hardware ii

35
1/1 DiscosRígidos(HD's) O Hard Disk, ou disco rígido, é um sistema de armazenamento de alta capacidade. Ao contrário da memória RAM, os dados gravados nãosão perdidos quando se desliga o micro, assim, todos os dados e programas ficam gravados no disco rígido. Apesar de também ser uma mídia magnética, um HD é muito diferente de um disquete comum, ele é composto por vários discos empilhados que ficam entro de uma caixa hermeticamente lacrada, pois como gira a uma velocidade muito alta, qualquer partícula de poeira em contato com os discos, poderia inutilizá-los completamente. Por esse motivo, um disco rígido nunca deve ser aberto. O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1957, este era formado por 50 discos de 24 polegadas com uma capacidade total de 5 Megabytes, uma capacidade incrível para a época. Este foi chamado de "Winchester" termo que é muito usado ainda hoje para designar HD's de qualquer espécie. Mais tarde os discos foram diminuindo para 14 e depois 8 polegadas, chegando às 5,25" e 3,5" polegadas usados hoje em dia. Os modelos de 5,25" já estão obsoletos, não obstante, alguns fabricantes ainda fabricam modelos de HD's de 5,25", estes, ao contrário do que podem aparentar, são muito mais lentos e menos confiáveis do que os modelos de 3,5" polegadas. Isto acontece por uma fato muito simples, sendo os seus discos maiores, estes não podem girar a uma velocidade tão alta quanto os discos de 3,5". Além disso, apresentam falhas muito mais freqüentes, devido a um maior esforço dos mecanismos de rotação. Um exemplo de discos de 5,25" são os QuantumBigFoot. Formatação Existem dois tipos de formatação: a formataçãofísica e a formataçãológica. Formataçãofísica significa dividir a superfície do disco em vários setores, trilhas e cilindros. Esta é feita somente uma vez na fábrica, qualquer tentativa de formatar fisicamente o HD não terá resultados, ou irá inutilizá-lo. Esta opção existe apenas em HD's muito antigos como os de padrão de codificação MFM e RLL. Já a formataçãológica acontece através do comando FORMAT do MS-DOS, do Fdisk, e outros programas formatadores. Na formataçãológica, nenhum dado do HD é apagado, apenas é rescrito a Tabela de Alocação de Arquivos (FAT - File Allocation Table). Como o sistema operacional se orienta através desta tabela, reconhecerá o disco como estando vazio. Até serem rescritos porém, os dados antigos continuam lá, e podem ser recuperados através de programas específicos. O comando format /u quando usado em um disquete acarreta em uma formataçãofísica, onde são remarcados todos os setores. Porém, quando usado em um HD tem um efeito exatamente igual ao comando FORMAT, a única diferença neste caso, é que não é salva uma imagem antiga da FAT, mas todos os dados continuam lá, tanto que se você antes de usar este comando fizer uma imagem da FAT usando um utilitário como o Image do Norton, poderá recuperar todos os dados do seu HD. Apesar dos HD's virem fisicamente formatados já de fábrica, é preciso particioná-los e formatá-los logicamente para serem usados por um sistema operacional. Sistema de Arquivos Para utilizar um novo HD, antes de tudo é preciso particioná-lo para que o sistema operacional possa reconhecê-lo. Existem diferentes Sistemas de Arquivos, os mais usados são: a FAT16, compatível com o DOS e Windows, a FAT32, compatível apenas com o Windows 95 OSR-2, o NTFS compatível com o Windows NT e o HPFS compatível como o OS/2. FAT16 - Este é o sistema de arquivos utilizado pelo DOS, incluindo o Dos 7.0 e o Windows 95. Este sistema de arquivos permite 16 bits de endereçamento de dados, o que permite um máximo de 65526 clusters, que não podem ser maiores do que 32 kB, permitindo uma partição de no máximo 2 Gigabytes. Caso se tenha um HD maior do que isso, será necessário dividí-lo em duas ou mais partições. Um cluster é a menor unidade de alocação de arquivos reconhecida pelo sistema, um arquivo grande é gravado no disco fragmentado em vários clusters, porém, um cluster não pode conter mais de um arquivo. Tomemos por base um disco de 2 Gbytes formatado com FAT16. Cada cluster possui 32 kbytes. Digamos que gravemos neste disco 10.000 arquivos TXT, cada um com apenas 512 bytes, como um cluster não pode conter mais do que um arquivo, cada arquivo iria ocupar um cluster inteiro, ou seja: 32 kbytes! No total, estes nossos 10.000 arquivos de 512 bytes cada um, iriam ocupar 320 MB! Ou seja, um enorme disperdício de espaço em disco. é possível usar clusters menores com FAT16, porém em partições pequenas:

Upload: tiago

Post on 15-Jan-2017

11 views

Category:

Education


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Hardware ii

1/1

Discos Rígidos (HD's)

O Hard Disk, ou disco rígido, é um sistema de armazenamento de alta capacidade. Ao contrário da memória RAM,os dados gravados não são perdidos quando se desliga o micro, assim, todos os dados e programas ficam gravadosno disco rígido. Apesar de também ser uma mídia magnética, um HD é muito diferente de um disquete comum, ele écomposto por vários discos empilhados que ficam entro de uma caixa hermeticamente lacrada, pois como gira a umavelocidade muito alta, qualquer partícula de poeira em contato com os discos, poderia inutilizá-los completamente.Por esse motivo, um disco rígido nunca deve ser aberto.O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1957, este era formado por 50 discos de 24 polegadas com umacapacidade total de 5 Megabytes, uma capacidade incrível para a época. Este foi chamado de "Winchester" termoque é muito usado ainda hoje para designar HD's de qualquer espécie. Mais tarde os discos foram diminuindo para14 e depois 8 polegadas, chegando às 5,25" e 3,5" polegadas usados hoje em dia. Os modelos de 5,25" já estãoobsoletos, não obstante, alguns fabricantes ainda fabricam modelos de HD's de 5,25", estes, ao contrário do quepodem aparentar, são muito mais lentos e menos confiáveis do que os modelos de 3,5" polegadas. Isto acontece poruma fato muito simples, sendo os seus discos maiores, estes não podem girar a uma velocidade tão alta quanto osdiscos de 3,5". Além disso, apresentam falhas muito mais freqüentes, devido a um maior esforço dos mecanismos derotação. Um exemplo de discos de 5,25" são os Quantum BigFoot.FormataçãoExistem dois tipos de formatação: a formatação física e a formatação lógica. Formatação física significa dividir asuperfície do disco em vários setores, trilhas e cilindros. Esta é feita somente uma vez na fábrica, qualquer tentativade formatar fisicamente o HD não terá resultados, ou irá inutilizá-lo. Esta opção existe apenas em HD's muitoantigos como os de padrão de codificação MFM e RLL. Já a formatação lógica acontece através do comandoFORMAT do MS-DOS, do Fdisk, e outros programas formatadores. Na formatação lógica, nenhum dado do HD éapagado, apenas é rescrito a Tabela de Alocação de Arquivos (FAT - File Allocation Table). Como o sistemaoperacional se orienta através desta tabela, reconhecerá o disco como estando vazio. Até serem rescritos porém, osdados antigos continuam lá, e podem ser recuperados através de programas específicos. O comando format /uquando usado em um disquete acarreta em uma formatação física, onde são remarcados todos os setores. Porém,quando usado em um HD tem um efeito exatamente igual ao comando FORMAT, a única diferença neste caso, éque não é salva uma imagem antiga da FAT, mas todos os dados continuam lá, tanto que se você antes de usar estecomando fizer uma imagem da FAT usando um utilitário como o Image do Norton, poderá recuperar todos os dadosdo seu HD.Apesar dos HD's virem fisicamente formatados já de fábrica, é preciso particioná-los e formatá-los logicamente paraserem usados por um sistema operacional.Sistema de ArquivosPara utilizar um novo HD, antes de tudo é preciso particioná-lo para que o sistema operacional possa reconhecê-lo.Existem diferentes Sistemas de Arquivos, os mais usados são: a FAT16, compatível com o DOS e Windows, aFAT32, compatível apenas com o Windows 95 OSR-2, o NTFS compatível com o Windows NT e o HPFScompatível como o OS/2.FAT16 - Este é o sistema de arquivos utilizado pelo DOS, incluindo o Dos 7.0 e o Windows 95. Este sistema dearquivos permite 16 bits de endereçamento de dados, o que permite um máximo de 65526 clusters, que não podemser maiores do que 32 kB, permitindo uma partição de no máximo 2 Gigabytes. Caso se tenha um HD maior do queisso, será necessário dividí-lo em duas ou mais partições.Um cluster é a menor unidade de alocação de arquivos reconhecida pelo sistema, um arquivo grande é gravado nodisco fragmentado em vários clusters, porém, um cluster não pode conter mais de um arquivo.Tomemos por base um disco de 2 Gbytes formatado com FAT16. Cada cluster possui 32 kbytes. Digamos quegravemos neste disco 10.000 arquivos TXT, cada um com apenas 512 bytes, como um cluster não pode conter maisdo que um arquivo, cada arquivo iria ocupar um cluster inteiro, ou seja: 32 kbytes! No total, estes nossos 10.000arquivos de 512 bytes cada um, iriam ocupar 320 MB! Ou seja, um enorme disperdício de espaço em disco. épossível usar clusters menores com FAT16, porém em partições pequenas:

Page 2: Hardware ii

2/2

Tamanho da Partição Tamanho dos Clusters2 GB 32 kBytesmenos que 1 GB 16 kbytesmenos que 512 MB 8 Kbytesmenos que 256 MB 4 kbytesmenos que 128 Mb 2 kbytes

Justamente por causa do tamanho dos clusters, não é recomendável usar a FAT16 partições com mais de 1 Gb, casocontrário, com clusters de 32 kB, o desperdício de espaço em disco será brutal.FAT32 - A versão OSR-2 do Windows 95 (conhecido também como Windows "B") ] trouxe um novo sistema dearquivos chamado de FAT32.Uma evolução natural da antiga FAT16, ela permite 32 bits de endereçamento de dados, permitindo clusters deapenas 4 kbytes, mesmo em partições maiores que 2 GB. O tamanho máximo de uma partição com FAT32 é de2048 Gbytes, ou 2 Terabytes.U sando-se este sistema de arquivos, nossos 10.000 arquivos ocupariam apenas 40 megas, uma economia de espacoconsiderável. De fato, quando convertemos uma partição em FAT16 para FAT32, é normal conseguirmos de 15 a40% de diminuição do espaço ocupado no Disco. O problema é que o outros sistemas operacionais, incluindo oLinux, o OS/2, e mesmo o Windows NT 4.0, incluindo é claro o Windows 95 antigo, não são capazes de acessarpartições formatadas com FAT32, somente o Windows 95 OSR-2. A desfragmentação do disco, seja qual for oprograma usado também será bem mais demorada. Um outro problema é que devido à maior quantidade de clustersà serem gerenciados, a performance do HD deve cair em torno de 3 ou 5%, algo imperceptível na prática dequalquer maneira. Mesmo assim, caso o seu único sistema operacional seja o Windows 95 OSR-2 ou o Windows 98,recomendo o uso da FAT32.(Nota: já há algum tempo sistemas Linux conseguem acessar partições formatadas em FAT32. Não sei quanto aosoutros sistemas. - Marcelo Vanzin)Convertendo unidades de FAT16 para FAT32 - Caso você já esteja usando o Windows OSR-2 e o seu HD estejaformatado com FAT16, você pode convertê-lo para FAT32 de duas maneiras: a primeira é usar o comando FDISKcontido num disco de boot do Windows OSR-2, neste caso você precisará formatar o seu HD, perdendo é clarotodos os dados. Outra alternativa, é usar um programa chamado "Partition Magic" da Power Quest, este consegueconverter a FAT, sem perda de dados, não só para FAT32, mas para outros sistemas de arquivos, como NTFS,EXT2 (do Linux), e outros. Pode ser adquirido por R$ 90,00. Por fim, existe também um programa da Microsoftchamado CVT, que converte um partição FAT16 para FAT32 sem perda de dados. Uma terceira opção será instalaro Windows 98, cuja versão final inclui um conversor com funcionamento semelhante ao Partition Magic.NTFS - Este sistema de arquivos é usado pelo Windows NT. Nele, os clusters são de apenas 512 bytes, sendo oespaço em disco desperdiçado quase nenhum. Somente o Windows NT é capaz de entender este formato dearquivos, e a opção de formatar o HD em NTFS é dada durante a instalação.Apesar do Windows NT funcionar normalmente em HD's com FAT16, é mais recomendável o uso do NTFS, poisalém dos clusters menores, e ao suporte a discos maiores do que 2 GB, ela oferece também recursos degerenciamento do disco e segurança inexistentes no sistema FAT.(Nota: caso não esteja enganado, sistemas Linux possuem drivers para ler partições NTFS, sem, no entanto,conseguir gravar. A quem interessar procurar informações sobre como acessar um sistema de arquivos de um outrosistema, uma boa página está em FileSystems Connectivity Map. - Marcelo Vanzin)Discos IDE e discos SCSIPara ser acessado pelo processador, o disco rígido precisa estar ligado em alguma interface. Antigamente, se usavamcontroladoras instaladas em Slots ISA, porém, estas eram muito lentas e subtilizavam o disco. Atualmente sãousadas duas interfaces de disco: a IDE, e a SCSI.Todas as placas mãe atuais possuem interfaces IDE embutidas, além disso discos, IDE são muito mais baratos doque discos SCSI. Para instalar um disco SCSI precisamos de uma controladora que é encaixada em um slot PCI quedeverá ser comprada à parte. Além de HD's, os CD-ROM's mais modernos assim como muitos gravadores de CD,também usam interface IDE.Existem numa placa mãe, duas controladoras IDE, chamadas de Controladora Primária e Controladora Secundária.Cada controladora suporta dois dispositivos, o que permite um máximo de 4 dispositivos IDE num mesmo micro. Oproblema de usar dois dispositivos em uma mesma controladora, é que somente um poderá ser acessado de cada vez

Page 3: Hardware ii

3/3

por ela, degradando em muito a performance. Por isso, caso tenha apenas dois dispositivos, um HD e um CD-ROMpor exemplo, cada um deverá ficar na sua própria controladora, caso tenha 3 dispositivos, então a melhordistribuição seria o seu HD principal sozinho na IDE primária, deixando a secundária compartilhada pelos outrosdois dispositivos.Numa interface SCSI porém, podemos usar até 15 dispositivos simultaneamente (no caso do Wide SCSI) sem quehaja degradação de performance como acontece quando usamos mais de um dispositivo IDE.Quando usamos apenas um disco, não existe quase ganho de performance para a interface IDE, porém, ao se usarvários periféricos a performance aumenta brutalmente.Outra grande vantagem do SCSI é uma menor utilização do processador quando o HD é acessado, isto melhorabastante o desempenho geral da máquina, porém, devido ao custo, para uso doméstico ainda é recomendável o usode discos IDE.Modelos de controladoras IDE:

Modelo Máxima Taxa de Transferência deDados

PIO MODE 0 3,3 MB/sPIO MODE 1 5,2 MB/sPIO MODE 2 8,3 MB/sPIO MODE 3 11,1 MB/sPIO MODE 4 16,6 MB/sULTRA DMA (UDMA) 33,3 MB/s

Tais velocidades porém referem-se unicamente à transferência máxima de dados permitida pela controladora, e nãoà velocidade do disco. Nenhum disco IDE atualmente oferece uma velocidade acima da casa dos 10 MB/s de leiturafísica (os testes lógicos englobam o cache feito pelo sistema operacional na memória RAM), sendo até mesmo umainterface PIO Mode 4 mais do que suficiente. Imagine um fusca que não passa dos 80 km/h, tanto faz o motoristapegar uma estrada onde o limite de velocidade seja 80 km/h ou 120 km/h, que a velocidade do carro continuarásendo a mesma. O gargalo nestes casos, não é velocidade da controladora, e sim a do próprio disco. Claro que épreferível comprar um HD UDMA, pois apesar da maior velocidade do barramento não alterar a performance dodisco, estes são invariavelmente discos mais modernos e rápidos devido a técnicas de fabricação mais avançadas.Existem também vários modelos de controladoras SCSI, e principalmente controladoras de 8 e de 16 bits, sendo queas de 16 bits são duas vezes mais rápidas:Modelos de Controladoras SCSI:

Modelo Controladora de 8 Bits Controladora de 16 BitsSCSI 1,5 MB/s 10 MB/sSCSI 2 (Fast SCSI) 10 MB/s 20 MB/sUltra SCSI (Fast 20) 20 MB/s 40 MB/sUltra-2 SCSI (Fast 40) 40 MB/s 80 MB/s

Como nos discos IDE, está é a transferencia de dados permitida pela controladora, dificilmente um Disco SCSIsupera a marca de 10 MB/s. A vantagem de se ter uma controladora veloz, é que se pode compartilhá-la or váriosdiscos, sem que haja degradação de performance.

Page 4: Hardware ii

4/4

Placas de VídeoRefresh Rate, Flicker e EntrelaçamentoUm assunto que é pouco compreendido é a Imagem entrelaçada, outro é o flicker. É importante conhecer estesdetalhes na hora de se comprar um monitor.Vejamos o caso comum dos monitores de 14 polegadas, como o Syncmaster 3NE, eles apresentam imagens flickerfree em até 800 x 600 (75 Hz), mas apresentam forte "flickerização" da imagem quando a 1024 x 768 nãoentrelaçado (60 Hz). Este flicker ocorre porque nesta última resolução o monitor não tem condições de varrer toda atela mais do que 60 vezes por segundo, mesmo que o RAMDAC da placa de vídeo seja capaz ( isso é outra história evou me ater a uma pincelada no monitor senão vou me extender muito mais do que pretendo), simplesmente porqueisso é uma limitação do monitor (aliás, quando vc vai comprar um monitor de 14" e o vendedor diz que ele é NI, eleestá se referindo ao fato de que este monitor pode apresentar imagens em 1024 x 768 não entrelaçadas, visto que osmonitores SVGA padrão , como o Syncmaster 3, somente eram não entrelaçados a 640 x 480). Bem, este monitores14" não entrelaçados a 1024 x 768 apresentam, em regra, freqüência horizontal máxima de 48 ou 50 kHz, istosignifica que o feixe catódico dele possui a capacidade de varrer 50.000 linhas horizontais por segundo,cationizando as células de fósforo. Sabemos que a varredura da tela ocorre linha a linha, de cima para baixo. Ummonitor destes trabalha muito bem em 800 x 600, pois a taxa de 50.000 linhas por segundo significa que ele podevarrer mais de 75 vezes toda a tela do monitor neste mesmo período, a conta é simples: 50.000 / 600 = 83. Então elepoderia varrer 83 telas por segundo? porque o meu driver somente permite 75? Por um motivo bastante simples:Como falei acima o raio somente varre de cima para baixo, isto significa que quando ele atinge a parte de baixo datela ( após varrer aquela última linha da barra de tarefas do seu Windows) ele tem que subir novamente paracomeçar tudo novamente, isto demanda um tempo e este tempo é conhecido como retraço vertical, então acapacidade de varredura não é simplesmente a freqüência horizontal dividida pelo número de linhas da resolução,devemos somar a isto o tempo do retraço vertical que ocorre após cada varredura. Com base no exposto é fácil verque a 1024 x 768 estes monitores apresentam uma taxa de renovação da tela (conhecida como refresh rate ou aindafreqüência vertical) inferior a 72 Hz quando em modo não entrelaçado, e portanto com flicker uam vez que o limitemínimo para uma imagem "flicker free" é de 72 Hz. Vejamos: 50.000 / 768 = 65 (devemos adicionar o tempo doretraço vertical, que acrescenta cerca de 5% ao tempo necessário de varredura, portanto: 50.000 / (768 x 1,05) =50.000 / 806 = 62 Hz.Ora, coloque o seu monitor a 1024 x 768 a 60 ou 62 Hz que vc verá que coisa desagradável é a imagem, estatremulação é que é o famoso flicker, que é potencializado principalmente quando o fundo é bem claro. Isto ocorreporque, nestas freqüências, o tempo para que o canhão de elétrons rebombardeie o fósforo do monitor é longo, comisto as células de fósforo perdem parte de seu brilho e são subitamente "reacendidas" com a nova passagem do feixede elétrons, causando este efeito estroboscópico conhecido como flicker. Para evitar este flicker é usada a varreduraentrelaçada, neste tipo de varredura o raio incide durante uma passagem apenas nas linhas pares, na varreduraseguinte são atingidas as linhas ímpares, e assim por diante, com este artifício o canhão percorre a tela empraticamente metade do tempo mantendo sempre "acesas" linhas intercaladas, isto elimina o descoforto aos nossosolhos, pois o brilho geral da tela é mantido constante eliminando o flicker. Verifique no seu driver de vídeo, vc vaiver que deve existir a opção de varredura entrelaçada nas resoluções mais altas, mesmo em monitores modernos eum pouco mais caros há limitações desta espécie, este mesmo que estou usando agora não é capaz de me dar umaimagem "flicker free" em 1280 x 1024, por isto me é dada a opção, no driver, de usar a varredura não entrelaçada a60 Hz ou entrelaçada a algo como 48 ou 50 Hz. Com o entrelaçamento evitamos a cintilação do flicker, mas surgeoutro problema, a perda de nitidez da imagem. Isto ocorre porque enquanto as linhas ímpares são varridas, as paresestão perdendo luminosidade e vice-versa. Vc pode perceber isto na tela de inicialização do Win95, aquela queaparece enquanto ele é carragado, naquele momento os drivers de vídeo do Windows ainda não foram ativados e avarredura é feita de modo entrelaçado, repare que a imagem parece conter estreitas linhas intercalando-se emtonalidade diferentes, ou as letras do DOS, repare que elas parecem conter listras. Mas vc olha todo dia para umobjeto de varredura entrelaçada, sabe qual é? A sua televisão, sim, a sua televisão funciona com varreduraentrelaçada, aliás vc nunca se deu conta de como a imagem dela é ruim porque vc não fica a uns poucos centímetrosde distância lendo, escrevendo e editando arquivos gráficos. Pergunta pedestre: Mas porque o meu driver permiteque eu use varredura não entrelaçada a 60 Hz em 1024 x 768, mas a entrelaçada somente é possível a 50 Hz, aentrelaçada não leva a metade do tempo já que varre apenas metade das linhas a cada meio ciclo? A resposta é umretumbante NÃO! Na varredura entrelaçada o retraço vertical ocorre com o dobro da freqüência do que ocorre nanão entrelaçada, ele ocorre duas vezes por ciclo, enquanto na não entrelaçada ocorre apenas uma. Consideramos umciclo de varredura entrelaçada uma passagem completa por todas linhas pares e por todas as ímpares, como a cada

Page 5: Hardware ii

5/5

passagem por linhas pares há a necessidade do canhão de elétrons subir novamente para começar a varrer asímpares, e assim por diante, fica explicado o porque do refresh rate em varreduras entrelaçadas acabar tendo umataxa menor do que na não entrelaçada. Pergunta pedestre 2: Ainda não consegui compreender direito porque aimgem fica sem flicker na varredura entrelaçada ainda mais usando um refresh rate ainda menor. Porque? Porque oFlicker não está ligado à continuidade de imagens ou nitidez geral, e sim à alteração brusca de luminosidade da tela.Com a varredura entrelaçada isto não ocorre, pois duas linhas consecutivas estão próximas e, para efeitos deluminosidade, tratamos cada par de linhas como se fosse uma. Como à freqüência de 50 Hz cada uma das linhas quecompôem o par é "acendida" alternadamente 50 vezes por segundo, a luminosidade total é menor do que se avarredura fosse não entrelaçada a 100 Hz, mas é mantida constante, isto é possivel porque via de regra as linhasconsecutivas possuem luminosidade e cores semelhantes. Na verdade temos a sensaçào ótica de continuidade daluminosidade como se a tela estivesse sendo renovada 100 vezes a cada segundo (mas com menor luminosidade)que como vimos é completamente flicker free. Já quanto à definição devemos notar que a atenção de nosso cérebro ésempre desviada instintivamente para aquela mais iluminada. Ou seja, tratamos cada par consecutivo de linhas comose fosse apenas uma, e as vemos intercaladamente, pares e ímpares, daí a perda de nitidez da imagem. Destarte,apesar de cada linha ser bombardeada apenas a cada dois centésimos de segundo, tempo suficiente para o fósforo se"apagar", estamos de fato lendo, alternadamente, uma cada centésimo de segundo. Uma coisa importante a sernotada é que na varredura entrelaçada, 50 Hz como no ex. acima, apesar de o feixe de elétrons passar pela tela 100vezes a cada segundo ( 50 nas linhas pares e 50 nas ímpares) a troca de quadros somente pode ser feita 50 vezes (daí usar-se 50 Hz como definição e não 100), isto significa que cada quadro precisa ser mostrado pelo menos umavez em todas suas linhas ímpares e pares. O motivo para tal é bastante simples: se a nitidez da imagem entrelaçadajá é ruim, uma vez que as linhas são mostradas alternadamente, se a troca fosse feita após apenas a varredura daslinhas pares ou ímpares deixaríamos de ver metade dos detalhes.

Placas de VídeoPlacas de Vídeo 3DEste texto visa esclarecer as dúvidas mais comuns sobre placas 3D.1) 3DFX é apenas o nome de um fabricante de processadores gráficos, e não um recurso ou uma interface deprogramação (API - Aplication Programming Interface) como muitos desinformados pensam.2) API é uma interface de programação, é através das API's 3D que os jogos fazem as chamadas aos recursos dehardware oferecidos pelos processadores gráficos.3) Há três tipos de API's usadas mais comumente pelas softwarehouses para fazerem a programação 3D de jogos (háoutras, mas não usadas em jogos): Open GL, Direct 3D, e Glide. A Open GL é a que oferece mais recursos aosprogramadores, proporcionando também maior facilidade de programação, esta API foi criada pela gigante SiliconGraphics e foi recentemente licenciada pela Microsoft. Um exemplo de jogo que usa esta API é o Quake II.A Direct 3D é a API utilizada por 99,9% dos jogos, e é também a que oferece a melhor qualidade de imagem nomomento, visto que as placas 3D atuais que receberam maiores elogios da crítica especializada em relação àqualidade de imagem (e realmente são as melhores) foram aquelas com o Chip Intel I740 e Matrox MGA G200, queoperam somente com a API Direct 3D, por enquanto. A Direct 3D é a API da Microsoft, integrando-se ao Windows9x, daí a preocupação das softwarehouses em fazerem seus jogos compatíveis com ela. A Microsoft estádesenvolvendo uma nova versão da D3D (Direct 3D) em conjunto com a HP, os programadores dizem que esta novaversão, que estará no Direct X 6 e tornará possível efeitos 3D antes inimagináveis, desde, é claro, que as placastrabalhem bem em D3D, apresentando os recursos em hardware. Por fim temos a Glide, uma API bem antiga, dotempo que as chamadas diretas a hardware no Win 95 eram bem primitivas, mas pouco evoluiu desde então. EstaAPI, além de ser proprietária de um fabricante de chips gráficos, a 3DFX, é a pior das três, é aquela que oferecemenos recursos aos programadores e está caindo amplamente em desuso. Alguns jogos, ainda oferecem suporte àGlide (como Turok, que funciona em D3D ou em Glide também) mas, é claro, também dão o tradicional suporte àD3D. Os lançamentos de jogos que suportam Glide estão se escasseando e podemos dizer que trata-se de uma APImoribunda, a chegada do DirectX 6 com a nova versão de Direct 3D deve sepultar de vez esta interface deprogramação.(Nota: as placas com o chip Matrox G200 são compatíveis com OpenGL desde o seu lançamento, com a utilizaçãodo Direct3D Wrapper da Matrox. Esse driver traduz as chamadas a funções OpenGL para suas equivalentes emDirect 3D. No entanto, há uma grande perda de performance. Em dezembro último a Matrox lançou uma versão betado OpenGL ICD para o G200, que não apresenta nenhum ganho em performance. É esperado um ganho de 25% ouaté mais para a versão final - seja lá quando ela sair... - Marcelo Vanzin)

Page 6: Hardware ii

6/6

4) Ao escolher uma placa 3D você deve verificar então quais são as API's que esta placa suporta, como é de seesperar praticamente todas as placas 3D possuem suporte à API Direct 3D, grande parte, além de suportar Direct 3Dtambém suporta Open GL, outras suportam ainda Glide. Pelo que vimos no item 3 não devemos dar importância àpresença de suporte à API Glide, mas é fundamental que tenha suporte a D3D e a OpenGL, D3D porque é a API daMicrosoft e a de 99,9% dos jogos, e OpenGL porque é a API usada por aplicativos 3D profissionais e por algunsjogos como Quake.5) Ao lado da placa 3D é de fundamental importância que tenhamos um processador central potente em operaçõesde ponto flutuante (as instruções 3D Now! - do K6-II - nada mais são do que um tipo específico de instruções deponto flutuante para ser utilizado em jogos e outros aplicativos 3D), pois cabe à CPU o cálculo do posicionamentode todos os vértices dos triângulos que formam a imagem (claro! é a CPU que calcula a posição relativa de tudo aser mostrado no monitor). Isto é feito através de um pesado cálculo tridimensional e, depois recalculados eposicionados em um plano (2D) afinal a tela do seu monitor somente pode apresentar imagens em duas dimensões,quem conhece cálculo entende a complexidade dos cálculos que estou falando. Este "rascunho" de imagem é entãoenviado para o placa de vídeo 3D, cabe ao processador 3D aplicar a estes vértices a construção dos triângulos eposterior renderização da imagem com a texturização e todos os demais efeitos 3D suportados. Caso o processadorgráfico não suporte um efeito específico, dependendo do efeito, este poderá ser um efeito que a CPU possa emular,esta emulação não somente consome mais CPU como acaba tendo um resultado bastante inferior àquele que seria dese esperar do chip gráfico. A quantidade de recursos de hardware implementados é importantíssima, o chip Riva 128possui a Direct 3D como API nativa, sendo assim é um chip que implementa os recursos do Direct 3D. Outros chipsestão vindo na mesma linha como o intel I740 e o Matrox MGA G200.6) Continuando com a interdependência entre processador e CPU, devemos, ao comprar uma placa gráfica, procuraruma que tenha boa escalabilidade, ou seja, que se desempenhe bem com processadores mais potentes. Como vimosno tópico anterior, o processador 3D depende dos dados fornecidos pela CPU, assim, numa placa 3D lenta, podeocorrer de a CPU fornecer os dados para o processador gráfico e, enquanto este renderiza a imagem, a CPU finalizaos cálculos para o quadro seguinte, mas não pode entregar à placa 3D porque esta ainda não acabou de trabalhar como quadro anterior, desta forma a CPU fica "parada", esperando até que o processador gráfico possa receber os dados.Imaginemos agora o contrário, um velocíssimo chip gráfico operando com uma CPU que não é capaz de fornecer osdados na velocidade com que ele pode operar. Se vc tiver uma veloz placa 3D é possível que ela receba os dados daCPU, renderize a imagem, faça a transformação para o sinal analógico VGA e a imagem seja apresentada na tela e oprocessador gráfico fique então "parado", apenas esperando os dados do novo quadro serem enviados pela CPU, ouseja, aqui foi o processador gráfico que acabou seu trabalho primeiro e a CPU não é capaz de oferecer dados emvelocidade suficiente para explorar todo seu potencial. Este é o exemplo de um chip gráfico escalável. Se vc temuma placa de vídeo com um chip gráfico altamente escalável, ao fazer o upgrade da sua CPU, de um Pentium 200para um PII 300, por ex., vc vai ganhar em taxa de quadros (FPS), pois a placa de vídeo não será gargalo aodesempenho. No primeiro caso foi citado um exemplo de placa de vídeo não escalável, naquele caso o upgrade deCPU pouco ou nada acrescentaria em termos de frame rate. Um exemplo de placa altamente escalável é a Viper,pois mesmo em um PII 300 ela está longe de esgotar seu potencial. Ou como disse o Tom Pabst no seu excelentesítio: "You want to go for a 3D chip that reaches high absolute results in frame rate as well as scales well over theCPUs. The number one chip to achieve this is currently the RIVA 128 from NVIDIA, which obviously is far fromits maximal 3D performance even in a system with Pentium II 300."7) Outra bobagem comumente repetida por leigos é: "coloquei uma placa de vídeo tão rápida que está difícil dejogar de tão veloz que o jogo ficou". Isto não existe! Essas pessoas confundem um maior frame rate com uma maiorvelocidade de andamento do jogo. Todos os jogos atuais têm seu andamento dado pelo real time clock, e não pelavelocidade do hardware. Isto se fez necessário uma vez que um jogo programado para um 386 tinha a suajogabilidade inviabilizada em um 486 (eu mesmo tenho um Pac-Man de utilização impossível em um Pentium), enão só isto os jogos em rede seriam impossíveis, uma vez que, num jogo de corrida de carros, por exemplo, ganhariaaquele que tivesse o computador mais veloz. Assim, desde que TODOS os jogos 3D possuem seu andamentobalizado pelo real time clock os jogos definitivamente NÃO ficam mais rápidos por vc estar usando um hardwaremais veloz, o que acontece é uma maior fluidez de imagens que, pelo contrário, até facilita o controle. Imaginemosum jogo de corrida em que o veículo pilotado pelo jogador está se deslocando na velocidade de 100 m/s,imaginemos que o seu hardware esteja gerando imagens numa proporção de 50 fps, assim, a cada frame o veículoserá apresentado com um deslocamento de 2m, em média, em relação à frame anterior, ao final de um segundo terãosido apresentadas 50 frames e o veículo terá se deslocado os 100m. Se vc rodar este mesmo jogo em um hardware 5vezes mais lento este hardware terá condições de apresentar apenas 10 fps, mas como o andamento do jogo écontrolado pelo real time clock, cada frame irá apresentar um deslocamento médio do veículo de 10 m em relação à

Page 7: Hardware ii

7/7

frame anterior, mas ao final de um segundo o veículo terá se deslocado exatamente os mesmos 100 metros que sedeslocou no hardware mais rápido, apenas com uma menor fluidez de imagens já que com apenas 10 fps amovimentação fica semelhante àqueles filmes de cinema mudo e com 50 fps a fluidez da imagem assemelha-se àsde um cinema moderno (60 fps). É bom lembrar que com um fps de 20 já se têm uma boa fluidez e com 30 já setorna quase impossível percebermos alguma falta de continuidade. Portanto, tudo é ilusão sua, o andamento de umjogo não fica mais rápido por usar um hardware mais veloz, nem a jogabilidade fica prejudicada, pelo contrário, jáque com um maior frame rate vc acompanha mais amiúde o desenrolar do jogo, imaginemos no caso da nave que sedesloca a 100 m/s se vc usasse um hardware que te desse um fps de 5 apenas, a cada frame vc estaria 20 metrosadiante da anterior, um obstáculo pode aparecer repentinamente e vc nem perceber, já com um fps de 50 a naveestaria apenas 2 metros a frente da anterior, dando maiores possibilidade de visualização do obstáculo.Aqueles que querem apenas comprar a mais veloz placa 3D PARA JOGOS disponível hoje no mercado então aescolha deve ir para a Quantum Obsidian2 X-24 que pode ser adquirida oo endereço abaixo:http://www.netsales.net/pk.wcgi/quantum/prod/1187127-1. Outras escolhas de placas, inferiores a esta citada, masvelozes são a Diamond Monster II e a Creative 3D Blaster Voodoo II, disponíveis com 8 ou 12 megabytes, aquelesque forem inteligentes devem comprar a versão com 8 MB, pois o desempenho, ao contrário do que pensam osleigos, é o mesmo, os motivos para isto já foram por mim explicados em mensagem postada no grupo de hardware.Outra concorrente é a Diamond Viper V330, que possui excelente Custo/Benefício, sendo superior à Monster 1 em3D tanto em velocidade como em recursos, e é extraordinária em 2D também. É de bom alvitre avisá-los de que emago/set serão lançadas as primeiras placas com o chip RIVA TNT, muito superior a qualquer coisa que existe hojeem termos de placas 3D. Por fim, apenas consolidando tudo aquilo que disse acima veja os benchmarks abaixo,perceba que o desempenho de uma Viper (NVIDIA RIVA 128) em um PII300 (51 fps) é, neste jogo, superior ao deuma Monster II em um P200 (39,5). Devo ainda lembrar que estes testes são anteriores à última versão de drivers daViper, que elevou o desempenho em cerca de 25%, o que significa que este índice de 51 é na verdade de cerca de64!!Por último devo esclarecer que não há praticamente nenhuma diferença de desempenho entre as placas PCI e AGPatuais. A porta AGP possui um barramento independente do PCI, possuindo um acesso direto à memória também, éna verdade , nesse tipo de acesso a memória que está a grande vantagem do AGP, permitindo o tratamento detexturas diretamente na memória principal. Outro importante ponto é que ele descongestiona o barramento PCI,coisa importantíssima, uma vez que as placas de vídeo são as maiores "comedoras" de banda do barramento, e emsistemas com diversos desses periféricos ( PCI ) esse barramento de 32 bits se torna um gargalo. As primeiras placasde vídeo com capacidade de trabalhar em AGP X2 (533 MB/s) já estão entrando no mercado, vejamos se essasapresentam um ganho real de desempenho sobre as PCI's - pois essas, como disse, quando trabalhando embarramentos descongestionados saem-se tão bem quanto as primeiras AGP, mesmo aquelas que possuem ahabilidade de fazer texturizações na memória do sistema, como a Viper PCI, não ficam atrás das irmãs AGP - naverdade ficam, mas por pouquíssimo, diferença imperceptível na prática.

Placas de VídeoVisão Geral

O Que são?As Placas de vídeo são dispositivos que controlam a saída de dados para o Monitor. Ela recebe os dados da CPU,processa e envia eles para o monitor. Os dados que uma Placa de vídeo pode emitir podem ser tanto em forma degráficos e desenhos, ou textos (ou ambos).Como Funciona?O Monitor, como todos sabem, é um dispositivo de saída, uma forma do computador se comunicar com o usuário.Então quando a CPU precisa "se comunicar" com o usuário, ela manda os referidos dados para a placa de vídeo, quefunciona como um "mediador" entre a CPU e o Dispositivo de Saída propriamente dito (no caso o monitor).Como já dito anteriormente, podemos visualizar dados no monitor tanto em forma de gráficos como em forma detextos, ou ambos. Nisso está o conceito de modos de vídeo. Os modos de vídeo são as distinções feitas entreexibições em forma de textos e as feitas em modos de gráficos e desenhos. Em modo de textos somente serãoexibidos textos, nunca gráficos (na verdade podem ser exibidos gráficos sim, mas de baixíssima resolução e bemrudimentares, usando-se caracteres especiais e símbolos. Mas para efeito teórico, não é possível exibição de gráficosem modo texto). Em Modo Gráfico, são exibidos apenas gráficos e desenhos. No entanto podem ser exibidos textostambém, só que, quando em modo gráfico, os textos são literalmente desenhados, letra a letra. Entretanto, isso

Page 8: Hardware ii

8/8

acontece tão rápido (principalmente nas placas de vídeo atuais) que na prática pode-se dizer quem em modo gráficopodem ser exibidos gráficos e textos.Para exibir os dados no vídeo, a placa de vídeo se utiliza de um recurso chamado memória de vídeo. O conteúdodessa memória sempre representará o que estiver na tela do monitor. De fato, a placa lê o conteúdo dessa memóriamilhares de vezes por segundo, e transmite os dados lidos para o monitor, após uma conversão digital / analógica.Portanto, pode-se dizer que, quando a CPU necessita colocar algo na tela, a placa recebe esse sinal e coloca o dadona memória de vídeo, e, através desta, a imagem chega a tela. O Tamanho dessa memória será sempre proporcionalà capacidade máxima de exibição da placa, que geralmente será percebida em gráficos. Em outras palavras, quantomaior for a memória da placa, maior será a sua capacidade de exibição de gráficos.Uma placa de vídeo que possua um máximo de 2 MB, por exemplo, será capaz de exibir gráficos a uma resolução de1280X1024 pontos na tela, usando 256 cores simultaneamente. Uma placa de vídeo que possua 1 MB, será capaz deexibir gráficos à uma resolução máxima de 1280X1024 pontos na tela, entretanto podendo usar apenas 16 coressimultaneamente. Da mesma forma, uma placa de vídeo com 4 MB, seria capaz de exibir gráficos na mesmaresolução mas usando 64 mil cores simultaneamente.É importante observar que, pelo fato de uma placa de vídeo ter mais memória, um modo de vídeo que requeiramenos memória não vai utilizar a capacidade total da placa. Outra confusão que é feita freqüentemente é que quantomaior a memória da placa, maior será o desempenho da placa. Isso não é verdade para todos os casos. Odesempenho só será superior caso feito uma adição de 1 MB para 2 MB, numa placa PCI (64 bits). O que comcerteza mudará com o aumento de memória será o aumento da capacidade gráfica, como já explicado. Isso só não seaplica à placas 3D add-on (veja abaixo), que usam sua memória para armazenar texturas, cálculos de vértices eoutras coisas, e que de fato apresenta um desempenho superior caso a memória desta seja aumentada.Paleta de CoresÉ comum ouvir-se a referência "exibição de gráficos em 256 cores simultâneas, de uma paleta de 256 mil cores". Oque isso significa? Significa que a placa pode exibir gráficos na tela usando 256 cores simultaneamente, e, para cadauma das cores exibidas, pode-se escolher outras 256 mil. Para exemplificar: Digamos que um determinado programacoloque na tela um ponto de cor azul, que chamaremos de cor "1". Digamos que queríamos colocar um ponto verde-musgo, e não azul. Chamemos a cor verde-musgo de cor "197.233". Tudo que temos que fazer então, é solicitar quea cor "1" passe a conter a cor "197.233". Dessa forma, a cor azul passa a ser a cor verde-musgo. Feito isso, a placade vídeo automaticamente troca a cor do ponto azul para a cor para qual foi mudada, sem necessidade de se colocarum outro ponto.Placas de Vídeo e Padrões de ExibiçãoExistem muitas placas de vídeo de várias marcas atualmente, mas todas possuem um padrão específico.O Padrão atual é o SuperVGA (ou também simplesmente VGA, como termo genérico, apesar de esses dois padrõesserem diferentes um do outro).Mas já existiram muitos padrões de placas de vídeo. Veja as que foram mais comuns:

Padrões Descrição

CGAColor Graphics Adapter – Foi o primeiro padrão de vídeo gráfico em cores utilizado. Apesar do nomesugestivo, a capacidade máxima de cores dessa placa era apenas 16 simultâneas em modo texto (naépoca, isso era incrível...). Possuía apenas dois modos gráficos: 320x200 a 4 cores simultâneas, de umapaleta de 16 cores, e 640x200, em preto e branco (monocromático). Para os padrões atuais, essesmodos de vídeo são muito fracos, mas para a época, era revolucionário.

HérculesTambém muito fraco para os padrões atuais, foi muito utilizada na área de editoração eletrônica, dadasua capacidade gráfica de 720x348 em preto e branco (monocromático). O Estilo de suas letras na telatambém era parecido com o de máquinas de escrever, daí seu uso em editoração.

EGAEnhanced Graphics Adapter - Foi o primeiro passo significativo em termos de padrão de exibição. Estaplaca podia exibir gráficos em 320x200 a 16 cores, e possuía uma resolução máxima de 640x480 emmonocromático. Também foi introduzido o conceito de memória de vídeo expansível, o que permitiamaiores resoluções de pontos na tela e cores simultâneas. A capacidade máxima de uma placa EGA erade 256 kB, mas as primeiras e a maioria delas tinham 64 kB.

VGAVideo Graphics Adapter - Este padrão introduziu um conceito de exibição bem mais flexível eavançado, baseado em parte no modo de exibição das televisões à cores. Isso permitia que a placapossuísse modos de vídeo pré-definidos e ainda modos gráficos que poderiam ser "criados", ainda quecom certa dificuildade. Era capaz de exibir gráficos com 256 cores simultâneas de uma paleta de 256

Page 9: Hardware ii

9/9

mil cores, bem como o já conhecido 640x480 à 16 cores simultâneas, de uma paleta de 256 mil cores.Placas com 1 MB podiam exibir nessa mesma resolução com 256 cores de uma paleta também de 256mil, e 800x600 à 16 cores, também de uma paleta de 256 mil cores. Entretanto, eram mais comuns asplacas que tinham 256 kB ou 512 kB.

SuperVGAÉ o padrão atual. Uma evolução natural do padrão VGA. Ela pode possuir de 1 MB para cima, e é maisrápida em modos de vídeo de resolução mais alta. A maioria delas é capaz de exibir gráficos a umaresolução de 640x480 com 16 milhões (!!) de cores simultaneamente. Placas com mais memória (2MB) podem exibir o mesmo número de cores simultaneamente, mas a uma resolução de 800x600.

ChipsetChipset é o conjunto de "processadores" que formam a placa de vídeo. É o chipset que controla as diversasoperações da placa, como mudança de modo de vídeo, atualização da tela, controle do refresh do monitor, assimcomo recepção e processamento dos dados da CPU.Modelos ou Marcas de Placas de VídeoAtualmente existem muitos modelos de placas de vídeo. As mais comuns são as placas da Diamond, Trident, etc.Cada uma usa um chipset específico, seja proprietário (ou seja, criado apenas para ela) ou um chipset genérico,como os chipsets S3, Providia, NVIDIA, etc.Atualmente, as placas da Diamond são as de melhor qualidade, mas em geral são as mais caras. As placas da Tridentpossuem uma qualidade intermediária, e um preço mais acessível.(Nota: as placas Diamond realmente tem qualidade muito boa, mas afirmar que elas possuem "a melhor qualidade" éum tanto imprudente. A qualidade da placa de vídeo depende muito do chip utilizado, das memórias, suporte -drivers, etc, e, um dos principais fatores, que utilização a placa de vídeo terá. - Marcelo Vanzin)Mas como medir a qualidade da placa de vídeo? Devemos considerar, nesse caso, dois fatores: o desempenho e aqualidade da imagem gerada pela Placa de Vídeo em questão.Desempenho da Placa de VídeoExistem vários softwares que medem isso, os mais comuns são o WinBench e WinTune. O desempenho da placatem impacto geralmente em certas aplicações do Windows (Vídeo, Impressão de Fontes na tela, etc.), e em jogos.Imagens em 2DSão imagens que tem apenas um plano, sem profundidade e volume. Desenhos simples e fotos são exemplos deimagens em 2D. São as imagens que a maioria das placas comuns exibem. Obviamente, o fato de uma placa 2Dexibir imagens 3D não significa que ela pode criar imagens em 3D. Por si só, ela só pode criar (ou, no termo técnico,renderizar) imagens em 2D.Imagens em 3DSão imagens que possuem volume e profundidade. Um computador gera imagens 3D usando cálculos matemáticos.Até pouco tempo, as placas 2D apenas exibiam essas imagens, que já eram previamente calculadas e entãoconvertidas para 2D pelo próprio processador. Agora algumas placas tem a capacidade de auxiliar nesse processo,calculando alguns dados para a formação da imagem em 3D, e de fato exibir imagens em 3D. É o caso da DiamondViper 330. Ela se utiliza da API* Direct3D, um novo padrão que tem se destacado na área de gráficos 3D. Essa APIfacilita muito a criação de gráficos em 3D. Algumas placas de vídeo mais recentes possuem esse recurso, incluindoa Viper 330. Existe também a API OpenGL, também muito boa (senão melhor que a Direct3D), e que a Vipertambém oferece compatibilidade (a nível de software somente: o suporte nativo da Viper é somente para Direct3D).No caso da Viper 330, ela é uma placa "combo", ou seja, renderiza imagens em 2D e 3D. Mas existem placasespecíficas que cuidam apenas da renderização de gráficos 3D. Essas placas são chamadas de "add-ons", o quesignifica que ela não funciona sozinha, no caso, ela necessita de uma placa 2D comum, que no caso fica com otrabalho de passar as renderizações em 3D para o monitor. Como elas trabalham sozinhas, sem a interferência doprocessador, em geral essas placas são bem rápidas, e fazem todo o trabalho de cálculo dos gráficos. Lógico que issonão torna as placas baseadas em API's como a Viper inferiores... De fato, em alguns casos, ela é até melhor que asplacas add-ons. Um exemplos bem conhecido de placa add-on é a Monster 3D. A desvantagem dessas placas addon(e também de algumas combo, como a Viper) é que elas têm o seu desempenho otimizado para uso em jogos. Paraaplicações profissionais em ambiente 32 bits, como modelagem em 3D, há placas específicas como aquelas dafamília FireGL (que possuem suporte nativo para OpenGL) da Diamond.* API: Um conjunto de sub-rotinas que facilitam a "comunicação" de um programa com um hardware específico.

Page 10: Hardware ii

10/10

MemóriasO Cache L2O cachê secundário, que é do que estamos tratando aqui, nada mais é do que uma porção de memória RAM estáticamuito mais veloz que as RAM's dinâmicas que compõem a memória principal.E porque então toda a memória não é feita desses chips?Porque são muitíssimo mais caros, ocupam um grande espaço e porque uma pequena quantidade dessa memóriainterposta entre a CPU e memória principal já provoca uma extraordinária "aceleração" do sistema. Como essaaceleração é feita é o que veremos agora. O cachê consiste em dois conjuntos de chips de RAM estática (SRAM -Static RAM). O primeiro é aquele que todos conhecemos, são aqueles "quadrados" presentes nas placas maismodernas ou nos módulos de expansão de cachê, são os chips de armazenamento de dados. O segundo conjuntoconsiste , em geral, de chips em encapsulamento DIPP (Dual In-line Pin Package) chamados de TAG RAM. Afunção da TAG RAM é armazenar informações sobre os dados contidos nos chips de armazenamento.O cachê armazena dados em linhas, e cada linha é composta por 16 bytes. O tipo mais simples de cachê é o chamadocachê direto. Nesse cachê a memória é dividida em blocos do mesmo tamanho que o próprio cachê, e cada blocosubdividido em linhas. Assim, numa máquina que tenha 16 MB de RAM e um cachê L2 de 512 kB, a memóriaprincipal seria dividida logicamente em 32 blocos de 512 kB cada. Suponhamos agora que seja solicitada a leitura daoitava linha do décimo bloco, não estando o dado no cachê, desta forma a busca será feita na memória principal e,enquanto os dados são transferidos para a CPU , o circuito controlador do cachê copia os 16 bytes da linha para oschips de armazenamento de cachê, exatamente na posição correspondente à ocupada pela linha no bloco de onde elafoi lida (ou seja: a cópia vai ocupar a oitava linha do cachê). E depois copia na oitava posição da TAG o número dobloco de onde a linha foi lida, no caso o número DEZ (como pode ver, a TAG cria um "índice", por assim dizer, dosdados contidos nos chips de armazenamento). Depois de algum tempo a TAG está repleta de índices e os chips dearmazenamento cheio de linhas, cópias exatas das linhas correspondentes na memória principal. A diferença é queno cachê as linhas podem estar embaralhadas, ou seja, depois da décima linha do quinto bloco da memória principal,pode estar armazenada a décima-primeira linha do vigésimo bloco, e depois dela a décima-segunda linha do terceirobloco e assim por diante. Não há confusão porque a qualquer momento pode-se saber de que bloco veio aquela linhaconsultando a TAG RAM, que armazena os índices dos blocos de onde cada linha foi copiada.Agora imagi

MemóriasConheça suas memórias

Neste texto iremos abordar os vários tipos de memórias, dando enfoque principal à memória RAM, porém dandotambém importância para a VRAM (memória usada nas placas de vídeo) e à ROM (memória somente de leitura)Será que a memória RAM que você está usando no seu micro é a mais indicada? Onde é usada e pra que serve amemória ROM? Você sabia que as placas de vídeo também usam memórias? Continue lendo nosso tutorial e vocênão irá se arrepender.Tipos de Memória RAMRAM significa "Random Acess Memory" esta é a memória usada pelo processador para executar programas earmazenar dados. Essa pode ser de vários tipos. Quanto ao formato físico temos:Módulo DIP (Dual in Parallel) A memória RAM usada na época do XT, também utilizada em alguns micros 286.Eram pequenos chips que eram encaixados na placa mãe. Trata-se de módulos de memórias de 8 bits, fabricados emvelocidades de acesso de 150 e 120 ns (bilhonésimos de segundo). A instalação destes módulos era muitotrabalhosa, e para facilitar a vida dos usuários (e aumentar as vendas) os fabricantes desenvolveram placas decircuito impresso onde os circuitos integrados de memória se encontravam soldados.Módulo SIPP (Single in Line Pin Package) - Os primeiros módulos de memória usados em micros 286 e nosprimeiros micros 386, eram também módulos de 8 bits. Esse tipo de memória foi fabricado com velocidades deacesso entre 100 e 120 ns.Módulo SIMM (Single in Line Memory Module) de 30 pinos - Memória utilizada em alguns micros 286 maismodernos, nos micros 386 e em muitos 486. Eram pentes de memória com 30 terminais ou vias, com barramento de8bits. Este modulo podia ser encontrado em varias capacidades, os mais comuns eram os de 256 kB, 1MB e 4 MB,existindo também módulos de 512 kB, 8 MB e 16 MB. Por ser um modulo de 8 bits, era necessário usar um par demódulos em cada banco (um banco era composto de dois soquetes para encaixe dos módulos, e em geral haviam

Page 11: Hardware ii

11/11

dois bancos, totalizando 4 soquetes) nos micros 286 para que fornecesse o mesmo números de bits usados peloprocessador (16bits). Já nos micros 386 DX que tinham processadores que se comunicavam com a memória em 32bits, eram necessários que dois bancos (ou os 4 soquetes) estivessem preenchidos, totalizando 32 bits. Foramfabricados com velocidade de acesso entre 100 e 70 nanosegundos.Módulo SIMM de 72 pinos- Com o uso dos processadores de 32 bits, os fabricantes criaram um novo tipo de pentede memória de 32 bits que ao contrário dos módulos antigos possuía 72 pinos. Esse tipo de memória foi usado nosmicros 486 mais modernos e largamente utilizados nos micros Pentium, neste caso sendo necessário o uso em paresjá que esses processadores trabalhavam em 64 bits. Os módulos SIMM de 72 pinos são encontrados comvelocidades entre 80 e 50 ns (no caso das EDO).Módulo DIMM de 168 pinos - Ao contrário das memórias SIMM, esse módulos possuem contatos em ambos oslados do pente, sendo por isso chamados de DIMM (Double in Line Memory Module) são módulos de 64 bits, sendousados em micros Pentium e posteriores.Quanto à tecnologia usada:Dynamic RAM (DRAM) : É a tecnologia usada na fabricação dos pentes de memória de 30, 72 e 168 pinos. Estetipo de memória precisa ser constantemente reenergizado para não perder os dados gravados. Se divide em:

Fast Page Mode RAM (FPM RAM) - É o mais velho e menos sofisticado tipo de RAM, usada em micros486 e Pentiums mais antigos, esse tipo de memória é encontrado em velocidades de 80, 70 e 60 ns. Osintervalos de espera desse tipo de memória (Wait States) não podem ser menores do que 5-3-3-3. E podeser utilizada em velocidades de barramento de até 66 MHz.

Extended Data Output RAM (EDO RAM) - É o tipo de memória mais usado atualmente, é encontrado emvelocidades de 70, 60 e 50 ns. A diferença entre a memória FPM e a EDO, é que a EDO consegue trabalharcom Wait States de 5-2-2-2 sendo cerca de 20% mais rápida do que a FPM. Este tipo de memória foi usadoem pentes de 72 vias e em alguns modelos de pentes de 168 vias. Ao contrário do que se costuma dizer, asmemórias EDO de 60 e 50 ns (desde que de boa qualidade) suportam trabalhar com barramento de 75MHz. Em muitos casos se consegue que esse tipo de memória suporte barramento de 83 MHz aumentandoos Wait States para 5-3-3-3.

Burst Extended Data Output RAM (BEDO RAM) - É um tipo melhorado de memória EDO, suportandotrabalhar com Wait States de 5-1-1-1 sendo levemente mais rápida do que as memórias EDOconvencionais. Este tipo de memória, porém, é suportado apenas por alguns modelos de placa mãe.

Synchronous Dynamic RAM (SDRAM) - Encontrada em Pentes de memória DIMM, utiliza Wait States de5-1-1-1, sendo por volta de 10% mais rápida do que as memórias EDO. São encontradas com velocidade de10, 8 e 7 ns, teoricamente funcionaria à 124 MHz, mas na prática, dificilmente passam de 83 MHz. Nãosendo adequadas para placas que usaem barramento de 100 MHz.

Memórias PC-100 (ou memórias de 100 MHz) - São memórias SDRAM com vários aperfeiçoamentos, oque as permite funcionar estavelmente com bus de 100 MHz. A maioria das placas mãe com chipset BX(que suportam bus de 100 MHz) só aceitam funcionar com memória PC-100, recusando memórias SDRAMcomuns. Muitos vendedores desinformados vendem memórias SDRAM de 8 ou 7 ns como memórias de100 MHz, o que é mentira, além do tempo de acesso de 7 ns, as memórias PC-100 possuem váriasdiferenças de arquitetura.

Double Data Rate-Synchronous DRAM (DDR-SDRAM) - Um tipo de SDRAM que suporta transferênciasde dados duas vezes por ciclo de clock, dobrando a velocidade de acesso. Este tipo de memória conseguesuportar velocidades de barramento de cerca de 200 MHz (!). A transferência de dados entre o processadore esse tipo de memória é de cerca de 2.4 gigabytes por segundo (!!!) . Também chamada de SDRAM II.

Non-Volatile Random Access Memory (NVRAM) - Também conhecida como Flash RAM, é um tipo de memóriaRAM que não perde os dados quando desligada, sendo largamente usadas para armazenar os dados da BIOS,permitindo a futura alteração destes por meio de um upgrade de BIOS.Paridade: Antigamente, as memórias RAM não eram muito confiáveis, freqüentemente os dados depositadosvoltavam alterados, o que causava efeitos imprevisíveis. Para solucionar esse problema, foi criado o bit de paridade,assim ao invés de trabalharem com 8 bits por byte, as memórias passavam a ter 9, sendo o último o bit de paridade.A função desse bit era confirmar que os dados que haviam sido depositados na memória eram os mesmos que

Page 12: Hardware ii

12/12

estavam sendo devolvidos para o processador. Este processo não tornava o sistema mais lento, pois os circuitosencarregados de controlar a paridade funcionavam à parte do restante do sistema. O uso da paridade só é necessárionas memórias mais antigas, pois as memórias EDO e SDRAM possuem um nível de confiabilidade tal que dispensao uso de paridade, sendo raros os fabricantes que ainda fabricam memórias com o 9º bit, pois isto encarece o preçofinal das mesmas. Caso esteja disponível nas memórias, a paridade pode ser ativada ou desativada no Setup. Como oseu uso não prejudica em nada o desempenho do sistema, recomenda-se mantê-la ativada caso suas memórias sejamcompatíveis.Speculative Leadoff: Alguns chipsets oferecem esse recurso, que pode ser ativado ou desativado no Setup. Quandoativado, ele aumenta a velocidade do primeiro acesso à memória de cada ciclo, conseguindo-se um pequenoaumento de performance.Interleaving: É uma técnica usada em alguns chipsets mais recentes para melhorar a performance das memórias, estafunção pode ser ativada no Setup das placas compatíveis. Com esse recurso o processador pode transferir maisdados para a RAM no mesmo espaço de tempo, aumentando a performance.Static RAM Este tipo de memória é usada no cache L2 (cache externo) dos micros, esta é muito mais rápida e muitomais cara do que a Dynamic RAM, e por isso é usada apenas uma pequena quantidade dela - normalmente 256, 512ou 1024 kbytes - para agilizar a troca de dados entre o processador e a memória DRAM. Esse tipo de memória quasesempre usa um encapsulamento DIPP (Dual In-line Pin Package) que são aqueles chips retangulares que existem emum dos cantos da sua placa mãe, geralmente em 8, existindo também em forma de pentes, com formato similar aospentes de memória DRAM de 168 pinos, que são encaixados na placa mãe num slot especial.Esse tipo de memória começou a ser utilizado a partir dos micros 386, sendo utilizado na grande maioria dos micros486 e ítem obrigatório nas placas mãe mais modernas. Pra se ter uma idéia, um micro com 256 kB de cache L2,chega a ser 30% mais rápido à nível de processamento do que um com a mesma configuração porém sem cache.O cache armazena os dados que são acessados com mais freqüência pelo processador, evitando assim que ele tenhaque recorrer à lenta memória DRAM. O índice de cache-hit em um micro com 512 kB de cache e 16 MB de RAM, éde mais de 98% (!), ou seja, só em 2% dos casos o processador vai ter que acessar dados diretamente da memóriaRAM. Mesmo em micros com 64 MB de DRAM, o nível de Cache-hit supera os 90%.Atualmente são usados dois tipos de memória cache:

Write Through - Esse tipo de memória cache funciona apenas no modo de leitura, ou seja, quando oprocessador vai consultar os dados contidos na RAM. Quando é preciso escrever os dados, é usado oprocesso convencional, ou seja, envolvendo os eventuais estados de espera da DRAM principal. É um tipomais antigo.

Write Back - Usado nas placas de melhor qualidade, esse cache funciona tanto no modo de leitura quantono modo de escrita, ou seja, além de guardar os dados mais requisitados pelo processador, ele funcionatambém nas operações de escrita, ou seja, o processador escreve os dados tanto na DRAM quanto no cache,pois este dado tem grande chance de ser requisitado logo em seguida. Assim, quando o processador ordenaa escrita de um determinado dado, o circuito que controla o cache intercepta esse comando, e ao invés deusar a memória DRAM, escreve na memória cache que é muito mais rápida, e assim fica livre para apróxima ordem. Depois, quando houver uma pausa no acesso à memória, o dado é escrito para a memóriaDRAM, ganhando-se tempo.

Limite de cacheamento da memória RAM - O mais comum nas placas mais recentes, é oferecer cacheamento aapenas 64 MB de memória, não tendo esse valor relação nenhuma com a quantidade de cache L2 encontrado naplaca. Para piorar essa situação, o acesso à memória DRAM pelo Windows 95, é feito do final para o começo, ouseja, se você usar 128 MB de RAM no seu micro, primeiramente o Windows vai acessar os 64 MB que não estãocacheados e somente depois que estes estiverem ocupados vai começar a usar os primeiros 64 MB que estãocacheados, ou seja: A NÃO SER QUE VC VÁ USAR APLICAÇÕES PESADAS QUE FAÇAM USO INTENSO DETODA A DRAM DISPONÍVEL, O USO DE MAIS DE 64 MB VAI PIORAR O DESEMPENHO DO MICRO AOINVÉS DE AUMENTAR. Algumas placas oferecem cacheamento a 128 MB de DRAM, porém não são muitocomuns. Apenas as equipadas com chipset HX, e com expansão da TAG RAM fazem isso, porém estas palcas sãomuito caras, e por isso usadas apenas em servidores. Isso não se aplica porém se você estiver usando um processadorPentium 2, pois nesse caso, o cacheamento da memória é feito diretamente pelo processador, que pode cachear até 4gigabytes de memória.Memória de Vídeo

Page 13: Hardware ii

13/13

As placas de vídeo também usam memória RAM, de modo que foram criados tipos de memória RAM otimizadospara o uso em placas de vídeo. Esses podem ser de vários tipos:Vídeo RAM (VRam) Tipo especial de memória utilizada em placas de vídeo, ao contrário dos tipos convencionaisde DRAM, pode ser acessada simultaneamente por dois componentes. Isso permite que a placa de vídeo use osdados contidos na VRAM para atualizar a exibição das imagens, ao mesmo tempo que o processador inclui novosdados. O uso de memórias VRAM, proporciona uma qualidade de vídeo muito superior. Porém é muito mais caraque os tipos de DRAM tradicionais.Windows RAM (WRAM) - É

Segmentação do Mercado de Processadores

A Venda de processadores Intel Celeron por preços ridiculamente baixos não caracteriza "dumping"? Porquealgumas pessoas dizem que o o Celeron 400 e o 300A são na essência a mesma coisa? Se isso fosse verdade nãoseria melhor vender todos como 400?O custo variável para a produção de um processador é ridiculamente baixo, é evidente que não conheço a planilha decustos da Intel mas o custo variável marginal de um processador Celeron deve estar na casa dos 40 ou 50 Dólares, ode um PII 400 com certeza é um pouco, mas não muito, mais alto, já que o conjunto tem alguns chips a mais: Os docachê L2. De qualquer maneira a maior parte dos custos envolvidos são amortizações do diferido gerado: Bens decapital e, principalmente, pesquisa e desenvolvimento. Como vê uma ação de "dumping" neste caso é complexa, énecessário um estudo completo não só da planilha de custos como da escala, segmentação do mercado e vida útilprevista do produto, pois daí deduz-se o prazo a amortizar o diferido. Ainda que um produto esteja sendo vendidocom prejuízo, desde que o seu preço supere apenas o custo variável muitas vezes não é caracterizado o "dumping",principalmente se a venda deste produzir economia de escala suficiente para a colocação de um outro produto damesma família no mercado e, este sim, estar gerando resultados positivos para toda a linha.Não vou trabalhar com funções para ser sintético, para simplificar ao máximo te darei um exemplo numéricodiscreto.Suponhamos que um determinado fabricante está desenvolvendo um produto e seu estudo de mercado concluiu que,durante a vida útil deste (6 meses), o mercado terá condições de absorver 3 milhões de unidades deste bemsegmentados da seguinte forma:500.000 unidades poderão ser colocadas por $ 500 (250 milhões);1.000.000 unidades poderão ser colocadas por $ 300 (300 milhões);1.500.000 poderão ser vendidas por $ 100, (150 milhões); junto aos consumidores menos abastados.Sendo, então, a despesa potencial total do mercado comprador para esta linha de produtos no valor de $ 700milhões.Suponhamos agora que foram gastos em P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) 300 milhões e que outros 200 milhõesforam gastos com a montagem da linha de produção do bem. Suponhamos ainda que o custo variável marginal éfixo em $50. Assim, a produção inicia-se com $500 milhões de despesas a serem amortizadas ( $200 de máquinas +$300 de P&D ), se esta empresa tentar vender todos os bens produzidos a $500, somente 500.000 unidades serãovendidas, como vimos no estudo de mercado, auferindo a receita de $ 250 milhões, tendo, portanto, um prejuízo de$ 275 milhões:250 milhões de receita(500) milhões de P&D + Máquinas(25) milhões de custo variável (500.000 x $50 = $ 25 milhões)Resultando em prejuízo de $ 275 milhões, o custo médio de cada peça teria sido de $ 1.050 ( 525 milhões / 500 mil).Se esta empresa tivesse colocado no mercado seus produtos ao preço de $300, 1.500.000 peças poderiam serproduzidas e vendidas, como vimos no estudo de mercado ( 1 milhão para o público que pode comprar a 300 mais500 mil para aqueles que poderiam comprar por mais e, obviamente, vão comprar por $300).A receita total seria de $450 milhões ( 1.500.000 x $300) e o prejuízo seria de $ 125 milhões ($450- $500- $75) jáque cada peça é produzida ao custo variável de $50 e 1.500.000 x $50= $ 75 milhões.Qual seria a solução então? Vender este produto por $ 500 para quem pode pagar este preço e por $300 para quempode pagar este último. Acontece que ninguém vai comprar por 500 um bem que pode comprar por 300, por maisrico que seja, assim a empresa divide o produto em duas "marcas": A marca 233 e a marca 200, a "marca" 233custará $500 enquanto a "marca" 200 custará $300. Isto posto, a empresa aumentaria suas receitas, pois poderiavender 500 mil unidades a $500 e 1 milhão a $300 (como vimos no estudo de mercado), logo as receitas totais

Page 14: Hardware ii

14/14

seriam de $550 milhões (500 mil x $500 + 1 milhão x $300), mas aida assim haveria prejuízo pois o custo deprodução de 1.500.000 unidades do bem seria de 575 milhões ( $500 de P&D e máquinas + $75 de custo variável).Como sair do prejuízo? Se esta empresa produzir e vender os 3 milhões de peças que o mercado pode absorver oresultado seria positivo? Vejamos qual seria o custo médio:500 milhões de P&D e Máquinas + 150 milhões de custos variáveis ( $ 50 por peça x 3 milhões). Logo cada peçaproduzida custaria 650 milhões / 3 milhões = $ 217. "Ora, não interessa vender para os outros 1,5 milhão de"pobres" que somente podem pagar $100 na nossa peça se ela custa para nós $217!" Exclamou o "esperto" diretorfinanceiro Belaveta. Será mesmo que não? Vejamos:Pra vender para os "pobres" por $ 100 a empresa criou mais uma marca, a marca 166, assim o mesmo produto eravendido com a marca 233 para os "ricos" por $500, a marca 200, para os "remediados", por $ 300 e a marca 166,que atenderia ao público mais "pobre" ou menos exigente que seria vendida por $100. Assim, como vimos do estudode mercado, 500.000 peças 233 seriam vendidas por $500, 1 milhão seriam vendidas por $300 e 1,5 milhão $100 ( éclaro que no mundo real sempre existirão aqueles que podem pagar pelo mais caro mas optarão pelo mais barato,mas o modelo é simples, embora retrate, em linhas gerais, o que de fato ocorre).Desta forma a receita total da empresa com estes produtos seria de $700 milhões enquanto que os custos totaisseriam de 650 milhões ( como vimos no parágrafo anterior) e o custo de cada unidade produzida de $217 (como tbvimos (650/3) ). Agora o lucro da empresa é de $ 50 milhões, o que dá aroximadamente 8% do capital investido,supondo que ele tenha sido próprio e que estas vendas tenham ocorrido em 6 meses ( vida do produto), equivaleria aum retorno anual de 17% sobre o capital investido!!! Um resultado excepcional que faria as ações desta empresadispararem em bolsa.Mas como a venda por $100 a unidade de 1,5 milhão de peças que custam $217 cada, para serem produzidaslevaram a empresa do prejuízo ao lucro??? Economia de escala, embora o prejuízo por unidade em cada uma dessas1,5 milhão de peças tenha sido de $117 foi graça à colocação destas peças no mercado que o custo médio baixoupara $217 permitindo lucro nas duas outras "marcas" que mais do que compensaram o resultado negativo com esta.Esta "marca", a 166, foi vendida com um significativo prejuízo por unidade, isto é "dumping"? NÃO! Não é, poisforam estas vendas com prejuízo que garantiram economia de escala necessária para a empresa obter resultadopositivo.Pelo exposto acima fica evidente que, caso a vida útil do produto em questão seja prolongada para além do períodode amortização dos investimentos em P&D e em aquisição de bens de capital (maquinaria), fica viabilizada acolocação deste no mercado por apenas uma pequena fração do preço inicial. A título de exemplificaçãosuponhamos que um determinado chip tenha a previsão de amortizar os citados custos fixos em 3 milhões deunidades e que estes custos signifiquem 80 UM (unidades monetárias) por unidade, sendo os custos variáveis deprodução da ordem de 30 UM, assim durante os primeiros três milhões de unidades vendidas o preço médio a serauferido por este chip deverá ser superior a 110 UM para que a empresa pudesse obter resultado positivo. Aconteceque após as vendas de três milhões de peças esta empresa percebe que ainda há demanda para este chip se ele forofertado por um preço significativamente inferior, prolongando a permanência do produto no mercado, perceba, noentanto, que agora o custo fixo de 80 UM por peça NÃO existe mais, pois já foram completamente amortizados comas vendas dos primeiros 3 milhões, assim o custo por unidade produzida é agora de apenas 30 UM, o que possibilitaa colocação deste chip no mercado por qualquer importância acima ou até mesmo igual a 30 UM (muitas vezes émais importante preservar ou ampliar a fatia de mercado do que obter resultados imediatos) , repare que um chip quemeses antes teria que estar sendo distribuído por pelo mais de 110 UM para trazer resultados positivos, agora podeser comercializado por apenas 27% do preço inicial (o que equivale a um recuo de 83% ). É por este motivo que, porexemplo, placas como a Viper V.330 que no início de 1998 era vendida por 200 Dólares americanos, no sítio dopróprio fabricante, agora pode ser encontrada por ¼ desta importância.OBS: Este texto visa público não especializado, portanto trata-se de um forte esforço de simplificação, inúmerosdetalhes técnicos foram propositadamente omitidos a fim de facilitar ao máximo a compreensão dos elementosbásicos do arcabouço lógico do processo de formação de preços, sob a ótica do produtor, em mercados comcaracterísticas de concorrência monopolística.

Page 15: Hardware ii

15/15

ProcessadoresOverclockParte 1: O que é Overclock?Overclock significa aumentar a freqüência do processador fazendo com que ele funciona mais rapidamente. Afreqüência de operação dos processadores domésticos é determinada por dois fatores:

1 A velocidade de operação da placa mãe também conhecida como velocidade do barramento, que nosPentium's pode ser 50 MHz, 55 MHz, 60 MHz, 66 MHz e 75 MHz sendo que algumas placas mães maisnovas também permitem 83 MHz, 90 MHz, 100 e 112 MHz.

2 O multiplicador de clock: a partir dos micros 486, foi criada uma conceito chamado multiplicador declock.O que é isso? É uma tecnologia pela qual a placa mãe e os dispositivos ligados à ela trabalham à umavelocidade menor do que a velocidade do processador internamente. Dessa forma, só o processador vaitrabalhar à`sua freqüência nominal (100 MHz, 133 MHz, 166 MHz, 200 MHz, etc...). Os demaisperiféricos como memória RAM, placa de vídeo, HD, cache L2 etc... vão continuar trabalhando navelocidade do barramento (ou "bus"), que será sempre menor do que a do processador,proporcionalmente ao multiplicador.

Um Pentium 200 por exemplo, trabalha com velocidade de barramento de 66 MHz, e multiplicador de 3x, (66 x 3 =200) Isso significa que o processador trabalha à 200 MHz e se comunica com os demais componentes do micro à 66MHz. Um Pentium-233 vai trabalhar a 3,5 x 66MHz, um Pentium-166 a 2,5 x 66MHz, etc...Porém, os chips "desconhecem" a sua própria freqüência de operação, de modo que trabalham na freqüência dadapela placa mãe, é isso que possibilita o Overclock, se você tiver um processador Pentium 166 por exemplo (2,5 x 66MHz), pode fazer ele trabalhar à 200 MHz simplesmente aumentando o multiplicador de clock de 2,5x pra 3x. Casoa sua placa mãe permita, você poderá usar um barramento maior do que 66 MHz: 75 ou ate mesmo 83 MHz, nestecaso o nosso Pentium 166 mesmo mantendo-se o multiplicador em 2,5x, poderia trabalhar à 187 MHz (2,5 x75MHz) ou à 208 MHz (2,5 x 83MHz) caso você seja um sádico e queira ver o seu pobre processador trabalhar emregime escravo, pode ao mesmo tempo aumentar a velocidade do barramento e o multiplicador, chegando em algocomo: 225 MHz ( 3 x 75MHz) ou incríveis 249 MHz (3 x 83 MHz). Porem pra isso você provavelmente vai precisarcolocar o computador em uma câmara frigorifica como vou explicar mais pra frente.Parte 2: Como eu faço isso?Tudo bem, já entendi o que é overclock, mas como eu faço isso na minha máquina?As freqüências do barramento e o multiplicador podem ser alteradas simplesmente mudando alguns jumpers da suaplaca mãe. A posição desses jumpers difere de acordo com o modelo e a marca da sua placa, por isso para se fazeroverclock é indispensável ter à mão o manual da sua placa. No meu caso por exemplo, tenho uma VX-Pro quepermite velocidade de barramento de 50 MHz, 55 MHz, 60 MHz, 66 MHz e 75 MHz, que são alteradas mudando-sea posição dos jumpers JP3A, JP3B e JP3C. O manual me dá o esquema dos jumpers para cada velocidadepretendida. Ele também aceita multiplicadores de 1,5x, 2x, 2,5x e 3x para os processadores Intel, 2x para os Cyrix e1,5x, 2,5x e 3x para os AMD, todos configuráveis através do jumper JP5.Parte 3: Problemas gerados pelo OverclockMas quais problemas esse aumento da velocidade de operação do processador pode causar?Quando você faz Overclock, obriga o processador a trabalhar a uma velocidade maior do que ele foi projetado, oúnico efeito colateral disso é um maior aquecimento do processador. Você pode minimizar isso trocando o seucooler por um de melhor qualidade, passando pasta térmica entre o cooler e o dissipador, ou mesmo melhorando aventilação dentro do gabinete. NÃO EXISTE A POSSIBILIDADE DO SEU PROCESSADOR QUEIMARDEVIDO AO OVERCLOCK, MESMO QUE ESTE SEJA MAL SUCEDIDO. Os processadores Intel são testadosem fabrica à uma velocidade maior do que a de venda, ou seja, para um processador ser aprovado como um Pentium166, ele tem que funcionar em fábrica à 200 MHz, somente funcionando sem problemas ele é aprovado como 166,caso contrário ele é vendido com um clock mais baixo, 133, 100, etc.. Ou seja: overclocando o 166 pra 200 vocêsimplesmente está fazendo com que ele trabalhe na freqüência na qual ele foi testado em fabrica. Em processadoresde outras marcas, a margem de garantia não é assim tão grande, principalmente nos K-6, isso dificulta o overclock,mas não o impossibilita completamente. Aumentando a velocidade do barramento, podem aparecer também outrosproblemas relacionados à memória RAM, ao cache L2, ou mesmo em outros componentes como a placa de vídeo,pois estes também serão obrigados à trabalhar mais rápido. Com barramento de 75 MHz, você não devera termaiores problemas, porém com 83 MHz, provavelmente só com componentes de ótima qualidade e memóriasSDRAM. Uma ótima maneira de solucionar problemas com a memória RAM, é aumentando seus Wait-States

Page 16: Hardware ii

16/16

(tempos de espera entre um ciclo e outro), que podem ser configurados no Setup do micro (para mais detalhes sobrecomo configurar o setup leia também nosso tutorial sobre Bios).Aumentando os Wait states, você vai permitir que ela trabalhe um pouco mais devagar, suportando assimvelocidades mais altas de barramento. Aqui estou usando velocidade de barramento de 75 MHz sem problemas,mesmo com os Wait states da minha memória EDO-60ns (argh!) no mínimo.Parte 4: LimitaçõesA grande maioria dos processadores Intel possuem uma trava que impede que trabalhem num multiplicador maiordo que o original, este é o caso dos Pentium e MMX mais recentes, além é claro da maioria dos Pentium 2 e doCeleron. Neste caso você não vai conseguir fazer Overclock aumentando o multiplicador, porém ainda vai restaraumentar a velocidade do barramento como expliquei anteriormente conseguindo o mesmo resultado. Porinfelicidade, aqui eu tenho um Pentium, um Pentium 120 que possui trava, que overcloquei pra 150 aumentando obarramento pra 75 MHz. Os K-6 são extremamente difíceis de overclocar pois esquentam muito, para conseguirfazer overclock num desses processadores você vai ter que ventilá-lo muito bem. Muitas placas mãe, principalmenteas mais novas são "jumperless" ou seja, todas as configurações, incluindo o bus clock e o multiplicador são feitasatravés do Setup, isso torna mais fácil ainda o overclock. O problema é que algumas placas "auto detectam" oprocessador impedindo-se que aumentemos a velocidade, caso tenha uma placa assim não existe o que fazer. Caso asua placa mãe suporte bus de apenas 66 MHz e o seu processador seja "Castrado" ou seja, possua a trava que impedeque se aumente o multiplicador, vê também não conseguirá fazer overclock, a não ser no caso de ter um processadorque utiliza bus de 60 MHz, como o Pentium 60 e o 120, neste caso ainda pode-se conseguir um pequeno ganho dedesempenho subindo o bus de 60 para 66 MHz.Parte 5: DicasÉ sempre preferível fazer Overclock aumentando a velocidade do barramento a fazê-lo aumentando o multiplicador,pois como eu disse anteriormente, aumentando a velocidade do barramento, não só o desempenho do processador,mas o de todos os componentes vai aumentar.Você pode verificar se o seu processador está esquentando demais com um teste muito simples: use o micronormalmente por uma ou duas horas, em seguida desligue o micro e rapidamente abra o gabinete, retire o cooler ecoloque a mão em cima do processador, se conseguir manter a mão em cima dele por 10 segundos, sem queimar,então a temperatura está normal, caso contrário o seu processador esta esquentando demais, o que pode causartravamentos. Outra forma menos "quebra-galho" de se fazer isso é adquirir um termômetro de processador. Pode serencontrado em lojas de materiais e peças de Informática, e consite em um termômetro em forma de adesivo, que égrudado no processador. Então, após um certo tempo de uso do computador, abra o gabinete e verifique atemperatura no termômetro. Uma temperatura abaixo de 60º aproximadamente é aceitável. Caso haja excesso deaquecimento, considere a troca do cooler por um melhor e passe pasta térmica entre o cooler e o dissipador. Caso oseu processador seja retail (ou "In-a-Box"), e já tenha um cooler grudado, não será necessário nada disso, pois este jáé um excelente cooler, que dispensa pasta térmica inclusive.Existem dois programas excelentes, o Rain e o Waterfall que conseguem diminuir a temperatura do processadoratravés da instrução HLT, que desligam partes do processador que não estejam em uso. Ambos são freeware,funcionam mesmo, e não degradam o desempenho do Sistema. Estão disponíveis para download no nosso siteatravés dos links acima, ou também podem ser encontrados na WinTech. Entretanto, use-os apenas se o seu SistemaOperacional é o Windows 95 ou 98. O Windows NT já possui recurso de resfriamento da CPU em seu própriosistema. Outra observação: Não tente usar os dois programas ao mesmo tempo, pois eles não irão funcionar. Narealidade, o autor de ambos os dois é o mesmo, bem como núcleo do programa de ambos. O Autor criou dois porque cada um deles possui características distintas. Veja a tabela abaixo:

Rain WaterfallPerformance do Sistema Excelente ExcelenteNível de Resfriamento Excelente Muito bomEstabilidade Muito boa ExcelenteMemória Requerida 300 kB 300 kBMonitoramento da CPU Não Sim

Parte 6: O Overclock diminui a vida útil do meu processador?

Page 17: Hardware ii

17/17

Quando você faz Overclock sempre há um aumento da temperatura do processador, isso causa uma diminuição davida útil do mesmo, dependendo de quanto a mais ele está esquentando. Um processador costuma durar mais do que20 anos, caso você faca o teste da mão e verifique que ele não está superaquecendo, pode ter certeza que o seuprocessador vai durar mais do que 10 anos, mesmo que você pegue um Pentium 100 e overcloque ele pra 200 (temgente que faz isso) e ele esquente tanto que viva travando, pelo menos uns 2 anos ele vai durar. Considerando otempo que você ficou com o seu último micro é um ótimo begócio.

ProcessadoresProcessadorConheça o seu ProcessadorO microprocessador é o principal componente de um computador. Um micro com um processador Pentium vai serchamado de "Pentium" e um outro com um processador 486 vai ser chamado de "486" porém, é importante entenderque o desempenho de um computador não é dependente apenas do processador, e sim pelo trabalho conjunto detodos os componentes: placa mãe, memória RAM, HD, Placa de Vídeo, etc. Caso um desses componentes ofereçauma performance muito baixa, o desempenho global do computador vai ficar seriamente prejudicado. Não adiantacolocar um motor de Ferrari num Fusca. Um 468 com bastante memória RAM, um HD rápido e uma boa placa devídeo pode facilmente bater em performance um Pentium com um conjunto fraco.Neste texto vamos abordar os microprocessadores utilizados nos micros PC’s, plataforma que originalmente foidesenvolvida pela Intel, mas logo surgiram concorrentes como a Cyrix e a AMD para tornar ainda mais competitivoo mercado. Vamos falar desde o pré-histórico 8086 da Intel até o Pentium II Xeon que atualmente é a última palavraem tecnologia.Do 8086 ao 486:Intel 8086 - Lançado em 1978, foi o primeiro processador de 16 bits a ser criado. Foi um grande fracasso, pois naépoca não existiam circuitos de apoio que pudessem trabalhar a 16 bits, sendo utilizado apenas em alguns sistemascorporativos pela IBM. Podia acessar até 1 MB de memória RAM e permitia o uso de um co-processador aritméticoexterno, o 8087 que deveria ser comprado separadamente.Intel 8088 - Idêntico ao 8086, porém, apesar de internamente funcionar com palavras binárias de 16 bits,externamente trabalha com palavras de 8 bits. Foi usado nos micros IBM PC e IBM XT. Possuía velocidade deoperação de 4,77 MHz.Intel 286 - Trabalha usando palavras de 16 bits tanto interna quanto externamente. Foi lançado quando já existiamcircuitos de apoio 16 bits a preços acessíveis. Permitia também o uso de um co-processador aritimético, o 80287 quedeveria ser adiquirido à parte. Foi utilizado nos micros PC-AT da IBM e em clones de vários concorrentes.Ao contrário do 8088 e do 8086, o 286 possuía dois modos de operação, o 'Modo Real" e o "Modo Protegido". Nomodo real, ele se comportava exatamente como um 8086 (apesar de mais rápido) oferecendo total compatibilidadecom os programas já existentes. No modo protegido, ele incorporava funções mais avançadas, como a capacidade deacessar até 16 MB de RAM, multitarefa e memória virtual em disco.Assim que ligado, o processador opera em modo real, e com uma certa instrução passa para o modo protegido.Porem, quando em modo protegido ele deixa de ser compatível com os programas escritos para 8086, e uma vez emmodo protegido não havia uma instrução que o fizesse voltar para o modo real (só resetando o micro). Assim, apesarde oferecer os recursos do modo protegido, não houveram programas capazes de usá-lo, por isso, ele era somenteutilizado como um XT mais rápido.Intel 386 - Lançado pela Intel em 85, este processador trabalhava interna e externamente com palavras de 32 bits,sendo capaz de acessar até 4 gigabytes de memória RAM. Ao contrário do 286, ele podia alternar entre o modo reale o modo protegido, sendo desenvolvidos vários sistemas operacionais como o Windows 3.1, OS/2, Windows 95 eWindows NT que funcionavam usando o modo protegido do 386.O 386 era muito rápido para as memórias RAM existentes na época, por isso, muitas vezes ele tinha que ficar"esperando" os dados serem liberados pela memória RAM, perdendo muito em desempenho. Para solucionar esseproblema foram inventadas as memórias cache (SRAM) que eram utilizadas em pequena quantidade em váriasplacas mãe de micros 386. Esta memória cache é um tipo de memória ultra-rápida que armazena os dados damemória RAM mais usados pelo processador, mesmo uma pequena quantidade dela melhora bastante a velocidadeda troca de dados entre o processador e a RAM.Como já disse, o 386 exige o uso de periféricos de 32 bits, que eram muito caros na época, por isso a Intel lançouuma versão do 386 de baixo custo, chamada de 386SX, que internamente trabalhava à 32 bits, porém externamente

Page 18: Hardware ii

18/18

funcionava à 16 bits, possibilitando a fabricação de placas mãe mais baratas. Para não haver confusão, o 386 originalpassou a ser chamado de 386DX.O 386 permite o uso dos coprocessadores aritméticos 80387SX (para o 386SX) e o 80387DX (para o 386DX).Outros fabricantes como a AMD também lançaram seus modelos de 386.486DLC e 486SLC - Lançados pela Cyrix, esses processadores nada mais eram do que processadores 386(respectivamente o DX e o SX) que possuíam um cache interno de 1 kB, usando inclusive placas mãe de 386.Apesar da performance destes ser muito pouco superior a um 386 do mesmo clock, foram uma opção, pois seriapreciso trocar apenas o processador no caso de um upgrade.Intel 486 - Ao contrário dos chips anteriores, fora a maior velocidade de processamento o 486 não trouxe nenhumagrande inovação. Como o 386, ele trabalhava a 32 bits e era capaz de acessar até 4 GB de memória RAM. Adiferença ficou por conta do acréscimo de um Cache Interno (L1) de 8 kB e da adoção de um coprocessadoraritmético interno.Como anteriormente, a Intel criou um 486 de baixo custo chamado de 486SX, idêntico ao original, porém sem o co-processador aritmético interno, podendo ser acoplado a ele o 80487SX. O 486 original passou a ser chamado de486DX.Foram lançadas versões do 486 a 25 MHz, 33 MHz e 40 MHz, porém criou-se uma barreira, pois não haviam naépoca circuitos de apoio capazes de trabalhar a mais de 40 MHz. Para solucionar esse problema foi criado o recursode "Multiplicação de Clock" no qual o processador trabalhava internamente à uma velocidade maior do que a daplaca mãe. Foram lançados então os 486DX-2 (que trabalhavam ao dobro da freqüência da placa mãe) e logo depoisos 486 DX-4 (que trabalhavam a 3 vezes a freqüência da placa mãe)

Processador Velocidade doBarramento Multiplicador

486DX-2 50 MHz 25 MHz 2X486DX-2 66 MHz 33 MHz 2X486DX-2 80 MHz 40 MHz 2X486DX-4 75 MHz 25 MHz 3X486DX-4 100 MHz 33 MHz 3X486DX-4 120 MHz 40 MHz 3X

Com isso surgiram também as placas mãe "up-gradable" que suportavam a troca direta de um DX 33 por um DX-266 por exemplo simplesmente mudando-se a posição de um jumper localizado na placa.Outra novidade nos 486's, era a necessidade do uso de um ventilador (cooler) sobre o processador para evitar que elese aqueça demais, o uso do cooler é obrigatório em todos os processadores 486 DX-2 e posteriores.Nos dias de Hoje:Intel Pentium - Sucessor do 486, é um processador de 64 bits. Pode-se pensar então que rodando programas de 32bits como o Windows 95, estaríamos subtilizando o processador. Porém, o Pentium possui uma arquiteturasuperescalar, ou seja, quando executando programas de 32 bits, ele funciona como dois processadores de 32 bitsdistintos, sendo capaz de executar 2 instruções por ciclo de clock. Também preserva a compatibilidade comprogramas escritos para processadores mais antigos. O Pentium possui um cache L1 de 16 kB embutido e trabalhacom velocidades de barramento de 50 à 66 MHz, sendo cerca de 2 vezes mais rápido do que um 486 do mesmoclock com uma configuração semelhante. Como no 486, os processadores Pentium possuem um co-processadoraritimético embutido e usam multiplicador de clock:

Processador Velocidade doBarramento Multiplicador

P-50 MHz 50 MHz 1xP-55 MHz 55 MHz 1xP-60 MHz 60 MHz 1xP-66 MHz 66 MHz 1xP-75 MHz 50 MHz 1,5 xP-80 MHz 55 MHz 1,5 x

Page 19: Hardware ii

19/19

P-90 MHz 60 MHz 1,5 xP-100 MHz 50 ou 66 MHz 2x ou 1,5 xP-120 MHz 60 MHz 2 xP-133 MHz 66 MHz 2 xP-150 MHz 60 MHz 2,5 xP-166 MHz 66 MHz 2,5 xP-180 MHz 60 MHz 3 xP-200 MHz 66 MHz 3 x

Como nos 486, as placas mãe para Pentium mais recentes suportam várias freqüências de barramento e váriosmultiplicadores distintos, podendo ser configuradas para o uso com todos os processadores da família.AMD "586" - Este processador foi lançado pela AMD pouco depois do lançamento do Pentium pela Intel, porém, aocontrário do que se pode pensar pelo nome, de Pentium esse processador não tem nada, ele usa placa de 486utilizando barramento de 33 MHz e multiplicador de 4x, totalizando os seus 133 MHz. Devido à estratégia deMarketing, muitos pensavam se tratar de um "Pentium Overdrive" porém este processador não passa de um 486 umpouco mais rápido. Porém se comparado com um 486 DX-4 100 a diferença de performance é muito pequena, aCyrix também lançou um processador muito parecido, chamado de Cyrix 586.AMD K5 - Pentium Compatível da AMD, oferece um desempenho bastante semelhante ao Pentium da Intel. Perdeapenas no desempenho do co-processador aritmético que é lento se comparado ao da Intel.Intel Pentium Overdrive - Como fez com os antigos 386 SX, a Intel lançou também um Pentium "low cost" esteprocessador apesar de internamente trabalhar à 64 bits, externamente trabalha à 32 bits, o que permite que sejautilizado em Placas de 486, sendo por isso chamando de Overdrive. Foi lançado em duas versões: de 63 MHz (25MHz x 2,5) e 83 MHz (33 MHz x 2,5). Porém devido à baixa velocidade de barramento e à compatibilidade com osantigos componentes das placas de 486, estes processadores perdem feio em performance se comparados com umPentium "de verdade". O de 63 MHz apresenta performance idêntica ao 486 DX4 100 e o de 83 MHz umaperformance pouco superior. Não fizeram muito sucesso devido a serem muito caros considerando-se o ganho emperformance, por isso é quase impossível de encontrar um. Em termos de custo-beneficio o 586 da AMD é muitomelhor.Intel Pentium MMX - Lançado no inicio de 1997, é muito parecido com o Pentium clássico na arquitetura, porém,foram adicionadas novas instruções ao conjunto x86, que era o mesmo desde o 8086, as novas instruções visammelhorar o desempenho do processador em aplicações multimídia. Porém, para que estas instruções possam seraproveitadas, é necessário que o software faça uso delas. Atualmente ainda é bem raro encontrar programas oumesmo jogos que façam uso destas instruções.Foi aumentado também o cache L1 do processador, que passou a ser de 32 kB, o que torna o processador cerca de10% mais rápido do que um Pentium clássico em operações que não façam uso das instruções MMX.Pode ser encontrado em versões de 166, 200 e 233 MHz. Todas usam barramento de 66 MHz. A Intel criou umatrava que impede que se overcloque* um MMX aumentando-se o multiplicador de clock, porém ainda pode-seovercloca-lo aumentando-se a velocidade do barramento. Esta trava não é encontrada nos MMX’s mais antigos.A Intel lançou também modelos de MMX Overdrive, que poderiam substituir antigos processadores Pentium 100 ou75 simplesmente trocando-se o processador, aproveitando-se assim a placa mãe. Porém estes processadores não sãotão rápidos quanto um MMX "legítimo" e além disso são mais caros e difíceis de encontrar. Em termos de custo-benefício são uma péssima opção, caso a sua placa não ofereça suporte aos processadores MMX vale muito mais àpena trocar também a placa mãe.O MMX usa voltagem dual de 2.8 e 3.3 VAMD K6 - Concorrente da AMD para o Pentium MMX, apresenta vantagens e desvantagens com relação a este.Apresenta um cache L1 de 64 kB, contra os 32 do MMX, porem, é capaz de executar apenas uma instrução MMXpor ciclo de clock contra duas do concorrente, perdendo feio em aplicativos que façam uso dessas instruções. O co-processador aritmético interno é cerca de 40% mais lento do que o encontrado nos Pentiums, por isso, o K6 perdetambém em aplicativos que façam muito uso de cálculos de ponto flutuante como a maioria dos jogos por exemplo.Apesar das limitações, o K6 é mais veloz do que um MMX do mesmo clock em muitas aplicações. Outro problemado K6 é o aquecimento exagerado apresentado por esse processador, que apesar de não oferecer problemas deoperação, inviabiliza o overclock.Usando o Business Winstone 97 para medir a performance do K-6, obtém-se os seguintes resultados:

Page 20: Hardware ii

20/20

Processador Performance rodando oWindows 95

Performance rodando oWindows NT 4.0

Performance emaplicativos que façam usodas instruções MMX

K6 233 MHz 54.8 71.0 246.52K6 200 MHz 51.9 67.6 214.46K6 166 MHz 48.6 63.3 181.58Pentium 200 MHz MMX 50.2 64.3 246.57

Podemos notar através do Benchmark que a performance do K6 em ambiente Windows é levemente superior à doMMX, chegando bem próximo ao Pentium Pro. Em aplicações MMX porém ele perde, sendo um K-6 233 maislento do que um 200 mmx. Como dito anteriormente ele perde também em programas e jogos que façam uso intensode cálculos de ponto flutuante, como o Quake 2.Para aplicações de escritório como o Office, o K-6 é uma boa opção, pois nestas aplicações ele é mais rápido do queo MMX, sendo inclusive mais barato.AMD K6-2 - A exemplo da Intel ao incorporar as instruções MMX às instruções x86 padrão, a AMD incorporounovas 27 instruções aos seus processadores K6-2. Essas instruções funcionarão em conjunto com uma placa 3D.Porém, à exemplo das instruções MMX, será necessário que o software usado faça uso do 3D-Now!, o novoconjunto de instruções incorporado ao K6-2.Além das novas instruções os novos K6-2 trabalham com velocidade de barramento de 100 MHz e tem versões apartir de 300 MHz. Como o K6, ele é compatível com a instruções MMX, porém executa apenas 1 instrução porciclo de clock contra duas dos processadores Intel. Apresenta uma nova tecnologia de fabricação que acaba com oproblema de aquecimento apresentado pelos K6 antigos.Apesar de funcionar com bus de 100 MHz, o K6-2 também pode ser utilizado em uma placa mãe mais antiga, quesuporta bus de 66 MHz. Neste caso, um k6-2 de 300 MHz, seria usado com bus de 66 MHz e multiplicador de 4,5x.Claro que assim se perde em performance. Também é nescessário que a placa mãe suporte a voltagem de 2,2v usadapelo K6-2.Cyrix 686MX - Concorrente da Cyrix para o MMX da Intel, como o K6, este processador apresenta 64 kB de cacheL1 e funciona usando o soquete 7. A performance em aplicações Windows é muito parecida com um K6 do mesmoclock, porém o co-processador aritmético é ainda mais lento que o que equipa o K-6, tornando muito fraco o seudesempenho em jogos e aplicativos que façam uso intenso deste. Para aplicações de escritório como o Office é umaótima opção, o difícil é acha-lo a venda aqui no Brasil.Intel Pentium Pro - Usa o soquete 8 e exige uma placa mãe especifica. Apresenta o cache L2 de 256 kB embutido nocartucho do processador rodando na mesma velocidade deste, ao contrário do Pentium e similares, onde o cache L2funciona na mesma velocidade do barramento da placa mãe, ou seja, apenas 66 MHz.O Pentium Pro apresenta uma arquitetura otimizada para rodar aplicativos exclusivos em 32 bits como o WindowsNT. Rodando o Windows 95, ou sistemas 16 bits como o DOS ou o Windows 3.x apresenta uma performance poucosuperior e até mesmo inferior em alguns casos a um Pentium clássico do mesmo clock. É um processador projetadopara servidores de rede, apesar de com o lançamento do Pentium 2 ter se tornado quase obsoleto. Ela é baseado emum núcleo RISC o que garante uma maior velocidade. Executa 3 instruções contra duas do Pentium Comum porciclo de clock mas não é compatível com as instruções MMX.Usando o Business Winstone para medir a sua performance, obtemos os seguintes resultados:

Processador Performance rodando oWindows 95

Performance rodando oWindows NT 4.0

Pentium 200 MHz MMX 50.2 64.3Pentium Pro 200 MHz 52.4 71.2

Para uso doméstico não faria muito sentido o uso de um Pentium Pro, porém num servidor de rede o cache L2funcionando na mesma velocidade do processador faz muita difereça. Tanto que mesmo com o surgimento doPentium II, onde o cache L2 apesar de ser de 512 kB funciona a apenas metade da velocidade do processador,muitos ainda preferem continuar usando o Pentim Pro, pois além do cache este oferece recursos interessantes para

Page 21: Hardware ii

21/21

uma máquina servidora como a possibilidade de usar até quatro processadores em paralelo (o Pentium II é limitado adois processadores).Intel Pentium II - Uma verdadeira revolução lançada pela Intel, esse processador utiliza um novo tipo deencapsulamento ao contrário dos Pentium’s e concorrentes. Utiliza um novo tipo de soquete, chamado de Slot One .O que exige uma placa mãe específica para ele. Não deixa de ser uma política predatória da Intel, pois como o SlotOne foi criado e patenteado pela Intel os outros fabricantes terão que pagar para usar essa tecnologia nos seusprocessadores.O Pentium 2 apresenta 32 kB de cache L1 e 512 kB de cache L2 embutido no cartucho do processador, que aocontrário do L2 tradicional que fica na placa mãe, trabalhando na velocidade desta, o cache L2 do P-2 trabalha nametade da velocidade do processador que melhora e muito o desempenho deste, pois no caso de um P-2 de 266 MHzpor exemplo, o L2 funciona a 133 MHz, ou seja, o dobro do barramento de 66 MHz utilizado pela maioria dosoutros processadores. Incorpora também as instruções MMX, executando 3 por ciclo de clock. Apresenta tambémmuitas características encontradas nos processadores Pentium-Pro tornando-o extremamente rápido em ambientes 32bits, proporcionado pelo Windows NT por exemplo, porem não perdendo performance em aplicativos 16 bits ouhíbridos como ocorre no Pentium-Pro. Utiliza velocidade de barramento de 66 MHz.Ao contrário do que poderia se pensar, rodando o Windows 95 ele não apresenta um desempenho muito superior aum MMX do mesmo clock, cerca de 20 ou 30% superior apenas, proporcionado em sua maioria pelo cache maisrápido. Porém rodando o Windows NT sua performance torna-se muito superior devido às mudanças na arquitetura.Intel Celeron - É um Pentium 2 de baixo custo, que não inclui o cache L2 que é extremamente caro. Apresenta umaperformance cerca de 30% inferior a um P-2 do mesmo clock, sendo mais lento até mesmo que um MMX do mesmoclock. Para se ter uma idéia, um Celerom de 266 MHz, perde para um 233 MMX.A ausência do cache L2 porém acaba sendo o maior motivo para se comprar um Celeron, pois é justamente o CacheL2 que praticamente inviabiliza o overclock no P-II, como o Celeron não tem esse problema, pode-se facilmenterodar um Celerom 266 a 400 ou até mesmo 448 MHz numa placa mãe com o chip-set BX (como a ABIT BX-6 porexemplo) que permite bus clock de 100 e 112 MHz.Intel Celeron "Mendocino" - Idêntico ao Celeron, se diferencia apenas pela presença do cache L2, de 128 kB,rodando na velocidade do processador. Apesar de o cache ser o motivo da dificuldade do overclock nos Pentium II,isso não acontece neste processador, sendo possível um "Celeron 300A" chegar facilmente a 450MHz (4,5 x 100MHz). O "Celeron 333" tem possibilidade de overclock menor, pois com seu multiplicador travado em 5x, a opçãoseria 500 MHz velocidade somente alcançada com uma ótima ventilação do gabinete, boas memórias, e com umpouco de sorte.Obs: todos os Celerons "300A" Retail (ou In-A-Box, ou até mesmo Boxed) testados pelos frequentadoresnewsgroup do chegaram a 450 MHz. A 504 (4.5 x 112), somente com uma boa ventilação, e componentes de boaqualidade. Em se tratando de processadores OEM, a "maioria" chega aos 450 MHz, mas não todos.Pentium Xeon - Lê-se "Zíon", este é a nova arma da Intel. Recentemente lançado, este processador utiliza o "slottwo" sendo nescessária uma placa mãe específica. Possui versões com velocidade a partir de 400 MHz com bus de100MHz. Como no Pentium Pro, o cache L2 funciona na mesma velocidade do processador, sendo esta a grandevantagem do Xeon. Devido ao alto preço, seria uma insensatez querer comprar um Xeon para uso doméstico, maspara servidores de alto desempenho ele é simplesmente perfeito: Além do cache L2 que opera na mesma velocidadedo processador, podendo ser de 512 kB, 1 MB ou 2 MB, numa placa mãe compatível, pode-se usar até 8processadores, criando um sistema multiprocessado de incrível desempenho a um custo relativamente baixo.IDT Winchip 2-3D - Uma alternativa de baixo custo e performance razoável para quem tem uma antiga placa Socket7, o Winchip provavelmente será muito difícil de ser encontrado em terras brasileiras. Possui característicassemelhantes às CPU's da Cyrix, com a adição das instruções 3D-Now! licensiadas da AMD.AMD K6-3 - O mais novo chip da AMD vem pra concorrer com o novo lançamento da Intel, o Pentium III. Aocontrário do que possa-se pensar, não há muito de novo nesse chip, a não ser uma característica interessante: 258 kBde cache L2, rodando na velocidade do processador. Juntando-se aos 64 kB de cache L1, e ao cache da placa-mãeque passa a trabalhar como um cache L3, tem-se um processador com muito desempenho para aplicações Office. Oprocessador utiliza o mesmo socket 7 do K6-2, K6 e Pentium, portanto é uma boa pedida para quem quer fazer umupgrade, mas não quer trocar o computador inteiro. Possui também as instruções 3D-Now! já conhecidas do K6-2.Pentium III - O grande lançamento da Intel, coberto por uma grande campanha publicitária, acaba por decepcionarum pouco quando olhado mais de perto. O Pentium III que acaba de ser lançado nada mais é do que um Pentium II,com 70 novas instruções que eram conhecidas como KNI (Katmai New Instructions), mas a Intel preferiu chamar deSSE (Streaming SIMD Extensions). SIMD significa "Single Instruction Multiple Data", e quer dizer que uma únicainstrução enviada ao processador pode modificar vários conjuntos de bits, e não apenas um. Não é um processo

Page 22: Hardware ii

22/22

revolucionário, já que as instruções 3D-Now! do K6-2 e K6-3 são SIMD também. Não é preciso dizer que para osprogramas serem beneficiados por essas novas instruções, eles terão que ser reescritos: por isso, para os programasatuais, a única vantagem que o Pentium III tem sobre o II é a maior velocidade. A grande novidade poderá vir naforma de uma nova série do Pentium III, denominada por enquanto "Coppermine": 256 kB de cache L2 funcionandona velocidade do processador, e 64 kB de cache L1. Testes feitos com dois PIII 450 mostraram que ele tem aperformance exatamente igual a um PII 450, com a vantagem de ser altamente overclockavel, chegando a 520MHz eaté 570MHz sem grandes dificuldades. A prvisão é que os novos programas otimizados para SSE rodarão de 30% a50% mais rápidos.

ProcessadoresFuncionamento

Por que um Pentium funcionando a 100 MHz é muito mais rápido do que um 486, mesmo se este funcionandotambém a 100 MHz?Façamos um esforço de simplificação e imagine um processsador como uma fábrica com uma série de linhas deprodução paralelas, essas linhas de produção formam o chamado "set de instruções". Pois bem, em um ciclo demáquina essas "linhas de produção" andam um pedaço, algumas terminam o seu trabalho em apenas um ciclo - oPentium processa duas instruções MMX em apenas um ciclo, por exemplo. A quantidade de instruções ou etapasque são feitas por um processaor em um ciclo de máquina é mais importante até do que o clock em si. Veja que umPentium de 100 MHz é muitíssimo mais veloz do que um 486 também de 100 MHz, isso significa que o Pentiumcumpre mais etapas de processamento em um único ciclo de máquina do que o 486. Essas instruções presentes nosprocessadores são constantes, ou seja, fazem sempre a mesmíssima coisa , assim se uma determinada instrução dizpara transformar "a" em "b" toda vez que "pintar" um "a" por lá esse trecho vai entregar um "b" do outro lado, naverdade, a lógica de um processador é na sua mais pura essência uma coisa simplérrima, o que faz dele uma peçasofisticada da tecnologia moderna é a gigantesca quantidade de "coisas simples" que ele é capaz de fazer ao mesmotempo, além, é claro, da tecnologia empregada para produzir fisicamente esses chips.Como as instruções estão pré-definidas no processador o ato de desenvolver um programa leva o programador a terque saber que instruções o processador possui e como usá-las, para que, através dessas rotinas contidas noprocessador, ele possa construir as rotinas de seus programas. Assim, um programa construído para determinado"tipo"o u arquitetura de processador não irá funcionar em outro, pois ele necessita da existência daquele tipo derotina existente fisicamente nos circuitos do processador para o qual o programa foi projetado. Como projetarprogramas fazendo passo a passo a descrição de que característica do processador usar (a chamada programação embaixíssimo nível) demandava uma gigantesca quantidade de homens-hora, além de um profundo conhecimento detodas as instruções do processador foram criadas as chamadas linguagens de programação de alto nível. Com oadvento dessas linguagens uma grande quantidade de informações que nessecitavam ser transmitidas em Assembly(linguagem que o processador entende diretamente) para o processador, passaram a ser feitas por um único e simplescomando do programador em alto nível. Essas linguagens usam um programa chamado compilador, ou o mais lentointerpretador (deixemos para outra oportunidade essa diferença), para transformar esse único comando em alto nívelnaquela enorme seqüência de baixo nível, tirando do programador o peso de ter que conhecer tantos detalhes doprocessador e poder se fixar mais na lógica do seu programa - é óbvio que esse nível de conhecimento é neccessáriopara aqueles que programam em assembly e também para os que programam os próprios compiladores. Embora osurgimento dessas linguagens tenha alavancado enormemente o uso dos computadores e tenha permitido oaparecimento de programas excepcionais (praticamente inviáveis de serem programados em baixo nível), quantomais alto o nível da liguagem menos eficiente, de um modo geral, é o código gerado em baixo nível - caindo emuma série de rotinas e tomando tempo do processador de forma absolutamente dispensável - por puraimpossibilidade dos compiladores em gerar melhores códigos. Uma liguagem que nasceu nos laboratórios Bell noinício dos anos sessenta, se tornou uma estrela no sentido de gerar enxutos e rapidíssimos códigos de baixo nível,quase tão eficientes como se tivessem sido programados em Assembly, além de permitir uma boa manipulação embaixo nível, trata-se da linguagem "C" , essa linguagem foi e ainda é a mola principal de desenvolvimento dosgrandes programas que conhecemos, quase todos, das grandes sofwarehouses, que usamos no nosso dia-a-dia foramdesenvolvidos ou em C ou em C++.(Nota: A linguagem C é considerada por muitos autores atuais como uma linguagem de nível médio, por diversascaracterísticas presentes nela, como por exemplo a possibilidade de se usar código Assembly no meio do código C.Um exemplo de linguagem considerada de alto nível é o Pascal. - Marcelo Vanzin.)

Page 23: Hardware ii

23/23

O Pentium , 486, 386, enfim, a chamada arquitetura PC, possui em seus processadores um conjunto de instruçõesconhecido como x86, que é um conjunto do tipo "CISC" - Complex Instruction Set Code - isso significa que asinstruções nos programas precisam ser do tipo complexo, claro. Outro tipo de arquitetura existe, esse tipo éconhecido como "RISC" - Reduced Instruction Set Code - ou seja um conjunto de instruções reduzidas. Asdiferenças entre as duas são grandes: no início, quando aconteceu essa cisão de arquiteturas, os defensores CISCacreditavam que um processador seria muito mais eficiente se ele pudesse possuir um grande número de diferentesinstruções capazes de realizar operações complexas específicas, os defensores da tecnologia RISC discordavam,acreditavam que, como cada operação poderia ser dividida em trechos bem simples, cada instrução deveria ser bemsimples, e o processador somente precisaria conter um reduzido número de simples instruções que, repetidas váriasvezes, chegariam ao mesmo resultado que uma instrução complexa. Continuemos com o nosso esforço desimplificação e, para fim didáticos, imaginemos que um processador receba a instrução de multiplicar 8 por 4, oCISC teria uma instrução complexa capaz de cumprir com o resultado em uma única passagem pela mesma (que nãonecessariamente levaria um único ciclo de máquina - em nova correlação com uma linha de montagem é possívelque uma instrução ande até metade da linha em um ciclo, prosseguindo no próximo ciclo) já o processador RISCtomaria essa operação por um modo mais simples e somaria 8 em 4 parcelas, em cada ciclo faria a soma de umaparcela - essa simplificação é draconiana mas exemplifica bem a diferença de filosofia de trabalho existente entre asduas arquiteturas.Os defensores da arquitetura RISC alegavam ainda que um processador RISC teria, obviamente, um custo deprodução reduzido em relação ao CISC, e ainda, como é menor o número de circuitos presentes em um processadorRISC, que este trabalharia mais facilmente em maiores velocidades de clock ( maior número de ciclos por segundo),mais do que compensando a sua inferioridade em realizar instruções complexas no mesmo número de ciclos que umCISC. É por isso que o Alpha RISC de 600 MHz é só uns 35% mais rápido que um PII 300 CISC executando o NT4( que foi portado para Alpha tb) , e não o dobro como o raciocínio pedestre haveria de esperar ( um PII 400 deve terigualado o desempenho de um Alpha 600). Por ter uma construção mais barata a tecnologia RISC é amplamenteutilizada tb em Videogames ( 3DO, Play Station, Nintendo 64 , etc.). Há certos tipos de instruções que são melhorexecutadas se forem RISC, independente do clock, assim os processadores x86 de última geração como o K6,Pentium Pro e PII possuem tb um set de instruções RISC e transformam diversas instruções CISC em RISC paraentão processá-las ( o K6 faz uso desse recurso RISC, o Pentium não, já o Pentum Pro e o PII tb o fazem, comodisse). Significa isso que a tecnologia RISC é o futuro? Claro que não, por outro lado a tecnologia CISC acaba deincorporar mais 57 instruções complexas ao conjunto x86, são as instruções MMX! O futuro ponta para uma mesclaentre as duas tecnologias, nem RISC nem CISC, há istruções que se saem melhor em RISC muitas outras sãosuperiores em CISC. Podemos dizer contudo que em se tratando de instruções matemáticas, por exemplo, umprocessador CISC será bem superior que um RISC de mesmo clock ( o RISC deverá ter o clock bem superior para seigualar ao CISC, afinal o RISC precisa repetir várias operações simples para chegar ao resultado de uma complexa),entretanto já vi muita gente ingnorante, inclusive profissionais da área, dizerem o absurdo de que um processadorRISC é mais veloz que um CISC em operações desse tipo!

Fazendo Upgrade do seu ComputadorÀs vezes quando percebemos que nosso computador não é mais suficiente para rodar os programas e jogos maisrecentes, nossa reação é simplesmente pensar em comprar um novo. Porém muitas vezes este não é o melhorcaminho a seguir, ao invés de trocar todo o micro, podemos trocar apenas componentes chave para o desempenho dosistema, ou seja, fazer um upgrade.Nem sempre é fácil decidir qual seria a melhor alternativa de atualização. - O que eu deveria trocar para melhorar odesempenho do meu micro? O HD? As memórias? O processador? A placa de vídeo? Seria melhor jogar tudo fora ecomprar um novo??Para decidir quais componentes devem ser subistituídos é preciso examinar a configuração atual do micro e definirqual a quais aplicações ele se destina. Um micro destinado a um escritório, tem como prioridade a velocidade doprocessador, disco rígido e quantidade de memória. Um PC voltado para jogos, já prioriza também uma boa placa devídeo.Examinemos a seguinte configuração:

-Pentium 150 MHz-16MB de RAM- HD de 2.6

Page 24: Hardware ii

24/24

- Placa de vídeo Trident 9680 de 2 MB- CD ROM de 24x- Placa de Som 16 bits- Monitor SVGA 14"- Modem de 33.6- Windows 98

Imaginemos que o micro é utilizado para acessar a Internet e aplicações de escritório, principalmente o Office.Apesar do micro ter uma configuração equilibrada, o usuário seria muito beneficiado se aumentasse a quantidade dememória RAM para 48 ou 64 MB, pois memória RAM atualmente custa muito barato, pouco mais de R$ 1 pormegabyte. O passo seguinte seria trocar o processador, neste caso deveríamos examinar quais processadores sãosuportados pela placa mãe (essas informações estão contidas no manual) e nos decidir por um deles, ou então trocartambém a placa mãe por uma mais recente. Não faria sentido trocar a placa de vídeo, pois nesse caso ela é mais doque suficiente, muito menos o drive de CD-ROM ou a placa de som.Vamos examinar agora um outro caso:

-Pentium II de 333 MHz-64 de RAM-HD de 4.3-Placa de Vídeo Trident 9685-CD ROM de 32x-Placa de Som 32 AWE-Monitor SVGA 15"-Modem de 56k-Windows 98

Imaginemos que o dono deste micro é viciado em jogos, princiaplmente jogos 3D com o Quake 2 e simuladores dovôo. Apesar do micro ter uma exelente configuração, o dono seria muito beneficiado pela instalação de uma placa devídeo 3D.Para ilustrar melhor, vamos discutir sobre qual a vantagem da troca de cada componente:Memória RAM: Pelo baixo custo e pela grande melhora de desempenho ao aumentar a memória RAM, esta quasesempre é a opção mais prioritária de upgrade. Atualmente se encontram à venda memórias RAM por pouco mais deR$ 1 por megabyte. Antigamente ela custava muito mais caro, a apenas 2 anos custavam em média R$ 45 pormegabyte!Na memória RAM são carregados todos os programas abertos. Caso a quantidade de memória não seja suficientepara rodar um determinado programa, o Windows cria um arquivo temporário no disco rígido. Este arquivo,chamado "swap file" ou memória virtual, é utilizado como se fosse memória RAM. Assim, os dados que deveriamser gravados na memória, são gravados neste arquivo, e é possível carregar o programa. Acontece que o discorígido, é milhares de vezes mais lento do que a memória RAM, de modo que o uso de memória virtual pelo SOdeixa o sistema extremamente lento.O aumento da quantidade de memória RAM, não deixa o sistema mais rápido, porém com mais memória RAM,deixamos de usar memória virtual, resultando num ganho brutal de performance. Para se ter uma idéia, rodando oWindows 95, um Pentium 100 com 32 de memória RAM, é muito mais rápido do que um Pentium II 300 comapenas 8 MB.A quantidade nescessária de memória RAM deve ser medida pelos programas usados no micro. Caso você sejadaqueles que custumam usar apenas um programa de cada vez, geralmente um editor de textos, então 32 MB dememória serão muito mais do que suficientes, muitas vezes 16 MB já dão conta do recado. Caso você tenha ocostume de trabalhar com vários programas abertos, ou usa programas gráficos pesados, então será muitobeneficiado pelo uso de 64 MB ou mais de RAM. Vale lembrar que existe queda de desempenho ao usar mais de 64MB de RAM na maiorida das placas mãe de soquete 7 (Pentium, K-6, MMX, etc.) para mais detalhes sobre isso leiaa nossa sessão FAQ ou nosso tutorial sobre memórias. Esse problema não existe porém caso se esteja utilizando umprocessador Pentium II.O Processador: O processador é o cérebro do computador, e o principal responsável pelo desempenho do sistema,porém de nada adianta um processador veloz em um conjunto fraco. Atualmente, escolhemos basicamentete entre oMMX, o Pentium II, o Celeron, o K6 e o K6-2, uma boa alternativa são os processadores Cyrix, mas como épraticamente impossível encontrá-los aqui no Brasil, darei mais atenção aos outros:

Page 25: Hardware ii

25/25

Pentium MMX: Seria uma alternativa para um upgrade de baixo custo, principalmente para quem já temuma placa mãe que ofereça suporte a este processador e esteja querendo atualizar o micro. Em termos decusto benefício já não é a melhor opção, mas existe a opção de overclocá-lo, assim, com um 233 MMXoverclocado para 262 (3,5x 75) já é um bom equipamento, capaz de rodar qualquer aplicação mais pesada.

AMD K6 : K6 da AMD é o concorrente direto do MMX, possui basicamente as mesmas caracteristicas,ganhando em aplicações de escritório e perdendo em aplicações multimídia, como já explicamos em outrasoportunidades. A grande vantagem dele sobre o MMX porém é justamente o preço, ele custa menos de 2/3de um MMX de mesmo clock se tornando uma boa opção em custo benefício. O seu maior problema é oaquecimento exagerado que praticamente impossibilita o overclock.

Celeron: Versão de 266 MHz do Celeron por pouco não é ultrapassada em velocidade por um 233 MMXem aplicacões de escritório. Ele se dá bem porém em aplicativos gáficos e jogos, sendo nestes casos poucoinferior a um Pentium II do mesmo clock. O trunfo deste processador porém é a sua overclocabilidade. UmCeleron 266 roda sem problemas a 400 MHz (4x 100MHz) ou 448 MHz (4x 112MHz). Claro que para issoé preciso uma placa mãe com chipset BX, como a Abit BX-6 ou a Abit BH-6 que são um pouco difíceis deachar aqui no Brasil e quase sempre bem caras, na faixa de 250 reais. Além disso são nescessáriasmemórias PC-100 (SDRAM's comuns não servem) o que encarece ainda mais o conjunto. Até bem poucotempo atrás o Celeron 266 overclocado para 448 era uma das melhores opções em custo-beneficio, masdeixou de ser atraente com o lançamento do Celeron Mendocino.

Celeron "A" (Mendocino: O mais novo lançamento da Intel, o novo Celeron agora incorpora um cache L-2de 128 kB, que ao contrário do que acontece no Pentium II, roda na mesma velocidade do processador .

Ao contrário do que se poderia esperar, o Celeron Mendocino de 300 MHz também permite overclock para450 MHz, desta vez com bus de 100 MHz e multiplicador de 4,5x. Isto foi uma verdadeira bomba, jápensaram um processador que custa pouco mais de 80 dólares (nos EUA) bater em performance um P-II400?? Pois isso ja é realidade, em conjunto com uma placa com chipset BX (Abit BH-6, Abit BH-6, etc.) ememória PC-100 o Celeron Mendocino roda estavelemnte a 450 MHz (!!). Isso acontece por que ele usa amesma tecnologia usada no Pentium Xeon de 400 MHz. A única desvantagem do Celeron Mendocino é aincapacidade de usarmos mais de um processador (podemos usar dois P-II na mesma placa mãe, formandoum sistema duplo-processado) o que o restringe ao uso doméstico.

Atualmente o Celeron Mendocino é a melhor opção custo-benefício, talvez a melhor da história. É so terum pouco de paciência e esperar ele começar a aparecer aqui nas terras tupiniquins.

Pentium II: Para uso doméstico atualmente não é uma boa escolha, pois tanto o Celeron quanto o CeleronMendocino (em overclock) acabam saindo mais baratos que um P-II 300 e oferecem um desempenho bemsuperior. A única vantagem do P-II sobre eles é a possibilidade de usar dois processadores, porém para usodoméstico isso não faria sentido.

Pentium II Xeon: Se o micro for para uso doméstico esqueça-o. O Xeon foi feito sob medida paraservidores de rede, a diferenca dele para o P-II comum é o cache L-2 que funciona na mesma velocidade doprocessador, e a possibilidade de usarmos até 8 processadores na mesma placa mãe. Estas caracterísaticasporém só fazem sentido num servidor de rede. Num servidor, as informações processadas são tãorepetitivas, que o cache L-2 no mesmo clock do processador faz uma difereça incrível, o que pouco ajudanum micro doméstico. Além disso só um louco ia querer usar um sistema multiprocessado para jogarQuake 2.

AMD K6-2: É a resposta da AMD para o Pentium II da Intel. As diferenças para o K6 antigo é a novatécnica de fabricação do chip em .25 micron, o que soluciona o problema de aquecimento encontrado nosantigos K-6 e até possibilita overclocks da ordem de 10 ou 15%, além das instruções 3-D Now! quemelhoram o desempenho do micro em gráficos 3-D desde que façamos uso támbem de uma placa 3D. Oproblema das instruções 3-D Now!, é que caso usemos softwares ou jogos que não façam uso destasinstruções, estas se tornam inúteis. Felizmente a Microsoft incluiu suporte ao 3D Now! no DirectX 6, emuitos fabricantes estão incluindo suporte nos drivers de suas placas de vídeo. Em instruções que não

Page 26: Hardware ii

26/26

fazem uso do 3D Now!, o K6-2 é inferior a um P-II do mesmo clock, não sendo muito superior a umMMX, porém em aplicativos que façam uso destas instruções ele chega a superar o P-II.

Vale lembrar que para manifestar todo o potencial do K6-2, é preciso usá-lo em conjunto com uma placamãe Super-7 que aceitam bus de 100 MHz. Estas ainda são bem difíceis de achar aqui no Brasil.

A Placa Mãe: A placa mãe é um dos principaiscomponentes do micro. Porém, quase sempre a diferença deperformance entre placas mãe equivalentes porém de marcas diferentes não passa da casa dos 5%. Porém muitasvezes quando fazemos um upgrade é preciso também a substituição da placa mãe. Atualmente podemos dividir asplacas mãe à venda em:

Placas que Usam Slot One: As placas para Pentium II obrigatoriamente usam o slot one, onde é encaixadoo processador. O formato deste slot, lembra um pouco o de um Slot ISA.

O que diferecia as placas para P-II é o chip-set utilizado. Basicamente existem dois chipsets: o LX e o BX.O LX é um chipset mais antigo, suporta bus clock de 66 MHz, e é utilizado em processadores Pentium II eCeleron até 333. Placas que utilizam esse chipset porém, na maioria das vezes permitem bus de apenas 66MHz, o que impossibilita o overclok.

Já as placas com chipset BX, como a Abit BX6 e a Abit BH6 suportam bus de 100 MHz, permitindo o usode processadores Pentium II de 350, 400 e 450MHz. É importante lembrar que somente com uma placacom chipset BX podemos overclocar o Celeron 266 para 400 MHz. Outro ponto a favor é que essas palcassão compatíveis com os processadores Pentiun II antigos, de modo que usando uma placa BX, em conjuntocom um P II 233 por exemplo, o seu micro ficará pronto para um upgrade futuro trocando apenas oprocessador.

Placas com Slot Two: O slot two foi criado pela intel para acomodar o Pentium Xeon, esta traz novidadesna arquitetura que privilegiam este processador. Estas placas porém são muito caras.

Placas Soquete 7: Essas são as placas mais antigas, que rodam o Pentium Comum, o MMX e o K6.Utilizam bus de 66, 75 e 83 MHz, dependendo da placa. Quanto maior o bus permitido pela placa mãe,maior serão as suas possibilidades de fazer overclock, pois os processadores MMX, bem como os K6,possuem uma trava que impede que mudemos o multiplicador de clock, assim so podemos fazer overclockaumentando a velocidade do barramento, isto certamente deve pesar na hora da compra. Vale lembrar que oMMX e o K6 utilizam voltagem dual, ou seja, o processador trabalha internamente com 2,8v eexternamente com 3,3v. Nem todas as placas tem esse recurso, não permitindo o uso destes processadores.

Placas Super 7: Os novos processadores AMD K6-2 usam barramento de 100 MHz, e por isso foramdesenvolvidas placas equipadas com soquete 7 que funcionam à essa velocidade. Apesar do K6-2 funcionarem placas mais antigas, que so suportam bus de 66 MHz, o seu desempenho fica bastante prejudicado, porisso o ideal é usá-lo em uma placa Super-7. Bons exemplos de placas são a FIC-PA-2013 e a ASUS P5A.Caso tenha decidido trocar o seu processador por um K6-2, então reserve também algum dinheiro paracomprar também uma boa placa mãe.

O tipo de placa a ser comprado, deve ser escolhido de acordo com o processador a ser usado, também devemos levarem conta upgrades futuros. Ao invés de comprar uma placa para P-II com chip-set LX (mais barata) poderíamoscomprar uma que usa chip-set BX, assim além de nos beneficiarmos com as possibilidades de overclock permitidaspor esta placa, deixariamos nosso micro pronto para um upgrade direto para um P-II 400 ou superior trocando-seapenas o processador.Placa de Vídeo: Para quem gosta de jogos, a placa de vídeo faz muita diferença, mas para quem trabalha comeditores de texto, uma placa de última geração não traz vantagens. Atualmente temos placas de vídeo 2D e 3D,certamente você já está familiarizado com as funções de cada uma. Existem dois tipos de placas de vídeo 3D, as quefuncionam em conjunto com uma outra placa 2D, e as combo que ao mesmo tempo processam gráficos em 2 e 3dimensões. Quase sempre as placas Combo saem mais barato, pois poupam você de ter de gastar mais dinheiro comuma placa de video 2D. Bons exemplo de placas Combo são a Viper V330 e V550, estas inclusive são excelentesplacas, principalmente levando-se em conta o fator custo-benefício.

Page 27: Hardware ii

27/27

Quanto à placa de vídeo 2D, não se preocupe muito. Não é preciso uma grande placa para gerar gráficos 2Dsatisfatórios, pois a parte dificil mesmo fica por conta das palcas 3D, nelas sim a performance faz muita diferença.Qualquer placa média, como uma Trident 9685, ou uma Diamond 2000 oferecem um desempenho mais do quesuficiente, qualquer coisa acima disso só será percebido através de benchmarks. Na prática a diferença é quase nula.Outro ponto confuso atualmente, é o papel das placas de vídeo AGP. Uma placa de vídeo não é mais rápidasimplesmente por ser AGP. A vantagem do AGP, é que ele oferece uma banda maior de passagem de dados, mas sea placa não for rápida o suficiente para fazer uso desta banda toda, então não existe ganho de performance. Alémdisso as vantagens do AGP só podem ser aproveitadas por uma placa de vídeo 3D. É simplesmente ridículo quereruma placa 2D que seja AGP.HD: Apesar da velocidade do HD fazer bastante diferença no desempenho geral do sistema, não vale à pena trocar oseu HD por outro, simplesmente pensando na velocidade. Leve mais em conta se realmente você está precisando demais espaço, caso não, ent ão é melhor esperar, pois o HD é um dos componentes do PC que mais evoluiu e quemais caiu de preço. Só por curiosidade, os primeiros HD's para uso doméstico, no começo da década de 80, tinhammenos de 5 MB, e custavam mais de 3.000 dólares. Quanto mais você esperar antes de trocar o seu HD, menos vaigastar e melhor sera o equipamento que você irá adiquirir.CD-ROM: Atualmente vemos muitos anúncios de micros, onde se dá bastante destaque à velocidade do CD ROM.Mas na prática, o CD ROM é sem dúvida o componente que menos influencia na velocidade do micro.Basicamente, usamos o CD-ROM para duas coisas: Instalar programas e jogar jogos que rodam apartir do CD.Logicamente, um CD mais rápido resultará numa instalacação de programas mais rápida, porém, quanto tempo vocêcustuma passar por semana instalando programas apartir de CD's? Será que valeria à pena gastar mais 80 ou 100reais simplesmente para economizar alguns segundos? O que deve ser levado em considereção ao comprar um CD-ROM, não é a velocidade, mas, a qualidade do equipamento, e principalmente o fato dele ler ou não todos os tiposde CD's. Muitos CD-ROM's, lêem apenas CD's prateados, não conseguindo ler CD's gravados. Sem dúvida isso lhedará muito mais dor de cabeça do que simplesmente gastar mais alguns segundos para instalar um programaqualquer.Se você tem um CD de 12 ou 8x, que está funcionando corretamente, então não pense em trocar. Seria dinheirojogado fora.O Gabinete: Existem vários tipos de gabinetes. Os mini torre, long tower, ATX, etc.Os mais usados são os mini torre, muito provavelmente o seu micro está montado num desses gabinetes. Porém, aotrocar a placa mãe num upgrade, talvez seja preciso trocar também o gabinete. As placas mãe diferenciam-setambém pelo tamanho: as AT, e baby At, são bem acomodadas por gabinetes mini torre ou long tower. Mas outrassó encaixam em gabinetes ATX. Falando em ATX, estes gabinetes oferecem recursos não encontrados em seusirmãos menores, como a possibilidade de desligar o micro via software e uma fonte inteligente.Decida com cuidado os componentes do seu micro que devem ser trocados, levando em consideração, todos osaspectos discutidos até agora, e principalmente o uso do micro. Não se deixe levar pelo marketing dos fabricantes,achando que se o seu micro não é um top de linha, ele está obsoleto. Um bom micro é aquele que satizfaz as suasnescessidades, não importa se é um 486 ou um Pentim II Xeon com 512 MB de RAM.

BIOS Setup

BIOS significa "Basic Input Output system". É a primeira camada de software do sistema. É um programaencarregado de reconhecer o hardware, realizar o boot, e prover informações básicas para o funcionamento dosistema. O BIOS é personalizado para cada modelo de placa mãe, não funcionando em nenhum outro.POSTDurante o boot, o BIOS realiza uma série de testes. A função destes é determinar com exatidão os componentes dehardware instalados no sistema. Os dados do POST são mostrados durante a inicialização, na forma daquela tabelaque aparece antes do carragamento do sistema operacional. Caso haja algum problema crítico com algumcomponente de hardware, o BIOS irá emitir sons alertando sobre o problema. A seguir alguns códigos dos BIOSAMI:1bip longo: Sistema funcionando perfeitamente.1 bip longo e dois bips curtos: Problemas com a placa de video.1 bip longo e três bips curtos: Problemas com a placa de video ou problemas na detecção do monitor.2 bips curtos: Falha geral do post, algum componente essencial de hardware não foi encontrado, impossivel iniciar ositema.

Page 28: Hardware ii

28/28

SetupÉ um programa que nos permite configurar várias opções acerca do Hardware instalado, desempenho do sitema,password etc. As configuracões do Setup são cruciais para o funcionamento e bom desempenho do sistema, umaconfuguração errada do setup pode tornar o sistema até 70% mais lento, ou seja, o seu computador pode virar umacarroça sem cavalos simplesmente devido à uma configuração errada do setup do micro. O objetivo deste tutorial éjustamente ensinar como configurar o setup para um melhor desempenho.CMOSCMOS significa "Complementary Metal Oxide Semiconductor". Nos primeiros PC's, tais como os antigos XT's ealguns 286's, todos os dados referentes à configuração dos enderecos COM e IRQ, quantidade e velocidade dasmemórias, HD's instalados etc, eram configurados através de jumpers na placa mãe. Não é preciso dizer que aconfiguração de tais jumpers era um trabalho extremamente complicado. Para facilitar isso, foi criado o Setup, quepermite configurar facilmente o sistema. A funão do CMOS é armazenar os dados do setup pra que estes não sejamperdidos. O CMOS é uma pequena quantidade de memória RAM, cerca de 128 bytes, geralmente embutida nocartucho da BIOS. Como a memória RAM é volátil, o CMOS é alimentado por uma bateria, o que evita a perda dosdados. Acontece que esta bateria não dura pra sempre, de modo que de tempos em tempos ela fica fraca e é precisotroca-la.(Nota: Nem toda memória RAM é volátil. No caso, o tipo de memória RAM utilizada para guardar informações doSetup é volátil. - Marcelo Vanzin)Up-Grade de BIOSO BIOS é um programa que fica armazenado em chips de memória EEPROM ou Flash RAM, o uso deste tipo dememória visa permitir que o BIOS seja modificado. A isto damos o nome de upgrade de BIOS. Isto acontece devidoa, de tempos em tempos, surgirem novas tecnologias, como o portas USB, barramento AGP, SCSI, etc. A função doupgrade de BIOS é tornar o micro compatível com estes novos recursos. Muitas vezes são lançados upgradestambém para corrigir erros no BIOS ou melhorar o suporte a dispositivos. Os fabricantes deixam tais upgradesdisponíveis nas suas páginas para download gratuito; este upgrade geralmente vem na forma de uma arquivo binárioe um programa para gravar os dados no BIOS.Durante o upgrade, os dados do BIOS são completamente rescritos, este é um processo que custuma durar poucosminutos, o problema é que se a atualização for interrompida de alguma forma: falta de energia, um esbarrão nobotão de reset, etc. A BIOS não irá funcionar mais, e você terá a sua placa mãe inutilizada. Por isso, quando forfazer o upgrade do seu BIOS, cerque-se de cuidados, certifique-se que o arquivo que pegou é o correspondente aomodelo da sua placa mãe e se possivel ligue o micro em um no-break.Atualmente os grandes fabricante de BIOS são a AWARD a a AMI. As configurações dos BIOS de cada fabricantediferem, por isso vou explicá-las separadamente.BIOS AWARD: São os mais comuns, o setup tem uma interface baseada em texto.BIOS AMI: O setup difere do da Award por apresentar um interface gráfica, sendo inconfundível.Leia os tutoriais sobre estes dois tipos de BIOS utilizando os links ao lado.

Page 29: Hardware ii

29/29

BIOSSetupAwardÉ o tipo mais comum de BIOS, o setup não possui interface gráfica:

Para entrar no Setup, basta apertar a tecla Del durante a contagem de memória na inicialização do micro, dentro dosetup use as setas do teclado para se locomover entre as opções. As opções do setup estão divididas em váriosgrupos, tais como BIOS Features Setup, Chipset Features Setup, etc... Para acessar as opções de algum grupo use oEnter para voltar use o Esc. As teclas Page Up e Page Down servem para alterar os valores das opções.Vou explicar agora cada uma das opções existentes, é possivel que o seu BIOS tenha alguma opção nãodocumentada aqui, ou não tenha todas, mas de qualquer maneira, este tutorial vai lhe dar uma boa base paraconfigurar corretamente qualquer tipo de BIOS.Standard CMOS SetupEsta parte do Setup abriga informações básicas sobre o sistema, como data, hora e discos instalados, é praticamenteigual em todos os modelos de BIOS.Date / Time: Permite alterar a data e hora do relógio do CMOS, estes dados são usados por vários programas comobancos de dados e pelo relógio do WindowsHard Disks: Mostra os discos rígidos que estão instalados no computador. Através dessa opção é possivel inserirmanualmente o número de trilhas, setores, cabeças, etc. dos discos, porém é preferível usar a opção de IDE HDDAuto-Detection (está na tela principal do Setup) para detectar automaticamente os discos instalados. Aqui estátambém a opção de ativar ou não o modo de disco LBA; caso o seu disco seja maior do que 528 MB, esta opçãodeverá ficar ativada.Drive A: Tipo de drive de disco flexível instalado como Drive A, o mais comum é possuirmos drives de 1,44 MB e3,5 polegadas, caso possua um drive mais antigo ou um de 2,8 MB, basta selecionar a opção correspondente.Drive B: Tipo de drive de disco flexível instalado como drive B, caso não exista nenhum a opção correta é "none".Video<: Tipo de placa de vídeo instalada no computador. Caso possua uma palca SVGA a opção correta é"EGA/VGA".Halt On: Procedimento que o BIOS deverá tomar caso sejam detectados erros de hardware durante o teste dosistema (POST).

All Errors: A inicialização será interrompida caso exista qualquer erro grave na máquina, como erro deteclado, nos drives de disquete, ou conflitos entre dispositivos.

No Errors: O micro tentará inicializar mesmo que algum erro que possa existir.

Page 30: Hardware ii

30/30

All, But Keyboard : A inicialização será interrompida por qualquer erro, com exceção de erros de teclado.

All, But Diskette : Qualquer erro com exceção de erros nos drivers de disquete.

All, but disk/Key : Exceção para erros no teclado e nas unidades de disquete

BIOS Features SetupConfigurações sobre o desempenho do sistema e opções do Post: (Enabled = ativado, Disabled = destivado).Virus Warning: Oferece uma proteção rudimentar contra vírus, monitorando as gravações no setor de boot e natabela de aloção de arquivos. O problema é que que alguns programas de diagnóstico escrevem nestas áreas, o quepode acionar o alarme. Porém é melhor manter estao opção ativada, pois os vírus que se alojam no setor de boot doHD são muito dificeis de eliminar.CPU Internal Cache: Permite abilitar ou desabilitar o cache interno do processador ou cache L1, esta opção deveficar ativada, caso contrário o desempenho do computador irá cair cerca de 30%.CPU External Cache: Habilita ou desabilita o cache da placa mãe, ou cache L2. Como a opção acima, esta tambémdeve ficar ativada. Pode-se desativá-la caso haja alguma suspeita de defeito no cache L2.Quick Power On Self Test: Caso ativada esta opção, durante o Post alguns componentes não serão checados,resultando em um Boot um pouco mais rápido.Boot Sequence: Define a sequência na qual os drives serão checados durante o boot:

A, C : Opção mais comum. O sistema irá checar primeiro o drive de disquete à procura de algum sistemaoperacional, caso não encontre nada, procurará no disco rígido.

C,A : O disco rígido será checado primeiro, e em seguida o disquete.

C only : Será checado somente o disco rígido.

Dependnedo do modelo do seu BIOS, haverá também a opção de dar o boot através do CD ROM.

Swap Floppy Drive: Caso você tenha dois drives de disquetes, esta opção permite que sem a nescessidade de mudaros cabos, inverta-se a posição dos drives, assim o Drive A passará a ser o drive B e vice-versa.Boot UP Floppy Seek: Habilita ou não a verificação do BIOS para determinar se o drive de disquetes tem 40 ou 80trilhas. Como somente os drives antigos de 180 e 360 kB possuíam 40 trilhas, é recomendável desabilitar esta opçãopara um boot um pouco mais rápido.Boot UP Numlock Status: Define se a tecla Numlock será acionada ou não durante o boot.Boot UP System Speed: Define em qual velocidade a CPU irá trabalhar durante o boot:

High : Boot na velocidade máxima do processador.

Low : O Boot é executado na velocidade do barramento AT, alguns periféricos mais antigos (muito antigos:-) requerem que o boot seja dado nesta velocidade.

A não ser que enfrente algum problema devido a algum periférico mais antigo, é recomendável a opção High paraum boot mais rápido.IDE HDD Block Mode: Esta opção é muito importante, o block mode permite que os dados sejam acessados emblocos, ao invés de ser acessado um setor por vez, isto melhora muito o desempenho do HD. Somente HD’s muitoantigos não aceitam este recurso. É altamente recomendável manter esta opção ativada, caso contrário, odesempenho do HD poderá cair em até 30%. Em algumas BIOS esta opção está na sessão "Integrated Peripherals".Gate 20 option: O Gate 20 é um dispositivo encarregado de endereçar a memória acima de 1 MB (memóriaextendida). Esta opção permite definir em qual velocidade será feito o acesso à memória, é recomendavel a opção"fast".Typematic Rate Setting: Habilita ou não o recurso de repetição de teclas.Typematic Rate (chars/sec): Define o número de repetições por segundo de uma tecla pressionada.Typematic Rate Delay (msec): Define quantos milessegundos o sistema deverá esperar antes de habilitar a repetiçãode teclas caso uma tecla fique pressionada.Security Option: Opção de segurança:

Setup: A senha do micro será solicitada toda vez que se tentar entrar no Setup.

Page 31: Hardware ii

31/31

System: A senha será solicitada toda vez que se iniciar o micro.

PS/2 Mouse Funcition Control: Habilita ou não a porta PS/2. Caso o seu computador não possua mouse ou tecladoPS/2 (aqueles com encaixe redondo de cerca de 0,7 cm de largura) esta opção deverá ficar desabilitada.PCI/VGA Palette Snoop: Opção de se instalar mais de uma placa de vídeo, este recurso é suportado por muitossistemas operacionais, como o Win98 e o OS/2.Assign IRQ for VGA: Reserva uma IRQ do sistema para o uso da placa de vídeo. Geralmente as placas nãoprecisam desse recurso, neste caso ao o desativarmos ganharemos uma IRQ para ser usa por um outro dispositivo.Algumas placas porém, como a Viper V330 só funcionam corretamente se esta opção estiver ativada.Os Select for DRAM > 64 Mb: Define como a memoria RAM acima de 64 Megas será acessada:

Non OS/2 : Caso você esteja usando o Windows 95 está é a opção correta, a memória será acessada a partirdo final.

OS/2: A memória será acessada apartir do começo, opção correta caso você esteja usando o OS/2,Windows NT 4.0 ou Linux.

Sistem BIOS Shadow: Permite que os dados do BIOS sejam copiados para a memória RAM. O BIOS contéminformações sobre o hardware do micro que são acessadas a todo o momento pelo sitema operacional. Como amemória RAM é muito mais rápida do que a memória ROM onde estes dados estão inicialmente instalados, aativação do Shadow irá melhorar o desempenho geral do sistema. Caso esta opção não esteja disponível, estaráativada por default.Uma informação útil para quem utiliza Linux: desative qualquer cacheamento de ROM na configuração do BIOS(tanto cacheamento do próprio BIOS como os explicados abaixo). Segundo explicação emhttp://www.br.debian.org/releases/stable/i386/ch-preparing.en.html:

"Sua placa-mãe pode fornecer shadow RAM ou cacheamento de BIOS. Você poderá ver configuraçõespara "Video BIOS Shadow", "C800-CBFF Shadow", etc. Desabilite toda shadow RAM. A Shadow RAM éutilizada para acelerar o acesso às ROM's na sua placa-mãe e em outras placas controladoras. O Linux nãoutiliza essas ROM's após ter bootado porque ele fornece seu próprio e mais rápido software de 32 bits nolugar dos programas de 16 bits dessas ROM's. Desabilitando a shadow RAM pode fazer parte deladisponível para programas usarem como memória normal. Deixando a shadow RAM habilitada podeinterferir com o acesso a componentes de hardware do Linux."

Vídeo BIOS Shadow: Os dados do BIOS da placa de vídeo serão copiados para a memória RAM. Recomenda-se aativação dessa opção para melhorar o desempenho da placa de vídeo.C8000-CBFFF Shadow, CC000-CFFFF Shadow, D0000-D3FFF Shadow, etc... Através destas opções, BIOS deoutros dispositivos também serão copiados para a memória RAM, melhorando a velocidade de acesso a estesdispositivos.Chipset Features SetupEsta parte do Setup é a que possui maiores variações de opções dependendo da data e modelo da BIOS, colocareitodas as opções de que tenho conhecimento existirem, muitas não estarão disponíveis no Setup do seu micro.Aqui estão localizadas as opções referentes ao desempenho da memória RAM. Recomenda-se configurar os valorespara o maior desempenho possível, porém isso poderá causar travamentos, neste caso basta voltar aos valoresantigos.Auto Configuration: Através desta opção pode-se abilitar o recurso das configurações do Chipset Features Setupserem feitas pelo próprio sitema, utilizando-se valores default, isto garante uma maior confiabilidade do sitema,porém se perde em desempenho, o ideal é configurar manualmente as opções. Em alguns modelos de BIOS existealém das opções enabled/disabled a opção de auto-configuração para memórias de 70 ns e de 60 ns, podendoconfigurar a opção de acordo com o tipo de memória usado (ver o tutorial sobre memórias).DRAM Timing Control: Opção para configurar a velocidade em que a memória RAM do sistema irá trabalhar,geralmente estão disponiveis as opções: normal, medium, fast e turbo, sendo a turbo a mais rápida. Quanto mais altaa velocidade, mais rápido ficará o micro como um todo, porém dependendo da qualidade das suas memórias, umvalor muito alto poderá causar travamentos, experimente o valor Turbo primeiro, caso tenha problemas tente baixarum pouco a velocidade.DRAM Read Burst (EDO/FPM): Define o tempo de espera entre cada ciclo de leitura da memória RAM, quantomenor o tempo, mais rápida será a velocidade de operação das memórias. Geralmente estão disponíveis as opções:x222 , x333 e x444, sendo x222 o mais rápido.

Page 32: Hardware ii

32/32

Caso esteja usando memórias EDO, provelmente não terá problemas usando a opção x222. Usando memórias FPMo valor correto será x333 ou x444. Dependendo da qualidade das suas memórias talvez consiga usar o valor x222,vale uma tentativa.DRAM Write Burst Timing: Tempo de espera entre cada ciclo de escrita da memória RAM. Opções idênticas aoDRAM Read Burst.Reduce DRAM Leadoff Cycle: Opção de diminuir o tempo de espera da memória entre um ciclo e outro,melhorando o desempenho do micro. Dependendo da qualidade das memórias o acionamento dessa opção podecausar travamentos, mas o ideal é mantê-la ativada.Cache Timing: Velocidade na qual o cache L2 da placa mãe irá funcionar. Geralmente estão disponíveis as opçõesfast e fastest . A menos que você esteja desconfiado da qualidade da sua memória cache, deixa na opção fastest paraum melhor desempenho.DRAM RAS# Precarge Time: Número de ciclos de CPU reservados para o sinal RAS# (Row Address Strobe)conservar sua carga antes da restauração dos dados da RAM (refresh), geralmente estão disponíveis as opções 3 e 4 ,significando 3 ou 4 ciclos de CPU, é recomendável manter o valor mais baixo para um melhor desempenho.DRAM R/W Leadoff Timming: Número de ciclos de CPU dados à memória RAM antes de cada ciclo de leitura ouescrita. É recomendável manter o valor mais baixo para um melhor desempenho.Fast RAS# to CAS# Delay: Duração do delay, ou espera entre os sinais RAS e CAS responsáveis por dar o instanteque que os endereços de memória a serem acessados estarão disponíveis. Este número é dado em ciclos de CPU, érecomendável manter o valor mais baixo para um melhor desempenho.Refresh RAS# Assertion: Número de ciclos de CPU para atualizar o valor RAS#, é recomendável manter o valormais baixo para um melhor desempenho.Speculative Leadoff: Alguns chipsets oferecem esse recurso, que pode ser ativado ou desativado no Setup. Quandoativado, ele aumenta a velocidade do primeiro acesso à memória de cada ciclo, conseguindo-se um pequenoaumento de performance.Interleaving: É uma técnica usada em alguns chipsets mais recentes para melhorar a performance das memórias, estafunção pode ser ativa no Setup das pacas compatíveis. Com esse recurso o processador pode transferir mais dadospara a RAM no mesmo espaço de tempo, aumentando a performance.ISA Bus Clock: Velocidade de operação do barramento ISA em relação à velocidade do barramento PCI, nestaopção pode-se escolher entre 1/3 ou 1/ 4 da velocidade do barramento PCI.Caso você esteja usando o Bus da placa mãe a 66 MHz ou menos, pode setar a opção de 1/3, isto vai melhorar umpouco o desempenho dos seus periféricos ISA, como placas controladoras de scanners.System BIOS Cacheable: Habilita onão o cacheamento da memória RAM ocupada pelo BIOS da laca mãe. Estaopção deve ficar ativada para um melhor desempenho.Vídeo BIOS Cacheable: Habilita ou não o cacheamento da memória RAM ocupada pelo BIOS da placa de vídeo.Esta opção deve ficar ativada para um melhor desempenho.8 Bit I/O Recovery Time e 16 Bit I/O Recovery Time: Tempo de espera em ciclos de CPU em operações detransferência de dados do barramento PCI para o barramento ISA.Peer Concurrency: Opção para dois ou mais dispositivos PCI funcionarem ao mesmo tempo, deve ficar ativada.Power Management SetupAqui estão as configurações relacionadas ao modo de economia de energia, uma boa configuração pode economizarvários reais na conta do final do mês :-)Power Management: Define o tempo antes da ativação dos modos doze, standby e suspend para economia deenergia:

Disabled: todos os recursos de economia de energia ficarão desativados.

Min Saving: Economia mínima de energia, os recursos entram em apenas depois de uma hora deinatividade do micro.

Max Savig: Economia máxima de energia todos os recursos de economia estarão ativados.

User Defined: Permite definir manualmente cada opção.

PM control by APM: Define se o padrão APM (Advanced Power Management) existe no seu sistema, este permiteuma maior economia de energia. Esta opção deverá ficar ativada.

Page 33: Hardware ii

33/33

Doze Mode: Após o período escolhido nesta opção (pode ser de 1 mim até 1 hora) de inatividade do computador, aCPU entrará em modo de economia, voltando ao modo normal assim que houver qualquer atividade.Standby Mode: Após o período escolhido nesta opção (pode ser de 1 mim até 1 hora) de inatividade do computador,o monitor e o HD serão desligados, voltando ao modo normal assim que houver qualquer atividade.Suspend Mode: Após o período determinado, todos os dispositivos do micro, exceto a CPU serão desligados.HDD Power Down: Tempo definido antes do HD ser desligado em caso de inatividade do micro. Este modo nãofunciona em HD’s SCSI.Wake Up Events in Doze & Standby e Power Down & Resume Events: Serve para monitorar a atividade de algumasinterrupções (IRQ’s) permitindo ou não que estas acordem o sistema:

On: A interrupção selecionada pode acordar o sistema.

Off: A interrupção selecionada não irá acordar o sistema.

PNP/PCI Configuration SetupPermite configurar as definições de IRQ e DMA para os dispositivos instalados no sistema.Resources Controlled by:

Auto: O sistema atribuirá automaticamente as definições de IRQ e DMA para todos os dispositivos (opçãoaltamente recomendada).

Manual : Permite atribuir as definições manualmente, neste caso, aparecerá uma lista de interrupçõesdisponíveis e você deverá configurá-las manualmente, este processo é dificil e qualquer erro pode impediro boot do micro, selecione esta opção apenas se tiver problemas com a configuração automatica, ou soubero que está fazendo.

Reset Configuration Data: Reinicializa ou não o ESCD ao sair do CMOS setup.

Enabled : O ESCD será reiniciado automaticamente quando for instalado um novo periférico, atribuindoendereços para ele automaticamente (opcão recomendada).

Disabled : Não reinicializa o ESCD.

PCI IRQ Actived By: Define o método pelo qual o barramento PCI atribui os endereços de IRQ, não altere o valordefaut.PCI IDE IRQ Map To: Configura o tipo de controladora IDE em uso:

PCI-Auto : O sistema determina automaticamente qual o tipo de controladora de disco IDE está instaladano sistema (opção recomendada).

ISA: A controladora IDE é padrão ISA (use esta opção caso a sua controladora IDE seja daquelas antigasque são espetadas em um slot ISA).

PCI-Slot 1 : Você está usando uma controladora PCI no slot 1.

PCI-Slot 2 : Você está usando uma controladora PCI no slot 2.

PCI-Slot 3 : Você está usando uma controladora PCI no slot 3.

PCI-Slot 4 : Você está usando uma controladora PCI no slot 4.

Primary IDE INT# e Secondary IDE INT#: Define qual a interrupção PCI que está associada às interfaces IDE. Nãoé recomendável alterar os valores default.Integrated PeripheralsIDE Primary Master PIO , IDE Secundary Master PIO, IDE Primary Slave PIO e IDE Secundary Slave PIO:Determina o PIO Mode (velocidade máxima de transfêrencia de dados, ver tutorial sobre HD’s) correspondente acada disco ou CD-ROM IDE instalado:

Auto: O sistema irá determinar o PIO automaticamente (opção recomendada).

Mode 0 , Mode 1, Mode 2 e Mode 3: modos usados em discos mais antigos.

Page 34: Hardware ii

34/34

Mode 4: Usado na maioria dos HD’s em uso.

Mode 5 : Usado nos HD’s mais novos.

Não mude a opção "Auto" a menos que você saiba o que está fazendo, a escolha de um modo errado de operação,fará com que o seu HD funcione muito lentamente, e em alguns casos pode causar a perda de todos os dados deste.PCI IDE 2ndChannel: Habilita ou não o uso de uma placa controladora IDE externa, conectada a um Slot PCIfuncionando como IDE secundária.On-Chip Primary PCI IDE e On-Chip Secundary PCI IDE Permite desabilitar as interfaces PCI embutidas na placamãe:

Enabled : Habilita a interface IDE embutida na placa mãe (não mude esta opção a menos que saiba o queestá fazendo).

Disabled : Desabilita a interface IDE da placa mãe para o uso de uma placa externa conectada a um SlotPCI.

IDE HDD Block Mode: Esta opção é muito importante, o block mode permite que os dados sejam acessados emblocos, ao invés de ser acessado um setor por vez, isto melhora muito o desempenho do HD, somente HD’s muitoantigos não aceitam este recurso. É altamente recomendável manter esta opção ativada, caso contrário, odesempenho do HD poderá cair em até 30%.USB Controller: Habilita ou não o uso de um controlador USB (Universal Serial Bus) deixe esta opção ativada casoesteja fazendo uso de algum dispositivo USB.Onboard FDD Controller: Habilita ou não a controladora de drivers de disquete embutida na placa mãe. Esta opçãodeverá ficar ativada a menos que você vá conectar uma controladora externa.Onboard Serial Port 1 e Onboard Serial Port 2: Permite habilitar/desabilitar e especificar os endereços para a portapara as postas seriais do micro. A porta serial primária geralmente é utilizada pelo Mouse e a segunda quase sempreestá vaga (aquela saída de 25 pinos do lado da saida do mouse). Por defaut a porta serial primária (Onboard SerialPort 1) utilizada pelo mouse, usa a Com 1 e o endereço 3f8, caso você instale algum periférico que vá utilizar estaporta (um modem configurado para utilizar a COM 1 por exemplo) poderá mudar a porta utilizada pelo mouse paraevitar conflitos.Onboard Parallel Port: Esta é a porta da impressora, aqui você poderá desabilitá-la ou mudar o endereço atruibuídopara ela (recomendável não alterar os valores default).Onboard Parallel Port Mode: Determina o modo de operação da porta parelela do micro.

Compatible : Porta compatível com modelos de impressoras antigas, porém muito lento, não o use a menosque a sua impressora só funcione neste modo.

Extended : porta compatível com a arquitetura PS/2.

EPP : Porta de alta velocidade geramente usada com dispositivos como CD-ROM's e placas de redeexternos ligados na porta paralela.

ECP : Modo usado pelas impressoras e scanners modernos, modo recomedado.

ECP Mode Use DMA: Especifica o canal DMA para a porta paralela em modo ECP.Load Setup DefaltsCarrega os valores default do setup para todas as opções.Password SettingNo Setup também existe a opção de se estabelecer um senha para o uso do micro, esta senha poderá ser solicitadatoda vez que se inicializar o micro, ou somente para se alterar os dados do Setup, isto pode ser definido na opção"Security Options" do BIOS Features Setup. Caso se esqueça a senha do micro, é possível retirá-la apagando todosos dados do CMOS, para isso você deverá abrir o micro e retirar a bateria da placa mãe por alguns minutosrecolocando-a em seguida, em algumas placas mãe isto é feito mudando-se a posição de um jumper específico.IDE HDD Auto DetectionEsta é a opção de permitir ao Setup configurar automaticamente todos os discos IDE que você tem no micro, aoinstalar um disco novo, não deixe de usar esta opção para configurá-lo automaticamente.

Page 35: Hardware ii

35/35

Em alguns casos como na figura, o setup não será capaz de detectar com certeza o tipo de HD instalado, irá oferecerentao duas ou três opções, ficando fácil escolher a compatível com o disco que você tem instalado. Não se esqueçaque todos os HD’s em uso maiores do que 528 MB são LBA. Os modos Normal e Large são utilizados apenas porHD’s muito antigos.

HDD Low Level FormatPresente em algumas BIOS, esta opção serve para apagar qualquer dado contido em um disco IDE, a diferença parauma formatação lógica comum através do comando Format, é que o HD deixará de possuir qualquer tipo de partiçãoe não será possível a recuperação dos dados, o HD ficará "como veio de fábrica". Vale lembrar que se o seu HDpossuir bad-clusters, ou áreas danificadas, este tipo de formatação NÃO vai eliminá-los, o que é impossível, apenasvai apagar as marcações dos programas como o Scandisk permitindo que estas áreas danificadas sejam utilizadas, oque não traz nenhuma vantagem, pelo contrário, coloca em risco os dados contidos no HD.Save & Exit SetupSalvar todas as auterações e sair.Exit Without SavingSair sem salvar qualquer alteração.