Dia” (o correto é o uso da
fonte Goudy Old Style).
■ Não abrevie para “IASD” no logotipo.
■ Não mude as cores do logotipo, mesmo que por cores parecidas.
■ Sempre que usar o logotipo, deixe um espaço livre em volta dela sem quaisquer elementos visuais. Esse
espaço deve ter, no mínimo, a mesma medida da altura do “S” de “Sétimo Dia” deve circundar o logotipo em
todos os lados.
Padrão de identidade visual da Igreja Adventista | 35
Outros Logotipos Além da logotipo da Igreja Adventista do Sétimo Dia usado para representar a igreja como um todo, exis-
tem alguns departamentos com logotipos específicos, como é o caso dos Desbravadores, Aventureiros, Ministério
Pessoal, Escola Sabatina, ADRA, Ministério da Mordomia Cristã, Ministério da Família, Jovens Adventistas, Ministé-
rio de Publicações, Rede Adventista de Educação e Rede Adventista de Saúde, entre outros. De preferência esses
outros logos devem ser usados em conjunto com o da Igreja.
Essas logotipos devem ser utilizados somente em materiais específicos e seguindo as orientações também
de cada departamento.
A Associação local está apta a fornecer as informações necessárias sobre o uso de cada logotipo e algumas
possuem seus próprios manuais de utilização, como no caso dos Desbravadores, por exemplo.
Sempre siga as orientações de cada departamento e evite a utilização de logotipos sem prévio conheci-
mento de suas políticas de uso.
Para ter os arquivos digitais dessas logotipos acesse o portal de internet da Divisão Sul- Americana em
www.portaladventista.org e escolha o link “Logos Adventistas”.
Comunicação interna
38 | Pontes de Esperança
Introdução a Comunicação Interna O Departamento de Comunicação da igreja local possui uma série de incumbências e responsabilidades
diferentes, mas que mantêm uma mesma essência: SERVIR. Isso porque o departamento em si, salvo em casos de
treinamentos próprios da área, desenvolve materiais de comunicação anunciando ou informando atividades de
outros departamentos como Ministério Pessoal, Desbravadores, ADRA, Ministério das Crianças, entre outros, em
geral para a própria comunidade de membros. Portanto, a primeira esfera de atuação do Departamento de Comu-
nicação é igreja à qual pertence, e o primeiro público, antes de se pensar em comunicação externa ou mídia, é a
própria igreja também.
Informar corretamente e motivar através das mensagens desenvolvidas é um dos passos para o sucesso
das atividades de outros departamentos. Dessa forma, o sucesso da atuação do Departamento de Comunicação
está diretamente ligado ao sucesso da atuação dos demais departamentos da igreja.
Nesse capítulo vamos explorar como o Departamento de Comunicação deve atuar dentro da própria igreja
apoiando os demais departamentos e cumprindo seu papel fundamental de manter os membros informados.
Apoio a outros departamentos Como vimos, o Departamento de Comunicação deve apoiar as atividades dos outros departamentos da
igreja através de anúncios, informativos e motivacionais.
O primeiro passo para desenvolver bem esse trabalho é o seguinte:
Isso é conseguido através de reuniões com os líderes de cada departamento. Se a sua igreja segue a re-
comendação da Associação/Missão local, cada departamento deve ter, após a escolha dos respectivos líderes no
início de cada ano, um calendário de atividades planejadas para o ano todo, considerando as datas especiais, ati-
vidades externas e campanhas. Tenha uma cópia de cada um desses planejamentos de datas e una-os todos em
uma única planilha ou mapa. Você então terá uma visão completa de todas as atividades da igreja no período de
Tenha um calendário geral com todas as atividades programadas de
todos os departamentos da sua igreja
Comunicação interna | 39
um ano. Além disso, apesar de não ser a função principal do Departamento de Comunicação, você será o primeiro
a conseguir detectar conflitos de datas e programações, podendo ajudar de forma mais decisiva na organização do
calendário da igreja.
O passo seguinte é:
As atividades que apenas requeiram que os membros sejam informados da sua existência, como reuniões
de departamentos, cultos, programas em rádio ou TV, etc., devem ser classificados como INFORMAR, e serão alvo
de sua preocupação apenas para incluí-los em boletins, murais de aviso ou roteiros de anúncios nas datas apropria-
das. São as atividades que dão menos trabalho isoladamente, mas compõem o maior volume de atividade na igreja.
É necessário cuidado constante com as datas, horários e locais, que sempre devem ser informados corretamente.
Esse certamente é um trabalho para todas as semanas.
As atividades da igreja local que requeiram desenvolvimento de materiais próprios como cartazes, bole-
tins especiais ou convites, devem ser indicadas como DESENVOLVER. Isso pode acontecer durante as Semanas de
Oração, Semanas de Saúde, Semana da Família, Séries Evangelísticas, etc. Para esses casos os materiais precisam
ser desenvolvidos com antecedência e geram mais trabalho. Não entanto são mais raros. Note que além de “desen-
volver materiais”, essas atividades precisam ser anunciadas oportunamente, e, nesse caso, também devem levar a
anotação de INFORMAR.
Finalmente, as atividades que ocorrerão na igreja, mas que serão organizadas pelo campo local, Associa-
ção/Missão ou pela União, muitas vezes tem materiais próprios para divulgação e entrega como apostilas, revistas,
folhetos promocionais ou lições prontas que devem ser utilizadas. São materiais, portanto que devem ser RECEBI-
DOS e não precisam ser desenvolvidos. Ao contrário, deve-se evitar a criação de materiais adicionais ou paralelos
aos materiais indicados pelo Campo (ver capítulo sobre o Departamento de Comunicação e a Igreja Adventista).
Lembre-se que, assim como as atividades classificadas como DESENVOLVER, as atividades classificadas
como RECEBIDAS precisam ser anunciadas oportunamente, e, então, também devem levar a anotação de INFOR-
MAR.
Classifique cada atividade como INFORMAR,
DESENVOLVER ou RECEBER
40 | Pontes de Esperança
Com esse mapa em mãos, você deve então dar o terceiro passo:
Isso é muito importante, pois cada departamento estará preocupado com o desenrolar das suas atividades
e não é raro esquecerem-se de avisar o Departamento de Comunicação com a devida antecedência. Crie, então,
uma carta, nominal a cada líder de departamento, contendo os seguintes dados:
■ Data e hora limite para envio de anúncios para o boletim ou para os anúncios de púlpito.
■ Antecedência necessária (em dias) para o desenvolvimento de cartazes e boletins para atividades dos de-
partamentos.
■ Materiais necessários para o desenvolvimento de cartazes e boletins para atividades dos departamentos
(como nomes, músicas, datas, imagens, títulos).
■ Quem deve ser procurado para cada departamento “encomendar” os materiais dos quais precisa (nome,
telefone, e-mail, endereço).
■ Quais materiais podem ser desenvolvidos (cartazes, boletins, filmes, comerciais, etc.) e quais não podem
ser (por questões técnicas, de custo ou disponibilidade de espaço).
■ Qual a forma de gerenciamento de custos de cada material (quem paga, como paga e para quem paga).
Atenção: não se esqueça que a produção de materiais, sobretudo impressos, tem custo, por vezes alto.
Sempre combine, antes do início do desenvolvimento dos mesmos quanto vai custar à produção e quem vai pagar
(se o departamento que pede, com sua verba, ou se será doação, etc.). Muitas vezes os departamentos solicitam
materiais e os esperam prontos esquecendo-se de que precisam ser pagos. O custo, então, fica a cargo do Depar-
tamento de Comunicação ou precisa ser pago com uma saída de caixa da igreja, o que sempre é ruim quando não
programado com antecedência.
Regras para INFORMAÇÃO, DESENVOLVIMENTO e
RECEBIMENTO de materiais
Comunicação interna | 41
Finalmente, o último passo na organização do relacionamento com os demais departamentos é:
Isso vai fazer com que você saiba quando, e principalmente, o quê precisa ser desenvolvido e com qual con-
teúdo. Esperar que cada departamento defina sozinho o que desenvolver e apenas “encomendar” com o Depar-
tamento de Comunicação pode fazer com que materiais bem eficientes sejam esquecidos e outros, mais comuns,
porém menos eficientes, sejam os únicos lembrados, visto que os participantes dos demais departamentos não
necessariamente têm experiência para pensar em materiais de comunicação.
Participar de todas as reuniões pode ser exaustivo e, às vezes, impossível, se ocorrer mais de uma ao
mesmo tempo. Por isso, é importante acompanhar as atas para se ter ideia do objetivo de cada atividade e, assim,
propor, entre outras sugestões, opções de materiais de comunicação.
Cadastro e pesquisa de membros Uma das primeiras regras de trabalho do bom comunicador é saber com quem está se comunicando, e isso
inclui: Quem; como e quantos são!
Não raro os comunicadores da igreja não têm noção da quantidade de membros assíduos da mesma. Isso
impede que se planeje com cuidado, por exemplo, a quantidade de materiais a serem produzidos impactando em
custos e na eficiência da comunicação. Algumas orientações importantes para isso são:
É possível que a secretaria da igreja tenha uma relação oficial do número de membros da sua igreja, mas
nem sempre esse número reflete a realidade do tamanho do público com o qual nos relacionamos. Primeiro, por-
que os registros contam apenas os membros batizados. Segundo, porque não contam os frequentadores assíduos,
mas que não são batizados ou que possuem seus registros de membro em outras igrejas.
Envolver-se com os outros Departamentos, participando das
reuniões de definição de atividades de cada um deles ou
pelo menos, ter acesso à ata de reunião.
Faça um censo (contagem) de membros da igreja
42 | Pontes de Esperança
Para se ter um número mais realista, por três semanas consecutivas designe um membro de sua equipe,
ou faça você mesmo, uma contagem de todas as pessoas que frequentam cada reunião ou culto, em cada classe,
incluindo os departamentos infantis. Com essa metodologia simples você descobre qual o volume de membros que
frequenta cada reunião, e, assim, poderá desenvolver o material correto, na quantidade correta para cada ocasião.
Agora que você sabe quantos são, é importante que você saiba o que pensam os membros da igreja.
Esse é o período de tempo ideal para uma pesquisa na igreja, pois é tempo suficiente para tentar efetuar
mudanças em pontos indicados por pesquisas anteriores (a menos que seja a primeira) e avaliar novamente se
houve mudança na opinião.
A pesquisa deve ser feita por escrito com todos os membros da igreja, incluindo crianças, a quem podem
ser feitas perguntas, anotando-se as respostas.
Uma vez anotadas todas as respostas possíveis, a contagem de todas elas deve ser feita (chamada de tabu-
lação) e posteriormente a leitura das informações e análise.
A análise dos dados normalmente é um processo que requer experiência e sensibilidade, assim como a
forma de apresentar os resultados. Sempre que possível peça a ajuda de alguém que já tenha participado desse
processo.
Os cursos de comunicação nas faculdades adventistas como o Centro Universitário Adventista de São Pau-
lo - Campus Engenheiro Coelho, no Brasil, na Universidad Adventista del Plata na Argentina e Universidad Peruana
Unión, no Peru, podem ser facilmente contatados e dispõem de profissionais e alunos capacitados que podem
ajudar nessa tarefa, sem necessidade de estarem presentes durante todo o processo.
NOTA: A Secretaria da igreja tem um programa fornecido pela Associação/Missão, onde poderão ser
cadastradas todas as pessoas que frequentam a igreja: interessados, membros que ainda não solicitaram a
carta de transferência, etc.
Visite o site www.portaladventista.org/comunicacao; para amostras de pesquisa de opinião
Faça uma pesquisa de opinião ao menos uma vez a cada três anos
Comunicação interna | 43
Finalmente, você também pode criar uma ficha de cadastro para uso do departamento de Comunicação, para
ser preenchida por todos os frequentadores, que sejam membros da igreja ou não, batizado ou não, crianças ou adultos,
bastando que a frequência seja assídua. Nessa ficha podem constar:
Você pode também acrescentar outros dados, mas com esses já é possível acompanhar e informar aniver-
sários, enviar correspondências por famílias, convocar membros específicos para reuniões e programações, etc.
- Nome- Endereço completo- Data de nascimento- E-mail
- Telefone- Nome dos pais- Nome dos filhos
- Profissão- Local de trabalho/estudo- Data de batismo
Igreja Adventista do Sétimo Dia de ____________________PESQUISA DE OPINIÃO
Modelo de pesquisa de opinião
QUEM É VOCÊ – A pesquisa é anônima, mas se desejar, poderá se identificar no final da mesma. Ajude-nos a traçar um perfil dos membros da igreja nos contando o seu perfil. Marque com um X no quadro que melhor descreve suas características:
Sexo ( )Masculino ( )Feminino
Idade ( )10 ou menos ( )11 a 15 ( )16 a 20
( )21 a 25 ( )25 a 30 ( )31 a 40
( )41 a 50 ( )51 à 60 ( )61 a 70
( )70 ou mais
Estado Civil ( )Solteiro ( )Casado ( )Viúvo ( )Divorciado
Batizado ( )Sim ( )Não
Profissão ( )Prof. liberal ( )Empresário ( )Obreiro
( )Emp. setor privado ( )Emp. setor público
( )Aposentado ( )Dona de Casa ( )Estudante
Tempo na Igreja Adventista ( )0 a 2 anos ( )3 a 9 anos ( )10 ou mais
Tempo na igreja local ( )0 a 2 anos ( )3 a 9 anos ( )10 ou mais
Estudou em escola adventista ( )Sim, externo ( )Sim, interno ( )Não
44 | Pontes de Esperança
FAÇA AGORA SUA AUTO-AVALIAÇÃO – Marque com um X no campo que você acha representar melhor a sua postura em relação à nossa Igreja:
SUA DISPOSIÇÃO – Marque com um X o que você gostaria de fazer na Igreja e ainda não o faz.
Pregar
Cantar em coral
Cantar em solo
Cooperar em algum departamento
Outra coisa
Qual? ________________________________________
O quê? _______________________________________
( )
( )
( )
( )
( )
AVALIE SUA IGREJA – Marque com um X no campo que você acha representar melhor a realidade da nossa igreja.
Comunicação interna | 45
SUAS IDEIAS – Escreva em uma linha, no máximo, as suas ideias sobre os seguintes assuntos:
O que você mais gosta na igreja? ____________________________________________O que você menos gosta na igreja? __________________________________________O que você gostaria que existisse aqui na igreja e que não existe?____________________________________________________________________O que você gostaria de ver nos cultos, em se tratando de programação, e que você não vê?_____________________________________________________________________Em qual departamento da Igreja você gostaria de trabalhar no próximo ano?_____________________________________________________________________
Boletins e jornais internos Boletins e jornais internos servem, basicamente, para informar o grupo de frequentadores
de uma igreja. A diferença entre ambos é o tamanho: o boletim é menor, tem menos páginas e
conteúdo e é produzido semanalmente, ou para todas as programações; já o jornal interno pode
ser mensal ou bimestral, por exemplo, mas suas técnicas para desenvolvimento e produção são
similares e são indicados para o mesmo público.
Caso haja possibilidade, o boletim poder ser colocado na página web da igreja, sendo um
boletim online, que deverá ser enviado a todos os membros por e-mail. Deverá ser impresso como
apresentado a seguir.
Recente pesquisa realizada numa das maiores igrejas da Divisão Sul-Americana em núme-
ro de membros (mais de 2.500), indicou algumas percepções interessantes sobre boletins, como,
por exemplo, o que os membros mais esperam de um boletim.
1. Que esteja disponível (pode surpreender, mas o que mais incomoda as pessoas a
respeito do boletim é não estar disponível quando chegam à igreja);
2. Que seja graficamente atraente;
3. Que traga informações de interesse pessoal (lembrando que cada um tem seus
próprios interesses e afinidades);
46 | Pontes de Esperança
4. Que traga informações não conhecidas por outra fonte (boletins não devem ser repetições de
anúncios de púlpito e vice-versa);
5. Que tenha espaço para seus recados.
Um bom boletim de igreja: 1. Faz parte de um conjunto de ações do Departamento de Comunicação, que se complementam.
2. Deve obrigatoriamente trazer informações da programação referente ao momento em que ele é
entregue (essa á característica principal que o qualifica como um boletim).
3. Tem espaço para os departamentos anunciarem suas atividades e compromissos. 4. As informações contidas nele são claras, em textos curtos e objetivos, indicando “o que vai acon-tecer”, “quando vai acontecer”, “onde vai acontecer” e “quem deve participar”. Com essas informações já possí-vel que a nota cumpra seu papel. 5. É familiar sem ser repetitivo (segue um projeto visual, mas tem espaço para alterações de acordo com a necessidades de cada programação). Ex.: programação infantil, jovens, idosos, pôr-do-sol, etc.) Um boletim pode parecer um impresso simples, mas aqueles que já trabalharam na edição de um boletim de igreja sabem do trabalho envolvido. Primeiro, porque é uma atividade que envolve muitas pessoas. Segundo, porque dispõe de um prazo curto para ser executado. Terceiro, porque se repete semana após semanas, sem poder falhar. Por isso é muito importante ter um método de trabalho eficaz e bem coordenado a fim de evitar desgastes físicos e de relacionamentos na igreja, além de, é claro, garantir que ele cumpra seu papel.
Desenvolvimento e entrega de um boletim 1. Reunião de editores: diretor(a) de comunicação, secretário(a) do departamento, pastor da igreja e responsável técnico Essa reunião de editores acontece no momento da criação do boletim, e só precisa ocorrer uma vez, ou apenas quando o boletim vai mudar. Nela são definidas a linha editorial (que tipo de anúncio o boletim vai conter, quais serão evitados, quem poderá anunciar no boletim, quais as informações obrigatórias, quem será o responsá-vel pela coleta das informações, quem será o responsável pela montagem do boletim e sua impressão) e o projeto gráfico (dimensões, cores, formato, tipo de papel, tipo de impressão, quantidades).
Comunicação interna | 47
Após essa reunião o Departamento de Comunicação terá em mãos um guia próprio para o boletim que vai direcionar o trabalho de todas as semanas. 2. Criação e entrega da carta de apresentação do boletim para os departamentos Essa carta deve conter as orientações básicas sobre como cada departamento pode usar o boletim: que tipo e qual o tamanho dos anúncios, qual o prazo para envio do conteúdo, para quem devem ser enviados os anún-
cios e outros detalhes operacionais.
Ela pode ser entregue com a carta de apresentação do Departamento de Comunicação citada anteriormente.
Obs.: Os dois primeiros passos ocorrem somente uma vez. A partir do terceiro passo o trabalho acontece todas as
semanas em que vai haver distribuição do boletim.
3. Recebimento dos Conteúdos Cada interessado em anunciar no boletim, incluindo o ancião que controla as informações de programação
(pregador, horários de cultos, etc.) deve enviar os dados obrigatoriamente para uma única pessoa que atuará como
uma “central de recebimento”, acumulando todo o conteúdo para posteriormente repassá-lo para as demais fases
de trabalho.
Considerando que há muita coisa a ser feita ainda antes da entrega do boletim, a recomendação é que
o limite máximo para entrega de conteúdos seja a quarta-feira à noite, no culto de oração (culto normalmente
realizado pelas Igrejas Adventistas ao redor do mundo nesse dia da semana). É tempo suficiente tanto para quem
precisa anunciar levante as informações de que precisa, quanto para que o responsável pelo boletim possa colocá-
-lo em desenvolvimento até o final da semana.
É imprescindível que esse prazo seja obedecido. Certamente, no início dessa prática muitos anúncios fica-
rão de fora do boletim, causando alguma frustração. No entanto, a experiência tem mostrado que a manutenção
firme da ordem e organização só traz benefícios, e após algumas semanas todos os envolvidos compreendem e
adaptam-se ao fluxo de trabalho.
Tenha convicção no processo: não abra exceções a menos que seja uma indicação direta do pastor de sua
igreja, que é o coordenador de todos os departamentos. Ele tem uma visão mais generalista e certamente saberá
indicar quando realmente isso for necessário.
48 | Pontes de Esperança
4. Diagramação e montagem da arte
Após coletadas as informações, um pacote com todos os conteúdos, incluindo programações, reca-
dos e demais informações que vão constar no boletim devem ser encaminhados para o diagramador que,
usando as ferramentas que melhor se adaptarem às necessidades e disponibilidades de cada igreja, vai
“montar” o boletim para que posteriormente ele possa ser impresso.
O diagramador, então, deve passar o material para um revisor (uma cópia digital é o suficiente, caso o boletim
não seja desenvolvido em computador, deve ser feita uma cópia impressa:
O revisor vai analisar basicamente três pontos:
1. A correção ortográfico-gramatical;
2. A coerência entre os títulos e informações contidas nos anúncios (não é raro um título indicar uma data
e o texto do anúncio indicar outra, gerando conflito de informações);
3. A existência de conflitos entre anúncios diferentes (é possível também que duas reuniões, por exem-
plo, estejam sendo marcadas para a mesma hora e mesmo local, e somente no momento da revisão do
boletim é que isso seja percebido).
Após esse trabalho, o revisor indica para o diagramador se há alterações para serem efetuadas.
O diagramador, então, finaliza o trabalho preparando os originais para serem enviados para o local de im-
pressão (uma empresa de fotocópias, uma gráfica rápida, uma gráfica tradicional ou outros, quando for o caso).
Obs.: Você que tem interesse nessa etapa especificamente pode ter mais informações no capítulo sobre comuni-
cação externa na parte de orientações sobre como criar mídia impressa.
5. Impressão e cópia Após as demais etapas realizadas, o boletim deve ser entregue para impressão.
Basicamente três métodos podem ser utilizados:
1. Para pequenos grupos, de até 20 ou 25 pessoas, a impressão pode ser feita numa impressora domés-
tica, por vezes até pelo próprio diagramador. Economiza-se tempo e recursos financeiros se as impressões forem
limitadas.
2.Para grupos maiores, a impressão doméstica tem um custo muito alto e velocidade limitada. Nesse
caso, a segunda opção é entregar os originais (digitais ou já impressos) para uma fotocopiadora ou gráfica rápida,
que reproduzirá cópias do material na quantidade desejada. A velocidade de impressão é mais do que suficiente e
o custo moderado, apesar de não ser o mais barato unitariamente.
Comunicação interna | 49
3. A terceira opção, a mais econômica de todas para grandes quantidades. Imprime-se em uma gráfica
tradicional um lote grande de boletins (acima de 200 por reunião), porém apenas um lado, contendo informações
que não mudam a cada reunião, como o nome da igreja, telefones de contato, sequência da programação, ende-
reço, orientações para anúncios. Esse lote deve corresponder ao número de boletins entregues no em caso de
boletins distribuídos semanalmente), e servirá como capa.
A cada semana, então, serão entregues para a gráfica, (a mesma ou outra a critério da igreja), boletins im-
pressos em apenas um dos lados da folha de papel na quantidade necessária para distribuição na reunião seguinte.
A gráfica imprimirá os anúncios e informações no lado em branco (o miolo). Esse, como citado, é o método mais
econômico, mais prático e com melhores resultados para grandes congregações.
6. Dobragem
Depois de prontos os boletins que serão entregues, não se esqueça de que em alguns casos, especialmente
se a escolha for por impressão em gráfica rápida, os boletins virão impressos em uma folha aberta que precisará
ser dobrada antes da entrega. Antecipe-se a essa demanda combinando com um grupo de apoio a realização da
tarefa antes da reunião na qual será entregue o boletim. Pode parecer uma tarefa simples, mas dobrar 200 boletins
ou mais pode levar mais de 2 horas de dedicação total de uma pessoa realizando a tarefa sozinha.
7. Entrega Finalmente, fechando o ciclo de trabalho de um boletim, chega-se ao ponto que as pessoas indicam ser de
relevância total: a entrega.
Algumas igrejas deixam os boletins impressos sobre uma bancada ou mesa na entrada da recepção para
que cada membro retire o seu. Essa prática não é adequada, pois não há controle de quantos boletins são retirados
por cada pessoa ou família, e, via de regra, faltam exemplares para todos, causando desperdício e frustração.
A recomendação é que a equipe de recepção entregue os boletins. Além de representar uma atitude mais
agradável e simpática, oferecer o boletim ao membro ou visitante com boas-vindas calorosas ela possibilita contro-
lar o volume entregue e há uma percepção mais clara se o boletim está sendo impresso em quantidade suficiente
ou não. Para tanto a equipe de recepção deve estar presente no local da reunião pelo menos 30 minutos antes do
início da mesma, e logicamente os boletins impressos e dobrados devem estar com a equipe desde então.
50 | Pontes de Esperança
Alguns comentários A. Programações Especiais podem alterar o fluxo normal de trabalho Semanas de Oração, por exemplo, muitas vezes têm suas próprias coletâneas que servem de boletim,
ocasionando a suspensão da produção do boletim daquela semana. Avalie com antecedência a necessidade de
produção de boletins nesses casos de programações especiais que já tenham seus materiais.
Outra situação possível é a ocorrência de eventos especiais e festividades na igreja, como batismos ou
presença de oradores conhecidos, que atraem muito mais público e que demandam uma quantidade de boletins
superior a das demais semanas.
B. Serviços de cópias e gráficas geralmente não são exclusivos e nunca são inquebráveis A não ser que a igreja tenha sua própria máquina de cópias, o que não é comum, as impressões são
feitas em fornecedores que possuem outros clientes e outros trabalhos para realizar.
Considerando que a impressão de boletins geralmente é feita na sexta-feira, nunca deixe para fazê-la na
sexta à tarde, sobretudo na parte final da tarde. Considere que pode haver muito trabalho na copiadora ou gráfica
e que não seja possível imprimir o boletim antes do sábado. Ou pior, que a máquina esteja quebrada e que não seja
possível a impressão em hora nenhuma. Para evitar essas situações, programe o fluxo de trabalho para entregar o
boletim a fim de que seja impresso no máximo sexta-feira pela manhã e sempre tenha uma alternativa de fornece-
dor para casos excepcionais como os citados.
C. Quantidade de boletins a ser impressos Aqui a conta deve levar em consideração um meio-termo entre a necessidade de o boletim estar disponí-
vel a todos e não haver desperdício, que implica em perda de material e de recursos financeiros.
O limite mínimo recomendado é obtido pela soma do número de famílias da igreja com 20% desse número.
Por exemplo: se no censo realizado o número de famílias numa igreja de 300 membros foi de 80, então o limite
mínimo deverá ser de 80 mais 20% de 80, ou 16, totalizando 96 boletins. Menos do que isso existe o risco de muitas
pessoas ficarem sem acesso ao impresso.
O limite máximo seria logicamente um boletim por pessoa presente. Mas como isso é difícil de ser previsto
(e não havendo realmente necessidade de um boletim por pessoa, já que um por família, ou por casal, por exem-
plo, seria mais do que suficiente), a recomendação é que o limite superior seja 3 vezes o inferior, ou seja, o número
Comunicação interna | 51
de famílias da igreja, mais 20%, vezes 3. Normalmente esse número ainda causará algum desperdício. Então impri-
ma uma vez e vá acompanhando a distribuição, adequando o número à demanda natural pelo boletim.
D. Dicas de diagramação Como citado anteriormente, o próximo capítulo vai indicar algumas regras de diagramação e arte. Mas
algumas dicas, próprias para boletins, podem ser adiantadas:
1. Considerando que há pessoas idosas com alguma dificuldade de leitura na igreja, nunca imprima textos
com fontes de corpo menor que 10.
2. Letras claras, sobretudo brancas, em fundo escuro, sobretudo preto, apresentam bom contraste para
leitura na tela. No entanto, no momento da impressão, a tinta escura geralmente se esparrama um pouco pelo pa-
pel (fenômeno chamado tecnicamente de “ganho de ponto”) cobrindo as letras claras, em especial as “perninhas”
(serifas) e partes mais finas, dificultando a leitura. Evite.
3. Na reunião de definição editorial (o primeiro passo), defina se o boletim será colorido (mais bonito)
ou preto e branco (mais barato, tecnicamente chamado de “escala de cinza”). Após essa definição desenvolva
alguns testes de diagramação e composição de elementos (formas geométricas, sublinhados, sombras). Nor-
malmente um boletim desenvolvido em cores ao ser impresso em escala de cinza não muda apenas nas cores,
mas sua dinâmica visual também muda muito. Se for para ser impresso em escala de cinza, já o desenvolva em
escala de cinza desde o início.
4. Crie uma estrutura de diagramação fixa, que mantenha os mesmos elementos no mesmo lugar, toda
semana. Por exemplo: a programação do dia sempre no mesmo lugar, assim como os recados, a lista de aniversa-
riantes, etc. Isso facilita o trabalho da diagramação e gera a familiaridade desejada no boletim.
E. Conteúdos sugestivos para um boletim O que vai determinar quanto de conteúdo vai num boletim é o seu tamanho final. Normalmente não se
consegue inserir num boletim tudo que se imaginou no começo de seu desenvolvimento. Assim, segue a orientação
do que é obrigatório em um boletim, e algumas sugestões de informações adicionais e opcionais que podem fazer
parte do conteúdo mediante disponibilidade de espaço:
52 | Pontes de Esperança
Anúncios Públicos Uma das principais funções de um bom boletim é evitar a necessidade de anúncios públicos. No entanto,
em algumas situações, esse tipo de anúncio pode ser necessário. Problemas de impressão, semanas especiais
nas quais não tenham sido impressos boletins regulares, acontecimentos relevantes de última hora, falecimentos,
cancelamentos de anúncios que saíram errados no boletim são algumas das situações que podem ocasionar a ne-
cessidade de anúncios falados.
Além disso, algumas igrejas, por uma questão de economia, não imprimem os boletins e os anúncios são
constantes.
Quais os cuidados nesses casos? Tempo. Existe uma tendência natural de se estender o tempo pré-determinado para os anúncios. Normal-
mente, uma explicação mais detalhada de algum ponto já basta para “estourar” o tempo planejado.
Estrutura dos anúncios. A falta de uma estrutura pré-estabelecida provoca confusão e falta de clareza nos
anúncios.
Obrigatórias1. Programação do dia, incluindo nomes e sequência de acontecimentos;2. Informações dos eventos, reuniões e campanhas que ocorrerão na semana seguinte;3. Programação da semana seguinte;4. Formas de contato para anunciar no boletim;5. Horários regulares de cultos e reuniões.
Adicionais1. Lista de aniversariantes da semana seguinte;2. Recado pastoral;3. Horários de pôr-do-sol;4. Textos bíblicos;5. Quadros fixos para departamentos.
Boletins para downloads, acesse: www.portaladventista.org/comunicacao
Comunicação interna | 53
O cérebro humano tem uma dificuldade maior de guardar informações que tenham sido somente
ouvidas, e não lidas ou visualizadas. Dessa forma, mesmo com um texto pré-determinado claro, a maior
parte dos membros terá esquecido boa parte dos anúncios apenas um minuto após eles terem sido expla-
nados! Considere isso na sua avaliação de eficiência dessa forma de informação.
Mas se ainda assim eles forem necessários, siga essas seis regras: 1. Escolha uma pessoa para dar os anúncios Defina apenas uma pessoa para dar todos os anúncios. Isso dá mais ritmo e celeridade ao processo.
Essa pessoa escolhida deve saber ler bem, deve ter uma boa entonação e impostação de voz e deve ser
simpática. Desta forma, não haverá necessidade que cada líder de departamento dê seus anúncios próprios.
2. Escreva os anúncios que serão falados Escreva os recados como se eles fossem ser impressos no boletim mesmo, com os cuidados da boa reda-
ção. Em seguida, agrupe-os por assuntos e imprima-os numa página.
Oriente, então, a pessoa que vai ler os anúncios para seguir a ordem dos recados e se ater ao texto, sem
explicações adicionais ou comentários
3. Feche o roteiro de anúncios na sala pastoral, com pastor e ancião, antes de iniciarem os anúncios
Verifique se o pastor ou ancião tem algum anúncio a ser informado ainda e inclua-os no roteiro.
4. Use o momento mais apropriado Sugerimos no final da Escola Sabatina e antes do início do culto.
5. Sempre que possível, use suporte visual para os anúncios Como dito anteriormente, os anúncios apenas falados são mais difíceis de serem guardados pelos mem-
bros ouvintes. Uma prática que tem se demonstrado eficiente é a projeção das informações principais em
um telão ao mesmo tempo em que se está falando.
54 | Pontes de Esperança
Modelo de formulário para receber os anúncios antecipadamente:
Anúncios - ComunicaçãoPara que seu anúncio seja passado de maneira precisa e eficiente, você devepreencher todos os dados abaixo:
O que?________________________________________________________Quem?________________________________________________________Quando?________________________________________________________Onde?________________________________________________________Para que?________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Dê algumas razões para motivar:________________________________________________________________________________________________________________
Em quais dias anunciar:________________________________________________________
Entregue esta folha para o diretor de Comunicação até quinta-feira.
6. Evite anúncios não programados Caso não haja boletim e os anúncios sejam regulares em sua igreja, ainda assim é necessário que haja
antecedência na preparação dos mesmos, sendo confirmados com o ancião e com o pastor. Anúncios que
chegam de última hora, por vezes até depois de já iniciada a sessão de anúncios, geralmente são confusos,
mal escritos e geram mais confusão do que informação.
Comunicação interna | 55
Murais e quadros de avisos Murais e quadros de avisos são ferramentas muito úteis que agilizam a comunicação interna e, quando
bem aproveitados, são ótimos apoiadores para boletins e anúncios públicos.
Como todo material fixo, eles requerem cuidados na manutenção, tanto física quanto do conteúdo, e isso
é responsabilidade do Departamento de Comunicação da igreja.
Tipos de conteúdos 1. Programações da própria igreja São cartazes e anúncios de programas jovens, programas infantis, semanas especiais, batismos, séries de
conferências, etc.
2. Programações que vão acontecer na igreja São os cartazes que são geralmente enviados pelos departamentos da Associação/Missão (como Jovens,
Desbravadores e Aventureiros, Mordomia Cristã, Lar e Família, Saúde e Temperança), por conjuntos musicais, pelas
rádios e TV anunciando seus programas, entre outros.
3. Relatórios de departamentos da igreja Relatórios prestando contas aos membros da igreja. Normalmente são cheios de números e tabelas com-
pletamente ininteligíveis se forem faladas.
4. Atividades que possam interessar aos membros Cartazes e anúncios de cursos, escolas, promoções de produtos relacionados à igreja ou ao estilo de vida
adventista, como alimentos da Superbom, oferta de serviços dos próprios membros da igreja, convites de casa-
mento, etc.
Para uma boa eficiência de um mural ou quadro de avisos apenas uma coisa é necessária: que os membros
tenham o hábito de consultá-los. O papel do Departamento de Comunicação então é fazer com que eles sejam
agradáveis e que realmente sejam vistos com uma fonte importante de informações e não somente um depósito
de cartazes sem interesse.
56 | Pontes de Esperança
Mural Eficiente
1. Mural Tradicional Normalmente as igrejas já têm um mural para anúncios. Se não for o caso da sua igreja, construí-lo é muito simples:
■ Adquira uma prancha de madeira compensada de 1 x 2 metros, pelo menos (se houver espaço para
um mural maior, adquira uma prancha nas dimensões que julgar conveniente).
■ Forre a prancha com uma camada de cortiça e cubra com feltro, envolvendo as bordas todas e
prendendo com grampos metálicos na parte de trás da prancha (não use pregos, pois com o tempo rasgam
o feltro). Dê preferência para o feltro de cores sóbrias como azul ou verde escuro. Faça o acabamento com
molduras para quadros ou batentes de porta envernizado. Evite cores claras, pois se sujarão com facilidade no
manuseio.
■ Outro material disponível no mercado é a “placa isolante”, comprada em madeireiras, que dispen-
sa madeira e a cortiça, bastando revesti-la com feltro.
■ Escolha uma parede em frente à qual haja circulação de pessoas certificando-se que também haja
espaço para pessoas pararem para ver o mural sem impedir a circulação dos demais membros. Normalmente,
o hall da igreja tem espaço suficiente para isso.
■ Mural de Vidro: Outra sugestão é colocar somente um vidro com espaçador na parede do hall de
entrada. A manutenção é simples e de aparência agradável, sendo os anúncios fixados com fita adesiva dupla
face.
2. Cuide da manutenção do mural Use apenas alfinetes do tipo “percevejo” para prender os cartazes. Cola ou alfinetes longos estragam o
feltro, que dura muito pouco sem os devidos cuidados.
Limpe-o apenas com uma escova de carpete, sem usar produtos químicos e sempre mantenha a madeira
da moldura bem polida.
Caso haja incidentes ou vandalismo, como rasgos no feltro ou inscrições, retire imediatamente o mural e
conserte-o, sem deixá-lo exposto. É melhor passar uma semana sem o mural do que apresentá-lo vandalizado, o que
o desvalorizaria e, consequentemente, o seu conteúdo também.
Comunicação interna | 57
3. Crie áreas de interesse no mural Divida o mural em áreas de assuntos ou temas, que podem inclusive ser indicadas com o nome de cada seção.
Exemplo: Notícias da igreja em geral, ASN (Agência Sul-Americana de Notícias) e Portal Adventista, progra-
mações musicais, atas e relatórios, produtos e serviços, programas de rádio e TV, jovens, desbravadores e aventu-
reiros, etc. Isso gera uma leitura mais eficiente do mural e desperta o interesse dos membros, que sempre podem
observar, mesmo de longe. Poderá ser usado o logo de cada departamento para visualização melhor.
4. Autorize o mural O mural deve se comportar como o boletim: todos os conteúdos devem ser entregues para uma única
pessoa e somente o Departamento de Comunicação deve colocar e retirar materiais dele, com o intuito de evitar
materiais inapropriados para o ambiente da igreja ou que tomem o lugar de materiais mais importantes e que fica-
riam de fora do mural por falta de espaço.
5. Atualize o mural Sempre que chegar material para o mural, classifique-o como URGENTE, IMPORTANTE ou OPCIONAL.
Os materiais URGENTES são os que têm prazo certo para ser expostos, pois têm datas certas para acon-
tecer. Exiba-os o mais rapidamente possível, mas não se esqueça de retirá-los imediatamente após a data limite.
Materiais com data vencida desvalorizam o mural.
Os materiais IMPORTANTES são os que anunciam campanhas da igreja ou da Associação/Missão, eventos
especiais, programações de rádio e TV sem datas específicas. Desde que haja espaço, devem ser todos colocados
em suas áreas de interesse, mas não devem passar de quatro semanas de exibição, tempo médio para que termine
o interesse por eles. Retire-os após esse período para dar mais dinâmica ao mural.
Finalmente os materiais OPCIONAIS são aqueles que podem ser colocados, caso haja espaço na área a que
se destinam, como anúncios de escolas e universidades da rede adventista, oferta de serviços e produtos, etc. De-
vem seguir a mesma orientação das quatro semanas de exibição, no máximo.
6. Divulgue o mural Parece um contra senso divulgar um espaço que existe para divulgar outras coisas. Mas a verdade é que
quando mural for lançado ou relançado em sua igreja, inclua por alguns sábados seguidos no boletim ou nos
58 | Pontes de Esperança
anúncios a importância de se visitar o mural a cada reunião, indicando que algumas informações interessantes só
estarão disponíveis lá.
Mas atenção: realmente guarde algumas informações só para o mural! Se todas as informações do mural
saírem no boletim, além de tomarem muito espaço nesse material informativo, tornarão o mural um local sem
utilidade prática. Faça dele, portanto uma fonte indispensável e ele certamente terá sucesso em sua igreja!
Ministério da Recepção Em nossa igreja existe o Ministério da Recepção que está sob a coordenação do Ministério da Mulher. O
Ministério da Recepção consiste em organizar equipes treinadas para o trabalho de recepção em todos os progra-
mas regulares da igreja, tendo como propósito oferecer melhor impressão do amor de Jesus àquelas pessoas que
são visitantes, como também aos membros efetivos da igreja.
É necessário que a equipe de Comunicação colabore.
A recepção na igreja tem o poder de abrir sorrisos e corações. “A primeira impressão é a que fica”, diz o
ditado popular.
A recepção não só é uma cortesia, como também uma maneira de iniciar um ambiente espiritualmente
rico e agradável para o culto.
Como então organizar a recepção? Siga essas orientações básicas:
1. Determine o modelo de recepção de sua igreja Liste todas as programações e cultos que a igreja terá no ano. Considere que a recepção será necessária
em todas as ocasiões.
A seguir, imagine como seria a recepção e quantas pessoas você terá que arregimentar para a atividade
durante o ano.
Finalmente, pense o que a recepção irá realizar. Coloque tudo isso num plano de recepção, um documento
que será entregue para toda a equipe se familiarizar com a atividade.
2. Forme uma equipe com o seguinte perfil ■ Alegre e comunicativa;
Comunicação interna | 59
■ Pontual e responsável;
■ Cristã e possuir um espírito missionário;
■ Possuidora de tato, amabilidade e cortesia;
■ Boa apresentação;
■ Conhece os membros regulares da igreja a fim de poder reconhecer os visitantes.
3. Otimize o trabalho da recepção Como a equipe estará às portas recepcionando todas as pessoas que chegam, a oportunidade é ideal para a
entrega do boletim e de demais materiais que a igreja precisar repassar aos membros.
Outra atividade possível de ser realizada por essa equipe é a contagem de membros e visitantes para o
censo sugerido no início desse capítulo.
4. Avalie o trabalho da recepção a cada três meses Não se trata de avaliar as pessoas que estão ajudando na recepção, mas, sim, o modelo adotado. O que a
igreja pensa a respeito da recepção: está no local correto? Está no horário correto? É um ponto eficiente de entrega
de materiais?
Não é necessário fazer uma grande pesquisa para saber se é preciso algum ajuste. Converse com 4 ou 5
famílias que sempre frequentam a igreja e que não tenham feito parte da equipe de recepção. Dessa conversa,
algumas sugestões e avaliações podem ser bem aproveitadas.
Participantes desse ministério precisam estar conscientes que:
■ Seu contato com o visitante, por mais que seja breve, pode determinar a sua conversão;
■ Seu modo de falar representa a imagem da igreja;
■ Este trabalho deve ser precedido com muitas orações;
■ Todas as pessoas que se aproximarem da igreja, são pessoas por quem Jesus morreu, e a abordagem será
um fator de atrair ou afastar;
■ Seu tom de voz é importante. Falar com voz suave; nunca coagir ou pressionar; nunca censurar a roupa dos
visitantes.
60 | Pontes de Esperança
Lista classificada Não é a última atividade que o Ministério da Comunicação pode realizar dentro da igreja, mas é uma das
ideias mais novas.
Por vezes, membros da igreja precisam de serviços profissionais e pedem indicações diversas em seus
círculos de amizade.
Eletricistas, pedreiros, pessoas para serviços domésticos, empregados para a indústria e comércio, advo-
gados e dentistas são alguns dos exemplos de profissionais que, por vezes pessoas são procuradas fora da igreja
simplesmente por desconhecimento de pessoas frequentadoras dela que ofereçam esses serviços, apesar de
partilharem os mesmos bancos a cada sábado.
O contrário também é possível: pessoas que precisam de emprego ou trabalho não sabem que pessoas
próximas a si, dentro da igreja, têm oportunidades abertas.
A lista classificada é uma maneira de organizar as informações profissionais do grupo de membros de
uma igreja e promover a troca de contatos e oportunidades dentro de um ambiente cristão e saudável.
Essa lista classificada é semelhante ao que encontramos nas listas telefônicas classificadas, mas logica-
mente menor. Como executá-la?
1. Lance a ideia na igrejaLance a ideia no boletim, coloque explicações detalhadas no mural e peça para o pastor, em uma de suas
datas de pregação, falar mais claramente da utilidade da lista classificada e da importância da ajuda entre
os irmãos.
2. Passe uma ficha de “inscrição” para os membrosA participação na lista classificada deve ser incentivada, mas não pode ser obrigatória. Quem quiser divul-
gar sua área profissional e seus contatos pode fazê-lo.
A ficha de inscrição deve conter os seguintes dados:
Comunicação interna | 61
- Área de atuação
- Nome
- Telefones para contato
- E-mail (endereço eletrônico) para contato
- Endereço do site, se houver
3. Organize os dados coletadosSepare as fichas por área de atuação, e, em seguida, em ordem alfabética de nomes dentro de cada área.
Transcreva, então, todos os dados para uma planilha, tabela ou texto corrido mesmo, tomando muito cuidado
nesse momento para não errar nenhum dado, em especial telefones.
4. Diagrame a lista classificada Crie uma diagramação para a lista classificada, destacando as diferentes áreas de atuação.
Esse material diagramado pode ser impresso em folhas comuns e copiadas, a fim de reduzir custos. Pode
também ser diagramada no modelo de cartilha ou mini-revista e ser impressa em gráfica.
Pode ainda ser gerada em formato digital e disponibilizada no site da igreja.
Você pode usar como referência as listas classificadas telefônicas e as dicas encontradas no capítulo sobre
criação e produção gráfica nesse manual.
5. Distribua para toda a igreja e para amigos da comunidade Após estar pronta, a lista classificada deve ser distribuída para todos na igreja, mesmo para os que não qui-
seram incluir seus dados. Lembre-se de que quanto mais pessoas tiverem acesso a ela, mais oportunidades
e relacionamentos surgirão.
Se possível, distribua a lista classificada para a comunidade próxima à igreja. Além de poder gerar bons
contatos profissionais, é uma atitude simpática e pode servir como um bom motivo para um primeiro con-
tato missionário, seja através da entrega em si, seja através do contato pessoal, quando os serviços forem
contratados.
62 | Pontes de Esperança
Comunicação e o Aspecto Físico da Igreja
Deus criou a natureza com harmonia e beleza. Ele formou um jardim para se encontrar com nossos primei-
ros pais. No deserto, orientou o seu povo a construir um lugar onde pudesse estar no meio deles.
O templo planejado pelo rei Davi e construído por seu filho Salomão era magnífico e de inigualável esplen-
dor. Beleza não somente nos símbolos e no serviço diário, mas beleza física, magnitude, o melhor foi oferecido ao
nosso Criador.
Deus também aceitava adoração num simples altar. Nosso local de culto pode ser simples ou grandioso.
Mas uma coisa deve marcar os dois locais contrastantes: o cuidado, a limpeza, o primor, a higiene, o esmero e o
bom gosto.
O ambiente da igreja deve ser agradável e aconchegante para despertar nos membros e visitantes o desejo
de permanecer o maior tempo possível na presença de Deus. A seguir temos alguns lembretes sobre o aspecto
físico da igreja:
Área exterior igreja 1. A fachada é o primeiro convite para entrar ou não entrar
a. Deve ser de bom gosto;
b. Identificada de acordo com o padrão da Igreja;
c. Deve ser mantida sempre pintada;
d. Cuidar para que esteja iluminada.
2. O terreno da igreja deve sempre estar
a. Limpo;
b. Ajardinado;
c. Embelezado;
d. Iluminado.
Comunicação interna | 63
3. O calçamento externo deve receber cuidados
4. Placa de sinalização e identificação
a. A sinalização direciona as pessoas para as salas da Igreja.
Exemplo: banheiros, salas dos departamentos;
b. Identificação é a placa que é colocada na entrada de cada sala;
Exemplo: banheiro masculino, banheiro feminino, desbravadores,
jovens, primários, etc.
5. Banheiros
a. Devem ser limpos permanentemente;
b. Reabastecido com papel, sabonete, toalhas;
c. Facilitar o acesso para pessoas portadoras de necessidades especiais.
Pintura da igreja Tanto a pintura externa e interna de boa qualidade, de bom gosto e mantida sempre em ordem.
Área interior da igreja 1. Iluminação adequada para facilitar a leitura dos textos bíblicos;
2. Ambiente bem ventilado e arejado;
3. Limpeza não só dos bancos e do piso, mas teias de aranhas removidas;
4. Som agradável e de boa assimilação;
5. Manutenção periódica. Exemplo: goteiras, lâmpadas queimadas, cortinas,
vidros, ranger de portas, etc.
Comunicação externa
66 | Pontes de Esperança
Além do público interno, ambientado e conhecedor do funcionamento da igreja, esta precisa se relacionar
com outro público: o externo.
Comunidade, governo, sociedade civil, entidades públicas e filantrópicas, imprensa, autoridades militares,
são todos públicos que de alguma forma se relacionam vez por outra com a igreja, quer seja como curiosos ou so-
licitantes de informações, quer seja como alvos da mensagem de esperança que a Igreja Adventista do Sétimo Dia
carrega.
Precisamos lembrar que essas pessoas não têm familiaridade com o funcionamento da igreja, seus termos,
seus costumes. Assim, é uma preocupação grande em como devemos mostrar a igreja.
Esse capítulo tem por objetivo tratar do conteúdo correto e da forma correta de expormos a igreja e sua
programação, tornando-a compreensível e atrativa para todos os públicos que se relacionem com ela.
“Temos que fazer uso de todos os meios lícitos para apresentar a verdade ao povo. Lancemos mão da
imprensa e ponhamos em ação toda propaganda que sirva para atrair a atenção do povo. Isto não deve ser consi-
derado como sendo coisa de pouca importância. Em cada esquina de rua podeis ver placas e anúncios, chamando
a atenção para várias coisas que ocorrem, algumas delas das mais condenáveis. E será que os que possuem a luz
da vida se satisfarão com débeis esforços para atrair a atenção das multidões para a verdade?” (Ellen G. White,
Evangelismo, pág. 130).
Assessoria de Imprensa: O que é? É um departamento de uma empresa ou instituição que se utiliza da mídia para divulgar informações e
atividades. O assessor de imprensa é responsável pela organização, planejamento, estratégia e divulgação de tudo
o que a igreja for realizar, trazendo, assim, credibilidade à instituição. Na igreja a Assessoria de Imprensa é de res-
ponsabilidade do Departamento de Comunicação, em parceria com o jornalista do campo (Associação/Missão).
As atividades não devem ser realizadas com base no improviso, e sim ter como norma a organização e a
constante avaliação dos resultados.
O planejamento assume desta forma uma importância fundamental. Juntamente com os dirigentes da Igreja
e com o calendário de atividades da igreja em mãos definir metas e objetivos e definir as estratégias de ações.
Os planos serão desenvolvidos com vistas à divulgação das atividades locais. Desta forma todas as ativida-
des que a igreja realizar, serão reconhecidas tanto pelo público interno (os irmãos), quanto pelo público externo
(pessoas que não pertencem ao rol de membros mas, que serão atingidos pelos meios de comunicação).
Comunicação externa | 67
Funções básicas Relacionamento com os meios de comunicação Fornecer informações sobre a igreja para jornais, rádios, revistas e TVs, através de release e sugestões de
pautas (temas) para matérias.
Organizar uma lista de contatos (mailing-list) Ordem alfabética, com nome, telefones, e-mails, endereços de meios de comunicação e também de mem-
bros da igreja. Esta lista de contato é chamada de mailing-list. O ideal é que ela também seja organizada por
funções (editor-chefe, editor, repórter, etc.) e por editorias (cultura, esporte, política, etc.). Assim, o seu release vai
chegar às mãos certas. Nunca dispare um e-mail com o release para todo o mailing-list e, sim, apenas para os que
tratam do assunto em questão na sua mensagem, sempre com cópia oculta para que ninguém tenha acesso a todo
o mailing-list.
Atento às notícias na mídia com “viés” adventista Ficar atento ao que está sendo falado na mídia ajuda na criação de pautas. Muitas vezes, uma informação
dita em um veículo de comunicação pode contribuir para que no futuro você consiga colocar a instituição nas
linhas de alguma matéria do mesmo veículo de comunicação. Por exemplo, se você ler ou ouvir uma matéria que
fale sobre a importância do vegetarianismo para a saúde humana, você pode escrever um release sobre um mem-
bro da igreja que é super saudável, apesar da idade, devido a ter optado por um regime alimentar vegetariano.
Lembre-se sempre do cuidado necessário com a linguagem, para que não aparente uma forma institucio-
nalizada (“igrejeira”).
Que tipo de programa desperta interesse da imprensa O jornalista, na maioria das vezes, não está interessado em saber que sua igreja está completando cinco
anos de existência e nem com a quantidade de pessoas. O que é muita gente para a igreja, não é para a imprensa.
Na realidade, é o “fato”, o “acontecimento”, a “ação” que deve despertar o interesse e a curiosidade do
jornalista e do público. A imprensa está interessada em conhecer os projetos de assistência à sociedade que estão
sendo promovidos. Por isso, toda vez que mandar alguma notícia para os veículos de comunicação, lembre-se de
que nem sempre o que é importante para você será importante para o veículo de comunicação.
68 | Pontes de Esperança
Atividades normalmente desenvolvidas pela Igreja que chamam a atenção:
1. Campanhas de doação de sangue, órgãos ou medula;
2. Campanhas contra violência doméstica: “Quebrando o Silêncio”;
3. Cursos ou seminários sobre saúde, vida saudável ou de orientação para se libertar dos produtos
que causam dependência;
4. Cursos de empreendedorismo (eventos que ensinam os participantes a conseguirem uma melhora
na vida financeira através de trabalho);
5. Orientação familiar ou cursos para noivos;
6. Mutirão de natal (campanha de arrecadação e doação de alimentos);
7. Programa musical (cantata de natal, páscoa, uma apresentação especial de algum grupo musical,
etc.);
8. Escola Cristã de Férias;
9. Atividades desenvolvidas pela escola ou colégio adventista;
10. Clube de Desbravadores e suas atividades;
11. Clube de Jovens e seus programas especiais;
12. Participação nas campanhas governamentais.
Certamente você já percebeu que trata-se de programas que visam o crescimento do indivíduo, e que são
bem aceitos pela comunidade.
Dia a dia da imprensa É muito importante que o assessor entenda qual é a forma de trabalho utilizada pela imprensa. E para
que isso ocorra é preciso entender como é o dia a dia de uma redação de jornalismo. Uma vez que se entenda
os métodos de trabalho de um jornalista, ficará mais fácil saber como agir, falar e até mesmo como escrever para
esse comunicador. Com isso, as portas da mídia poderão se abrir com maior facilidade. Entretanto, todo cuidado é
pouco quando se está lidando com algo com o que não se tem familiaridade.
Visão do que acontece numa redação O dia do jornalista começa cedo. Geralmente, a primeira coisa que ele faz ao entrar na redação é checar os
e-mails e ir para a reunião de pauta, onde os temas que devem se transformar em reportagens são definidos.
Comunicação externa | 69
Nessa reunião são divididas as tarefas do jornalista, inclusive quais serão as reportagens direcionadas a
cada um. A rotina numa redação é muito intensa, e por isso, o assessor, ao entrar em contato com o jornalista, deve
ser direto e objetivo, evitando abordagens longas e apelativas.
A redação sempre recebe muitos e-mails com sugestões de matérias. Por isso, é importante usar a criativi-
dade. Evite mandar e-mail no final de semana. As redações funcionam com escalas de trabalho de forma reduzida
nesses dias e sua mensagem corre o risco de ser misturada com as outras acumuladas para a segunda-feira.
O jornalista está interessado em buscar notícias atuais, sejam elas “boas” ou “ruins”. Logo, tome cuidado
com o que você irá escrever ou falar para o jornalista. Ele não é seu amigo confidente.
Como se portar diante da imprensa Saber como falar e como se comportar diante da mídia é algo extremamente importante para a assessoria de
imprensa. Por isso, saber como agir em uma entrevista, ou até mesmo em uma conversa por telefone é fundamental
para um bom desenvolvimento do departamento de comunicação.
A forma de se comportar em uma entrevista pode parecer uma tarefa fácil, quando na verdade, não é.
Alguns cuidados importantes devem ser tomados ao se relacionar com a mídia.
1. Quando um repórter procurar algum membro da igreja para realizar uma reportagem, o assessor
deverá recepcionar o jornalista de forma amigável, fornecendo todos os dados possíveis para o corres-
pondente. Caso o assessor ou até mesmo o membro da instituição trate o repórter de forma grosseira, a
imagem da igreja estará prejudicada.
2. Todas as entrevistas, mesmo as que parecem não ter importância para a igreja, precisam ser
realizadas e tratadas da mesma forma. O entrevistado deve tratar da mesma forma o jornalista da revista
nacional e o repórter do jornal local. Isso faz com que a igreja ganhe respeito e credibilidade por parte dos
jornalistas.
3. O entrevistado deve sempre chegar no horário marcado. Atraso é sinal de irresponsabilidade. É
natural que imprevistos aconteçam, mas tomar cuidado com o horário é fundamental. Afinal, o jornalista
não tem tempo para ficar esperando durante horas.
4. O entrevistado não deve levar para a entrevista um discurso decorado. É importante que a entre-
vista seja uma conversa. O que se pode fazer é levar anotações dos temas que serão abordados em forma
de tópicos.
70 | Pontes de Esperança
5. Sempre que possível, as respostas devem ser objetivas e curtas. Mas isso não significa que o entre-
vistado deve responder com palavras como “sim”, “talvez” ou “não”. Evite utilizar palavras muito técnicas
ou mesmo siglas que dificultem o entendimento.
6. Não se deve solicitar ao repórter que ele repita a resposta que acabou de ser fornecida. Por mais
que se queira saber se não haverá distorções, agir dessa forma pode soar como uma posição de descrédito
em relação ao trabalho do jornalista.
7. Ao dar entrevistas a veículos de comuicação o entrevistado deverá, sempre que possível, olhar
para o jornalista, buscando se mostrar interessado no assunto.
8. Conversas em veículos como rádio e televisão geralmente são rápidas. Por isso, responda às perguntas
de forma clara e objetiva.
9. Gesticulações exageradas devem ser evitadas, assim como interjeições do tipo “né”, “hamn”, entre ou-
tras. Roupas brilhantes ou que chamem muito a atenção são abomináveis.
10. O entrevistado não pode segurar o microfone da entrevista na mão (a menos que a conversa acon-
teça no estúdio e lhe seja fornecido um). Esse é o trabalho do repórter. Apenas responda de forma simples
e objetiva o que está sendo perguntado.
11. Às vezes é necessário fornecer ao jornalista algumas anotações para ajudá-lo a se lembrar durante a
entrevista, evitando assim informações incorretas.
Planejamento e check-list Um bom planejamento de assessoria de imprensa se divide em vários tópicos entre outros: apresentação,
objetivos, atividades e custos.
Apresentação: É preciso apresentar um breve resumo das tarefas a serem realizadas.
Objetivos: Definir as metas a serem alcançadas com o trabalho proposto.
Atividades: Descrever quais são as atividades que se pretende realizar durante todo o ano, como reformu-
lação do boletim da igreja, eventos, etc.
Custos: Quanto a igreja irá gastar com as atividades propostas.
Comunicação externa | 71
Verificar:■ Relações de imprensa (mailing, lista de contatos atualizada);
■ Calendário de eventos e datas comemorativas para a Igreja Adventista do Sétimo Dia de cada mês;
■ Se as atividades realizadas durante o mês atingiram os objetivos propostos;
■ A imagem da igreja perante os veículos de comunicação.
Definir:■ Objetivos para o mês seguinte;
■ Cronograma básico mensal. Consiste em listar todos os eventos e atividades que serã realizadas no mês seguin-
te, com data, hora e local. Além disso, planejar como efetuar todas essas atividades, verificando vários fatores,
inclusive os custos.
Dicas de como trabalhar com a imprensa local
■ Um repórter interessa-se por uma só coisa: “Ele deseja fatos, uma reportagem, nada mais”.
■ Se não estiver seguro de um fato, diga ao repórter ou redator: “Não sei”, . Mas seja tão útil quanto puder
para seguir fatos.
■ Não escreva fantasias.
■ Não seja prolixo. Resuma sua reportagem.
■ Não escreva opiniões ou assuntos não fundamentados. Restrinja-se aos fatos.
■ Não se surpreenda se o redator recompuser sua reportagem. Este é o seu trabalho. Não questione
sua redação a não ser que ele tenha resultado numa falsa afirmação que exija correções absolutamente
necessárias.
■ Não tente “plantar” sua reportagem pela seção de anúncios. Os redatores de todas as partes desapro-
vam essa falta de ética.
■ Não pergunte ao editor por que seu artigo não foi publicado.
■ Continue a escrever. Faça o seu próximo artigo melhor que o último.
72 | Pontes de Esperança
Gerenciamento de crises Em março de 2007, em uma de nossas igrejas, uma criança foi encontrada desacordada, vindo logo a fale-
cer. Enquanto nada se sabia ainda sobre o que, de fato, havia ocorrido, muitos depoimentos foram dados, muitas
reportagens foram feitas e versões surgiam a todo instante, que iam desde um acidente no tanque batismal até
rituais religiosos com sacrifício de crianças.
Durante esse período os membros da igreja local e toda a Igreja Adventista no Brasil e no mundo foram
afetados pelas notícias. Informações e declarações precisaram ser dadas sobre o assunto para a imprensa e para
a opinião pública. Esse foi um exemplo claro de uma situação de crise em que a comunicação precisou funcionar
como a principal ferramenta.
“O que se faz nas primeiras horas depois de um acidente marca para sempre a trajetória da companhia”,
afirmou David Barioni, Vice Presidente da Gol a revista Exame, em sua primeira entrevista sobre a gestão do epi-
sódio do voo da queda do Boeing 737-800, que fazia o voo 1907 (Manaus – Rio de Janeiro) e se chocou com um
jato Legacy. O episódio marcou para sempre a história da companhia. (Revista Exame, 22/03/2007, “Os 18 dias que
abalaram a Gol”).
Os exemplos acima mostram que nenhuma instituição está isenta de qualquer tipo de incidente desagra-
dável. Os riscos são os mesmos para todos. Dependendo da intensidade, os resultados podem ser devastadores.
Muitos acham que as crises “só acontecem com os outros” e acabam sendo pegos de surpresa por situa-
ções de extrema dificuldade.
Ter um plano de ação que envolve desde os procedimentos a serem tomados e a forma como lidar com a
imprensa é a melhor maneira de estar preparado para as complicações de uma crise.
O que são crises com a opinião pública? São todos os tipos de situação que podem direta ou indiretamente afetar a imagem de determinada insti-
tuição, não importa seu ramo de atividade, junto aos meios de comunicação ou mesmo junto a determinado grupo
formador de opinião específico. Quando a crise é bem gerenciada, geralmente não chega ao conhecimento dos meios
de comunicação formais (rádio, TV, jornais, revistas e sites de notícias).
As crises são repentinas e podem ser originadas por problemas internos ou de interferência externa. Exem-
plos de crises: crime envolvendo funcionários, acidentes, desastres ambientais, problemas de saúde pública, indeni-
zação por erros ou acidentes, etc.
Comunicação externa | 73
Qual a dimensão destas crises? As crises com a opinião pública ocorrem em âmbito local, mas podem adquirir repercussão nacional ou até
internacional dependendo da gravidade do fato, dos envolvidos e da maneira como a crise é gerenciada.
Devido à expansão tecnológica na difusão de informação, um fato ocorrido em um distante povoado pode,
em minutos, ser de conhecimento mundial por meio das redes sociais e sites de Internet. Não se pode hoje despre-
zar qualquer meio de comunicação, incluindo blogs, microblogs, páginas de relacionamento, games, etc. É funda-
mental haver um monitoramento constante das informações sobre o caso.
Onde começam as crises? De modo geral, as crises com opinião pública podem ter duas origens:
A primeira delas é interna, ou seja, um problema ocorrido dentro da organização cujo gerenciamento não foi
bem realizado e se tornou público. Pode ser uma pessoa insatisfeita com alguma decisão institucional e que resolve
relatar seu desagrado publicamente, um acidente ou mesmo uma deficiência interna que chega ao conhecimento do
público em geral.
A outra origem é externa. Isto é, um fator fora da organização que a afeta e pode criar uma crise por expor
suas fragilidades. É o caso de uma lei, por exemplo, que se choca frontalmente com determinada atividade ou princí-
pio da organização ou mesmo oscilações econômicas ou sociais.
Qual a importância de gerenciar uma crise com a opinião pública?
O raciocínio é simples. Imagine se seu nome é incluído indevidamente em uma lista de serviço de prote-
ção ao crédito ou cadastro de inadimplência nacional. Você não está com dívidas, mas, por algum erro alheio, seu
nome é adicionado a esta listagem. Em cada loja que vai ou mesmo na hora de solicitar crédito a uma instituição
financeira você passa pela situação desagradável de ter seu nome “sujo” na praça. Há três coisas que ocorrem
imediatamente: constrangimento, associação de seu nome a algo ruim e perda de credibilidade. Seu nome é a sua
marca. O mesmo ocorre com qualquer tipo de organização seja com ou sem fins lucrativos.
Deixar de gerenciar uma crise com a opinião pública é permitir que o nome da instituição seja submetido a
constrangimento, associado a algum fato ou circunstância ruim e, por fim, que perca credibilidade junto ao público.
74 | Pontes de Esperança
Em se tratando de uma instituição religiosa, a credibilidade é mais importante ainda, porque a missão e a própria
visão de igrejas ou religiões diversas estão ligadas a conceitos abstratos e intangíveis como bem-estar espiritual e
solidariedade.
Como se deve atuar objetivamente em caso de crise:
Membro de igreja ou servidor de uma instituição.
■ O membro de igreja deve imediatamente comunicar o fato ao pastor distrital;
■ O servidor da instituição deve comunicar imediatamente o fato ao chefe imediato;
■ Tanto funcionário quanto membro de igreja não devem dar entrevistas aos meios de comunicação – a melhor
orientação é encaminhar a demanda à assessoria de comunicação da instituição;
■ É recomendado não enviar a informação sobre o problema para um grande número de pessoas que não estão
diretamente envolvidas na solução do caso a fim de não aumentar a dimensão do problema;
Pastor distrital
■ Deve comunicar imediatamente a Associação/Missão;
■ Deve ajudar a resolver o problema internamente;
■ Não deve expandir a informação por outros meios;
■ Não deve dar entrevistas para os meios de comunicação – orientar a procurar a assessoria de comunicação;
■ Deve manter a calma e segurança dos membros.
Diretores de Comunicação de Associações, Missões, Uniões e Assessores de Comunicação
■ Devem acionar o Comitê de Gerenciamento de Crise;
■ Devem trabalhar para gerenciar o problema com a comunidade envolvida e com os meios de comunicação
(ações estratégicas).
Comunicação externa | 75
Dicas úteis no gerenciamento prático com a opinião pública
■ Jamais se esconda ou esconda algo;
■ Não critique um ou outro meio de comunicação, por mais tendenciosos que alguns sejam;
■ Aja rápido, mas com prudência;
■ Informe somente o que for perguntado e não dê explicações em demasia;
■ Se possível e preferencialmente após o período agudo da crise, mostre o que a organização tem feito de bom
na área abalada pela crise;
■ Resolva o problema se for alguma deficiência interna;
■ Mantenha sempre um bom relacionamento com os meios de comunicação e não somente em épocas de crise;
■ Trate o caso no local em que ocorreu.
Pontos fortes e fracos Quão bem você conhece e compreende a organização? Sua estrutura, declaração de missão, história, de-
safios passados, presentes e futuros?
Embora estas questões pareçam óbvias, as respostas nem sempre são tão óbvias assim.
A menos que você verdadeiramente compreenda a organização, não saberá como responder aos desafios
em uma crise, quem de fato é sua audiência, ou o impacto potencial sobre sua organização.
Ainda que seja muito importante conhecer seus pontos fortes é ainda mais crucial conhecer sua estrutura
e áreas de vulnerabilidade. Conheça essas estruturas e trabalhe para corrigi-las.
Além de compreender os pontos fortes e débeis, é imperativo saber o que está acontecendo no mundo
religioso. Quais os desafios que outras denominações estão enfrentando? Provavelmente não estaremos imunes a
esses mesmo desafios por muito tempo. O que está acontecendo em nossa comunidade? No mundo dos negócios
e político onde trabalhamos? É importante ter uma visão geral do mundo que nos cerca, pôr em perspectiva nossos
pontos fortes e fracos.
Assim podemos avaliar nossa vulnerabilidade para uma crise. Há duas categorias de crises – a primeira pode
ser prevenida, a segunda não. Atente para as áreas vulneráveis em sua igreja, cuja crise pode ser prevenida, e passe
imediatamente a corrigir o problema com a Comissão da Igreja.
A melhor ação é a prevenção!
76 | Pontes de Esperança
Mídia impressa O termo mídia quer dizer “meios”, com uma ligação direta aos meios de comunicação. Também é empre-
gado para designar a função do profissional de mídia, cujo trabalho é planejar, desenvolver e praticar a mídia nas
agências de publicidade.
Então podemos dizer que a mídia pode ser:
■ Meios de comunicação;
■ Veículos de comunicação;
■ Comunicação de massa;
■ Profissional que planeja a mídia.
Direcionando o olhar especificamente para o tema “mídia impressa”, ainda assim tem-se um leque de
opções onde a comunicação pode atuar, desenvolver seus trabalhos e conseguir bons resultados. Pode-se chamar
essas opções de veículos de comunicação, que são os seguintes: jornais, revistas, panfletos, folders, cartazes, ou-
tdoors, banners, faixas e qualquer outro meio impresso que se use para comunicar algo a alguém. Apesar desta
gama de opções, produzir material para mídia impressa, independente do veículo, segue geralmente um mesmo
caminho.
Quando se pretende comunicar algo ou divulgar uma ação ou evento, o meio impresso é uma ótima op-
ção, pois garante que as pessoas tenham o seu anúncio literalmente nas mãos, e não apenas a ouçam no rádio ou
assistindo na TV ou telão.
Mas para conseguir que o material impresso não seja descartado ou deixado de lado por outros assuntos
mais interessantes, a criatividade é fundamental. As ideias mais criativas nem sempre são as mais mirabolantes e
inovadoras, mas contém a informação bem trabalhada, arranjada de forma harmoniosa e esteticamente agradável.
Para conseguir esses resultados, siga os passos descritos a seguir:
1. Pensar fora do Computador – Tendo em mãos a informação em mãos do que precisa ser anunciado,
procure trabalhar a ideia antes de sentar-se à frente do computador. Hoje em dia, com a facilidade da informática,
acaba-se refém da mesma, desenvolvendo o trabalho diretamente na tela do computador, limitando-se aos recur-
sos dos programas, sem antes pensar no objetivo da sua comunicação e o resultado que se pretende obter.
2. Referências – As ideias não surgem do nada. Observe os impressos à sua volta. Revistas e jornais,
Comunicação externa | 77
mesmo que velhos, podem servir como referência para o trabalho que se pretende desenvolver. Isso não quer dizer
que se deve copiar algo que já existe, mas usar esse material para aprender sobre questões como a harmonia dos
elementos (imagens, textos, tipos de letra etc.).
A maneira como esses elementos estão dispostos no espaço que ocupam; um determinado tipo de letra
para certos assuntos, combinações das cores, o estilo da diagramação, tudo isso pode servir como referência para
você começar a desenvolver o seu trabalho.
3. Seja consciente – Se algo chamou a atenção em alguma referência apenas porque “é legal” ou “bo-
nito”, saiba que somente esse argumento não é suficiente. Tente descobrir o porquê: Quais são os pontos fortes?
O que não agrada? O que agrada?
Aguçando esse senso crítico, poderá transferi-lo para os trabalhos que irá desenvolver, e torná-los mais
concisos e eficientes.
4. Papel e lápis – Apesar de o computador ser uma ótima ferramenta de trabalho e ter se tornado in-
dispensável hoje em dia, inicie seu trabalho numa folha de papel, fazendo esboços do que pretende produzir ou
diagramar.
Começando dessa forma, suas ideias fluirão mais rapidamente, e não ficará preso à chamada “primeira
ideia” que, geralmente, não é a melhor. Quanto mais se pensar no papel, menos tempo será gasto na frente do
computador e o trabalho sairá com melhores resultados.
Após essa parte introdutória para desenvolver o trabalho, as ideias com certeza estarão mais concretas e
coerentes na mente. Seguir esses passos pode parecer, a princípio, uma etapa longa, mas, com a prática isso vai
se tornar cada vez mais simples e natural, e o resultado obtido será sempre melhor. Agora, com a ideia pronta na
mente, chegou a hora de transferi-la para a tela.
5. Organizando os elementos – Para se produzir um anúncio, alguns elementos importantes a acom-
panham a ideia: textos, títulos, fotos, etc.
Para que esses elementos fiquem em destaque, é necessário distribuí-los de forma consciente no espaço
da página. A diagramação pode e deve ser usada de tal forma a guiar o olhar do le tor. E para conseguir isso da
melhor maneira, existem alguns pontos numa página que devem ser identificados:
78 | Pontes de Esperança
Nossa leitura é feita da esquerda para a direita e de cima para baixo, por isso a área 1 é considerada a prin-
cipal ou primária. A área 2 é considerada secundária, pois se trata de final de página, e é para lá que se dirige a visão
num segundo momento. As áreas 3 e 4 são consideradas mortas, mas podem ser usadas para conter informações
secundárias. A página possui dois centros: o centro geométrico, número 6 e o centro óptico, número 5. O centro ópti-
co é a área para a qual a visão converge em primeiro lugar, e é indicado para posicionar fotos e títulos que mereçam
destaque.
6. Imagens – Para valorizar o trabalho, recorre-se ao uso de imagens, sejam elas fotos, ilustrações ou mesmo
cliparts. Produzir suas próprias fotos ou ilustrações seria o ideal, mas nem sempre isso é possível. Pode-se recorrer, nesse
caso, aos bancos de imagens, tão comuns hoje em dia.
Entretanto, evite usar imagens ou cliparts muito comuns e que já foram muito usados anteriormente.
Pesquise um pouco mais, procure mais a fundo até encontrar alguma coisa inédita, mesmo que precise ser editada
para aplicação em seu trabalho.
7. Cores – Trabalhar com as cores certas ou conseguir uma boa harmonia delas às vezes parece uma ta-
refa difícil ou mesmo impossível. Existem estudos específicos sobre cores e sua utilização, sendo um material bem
extenso. Mas se você souber alguns pontos básicos sobre as cores, já pode conseguir ótimos resultados.
Para obtenção uma boa harmonia das cores (ou seja, qual cor “combina” melhor), pode-se usar três técnicas:
1. Monocromática - É a harmonia resultante de uma cor da roda das cores. As tonalidades podem mudar,
1. Área principal ou primária
2. Área secundária
3 e 4. Áreas mortas
5. Centro óptico
6. Centro geométrico
Comunicação externa | 79mas todas ficam no mesmo matiz da roda das cores.
2. Análoga - É a harmonia formada por uma cor primária combinada com duas cores vizinhas a ela na roda
das cores.
3. Complementar - É a harmonia que ocorre quando combinamos cores opostas na roda das cores.
Outro ponto interessante é que as cores transmitem determinadas sensações e impressões, a chamada
psicodinâmica das cores:
Branco: assepsia, pureza, limpeza, paz;
Preto: mal, morte, desconhecido, formalidade, elegância;
Vermelho: vitalidade, poder, positivismo, vigor;
Azul claro: frescor, leveza, repouso, espiritualidade;
Azul escuro: tristeza, melancolia, sonolência, profundidade;
Verde claro: natureza, vegetação, calma, esperança;
Verde escuro: veneno, umidade, decomposição, malignidade;
Violeta: luto, martírio, nobreza, misticismo;
Laranja: atenção, acidez, agressividade, perigo, alegria, vivacidade, agitação.
80 | Pontes de Esperança
Preparando um impresso Ao desenvolver um impresso como um jornal mural, boletim ou um folder, os passos a seguir são extrema-
mente importantes para se conseguir um bom resultado:
Vá direto ao assunto. Crie textos curtos e objetivos. Se a quantidade de texto não cabe no espaço do seu
impresso, ao invés de reduzir o tamanho da letra, edite o texto. Leia o que está diagramando, muitas infor-
mações podem ser retiradas ou resumidas.
Crie um visual atraente. O aspecto visual deve chamar a atenção o suficiente para que as pessoas leiam o
que foi produzido.
Use letras do tamanho certo. O tamanho da fonte, ou corpo, deve ser proporcional ao tamanho
do seu impresso, permitindo uma boa leitura e visualização dos conteúdos.
Use uma fonte de boa legibilidade. Evite usar fontes fantasia (aquelas todas desenhadas e orna-
mentadas) ou com desenho muito rebuscado. Isso só torna a leitura mais difícil. Letras retas (sem
serifa) são as mais indicadas para títulos, e com serifas para o corpo do texto.
Comunicação externa | 81
Use a cor certa. Evite cores muito suaves para títulos ou texto. Cores muito claras fazem seu texto
desaparecer. Da mesma forma, evite cores berrantes em longos períodos de texto. Isso vai apenas
afastar os leitores e causar grande desconforto visual.
Defina uma hierarquia visual. Deixe bem claro para o leitor em que ponto deve começar a leitura. Os
olhos são atraídos primeiramente para grandes elementos e só depois “procuram” elementos secundários.
Títulos devem ter peso maior que subtítulos. E subtítulos devem ser maiores que legendas e texto corrido.
O mesmo critério deve ser empregado para fotos e ilustrações.
Dicas importantes ■ Não ocupe todos os espaços vazios. Só porque uma página tem algum espaço não preenchido, isso não
quer dizer que deva ser ocupado por algum elemento. Se a página não ficar congestionada com um número
excessivo de elementos, a leitura da mesma será melhor e muito mais agradável.
■ Procure utilizar um número restrito de fontes para compor o trabalho. Dois tipos de fontes diferentes é o ideal.
■ Evite colocar textos sobre fotos ou ilustrações, principalmente se elas não apresentam um bom contraste
com a cor da fonte utilizada.
■ Evite o uso de degradês ou um “arco-íris” de cores. Um trabalho mais simples, de bom gosto, surte muito
mais resultado que algo completamente carregado.
Lembre-se: o menos é mais.
Check list ■ Antes de começar o seu trabalho, pense no que pretende fazer e esboce num papel o material que será
desenvolvido.
■ Busque referências em outros impressos, tais como revistas e jornais. Baseie-se nas boas ideias para gerar as suas.
■ Bom gosto e simplicidade são sempre a melhor forma de se conseguir um bom resultado.
82 | Pontes de Esperança
Mídia exterior, ao ar livre ou alternativa Mídia exterior é a denominação genérica dos meios de comunicação que expõe propaganda ao ar livre.
Pode também ser chamada mídia extensiva, mídia ao ar livre ou mídia alternativa. Estão visíveis a todos que pas-
sarem por elas, como exemplo, os outdoors.
Além do outdoor, outros “canais” também são mídias exteriores, tais como: busdoor (anúncios nas laterais
ou na traseira dos ônibus), empenas de prédios (faixas gigantes nas paredes externas dos prédios), mobiliários ur-
banos (placas em pontos de ônibus), banners, faixas, taxidoor ou cardoor (anúncios no teto ou no vidro traseiro),
envelopamento de veículo (veículo totalmente adesivado), etc.
Se pararmos para enumerar todos, a lista se tornaria imensa. Mas o propósito dessa pequena lista é ape-
nas mostrar que muitas coisas que observamos no dia a dia e que fazem parte do cotidiano de muitos, são ótimos
meios que podem ser usados e aplicados para os mais diversos propósitos da comunicação.
Alguns desses meios, ou mídias, fogem do convencional e, por causa disso podem ter um impacto maior
sobre o leitor justamente por se tratarem de algo inusitado, o qual as pessoas não estão acostumadas a ver. É a
chamada mídia alternativa.
E o que é a mídia alternativa? É toda forma de comunicar ou veicular uma informação ou mensagem fora
das mídias convencionais.
Com a mídia alternativa, podem ser feitas campanhas com grande impacto, com baixo custo de produção,
em alguns casos.
Adesivos no chão, no teto e nas paredes. Móbiles pendurados, balões de ar ou gás, dirigíveis, peças de roupas,
lugares inusitados para fixação de anúncios. Tudo isso é considerado mídia alternativa.
Para trabalhar com mídia alternativa, basta apenas procurar a melhor forma de levar a sua informação
para as pessoas que precisam recebê-la, fora dos canais convencionais. Fazendo isso, o impacto e fixação da infor-
mação serão muito maiores que nos meios habitualmente usados.
Se a mídia alternativa é tão eficaz, porque não usar apenas ela? Não há nenhuma regra que dite com quais
mídias se deve comunicar ou veicular uma campanha.
Para obter a resposta mais correta para isso, basta apenas planejar suas ações e pensar de que maneira a in-
formação que precisa ser passada alcançaria um maior impacto e ficaria gravada mais facilmente na mente do leitor.
Comunicação externa | 83
Ao se fazer este planejamento, que é um planejamento de mídia, percebe-se que quanto mais variadas fo-
rem as ações e diversificados os meios de comunicar ao seu público, maiores são as chances de se conseguir bons
resultados e respostas à comunicação.
Seja trabalhando com mídia alternativa, mídia impressa ou mídia exterior (e até mesmo com todas elas de
forma integrada para a mesma campanha), o resultado final para ser positivo vai depender unicamente da forma
como foram construídas essas informações, baseando-se na criatividade, bom gosto e senso crítico.
Os passos para essa construção baseiam-se naqueles descritos no na seção mídia impressa. Mas pode-se
fazer algo a mais para que o trabalho saia o mais perfeito possível.
Conhecimento
A primeira coisa a fazer para utilizar ou não determinadas mídias é saber o que se quer comunicar, com quê
e como quer transmitir essas informações. Fazendo esse planejamento, a decisão quanto a qual caminho seguir, ou
que mídia usar, torna-se quase que natural.
Com essas informações em mãos, procure os fornecedores para a produção do material necessário, estipu-
lado no planejamento. Ao entrar em contato com esses fornecedores, pergunte a eles sobre possíveis alternativas
para sua campanha. Converse sobre materiais, formatos, durabilidade, facilidade de aplicação e transporte do que
se pretende fazer.
Os fornecedores sempre têm novidades de mercado para oferecer, com soluções diferentes e inovadoras
que podem agregar valor à sua campanha.
Arrojo Não se limite a fazer o que todos já fazem. Um cartaz no mural, folhetos e boletins informativos já se tor-
naram tão corriqueiros que, muitas vezes, a informação contida nesses meios, acaba passando despercebida pela
maioria das pessoas e esquecida pelo restante.
Inove! Pense em algo que possa até mesmo chocar (de uma forma positiva, claro), surpreender. Sair do
convencional, mesmo numa mídia exterior, é a melhor forma de se fazer presente
com a informação que se pretende passar. Mas não esqueça: essa informação estará representando a Igreja.
84 | Pontes de Esperança
Check list
■ Planeje suas ações e pense quais serão os melhores caminhos para que se colham bons resultados.
■ Converse com os fornecedores e discuta suas ideias. Questione sobre formatos e tipos de arquivos para a
produção.
■ Inove sempre.
■ O fazer diferente e o seguir por caminhos alternativos e inusitados, geralmente trazem bons resultados.
Relações Públicas
86 | Pontes de Esperança
Visitar as autoridades é de suma importância para a igreja, visto que geralmente ela é pouco conhecida por
tais pessoas e, muitas vezes, é confundida com mais uma igreja evangélica.
Manter boas relações com as autoridades facilitam a apresentação de projetos governamentais ou fazer
alianças com o governo para a realização de projetos da igreja.
A visita a autoridades implica em planejamento, ter paciência e perseverança para conseguir ser recebido.
Muitas vezes, as autoridades não conhecem a igreja e assim não julgam necessários nos receber.
As visitas não devem se restringir às autoridades governamentais, mas também a outras pessoas, dire-
tores de meios de comunicação, gerentes de empresas, líderes formadores de opinião, etc.
Cumprimentos protocolares O ideal é pedir uma audiência para cumprimento protocolar, quando este é o motivo, as autoridades estão
mais dispostas a conceder a audiência. É importante que a primeira visita não seja para pedir algo ou para solucio-
nar algum problema. As pessoas estarão mais dispostas a nos ajudar se já nos conhecerem e à igreja.
I. Objetivos: Os objetivos para uma visita são:
1. Cumprimento: A Igreja cumprimenta as autoridades.
2. Tornar a Igreja conhecida: Visto que muitas autoridades desconhecem a Igreja e todas as suas atividades,
especialmente as que dizem respeito ao apoio social, é importante tornar conhecido o funcionamento de suas
atividades.
3. Oferecer os serviços da Igreja: É importante ao se visitar uma autoridade oferecer alguns serviços em favor
da comunidade, os quais podem ser realizados pelos Desbravadores, pelos jovens, ASA, colégios e outros.
Além do mais, muitas entidades governamentais lidam com alguns recursos para os projetos comunitários que
a Igreja pode aproveitar.
4. Aproximar-se da autoridade: É importante dar-se a conhecer às autoridades e conseguir certa proximidade
pessoal, preocupando-se por alguma situação pessoal que pode ter-se abatido sobre elas (enfermidade, proble-
mas familiares, etc.).
5. Orar pela autoridade: É importante considerar que as autoridades devem conhecer a mensagem, visto que
também necessitam de salvação e de nossas orações.
Relações Públicas | 87
II. Quando Realizar a Visita: Há certas ocasiões mais propícias para realizar a visita.
1. Quando a autoridade é empossada: Sempre que uma autoridade é empossada deseja um tempo para rece-
ber os cumprimentos protocolares e essa é uma boa oportunidade para fazer a primeira aproximação.
2. Quando se chega a determinado lugar: Quando um pastor assume um novo distrito ou é nomeado um novo
administrador do campo, será bom visitar as autoridades e apresentar-se como autoridades da Igreja Adventis-
ta do Sétimo Dia.
3. Um plano especial: Quando a igreja tem algum plano ou programa especial que seria bom dar a conhecer
à autoridade, será propício fazer a visitar e informá-la do plano. Ainda, caso haja o desejo de que a autoridade
esteja presente ao evento, o melhor para conseguir isso será fazendo uma visita a seu escritório, convidando-a
pessoalmente.
4. Uma situação especial: Quando a igreja passa por alguma situação problemática e que necessita da ajuda da
autoridade para resolvê-la ou para executar alguma atividade, será bom fazer uma visita pessoal para solicitar
o apoio. Mas essa visita deve ser feita caso a autoridade já nos conheça. Não é bom fazer a visita pela primeira
vez e já solicitar ajuda. Dificilmente seremos apoiados se não formos conhecidos.
5. Datas ou acontecimentos especiais: Será bom visitar as autoridades quando sua instituição estiver fazendo
aniversário, no Dia Pátrio, no aniversário da autoridade, etc. Também quando ocorra um evento relevante, al-
gum feito especial ou alguma tragédia lhes aconteceu.
III.- Como Realizar a Visita: 1. Agendar junto ao chefe de gabinete ou à secretária: Para conseguir a visita, deve-se primeiro contatar, por
telefone ou correio eletrônico, o chefe de gabinete ou a secretária, ou ainda a pessoa encarregada da agenda
das audiências. Deve-se explicar que determinada autoridade da Igreja Adventista do Sétimo Dia deseja realizar
uma visita protocolar. Deve ficar claro que uma autoridade eclesiástica deseja visitar outra autoridade.
2. Confirmar a audiência: Uma vez obtido o dia e a hora da visita, será bom no dia anterior telefonar para con-
firmar o encontro a fim de evitar mudanças de última hora e ainda, dá seriedade à visita.
3. Levar presentes: Com antecedência, devem ser preparados os presentes que serão entregues à autoridade.
Não deve faltar o Livro Missionário e a revista Esperança Viva, e alguma outra de nossas publicações, especial-
mente relacionada com a atividade da autoridade. O ideal é que alguns dos livros contenha uma dedicatória
para que fique como lembrança da visita.
88 | Pontes de Esperança
4. Ter paciência: Ao visitar uma autoridade deve-se reservar um tempo apropriado visto que, muitas vezes, de-
vido à agenda da autoridade há demora para o atendimento e assim há que ser paciente. Porém, deve-se ter o
cuidado de chegar com alguns minutos de antecedência o que mostra respeito pela autoridade. 5. Vestimenta:
Ser cuidadoso com a vestimenta. A primeira impressão que damos à autoridade é muito importante. O melhor
é o traje formal, roupa bem passada, sapatos lustrados, cabelo bem arrumado, tudo bem combinado, etc.
5. Informação sobre a autoridade: Antes de efetuar a visita, é importante obter o máximo de informação possí-
vel sobre a autoridade, como por exemplo: partido político, casado, solteiro, divorciado, convive com os filhos,
há quantos anos exerce o cargo, conhecimento e atividades prévias com a igreja, etc. Tudo isso nos dará maior
segurança ao conversarmos e poderá nos ajudar a iniciar o diálogo.
IV. Esquema da Visita: Assim que vocês forem introduzidos à presença da autoridade, será bom seguir uma de-
terminada ordem, se possível.
1. Cumprimento: A autoridade deve ser cumprimentada pelo nome, usando o título de senhor, salvo no caso
do presidente da república, quando deve ser utilizado o título Vossa Excelência, ou também mencionando o
cargo. Um dos visitantes deve apresentar os demais referindo-se ao cargo que ocupam, começando pela maior
autoridade da igreja, presente.
2. Entrega do cartão: Será bom, ao se apresentarem, entregar um cartão de visita à autoridade para que possa
lembrar-se do nome.
3. Introdução:
a) Agradecer a recepção: Em primeiro lugar, agradecer à autoridade por os estar recebendo, por abrir espa-
ço na agenda para vocês.
b) Ver que a autoridade fale de si mesma: Fazer-lhe algumas perguntas que permitirão à autoridade falar
de si mesmo e isso é muito bom.
Relações Públicas | 89
c) Descobrir o que ela já conhece da Igreja: perguntar se conhece algo a respeito da Igreja Adventista e, caso
não saiba muito, explicar os itens principais.
4. Desenvolvimento:
a) Expor o objetivo da visita: Imediatamente depois dos cumprimentos e da introdução, assim que a autori-
dade o permitir, deve-se apresentar diretamente o motivo da visita, salvo se a autoridade prolongar a intro-
dução. Expor o motivo da visita, se for protocolar, dizer que vieram para cumprimentá-lo, especialmente se
tiver recém-assumido o cargo, e felicitá-lo. Caso seja a autoridade da IASD que acaba de assumir seu cargo,
dizer que vem para se apresentar e colocar-se às ordens no que puder ajudar. Se a visita tiver um motivo
especial, este deve ser exposto com clareza, com todos os dados necessários disponíveis e tentando obter
da autoridade uma definição a respeito da situação e a tomada de decisão.
b) Dar a conhecer a Igreja: Se a introdução não se aprofundou a respeito da Igreja, este é o momento para
fazê-lo, especialmente da igreja do território, ressaltando as ações educacionais e sociais realizadas. As auto-
ridades têm interesse nisso. Deve-se apresentar cifras, visto que muitas vezes as autoridades solicitam dados
como: número de igrejas, membros, escolas, etc. nesse território.
c) Oferecer os serviços da Igreja: Um aspecto importante para as autoridades é conhecer no que a Igreja
pode ajudar nas suas tarefas, incluindo explorar a possibilidade de apresentar projetos e obter recursos para
ações sociais.
d) Ouvir a autoridade: Muitas vezes a autoridade comenta seus projetos, inquietações ou desafios. Aí pode-
mos descobrir alguns aspectos nos quais a Igreja pode cooperar.
5. Conclusão:
a) Concretizar compromissos e recapitular: Finda a reunião, será bom repassar os compromissos feitos,
quer pela autoridade ou pelos visitantes da Igreja, e perguntar quem é o responsável por concretizar a pro-
posta da autoridade.
90 | Pontes de Esperança
b) Agradecer à autoridade: Sempre reiterar o agradecimento pelo tempo que foi dedicado e a gentileza de
nos receber.
c) Entregar o presente: Nesse momento devem ser entregues os obséquios trazidos para a autoridade.
d) Fotografia: É sempre importante tirar uma foto com a autoridade para que seja publicada em uma notícia
para a web. Pode-se pedir a uma secretária ou pessoas da imprensa, no escritório da autoridade, ou levar
alguém para tirar as fotos. Será bom, ao tirar a fotografia ver que a autoridade tenha nas mãos o obséquio,
especialmente a revista Esperança Viva ou o livro missionário.
e) Orar: Sempre será oportuno orar pela autoridade. Eles ficam agradecidos por esse gesto e, até mesmo,
alguns se emocionam.
f) Despedida: Depois de orar, despedir-se da autoridade e de seus colaboradores e sair.
6. Conselhos durante visita:
a) Sentar-se no lugar indicado pela autoridade: Ao entrar em um lugar de reunião, esperar o convite da au-
toridade e sentar-se no lugar por ela indicado. Caso vocês sejam introduzidos no recinto antes da autoridade,
perguntar a quem de direito, onde deverão se sentar.
b) Ordem ao tomarem o assento: Deve-se ter cuidado de que a autoridade principal da Igreja se assente
mais próximo da autoridade.
c) Estar atentos para não interromper a autoridade: Quando a autoridade estiver falando, não é próprio
interrompe-la, salvo se fizer alguma pergunta de que devamos responder ou se tivermos um comentário
muito oportuno.
Relações Públicas | 91
d) Cuidar com a linguagem: Quando estivermos falando com a autoridade, deve-se cuidar para não utilizar
linguagem denominacional que poderá ser incompreensível para a autoridade. Ao apresentar a Igreja à auto-
ridade, os termos Divisão, União, Associação, Missão, Campo devem ser adequados para que as autoridades
os entendam e qual é a jurisdição territorial que a autoridade da Igreja representa. Exemplo: O Presidente
de Divisão Sul-Americana deve ser apresentado como o Presidente da Igreja Adventista do Sétimo Dia para
a América do Sul.
e) Ter cuidado com os comentários: Deve-se ter cuidado com os comentários que fazemos e que poderão
ofender à autoridade ou à comunidade que ela representa. Para evitar essa situação, é melhor obter o maior
número possível de informações a respeito da autoridade.
f) Não se delongar desnecessariamente: As autoridades são pessoas muito ocupadas e assim buscam otimi-
zar seu tempo. Portanto, a visita deve ser bem pontual, visto que do contrário, alguns pontos importantes
poderão deixar de ser tratados. Deve-se também levar em conta que, às vezes, a autoridade se alonga e,
nesse caso, não há necessidade de preocupação, pois nesse contexto ela aprofunda o relacionamento e os
laços de amizade.
V. Conselhos para Depois da Visita: Ao deixar o escritório da autoridade, deve-se considerar alguns conselhos
para que as portas permaneçam abertas para a continuidade do relacionamento com a autoridade.
1. Agradecer à secretária ou ao Chefe de Gabinete: Não se deve esquecer que a pessoa que agendou a audi-
ência é a porta de entrada para a autoridade e assim ao se retirar, deve-se agradecer à pessoa que conseguiu
a audiência e manter contato com ela. É bom deixar-lhe um presente e nosso cartão de visita pois, no futuro,
se necessário, poderá entrar em contato conosco.
2. Cumprir as solicitações ou requerimentos: Se nos comprometemos em algo com a autoridade, não deve-
mos deixar de cumprir, pois isso irá fechar as portas para solicitações posteriores.
92 | Pontes de Esperança
3. Manter contato com a autoridade. É bom buscar manter relacionamento com a autoridade. Caso a en-
contre em algum lugar, vá cumprimentá-la, lembrando-a de quem você é e da visita que fez, a fim de ajudá-la
a identificá-lo e, desta forma, você passe a ser-lhe um conhecido. Não se esqueça de lhe enviar um cartão
de cumprimentos pelo seu aniversário, pelo aniversário da instituição, cartão natalino e de Ano Novo, etc.
4. Convites à autoridade: Não se esqueça de convidar a autoridade para algum evento realizado pela igreja.
Isso permitirá à autoridade nos conhecer melhor e a nós, formar laços de amizade com ela.
Noções de cerimonial
Definição O dicionário Aurélio define cerimonial como “cerimônia religiosa” e evento como um “acontecimento”. Ceri-
monial é, também, o “conjunto de formalidades que se devem seguir num ato solene ou festa pública”, assim como “o
setor administrativo a que elas estão afeitas” – Apesar de a palavra “etiqueta” também ser apresentada pelo Aurélio
como um dos significados de cerimônia, ela possui inúmeras outras facetas e direcionamentos que iremos tratar ao
final deste capítulo.
Apresentação O conhecimento de cerimonial nunca teve tanta importância como nos dias atuais, pois é uma arte com
filosofia e normas de conduta desenvolvida ao longo dos séculos. Seu formalismo e hierarquia não são estáticos e
sem vida; evoluem constantemente.
Todo evento, oficial ou não oficial, segue uma programação constituída por um conjunto de itens e forma-
lidades. Tratando-se de cerimonial de casamento, de ato religioso ou de uma festa comemorativa corporativa, é o
cerimonial que determina a sequência dos acontecimentos.
De acordo com o embaixador Augusto Estellita Lins “cerimonial é fenômeno profundo, no qual se estriba
todo o comportamento social dos participantes de um evento”.
CERIMONIAL é, acima de tudo, bom senso e bom berço – educação, flexibilidade, paciência, cordialidade e
outros requisitos mais. Daí dizer-se que cerimonial nos dá uma nova visão do todo, da organização geral em todos
os níveis de convivência e relacionamentos ou detalhes do cotidiano.
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Os códigos de comportamento têm passado de geração para geração, sofrendo modificações naturais de
qualquer processo evolutivo. Um dos principais focos aponta para a criatividade, a ética e a competência no que
fazemos – ESMERO.
Objetivos Dar ordem e dignidade aos eventos e evitar constrangimento entre as partes participantes.
Cerimonial e protocolo Como muitos fazem confusão, é bom esclarecer: o protocolo é considerado a NORMA e o cerimonial a
FORMA. Protocolo é a codificação, ampliação e supervisão das regras do cerimonial.
A postura cerimonialística moderna prega a SIMPLICIDADE, a ESPONTANEIDADE, a PRATICIDADE e a OBJE-
TIVIDADE das nossas atitudes, que devem ser sempre coerentes com o contexto ao qual estamos inseridos.
Ainda segundo o embaixador Augusto Estellita Lins “No cerimonial atual, podemos decretar a simplicidade
no comer, beber e vestir sem fazer, porém, concessões à vulgaridade”.
Funções do cerimonial
■ Organização: disciplina as relações de modo geral entre as pessoas.
■ Ordenação: estabelece o respeito à ordem instituída na família, nas relações sociais,
políticas e institucionais.
■ Hierarquização: estabelece a precedência, ou seja, respeita a hierarquia.
■ Perpetuação e tradições: estilo e requinte nos atos simples da vida humana, tais como: inaugurações, pos-
ses, casamentos, etc.
■ Semiológica: utiliza imagens relacionadas a gestos, vestuários, ritos, etc.,
94 | Pontes de Esperança
respeitando a linguagem adequada a cada situação, as formas de tratamento, de cortesia às
expressões oficiais, diplomáticas e afins.
■ Política: facilita as relações entre poderes e hierarquias; evita disputas de poder, de
conflitos, de prestígios e até de valores subjetivos como a vaidade e a futilidade.
■ Comunitária: harmoniza as relações entre grupos ou conjuntos sociais.
■ Legislativa: legaliza as regras e normas do cerimonial oficial no país e as de reciprocidade internacional.
■ Estética: dá harmonia, beleza às ações e aspectos do ato.
■ Educativa: instrumento pedagógico por excelência; prega o convívio e a preservação
da tradição e da história.
Cinco aspectos básicos de um evento Para Gilda Fleury Meireles “evento é um instrumento institucional e promocional, utilizado na comunica-
ção dirigida, com a finalidade de criar conceito e estabelecer a imagem das organizações, produtos, serviços, ideias
e pessoas, por meio de um acontecimento previamente planejado, a ocorrer em um único espaço de tempo com a
aproximação entre os participantes, quer seja física, quer seja por meio de recursos da tecnologia”.
Em eventos e cerimoniais devemos estar preparados para o previsível, porém mais aptos para adminis-
trarmos o imprevisível. O profissional de eventos deverá encarar seu trabalho com muita responsabilidade, pois
existem vários aspectos envolvidos na execução do evento.
Os eventos se caracterizam por cinco aspectos básicos: porte, data/período, perfil, objetivos e o tipo/espé-
cie. Conceitualmente, entende-se:
1. PORTE: Pequeno: até 200 participantes;
Médio: entre 200 e 500 participantes;
Grande: acima de 500 participantes;
Mega Evento: multidões.
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2. DATA/PERÍODO: Fixas: correspondem normalmente aos eventos religiosos e cívicos;
Flexíveis: segundo conveniência.
3. PERFIL/CLIENTELA: Geral: todo tipo de público;
Dirigido: público que possui afinidade com o evento;
Específico: público claramente definido, identificação com o assunto.
4. OBJETIVO: Pode ser científico, cultural, político, comercial, artístico, religioso, esportivo, etc.
5. TIPO/ESPÉCIE: Cada atividade tem um nome específico.
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Glossário Básico de Tipo/Espécie de Eventos
ConferênciaApresentação de um especialista sobre determinado assunto, objetivando aprofundar um tema específico,
sem que necessáriamente haja debate. Costuma integrar congressos e seminários. Exceção: conferências
nacionais e regionais de governo são, na verdade, conclaves ou congressos.
CongressoProgramação centrada em determinada área do conhecimento, com objetivo de atualização, divulgação ou
transferência de técnicas e novos conhecimentos. Público diverso: estudantes, professores, executivos, etc.
ConvençãoFunciona como um congresso, mas há um maior vínculo entre os participantes. Exemplo: convenção de ven-
das de uma determinada empresa.
SeminárioÉ um congresso de pequeno porte.
DebateDiscussão entre dois ou mais oradores que defendem opiniões divergentes, tendo caráter mais emocional.
O público pode ou não participar. Exemplo: Debate político.
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SimpósioCaracterística de seminário, porém o moderador não interfere. Destinado à apresentação de inovações tecno-
lógicas, pesquisas e experiências. Ele é prático, simples, de pequeno porte e de curta duração. Exemplo: simpó-
sios de medicamentos de determinada indústria farmacêutica.
WorkshopÉ um treinamento, em que há discussões de casos práticos e participação intensa do público. Destina-se a
grupos pequenos e tem como objetivo aprofundar sem tema específico.
ColóquioReunião fechada a credenciados de instituições, categorias ou grupos sociais, para debate de tema de inte-
resse comum, agendado e aprovado com antecedência pelos participantes.
FórumReunião menos formal, em que ocorre um livre debate de ideias com interação maior entre o público e o
palestrante. Exemplo: fórum de discussão sobre a leis da vigilância sanitária.
EncontroMuito utilizado no campo das ciências humanas e sociais, tem como objetivo a exposição de trabalhos, estu-
dos e experiências relevantes ao desenvolvimento dessas áreas do conhecimento.
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JornadaReunião de profissionais destinada a determinada área do conhecimento, visando ao treinamento prático
de algum assunto, mediante a utilização de técnicas de dramatização, simulação de casos, dinâmicas, etc.
FeiraSemelhante a exposição ou a salão (Salão do Automóvel, por exemplo). Pode ser de pequeno, médio e
grande porte e geralmente está acompanhada de parte científica (seminário, congresso, etc.)
Mesa redondaReuniões de pequenos grupos compostos por conhecedores de um determinado tema, com troca de opi-
niões, esclarecimentos e conhecimentos. Normalmente há um moderador para dinamizar as exposições e
controlar o tempo. Ao final é aberto um debate entre os próprios expositores, com possível participação do
público.
ComícioGrande ajuntamento de pessoas, antigamente com shows destinado à promoção de candidatos em disputa
por mandato eletivo.
PainelAlguns o colocam como um tipo de evento ou como parte integrante de um seminário.
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OutrosAlguns tipos de eventos, como: almoço, jantar, entrevista coletiva, posses, transmissões de cargos, inaugura-
ções, assinaturas de atos, entrega de condecorações, etc.
Procedimentos da organização1. Para cada evento se deve montar um kit para a equipe de apoio, a fim de informá-la sobre a programação,
quem são os coordenadores, as autoridades, os palestrantes, e demais informações necessárias à realiza-
ção do evento.
2. Realizar reunião prévia antes do evento (dia antes ou horas antes do início) com toda a equipe envolvida
para repasse de informações e kit do evento.
3. Definir vestimenta ou uniforme para a equipe.
Modelo de kit do evento para equipe de apoio
1. Programação do evento ou folder que contenha a programação;
2. Bloco de anotações e caneta;
3. Lista de contatos (função, nome e telefone celular, de preferência) dos envolvidos: coordenação, recepção,
serviço de áudio-visual, serviço médico, serviço de táxi e “SAMU”;
4. Descritivo das funções de cada área, equipe do auditório, equipe da secretaria, equipe das atividades so-
ciais/culturais, etc.;
5. Horários de trabalho;
6. Informações sobre alimentação ou horário destacado para a alimentação;
7. Informações gerais sobre o evento. Em caso de dúvida os participantes deverão recorrer à equipe de apoio
para saná-las.
100 | Pontes de Esperança
Dicas importantes■ Faça reconhecimento dos locais do evento, tais como: auditórios e plenários, banheiros, serviço médico,
área de alimentação dentre outros. Preste muita atenção, pois sua equipe é responsável pela boa condução
do evento;
■ Em hipótese alguma diga ao participante “não sei!” Diga que vai averiguar ou indique alguém da coordena-
ção/organização para responder;
■ Conversas paralelas e comentários que não se refiram ao evento devem ser evitados;
■ Ao falar com o participante, coordenador, organizador, palestrante ou colega, preste atenção ao que ele
necessita, não dispersando o olhar;
■ Mantenha-se informado sobre eventuais mudanças de horário, local e outras referentes ao evento;
■ Quando precisar se ausentar do recinto para idas ao toalete ou outros motivos, avise ao companheiro de
equipe e procure não demorar;
■ Cabelos compridos soltos ficam mais bonitos, mas se o seu trabalho no evento inclui fazer atendimentos
ás autoridades que estejam sentadas é conveniente que eles estejam presos, a fim de não encostá-los na face
dessas pessoas;
■ Mantenha um folder, bloco de rascunho e caneta consigo para informações e recados;
■ Todas as informações recebidas deverão ser guardadas e repassadas à coordenação para relatoria das
atividades. Caso alterações na programação ou atividades relacionadas ao evento sejam recebidas por pes-
soas que não façam parte da coordenação, cheque se a informação procede.
■ Respeite os horários de chegada e saída do evento.
Dicas para equipe de secretaria■ Organizar listas de presenças, listas de etiquetas para o crachá e material do participante;
■ Caso não haja computador na secretaria, deixar uma caneta para fazer crachás de novos inscritos;
■ Uma secretaria sempre organizada mostra ao participante zelo para com o evento;
■ Deixar sempre programações extras à disposição;
■ Manter lista de contatos atualizada para auxiliar os participantes;
■ Organizar o atendimento para que o participante entenda o funcionamento da secretaria;
Relações Públicas | 101
■ Não guarde objetos pessoais de participantes sem comunicar a equipe. Identifique o objeto com nome e
número do celular do proprietário. Nunca deixe a secretaria sozinha; organize-se em revezamento;
■ Definir horário de atendimento.
Dicas para equipe de auditório■ Manter consigo o kit do evento;
■ Registrar em formulário próprio, ou no bloco de rascunho, o horário de início e término de cada palestra ou
painel, mudanças na apresentação, mudanças na programação, problemas operacionais, etc.;
■ Apresentar-se ao palestrante, informar sobre os procedimentos da palestra, definir o formato do debate e
deixar claro que você será a ponte entre ele e o apoio do evento;
■ Não leve materiais de leitura que possam afastar sua percepção dos acontecimentos do auditório;
Convites Devem conter os elementos básicos, que são os seguntes: quem convida, tipo de evento, menção
de presença de alguma personalidade, local, data, hora. Se for o caso, indicar que é intransferível.
Pedir confirmação R.S.V.P., que é a abreviação de Répondez S’il Vous Plaît, uma expressão francesa, que,
traduzida para o português significa, “Responda, por favor”. Abreviação muito utilizada em convites de grandes
eventos para a confirmação da presença dos convidados para um melhor planejamento.
A entrega deve ser feita com antecedência de dez dias para os convites formais, e para os menos formais,
oito dias, por meio de: entrega direta, oficio ou correio. Para as autoridades, o convite impresso deve ser enviado
acompanhado de um ofício. Os convites formais devem usar o termo “honra” e os menos formais: “prazer”.
Atividades sugestivas Todos nós, membros da igreja, não importando a escolaridade ou a situação social, mostramos em nosso
relacionamento diário uma imagem positiva ou negativa sobre a Igreja Adventista do Sétimo Dia.
O Departamento de Comunicação poderá organizar ou promover as diversas atividades desenvolvidas pela
igreja com o objetivo de relacionar-se com a comunidade não adventista.
A fim de divulgar o nome da Igreja Adventista do Sétimo Dia, sua filosofia e seus princípios de vida à comuni-
dade, seguem abaixo algumas ações que poderão ser desenvolvidas em parceria com outros departamentos da igreja:
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Exposições Por meio de convênio de algum Centro Universitário Adventista ou biblioteca regional, promova expo-
sições, das atividades da ADRA, Escola Adventista, coleções de fotografias, pinturas, trabalhos de artesanato,
artigo de coleção, artigos raros, peças de arqueologia, coleção de Bíblias, etc. Essas são algumas ideias que
podem ser complementadas com palestras de especialistas e filmes.
Encontros musicais Periodicamente, em conjunto com o Departamento de Música realize uma apresentação musical de exce-
lente qualidade, com músicos da igreja local ou convidados.
Se possível realize em auditório, preparando convite impresso e convidando pessoalmente as autoridades
e familiares. O programa deverá começar na hora marcada e ter aproximadamente uma hora e meia de duração.
Culto de ação de graças Em alguns países, convencionou-se dedicar a quarta quinta-feira do mês de novembro como “Dia de Ação
de Graças”. Trata-se de um culto público com convites às autoridades e ao público em geral, no qual se louva ao
Senhor por bênçãos e proteção.
Considerando as adversidades que se abatem aqui e ali, a vida e a saúde são dádivas que merecem grati-
dão. O programa deve ser atraente, com a duração de uma hora e quinze minutos, no máximo. Esse culto tem o
objetivo de lembrar ao público e autoridades as dádivas de nosso Pai Celeste. Um convite deve ser preparado com
os objetivos do culto.
Visitas a hospitais No silêncio do ambiente, nos momentos difíceis de enfermidade, as pessoas encontram tempo para refle-
xão, o que nem sempre tiveram antes. Nesses períodos, o homem se torna mais interessado em receber algo que
lhe possa trazer conforto.
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Visita a cemitérios No “Dia de Finados” um grupo jovens ou coral da igreja pode estar em algum local de grande circulação
cantando hinos de conforto e entregar cartões com uma pequena mensagem de esperança.
Apresentações públicas por
ocasião da páscoa e natal O departamento de Música poderá preparar uma cantata ou elaborar um repertório com hinos alusivos à
ocasião. As apresentações podem ser ao ar livre, em praças públicas ou em centros comerciais, fazendo os devidos
arranjos administrativos com antecedência.
É um momento de louvar e distribuir alguma literatura de esperança e paz.
Aniversários de instituições públicas ou veículos de comunicação
Pesquisar as datas de aniversários e enviar mensagem de agradecimento pelos serviços prestados felici-
tando essas organizações por sua existência.
Aniversário da cidade Enviar mensagem ao prefeito e ao presidente da Câmara. A mensagem deve ser simples, direta, sem pre-
âmbulos, na forma de comunicação oficial.
Inauguração de obras públicas Por ocasião inauguração de importantes obras públicas de relevante valor social, também é adequado
enviar ao prefeito uma mensagem de congratulações. Esse tipo de manifestação demonstra que a Igreja Adven-
tista está presente e é participante dos acontecimentos importantes do Município.
104 | Pontes de Esperança
Eleição, nomeação ou posse
de autoridades Devemos ser bastante cuidadosos, mas quando as circunstâncias forem favoráveis, poderemos enviar
mensagem de congratulações às autoridades por sua eleição, nomeação e posse em cargos públicos de relevância.
Trata-se de uma demonstração de respeito e apreço.
Mensagem alusiva a datas cívicas Esses fatos transcendentais marcam a vida nacional e merecem respeito de todos os cidadãos. Deveríamos
enviar mensagens às autoridades da região onde está localizada a igreja.
Essas mensagens criam ou desenvolvem simpatia e respeito para com a nossa igreja ou instituição. Muitas
vezes, a Igreja Adventista permanece no anonimato por falta de comunicação.
Revista Esperança Viva O Departamento de Comunicação da igreja local também engloba as atividades de relações públicas.
Outra atividade que deve acontecer é a visita a autoridades governamentais, associações de classe, asso-
ciações de bairro, empresas, jornais, rádios, formadores de opinião, etc. O objetivo primordial é comunicar uma
adequada imagem da Igreja Adventista do Sétimo Dia, de seus princípios e valores.
Para realização desta atividade será necessário conhecer a estrutura da igreja, além de levar uma literatu-
ra. A mais recente ferramenta para relações públicas da Divisão Sul-Americana é a revista Esperança Viva.
Portfólio da Igreja Adventista A revista Esperança Viva é um produto editorial para informação sobre a filosofia e estrutura da Igreja Ad-
ventista do Sétimo Dia na América do Sul. Faz parte de um planejamento estratégico de visibilidade da igreja entre
formadores de opinião nos países sul-americanos.
Descrição: linha editorial jornalística, imparcial, mas com focos bem definidos de abordagem dos segmen-
tos, serviços e agenda da Igreja em todos os seus níveis, departamentos e organizações. Apresentação no formato
de revista com aproximadamente uma centena de páginas.
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A revista está dividida em editorias:
Missão Global: mostra o pensamento e filosofia da Igreja, suas crenças fundamentais, posição pelo cria-
cionismo e pela vida; apresenta a administração da Igreja, com seu organograma mundial; visão do sábado; igrejas
na América do Sul.
Ação social adventista: mostra os projetos criados para atender ao desenvolvimento da qualidade de
vida dos povos. “Vida por Vidas”, “Mutirão de Natal”, “Quebrando o Silêncio”, campanhas de alfabetização de adul-
tos e atividades.
ADRA: o trabalho para a inclusão social na América do Sul, número de voluntários envolvidos nos projetos;
importância das atividades para o interesse público e percepção de governos e iniciativas privadas sobre a atuação
de projetos dessa natureza.
Educação: cobertura das universidades e sistema adventista de educação; o papel da educação adventista
na formação de pessoas produtivas para o mercado de trabalho sul-americano; os prêmios e reconhecimento da
educação adventista; a quantidade de empregos gerados pela rede, contribuindo para o desenvolvimento econô-
mico dos países.
Saúde: apresenta trabalho desenvolvido na área de saúde preventiva e de qualidade de vida. Informa so-
bre clínicas, hospitais, serviços médicos em regiões distintas nos países sul-americanos, as campanhas focadas na
qualidade de vida, o estímulo para uma alimentação saudável; também informa sobre a importância da indústria
de alimentos oferecendo produtos saudáveis no mercado em um momento crucial, de reflexão sobre padrões sau-
dáveis de consumo.
Comunicação, rádio, TV, internet e produtora: emissoras de televisão, rede de emissoras de rádio,
produtos de imprensa, agências eletrônicas, entre outras atividades.
Editoras: O papel do Ministério de Publicações para o desenvolvimento da leitura, literatura de formação
cultural e espiritual, bem como a geração de empregos, sempre fundamental para o crescimento dos países.
Famílias: pautas sobre campanhas contra o abuso e violência na família; orientações sobre a vida familiar;
atividades focadas na administração da vida; palestras, orientações conjugais, fortalecimento de valores familiares.
Desenvolvimento humano: atividades cívicas, humanitárias e focadas no desenvolvimento de setores
humanos como jovens, crianças, adolescentes e mulheres; manifestação contra a violência e contra as drogas.
Acampamentos, habilidades manuais, palestras, definição e atividades dos desbravadores. A contribuição social
e política desses departamentos para o crescimento dos países.
106 | Pontes de Esperança
Livros denominacionais para relações públicas Estes são alguns livros que podem ser oferecidos a um amigo ou a uma autoridade nas visitas de relações
públicas:
Estes livros, entre de outros, apresentam o evangelho de maneira agradável, sem entrar em doutrinas e sem susci-
tar polêmicas. São excelentes para esse trabalho.
Pronomes de tratamento
■ Utilize VOSSA EXCELÊNCIA (V.Exª) para:
• Presidente da República;
• Vice-presidente da República;
• Ministros de Estado;
• Chefe do Estado Maior das Forças Armadas;
• Chefe do Gabinete Militar da Presidência da República;
• Chefe do Gabinete Civil da Presidência da República;
• Presidentes e membros das Assembléias Legislativas dos Estados;
• Governadores de Estado e Vice-Governadores;
• Prefeitos municipais;
■ Livro missionário
■ Vida de Jesus
■ O Desejado de Todas as Nações
■ Parábolas de Jesus
■ O Grande Conflito
■ Ciência do Bom Viver
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• Secretários de Estado, senadores, deputados;
• Juízes do trabalho, juízes de Direito e juízes eleitorais;
• Procurador-geral da República;
• Embaixadores e cônsules;
• Generais e marechais;
• VOCATIVO: Excelentíssimo Senhor (Exmº Sr.) e Meritíssimo (MM) para juízes.
■ Utilize VOSSA SENHORIA (V. Sª) para:
• Funcionários graduados;
• Organizações comerciais e industriais;
• Particulares em geral;
• VOCATIVO: Ilustríssimo Senhor (Ilmº Sr.).
■ Utilize VOSSA EMINÊNCIA (V. Emª) para:
• Cardeais;
• VOCATIVO: Eminentíssimo Senhor (Emmº Sr.).
■ Utilize VOSSA EXCELÊNCIA REVERENDÍSSIMA (V. Exª. Revmª) para:
• Arcebispos e bispos;
• VOCATIVO: Excelentíssimo Senhor (Exmº. Sr.).
■ Utilize REVERENDO (Revdº.) para:
• Sacerdotes;
• Clérigos;
• Religiosos;
• VOCATIVO: Reverendo.
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■ Utilize VOSSA MAGNIFICÊNCIA para:
• Reitores de Universidades;
• VOCATIVO: Magnífico Reitor
■ Utilize VOSSA MAJESTADE (V. M.) para:
• Imperadores;
• Reis e rainhas.
■ Utilize VOSSA ALTEZA (V. A.) para:
• Príncipes e princesas.
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Composição de participantes (precedência)
Uma das responsabilidades do cerimonial e protocolo é a de cuidar para que os convidados sintam-se re-
conhecidos pela posição social que ocupam. A precedência de uma autoridade em relação a outra é determinada
de acordo com o evento ou cerimônia. Se há participação de autoridades públicas, primeiro se aplica a lista oficial
de precedência, para as mais altas autoridades, e depois se alternam com os que estiverem presentes conforme a
hierarquia organizacional.
Nas composições de mesas ou plataformas devem ser observadas as precedências. Em situações difíceis,
o bom senso também deve se fazer presente. Veja algumas situações:
Composição de plataforma
Culto com participantes locais
1. Orador
2. Segunda pessoa mais importante
3. Segunda pessoa mais importante
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
4 2 1 3 5
Culto com convidados
1. Orador
2. Anfitrião
3. Segunda pessoa mais importante
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
4 2 1 3 5
No momento da apresentação três opções são possíveis, sendo a primeira a melhor.
1. Apresentar o orador em primeiro lugar e os demais na sequência;
2. Apresentar na sequência, deixando o orador por último;
3. Apresentar na ordem em que estão sentados.
110 | Pontes de Esperança
Composição de mesa conforme precedência
Evento em que há homenagem sem presença
de chefes de poder
1. Anfitrião (abrirá e presidirá)
2. Homenageadoe
3. Primeira pessoa mais importante
4. Segunda pessoa mais importante
5. Terceira pessoa mais importante
4 2 1 3 5
Evento em que dá homenagens e chefes de poder
1. Chefe do poder (abrirá e, se desejar, presidirá)
2. Homenageado
3. Anfitrião (se o primeiro não presidir, cabe ao anfitrião
4. Pessoa mais importante na seqüência
5. Pessoa mais importante na seqüência
4 2 1 3 5
Composição de mesa conforme precedência
Evento com mesa composta com número ímpar
1. Orador
2. Segunda pessoa mais importante
3. Anfitrião
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
4 2 1 3 5
Evento com mesa composta com número par
1. Orador
2. Anfitrião
3. Segunda pessoa mais importante
4. Terceira pessoa mais importante
5. Quarta pessoa mais importante
6. Quinta pessoa mais importante
3 1 2 4 65
)
Relações Públicas | 111
Plataforma1. O apresentador entra com a plataforma ou na hora da apresentação
2. O primeiro a ser apresentado é o orador
3. Após, devem ser apresentados os da direita e depois os da esquerda
4. Ao apresentar, dizer o nome completo e a função na igreja, sem intimidade
5. Apresentar como irmão, a não ser que o título interesse ao tema
6. Orientar os participantes para que se dêem a conhecer quando apresentados
7. Evitar apresentar antes de dar a palavra ao pregador.
LinguagemPrecisa ser clara e compreensível a qualquer pessoa. Devem ser evitados igrejismos ou jargões adventistas tais
como:
■ Espírito de Profecia ou Pena Inspirada – usar escritora Ellen White
■ Apostatados – pessoas que se distanciaram da igreja.
■ Corinho – cântico ou hino.
■ Departamental – Diretor do Departamento de Comunicação, Jovens, etc...
■ Distrital – ao apresentar o Pastor responsável pelo Distrito Pastoral de ....
■ Siglas - JA, ADRA, MM... – devem ser explicadas como Jovens Adventistas, Agência Adventista de De-
senvolvimento e Recursos Assistenciais, Ministério da Mulher, etc.
SaudaçõesUsar linguagem correta para os membros da igreja e visitantes.
■ “Vamos cantar o hino...” – Apresentar sempre o nome do Hinário onde se encontra o hino, o título do
hino e depois o número do hino.
■ Palavras sem “R” ou “S”
■ Para nosso “deleite”... – Cuidar com palavras que possam ter duplo significado.
112 | Pontes de Esperança
Organização e controle de eventos Para gerenciar e organizar um evento é preciso entender a palavra evento em sua essência. O dicionário
Aurélio nos traz uma definição bastante clara: “Atividade que busca uma ocasião extraordinária ao encontro de
pessoas com uma finalidade específica.”
Independentemente da característica do evento devemos sempre pensar em algo extraordinário, um con-
vidado especial, um programa todo diferente e elaborado para atrair pessoas com um propósito. Essa ocasião
muito especial pode ser um culto, uma vigília, um louvor, ou seja, todas as atividades em que um grupo de pessoas
se reúna com um fim especifico.
Mas antes de entrarmos no planejamento em si, existem questões importantes a serem respondidas no
desenvolvimento das fundamentações estruturais de um evento. Essas questões básicas nos levarão a descobrir o
potencial e as ideias centrais para o bom planejamento.
■ Por que o evento está sendo feito?
■ Quando o evento será realizado?
■ Onde o evento acontecerá?
■ Qual é o conteúdo do evento?
■ Quanto tempo de duração terá o evento?
Uma vez estabelecidas essas respostas, podemos agora definir o planejamento, ações organizacionais e a
equipe envolvida no decorrer do processo.
Dividimos então em três etapas básicas de organização e controle para que o evento realmente tenha o impacto
esperado. São elas:
1. Planejamento;
2. Organização;
3. Postura pessoal da liderança e equipe.
Planejamento eficaz Os primeiros passos do planejamento são os seguintes: definir o orçamento com a comissão organizadora,
definir participações especiais, designar responsáveis pela comunicação do evento, determinar quantidade de coor-
denadores e equipe de staff, conforme o porte do evento.
Relações Públicas | 113
Planejar é reunir uma base de informações necessárias para organizar e levar o projeto adiante. Os fatores
internos e externos devem ser levados em conta durante a tomada de decisão. Seguem os departamentos que
compõe a equipe de organização:
Equipe de StaffDecoração - Pessoa ou equipe responsável pelo visual e aparência do local. Com cenografia quando necessário,
arranjos florais, tecidos, tapetes, mesa de recepção e todos os enfeites necessários para o local.
Segurança - Equipe responsável pela segurança dos carros e das vias de acesso ao local, bem como pela porta de
entrada impedindo o acesso de pessoas que representem risco para a segurança.
Recepção - Equipe que representa o estilo do evento: devidamente treinada, bem apresentável, amável, bem in-
formada para dar instrução aos convidados e receber os participantes direcionando-os para seus devidos setores.
Caso o evento tenha algum material gráfico informativo, compete à recepção entregá-lo.
Manutenção e limpeza - Equipe que representa o nível de profissionalismo e organização do evento (cartão de
visita). Cabe a essa equipe fazer uma lista de materiais necessários para a limpeza e manutenção do local do even-
to tais como: mala de ferramentas, kit de primeiros socorros, descartáveis, sacos de lixo, desinfetante, sabonete,
toalha de papel (jamais usar toalha de tecido), papel higiênico, rodo, pano de chão, vassoura, etc. Fazer um re-
vezamento dentro da equipe para que os banheiros e locais de alto tráfego de pessoas estejam sempre limpos e
perfumados.
Som - Equipe responsável pela sonoplastia. Todos os playbacks e todos os títulos musicais a ser executados du-
rante o evento devem estar à mão da equipe de apoio, tendo sido previamente testados e colocados na ordem
do roteiro feito para a programação. Com esses cuidados certamente não haverá tantos erros seqüenciais do tipo
colocar a música errada para o louvor cantado.
Multimeios (vídeo projetor/telão) - Equipe responsável pelas imagens projetadas durante o evento. Antes do ho-
rário inicial a equipe deverá estar com todo o material que vai ser projetado, fazer os testes e ter, juntamente com
o roteiro, cada uma das projeções previamente ordenadas conforme a programação.
114 | Pontes de Esperança
Estacionamento - A equipe de segurança deverá fazer antecipadamente a marcação do estacionamento para os
convidados especiais e deficientes físicos, além de ordenar a entrada dos carros.
Iluminação – Equipe profissional deve ser contratada para cuidar desse item.
Produtores - Aqueles que idealizam e escrevem o roteiro junto com o criador da programação.
Contra-regra - Responsável por toda a movimentação de palco, as entradas de microfones, instrumentos, cenogra-
fia, marcação e posicionamento de cada uma dos elementos de palco, bem como as entradas de cada participante
organizadamente.
Convidados especiais - São todos aqueles que estão envolvidos na programação de forma especial com músicas,
sermões, testemunhos, etc.
Logística - É necessário formar uma equipe que atue diretamente na condução de todas as compras que precisam
ser feitas para as outras equipes. Também se deve verificar a montagem de cada uma das fases do evento para que o
mesmo possa estar pronto dentro do tempo estabelecido.
Mestre de cerimônias - Deve ser ágil, simpático e atento.
Importante: É preciso ter um propósito, uma missão e visão. A equipe organizadora precisa ter definido o objetivo do
evento para que ele aconteça a contento. A missão diz onde estamos e a visão diz para onde vamos. Os organizado-
res precisam saber por que estão promovendo aquele evento, se para mera satisfação pessoal ou para realmente
alcançar objetivos nobres e apressar a volta do nosso Senhor e Salvador Jesus. Muitas vezes ao pararmos para
pensar qual a missão e visão poderemos chegar à conclusão de que o evento não tem propósito. O tema principal
do evento é o que justifica a sua realização.
Relações Públicas | 115
Será que devemos gastar tempo com planejamento? “Deus requer ordem e método em sua obra hoje, não
menos do que nos dias de Israel. Todos os que estão a trabalhar para Ele devem fazê-lo inteligentemente e não de
maneira descuidada” (Patriarcas e Profetas, p. 376).
Organização1. A equipe organizadora deve ser composta por pessoas comprometidas com a Igreja de Deus, com carac-
terísticas e personalidades diversas. Assim teremos por exemplo, idades diferentes, homens ou mulheres, pessoas
atuantes ou não atuantes no mercado de trabalho, etc. Os membros da igreja precisam sentir que são parte atu-
ante do processo.
2. Cada membro tem uma visão diferente e essa diversidade contribui muito para que o evento efetivamente
atinja o objetivo proposto. A equipe organizadora deve saber exatamente quais são suas responsabilidades e quan-
to tempo tem para cumpri-las.
3. Deixe as pessoas livres para expressarem suas ideias, aceite novos desafios, ouça a opinião de todos e, com
a mente aberta, o Espírito Santo falará ao coração de todos que se propuserem a fazer a vontade de Deus e seguir
com humildade o propósito e a missão designada.
4. Cada evento tem sua característica única e, em consequência disso, surgem necessidades peculiares. Po-
demos realizar eventos de grande ou pequeno porte, e diurnos ou noturnos. Para cada um deles é preciso uma
organização específica (por exemplo, os eventos noturnos precisam de estacionamento seguro, cuidados com a
iluminação interna ou externa e pontualidade em sua finalização para que os convidados possam ter condições
próprias de retorno).
5. Existe um organograma que precisa ser colocado no papel para melhor compreensão e visualização de
como o evento funcionará. Exemplo: destacar o líder da equipe organizadora e seus respectivos coordenadores,
para que cada participante da organização do evento saiba a quem recorrer quando tiver uma dúvida a ser escla-
recida, e todos os participantes tenham conhecimento do seu campo e limite de atuação (ver organograma).
116 | Pontes de Esperança
6. Divisão setorial – No planejamento existe a etapa em que as tarefas são divididas por setores. Os setores de
segurança e recepção, por exemplo, são setores que precisam de um grande número de pessoas atuando nas res-
pectivas equipes o que exige que os participantes sejam escolhidos com antecedência e organização, a fim de serem
treinados para exercer a função proposta.
7. Unidade – Cada setor da organização do evento precisa estar conectado com o outro, mantendo, assim, a
unidade do evento. Todos os setores devem ser informados pela coordenação sobre o panorama geral dos acon-
tecimentos. Qualquer mudança de execução e ordem dos acontecimentos será comunicada pelo diretor. Essa co-
municação é fundamental para que o evento seja parte de todo o corpo de membros da igreja, representado pela
comissão organizadora, dando assim, voz a todo sonho e anseio dos membros ali representados. Essa comunicação
deve ser feita através de reuniões acompanhadas de comunicados por escrito. Os comunicados por escrito facili-
tam a compreensão e permitem que a margem de erros de informação diminua.
8. Durante o dia do evento, a unidade da equipe é primordial. Todos devem estar prontos para solucionar pro-
blemas, e não criar mais problemas. As necessidades surgirão e todos precisam ter em mente que foram colocados
naquela função para contribuir de forma grandiosa afim de que o evento aconteça e todos participem de um clima
repleto de companheirismo e comprometimento.
9. O evento só termina quando tudo foi colocado no seu devido lugar: locais foram limpos, pagamentos efe-
tuados, materiais devolvidos e o local se encontra em perfeito estado para devolução. Jamais uma equipe deve se
dividir e permitir que uns fiquem sobrecarregados, enquanto outros não. A mesma equipe que iniciou deve termi-
nar as tarefas de forma responsável e digna. O profissionalismo se encontra nos detalhes que mostramos quando
temos uma equipe unida resolvendo as ocorrências do evento, pensando nos objetivos e não na vontade pessoal
de líderes ou membros da equipe.
Relações Públicas | 117
1. Relacionamento com Deus – As atitudes e reações devem ser compatíveis com as reações que Jesus teria.
Líderes amadurecem quando permitem que Deus os molde. O sacrifício dos líderes é essencial para que eles ob-
tenham sucesso na liderança. Cada palavra deve ser acompanhada de uma atitude coerente com a maneira pela
qual se age.
2. Líderes que amam as pessoas e seguem os princípios Bíblicos, são aqueles que expressam apreciação pe-
los seus liderados. O serviço é o maior exemplo de liderança que devemos seguir. Jesus nos deu esse exemplo e,
fazendo o mesmo conseguiremos que os liderados sejam recíprocos no mesmo sentimento.
3. Existem alguns passos que os líderes devem seguir para encorajar seus liderados:
■ Identifique: declare o que você aprecia. Faça-o de maneira sincera, seja genuíno e autêntico naquilo que
você diz. Lembre-se de que as nossas atitudes falam mais alto que as coisas que falamos. Trate seus liderados
com base no potencial que eles têm, não de acordo com o desempenho deles. Você terá uma maravilhosa
surpresa ao perceber o crescimento positivo na atuação deles.
■ Especifique: seja tão específico quanto possível. Não generalize a respeito do estilo deles, seja preciso e
detalhado em tudo o que você disser.
■ Educação: seja educado, gentil, e sempre peça ajuda. Ao comunicar uma necessidade, agradeça a atuação
usando sempre “por favor”, e “obrigado”.
■ Quantifique: expresse como eles fizeram diferença significativa na sua vida e na realização do evento;
declare palavras honrosas na presença de outros. Fazer essas declarações em público torna o grupo mais con-
fiante e feliz.
■ Exalte: elogie pessoalmente cada um em tempo oportuno. Um abraço de encorajamento no meio da cor-
reria do evento é muito bem-vindo, diminui o stress do momento e estimula a atitude positiva dos liderados.
■ Pequenos detalhes: Muitas vezes são os pequenos detalhes que arruínam a organização de um evento: más
atitudes, falta de encorajamento, coordenadores de equipes impacientes, irritados, fofoca. Os líderes devem
perceber essas coisas e tomar uma atitude firme, impedindo que o mal cresça. Não deve ser permitido que es-
tas atitudes aconteçam. Com amor e firmeza devem mostrar que se uma admoestação não for suficiente para
que uma mudança ocorra, a pessoa que causou o problema será tirada do grupo para o bom andamento de todo
o evento.
Postura pessoal da liderança e equipe
118 | Pontes de Esperança
■ Agradeça: uma vez finalizado o evento, deve ser feito um agradecimento de forma pessoal a cada membro
da equipe, por meio de um simpático cartão.
Para organizar um evento outra sugestão é utilizar um mapa mental ou diagrama.
Mapa mental, ou mapa da mente é o nome dado para um tipo de diagrama, sistematizado pelo inglês
Tony Buzan, voltado para a gestão de informações, de conhecimento e de capital intelectual. Tem como objetivos
a compreensão e solução de problemas; a memorização e aprendizado; a criação de manuais, livros e palestras;
sua utilização como ferramenta de brainstorming (tempestade cerebral); e o auxílio na gestão estratégica de uma
empresa ou negócio.
Staff (equipe)
recepção cenografiadecoração
contra-regra somiluminação segurança manutenção músicos multimeios
Coordenador 1 Coordenador 2
Diretor
Responsável por roteirizar e dirigir o evento, tendo sempre a palavra final
Responsável pelo controle e gerenciamento das equipes, definindo o papel de cada membro do staff e reuniões
.
.
Produção de programa de rádio
120 | Pontes de Esperança
Rede Novo Tempo de Rádio O mundo vivia um momento de guerra. O tempo e a forma de comunicar-se começaram a evoluir. Em meio
ao caos, o evangelista adventista H.M.S. Richards, utilizando equipamentos de rádio, criou, em 19 de outubro de
1929, o embrião do programa The Voice of Prophecy, na Califórnia, Estados Unidos.
O rádio era um meio rápido, barato e de fácil alcance às pessoas. O formato do programa era de palestras
e músicas, com duração de 30 minutos. Com o passar dos anos, esse programa foi traduzido para inúmeras línguas
e espalhado pelo mundo.
Em 1943, o pastor Roberto Rabelo foi escolhido para ser o orador do Brasil. No final do mesmo ano, a Voz da
Profecia (VP) estava em catorze emissoras de rádio no Brasil. Somente em 1963 foi inaugurado o estúdio de A Voz da
Profecia no Brasil, cuja sede ficava no auditório Guanabara, Rio de Janeiro.
A Voz da Profecia teve diversos oradores, e o quarteto, mais de trinta formações. Cada um deixou sua con-
tribuição por meio do rádio.
Desde março de 2011, o orador de A Voz da Profecia é o pastor Iván Saraiva. A missão permanece a mes-
ma e o programa, que possui 15 minutos, é produzido pela Rede Novo Tempo de Comunicação. Inclui meditação,
música do quarteto “Arautos do Rei” e a divulgação de cursos bíblicos, oferecidos pela Escola Bíblica.
É transmitido no Brasil pela Rádio Novo Tempo, pela Internet e, por mais de 500 emissoras de rádio espa-
lhadas por todo o território brasileiro. Cada tema da VP é gravado em CD e está disponível, gratuitamente, para a
veiculação em outras emissoras interessadas em divulgar a mensagem da volta de Jesus.
Nos países hispanos a Divisão Sul-Americana, também foram produzidos programas La Voz de la Espe-
ranza. Em 1942, foi solicitado ao Dr. Braulio Pérez Marcio, pastor e evangelista nascido na Espanha e que se havia
mudado com a família para Argentina quando ainda menino, para estabelecer um programa radiofônico para o
grande público internacional de fala hispana.
No momento, o programa é transmitido pela Rádio Nuevo Tiempo e por mais de mil emissoras distribuídas
em 35 países. O orador, que pertence à organização da igreja adventista na América Central e Caribe, é o pastor
Frank González. O quarteto “Heraldos del Rey” e outros artistas o acompanham na disseminação do evangelho.
Produção de programa de rádio | 121
Rádio Novo Tempo - A voz da esperança A invenção do rádio é creditada ao inventor e cientista italiano Guglielmo Marconi, em 1896.
A Igreja Adventista do Sétimo Dia vislumbrou a possibilidade de usar esse veículo para falar sobre a volta
de Jesus com a Voz da Profecia. A primeira emissora de rádio adventista no Brasil começou a funcionar em 1989,
na cidade Afonso Cláudio, interior do Espírito Santo.
A Rede Novo Tempo de Rádio foi criada em 1996, com sede em Nova Friburgo, Rio de Janeiro.
Em 1997, a Bolívia foi o primeiro país hispano a conseguir uma estação de rádio. Ao longo dos anos, a igreja
foi conseguindo outras concessões, e hoje a rede é composta por 117 emissoras em toda América do Sul.
Além dessas rádios, a programação também é retransmitida por outras emissoras que captam a Novo
Tempo através do satélite NSS 806, que distribui o sinal para as três Américas, parte da Europa e norte da África.
A Rede Novo Tempo e Red Nuevo Tiempo possuem equipes que desenvolvem programação 24 horas por
dia, todos os dias da semana, em dois idiomas, português e espanhol.
Ouvindo pela internet:
• www.novotempo.org.br/radio, para ouvir em português.
• www.nuevotiempo.org/radio, para ouvir em espanhol.
Produção de programa de rádio Para que um programa tenha conteúdo de qualidade e capte a atenção do ouvinte é preciso o envolvi-
mento de várias pessoas. Uma produção feita por apenas um indivíduo é quase inviável e, quando acontece, há
sobrecarga.
É essencial para a renovação diária ou semanal de um programa a escolha de temas a serem pesquisados
e discutidos. Essa escolha é comumente chamada no meio jornalístico de pauta. Seguem algumas dicas para a pré-
-produção de programas de rádio.
122 | Pontes de Esperança
Escolha de um tema e pré-produção de um pro-grama Há necessidade de participação coletiva na escolha dos temas e entrevistas. Um bom programa se faz em
equipe.
O produtor deve eleger um tema mais importante para iniciar o programa, um assunto que interesse ao
ouvinte e provoque impacto sobre a audiência.
Ler jornais e revistas pode render ótimos temas e entrevistas para o programa.
Fique atento a datas comemorativas. Elas podem gerar pautas interessantes dependendo do que está sen-
do comemorado.
Fique sempre atento a qualquer tipo de conversa. Um bate-papo informal pode gerar temas interessantes
para o programa.
Um grande assunto pode valer uma pauta temática. Durante alguns dias o programa pode desenvolver
um determinado tema, procurando explorar todos os ângulos possíveis do assunto com entrevistas, reportagens,
notas e comentários.
O produtor deve procurar sempre a realização de mesas-redondas e debates. Esse tipo de programa é uma
forma democrática de esclarecer as dúvidas do ouvinte.
A agenda é fundamental para um programa. Os telefones dos entrevistados devem estar sempre atualiza-
dos na agenda do computador.
O público Ao contrário do que acontece coma a televisão, é praticamente impossível encontrar alguém que perma-
neça em frente ao rádio dedicando atenção exclusiva ao veículo. Essa rotatividade da audiência é característica
intrínseca do veículo e nunca deve ser esquecida.
Uma forma de manter a audiência fiel é fazer uso da interatividade. Ela é um canal de comunicação com o
ouvinte, uma ferramenta de trabalho e uma fonte de novos assuntos que podem ser abordados em outros programas.
Também é preciso lembrar que o programa deve abordar temas de interesse do ouvinte e não o que que-
remos dizer para ele.
Produção de programa de rádio | 123
Cuidados “ao vivo” Quando um assunto for mais complexo, o apresentador deve receber uma espécie de resumo do tema.
Afinal, ninguém é obrigado a entender de tudo.
Em programas ao vivo é preciso redobrar a atenção. Afinal, se erros acontecerem não poderão ser edita-
dos; o ouvinte já captou a mensagem dita.
Outras dicas Criar vinhetas e seções diferentes dentro do programa pode gerar uma dinâmica interessante para a produção.
Usar músicas para ilustrar alguns assuntos ou entrevistas pode ser uma ferramenta interessante, mas de-
ve-se cuidar para que a música escolhida esteja adequada ao assunto.
O Texto Em qualquer veículo de comunicação, o texto deve ser claro, conciso, direto, preciso, simples e objetivo. No
entanto, em rádio, o ouvinte só tem uma chance para entender o que está sendo dito. Ele não terá a oportunidade
de reler alguma informação que não ficou clara, como poderia fazer com uma revista ou jornal impresso.
Evite as frases longas. O locutor pode ter dificuldades com a respiração e os ouvintes podem se confundir
com muitas ideias em uma única oração. Assim, cada frase deve expressar uma ideia. Tome como exemplo a se-
guinte notícia: “A presidente Dilma Rousseff encerrou sua viagem pela Europa realizando uma visita à casa do pri-
meiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, para apresentar suas condolências pela morte de sua mãe, ao final de
uma visita de dois dias à Turquia”. Ela pode ser dividida em duas partes, facilitando o entendimento e a locução: “A
presidente Dilma Rousseff encerrou sua viagem pela Europa. Dilma realizou uma visita à casa do primeiro-ministro
turco, Recep Tayyip Erdogan, para apresentar suas condolências pela morte de sua mãe, ao final de uma visita de
dois dias à Turquia”.
Ao dar alguma informação, é importante lembrar que se está contando uma história para alguém. Portanto,
a linguagem deve ser simples, mas não vulgar. Gírias tornam as conversas mais informais, mas vulgarizam o texto e
não devem ser usadas, a não ser em situações especiais, ou se estiverem consolidadas no vocabulário do dia-a-dia.
É preciso tomar cuidado com algumas “pegadinhas”. Rimas devem ser evitadas. Não é agradável ouvir: “A
solução para uma melhora na programação é a união”. Cacófatos, o encontro de sílabas de palavras diferentes que
124 | Pontes de Esperança
formam sons desagradáveis, podem ser evitados. Cuidado com formações como “boca dela”, “lá tinha”, “por cada”,
“nunca gostou”.
O uso dos pronomes possessivos “seu”, “sua”, “seus” e “suas” pode confundir quem acompanha a progra-
mação. O ouvinte pode entender que está se falando dele ou de alguma pessoa ou objeto ligado a ele. Por isso, é
melhor redigir “O fazendeiro saiu com o cavalo dele” em vez de “O fazendeiro saiu com o seu cavalo”.
Ao redigir números, tome alguns cuidados para não dificultar a leitura do locutor. Quando o número deve
ser lido na forma feminina escreva por extenso. Assim, “quarenta e duas mil pessoas” é preferível a “42 mil pesso-
as”. (a última forma pode ser interpretada erroneamente por “quarenta e dois mil pessoas”.)
Ao falar as horas prefira a forma coloquial. Sendo assim, diga “meio-dia”, em vez de “12 horas”. Ou “onze
e meia da noite”, em vez de “23 horas e 30 minutos”.
Importante: em rádio, o relógio tem apenas 12 horas. Diga “são 3 horas da tarde” em vez de “são 15 horas”.
Escreva no alto da página do roteiro a forma correta da pronúncia do nome de uma pessoa ou de determi-
nado lugar. Exemplo: Bittencourt lê-se Bitencur.
Endereços, telefones e e-mails devem ser repetidos para que o ouvinte possa anotá-los.
Evitando erros A revisão do texto deve ser feita com a leitura em voz alta. Ela facilita a descoberta de erros no ritmo das
frases, na combinação e digitação de palavras.
Para aprimorar o texto é preciso praticar, consultar livros de gramática e dicionários, além de ler muito
para enriquecer o vocabulário.
Locução e pronúncia Há alguns anos, uma voz grave ou aveludada era o suficiente para garantir o sucesso de um locutor de
rádio. No entanto, atualmente exige-se muito mais de um apresentador. Conhecimento prévio do tema a ser dis-
cutido e raciocínio rápido são importantes para que o âncora tenha o domínio de seu programa e passe segurança
para o ouvinte. Mais algumas dicas:
Produção de programa de rádio | 125
Busque transmitir verdade em sua voz. Você pode ter um bonito timbre vocal e uma pronúncia correta,
mas se falar como alguém que não tem certeza do que diz, pode passar insegurança ao ouvinte. Pode-se relacionar
“dizer com verdade” com interpretação de texto.
O ritmo da locução não deve ser lento a ponto de fazer o ouvinte ficar entediado com a programação, nem
tão veloz que permita erros e tropeços na pronúncia das palavras.
A clareza que se busca ao redigir um texto deve estar presente na fala. Não é um belo timbre de voz que
prende a atenção do ouvinte, mas a naturalidade, a simplicidade e a pronúncia correta das palavras.
Os sotaques regionais devem ser respeitados e preservados. São formas de se falar o idioma no Brasil e
pertencem à cultura do país. Não há imposição de um sotaque padrão. O sotaque, além de ser o jeito de falar de
cada região, inclui a entonação e o ritmo das frases.
Entrevista Conversar é algo que é comum à maior parte das pessoas. No entanto, uma entrevista é muito mais que
um simples bate-papo. Boas entrevistas são as que revelam novos conhecimentos e esclarecem fatos.
Antes do início da entrevista A entrevista deve ter começo, meio e fim. Planeje o tempo disponível, informe-se sobre o que vai perguntar.
Não hesite em perguntar ao entrevistado, antes da entrevista, a maneira correta de dizer o nome dele.
O entrevistado não deve estar sempre informado sobre o tema da entrevista.
Uma conversa útil e agradável Não deixe que nada nem ninguém dentro do estúdio atrapalhem sua concentração na entrevista. Prestar
atenção ao assunto que está sendo discutido é essencial porque muitas perguntas podem surgir de respostas dos
entrevistados.
Algumas pessoas não estão acostumadas a dar entrevistas. Uma conversa informal ajuda a tranquilizar o
entrevistado.
A pergunta deve ter tamanho certo, suficiente para que o ouvinte entenda o assunto. Alguns entrevistado-
res falam tanto sobre o tema que acabam respondendo à própria pergunta,
deixando o entrevistado sem ter o que dizer.
126 | Pontes de Esperança
Fuja do óbvio. Há perguntas desnecessárias, como indagar como uma mãe que acabou de perder a filha se sente.
Há entrevistados que falam pouco e respondem geralmente com “sim”, “não”, “talvez” etc. Estimule-os
perguntando sempre “por que”?
As respostas devem ser claras. Na dúvida, peça para o entrevistado explicar melhor a ideia sobre o tema
abordado.
Não interrompa o entrevistado sem que ele conclua o pensamento. A interrupção no meio da resposta
irrita o ouvinte e prejudica a edição posterior do material.
A entrevista não pode ser apenas um bate-papo entre duas pessoas. O entrevistado está falando para o
ouvinte e não exclusivamente para o apresentador.
A entrevista não deve durar mais que o necessário.
Dicas importantes Ao longo da entrevista, não tenha receio de repetir o nome do entrevistado, seu cargo e função. Não es-
queça de que a audiência do rádio é rotativa. Longos períodos sem a descrição podem não atrair o ouvinte.
Entrevista não é debate. É necessário tomar cuidado para que um “bate-boca” não confunda o ouvinte. Ela
não é um confronto de opiniões entre o âncora e o entrevistado.
Lembrete importante Antes de uma transmissão ao vivo, gravação ou reunião que define pautas, faça uma oração. Deus é quem
deve estar à frente de qualquer programação.
Materiais prontos para uso Você poderá solicitar materiais para programa de rádio, programas da Voz da Profecia e outros programas
prontos para veiculação, nos sites:
• www.novotempo.org.br
• www.nuevotiempo.org
• www.redemaranatha.org.br
Televisão
128 | Pontes de Esperança
Rede Novo Tempo de Televisão
TV Novo Tempo - O Canal da Esperança A Igreja Adventista possui uma rede mundial de televisão, “Hope Channel”, com 14 canais globais, cobrindo
os cinco continentes da terra. São 40 centros broadcasting, ou centros de produções profissionais. As transmissões
da rede global são redistribuídas por canais abertos, cabo, internet, DTH como a SKY. O site da Hope Channel, para
assistir ao vivo, é www.hopetv.org.
Na América do Sul, a Igreja utiliza três canais de televisão: a TV Novo Tempo em português, TV Nuevo Tiem-
po em espanhol e o Canal Executivo.
Tudo começou com o programa Está Escrito que surgiu em 1956 nos Estados Unidos, com o Pr. George Van-
deman. No Brasil, a veiculação do programa teve início em 1991; e nos países hispanos o Pr. Milton Peverini, orador
associado do Está Escrito realizou o primeiro programa em 1994.
O primeiro programa religioso na televisão brasileira foi Fé para Hoje, cuja estréia aconteceu em 1962 com
apresentação do Pr. Alcides Campolongo.
Em 1996, aconteceu a primeira transmissão via satélite para o Brasil, de uma conferência feita nos Estados
Unidos sendo recebida somente por algumas congregações. Hoje, a Rede Novo Tempo, pode alcançar milhões de
pessoas. O sinal de televisão é enviado para dois satélites: o NSS 806, que, como já foi dito, distribui a programação
para as três Américas, parte da Europa e norte da África, e para o satélite IS-10, cobrindo Moçambique, Angola, e
São Tomé e Príncipe, países de fala portuguesa. Somando-se o número de habitantes de todos os lugares que recebem o sinal, cerca de 2 bilhões de pes-
soas são telespectadores em potencial – basta configurar a antena parabólica para a frequência correta.
Na América do Sul também existem centenas de cidades que retransmitem a programação das emissoras
em canal aberto, por operadoras a cabo regionais e pela SKY, canal 14, no Brasil. As transmissões são feitas com
programação distinta em dois idiomas: em português pela TV Novo Tempo e em espanhol, através da TV Nuevo
Tiempo.
Televisão | 129
Canal Executivo A Igreja na América do Sul possui também um CANAL EXECUTIVO.
Esse canal é de uso exclusivo. Hoje possuímos milhares de pontos de recepção do sinal em igrejas, colégios,
instituições e escritórios.
Através deste canal, são transmitidos programas especiais como: séries de evangelismo, treinamentos, capa-
citações e apoio à transmissões ao vivo de qualquer parte da América do Sul.
Como receber o sinal Para receber o sinal da Rede Novo Tempo de Televisão, do Canal Executivo e da Rádio Novo Tempo, em dois
idiomas, português e espanhol, basta apenas adquirir uma antena parabólica e receptor homologado pela Rede
Novo Tempo de Comunicação, sintonizar a frequência desejada e pronto.
Não há necessidade de se pagar nenhuma assinatura mensal. O sinal é transmitido vinte quatro horas por
dia, sete dias da semana, e poderá ser recebido em residências ou igrejas de qualquer parte da América do Sul, com
exceção do Canal Executivo que tem programação específica com dia e hora programada. Para maiores informações,
visite o site www.novotempo.org.br.
A seguir, apresentamos os diâmetros recomendados, nome dos fornecedores e parâmetros para sintonizar
cada um das cinco possibilidades.
FINALIDADETAMANHO MÍNIMO
FECHADAAlumínio/Fibra
ABERTATela
Retransmissores 2,10m 2,40mUso nas Igrejas 2,10m 2,40mUso Doméstico 1,60m 2,40m
130 | Pontes de Esperança
FornecedoresFabricantes de Antena e LNBf: Embrasat, Telesystem e Zinwell
Fabricantes de Receptores: TecSys, Telesystem, VisionTec, Zinwell
Instalação empresas no Brasil: Telesystem, VisionTec, Zinwell
Especificações técnicas para Receptor e Alimentador:
- Set-top Box padrão DVB-S/MPEG2;
- LNBf para Banda C Circular;
Especificações técnicas para configurar Receptor:
Satélite: NSS-806
Freqüência: 4.187 MHz – Circular a direita.
Taxa de Símbolo (SR – Symbol Rate): 11.500 MSps
Fator de Correção de Erro (FEC): 3/4
O pacote de canais entregue com a configuração acima é:
• TV Novo Tempo
• TV Nuevo Tiempo
• Rádio Novo Tempo
• Radio Nuevo Tiempo
• Canal Executivo da DSA;
• Nenhuma configuração adicionar é necessária.
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• www.portalbsd.com.br/novo/apontamento.php
Televisão | 131
Como criar vídeos Desde a sua chegada ao Brasil, na década de 1950, até a recente popularização da internet, a televisão
dominou absoluta como o meio de comunicação mais popular e que exerceu maior influência e fascínio sobre
profissionais e expectadores. Ainda hoje ela cria um encanto na população, cada vez mais atraída pela variedade
de canais e programas que atendem aos desejos de gente de todas as idades, classes sociais e culturas. Mas esta
situação de admiração diante da telinha reflete apenas a realidade do expectador passivo.
As pessoas que fazem televisão convivem com outro contexto. Elas são instigadas a todo instante para que
sejam criativas e inovem com relevância. Sim, relevância! Se produzir programas para televisão ou vídeos é um
trabalho complexo, realizá-los de maneira a contribuir construtivamente com a sociedade é ainda mais difícil. Isso
envolve a compreensão das reais necessidades humanas e a disposição para fazer um trabalho útil e não apenas
entretenimento barato. Por causa disso a missão que a Igreja Adventista possui de levar a mensagem da salvação
a todos os povos, línguas e nações é ainda mais desafiadora.
Além de enfrentar as dificuldades constantes da descoberta de ideias para novos formatos, os profissio-
nais de televisão precisam superar as dificuldades naturais de produção. O segredo do sucesso para quem quer
trabalhar nessa área é encontrar uma boa ideia e conseguir os meios para viabilizar a sua produção. A seguir será
apresentado um esboço com algumas dicas úteis para a produção de vídeo.
Para você que é diretor de Comunicação e está tendo acesso a este material, imagine que que ele poderá ser
usado para desenvolver programas a serem usados para a igreja, a fim de enriquecer programações como cultos JA e
vigílias, preparar documentários para serem apresentados no lugar de relatórios escritos, divulgar programas da igreja
para outros públicos, para estruturar reportagens e entrevistas gravadas etc. Tudo isso usando apenas alguns poucos
equipamentos que, hoje em dia não são tão difíceis de se conseguir, como pequenas câmeras filmadoras digitais.
O roteiro Em vídeo, tudo se inicia com o roteiro. Ele é a forma escrita de qualquer projeto audiovisual. “O roteiro
é a história contada com palavras, olhares, sons, movimentos, silêncios, pausas, imagens e emoções, engrenadas
num conjunto incrivelmente complexo de interações entre os elementos técnicos e artísticos e que possuem mil
relações entre si.”¹ O roteiro é a materialização do espetáculo audiovisual apresentado em um texto. Nele se an-
tecipam todas as possibilidades imaginadas e também se testam as implicações para a sua produção. Qualquer
pessoa pode sonhar em produzir um vídeo, mas sua realização será infinitamente menos dificultosa se primeiro for
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escrito um roteiro.
Como o nome indica, roteiro é uma rota, uma bússola, um caminho a ser seguido. Para se alcançar o objeti-
vo no fim da estrada é preciso seguir cada passo desse mapa. O cineasta Stanley Kubrich, um dos grandes diretores
da história do cinema, dizia que “se uma história não consegue ser bem escrita ou pensada, não pode ser filmada”.
A arte de escrever roteiros compreende a organização harmônica das estruturas narrativas, de modo a prender a
atenção do expectador do começo ao fim da trama. E na execução do roteiro que todas as engrenagens são amar-
radas, de modo a deixar a história com começo, meio e fim, valendo-se de técnicas como antecipação, surpresa,
pontos de viradas, clímax e resolução.
Mas, afinal, como se constrói um roteiro? É possível concebê-lo organizando-o através da execução de
algumas etapas.
1. Ideia Um bom roteiro começa sempre a partir de uma ideia ou de algum acontecimento que provoca na mente
do escritor a necessidade e também a importância de relatá-lo. A busca por uma ótima “sacada” não é uma ativi-
dade fácil de se realizar. Você pode acompanhar algumas maneiras de descobrir boas ideias na lista abaixo:
a) Produto da vivência de cada um. São as experiências pessoais, as histórias de vida, as tragédias, supe-
rações, ou a pura observação do mundo e sua complexidade. Elas provêm da nossa memória e são evocadas das
experiências recentes, dos episódios de um passado remoto ou extraídas do ambiente que nos rodeia. Selecionar
ideias a partir da vivência é o ato de sonhar acordado. Não depende de outras pessoas ou de fatores externos.
1. Essa definição de roteiro, bem como e algumas ideias contidas nesta seção, foram retiradas do livro Da Criação ao Roteiro, de Doc Comparato (São Paulo: Artemídia ROCCO, 1995).
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b) Resultado da leitura e informação. Surge a partir da cultura e do conhecimento. Provém de pesquisas
em fontes interessantes, do acúmulo de informações, da análise de obras literárias, históricas, etc. Essa é, sem
dúvida, a maior fonte de ideias para qualquer pessoa que deseja ser criativa em vídeo. Todos os que aspiram ser
bons roteiristas devem reconhecer que a leitura é o melhor caminho para a aquisição de conhecimento e, conse-
quentemente, para a elaboração de ótimas ideias. Alguns autores dizem que as ideias são gratuítas e que apenas
esperam os roteiristas encontrá-las por meio da leitura.
Ilustração: Rascunhei uma ideia recentemente. É sobre pessoas que fazem algo de modo extraordinário. Creio
que dará um bom institucional para ser veiculado na TV Novo Tempo. A ideia surgiu a partir da convivência com
a dona Neide. Conheci essa senhora há cerca de oito anos, quando encomendei a ela um assado de espinafre.
Depois que experimentei pela primeira vez as suas iguarias, nunca mais deixei de comprar alguma coisa para
ocasiões especiais.
Ao descobrir o seu passado percebi que tinha uma boa ideia para um comercial institucional. Dona Neide é uma
excelente cozinheira. Na década de 1960 ela trabalhava para uma importante família de usineiros da região de
Limeira e Araras, interior de São Paulo. Nessa época, o governador do Estado, Paulo Maluf, participou de um
almoço preparado por dona Neide e depois de experimentar sua comida resolveu levá-la para cozinhar no Pa-
lácio dos Bandeirantes. Algum tempo mais tarde, o presidente da República, General Emílio Garrastazu Médici,
após comer uma refeição preparada por dona Neide na sede do governo paulista, resolveu levá-la para Brasília.
Nossa personagem ficou alguns anos cozinhando na Granja do Torto. Teve a oportunidade de viajar para a Eu-
ropa e Estados Unidos, acompanhando as família de senadores e ministros. Hoje dona Neide está aposentada,
mora em Engenheiro Coelho e faz uma renda extra, preparando iguarias para ocasiões especiais. A grande sa-
cada desse episódio é que dona Neide é um exemplo perfeito do que o sábio Salomão escreveu em Provérbios
22:29: “Vês a um homem perito na sua obra? Perante reis será posto e não entre a plebe.” Acredito que esta
ideia dará um excelente vídeo sobre fazer algo bem feito. Servirá para estimular os jovens a se dedicarem no
trabalho e nos estudos, confiando que Deus tem uma promessa para aqueles que fazem seu trabalho de modo
extraordinário.
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Cuidado com o plágio! O plágio é a transcrição ipsis litteris de uma obra ou de um trecho sem dar o devido
crédito ao autor. A elaboração em cima da observação do mundo é diferente. O autor explora assuntos comuns,
a partir de ideias estabelecidas, mas faz isto a partir do seu ponto de vista. As referências são apenas pontos de
partida, devendo inclusive, ser citadas como informações bibliográficas nos créditos da obra audiovisual.
c) Fruto da imaginação. Esta é uma maneira de criar um roteiro que pode dar certo, porém é arriscada
no sentido de que a imaginação pode estar desconectada da realidade das pessoas ou ser fruto dos devaneios do
autor. Todo roteirista deve ser capaz de escrever mais do que os seus próprios pensamentos. Contudo, é a imagi-
nação que transforma uma informação adquirida ou arquivada num banco de ideias em um excelente vídeo. Essa é
a capacidade que a pessoa criativa tem de ver o que todo mundo viu e imaginar o que ninguém pensou. É o poder
de manipular os dados, de adaptar histórias, de observar um vazio nas grades de programação das emissoras e
preenchê-lo com uma sugestão impecável.
As ideias nascem com mais ou menos abundância a partir da curiosidade, dos questionamentos e da inte-
ligência de cada um. Há pessoas que observam tudo ao seu redor, que abandonam suas certezas e se relacionam
de maneira interativa com tudo o que as rodeia.
DICA 1: O processo criativo não convive bem com algumas atitudes bloqueadoras, tais como:
■ O conformismo com o que se é, ou que já está feito;
■ O autoritarismo, que impõe sempre a última palavra;
■ O medo do ridículo, que receia a opinião dos outros;
■ A intolerância contra o que é diferente ou tradicional;
■ O medo dos riscos envolvidos nas mudanças ou inovações;
■ A hostilidade das divergências, mesmo que benéficas;
■ A falta de avaliação das ideias e reflexões sobre elas;
■ Os sistemas normativos fechados que não admitem mudanças organizacionais.
DICA 2: Uma maneira de armazenar informações que podem virar um excelente projeto de vídeo é desen-
volver um arquivo de ideias. Você pode organizá-lo separando por áreas e reunindo informações que serão gatilhos
para a criatividade na hora de elaborar um roteiro. Faça isso com versos bíblicos, recortes de revistas, trechos de
livros, propagandas, reportagens, biografias, etc. Outro dia, assistindo um documentário sobre a história dos jogos
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olímpicos, guardei dois trechos que poderão me ajudar a desenvolver uma excelente ideia para um vídeo sobre
perseverança. Quem não organiza as informações, as esquece rápido; portanto, aproveite esta dica e comece hoje
a registrar suas ideias em um bom arquivo.
2. Conflito ou trama Toda produção de vídeo deve considerar que a atenção do espectador é fortemente captada pela resolução
de situações conflitantes. Desde os desenhos mais ingênuos até as superproduções do cinema, a trama de um roteiro
é a confrontação entre forças opostas através das quais a ação se organiza e se desenvolve. Isto pode ocorrer por
meio da luta entre o gato e o rato ou entre um asteróide que vai destruir a terra e os cientistas que tentam explodi-lo.
Os conflitos exploram a dialética do homem, suas lutas internas e externas, as angústias, conquistas e frustrações.
Em geral, os conflitos predominantes nos roteiros são de três naturezas:
a) problemas humanos, caracterizados pela disputa profissional, pela formação da família, por problemas
financeiros, crimes, tragédias, guerras, terrorismo, etc.
b) conflitos entre forças ou problemas não-humanos. São as catástrofes naturais, como enchentes, terre-
motos, pestilências, etc., muito exploradas nos filmes de ficção.
c) Conflito entre forças ou problemas internos. É o homem tentando superar suas limitações, vencer uma
deficiência, superar um desafio intelectual, a luta contra um vício ou contra a dependência química e psíquica.
Encontrar e definir bem o conflito dentro de um roteiro é o grande teste para saber se a história é inte-
ressante. Uma dica prática é a produção do story-line. Esse é o termo usado para descrever o conflito-matriz do
enredo. Ele deve ser expresso em poucas palavras, algo como três a sete linhas. O story-line deve destacar que algo
acontece, que traz consequências e, portanto, precisa de uma solução. Não se deve confundi-lo com a sinopse, que
é a visão de conjunto e uma descrição global do que trata o projeto.
DICA: O story line do filme institucional Velho Joga Fora, feito para a Igreja Adventista pelos alunos de
publicidade do Unasp, turma de 2004, poderia ser escrito assim: “O índice crescente de maus tratos aos idosos é
assustador. Numa sociedade caracterizada pelo descartável, muitas famílias pensam que podem fazer o mesmo
com seus velhinhos. Afinal, se jogamos objetos velhos no lixo, o que fazer com os avós? ”
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Agência: Curso de Publicidade e Propaganda - Unasp Cliente: Igreja Adventista do Sétimo DiaProduto: InstitucionalTítulo: Velho Joga Fora
Numa casa, mãe e filha fazem uma limpeza geral e jogam produtos velhos no lixo. O filho mais novo observa tudo e fica aflito com o destino do vovô.- Filha: Mãe, o que eu faço com o casaco xadrez? - Mãe: Se tiver muito velho, joga fora!- Filha: E essa bolsa sem alça, o que eu faço?- Mãe: Se tiver muito velha, joga fora!- Filha: E esse tênis, está com um cheiro horrível!- Mãe: Se tiver muito velho, joga fora!- Mãe: Tudo que estiver velho nesta casa é pra jogar fora!- Garoto: E o vovô?- Lettering: No Brasil, cerca de 145 mil idosos, por ano, são maltratados e abandonados por suas famílias. - Filha: Acorda vovô, você está sonhando.
- Assinatura: Igreja Adventista do Sétimo Dia
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NÃO SE ESQUEÇA: Em publicidade e propaganda, o conflito ou a trama serve apenas para destacar o pro-
duto, objetivando aumentar suas vendas. Quando se trata de temas bíblicos e ideológicos, esses mesmos conflitos
ou tramas servem para fixar a mensagem. A força deve sempre se concentrar no conteúdo a ser transmitido e não
na trama em si mesma. É a abordagem dos valores cristãos que enriquece projetos feitos para o evangelismo e sua
fixação deve ser o principal objetivo do vídeo.
3. Personagens São os personagens que dão vida ao roteiro. Ao escrever as primeiras linhas de uma ideia deve-se ter em
mente a presença desse elemento de ligação entre a criação audiovisual e o seu público alvo. Ele é o elemento
humano, comum entre autor e espectador. Uma vez concebida a ideia, é fundamental criar os personagens em to-
das as dimensões. a) Os aspectos interiores, que dão personalidade ao personagem : Através dessas informações,
que podem ser totalmente explícitas ou apenas sugestivas, revelam-se detalhes estratégicos para a compreensão
e fixação da mensagem a ser transmitida. b) Os aspectos exteriores: os seus relacionamentos, sua condição finan-
ceira, o que faz para viver, como se relaciona com o patrão, com seu cônjuge, suas experiências de vida, etc. Esses
aspectos podem indicar sua autoridade para endossar a lição central defendida no filme.
Agência: Curso de Publicidade e Propaganda - UnaspCliente: Igreja Adventista do Sétimo DiaProduto: InstitucionalTítulo: Apressado O personagem do filme Apressado criado pelos alunos de publicidade do Unasp-EC, turma de 2006, reflete bem a caracterização de um personagem. Um homem sempre com pressa, de tênis, bermuda, camisa e gravata. Ele tenta correr enquanto come e trabalha em seu notebook. Uma situação caricata da realidade de muita gente. O personagem, que simboliza o homem moderno, reflete confusão, falta de controle do trabalho e da vida pessoal.
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4. Ação dramática Ação dramática (ou estrutura dramática) é a maneira como o roteirista explica sua história para o público.
É a estratégia mais criativa, harmoniosa e emocionante de narrar um episódio em vídeo. Numa narrativa oral, os
acontecimentos relatados parecem acontecer como um bloco, sem divisões. Num projeto de vídeo para televisão,
essa mesma história deve ser montada a partir de pequenos fragmentos, numa determinada ordem que reforce
os pontos centrais estabelecidos para fixar a essência da mensagem e obter o máximo de atenção. Um produtor
criativo distingue-se pela maneira como organiza e monta essas unidades.
A estrutura dramática é divida em sequências e planos. Os planos são a forma, o ângulo, a distân-
cia, etc., pelos quais a câmera grava a cena. A sequência é um conjunto de cenas de um vídeo que se pas-
sam num só ambiente ou que se caracterizam por certa unidade de ação. Uma das estruturas mais im-
portantes na elaboração de um roteiro é a utilização do plot point (ponto de virada). Ele é um evento ou
incidente que engancha na ação e a reverte para frente e noutra direção. Ele defende a história e evita que ela
perca a intensidade. Pode-se afirmar que o sucesso de qualquer iniciativa em vídeo depende da clareza dos plot’s.
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Agência: TalentCliente: IpirangaProduto: Postos IpirangaTítulo: Ambulância
Nos corredores de um pronto-socorro, médicos apreensivos empurram uma
maca com um paciente em estado grave e chegam até uma ambulância que está sendo
cuidadosamente lustrada por um funcionário.
- Funcionário: O quê? Colocar ele aqui? Que é isso gente, acabei de lavar!
(os dois médicos se olham sem entender)
- Funcionário: Gente, carro branco... suja! Quer que eu chame um táxi?
(o paciente solta um gemido de dor) - Funcionário: Tá vendo? Vai emporcalhar tudo lá dentro. (corta para imagens de um posto Ipiranga)Locução: Se você é apaixonado por carro como todo brasileiro, você tem de passar num posto Ipiranga.
Nota: Nesse caso, o plot point é a reação do motorista. Essa atitude muda toda a lógica da história e serviu para surpreender, chamar a atenção e fixar a mensagem que o co-mercial deseja transmitir.
Para contar a sua história em vídeo, monte-a a partir de pequenas partes. Tente imagi-
nar as cenas e sua relevância para a compreensão da mensagem. Existem vários tipos de cenas:
a) cenas de exposição: esclarece os motivos, os problemas, a trama central (cuidado para não ser demasia-
damente explicativo e redundante). b) cenas de preparação: informam as complicações que virão a seguir
(não deixe que se perca a curiosidade). c) cenas de clímax: são o ponto alto da trama, também conhecidas
como cenas obrigatórias.
Ao trabalhar em uma ideia para vídeo, filme, documentário ou qualquer outro programa para te-
levisão, pense antes:
140 | Pontes de Esperança
■ O assunto ou problema ficam claros no princípio da estrutura? Eles são realmente importantes?
■ Quantas cenas são necessárias para expor o problema?
■ Há credibilidade, relevância e interesse no assunto?
■ Quantos plot’s existem? São suficientes?
■ A crise ou problema estão bem colocados dentro da ação dramática?
■ Quais são as cenas essenciais? De que maneira diferente se especifica o passar do tempo?
■ O conflito-matriz (base central da ação dramática) está bem exposto na estrutura?
■ Esse conflito está no local adequado? Ele é dramaticamente forte?
■ A resolução do conflito é satisfatória ou deixa algo pendente no ar?
■ A maneira como foi desenvolvida a estrutura mostrou-se criativa, harmoniosa e convincente?
5. Diálogos O diálogo é o intercâmbio discursivo entre os personagens. É o corpo da comunicação numa obra au-
diovisual. Serve para caracterizar os personagens, dar informações sobre a história e posicionar a mensagem
dentro da ação. As possibilidades de utilização dos diálogos e das narrações são muito variadas, mas deve-se
prestar atenção em alguns pontos fundamentais: num vídeo o texto é para ser falado, o que o torna diferente
de diálogos literários. A escolha léxica precisa estar de acordo com a cultura do personagem. Cada classe social
emprega sua própria terminologia. Em vídeo a imagem predomina. Se algo pode ser mostrado, elimina-se essa
informação no diálogo.
É pela palavra que se move o mundo, que o político inflama a nação, que a criança emociona seus pais, ou
que um mal-entendido destrói uma relação. Pela palavra Deus criou o mundo e o pregador pode encaminhar pes-
soas a Jesus Cristo. A palavra é agente da emoção. Por meio da palavra os personagens conferem o tom da trama,
contando uma história ou dando informações sobre um produto. Escrever bons textos pressupõe sensibilidade.
“A coisa dita qualifica quem diz. Assim, se você usa um diálogo rebuscado, repleto de termos ininteligíveis,
podemos imaginar o seu personagem como um juiz, e não como um mecânico. Se carrega nas gírias, ele pode ser
jovem. Se o diálogo é repetido, cheio de clichês e cacoetes verbais, pensamos em um jogador de futebol e não em um
acadêmico. Com emoção exagerada, adjetivos delicados que praticamente choram, pode ser uma garota que tomou
um fora, nunca um machão. Um diálogo com sotaque sempre remete a uma pessoa do interior. Assim, antes de cons-
Televisão | 141
truir a fala do personagem, conheça-o. Conheça o seu perfil, a educação, o comportamento dos mais variados tipos
humanos, do traficante ao padre” (Tiago Barreto, Vende-se em 30 segundos p85.)
6. Trilha sonora “Se os olhos são as janelas da alma, os ouvidos são as portas que levam a ela”. Tiago Barreto. A música
tem a chave para abrir muitas portas e conduzir o espectador ao local onde o roteirista imaginou para ele. O
som traz consigo imagens, sensações, lembranças, traumas e valores guardados no mais íntimo da alma humana.
A música não serve apenas para emocionar. Ela pode contribuir para o riso, para a surpresa, para a misericór-
dia e para a reflexão. As trilhas podem permanecer durante todo o vídeo ou podem figurar em pontos específi-
cos, para aumentar a dramaticidade. Como tudo num roteiro, a trilha deve ter uma razão para existir. Não deve
ser encaixada apenas porque é bonita. Em alguns casos, o máximo de impacto exige silencio.
Conclusão As considerações apresentadas neste capítulo não têm por objetivo resolver as dificuldades inerentes ao
trabalho de produzir vídeos. Essa é tarefa árdua, para poucos. O foco deste texto não foi direcionado aos produ-
tores, cinegrafistas ou editores que realizam um trabalho técnico e especializado, mas a todas as pessoas que têm
boas ideias e podem contribuir para a criação de projetos bem fundamentados, com boas ideias e olhares criativos
sobre as necessidades humanas e espirituais de nossos dias.
Com a facilidade de acesso aos equipamentos de vídeo, a tarefa de produzir não é a mais difícil. Complexo
é criar com inovação e conteúdo. Por essa razão o foco aqui não se concentrou nas técnicas de edição ou ilumina-
ção, mas na reflexão sobre a criação, conteúdo e mensagem. Os equipamentos são carros sem motorista. É preciso
saber conduzi-los. Nenhuma câmera ou ilha de edição será capaz de atingir o coração da alma ferida se uma mente
criativa e iluminada pelo Espírito Santo não lhe dirigir o olhar.
142 | Pontes de Esperança
BibliografiaBARRETO, Tiago. Vende-se Em 30 segundos: manual do roteiro para filme publicitário. São Paulo:
Senac, 2004.
COMPARATO, Doc. Da Criação ao Roteiro. São Paulo: Editora Artemídia ROCCO, 1995.
REY, Marcos. O Roteirista Profissional – Televisão e Cinema. São Paulo: Editora Ática, 2001.
FIELD, Syd. Manual do Roteiro: os Fundamentos do texto cinematográfico – Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
AYAN, Jordan. AHA!.3ª Ed. São Paulo: Negocio Editora, 2001.
BARRETO, Roberto Menna. Criatividade no Trabalho e na Vida. 2ª Ed. São Paulo: Summus Editorial, 1997.
PREDEBON, José. Criatividade: Abrindo o lado Inovador da mente. 4ª Ed. São Paulo: Editora Atlas, 2002.
LEVINSON, Jay Conrad. Criatividade de Guerrilha. Rio de Janeiro: MAUAD, 2004.
DE MASI, Domenico. O Ócio Criativo. Rio de Janeiro: Sextante, 2000.
Fontes:• http://www.films.com.br/oito.htm
• http://www.roteirista.com/index.htm
• http://www.roteirosonline.com.br/Paginamestre.htm
Fotografia
144 | Pontes de Esperança
Noções básicas de fotografia Fazer uma boa foto não significa ter uma câmera com todos os megapixels possíveis, ou que seja da marca
mais famosa. Fazer uma boa foto é uma escolha. Uma forma de ver uma determinada cena ou situação e, por meio
do apertar de um botão e congelar o momento para transmitir a mesma informação que foi vista pelo olho usando
a fotografia.
Com o advento das câmeras digitais, grande parte dessa preocupação em registrar a informação, e não
apenas o momento, ficou relegada a segundo plano, se não mesmo esquecida.
A instantaneidade das câmeras digitais, o “não custo” das fotos, tornou o processo de registro uma forma
banal de passatempo, onde o que vale é apenas fazer um gesto ou expressão facial diferente para se ter uma foto
considerada “boa”.
Por trás de cada fotografia deveria existir um motivo suficiente para justificá-la. O fotógrafo não pode dis-
pensar uma compreensão integral do real motivo que o leva a fazer determinada foto.
A primeira decisão a ser tomada é se sua abordagem será objetiva – para se obter a reprodução dos fatos
– ou subjetiva – no qual o fotógrafo fará um comentário visual ou expressará a sua opinião sobre o que está foto-
grafando.
Para se produzir boas fotos, é necessário utilizar a inteligência. Não basta apenas o conhecimento técnico
do funcionamento da máquina, mas questionar-se a respeito do que está sendo realizado do objetivo da imagem e
do uso que ela terá.
Ao observar uma paisagem, será que ela deveria ser fotografada apenas por ser bonita ou impressionante?
O que mais chamou a atenção para a foto? O céu, as cores, o terreno? Os elementos que a compõem? A luz que
incide em determinado ponto? Elementos em primeiro plano ou apenas um detalhe?
Uma vez formuladas essas perguntas, suas respostas virão de forma rápida e proporcionarão ao fotógrafo
uma consciência maior do que está realizando e, como resultado, uma fotografia melhor.
Fotografia | 145
Composição Além de um tema consistente ainda há alguns passos que podem ser seguidos para se conseguir
melhores resultados na fotografia. Tais passos compreendem regras simples de composição, que contribui-
rão para o sucesso da mesma. A composição nada mais é que a distribuição dos elementos e montagem da
cena coberta pela área de visão.
Um dos princípios básicos de composição é sobre o centro de interesse, ou assunto da foto. Esse
não deve ser necessariamente o centro da foto. Embora seja natural apontar a lente para o assunto e
centralizá-lo, na maioria das vezes; causará um efeito negativo. Como a tendência natural é a de olhar o
centro da foto, se o assunto for deslocado desse ponto, o observador focará sua atenção primeiro no pon-
to em que ele estiver e, depois, deslocará o olhar para o centro.Isso resultará em uma “varredura” de toda
a imagem com o olhar.
Se o assunto está ao centro, o observador focará sua atenção naquele ponto e não se preocupará
em observar o restante da foto.
Regra dos terços Esta regra é um dos princípios da boa composição, aplicando-se não só à fotografia, mas a todas as
áreas onde se trabalha com elementos visuais.
Recebe esse nome pois implica na divisão da cena em três partes iguais, tanto na vertical quanto na ho-
rizontal, como um jogo da velha.
146 | Pontes de Esperança
A intersecção das linhas cria quatro campos focais (A, B, C, D). Esses pontos, chamados de terços, consti-
tuem centro passivo de atenção para quem olha uma cena.
A regra dos terços nos diz para colocarmos o assunto de maior atenção em algum dos terços da cena. Não
é necessário que todos os pontos sejam ocupados, mas que em algum deles seja situado o elemento principal da
foto. Em alguns tipos de fotos, esse conceito pode ser até desprezado, mas deve ser a principal regra a ser seguida.
Primeiro plano Uma foto bem composta depende do equilíbrio de seus elementos. Portanto, tão importantes quanto a
cena central são o fundo e o primeiro plano. Objetos situados próximos à câmera podem realçar certos aspectos
da cena ou desviar a atenção do que é importante. Por isso, ao fotografar, deve-se ter consciência do resultado que
se deseja.
Objetos em primeiro plano são especialmente úteis para caracterizar situações específicas. Por exemplo,
uma foto representando um momento de leitura pode ter em primeiro plano elementos que se relacionem com o
prazer de ler, valorizando a foto.
Fundo da foto Muitas vezes, ao fotografar uma cena, existe a tendência de se preocupar apenas com o assunto que está
em primeiro plano, sem dar atenção aos elementos que compõem o fundo. A interferência de elementos pode
prejudicar a leitura e a melhor compreensão da foto, principalmente quando cria composições bizarras ou entra
em conflito com o primeiro plano, seja pelos elementos, luzes ou cores inadequadas.
Linhas Para aprimorar as fotos, podem ser usadas linhas imaginárias dentro do assunto ou objeto. As linhas con-
tribuem para juntar as coisas, para dar um sentimento de fluência à paisagem, “envolver” o conjunto ou relacionar
entre si as coisas em diferentes partes da cena.
Fotografia | 147
Os triângulos, as forma ovais ou em “S” parecem
fluir mais, como que obrigando o observador a ver
a imagem mais ativamente.
As imagens em linha alongadas, convergentes
(formadas por perspectivas acentuadas) atra-
em rapidamente a atenção dos olhos para seus
pontos convergentes.
148 | Pontes de Esperança
Uma massa de linhas curtas em ângulos diferentes
em todas as direções, contribui para sugerir excita-
ção, confusão e caos.
Linhas do horizonte Tal como na pintura, a escolha da posição do horizonte é um dos recursos para se dar ênfase no assunto,
criar efeitos especiais ou equilibrar os elementos da fotografia. A linha do horizonte funciona ainda como uma es-
cala de referência. Conforme a posição, as proporções dos elementos se alteram.
Linha do horizonte no centroLinha do horizonte no terço inferior
Fotografia | 149
Zoom ótico X zoom digital O zoom ótico aproxima a imagem por um jogo de lentes dentro da câmera e não distorce a imagem. Já o
zoom digital apenas amplia eletronicamente uma imagem existente. Esse tipo de zoom deve ser evitado, uma vez
que ele provoca muita distorção na imagem.
Resolução da foto Megapixel é o termo utilizado nas câmeras digitais para dizer o quanto uma imagem poderá ser ampliada.
O mínimo recomendável para se revelar uma fotografia digital no formato 10x15cm é de 1.3 megapixels. Uma re-
solução de 1.3 megapixels significa que existem aproximadamente 1,3 milhão de pixels na imagem, ou seja, uma
imagem de 1280 pixels de largura por 1024 pixels de altura tem exatamente 1.310.720 pixels. (Fonte: Wikipédia)
Levando em consideração que as fotos geralmente são retocadas antes de ser publicadas e, às vezes, se
aproveita apenas parte da foto, o ideal é usar sempre resolução máxima da câmera.
Uso do Flash O flash embutido que vem na maioria das câmeras é de curto alcance, geralmente de dois a três metros,
no máximo. Atenção com fotos noturnas em ambientes grandes. Em muitos casos, é preferível desligar o flash.
Para evitar que as fotos fiquem tremidas quando se desliga o flash, é recomendado o uso do tripé.
Linha do horizonte no terço superior
150 | Pontes de Esperança
Cuidado com a luz de fundo Evite fotografar em um local que tenha muita luz de fundo em relação ao objeto a ser fotografado. Exem-
plo: janela ou sol por detrás das pessoas.
O ideal é inverter o ângulo de foto: o fotógrafo deve ficar de costas para a luz. Não sendo possível, utilize
um flash para dar nitidez às pessoas a serem fotografadas.
Lembre-se Antes de clicar a sua câmera, faça as seguintes perguntas a fim de obter um bom resultado:
■ Qual é o objetivo da foto?
■ Quem ou qual é o assunto principal?
■ O que deve ser o resultado? Pessoas, arquitetura, cores ou texturas?
■ Quem será o público da foto?
Lembre-se de que um mesmo assunto pode ser interessante de formas diferentes à públicos diferentes.
No caso de fotos para artigos na Revista Adventista, ASN (Agência Sul-Americana de Notícias) ou para o boletim
da igreja, sempre se deve usar em primeiro plano a imagem das pessoas.
Check list ■ Carregar as baterias da máquina fotográfica e do flash;
■ Ter baterias de reserva;
■ Limpar o cartão de memória;
■ Limpar a lente da máquina fotográfica;
Fotografia | 151
Postura do fotógrafo em eventos religiosos
Com o progresso da fotografia digital e a competição do mercado fotográfico, adquirir uma câmera digital
já não é mais um sonho distante. Desta forma, a fotografia está acessível a pessoas de diferentes idades e níveis
econômicos.
Esse progresso pode ser facilmente percebido também no público cristão que tem usado suas câmeras para
registrar eventos, cerimônias e momentos de confraternização nas igrejas.
Mas qual o limite para se obter a foto desejada?
A fotografia tem um papel importante dentro da missão da Igreja. Realizada de forma adequada, ela auxilia
no registro da memória da igreja local e colabora para a divulgação de suas atividades.
Na busca pelo melhor ângulo, há fotógrafos, leigos ou profissionais, com uma câmera fotográfica na mão,
não se importando em interferir na programação, agindo como se não estivessem numa reunião religiosa.
Um exemplo de como a fotografia se torna um irreverente estorvo, ao invés de uma útil ferramenta, ocorre
durante as cerimônias de batismo. Amigos e familiares desejam registrar o momento. Para não perder a hora certa
do clique, todos se posicionam perto do tanque batismal.
Como há pelo menos um fotógrafo para cada batizando, o resultado é um batalhão de pessoas à frente da
igreja tirando a atenção e visão do público, além de causar tumulto e irreverência. O mesmo vale para os demais
eventos religiosos ou outras programações especiais.
A maioria das câmeras utilizadas pertence à da categoria compacta. Como essas câmeras são limitadas
quanto à velocidade do obturador, sensibilidade da luz e zoom, é comum o fotógrafo conferir no monitor a imagem
e refazê-la até atingir o resultado desejado. Em alguns casos, essa limitação do equipamento e as condições ruins
de iluminação e posicionamento resultam em uma imagem inútil, que não poderá ser utilizada.
Falando em foto inútil, vale destacar as fotos feitas por celulares. Como o zoom desses equipamentos é
quase inexistente, as pessoas se posicionam ainda mais próximas aos objetos a ser fotografados, registrando ima-
gens que só serão utilizadas no próprio aparelho, com péssima resolução. A pergunta que se deve fazer é: “Vale a
pena atrapalhar o pregador, desviar a atenção de 50, 100 ou 150 pessoas para obter uma foto que não vou utilizar?”
A resposta é fácil.
152 | Pontes de Esperança
Propósito, qualidade e quantidade Apertar o obturador é a última etapa de um longo e fundamental caminho que passa pela técnica e lingua-
gem fotográfica. Um dos primeiros passos antes de se começar a fotografar é saber claramente quais os propósitos
do registro.
■ Qual o objetivo da captura?
■ Onde serão usadas as fotografias?
■ Essa foto é tão importante a ponto sua execução tirar a reverência do ambiente?
A fotografia digital viabiliza a captura de muitas imagens sem o custo do filme. Muitos iniciantes se impres-
sionam com essa vantagem, com o número de fotos que um cartão de memória é capaz de armazenar e compram o
equipamento tendo em mente a grande quantidade de imagens que serão registradas, não a qualidade das mesmas.
Basta pensar um pouco para perceber que mais vale ter 15 fotos de qualidade, que comuniquem claramen-
te o que aconteceu no evento e que poderão ser impressas posteriormente, do que uma pasta com 100 imagens em
baixa resolução, com enquadramento inadequado, tremidas, escuras, que jamais serão utilizadas. O que importa é
a qualidade, não a quantidade.
Elaborar um arquivo digital para a igreja de fotos de eventos, reuniões, cerimônias, fazendo parte da história.
Dicas de postura na hora de fotografar Reúna pessoas com disposição para se qualificar no ato de fotografar eventos promovidos pelas igrejas.
Para tanto, destacamos algumas dicas básicas:
■ Escolha e capacite um grupo de fotógrafos em sua igreja.
■ Denomine um grupo de pessoas para ser os fotógrafos oficiais de sua congregação. Dessa forma, a igreja terá
mais qualidade em seus registros e menos irreverência.
■ Não teste sua habilidade fotográfica apenas no momento do evento. Com a igreja vazia, faça testes de luz e
posicionamento. Assim, você saberá as regulagens ideais da câmera e os melhores lugares para o fotógrafo se
posicionar, evitando percorrer a igreja atrás de um bom ângulo e tentar diversas vezes a mesma foto enquanto
a programação é realizada.
■ Pense bem antes de iniciar a jornada fotográfica em um evento. Reveja o propósito das imagens e registre
somente o necessário.
Fotografia | 153
■ Saiba antecipadamente qual tipo de iluminação será utilizada e tenha em mãos a programação do evento
para se posicionar melhor na igreja e evitar surpresas desagradáveis.
■ Fale antecipadamente com os organizadores do evento para saber quais os momentos mais relevantes a ser
registrados. Lembre-se de que o importante é a qualidade das imagens, não a quantidade.
■ Faça parte do seleto grupo dos PQLM – Pessoas Que Leem o Manual! Conheça todos os recursos de sua
câmera para obter os melhores resultados e evitar fotografar em condições nas quais seu equipamento não
corresponderá à necessidade local. Por isso é importante não se contentar com o modo automático da câmera
e aprimorar sua técnica.
■ Use roupas neutras e sem muitos detalhes. O fotógrafo precisa se vestir discretamente para chamar o mínimo de
atenção possível. Mulheres devem tomar o cuidado com o comprimento das saias e os saltos altos que, dependendo
do piso, fazem um som significantemente perceptível.
■ Oriente os fotógrafos visitantes e produtoras que registrarão eventos em sua igreja sobre a postura que de-
vem ter no registro das imagens.
■ Eventos grandes. Os organizadores de eventos com grandes públicos conhecem a dificuldade de conter a
massa de fotógrafos que se debate em frente ao palco para captar os melhores momentos da programação.
■ Para camporis e batismos com grande número de batizandos, a sugestão é ter uma equipe de fotógrafos,
devidamente identificados.
■ No caso de batismos com vários tanques, o ideal é ter um fotógrafo para cada tanque batismal. Dessa
forma, não há tumulto e o fotógrafo pode registrar todos os batizandos e entregar posteriormente as fotos
com alta qualidade para impressão. A dificuldade nesse processo é fazer os familiares entenderem que não
poderão fotografar. Um argumento forte é o de que em uma cerimônia com 100 batizandos, por exemplo, a
atuação de 100 fotógrafos será um caos certo.
154 | Pontes de Esperança
Informações na internet A internet oferece uma gama incrível de informações. Para aprimorar sua técnica e linguagem fotográfica, a
forma de comunicação é rápida, simples e dinâmica. Pesquise em fóruns como:
• www.fotografiabrasil.com
• www.mundofotografico.com.br
• www.digiforum.com.br
• www.flickr.com/groups/advfoto (grupo dos fotógrafos adventistas)
Comunicação digital
156 | Pontes de Esperança
De todos os capítulos deste guia, sem dúvida este é o que mais corre o risco de ficar desatualizado rapi-
damente, dada a velocidade com que as coisas se transformam e são criadas na internet. Por isso mesmo não é o
objetivo deste capítulo descrever o funcionamento de softwares ou ensinar como programar sites, já que são parti-
cularidades técnicas que vão ficar obsoletas. Em vez disso, o capítulo visa explorar as definições e conceitos de cada
ferramenta disponível para que a igreja use a internet de maneira que mesmo mudando os softwares ou surgindo
novos serviços, a ideia básica seja preservada.
Quão relevante a internet é na comunicação da Igreja na América do Sul? O rádio demorou mais de 50 anos
para atingir um milhão de usuários no mundo. Mas até hoje é muito complicado abrir e manter uma emissora de rádio,
além de muito caro e dependente das leis de cada país.
A televisão demorou menos de 20 anos para atingir um milhão de usuários, e é ainda mais complicado e caro
abrir e manter um canal de televisão em qualquer parte do mundo. No entanto, a internet surgiu comercialmente na
década de 1990 e, em menos de um ano já tinha mais de um milhão de usuários. Além disso é muito acessível e simples
a criação e manutanção de um site próprio.
Prova dessa verdade de adoção em massa é que hoje 30% da população mundial ou é usuária direta da
internet (acessa pessoalmente) ou é beneficiária direta dela (alguém acessa para a pessoa resolver coisas particu-
lares). Se considerarmos então os beneficiários indiretos (pessoas que não usam internet, mas são atendidas por
pessoal que a usa no atendimento, como no caso de serviços do governo, por exemplo), chega-se a mais de 60% da
população mundial!
O número de usuários de internet no mundo chegou a 2 bilhões de pessoas em 2012, ultrapassando a um
quarto da população mundial. Segundo previsão da consultoria Jupiter Research, o crescimento será principalmen-
te em economias emergentes, em países da América do Sul, Rússia, Índia e China, alcançando os maiores índices de
crescimento. A Igreja Adventista, portanto, não pode deixar de explorar corretamente esse meio de comunicação,
e essa exploração passa pelas igrejas locais. Afinal, pesquisas mostram que assuntos de interesse local são a terceira
motivação para as pessoas acessarem sites, ficando atrás apenas de envio de e-mails e buscas por mecanismos de
pesquisa como o Google.
E estamos certos de que tão logo esse manual chegue às suas mãos, esses dados já serão outros.
Comunicação digital | 157
A internet comunicando esperança A internet permite conectar pessoas que, de outra forma, jamais teriam contato umas com as outras. Essa
característica torna a internet um dos meios mais eficazes para comunicar a mensagem adventista de esperança a
pessoas que, de outra forma, não seriam alcançadas.
Apesar de o meio ser tecnológico, falar de Jesus na internet segue os mesmos princípios dos meios conven-
cionais: lidamos com pessoas; essas pessoas possuem sentimentos, expectativas e conceitos pré-concebidos; elas
estão a procura de algo; precisam de amor e atenção.
Por outro lado, existem algumas diferenças como: não se está fisicamente diante da outra pessoa; a infor-
mação pode ser mais aprofundada e o tempo, horário e distância não são barreiras na comunicação.
Na internet, a maneira como comunicamos também pode assumir vários formatos, como, por exemplo:
textos, imagens, vídeos e animações. Assim, a mensagem pode ser passada de maneira mais rica e distribuída ex-
ponencialmente, uma vez muitas pessoas podem ter acesso à mesma informação.
Como a internet está em constante evolução, a cada dia surgem novas maneiras e meios que podem ser
explorados para levar a mensagem de salvação. As redes sociais, como Twitter, Youtube, Facebook, entre outros,
quando devidamente utilizadas, podem ser uma valiosa ferramenta para conhecer pessoas e comunicar a mensa-
gem de esperança.
Os blogs também podem ser muito úteis quando utilizados para discutir, de maneira menos formal, assun-
tos específicos ou do dia a dia em comparação com a abordagem bíblica.
Atualmente, os vídeos estão se tornando num dos principais formatos de mensagem no mundo da web. A
imagem em movimento combinada com o som pode tornar a mensagem mais clara, compreensível e de fácil memo-
rização. Por esse motivo, clipes musicais, estudos bíblicos e palestras são tão procurados na internet atualmente.
No entanto, para a disponibilização de qualquer conteúdo é necessária a permissão do autor e respeito às
leis de direitos autorais.
Apesar das grandes vantagens que a internet oferece, ainda existe o receio de que ela se torne um ambien-
te virtual perigoso para as pessoas. Aqui valem, mais uma vez, o sábio conselho de Jesus: “Sejam simples como a
pomba e prudentes como a serpente” (Mt 10:16).
Mais que uma forma de entretenimento, a internet se tornou essencial para o estudante e o profissional
realizarem suas atividades. A comunicação do homem moderno depende em grande parte dela. Por esse motivo,
158 | Pontes de Esperança
é importante que os pais e a igreja assumam o compromisso de educar e alertar a sociedade para os perigos do
mundo da web, bem como para sugerir maneiras de uso sadio, nobre, educativo e evangelístico.
Planejamento de websites
Planejamento inicial Websites, sítios da web ou simplesmente sites, são áreas de conteúdo que podem ser acessadas, a prin-
cípio, por qualquer pessoa com acesso à internet, bastando para isso digitar um “endereço” que a direcione para
lá. O mais importante para um diretor de Comunicação de uma igreja, para quem se destina este guia, não é saber
como se programa um site, mas para que ele serve e como se pode explorá-lo da melhor maneira para a função do
departamento.
Basicamente, um site contém as informações relevantes a determinado grupo de pessoas que têm acesso
a internet. Os dois erros mais comuns observados nos sites desenvolvidos para igrejas ou grupos religiosos, são os
seguintes:
1. Desenvolver um site com conteúdo que interesse ao autor, mas não ao público alvo (exemplo: fotos
de eventos internos da igreja num site “missionário”).
2. Desenvolver um site com conteúdo interessante para um público que não acessa a internet (exem-
plo: ficha de inscrição para recebimento de cestas básicas para famílias carentes).
Os dois exemplos acima são reais e mostram que o mais complicado no desenvolvimento de sites não é a
programação, mas o planejamento.
Para fins didáticos, vamos simular o projeto de um site para a igreja, a fim atender o público interno. Serão
cinco etapas para a construção. Para outros sites com outros objetivos, considere as mesmas etapas e adapte ao
conteúdo necessário.
Comunicação digital | 159
Etapa 1Definições básicas
Nessa etapa, algumas definições precisam ser tomadas e colocadas no papel, para que sirvam de guia para
o restante do desenvolvimento do site.
Para isso, convoque uma reunião com algumas pessoas-chave: você, como diretor de Comunicação, sua
equipe de trabalho, uma pessoa que entenda de desenvolvimento tecnológico de sites para poder opinar sobre
prazos de desenvolvimento e funcionamento e, se possível, o pastor da igreja.
As definições a ser tomadas são simples, mas importantíssimas, e vão determinar todo o restante do traba-
lho no projeto. São elas:
■ Objetivo: qual o objetivo da existência do site?
■ Público: qual é o público para o qual esse site está sendo desenvolvido?
■ Conceito de funcionamento:
• Será um site em que as pessoas apenas lerão informações?
• Vão poder trocar informações entre elas?
• Vão poder fazer downloads e uploads?
• Vão precisar de senha para entrar em alguns conteúdos?
• Será tudo de acesso livre?
■ URL: qual será o endereço do site?
■ Cronograma: quanto tempo se deverá levar para o desenvolvimento de todo o site?
■ Fluxograma: quais as fases de desenvolvimento do site?
■ Equipe: quais pessoas estarão envolvidas no desenvolvimento do site?
Com essas definições em mãos, fica bem mais simples contatar todos os envolvidos, determinar prazos e
acompanhar o desenvolvimento correto.
Etapa 2Definições dos grupos de conteúdo
Nessa etapa é desenhado, pela primeira vez, o que se convencionou chamar de “mapa do site”: uma visão
geral, em forma de organograma, de todos os “compartimentos” que o site terá e as conexões entre eles. No caso
de um site para a igreja, por exemplo, cada departamento pode ter um canal, um “compartimento” dentro do site,
e departamentos como Desbravadores e Aventureiros podem ter conteúdos em comum.
160 | Pontes de Esperança
Com o desenho do mapa do site e a visualização dos grupos de conteúdos, pode-se então determinar quem
serão os responsáveis por desenvolver o conteúdo, isto é, escrever e adicionar imagens, vídeos e outros arquivos,
para cada grupo.
Note que a pessoa que irá desenvolver o conteúdo não precisa saber nada sobre internet, pois não é ela
que vai se ocupar de colocar todo o conteúdo gerado em formato de internet, mas tão somente criar o conteúdo
correto dentro de sua área de competência.
Consultar outros sites de outras igrejas para ter uma ideia nova, melhora-la e colocar em uso.
Etapa 3Desenvolvimento de conteúdo e layout Nessa etapa, cada responsável pelo conteúdo de seu “compartimento”, seu canal, deve selecionar as in-
formações que quer que estejam disponíveis no site e que retratem com precisão os objetivos específicos de cada
departamento.
Ao “encomendar” esse desenvolvimento, você, como coordenador do projeto, deve orientar cada “autor”
sobre alguns princípios básicos de criação de conteúdo para internet. Faça um convite formal, por escrito, dando
uma data de término para a produção de acordo com o cronograma fechado na ETAPA 1, juntamente com as se-
guintes orientações:
■ O site tem por objetivo informar sobre o funcionamento de cada departamento da igreja e suas programa-
ções (agendas). O conteúdo, portanto, está sendo desenvolvido para o público interno da igreja (lembre-se de
que estamos usando esse exemplo; para outros sites essa introdução deve ser adaptada ao objetivo e público
corretos).
■ Havia uma tese que usuários de internet gostam de ler textos curtos com informações resumidas, e que,
portanto, se deveria evitar a inclusão de textos longos no conteúdo que está sendo desenvolvido. Entretanto
essa tese já foi contestada. As frases devem ser curtas, mas o texto pode ser longo. Muitas vezes procuramos
na web o detalhamento e informações que não recebemos nas outras mídias que possuem limitação maior de
tempo e espaço.
■ Imagens, vídeos e sons enriquecem a compreensão do conteúdo. Adicione o máximo que puder de exemplos
sobre o material que você está escrevendo.
■ Normalmente, quando os usuários de internet se interessam por determinado assunto, querem ter acesso a
Comunicação digital | 161
mais conteúdos sobre o mesmo assunto. Indique, quando possível, outras fontes ou outros sites que contenham
informações a respeito do mesmo tema.
Ao mesmo tempo em que os responsáveis estarão escrevendo o conteúdo e preparando material para fa-
zer parte do site, alguém precisa estar “desenhando” o site, criando um layout básico, ou, em termos mais simples,
criando a “cara e jeito” do site, para que quando o conteúdo estiver pronto, possa ser inserido numa estrutura
básica já prevista.
Vale destacar que um profissional ou expert em programação de sites, não precisa necessariamente ser a
pessoa mais indicada para também “desenhar o site”, já que o primeiro é um trabalho tecnológico e o segundo um
trabalho artístico. Se a mesma pessoa puder fazer ambos, ganha-se agilidade. No entanto, não hesite em separar
as atividades de criação e programação do site, caso perceba que isso resultará em um produto final de qualidade
superior.
Etapa 4Integração de conteúdos e programação
Antes do início propriamente da integração, sobre a qual já vamos discorrer, é importante que seja feita
uma revisão geral dos conteúdos desenvolvidos: uma revisão ortográfico-gramatical e uma revisão chamada de
revisão editorial, a fim de verificar se o conteúdo desenvolvido está adequado aos objetivos do site e se não entram
em conflito entre si.
Feita a revisão geral, inicia-se a integração.
Quando os conteúdos são enviados de forma digitada e em fotos e vídeos, eles geralmente não estão
prontos e adequados para serem publicados na internet. É necessário “transformá-los” em arquivos próprios para
a internet, adaptando sua forma e disposição ao layout definido anteriormente para o site. A esse processo damos
o nome de integração.
Essa, juntamente com a ETAPA 5, é a fase mais técnica do projeto todo e não há muita contribuição a ser
feita, a não ser no acompanhamento do trabalho do programador do site, que deve ser um profissional que saiba
como construir a parte tecnológica do site.
Apesar disso, o programador precisa ter acesso a todas as informações pertinentes ao conteúdo geral do
site, pois não é sua responsabilidade fazer acertos em informações incompletas sobre qualquer tema.
162 | Pontes de Esperança
Ao final da fase de integração, o site estará completo, funcionando da maneira que irá funcionar quando
estiver disponível para acesso. Nesse momento, ele deve ser explorado e acessado, mesmo que em um único com-
putador, ainda que fora da internet, para se verificar o funcionamento adequado, o acesso a todos os conteúdos e a
disposição das informações conforme o planejado.
Se algo estiver errado, o reparo pode ser feito antes de disponibilizar o site na internet.
Etapa 5Publicação A ETAPA 5 trata de colocar o site “no ar”, isto é, disponibilizar o acesso, pela internet, a todos os interessa-
dos em seu conteúdo.
Para ser colocado “no ar”, todo site precisa de dois elementos básicos: uma URL (um endereço que os usu-
ários devem digitar para acessar o site) e um servidor (um computador central onde o site estará armazenado). São
dois serviços prestados por empresas terceirizadas e normalmente têm um custo, que, em média, não é alto. Esses
tópicos devem ser resolvidos antes que o site esteja pronto, a fim de que quando estiver, seja possível disponibilizá-lo
imediatamente para acesso.
Para procedimento da URL (Unique Resource Location, ou Localização Única dos Recursos, ou simplesmen-
te o endereço do site), o departamento de Comunicação da Associação/Missão pode ajudá-lo indicando qual órgão
administra os registros de domínios em seu país e qual a taxa de registro praticada. Uma vez registrado esse ende-
reço, passa a ser de uso da igreja e pode ser divulgado sem maiores preocupações para que as pessoas o acessem.
Um “servidor” deve, então, ser contratado para armazenar o site pronto. Cada vez que um usuário digitar
o endereço já registrado, vai na verdade ser encaminhado para essa central, acessando, assim, o conteúdo do site
que foi armazenado lá.
Esse é um caso em que a teoria é mais complexa que a prática, pois no dia a dia esse trabalho só precisa ser
feito uma vez e os usuários não percebem nada quando acessam o site.
Com os dois elementos resolvidos, basta colocar o site no ar e começar a acessá-lo.
Mas o trabalho não acaba aí.
Comunicação digital | 163
Manutenção do site Normalmente, o site contém formas de contato ou formulários para ser preenchidos pelos usuários, os
quais precisam de respostas. Além disso, é necessário que sejam atualizadas fotos e, em especial, agendas e notici-
ário do que ocorre na igreja (lembre-se de nosso exemplo).
Para isso, mesmo após o site estar pronto, é preciso manter uma pequena parte da equipe em trabalho
constante, respondendo os contatos, encaminhando mensagens para os destinatários corretos e atualizando as
informações que se alteram com o passar do tempo.
A sugestão é que sejam entregues para os mesmos responsáveis pela construção dos conteúdos, orienta-
ções a respeito da manutenção dos mesmos: o que pode ser mudado; quando deve ser mudado; para quem enviar
as alterações; quando serão atualizadas
De todos os trabalhos do Departamento de Comunicação, juntamente com o boletim, que por
sinal, pode ter sua versão digital no site, esse é o que requer mais continuidade e acompanhamento.
VISITE E DIVULGUE
www.portaladventista.org – portal da Igreja na América do Sul
www.esperanca.com.br – portal evangelístico da Igreja em português
www.esperanzaweb.com – portal evangelístico da Igreja em espanhol
www.biblia.com.br – a Bíblia em várias versões e estudos bíblicos
www.redemaranata.org.br – programas em áudio para download
www.redeadventista.org.br – agregador de sites adventistas
www.gadw.com.br – site de grupo adventistas desenvolvedores de web
www.reavivamentoereforma.com – projeto Reavivamento e Reforma
www.quebrandoosilencio.org – projeto anual de defesa das crianças, mulheres e idosos
www.educacaoadventista.org.br – portal da educação adventista
www.adra.org.br – portal Adra Brasil
www.vidaporvidas.com – projeto doação de sangue e medula óssea
www.evangelismoweb.com – vídeos e projetos de evangelismo on-line
www.mutiraodenatal.com.br – campanha anual de doação
www.eunopac.com – Programa Adventista de Capacitação em Comunicação
164 | Pontes de Esperança
E-mail marketing
Definindo e-mail marketing O e-mail é uma mensagem enviada do computador de um usuário de internet diretamente para outro
usuário, que pode lê-lo sem necessidade de entrar propriamente em algum site. Mais do que isso, um usuário pode
enviar a mesma mensagem para mais de um destinatário de uma só vez, o que se convencionou chamar de “copiar”
alguém no e-mail.
O e-mail marketing, por sua vez, se configura quando um emissor envia uma mensagem promocional para
muitos destinatários de uma só vez. Se os destinatários estão dispostos previamente a receber as mensagens, como
no caso de terem se cadastrado para receber informações, o e-mail marketing funciona como uma ferramenta
muito eficiente, como veremos a seguir. Mas, se o destinatário não tem interesse em receber a mensagem e ainda
assim a recebe, isso pode se configurar um spam, o que além de anti-ético, é ilegal em diversas partes do mundo.
Considerando que você tenha uma lista de endereços de e-mail composta pelos e-mails das pessoas da
igreja que se cadastraram durante o censo, mais os e-mails de pessoas que entraram no site da igreja, você pode
começar a estruturar sua comunicação via e-mail marketing.
Exemplos interessantes de e-mail marketing para a igreja:
■ Envio da programação da igreja na quinta-feira de cada semana;
■ Envio de mensagem de incentivo à participação em alguma campanha da igreja;
■ Envio de mensagem promocional de alguma programação especial, com possibilidade de reenvio para outros
convidados;
■ Envio de mensagem promocional sobre produtos relacionados à vida cristã como literatura ou alimentação que
estejam sendo vendidos em condições especiais para os membros da igreja local.
Desenvolvendo um e-mail marketingPASSO 1 – Avalie a sua base de destinatários
Separe numa lista em formato digital todos os e-mails de todas as pessoas que forneceram seus endereços de e-
-mail e para as quais o conteúdo que você irá desenvolver possa ser relevante.
Comunicação digital | 165
PASSO 2 – Conteúdo
Escreva o conteúdo a ser enviado e junte os demais arquivos referentes à mensagem, como vídeos ou imagens.
Lembre-se de que as regras para composição de conteúdos para sites servem, da mesma forma, para compor os
e-mails marketing.
PASSO 3 – Layout e programação
Alguma pessoa será responsável por transformar os conteúdos escritos e os materiais coletados em um layout que
possa ser enviado pela internet, semelhante ao trabalho feito para criar as páginas de um site.
PASSO 4 – Envio
Finalmente, após o material pronto, ele precisa ser enviado para os destinatários indicados na lista do passo 1.
OBSERVAÇÃO: ASSUNTO Uma característica particular do e-mail é que ele possui um campo para preenchimento com o “assunto”:
quando o destinatário recebe uma mensagem, antes mesmo de ela ser aberta e lida, um cabeçalho indica quem en-
viou, quando enviou e sobre o que trata a mensagem enviada. Das três informações, e terceira é muito importante
pois é de responsabilidade do remetente da mensagem, e vai despertar ou não o interesse do destinatário. Assim,
esteja atento na hora de criar a mensagem em qual será seu “assunto”, que, na verdade, vai ser a primeira frase com
a qual o destinatário terá contato.
Alguns conselhos básicos sobre o “assunto”:
■ Seja claro e curto.
■ Evite “assuntos” genéricos como “mensagem especial”, “mensagem para você” ou outras do tipo, pois não
identificam claramente o conteúdo e podem ser confundidas com spam, fazendo com que o destinatário elimine
a mensagem antes mesmo de abrí-la.
■ Nunca faça promessas no “assunto” que não se cumpram na mensagem, como por exemplo “Atenção, última
semana para as inscrições para o Campori”, quando na verdade não é a última semana. Isso tira a credibilidade
da mensagem.
166 | Pontes de Esperança
Final da mensagem Outra orientação importante não é sobre o começo, mas sobre o final da mensagem. Sempre assine a men-
sagem (precisa ficar claro para o destinatário quem enviou aquela mensagem, não só pelo endereço do remetente,
mas também pela assinatura do conteúdo) e, por fim, coloque a seguinte informação:
“Essa mensagem foi enviada somente para e-mails cadastrados no departamento de Comunicação da igre-
ja (nome da igreja), obedecendo à legislação nacional sobre spam. Caso você a tenha recebido por engano ou não
deseje mais receber mensagens como essa, favor responda ao e-mail escrevendo a palavra “RETIRAR” no campo
“assunto””.
Blogs e redes sociais Uma excelente alternativa diante da impossibilidade de construção de um site pela igreja é a publicação de
um blog.
Um blog nada mais é do que uma página corrida em que podem ser incluídos textos e imagens numa estru-
tura já montada e disponibilizada pelo administrador do serviço. Além disso, não requer registro do domínio e nem
pagamento pela hospedagem em um servidor.
Qualquer pessoa pode abrir um blog e seu crescimento hoje no mundo é impressionante: já são mais de
300 milhões de blogs em todo o mundo e o número cresce a cada dia.
As desvantagens de um blog para servir como canal de comunicação da igreja substituindo um site são:
1. O layout do blog é proposto pelo administrador do serviço, permitindo pouquíssimas alterações.
2. Os conteúdos inclusos no blog comportam-se como notas num diário: assim que você inclui um
conteúdo ele “empurra” o anterior para baixo, até que ele saia da visualização. Dessa forma, não se pode ter certeza
de que um conteúdo estará sempre no blog e nem ocupando o mesmo lugar na página.
Entretanto, existem algumas vantagens:
1. São gratuitos, não precisando de registro de domínio nem de hospedagem em um servidor.
2. Não é necessário um programador para colocá-lo no ar, visto que sua composição segue um roteiro
que qualquer usuário pode seguir.
Comunicação digital | 167
Considerando então essas características, um blog na verdade é uma ferramenta muito interessante .
Veja alguns exemplos de conteúdos interessantes para um blog da igreja:
1. Testemunhos missionários;
2. Informações sobre as programações especiais que qualquer membro pode incluir;
3. Discussões sobre temas da Lição da Escola Sabatina.
Já para desenvolver um blog para sua igreja, acesse www.blogspot.com ou http://wordpress.com, am-
bos os serviços gratuitos, disponíveis em qualquer país da Divisão Sul Americana da Igreja Adventista do Séti-
mo Dia. Eles contém instruções detalhadas sobre criação e manutenção de um blog.
Mas além de blogs, outra modalidade de comunicação pela internet tem ganhado cada vez mais espaço no
universo da comunicação: as comunidades.
As rede sociais são páginas administradas por servidores centrais que funcionam como área para discussão
de qualquer tema que o usuário queira colocar em discussão. Elas em si não têm conteúdo algum, sim espaço para
que os usuários incluam conteúdos. Como cada usuário coloca e discute o conteúdo que lhe agrada mais, natu-
ralmente acabam se concentrando em páginas que discutem sobre um mesmo conteúdo, formando, assim, uma
comunidade de participantes aficionados a um mesmo conteúdo.
O Facebook é o exemplo mais famoso de ambiente de comunidades (o Yahoo Groups não se enquadra per-
feitamente na definição de comunidades, sendo é um grupo para troca de e-mails).
Nessas comunidades não é possível escolher o layout ou determinar canais para cada departamento da
igreja. O desenvolvimento do conteúdo é livre e depende exclusivamente de quem acessa e abastece com comen-
tários e arquivos.
Para se ter uma ideia de quanto as comunidades estão crescendo, apenas em língua portuguesa são mais
de 15 mil comunidades que tratam sobre religiões, sendo quase 2 mil exclusivamente sobre assuntos relacionados
à Igreja Adventista.
As duas formas básicas de a igreja utilizar o serviço de comunidades são:
1. Acessar comunidades existentes e participar das discussões;
2. Criar sua própria comunidade e sugerir discussões.
168 | Pontes de Esperança
A Igreja nas redes sociais As redes sociais devem ser vistas como uma extensão da comunidade que é a igreja, permitindo aos mem-
bros e interessados que fortaleçam seus relacionamentos e laços em qualquer horário e lugar.
As redes sociais são poderosas ferramentas de comunicação para engajamento, orientação e contato com
novas pessoas e, de forma prática, podem ser utilizadas pela sua igreja principalmente para:
1. Crescimento e manutenção dos membros;
2. Informação à Igreja e comunidade local;
3. Recuperação de membros afastados;
4. Evangelismo.
O objetivo deste texto é dar dicas e orientações práticas sobre como organizar e começar um projeto de uso
de redes sociais em sua igreja. Você receberá orientações sobre “o que fazer”, “como fazer” e “como aprender mais”.
O que fazer?1 - Crescimento e manutenção dos membros:
O compartilhamento saudável de experiências da vida cristã em suas redes sociais pode promover nos inter-
nautas a sensação de pertencer a um grupo, a noção de que eles são parte do corpo da igreja, com o conhecimento
de que outros também têm enfrentado e superado dificuldades com a ajuda de Deus e apoio de outros membros.
O incentivo de atividades simples como orar por alguém e a conversa em um ambiente amistoso irá proporcionar
crescimento na vida cristã para os membros de sua comunidade.
Cabe ressaltar que “discussão” é um termo usado na internet para designar troca de opiniões sobre de-
terminado assunto, mesmo que as opiniões sejam concordantes. Não significa necessariamente “deba-
te” ou “desacordo”, como o nome pode inicialmente sugerir. Portanto, não entenda “participar de uma
discussão” como sendo encontrar um assunto polêmico para brigar!
Comunicação digital | 169
O que fazer:
a) Reserve espaço nos programas de sua igreja para conversar sobre a importância de manter uma postura amigá-
vel na rede, evitando a todo custo o bullying e outros tipos de comportamentos ofensivos ou pejorativos;
b) Encontre meios junto ao seu pastor para orientar aos membros de sua igreja que possuem comportamento ina-
dequado nas comunidades virtuais;
c) Promova discussões sobre temas da lição da Escola Sabatina, temas da Bíblia, Espírito de Profecia, entre outros.
Seja cuidadoso com relação a temas polêmicos, deixe-os para discussão presencial em programas na igreja;
d) Informe links para recursos que sirvam para crescimento espiritual de sua igreja. Porém somente selecione fon-
tes confiáveis;
e) Promova o compartilhamento de testemunhos;
f) Promova os pedidos de oração.
2 - Informar os membros e comunidade:
As redes sociais são ferramentas de comunicação rápida para manter a igreja e comunidade informada so-
bre as atividades que a congregação promove. Quando possível, versões virtuais do boletim da igreja devem estar
disponíveis nestas plataformas.
O que fazer:
a) Crie um blog para igreja e poste ali todas as sextas-feiras o boletim informativo que será distribuído no sábado;
b) Se não tiver tempo para criar uma versão web e uma versão impressa, utilize ferramentas como o Scribd (scribd.
com) ou Issuu (issuu.com) para publicar a versão que será impressa de seus boletins, é fácil e rápido;
c) Poste mensagens dando destaque aos principais comunicados com um link para o boletim completo;
d) No Facebook, crie eventos para os principais programas e convide seus amigos e seguidores.
3 - Recuperação de membros:
Através das redes sociais também podem ser alcançados aqueles que se distanciaram da igreja, pois mesmo
não frequentando ainda podem manter laços virtuais com a comunidade da qual participaram.
170 | Pontes de Esperança
O que fazer:
a) Promova a criação de grupos virtuais envolvendo as classes de Escola Sabatina também na Internet;
b) Oriente aos membros a enviarem mensagens de afeto e atenção para aqueles que têm faltado ou não estão mais
frequentado os cultos;
c) Promova programas de curta duração que sejam on-line e que permitam a participação destas pessoas, exemplo:
Um estudo da lição on-line, pequeno grupo on-line, encontro de oração, etc.
4 - Evangelismo:
As redes também podem ser um excelente canal para promover e ampliar o papel da igreja no evangelismo
pessoal, normalmente os membros que possuem perfis em redes sociais também se relacionam com muitas pesso-
as com as quais podem compartilhar a sua fé.
Na rede social alguns tipos de barreiras sociais são mais facilmente vencidas e é comum que as pessoas
tenham menos medo de compartilhar seus problemas e pedir conselhos. Pessoas em condição de tristeza ou de-
pressão tendem a procurar ajuda e atenção nas redes sociais.
Incentive a sua igreja a utilizar também este canal para alcançar a seus amigos, principalmente através do
testemunho pessoal.
O que fazer:
a) Ensine seus membros a utilizarem as redes sociais para o evangelismo pessoal;
b) Crie convites virtuais para seus programas;
c) Se possível, transmita algumas programações especiais ao vivo pela Internet, incentive aos membros a convidar
seus amigos e ex-adventistas para assistir.
d) Prepare uma equipe para atender aos interessados pela Internet que não possuem amigos na igreja;
e) Busque mais informações sobre evangelismo utilizando a Internet no site evangelismoweb.com.
Como fazer? Monte uma pequena equipe e faça uma reunião envolvendo o pastor de sua igreja para traçar metas e
planos para o uso destes perfis na rede social. Começe pequeno e avance aos poucos para dar segurança e sus-
tentabilidade ao projeto.
Comunicação digital | 171
Quem deve criar e manter os perfis de redes sociais na igreja?
A criação de perfis em redes sociais é de responsabilidade do departamento de comunicação da igreja.
Caso você não seja o diretor de comunicação, procure-o e o envolva neste projeto.
Dicas práticas:
a) Crie uma equipe que integre também outros departamentos da igreja;
b) Faça reuniões com os responsáveis pelos perfis, combinem regras, o que pode e o que não pode;
c) Estabeleça uma linha de comunicação uniforme: use a mesma linguagem, garanta informações corretas, evite
contradições;
d) Monitore o uso dos perfis;
e) Informe a criação de novos perfis para a comissão da igreja.
Que redes sociais devemos usar?
Podem ser criados perfis da igreja em diferentes redes, avalie qual rede é mais popular entre os membros
e sua comunidade local. Avalie também a capacidade da igreja em manter estes perfis. Um novo perfil é como um
novo programa da igreja e é necessário haver pessoas com tempo disponível para mantê-los.
Dicas práticas:
a) Comece com foco e ações para a sua igreja e comunidade local;
b) Se você utilizar o Facebook, crie uma página para a igreja. Não utilize um perfil pessoal;
c) Orkut, Facebook e Twitter são as redes mais populares no Brasil;
d) Flickr ou Picasa são ótimos serviços para publicar fotos da igreja e suas programações;
e) Youtube e Vimeo podem ser utilizados para os vídeos;
f) Seja cuidadoso com a privacidade das pessoas, tenha bom senso ao publicar fotos e vídeos;
g) Serviços como Livestream e Bambuser possuem integração com redes sociais e são opções para transmissão de
eventos ao vivo.
172 | Pontes de Esperança
O que informar no perfil da igreja?
O perfil facilita a procura de sua igreja na rede social e a avaliação de quem vai se associar a ele (seguir, cur-
tir, etc.). Cada rede social possui um padrão próprio para a criação do perfil, deixe o perfil o mais completo possível.
Itens que podem ser incluídos no perfil:
a) Nome completo da igreja (Igreja Adventista do Sétimo Dia de/do ….);
b) Logomarca da Igreja Adventista (veja o manual de identidade visual para não fazer feio na hora de usar a logo);
c) Fotos da igreja (privilegie fachada, nave e pessoas em grupos – um coral, por exemplo);
d) Link para o site ou blog da sua igreja;
e) Links para os sites: portaladventista.org e esperanca.com.br;
f) Endereço completo da igreja e link para o perfil de sua igreja no site encontreumaigreja.com.br;
g) Nome do pastor de seu distrito;
h) Links para as demais redes sociais que sua igreja utiliza (flickr, youtube, etc);
i) Calendário de eventos.
Devemos ter um perfil para cada departamento?
Não, procure manter poucos perfis bem administrados. Um perfil por igreja em cada rede escolhida bastar
para a maioria dos casos. Comece com um perfil somente e aumente gradualmente conforme a necessidade.
De um modo geral, um novo perfil somente deve ser criado quando visa atender a um público alvo dife-
rente ou oferecer um tipo de conteúdo diferente (fotos, vídeos, mensagens curtas, artigos… diferentes redes para
diferentes conteúdos).
Sempre avalie o custo versus benefício antes de tomar sua decisão de criar novos perfis, leve em conta:
tamanho do público alvo, quantidade de material produzido e capacidade para manter atualização destes perfis.
Dicas práticas:
a) No Facebook, utilize páginas e inclua mais de um administrador quando necessário;
b) Nas páginas do Facebook é possível você criar grupos de discussão ou sub-páginas separadas para projetos ou
departamentos;
Comunicação digital | 173
c) No Twitter, utilize ferramentas como o Hootsuite para permitir que diferentes pessoas compartilhem a mesma
conta (diretor de comunicação, diretor de joven, etc);
d) Agende twites com conteúdo de diversos departamentos (ferramentas: hootsuite, timely.is, TweetDeck).
Como ser relevante?
Para ter uma ação relevante nas redes sociais é importante você entender que quantidade de seguidores
ou fãs não é o que mais conta e sim interações, ou seja, mais vale uma comunidade pequena que interage com
frequencia (posts e comentários de diversas pessoas) do que uma grande comunidade com pouca interação.
Dicas práticas:
a) Envolva os próprios membros da sua igreja, eles são os principais agentes para tornar a sua comunidade virtual
relevante;
b) Integre-se aos programas da Divisão, Uniões e Associações ou Missões. Replique informações úteis e relevantes
para sua comunidade local. Converse na rede social de sua igreja sobre como estes projetos podem ser aplicados
na sua comunidade;
c) Você pode distribuir informações e conteúdo através das redes sociais, elas também possuem este papel, porém
o enfoque principal deve ser o relacionamento, ou seja, ouvir e responder. Escute o que as pessoas estão dizendo
e responda, isso vai tornar a sua comunidade relevante.
Como aprender mais? A igreja e as redes sociais são dinâmicas e cada dia surgem novas tecnologias e aplicações e não foi o obje-
tivo deste texto esgotar todas as suas possibilidades de uso. Procure mais informações, recursos e dados técnicos
que não foram abordados neste artigo em:
■ www.eunopac.com – Faça um curso de comunicação on-line.
■ www.evangelismoweb.com – Informações sobre o uso da Internet como ferramenta de evangelismo, links e ou-
tros recursos para você aprender mais.
Tenha acesso a conteúdos oficiais e de qualidade a partir dos seguintes recursos:
174 | Pontes de Esperança
■ www.portaladventista.org – Portal oficial da Igreja Adventista na América do Sul.
■ www.facebook.com/IgrejaAdventistadoSetimoDia – Facebook oficial da Igreja Adventista na América do Sul.
■@iasd – Twitter oficial da Igreja Adventista na América do Sul.
Diretrizes para os websites da Igreja Adventista A presença dos escritórios, igrejas e instituições Adventistas do Sétimo Dia, ao redor do mundo
estabeleceu um reconhecimento global para a Igreja. A percepção pública referente à família mundial dos
adventistas do sétimo dia é influenciada pela vida dos membros, pelas ações de cada organização, pelos
serviços e programas identificados com a denominação, e pela manutenção de um apelo estético de todas
as propriedades físicas. A Igreja adotou e registrou, como marca, seu nome e logo oficiais. Todas as organi-
zações relacionadas no Seventh-day Adventist Yearbook estão autorizadas a usar, para fins não comerciais,
a marca registrada (“Adventistas do Sétimo Dia”, “Adventista”, “IASD”, ou qualquer derivativo) e o logotipo
da Igreja. Acompanha o direito de usar o nome e o logotipo oficiais da Igreja a obrigação de protegê-los
contra o mau uso e a má representação.
Os avanços tecnológicos tornaram possível à entidade local da Igreja exibir uma presença global
através de um web site da internet. É do interesse da Igreja mundial prover diretrizes referentes à forma
como a Igreja é retratada, e assim, percebida no web site. Todas as entidades denominacionais que escolhe-
rem estabelecer presença online devem desenvolver seus web sites dentro do escopo das seguintes dire-
trizes (a Comissão Diretiva da Divisão pode adotar diretrizes adicionais referentes ao conteúdo e operação
dos web sites em seu território):
1. Somente igrejas, organizações e entidades oficiais administradas pelas organizações rela-
cionadas no Seventh-day Adventist Yearbook têm direito de usar os símbolos de identidade corporativos da
Igreja Adventista do Sétimo Dia (logotipo) conforme descrito no manual de padrões de identidade corpora-
tiva da Igreja.
2. Os nomes de domínio usados pelas entidades da Igreja devem pertencer e serem registra-
dos no nome da entidade, ou no nome de outra entidade denominacional, como, por exemplo, Associação,
Comunicação digital | 175
Missão, União ou Divisão, que tenham o direito de uso de seu nome de domínio. Deve ser estabelecido,
ainda, um plano comercial com o objetivo de preservar o nome de domínio para uso futuro da entidade.
3. Cada web site denominacional deve mostrar a devida marca, copyright e símbolos.
4. As crenças e ensinos da Igreja Adventista do Sétimo Dia devem ser enaltecidos no conteú-
do publicado em todos os web sites denominacionais. Os materiais promocionais e as informações providas
no web site devem ser consistentes com as crenças e valores éticos da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
5. A propagação do acesso público a um web site requer que a comunicação e a informação
originadas de um site reflitam as cortesias do discurso público. A mensagem da Igreja pode ser transmitida
de forma tal que reconheça a diversidade de pontos de vista e ao mesmo tempo, evitar afirmações hostis
ou ofensivas e caricaturas a respeito de outras pessoas, grupos ou organizações.
6. Os web sites adventistas do sétimo dia devem respeitar os direitos de propriedade intelec-
tual ao postarem conteúdo em áudio, vídeo, fotos, texto e outros.
7. Todos os web sites devem mostrar aspecto profissional, incluindo design, escolha das co-
res, figuras e layout. Recomenda-se que os web sites sejam testados quanto a seu aproveitamento antes de
se tornarem públicos. As divisões podem identificar hospedagens preferidas de web sites e/ou plataformas
de software a fim de facilitar a conectividade entre as entidades denominacionais e manter a qualidade
técnica dos web sites denominacionais.
8. A linguagem, jargões, acrônimos e abreviaturas internas dos adventistas devem ser usados
com cuidado nos web sites denominacionais quando se tornam disponíveis a todos os usuários da internet,
muitos dos quais terão pouca compreensão de tais termos. O conteúdo do web site deve ser conferido
quanto à ortografia e gramática.
9. O conselho ou comissão diretiva da entidade que tem presença na web é o responsável final pela
manutenção, conteúdo e operação do site. Assim sendo, cada entidade deve estabelecer um sistema de monito-
176 | Pontes de Esperança
ramento e de supervisão, incluindo a indicação de pessoal para assumir a responsabilidade pela administração do web site
e de seu conteúdo. Deve-se exercer cuidado na seleção dos tipos de informações que podem ser disponibilizadas para o
acesso global.
10. No contexto da cultura da internet, as páginas da web que incluem informações suscetíveis ao tem-
po devem ser atualizadas regularmente. Recomenda-se que um sistema de monitoramento seja estabelecido para
medir os visitantes individuais ou as páginas vistas.
11. Deve-se exercer cuidado na escolha de links a outros web sites. A informação retratada nos web sites
associada a um site da entidade denominacional deve apoiar a missão, mensagem e valores da Igreja. O departamento
jurídico deve responder se a atividade comercial facilitada pelo web site prejudicará ou não o status de organização reli-
giosa sem fins lucrativos da denominação.
12. As entidades denominacionais que patrocinam o web site são responsáveis por assegurar que a
operação e o conteúdo do site esteja, em harmonia com as leis vigentes, incluindo os requisitos de proteção da
privacidade das crianças que podem acessar o web site ou cuja imagem pode ser postada no web site.
13. Uma opção onde o visitante possa fazer perguntas e comentários é recomendada.
Redação de texto
178 | Pontes de Esperança
Mão solidária A ADRA (Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais) estará promovendo o curso
“Como deixar de fumar em cinco dias”. O evento irá ocorrer no dia 22 de abril, às 20 horas, no auditório do
Colégio Unasp - Centro Universitário Adventista, em Engenheiro Coelho, SP.
O evento contará com a presença do cardiologista Geovani da Silva, que explicará os malefícios do ci-
garro para o organismo, e da psicóloga Sandra Augusta de Lima.
Os organizadores do evento são: Marlene Dias, responsável pela ADRA de Engenheiro Coelho, Gerson
Viana, responsável por convocar os palestrantes, e Lilian Junqueira, secretária de Saúde de Engenheiro Coelho.
“Release”Comunicados de imprensa Releases são documentos divulgados para informar, anunciar, esclarecer ou responder à mídia sobre algum
fato. É, na prática, uma declaração pública oficial.
O texto do release deve conter uma linguagem clara, concisa e explicativa. Além disso, deve ter outro obje-
tivo: servir como sugestão para matérias jornalísticas.
Os resultados de um release bem escrito são variados, indo desde solicitações de informações para uma matéria
jornalística, até uma entrevista com um membro ou representante da igreja.
De acordo com Koppling e Ferrareto (2001)¹ “o release deve chamar a atenção pela sua qualidade, o que en-
globa o valor das informações, do texto e da sua apresentação visual. Dados ou opiniões irrelevantes, erros gramaticais
ou rasuras são, portanto, erros que devem ser evitados”.
Como escrever um release para mídia impressa O texto precisa conter um vocabulário simples, conciso e apresentar frases curtas para facilitar o entendi-
mento. Caso o texto apresente sigla, é necessário explicar o seu significado. Segue abaixo um exemplo de release
para a mídia impressa:
1. KOPPLING, Elisa e FERRARETO, Arthur. Assessoria de imprensa – teoria e prática. Porto Alegre: Editora Sagra Luzzatto, 2001.
Redação de texto | 179
O objetivo do curso é alertar as pessoas que sofrem os malefícios físicos, emocionais e sociais que o
hábito de fumar causa.
Para mais informações entrar em contato com: Assessora de imprensa: Miguelli Lalalala, telefone (00) 0000 0000.
E-mail: [email protected] Site: www.mimimimimimi.com
Cuidado com os jargões adventistas Tome cuidado com as palavras “igrejeiras”. A maioria dos jornalistas não faz parte da Igreja Adventista do
Sétimo Dia. Não utilize palavras e expressões como “irmão”, “sábado do Senhor”, “culto divino”, “pastor depar-
tamental”, “pena inspirada”, “JA”, “foram batizadas 20 almas”, “DSA”, “campo”, etc.
Evite utilizar frases como “minha igreja está promovendo um evento”. Como exemplo, troque esta frase por “vai
ocorrer um evento onde cerca de mil jovens irão buscar formas de ajudar os moradores de rua”. Busque passar a infor-
mação fazendo uso da linguagem que já é comum ao jornalista.
“Lead” – mostrando o caminho O lead ou lide, aportuguesado, é o relato inicial da notícia. Vem da frase “to lead the way”, ou seja, “mos-
trar o caminho”. E é justamente o lead que abre o caminho para a leitura do texto; é através dele que a atenção e
o interesse do leitor são despertados. Pode-se dizer que o Lead é a introdução da notícia; uma síntese inicial que
procura responder às cinco perguntas básicas: O quê? Quem? Como? Quando? Onde?
Redigido o lead, deve-se colocar os pormenores em ordem decrescente de importância, de tal maneira que,
mesmo que se corte os últimos pormenores, o entendimento do fato não será comprometido. Portanto, o desen-
volvimento da notícia depende da importância dos pormenores (em alguns casos, em fatos especiais, a notícia pode
começar com o pormenor de maior surpresa).
Procure usar parágrafos de quatro a, no máximo, oito linhas. A frase não deve ultrapassar três linhas. Desenvol-
va apenas uma ideia por parágrafo. Schopenhauer disse, certa vez, que “não pode alguém pensar, nitidamente, de cada
vez, senão um pensamento”, e Edivaldo Boaventura arremata: “A arte de bem exprimir o pensamento consiste em saber
ordenar as ideias.”
180 | Pontes de Esperança
Perguntas do leadO quê? - O que aconteceu? O que foi dito? Quais são os fatos? É a pergunta mais importante. Sem ela, não há notícia
e nada aconteceu.
Quem? - Quem fez isso? Quem veio? Quem disse isso? Quem está nessa situação? Aqui se pergunta pelo protago-
nista, o autor do fato noticioso.
É preciso distinguir entre o protagonista ativo (o que faz) e o protagonista passivo (para quem se faz). Exem-
plo: “A Divisão Sul-Americana homenageou...”(ativo); “A Divisão Sul-Americana foi homenageada...” (passivo).
Obs.: A Divisão Sul-Americana só tem relevância como “gancho” quando a notícia é destinada ao público
interno da Igreja. Quando se vai noticiar algo para o público externo, deve-se buscar um “gancho” que diga respeito
às pessoas em geral e lhes chame a atenção.
Um bom exemplo de “gancho” jornalístico ocorreu em uma reportagem publicada no dia 21 de novembro
de 2011 em um importante jornal pernambucano, intitulada “Corrida: mais de dois mil participantes”. A matéria
começa falando de vida e saúde, até porque o nome da corrida é exatamente esse e tem como principal destaque
a questão do exercício físico e da saúde.
No primeiro parágrafo, o lead diz que “mais de duas mil pessoas aproveitaram o sol para participar da pri-
meira Corrida Vida e Saúde, que aconteceu no início da manhã de ontem, na Avenida Boa Viagem, Recife. O evento,
organizado pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, distribuiu mais de R$ 21 mil em prêmios e contribuiu para a prática
da atividade física, que era o principal objetivo da ação esportiva, segundo o pastor Flávio Henrique”.
Aí é possível perceber que o “gancho” foi a saúde e a importância de um evento que promoveu o exercí-
cio físico e posteriormente remeteu até a Igreja Adventista do Sétimo Dia como organizadora. Ou seja, o enfoque
principal não foi o fato de os adventistas terem realizado esse projeto, mas o que eles ofereceram gratuitamente à
sociedade.
Como? - Como se desenvolveu o fato? Em que circunstâncias? Com que meios? O como engloba dados mais deta-
lhados, fala do processo, põe as “cores” no fato, coloca “carne nos ossos”.
Redação de texto | 181
Quando? - Em que dia? Em que hora? Antes ou depois de quê? Para o leitor ou ouvinte popular é mais fácil entender
quando a notícia se relaciona com uma data conhecida. Ex.: Ontem, amanhã, semana passada, após o culto...
Onde? - Em que lugar? Aqui também é melhor buscar um “onde” que se relaciona com um lugar conhecido (espe-
cialmente quando for uma notícia para veiculação local). Exemplo: Nessa mesma região, na cidade vizinha, a três
quadras da prefeitura...
Exemplo:Título: “Obama pede união acima de raças, religião e sexualidade para enfrentar desafios”.
Lead: Diante do memorial de Lincoln, e no mesmo local em que Martin Luther King fez o famoso discurso sobre a
superação das diferenças raciais nos Estados Unidos em 1968, o presidente eleito Barack Obama fez neste domin-
go, em Washington, um apelo pela união dos americanos para superar os desafios, deixando de lado as diferenças
raciais, religiosas e de sexualidade. Ele saudou a multidão, dizendo que todos eram bem-vindos à celebração da
“renovação da América”, e afirmou que poucas gerações enfrentaram tantos desafios ao mesmo tempo, com a crise
econômica e as guerras no exterior, mas disse que, juntos, os americanos poderão superar os problemas e manter
vivo o “sonho dos fundadores do país” (Folha de S. Paulo, 18/1/2009).
Como o lead aparece:
O quê? – O presidente eleito Barack Obama fez um apelo pela união dos americanos para superar desafios, deixan-
do de lado as diferenças raciais, religiosas e de sexualidade.
Quando? – Neste domingo (ou seja, no dia em que a matéria foi publicada).
Onde? – Em Washington, diante do memorial de Lincoln, e no mesmo local em que Martin Luther King fez o famoso
discurso sobre a superação das diferenças raciais nos Estados Unidos em 1968.
Quem? – O presidente eleito Barack Obama.
Resumindo: O lead deve, em outras palavras, fornecer as respostas às perguntas que o leitor faria (ou mesmo
as que ele nem imaginou), dando a ele um vislumbre inicial e conciso do assunto em pauta.
1. Que aconteceu de significativo?
182 | Pontes de Esperança
2. Por que aconteceu?
3. Qual era o objetivo?
4. Quem estava envolvido? Deve-se dar a identificação completa. Não há notícia sem nomes. É pre-
ciso identificar a pessoa pelo seu nome completo na primeira vez em que aparece no texto. Daí em diante,
pode-se identificá-la pelo sobrenome, ou título/cargo.
5. Que foi dito – oficialmente e extra-oficialmente – pelos participantes e espectadores?
6. Citações diretas e indiretas dão vida à reportagem.
7. Quando o evento teve lugar?
8. Como se desenvolveu o fato?
9. Quais foram os resultados?
10. Que efeitos esse evento terá sobre a igreja, a comunidade, seus leitores?
11. Que houve de diferente, novo ou incomum? Deve-se tentar descobrir a razão e o significado das
coisas. Dar prioridade ao por quê.
Qualidades de um texto jornalístico Um bom texto deve ter clareza, concisão, correção, conteúdo, conhecimento, compreensão, coerência,
criatividade, coesão e, para sair do “c”, harmonia.
Clareza - Sem frases intercaladas que complicam o entendimento:
Exemplo 1: (a) “Matar um rei não é pecado.” (b) “Matar um rei não, é pecado.”
Exemplo 2: “O homem estava embaixo da mesa que tinha a perna quebrada.” Quem tinha a perna quebra-
da? Que tal assim: “O homem que tinha a perna quebrada estava embaixo da mesa.” Desde que a perna quebrada
seja mesmo a do homem.
Linguagem direta - Sujeito, verbo e complemento, sem explicações ou opiniões. Além disso, jamais se deve
usar adjetivos na notícia, porque a adjetivação torna a informação tendenciosa; relate apenas o fato, sem cometários.
Exemplo 1: Ao invés de “belo vestido”, diga “o vestido de seda vermelho” (o leitor é quem deve achar o
vestido bonito ou não).
Exemplo 2: Em lugar de “prédio alto” ou “muitas pessoas compareceram à reunião”, diga “o prédio de quin-
ze andares”; “noventa pessoas compareceram à reunião”.
Redação de texto | 183
Para contribuir com a objetividade, deve-se, também, evitar frases intercaladas que, além de dificultar o
entendimento, tornam o período muito longo. Em casos como este, divida em duas frases.
Exemplo 1: “Judas, que não sabia se amava mais a Jesus ou ao dinheiro, acabou traindo seu Mestre.”
Exemplo 2: “Judas não sabia se amava mais a Jesus ou ao dinheiro. Acabou traindo seu Mestre.”
Objetividade - Evite pormenores que nada trazem de novo ao fato. Deve ser rápida, sintética, sem enfeites.
O mais “enxuta” possível.
■ Imparcialidade (tanto quanto possível);
■ Simplicidade;
■ Atualidade;
■ Proximidade no espaço;
■ Universalidade (interesse geral);
■ Correção gramatical;
■ Precisão (denotativa e não conotativa);
■ Organização.
Quando aparecerem “siglas” pela primeira vez no texto, escrever por extenso o significado, logo após a
sigla. Exemplo: “A DSA (Divisão Sul-Americana)...”
Usar “aspas” quando as palavras forem exatamente aquelas pronunciadas pelo entrevistado.
A boa notícia começa com a apuração dos fatos. Se você fizer uma boa reportagem (obtiver respostas sa-
tisfatórias às cinco perguntas fundamentais), será mais fácil, depois, redigir a notícia. Utilizar gravador e bloco de
anotações facilitam bastante o trabalho.
Um pouco de “faro” jornalístico sempre ajuda na escolha do ângulo mais importante do fato, aquele que
servirá de “gancho” para sua matéria e prenderá a atenção do leitor.
É bom ter em sua biblioteca o manual de redação de um grande jornal para sanar dúvidas técnicas.
Finalmente, traçando um paralelo com a estrutura de um texto noticioso, vale a pena mencionar Jean
Guitton, para quem, o segredo de toda arte de exprimir consiste em dizer a mesma coisa três vezes: anuncia-se;
desenvolve-se; e, finalmente, resume-se em poucas palavras.
184 | Pontes de Esperança
ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias)
Agências são distribuidoras de notícias que alimentam os meios de comunicação (boletins, jornais, infor-
mes, emissoras de rádio, revistas e televisões). É uma estrada de duas mãos: as notícias vêm e vão.
A ASN (Agência Adventista Sul-Americana de Notícias), como as outras agências colabora com os mais va-
riados veículos de comunicação, como fonte de credibilidade.
A ASN tem como meta distribuir as principais notícias geradas pelas Uniões, Associações, Missões e Insti-
tuições no Portal Adventista, bem como releases de divulgação para a imprensa em geral dos projetos, programas
e ações, realizadas pelos a dventistas
Possui correspondentes em todos os setores da Igreja Adventista.
OBJETIVO GERAL - Prover notícias sobre a movimentação adventista sul-americana por todos os meios de comu-
nicação possíveis.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Difundir as notícias principais adventistas no Portal Adventista em português e espanhol;
Veicular um telejornal semanal chamado ASN TV com as principais notícias para web e TV;
Divulgar comunicados oficiais das instituições da Divisão Sul-Americana sediadas em Brasília.
CONCEITOS DOS TEXTOS
INEDITISMO – As notícias devem ser as mais inéditas possíveis, ou seja, diferenciadas e capazes de atrair a atenção
do leitor. Mesmo em eventos corriqueiros, o ideal é que se busque algum “gancho” diferente que torna a notícia
atrativa e inédita. Exemplo: em um campori de jovens, o ideal é se retratar alguma história pitoresca, diferente e
fugir do tradicional relato de uma programação como esta que é muito previsível.
ABRANGÊNCIA – As notícias da ASN devem ser interessantes para pessoas de vários países. Informações muito
regionais devem ser restritas aos sites de uniões, campos e das próprias instituições.
Redação de texto | 185
IDEIAS CRIATIVAS – São bem-vindas notícias que retratam idéias, projetos e programas que podem ser aplicados e
implementados em outras regiões.
FOCO EM HISTÓRIAS DE PESSOAS – Boas notícias geralmente são apoiadas em histórias de pessoas que fazem a
diferença em projetos, eventos, programas. Relatar estas histórias de uma maneira interessante é um desafio que
ajuda a tornar agradável a leitura de uma notícia. Exemplos: Relatos de conversões e transformação de vida, his-
tórias interessantes de pequenos grupos e plantação de igrejas. Entrevistas com personagens de destaque e notas
sobre adventistas destacados na mídia.
LINGUAGEM DE WEB – Internet é um veículo que exige rápida leitura, por isso o texto deve ser preferencialmente
na ordem direta, sem muitos adjetivos, com hiperlinks (ou seja, palavras que podem estar associadas a conceitos e
informações em outras partes do site).
VÍDEOS ASSOCIADOS – Na web, o uso de vídeos é muito importante, portanto sempre que possível as notícias es-
critas devem ver associadas a algum tipo de vídeo curto que acrescente informação ao que já foi redigido.
DIVULGAÇÃO DE TODAS AS ÁREAS – É importante se buscar notícias de todas as áreas de atuação adventistas
possíveis. Uma dica é que os profissionais de comunicação mantenham contato regular com os líderes de departa-
mentos a fim de que se produzam notícias das mais diferentes áreas possíveis.
186 | Pontes de Esperança
O QUE DEVE SER EVITADO?
■ Notícias sobre reuniões com políticos em período anterior às eleições;
■ Notícias sobre promoções de empresas ou produtos de terceiros;
■ Fotos que só promovam os organizadores;
■ Notícias sem informações básicas (resposta às perguntas jornalísticas elementares – o que, quem, quando, como,
onde, por que);
■ Notícias sobre projetos e produtos que conflitam com os princípios defendidos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia;
■ Notícias com jargões religiosos;
■ Citação de outras denominações religiosas – o que se pede é para evitar citar o nome da religião, mas as notícias
de conversões podem ser enviadas sem problema.
ASN TV
Os usuários de iPod, iPad, iPhone e outros dispositivos móveis podem assistir, a qualquer hora e em qual-
quer lugar, às principais notícias sul-americanas e mundiais da Igreja Adventista do Sétimo Dia.
O ASNTV é o programa semanal produzido em vídeo pela Agência Adventista Sul-Americana de Notícias
(ASN). Além das versões em português e espanhol, desde março de 2011 o noticiário é feito em uma versão especial
com a Língua Brasileira de Sinais (Libras).
O acesso ao vídeocast ASNTV é gratuito, basta assinar o canal no iTunes Store e receber automaticamente
as atualizações. O iTunes é um aplicativo gratuito para Mac e PC que organiza e disponibiliza conteúdo de música
e vídeo digital.
ASN TV no iTunes
http://itunes.apple.com/ar/podcast/asn-tv/id455724708 (Português)
http://itunes.apple.com/ar/podcast/asn-tv-espanol/id455718267 (Espanhol)
Formação do profissional de Comunicação | 187Programa Adventista deCapacitação em Comunicação
188 | Pontes de Esperança
O Programa Adventista de Capacitação em Comunicação (PAC.Com - www.eunopac.com) é uma iniciativa
da Igreja Adventista do Sétimo Dia na América do Sul para aprimorar a comunicação em todos os níveis da Igreja.
Ele tem como objetivo ampliar o conhecimento sobre os fundamentos da comunicação social e como apli-
car esse conhecimento na vida de nossas igrejas.
Esse curso está sendo desenvolvido em parceria com o Centro Universitário Adventista São Paulo, campus
Engenheiro Coelho, Curso Comunicação Social.
PÚBLICO ALVO – Membros da Igreja Adventista do Sétimo Dia que são voluntários e escolhidos pela comunidade
para atuar na comunicação ou outras áreas, obreiros e servidores de qualquer setor da Igreja.
AMBIENTE DE ESTUDO – O PAC.Com tem como proposta ser um programa de Educação a Distância (EAD). A Inter-
net, veículo de conexão entre pessoas de todo mundo, será o ponto de encontro e todas as videoaulas, avaliações
e interação estarão disponíveis o site www.eunopac.com
ÁREAS DE ESTUDO – O PAC.Com tem como base cinco áreas de estudo: Noções em Jornalismo; Relações com a Mí-
dia; Relações Institucionais; Comunicação na Web e Rede Social e Produção de áudio, vídeo e filme. As videoaulas
são baseadas nestas cinco áreas de estudo.
NíveisO PAC.Com possui três níveis:
1. CURSO BÁSICO - Requerido 50 horas, sendo:
a) Assistir a 25 videoaulas sobre os fundamentos da comunicação e realizar as avaliações de retenção de conteúdo;
b) Realizar 15 horas de leitura e registrar o respectivo relatório no site;
c) Assistir 10 horas de seminários e registrar a participação no site.
2. CURSO AVANÇADO I - Requerido 140 horas, sendo:
a) Fazer opção* por uma das cinco áreas de estudo do PAC.Com.
b) Assistir 25 videoaulas sobre os fundamentos da comunicação e realizar as avaliações de retenção de conteúdo;
c) Realizar 45 horas de leitura na área escolhida e registrar o respectivo relatório no site;
Programa Adventista de Capacitação em Comunicação | 189
d) Assistir 30 horas de seminários e postar no site os certificados participação;
e) Estagiar 40 horas na área escolhida e postar no site uma declaração onde foi realizado o estágio;
f) Demonstrar conhecimento através de uma avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia
e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.
3. CURSO AVANÇADO II - Requerido 110 horas, especial para alunos diplomados ou cursando Comunicação Social.
a) Fazer opção* por uma das cinco áreas de estudo do PAC.Com.
b) Assistir a 25 videoaulas sobre os Fundamentos da Comunicação e realizar as avaliações de retenção de conteúdo;
c) Realizar 30 horas de leitura na área escolhida e registrar o respectivo relatório no site;
d) Assistir a 25 horas de seminários e postar no site os certificados participação;
e) Estagiar 30 horas na área escolhida e postar no site uma declaração onde foi realizado o estágio;
f) Demonstrar conhecimento através de uma avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do Sétimo Dia
e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.
* A opção de uma das áreas de estudo será para realizar a leitura e o estágio.
Certificado de participação e certificado de extensão universitária
Quem optou por fazer o Curso Básico receberá um Certificado de Participação da Associação ou Missão ao
concluir todos os requisitos do Curso Básico.
O aluno que optou pelo Curso Avançado receberá um Certificado de Extensão Universitária, oferecido pelo
curso de Comunicação Social do Centro Universitário Adventista de Engenheiro Coelho após cumprir os requisitos
do programa conforme a área de estudo escolhida.
190 | Pontes de Esperança
Básico Avançado I Avançado IIOferece certificado de extensão universitária Não Sim Sim
Necessário ser formado ou estudan-te na área de Comunicação Social Não Não Sim
Vídeoaulas e avaliações 25h 25h 25hLeitura obrigarória 15h 45h 30hParticipação em palestras e seminários 10h 30h 25h
Estágio Não 40h 30hAvaliação Identidade Global da IASD Não Sim SimAvaliação declaração de ética do Departamento de Comunicação da IASD
Não Sim Sim
Total de horas exigidas 50h 140h 110h
RESUMO E COMPARAÇÃO DOS CURSOS
TEMAS DAS VÍDEOAULAS SOBRE OS FUNDAMENTOS DA COMUNICAÇÃO 01. O que é Comunicação?02. Relações Públicas03. Redação de notícias04. Assessoria de Imprensa05. Produção de Filmes06. Publicidade e Propaganda07. Web e Redes Sociais08. O profissional de Relações Públicas09. Produção de Eventos10. O Valor das Marcas11. Redação nas diferentes mídias12. Veículos Internos13. Fotojornalismo
14. Criatividade15. Portais16. Gerenciamento de crise17. Marketing18. Assessoria de imprensa19. Planejamento de Campanha20. Blogs21. Reportagem de Jornalismo22. Audiência/impacto do meio23. Redes Sociais24. Documentários
25. Filmes de Publicidade e Propaganda
Programa Adventista de Capacitação em Comunicação | 191
AVALIAÇÃO DE RETENÇÃO DE CONTEÚDO - Todos os alunos, após assistirem a videoaula, podem fazer
uma avaliação de retenção de conteúdo. As questões são objetivas. É considerado satisfatório acerto de 60% das
questões, podendo fazer quantas avaliações forem necessárias para atingir o nível solicitado.
Os alunos do Curso Avançado devem realizar avaliação sobre: Identidade Global da Igreja Adventista do
Sétimo Dia e Declaração de Ética do Departamento de Comunicação dos Adventistas do Sétimo Dia.
LEITURA - Uma bibliografia sugestiva para cada área de estudo e das videoaulas estará disponível no site.
Após a leitura de um livro de acordo com a área de estudo escolhida, um relatório deverá ser preenchido no site do
Programa.
SEMINÁRIOS E WORKSHOPS - Assistir a conferências, seminários ou workshops, oferecidos pela União,
Associação, Missão, ou promovidas por associações profissionais e faculdades, de acordo com a área de estudo
escolhida.
ESTÁGIO - O aluno deverá realizar horas de estágio em uma situação de acompanhamento, de acordo com a
área de estudo escolhida. Ao final do estágio, deverá postar no site uma declaração de onde foi realizado o estágio.
Atribuições
CONSELHO COORDENADOR DO PAC.Com - Composto pelos Diretores de Comunicação das Uniões e repre-
sentantes do Unasp-EC será presidido pelo Diretor de Comunicação da Divisão Sul-Americana.
Caberá ao Conselho fazer as alterações necessárias para o bom andamento do Programa Adventista de
Capacitação em Comunicação. Esse Conselho se reunirá anualmente.
DIVISÃO SUL-AMERICANA - terá como responsabilidade:
1. Aprovar o regulamento do PAC.Com.
2. Manter um link no endereço eletrônico www.eunopac.com e conteúdo programático.
3. Manter os controles, avaliações e conteúdo programático.
4. Providenciar videoaulas dos Fundamentos da Comunicação em parceria com curso de Comunicação Social do
Centro Universitário Adventista de Engenheiro Coelho e suas respectivas avaliações.
192 | Pontes de Esperança
UNIÕES - terão como responsabilidade:
1. O Diretor de Comunicação será o Gerente do PAC.Com em seu território.
2. Promover e acompanhar as Associações e Missões no andamento do PAC.Com.
3. Organizar a cada dois (2) anos encontros de comunicação com todos os Campos de seu território com pelo me-
nos dez (10) horas de seminários.
ASSOCIAÇÕES E MISSÕES - terão como responsabilidade:
1. O Diretor de Comunicação será o Gerente do PAC.Com em seu território.
2. Promover e acompanhar os alunos no andamento do PAC.Com.
3. Organizar anualmente encontros de comunicação com pelo menos dez (10) horas aulas de seminários;
4. Conceder um Certificado de Participação aos alunos que optarem pelo Curso Básico.
ALUNO - caberá a responsabilidade de:
1. Cumprir os requisitos apresentados conforme o nível escolhido.
2. Cobrir os custos relacionados à taxa de inscrição (em caso de desistência, não haverá restituição), livro para lei-
tura, frequência às conferências e seminários, estágios e certificado de conclusão do programa.
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL CENTRO UNIVERSITÁRIO ADVENTISTA SÃO PAULO,
Campus Engenheiro Coelho - caberá a responsabilidade de:
1. O Curso de Comunicação Social tem como responsabilidade a produção técnica, pedagógica dos vinte e cinco
(25) videoaulas sobre os Fundamentos da Comunicação, sendo que os textos apresentados nos vídeos deverão
estar em duas versões, português e espanhol.
2. Oferecer aos alunos que concluírem o Curso Avançado e aos alunos diplomados ou cursando Comunicação
Social, um Certificado de Extensão Universitária conforme a área de estudo e com o total de horas, tendo como
opções: Noções em Jornalismo; Relações com a Mídia; Relações Institucionais; Comunicação na Web e Rede Social;
Produção de áudio, vídeo e filme.
Formação profissional de comunicação
194 | Pontes de Esperança
Áreas da Comunicação Social A formação de bons profissionais de comunicação é ação fundamental para o crescimento da Igreja Adven-
tista do Sétimo Dia. Por meio da comunicação humana, a mensagem da esperança alcança os corações sedentos
e transmite o poder da verdade que restaura. O poder é divino, mas o veículo é humano. O próprio Cristo, para
se fazer entender, se transformou em um de nós. Dessa maneira, o Mestre dos mestres compartilhou o plano da
redenção.
Quando ouvimos as histórias da conversão de homens e mulheres, sempre notamos a existência das ferra-
mentas da comunicação através dos folhetos, livros, revistas, programas de rádio, vídeos, eventos (tais como séries
de conferências, musicais e cultos especiais), propagandas, blogs, sites, CD’s, um sorriso, um olhar, um aperto de
mão.... enfim, o percurso entre a mensagem da salvação e o pecador sempre é feito pelos caminhos da comunica-
ção. Por isso, os profissionais que atuam nesse setor precisam ter excelente formação técnica e profissional e muita
compreensão do que é ser um instrumento nas mãos de Deus.
Existem muitas maneiras de aprender um pouco sobre comunicação. Para quem não pode ou não
tem interesse em fazer um curso superior de jornalismo, publicidade e propaganda, relações públicas, ci-
nema, design gráfico ou rádio e TV, existe a possibilidade de realizar cursos específicos para a capacitação rá-
pida em uma determinada área. Desse modo é possível em poucos meses entender um pouco mais sobre fo-
tografia, internet, edição de vídeo, design gráfico, dentre dezenas de outras opções. É evidente que esse tipo
de formação capacita o estudante para desempenhar uma ação técnica para uma determinada finalidade. Nos
cursos rápidos não se trabalha a gestão da comunicação de modo amplo. Para quem deseja atuar como um
profissional da área, o ideal é fazer um curso superior.
A carreira de Comunicação é ampla e, neste sentido, existe um pouco de confusão sobre os termos e nomes
atribuídos ao curso e suas habilitações. Diferentemente do que ocorre em outros cursos superiores, em Comuni-
cação Social as habilitações são consideradas como os verdadeiros bacharelados. Mesmo que o diploma seja em
Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo – o que denota que Comunicação Social é um guarda chuva
mais importante e a habilitação em Jornalismo algo subordinado - não existe no universo da atuação profissional o
comunicólogo, mas, sim, jornalistas, publicitários, relações públicas, cineastas, designers, produtores de rádio e TV,
etc. Nos últimos anos aumentaram o número de habilitações. Existem cursos que oferecem formação em comuni-
cação com o mercado, mídias digitais, midialogia, produção audiovisual, entre outros.
Formação do profissional de Comunicação | 195
Existem no Brasil cerca de 700 cursos superiores de comunicação social. A maioria deles está localizada na
região sudeste, com predominância aproximadamente de 40% desses cursos no estado de São Paulo. As áreas mais
oferecidas são de Publicidade e Propaganda, Jornalismo e Relações Públicas.
Publicidade e Propaganda Os cursos de Publicidade e Propaganda ensinam os conceitos, as técnicas e os instrumentos fundamentais
para o planejamento, a criação e a produção de campanhas de divulgação para produtos, serviços, marcas e ideias,
visando a apresentação de soluções de comunicação mercadológica para os clientes. As áreas de atuação de um pu-
blicitário vão muito além da criação, conceito que muitos ainda têm da profissão. Ele pode trabalhar com redação
publicitária, planejamento de campanhas, desenvolvimento de estratégias de promoções, no marketing de consu-
mo, em produção gráfica, fotografia publicitária, pesquisa de mercado, publicidade on-line e muito mais. Entretan-
to o segredo da profissão é realmente ser criativo, ou seja, ver oportunidades onde outras pessoas não conseguem
e ser original e eficiente sob grande pressão. O curso de Publicidade e Propaganda é identificado como formador
de profissionais empreendedores e capazes de apresentar soluções eficientes para as organizações a quem presta-
rão seus serviços. Pode trabalhar em empresas privadas, ONGs, terceiro setor, ou de maneira independente, como
gestor do seu próprio negócio.
Jornalismo Os cursos de jornalismo concentram sua atuação na formação de profissionais capacitados para escrever
textos com correção e estilo, organizar as ideias e expô-las com clareza e objetividade, analisar os fatos, apurar com
rigor e lidar com as diversas abordagens éticas, políticas e legais que caracterizam a prática jornalística. O jornalista
deve ter habilidades próprias à sua função. Para isso, o conhecimento dos mais variados assuntos é essencial. Deve
relacionar-se com os diferentes públicos ou pessoas e transformar linguagens ou informações específicas num texto
adequado ao leitor, ouvinte ou telespectador. Ele deve ser ético, crítico, curioso, preocupado com questões sociais
e atento à realidade.
Ser jornalista é viver a profissão 24 horas por dia, olhando o mundo de uma maneira diferente, para ante-
cipar as indagações e críticas que a sociedade irá fazer. O jornalista tem que ter uma formação sólida não só no seu
principal instrumento de trabalho (a língua materna), como também amplo conhecimento geral. É importante saber
196 | Pontes de Esperança
as técnicas de veiculação das notícias para os veículos tradicionais, como jornal, revista, rádio e televisão e para
as novas possibilidades na internet e celular, veículos esses que se firmaram como importantes disseminadores de
notícias em primeira mão.
Relações Públicas A forma básica de se pensar o trabalho do relações públicas é naquele profissional que procura fortalecer a
imagem institucional da organização através de bons relacionamentos entre sua empresa e o público externo com
o qual ela interage. Relações Públicas é a ciência do planejamento estratégico da comunicação organizacional, que
produz ações motivadoras e contínuas de aproximação entre a instituição e seus públicos. O relações públicas, ou
simplesmente, RP, busca promover uma imagem e reputação favoráveis, capazes de posicionar adequadamente
a organização junto a sociedade, governos e meios de comunicação. Atualmente, o RP pode atuar também como
estrategista e executor da comunicação com os funcionários, como consultor político, ouvidor, “ombudsman”, ge-
renciador de pesquisas de opinião pública e organizador de cerimoniais e programas de visitas.
Cursos de Comunicação Social na Igreja Adventista Na América do Sul existe a possibilidade de estudar Comunicação Social em três instituições de ensino
localizadas na Argentina, Peru e Brasil. A seguir, algumas características de cada um desses cursos, fornecidas pela
própria instituição.
Argentina - UAP Universidade Adventista del Plata
Objetivos do Curso O curso tem como objetivo formar profissionais para pesquisar, idealizar, planificar, dirigir, produzir e exe-
cutar ações comunicativas levando em consideração o contexto social local, regional e nacional, dentro dos princí-
pios e valores do cristianismo. Capazes de pensar de forma crítica e reflexiva sobre os processos da comunicação e
informação que caracteriza o mundo contemporâneo.
Formação do profissional de Comunicação | 197
Os formandos estão capacitados a:■ Abordar o processo da comunicação como possibilidades multifacetadas e integradas;
■ Analisar com senso crítico a metodologia adequada a estrutura das mensagens;
■ Elaborar roteiros de programas para ser transmitidos em rádio e TV;
■ Organizar, diagramar e planejar o funcionamento dos meios de comunicação social;
■ Escolher e aplicar técnicas de elaboração de mensagens para ser difundidos pelos distintos meios de comu-
nicação gráficos e audiovisuais (imprensa, rádio, TV);
■ Assumir a responsabilidade de seus atos, respeitando os princípios ético-cristãos;
■ Prover comunicação objetiva, respondendo aos princípios de veracidade;
■ Elaborar projetos de comunicação, considerando os aspectos essenciais em relação ao público, meio, gênero
discursivo, etc;
■ Produzir materiais de comunicação específicos em diferentes suportes;
■ Analisar, pesquisar, elaborar, interpretar e avaliar mensagens e discursos nos meios de comunicação em
diferentes linguagens.
■ Planificar, elaborar, implementar e avaliar estratégias de comunicação nos meios, instituições, organismos,
empresas, etc;
■ Conhecer, planificar, articular, pesquisar, assistir criticamente e produzir processos de comunicação
atendendo suas particularidades contextuais em diálogo com o transnacional e global;
■ Intervir em distâncias práticas profissionais e acadêmicas inscritas no campo da comunicação social;
■ Conhecer e compreender as diversas perspectivas teóricas para abordar os estúdios de comunicação e ma-
nejo dos conhecimentos específicos referentes a diferentes linguagens, suportes e tecnologias da comunicação;
■ Elaborar planos, conduzir e avaliar processos de comunicação tendentes a aperfeiçoar os processos da edu-
cação e do desenvolvimento social;
■ Pesquisar sobre o campo da comunicação social na procura de atualização e produção de conhecimento.
198 | Pontes de Esperança
Peru - UPeUUniversidade Peruana Unión
Comunicadores que amam e dizem a verdade Em tempos cruciais como os que vivem as sociedades do terceiro milênio, globalizadas pela comunicações,
o profissional eminentemente urgente para todas as áreas é, sem dúvida, o comunicador social.
Dezenas de jovens são formados com esse perfil desde 2002 na Faculdade Acadêmico-Profissional Peruana das Ci-
ências da Comunicação, da Universidade Peruana Unión (UPeU) de Lima; são os primeiros comunicadores adventistas pe-
ruanos convocados para uma causa mais elevada: o serviço que transcende as aspirações comuns dos demais profissionais
do seu tempo.
Formados para as mudanças Os alunos formados neste centro superior de estudos estão conscientes que a TV, o rádio, a imprensa, a
internet e qualquer outro meio massivo de comunicação são válidos instrumentos em suas mãos. Desse modo, seu
mais importante trabalho se encontra na elaboração de mensagens que, por meio das mídias de massa, são trans-
mitidas cada dia.
Seja um discurso falado, uma notícia impressa, as fotografias em uma revista, a publicidade de algum servi-
ço ou as imagens de um projeto bem-sucedido, os comunicadores formados nessa instituição, demonstram grande
senso de responsabilidade social desde a concepção da ideia, passando pelo desenho, produção, realização, até
sua entrega ao público. É nesse ponto que entra em ação a vocação e o compromisso que lhes transmitiram seus
professores na UPeU, homens e mulheres tementes a Deus e guardadores da sua Palavra, reconhecidos pela sua
ampla experiência no campo midiático.
Seguindo o Mestre Os comunicadores graduados na UPeU, começam cada aula com uma meditação bíblica, cantos e oração,
aprendendo que a razão de ser de um profissional é o bem-estar do próximo e a divulgação do que é verdadeira-
mente importante para os homens: sua salvação. São discípulos de Cristo neste terceiro milênio, que, durante cinco
anos, têm sido dotados dos conhecimentos mais profundos sobre a sociedade, suas necessidades e organização,
para apresentar, mais tarde, alternativas criativas que contribuam sinceramente para o progresso local, nacional e
Formação do profissional de Comunicação | 199
mundial. Para isso se infiltram nas comunidades, convivem no meio delas a fim de desenvolver políticas, estratégias
e sistemas de comunicação eficazes.
Esse aprendizado se fortalece com a constante experimentação praticada com as novas tecnologias de
comunicação nos laboratórios de TV, rádio, fotografia, publicidades e relações públicas da UPeU. Ainda existem os
projetos acadêmicos especiais do Canal Universitário, a Rádio Universitária e o Jornal da Universidade, e integrando
o staff de imprensa da UPeU que realiza cobertura dos fatos que são notícia dentro e fora da instituição.
Brasil - UnaspCentro Universitário Adventista de São Paulo
No Brasil existe a possibilidade de cursar jornalismo ou publicidade e propaganda dentro de uma instituição
educacional adventista. O Unasp, Campus Engenheiro Coelho, oferece um dos melhores cursos de Jornalismo e de
Publicidade do Estado de São Paulo. Isso pode ser comprovado pelo último resultado do Enade, onde jornalismo
obteve o segundo lugar entre cerca de 50 cursos, e publicidade a quarta colocação entre mais de 90 cursos. O es-
tudante de comunicação do Unasp é inovador, contestador, prático, crítico, investigativo, curioso, leitor, analítico,
tem facilidade para lidar com outras pessoas e, principalmente, não tem medo de atuar. Aliás, é apaixonado por
trabalho. Nesse curso são bem-vindos tanto os indivíduos com características mais artísticas e densas e aqueles
com perfis mais meticulosos e perfeccionistas.
Se você gosta de artes; sabe desenhar ou escrever; sentiu afinidade por sociologia durante o ensino médio;
interessa-se por história, economia, política e tudo o que acontece no mundo; domina softwares; ou ainda conse-
gue se adaptar às atividades administrativas e financeiras; é bem-vindo ao curso de Comunicação Social do Unasp.
Em publicidade se analisam mais os negócios, tendências, inovações e vendas. No jornalismo se trata com os fatos,
com a crítica social, com a divulgação das notícias que são importantes para a sociedade. Fiscalizam-se os poderes
públicos com o intuito de garantir a perpetuidade das liberdades humanas.
Publicidade e Propaganda - Da sala de aula para o mercado de trabalho
O que um publicitário faz? A parte mais visível do trabalho são os comerciais para televisão, rádio, revistas,
jornais e publicidade em mídia exterior, como outdoors, banners, etc. Mas por trás disso tudo, o trabalho aprimora
o estudo da sociedade profundamente e usa esse conhecimento com objetivo de mudar comportamentos e esti-
200 | Pontes de Esperança
mular o consumo de produtos e serviços. Em termos mais técnicos, um publicitário oferece serviços em comuni-
cação para fazer crescer empresas e negócios. Dentro de uma agência, você pode se especializar em áreas como
atendimento, mídia, design gráfico, criação e pesquisa de mercado.
A formação acadêmica é a etapa fundamental para o preparo de um profissional da propaganda.
A prática da profissão é tão valorizada quanto a aprendizagem teórica. Há disponibilidade de estúdio de
televisão, rádio FM e uma agência com cara e jeito de profissional. Através da agência Zoom Publicidade, os esta-
giários realizam campanhas de comunicação para clientes de toda a região metropolitana de Campinas, além de
múltiplos eventos.
Os alunos estudam as bases da filosofia, sociologia, teoria da comunicação, marketing, administração, sem-
pre com o foco voltado para as atualidades do mercado. Os professores são mestres e doutores que atuam ou já
trabalharam ativamente no mercado. E numa política de valorização do aluno, a instituição procura tornar o conta-
to entre ele e o professor o mais próximo e amigável possível. Para quem quer entrar no mercado com experiência,
garra, base teórica e portfólio, o curso de Publicidade no Unasp é a escolha certa.
Jornalismo: genérico e especializado No Jornalismo, a origem do diploma não pesa tanto quanto o saber fazer, o conhecer o caminho das pedras
para a execução de tarefas elementares da profissão. Esse diferencial o curso de Jornalismo do Unasp oferece. O
conceito dado pelo MEC em 2003 foi “A”. Três requisitos precisavam ser preenchidos antes da vistoria naquele ano:
titulação de professores, construção da redação e ampliação do laboratório fotográfico. A nova redação foi constru-
ída e se tornou multimidiática, interagindo impresso com online, TV, rádio e foto. Nove prêmios já foram conquista-
dos em concursos nacionais. Com as mudanças do mundo fotográfico, o laboratório tornou-se dispensável, pois as
fotos digitalizadas podem ser trabalhadas na própria redação.
Cerca de 12% dos formandos de Jornalismo no Brasil conseguem vagas no mercado até dois anos após a
saída da universidade. A média do Unasp é de 80% até seis meses após a graduação.
O curso de Jornalismo do Unasp possui três agências/departamentos. A primeira é a ABJ (Agência Brasileira
de Jornalismo), onde os alunos podem estagiar em cinco veículos das quatro mídias: ABJ Notícias (www.abjnoticias.
com), revista Canal da Imprensa (www.canaldaimprensa.com.br), jornal O Parcial, ABJ Notícias para a Rádio Unasp
e TV ABJ. A segunda é a Rádio Unasp (www.radiounasp.com.br). Finalmente, na editora universitária Unaspress
(www.unaspress.unasp.edu.br), os alunos podem estagiar nas revistas Escola Adventista e Acta Científica, e na
edição de livros.
Formação do profissional de Comunicação | 201
Orientados por professores com experiência, os futuros profissionais podem atuar como repórteres, reviso-
res, fotógrafos, diagramadores, editores, articulistas, comentaristas e até em funções administrativas na ABJ, Rádio
Unasp e Unaspress. Uma das metas do curso é preparar futuros jornalistas para terem uma visão geral da profissão
ao mesmo tempo em que se especializam em uma ou mais áreas.
Organização e autoria | 203Organização e autoria deste guia
204 | Pontes de Esperança
Edson RosaFormado em Teologia pelo Unasp, Campus São Paulo, Pedagogia pela Universidade Hebraica São Paulo, Mestre em
Teologia pastoral pelo Unasp, Campus Engenheiro Coelho e Pós Graduação em Gerenciamento de Crise. Iniciou suas
atividades por quatro anos como pastor distrital em São Miguel Paulista e Penha, em São Paulo. A seguir foi diretor de
Educação por seis anos na APL (Associação Paulista Leste) e Secretário na mesma Associação por dois anos, diretor
MIPES (Ministério Pessoal e Escola Sabatina) na APS (Associação Paulista Sul), por quatro anos, Secretário APS por três
anos, diretor MIPES da UCB (União Central Brasileira) por cinco anos, Secretário da UCB por mais três anos e desde
2006, exerce a função de Diretor de Comunicação, Relações Publicas e Liberdade Religiosa da Divisão Sul-Americana.
Foi apresentador por três anos, do programa de TV Lições da Bíblia e, por quatro anos do Programa Fé para Hoje. Pro-
duziu programas de evangelismo via Satélite de vídeos para capacitação, relatórios motivacionais e cursos bíblicos.
Co-organizou e editou o guia.
Organizadores
Luís Henrique dos SantosFormado em Propaganda e Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), São Paulo. Es-
pecialista em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Adventista de São Paulo, MBA em Gestão e
Estratégica de Mercados pela Fundação Getúlio Vargas e pela Universidade da Califórnia. Mestre em Comunicação
pela ESPM. É consultor em Planejamento e Comunicação de Marketing, sócio-diretor de uma agência de comuni-
cação corporativa e professor dos cursos de graduação em Comunicação Social e pós-graduação em Comunicação
Corporativa no Unasp. Já foi diretor de comunicação da Igreja do IASP (Unasp, Campus Hortolândia) por cinco anos.
Co-organizou o guia e escreveu os capítulos sobre comunicação interna, comunicação digital, organização da igreja
e o capítulo de cross media.
Organização e autoria | 205
Martin KuhnFormado em Teologia pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho, e em Comunicação Social - Publicidade e Propagan-
da - pela UNIP (Universidade Paulista), Campinas. Especialista em Educação pelo Unasp, mestre em Comunicação,
Administração e Educação pela Unimarco (Universidade São Marcos) e Doutor em Comunicação Social pela UMESP
(Universidade Metodista de São Paulo). Tem estudos de extensão em Cinema e Vídeo pela UNICAMP (Universidade
Estadual de Campinas). Já foi Gerente de Marketing do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, Assistente de Comuni-
cação e Marketing da University of South Florida (EUA), e atualmente é Coordenador Geral dos cursos de gradua-
ção e pós-graduação em Comunicação Social do Unasp. Foi Diretor de Comunicação da Igreja do Unasp, Campus
Engenheiro Coelho, por mais de três anos. Co-organizou o guia e escreveu os capítulos sobre TV e educação em
comunicação.
206 | Pontes de Esperança
Célia Grace Araújo CostaFormada em Pedagogia pelo Unasp, pós-graduada em Marketing pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Ma-
rketing) e mestre em Comunicação, Administração e Educação pela Universidade São Marcos. Produtora artística e
de eventos, possui MBA em Music Business nos EUA, participou no evento de posse do ex-presidente americano Bill
Clinton, entre outras dezenas de eventos nacionais e internacionais de grande porte. Foi diretora de Operações da
Rádio Unasp FM, professora no curso de Comunicação Social do Unasp, campus Engenheiro Coelho, e Coordenado-
ra de comunicação da Igreja do Unasp. Produtora Executiva na TV Novo Tempo e Gerente de Marketing do Sistema
Adventista de Comunicação. No guia escreveu a seção sobre eventos em parceria com outra autora.
Bruno MastrocollaFormado em Arquitetura e Urbanismo, pós graduado em Administração de Empresas pela Fundação Getulio Vargas,
extensão em Marketing estratégico pela ESPM e MBA em finanças pela Fundação Dom Cabral. De 2008 a 2011 foi
Coordenador de Redes Sociais do grupo Santander Brasil e um dos integrantes do comitê mundial de estratégias di-
gitais do Grupo. Em março de 2011 encerrou sua trajetória profissional no Santander para trabalhar na organização
adventista. Atualmente é docente do curso de comunicação Social e diretor da agência Júnior de Publicidade Zoom
no Unasp. Escreveu sobre o papel da Igreja nas redes sociais.
Autores
Evelise da Rosa MoraisÉ jornalista e fotógrafa em Porto Alegre, RS, Brasil. Jornalista formada pela Unisinos (Universidade do Rio dos
Sinos, RS). Trabalhou no Departamento de Comunicação da ASR (Associação Sul-rio-grandense) de 2001 a 2005,
sendo colaboradora de matérias para a Revista Adventista e atuou na Assessoria Integrada de Comunicação do
UniRitter (Centro Universitário Ritter dos Reis). É sócia da 4Him Fotografia e ministra palestras e oficinas sobre
comunicação e fotografia em eventos promovidos pela Igreja Adventista. Escreveu sobre a postura do fotógrafo
em eventos religiosos.
Organização e autoria | 207
Felipe LemosJornalista, especialista em marketing, trabalha em comunicação desde 1994, já atuou em jornal, revista, rádio, pro-
dução de TV e comunicação corporativa. Atualmente assessor de comunicação da Divisão Sul-Americana. Escreveu
sobre gerenciamento de crise com a opinião pública.
Fábio RamosFormado em Propaganda e Marketing pela ESAMC (Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação).
Pós-graduado pela ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Como publicitário recebeu os prêmios “Pro-
fissionais do Ano”, da Rede Globo, e “Festvídeo” APP Ribeirão Preto. É sócio da Arpejo Comunicação, professor no
curso de Comunicação Social do Unasp, campus Engenheiro Coelho, e diretor de Planejamento da agência Zoom
Publicidade. No guia escreveu a seção sobre planejamento e mídia.
Kenizzia Rodrigues MoreiraPublicitária pelo Unasp, Campus Engenheiro Coelho. É produtora de eventos, diretora de Atendimento da
agência Zoom Publicidade, coordenadora de Marketing do Unasp, Campus Engenheiro Coelho, e coordenado-
ra de Comunicação da igreja do Unasp. Foi co-autora do capítulo sobre eventos.
208 | Pontes de Esperança
Michelson BorgesÉ jornalista, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina. Foi professor de História em Florianópolis e edi-
tor do jornal da Rádio Novo Tempo daquela capital, onde também apresentava um programa de divulgação cientí-
fica. É editor de livros na Casa Publicadora Brasileira. Também é autor dos livros A História da Vida e Por Que Creio
(sobre criacionismo), Nos Bastidores da Mídia e da série Grandes Impérios e Civilizações, composta de seis volumes.
Mestre em Teologia pelo Unasp, é membro da Sociedade Criacionista Brasileira e tem participado de seminários
criacionistas por todo o Brasil. Escreveu sobre release e lead.
Kenny ZukowskiFormado em Design Gráfico pela Universidade Federal de Minas Gerais e mestrado em Design pela Universidade
Anhembi-Morumbi, São Paulo. Atuou por sete anos como diretor de Arte em agências de publicidade nas cidades
de Belo Horizonte e Ribeirão Preto. Coordenou o departamento de criação da gráfica da União Central Brasileira
por três anos. Atualmente é professor no Unasp, Campus Engenheiro Coelho, no curso de Comunicação Social,
onde ministra disciplinas na área de criação, editoração e fotografia desde 2003. Também é diretor de Criação
da Zoom Publicidade. No guia escreveu sobre criação para mídia impressa, internet, mídia exterior e fotografia.
Valdecir Simões LimaGraduado em Letras no Unasp, campus São Paulo, e Línguas Modernas e Teologia no Southwestern Adventist
University,Texas, EUA. Trabalhou por quatro anos como produtor editorial para a Voz da Profecia e o programa de
TV Está Escrito. É também o autor do livro O Preço da Felicidade da Casa Publicadora Brasileira. Especializou-se
em Docência Universitária pelo Unasp e tem estudos de extensão em Linguística e Produção Videográfica e Cine-
matográfica pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Atua também na área musical como maestro e
Organização e autoria | 209
Roberta Nobre É relações públicas e cerimonialista, especialista em Gerência de Projetos, e diretora da Empresa Nobre Eventos.
Atualmente exerce a função de assessora de Cerimonial & Eventos na CNT (Confederação Nacional de Transporte),
escreveu sobre cerimonial e Protocolo.
Rogério Ferraz É graduado em Administração de Empresas com MBA em Gerenciamento de Projetos, possui certificações profis-
sionais em gestão de projetos e desenvolvimento de aplicações de BI. Por mais de quatorze anos tem trabalhado
no desenvolvimento de projetos de tecnologia para Internet, sistemas gerenciais e de inteligência de negócios.
Atualmente serve a Igreja como Gerente de Projetos de Web, Redes Sociais e Mobilidade da Divisão Sul-Americana.
Escreveu sobre redes sociais e fez a revisão técnica do capítulo sobre comunicação digital.
Wagner CantoriJornalista e radialista. Tem especialização em Docência do Ensino Superior e mestrado em Divulgação Científica
pela Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Já foi diretor de jornalismo e programação da Rádio Novo
Tempo Campinas. Apresenta o programa Vida & Saúde na Rede Novo Tempo de televisão. É coordenador associa-
do e professor do curso de comunicação social, habilitação em Jornalismo e publicidade e propaganda do Unasp,
campus Engenheiro Coelho. Escreveu sobre assessoria de imprensa, gerenciamento de crises e rádio.
compositor. É autor de algumas das mais conhecidas canções contemporâneas da Igreja Adventista. Atualmente
é professor nos cursos de Teologia e Comunicação Social no Unasp, Campus Engenheiro Coelho. Escreveu sobre
a Comunicação e a missão da Igreja Adventista.
210 | Pontes de Esperança
André LeiteFormado em Jornalismo no Unasp. Já foi articulista do portal Paraná-Online, Tribunasp, O Regional e Canal da Im-
prensa, além de editor de Arte da revista Escola Adventista. Apresentou na Unasp FM os jornais Primeira Página,
Unasp Regional e o programa Você na Área. Foi também o chefe de redação na emissora.
Luiz Alberto NadalinePastor e jornalista, atualmente lidera cinco igrejas em Curitiba, PR. É autor do Manual com Orientações para Comu-
nicadores publicado inicialmente em 1999 e reeditado pela Associação Sul Paranaense da Igreja Adventista. Algu-
mas partes do seu manual foram reproduzidas aqui e complementam as informações de alguns capítulos.
Miguelli SimioniJornalista formada pelo Unasp, campus Engenheiro Coelho. Já escreveu para os veículos digitais Diário do Campus
e Canal da Imprensa. Também já foi redatora dos jornais O Regional e O Parcial e da Revista Escola Adventista. Em
2007, fez parte da equipe que produziu o DVD Por Você, do Coral Jovem do Iasp. Em 2008, assumiu a função de che-
fe de produção da Unasp FM. Em 2009 e 2010 assumiu a coordenação de produção e programação da Rádio Novo
Tempo para todo o Brasil. Em 2011 foi coordenadora da TV Regional da TV Novo Tempo para o Vale do Paraíba. Em
2012 assumiu a coordenação e produção dos Anjos da Esperança, também na TV Novo Tempo.
Colaboradores
Organização e autoria | 211
Revisão Conteúdo
Arnaldo Balog
Benjamín Belmonte
Edgar Bosisio
Edgardo Muguerza
Elmar Borges
Erton Kohler
Francisco de Oliveira Filho
Helbert Almeida
Jaime Pérez
João Fagundes
Jorge Rampogna
Laércio Mazaro
Leônidas Guedes
Magdiel Pérez
Nelson Milanelli
Pablo Flor
Remberto Sarzuri
Revisão Texto
Felipe Lemos
Mani dos Santos
Márcia Ebinger
Nélida Leguizamón
Renato Groger
Silmira Rosa