guião para elaboração de£o plano de negócios... · actividades propostas nos seus planos de...
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Guião para
Elaboração de
Planos de Negócios
para Áreas de Conservação em
Moçambique
Julho 2017
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O presente Guião foi elaborado com base do “Guia para a elaboração de planos de negócio
simplificados para Áreas Protegidas” de Benjamin Landreau sob a coordenação de Charlotte
Karibuhoye (FIBA, 2012) adaptada a realidade Moçambicana e ao modelo de plano de maneio
proposto. Agradecemos a FIBA por ter gentilmente cedido o direito de adaptação.
A presente adaptação, junto com a responsabilidade para todos os erros é de autoria da Luiza Maio
de Castro e Sean Nazerali.
O guião foi elaborado no âmbito de um programa de assistência técnica à BIOFUND e ANAC,
financiado pela Cooperação Alemã através da Agencia KfW, e implementado pelo consórcio Verde
Azul (Moçambique) / GITEC (Alemanha) e FUNBIO (Brasil).
Citação Recomendada: Luiza Maio de Castro e Sean Nazerali. Guião para Elaboração de Planos de
Negócios para Áreas de Conservação em Moçambique. BIOFUND. 2017.
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Apresentação do Guião
A maioria das áreas protegidas do mundo não tem financiamento suficiente para atingir as metas e
actividades propostas nos seus Planos de Maneio (PdM). Os planos, em geral, focam na protecção
dos parques, fauna e flora, e dão pouca atenção à sustentabilidade financeira da proposta.
Os Planos de Negócios vinculados ao PdM permitem compreender a necessidade financeira para
conduzir as actividades descritas no plano de maneio, potencializar fontes a receitas para cobrir
estes gastos, e auxiliar na priorização dos investimentos e do planeamento de médio/longo prazo.
Até a data de elaboração do presente guião, os Planos de Negócios das Áreas de Conservação em
Moçambique raramente são elaborados junto com o Plano de Maneio, não ajudando assim na
priorização de acções de maneio. Os diferentes planos de negócios não possuem um conjunto
comum de pressupostos e, portanto, são muito difíceis de comparar entre áreas protegidas, e assim
perde-se a possibilidade destes planos trazerem informações e projecções financeiras valiosas para
ANAC a nível do Sistema Nacional das Áreas de Conservação.
Reconhecendo esta situação, a BIOFUND, junto com a ANAC, solicitou o apoio de um programa de
Assistência Técnica internacional para ajudar elaborar um Modelo Padrão para um Plano de
Negócios das Áreas de Conservação em Moçambique.
A metodologia proposta baseou-se no “Guia para a elaboração de planos de negócio simplificados
para Áreas Protegidas” de Benjamin Landreau sob a coordenação de Charlotte Karibuhoye (FIBA,
2012) adaptada a realidade Moçambicana e ao modelo de plano de maneio proposto.
Espera-se que o PdN venha complementar o PdM, auxiliando nas decisões de investimento e no
planeamento de médio prazo das áreas de conservação de Moçambique proporcionando autonomia
ao consultor, mas padronizando as informações recebidas a nível nacional. Desta forma, mantém-se
o levantamento de dados e as sugestões de output, assim como o exercício de priorização das
despesas e investimentos.
O presente guião é destinado àqueles que elaboram os PdM e aos gestores que o utilizam e
actualizam o sistema de áreas de conservação. O guião é acompanhado de uma folha simplificada de
recolha de dados (incluindo dados turísticos) e um exemplo de modelo de negócios como referência.
Versões electrónicas do presente guião e os templates em Excel podem ser encontrados no site da
BIOFUND no www.biofund.org.mz.
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Table of Contents
1. PLANO DE NEGÓCIOS .............................................................................................................................. 5
2. FERRAMENTA (MODELO DE EXCEL) ......................................................................................................... 7
3. PLANO DE NEGÓCIOS – PASSO A PASSO .................................................................................................. 9
3.1. ORIENTAÇÕES E PREMISSAS – INFLAÇÃO E CÂMBIOS.......................................................................... 9
3.2. MAPEAMENTO DAS NECESSIDADES FINANCEIRAS ............................................................................ 10
3.2.1. RECURSOS HUMANOS ................................................................................................................... 11
3.2.2. FUNCIONAMENTO ........................................................................................................................ 12
3.2.3. INVESTIMENTOS ........................................................................................................................... 13
3.3. LEVANTAMENTO DOS MEIOS DE FINANCIAMENTO EXISTENTES ....................................................... 14
3.3.1. FINANCIAMENTO DO ESTADO ....................................................................................................... 15
3.3.2. RECEITAS PRÓPRIAS ...................................................................................................................... 16
3.3.3. DOADORES .................................................................................................................................... 18
4. RESULTADOS ESPERADOS ...................................................................................................................... 19
5. FONTES POSSÍVEIS DE FINANCIAMENTO ............................................................................................... 23
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1. Plano de Negócios
O Plano de Negócios é complementar ao PdM,
auxiliando a tomada de decisão num contexto de
recursos financeiros limitados. Enquanto os PdMs
apresentam os objectivos de conservação da AC e as
actividades para se alcançar estas metas, os PdNs
sistematizam os custos de implementação e os
recursos disponíveis para a sua implementação.
Deste modo, o PdN é o reflexo numérico do PdM.
É importante enfatizar que um Plano de Negócios de uma Área de Conservação NÃO É um plano de
negócios no sentido que este termo é usado no mundo do sector privado, onde visa maximizar
lucros. O PdN para conservação não procura ganhar dinheiro, mas sim é uma ferramenta que
permite:
Compreender a necessidade financeira para conduzir as actividades descritas no PdM de
forma a maximizar os resultados ambientais num contexto financeiro limitado;
Conectar as necessidades ambientais às possibilidades financeiras;
Potenciais fontes de receita para cobrir estes gastos: autonomia/captação;
Planeamento de médio/longo prazo.
Assim, os objectivos e prioridades do PdM devem estar representados no PdN de forma a auxiliar as
decisões de investimento e o planeamento de médio prazo das áreas de conservação de
Moçambique.
Os PdNs podem ser mais detalhados e precisos, mas também podem basear-se em estimativas
baseadas em hipóteses (por exemplo, em relação aos recursos humanos). Estas estimativas precisam
ser fundamentadas e defendidas na negociação com os parceiros. Para a maior parte das ACs, um
PdN simplificado e bem fundamentado é suficiente para responder aos objectivos da ferramenta.
Deste modo, o presente guião tem como objectivo:
Padronizar os modelos de negócios solicitados pela ANAC dentro dos PdM e dos critérios de priorização;
Auxiliar na elaboração e execução dos planos de maneio;
Optimizar os investimentos e a captação de recursos.
O modelo proposto beneficiará a ANAC, o sistema, e também o gestor e o contratado para
elaboração do plano de maneio:
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7
2. Ferramenta (Modelo de Excel) Para facilitar a elaboração do PdN de forma padronizada mas adaptável às diferentes especificidades de cada AC, criou-se esta ferramenta composta por:
Guião;
Documento simplificado de recolha de dados para elaboração do modelo e resultados
esperados (.xlxs);
Exemplo de um modelo de plano de negócios completo (.xlxs).
Todos estes componentes podem ser encontrados no site da BIOFUND no www.biofund.org.mz.
Deste modo, o consultor pode utilizar o modelo proposto ou desenvolver um sistema próprio a
partir de uma base de dados padronizada. Mantém-se deste modo a possibilidade de comparação e
compilação dos dados entre as ACs garantindo a autonomia do consultor.
A ferramenta aqui desenvolvida foi dividida em 4 etapas de elaboração que devem ser utilizadas
sequencialmente:
1. Orientações e premissas
2. Mapeamento de necessidades financeiras
3. Levantamento dos meios de financiamento existentes
4. Resultados
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Na ferramenta em Excel cada uma destas secções é composta de uma ou mais planilha interligadas,
de modo a compilar as informações numa maneira sistemática.
Priorização
Um dos objectivos principais dos planos de negócios é de apoiar a administração da AC na
priorização na execução de actividades do Plano de Maneio, de forma a balançar os recursos
disponíveis com as necessidades imediatas que a AC necessita colmatar de forma a cumprir as
acções previstas no PdM. Deste modo, o modelo proposto define o sistema de priorização em 3
níveis: essencial, necessário e desejável.
Estes níveis são utilizados ao longo de todo o Plano de Negócios, mas caso uma AC ou ANAC optar
para um modelo mais simplificado, não são essenciais para o funcionamento do modelo, e poderão
não ser então utilizados se desejar.
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3. Plano de Negócios – Passo a Passo
3.1. Orientações e premissas – Inflação e Câmbios
Nesta secção serão indicadas os pontos relevantes antes de iniciar o plano de negócios. Assim, o
gestor da área de conservação deve ter em conta qual a taxa de inflação e taxa de câmbio que irão
influenciar o processo.
O preenchimento do PdN parte da folha de apresentação dos pressupostos, tais como:
Ano base - ano de início do PdN proposto;
Inflação salarial para os próximos 10 anos. Normalmente usar a média dos últimos anos de
aumento salarial na função pública;
Inflação de bens e serviços para os próximos 10 anos. Normalmente usar a média dos
últimos anos de taxa de inflação geral no país;
Taxa de câmbio – recomenda-se que os resultados sejam em Meticais (MZN) para que sejam
compatíveis com o sistema de contas nacionais. Assim, caso os valores sejam apresentados
noutra moeda recomenda-se a conversão para Meticais (MZN) indicando a data da taxa
cambial.
A apresentação destes indicadores com clareza é fundamental para garantir que os resultados de
ACs distintas sejam comparáveis. Sugere-se que as folhas seguintes tenham suas fórmulas vinculadas
a esta permitindo fácil actualização e correcção.
A seguir, a folha “Pressupostos” é apresentada como exemplo.
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3.2. Mapeamento das Necessidades Financeiras
Tendo o PdM como orientador, deve-se iniciar o PdN a partir dos custos de execução desde plano.
Nesta secção pretende-se compreender o que representam as acções propostas no PdM em termos
financeiros. Para facilitar o levantamento e a sistematização dos dados é proposta a seguinte
divisão:
Durante o levantamento das necessidades financeiras deverá ter-se em conta o sistema de
priorização nos moldes descritos acima, ou seja:
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3.2.1. Recursos Humanos
A implementação completa do PdM exige diversos perfis de profissionais. O preenchimento da
tabela parte do levantamento do pessoal indispensável para implementar as acções propostas no
plano e dos custos anuais destes perfis. Em seguida, é feita uma priorização de perfis de acordo com
a escala de priorização (essencial, necessária ou desejável).
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3.2.2. Funcionamento
Assim como para os profissionais, os custos operacionais da AC irão variar de acordo com o grau de
implementação do PdM. Nesta folha, deverão ser incluídas as despesas relacionadas aos valores
gastos com a estrutura da AC.
A nível macro, deve se classificar itens nas grandes categorias utilizadas pelo sistema de
contabilidade do estado, ou seja, Despesas com Pessoal, Bens e Serviços, e Investimentos.
Dentro destas, devem ser considerados gastos de funcionamento e despesas correntes, tais como:
ração para fiscais; despesa com deslocamento da equipa; manutenção de veículos e outros
equipamentos; custo de manutenção de sistemas solar; custo com material de campismo; escritório;
combustível; comunicação; material de fiscalização, dentre outros: custo de gestão de projecto,
custo de comunicação, manutenção da sede, deslocamentos, despesas de manutenção de
equipamentos, combustível e lubrificantes e consumíveis de escritório. Da mesma forma que para os
recursos humanos, aqui cada necessidade foi classificada em essencial, necessária e desejável,
seguindo os mesmos critérios.
A seguir, a folha “Funcionamento” é apresentada como exemplo.
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3.2.3. Investimentos
São classificados como investimentos, de acordo com a definição usada pelo sistema de classificação
de despesas no OE: aquisição de bens duráveis como meios circulantes, construções, investimento
em infra-estrutura de maneio, e infra-estrutura comunitária. Para o caso de ACs, esta definição é
ainda aumentada por serviços/projectos pontuais a serem realizados por área temática.
Assim, os investimentos concentram-se na aquisição de bens duráveis, construção de infra-
estruturas diversas e serviços a serem contratados pontualmente para realização de
actividades/projectos detalhados no PdM. Estes projectos diferenciam-se dos custos apresentados
na etapa anterior pois não são actividades regulares para o funcionamento e/ou gestão da AC. Estas
actividades e/ou projectos podem ser por exemplo: o aproveitamento económico dos recursos
(pesca, ecoturismo, floresta...); a retirada de espécies invasoras; a comunicação e sensibilização; a
geração de renda e promoção de iniciativas locais; e a formação e capacitação.
Assim como as demais necessidades financeiras, estas devem ser priorizadas de acordo com o grau
de implementação do PdM.
A seguir, a folha “Investimento Geral” é apresentada como exemplo.
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3.3. Levantamento dos meios de financiamento existentes
Além de mapear os custos de implementação do PdM, é fundamental considerar os financiamentos
e gaps existentes. A sustentabilidade financeira é parte fundamental da estratégia de conservação,
visto que a limitação de recursos impõem limites tanto aos programas de conservação, quanto aos
serviços que podem ser oferecidos aos visitantes. Por isso, nesta parte do documento serão
apontadas possíveis fontes orçamentárias para despesas e investimentos necessários para alcançar
os objectivos das ACs.
Esta parte esta dividida em receitas provenientes do orçamento do Estado, receitas próprias
(entradas, concessões e actividades), e por fim, recursos provenientes de doadores (“projectos”).
A secção é dividida em:
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3.3.1. Financiamento do Estado
O financiamento do Estado é um componente importante em diversas ACs. Inicia-se o exercício de
levantamento dos meios de financiamento existente pelas rubricas financiadas pelo estado a nível
nacional, provincial e distrital.
No caso de funcionários do estado, supõem-se uma estabilidade e uma variação salarial com factor
do aumento próprio, diferente daqueles pagos pelo sector privado. Além disso, com relação as
despesas para funcionamento e investimento é necessário mapear o recurso disponibilizado nos
anos anteriores para projectar os recursos futuros.
Recomenda-se o uso da folha, “pressupostos” para inserir a taxa anual de aumento salarial de
funcionários do estado, usando a média para projecções futuras. Aconselhamos ainda que as
fórmulas nessa folha “Financiamento Estado” sejam ligadas à folha “Pressupostos” de modo a
facilitar a sua actualização periódica pelos gestores da AC.
Os recursos podem ser disponibilizados pelo estado a nível provincial, distrital ou nacional. Estes
recursos são divididos em recursos humanos, bens e serviços e investimentos.
A seguir, a folha “Financiamento Estado” é apresentada como exemplo.
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3.3.2. Receitas Próprias
A geração interna de receitas das ACs rege-se pelo Decreto n.º 27/2003 que estabelece os tipos de
taxas e tarifas praticadas no que concerne às actividades relacionadas com a movimentação de
visitantes e turistas dentro das ACs. Os valores destas taxas e tarifas foram revistos e actualizados
em 2012 pelo Diploma Ministerial n.º 204/2012.
O Decreto e sua respectiva tabela de tarifas e taxas prevêem os seguintes critérios base:
1. Taxas de entradas nas AC (para visitantes/turistas e meios circulantes)
2. Tarifas que cobrem as actividades desenvolvidas por turistas durante a sua visita a AC
3. Serviços prestados pelas Administrações das ACs a turistas
4. Taxas de ocupação/uso de espaços concedidos a operações turísticas estabelecidas dentro
das AC e que oferecem serviços a turistas e visitantes.
Pode entender-se que presentemente as receitas próprias das ACs estão devidamente
regulamentadas pelo Decreto n.º 27/2003. No entanto, existem evidências de que algumas ACs
tiveram iniciativas de investimento em serviços não mencionados especificamente na tabela de
taxas e tarifas, como no caso do Parque do Limpopo que oferece alojamento em chalets
pertencentes ao Parque.
Nota que a ANAC está a considerar a possibilidade de ter uma tabela de taxas e tarifas
individualizadas nas ACs. Se assim for o caso, a presente folha deveria ser adequado ao sistema real
específico em vigor.
Numa perspectiva da elaboração de PdNs terá que se ter em conta que o registo apurado e regular
das receitas resultantes da aplicação da tabela de taxas e tarifas e a análise resultante desse
exercício de registo constitui o instrumento mais importante para a planificação do desenvolvimento
do funcionamento corrente da AC e da sustentabilidade financeira das suas operações, ligando a
Conservação a receitas geradas pelo Turismo.
A sugestão é que o consultor apresente receitas realistas com turismo baseado no histórico dos anos
anteriores. Assim, sugere-se que seja feito o levantamento das receitas médias dos últimos três anos
em cada uma das categorias. Se a AC for considerada sem turismo desenvolvido, avalia-se a taxa de
crescimento das receitas = 0, isto é o valor de receitas actuais é mantido no tempo. Se a AC
apresentar uma taxa de crescimento positiva nos três anos estudados, a mesma taxa será aplicada
nos anos seguintes.
Caso a AC tenha um plano de turismo específico com projecções baseadas em propostas concretas
de melhorar o ambiente de turismo, poderão optar por usar estas projecções, e assim estes
números devem ser colados directamente na folha em vez de usar uma taxa de crescimento.
A folha “Detalhes Receitas Próprias” é referente aos valores relativos às taxas de crescimento do
turismo, e a folha “Receitas Próprias” calcula as receitas futuras.
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A tabela “Detalhes Receitas Próprias” e os critérios por ela estabelecidos, constituem a base
fundamental para o entendimento de quais são as “Receitas Próprias” que as AC podem recorrer de
forma de complementar os seus orçamentos de funcionamento corrente, e ainda para gerarem
recursos que contribuam para o conjunto de benefícios a alocar as comunidades residentes nas ACs
ou na sua envolvente.
Pode entender-se que presentemente as Receitas Próprias das ACs estão devidamente
regulamentadas pelo Decreto n.º. 27/2003 e, portanto, estão limitadas aos 5 critérios acima
mencionados. Esta poderá constituir uma indicação para que cada AC possa desenvolver mais
serviços (devidamente planificados e autorizados pela ANAC), que venham a contribuir para o
alargamento da base de Receitas Próprias.
Para isso, será necessário ter em conta as recomendações de cada Plano de Maneio das ACs no que
respeita ao Turismo como fonte de receitas e ao que cada PdM apresenta como prioridades de
investimentos relacionados com a captação de receitas resultantes da visita de turistas.
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3.3.3. Doadores Neste modelo, recomenda-se a inclusão dos projectos já em andamento, especificando o doador, o
nome do projecto, a probabilidade de execução e o período a que está afecto. Além disso, para que
os resultados sejam comparáveis no cálculo do gap é importante que os valores sejam classificados
em recursos humanos, bens e serviços e investimentos, como apresentado a seguir nas folhas
“Detalhe Doadores” e “Resumo Doadores”.
Nota que a questão de “Probabilidade” que aparece nas folhas de Doadores é usada para ajudar
fazer projecções mais realísticas para o futuro. Aconselha se que sejam usadas probabilidades na
seguinte maneira:
100% - Projectos em curso ou pelo menos com acordos de financiamentos já assinados;
80% - Projectos aprovados pelo doador mas cujos acordos ainda estão em negociação, podendo
assim sofrer alterações ou atrasos;
50% - Projectos submetidos ou na fase final de elaboração, se houver na opinião da AC uma
possibilidade significativa de vir a ser aprovados;
25% - Outros projectos submetidos ou em fase de elaboração.
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4. Resultados Esperados
A partir dos dados levantados pretende-se desenvolver cenários financeiros para diferentes graus de
implementação do PdM. Os principais resultados esperados são os seguintes:
Mapeamento das necessidades financeiras por tipologia de despesa e prioridade
MZN 0.00
MZN 200,000,000.00
MZN 400,000,000.00
MZN 600,000,000.00
MZN 800,000,000.00
MZN 1,000,000,000.00
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Custo Total Previsto por "Despesa"
Recursos Humanos Funcionamento Investimento Geral
MZN 0.00
MZN 100,000,000.00
MZN 200,000,000.00
MZN 300,000,000.00
MZN 400,000,000.00
MZN 500,000,000.00
MZN 600,000,000.00
MZN 700,000,000.00
MZN 800,000,000.00
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Custo Total previsto por "Prioridade"
Essencial Necessário Desejável
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Detalhe das necessidades financeiras por priorização
MZN 0.00
MZN 10,000,000.00
MZN 20,000,000.00
MZN 30,000,000.00
MZN 40,000,000.00
MZN 50,000,000.00
MZN 60,000,000.00
MZN 70,000,000.00
MZN 80,000,000.00
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Essencial por Categoria
Recursos Humanos Funcionamento Investimento Geral
MZN 0.00
MZN 50,000,000.00
MZN 100,000,000.00
MZN 150,000,000.00
MZN 200,000,000.00
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Necessário por Categoria
Recursos Humanos Funcionamento Investimento Geral
MZN 0.00
MZN 100,000,000.00
MZN 200,000,000.00
MZN 300,000,000.00
MZN 400,000,000.00
MZN 500,000,000.00
MZN 600,000,000.00
MZN 700,000,000.00
MZN 800,000,000.00
Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 Ano 5 Ano 6 Ano 7 Ano 8 Ano 9 Ano 10
Desejável por Categoria
Recursos Humanos Funcionamento Investimento Geral
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Levantamento dos Meios Financeiros por tipologia de financiamento e em que categorias
MZN 0.00
MZN 50,000,000.00
MZN 100,000,000.00
MZN 150,000,000.00
MZN 200,000,000.00
Total por Tipo de Financiamento
Financiamento do estado Doadores Receitas proprias
MZN 0.00
MZN 20,000,000.00
MZN 40,000,000.00
MZN 60,000,000.00
MZN 80,000,000.00
MZN 100,000,000.00
MZN 120,000,000.00
MZN 140,000,000.00
MZN 160,000,000.00
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Financiamento Totais por Categoria
Recursos Humanos Bens e serviços Investimentos
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Análise GAP nos três cenários desenvolvidos de acordo com a prioridade dada
MZN -
MZN 20,000,000.00
MZN 40,000,000.00
MZN 60,000,000.00
MZN 80,000,000.00
MZN 100,000,000.00
MZN 120,000,000.00
MZN 140,000,000.00
MZN 160,000,000.00
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Cenário Essencial
Despesas totais essenciais Total de financiamentos esperadas GAP
-MZN 150,000,000.00
-MZN 100,000,000.00
-MZN 50,000,000.00
MZN -
MZN 50,000,000.00
MZN 100,000,000.00
MZN 150,000,000.00
MZN 200,000,000.00
MZN 250,000,000.00
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Cenário Necessário
Despesas totais necessarias Total de financiamentos esperadas GAP
-MZN 1,000,000,000.00
-MZN 500,000,000.00
MZN -
MZN 500,000,000.00
MZN 1,000,000,000.00
MZN 1,500,000,000.00
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Cenário Desejável
Despesas totais desejável Total de financiamentos esperadas GAP
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5. Fontes Possíveis de Financiamento
Uma vez que estão calculados os custos de vários níveis de consolidação da AC, segue a tarefa de
identificação de potenciais fontes de financiamento que podiam ser aproveitadas de modo a cobrir
os custos identificados. É provável que nenhuma fonte única seja suficiente para cobrir todos os
custos, e assim uma estratégia de sustentabilidade passa por:
1. Identificação de fontes; 2. Avaliação da relevância e potencial da cada fonte identificada, no contexto actual e no
futuro previsto da AC; 3. Priorização das fontes; 4. Identificação de medidas necessárias para realizar o potencial das fontes prioritárias; e
finalmente, 5. Decisões estratégicas e implementação de medidas identificadas.
O Plano de Negócios deve responder aos primeiros quatro pontos, providenciando assim as bases
para a tomada de decisões pelas organizações envolvidas.
Para a maioria das ACs, pode se classificar as fontes de financiamento em quatro grandes categorias:
Fontes Estatais, ou seja o orçamento do Estado nos vários níveis (nacional, provincial, distrital);
Auto financiamento, ou seja, receitas próprias arrecadadas através de actividades promovidas e/ou implementadas pela AC;
Doadores;
Fontes não tradicionais, que podiam incluir todas as outras fontes não incluídas nas categorias acima, como o caso de créditos de carbono, pagamentos para serviços de ecossistema, compensações ambientais, etc.
Se possível, recomenda se a fazer uma breve análise de potencial da cada fonte identificada, de
modo a priorizar e assim elaborar uma estratégia de melhoramento do financiamento da AC ao
longo dos anos seguintes. Podia igualmente identificar acções estratégicas recomendadas para a
exploração das fontes identificadas como as com mais potencial. Dependendo nos recursos
disponíveis, esta secção poderá ser feita em maior ou menor detalhe.