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HISTÓRIA E MEMÓRIA DOS NEGROS DO ROSÁRIO EM JARDIM DO
SERIDÓ/RN
Magnólia Alves Lucena da Costa*
Almir de Carvalho Bueno – Orientador†
RESUMO
Os registros históricos nos mostram frequentemente fatos que comprovam a presença de
grupos afro-brasileiros na formação de nossa identidade histórica e cultural. Entre as cidades
de Jardim do Seridó/RN e Ouro Branco/RN, a formação dos Negros do Rosário tornou-se
responsável por nos oferecer um legado cultural relacionado às tradições afro-brasileiras.
Partindo deste pressuposto, torna-se relevante um estudo de campo que tenha como objetivo
levantar questões que garantam a permanência do legado cultural desse grupo para as
gerações futuras. Tendo em vista que muito da história memorialística dos Negros do Rosário
não foi pesquisado e documentado. O trabalho com a História Oral é delicado, tendo em vista
que nossas fontes estão vivas e no tempo presente. Tessituras que envolvem a família dos
Negros do Rosário e sua memória, memória esta que é coletiva e fragmentada no seio social.
Por meio de visitas a cidade de Jardim do Seridó, entrevistaremos os membros das famílias
dos Negros do Rosário. As perguntas versarão sobre a vivência e memória que eles guardam
sobre os primórdios dos negros na cidade. O estudo estará baseado em análise de fontes
visuais, como fotos e vídeos, e entrevistas.
PALAVRAS-CHAVE
Cultura. Negos do Rosário. Jardim do Seridó.
* Discente do Curso de Especialização em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira – Universidade Federal
do Rio Grande do Norte (UFRN), Centro de Ensino Superior do Seridó (CERES), Campus de Caicó,
Departamento de História (DHC). Graduado em História pela UFRN, CERES, Campus de Caicó. Professor da
Rede Municipal de Ensino, na Escola Municipal José Nunes de Figueiredo (Ouro Branco-RN), onde é
Pedagoga. E-mail: [email protected] † Professor do DHC, CERES, UFRN. E-mail: [email protected].
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HISTORY AND MEMORY OF THE NEGROS DO ROSÁRIO IN JARDIM DO
SERIDÓ/RN
ABSTRACT
Historical records in often show facts that prove the presence of african-Brazilian groups in
the formation of our historical and cultural identity. Between the cities of Jardim do Seridó /
RN and Ouro Branco / RN, the formation of the Negros do Rosário became responsible for
offering us a cultural legacy related to the african-Brazilian traditions. Under this assumption,
it is relevant to a field of study that aims to raise issues to ensure the permanence of the
cultural legacy of this group for future generations. Given that much of the history of
memorialistic Negros do Rosário has not been researched and documented. Working with the
Oral History is delicate, given that our sources are alive and in the present tense. Tessitura
involving the family of the Negros do Rosário and his memory, memory that is this collective
and fragmented social bosom. Through visits to the city of Jardim do Seridó, will interview
the family members of the Negros do Rosário. The questions will be about the experience and
memory that they keep on the beginnings of blacks in the city. The study is based on analysis
of visual sources such as pictures and videos, and interviews.
KEYWORDS
Culture. Negros do Rosário. Jardim do Seridó.
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INTRODUÇÃO
Os registros históricos nos mostram frequentemente fatos que comprovam a presença
de grupos afro-brasileiros na formação de nossa identidade histórica e cultural. Entre as
cidades de Jardim do Seridó/RN e Ouro Branco/RN, a formação dos Negros do Rosário
tornou-se responsável por nos oferecer um enorme legado cultural relacionado às tradições
afro-brasileiras. Uma cultura negra que intercalou produtos (religião, saberes) de uma cultura
branca.
As análises desse trabalho serão voltadas para a reflexão da trajetória da Irmandade
dos Negros do Rosário da cidade de Jardim do Seridó, Rio Grande do Norte. As ações
históricas desse grupo já foram revisitadas e tornou-se objeto de pesquisa de outros trabalhos
– Bruno Goulart (2014) e Diego Gois (2007) – algo que alarga as análises do grupo em
destaque. Falar sobre os Negros do Rosário é eternizar a história memorialística de toda uma
cidade e adjacências.
A formação da Irmandade dos Negros do Rosário da cidade de Jardim do Seridó – RN
é pautada na história oral. Os ensinamentos, gestos, danças e “prosa” são passados de geração
a geração. Os ensinamentos dos mais velhos, daquele que encabeça a Irmandade, o rei, são
internalizados pelos integrantes do grupo de forma reta e com reverência. Ocorre uma relação
de respeito entre o mais novo para com o mais velho, assim afirmou o senhor Antônio José
dos Santos em conversa informal sobre a Irmandade. Atrelado ao fato de que essas famílias se
conhecem de longa data temos outro fator unificador, a fé, esta que muitas vezes é refletida no
catolicismo.
Os tambores, as melodias, cantigas de rodas, procissões e fé são o composto que liga
os negros na Irmandade. Os laços de parentesco é fator pertinente quando nos referimos a essa
formação grupal que acontece na cidade de Jardim do Seridó. Os integrantes da Irmandade
não estão circunscritos apenas a uma cidade, mas as ramificações chegam a outras fronteiras,
como por exemplo, Ouro Branco e Parelhas, cidades do Rio Grande do Norte.
Em tempos de festa a interação entre a Irmandade dos Negros do Rosário e a
sociedade jardinense é quase unânime. Não distinguimos as classes sociais, nem intelectuais
ou qualquer outra pessoa presente na festa negra, todos participam desse momento festivo.
Todos estão compartilhando da mesma representação e movimento cultural.
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Enxergamos uma comunidade negra que se estabelece nessa cidade mesmo com as
mudanças exigidas pelo tempo. Com o passar dos anos as musicas e danças – espontão, dança
realizada com uma espécie de lança enrolada com fitas – tomam significados que perpassam o
tempo e fortalece os laços na Irmandade. O tempo faz com que esse grupo se fortaleça por
meio da cultura na sociedade de Jardim do Seridó.
A dança do espontão, dança tradicional na Irmandade dos Negros do Rosário, é regada
pelo som do pífaro, e composta por lanças enfeitadas com fitas, em sua maioria, azul e branca,
que eleva a cultura negra presente na cidade. Nesse momento os componentes do grupo se
unem e saem às ruas para celebrar seus ritos e cantigas. Um dos fatores que unem e agregam
valores ao grupo em questão é a Dança do Espontão. Abaixo temos a imagem dessa dança
peculiar que une culturas e arquiteta valores.
As informações acima foram coletadas com o parecer de pessoas que participam de
forma ativa da Irmandade dos Negros do Rosário, como é o caso do senhor Antônio. Algumas
conversas informais com os participantes da Irmandade viabilizaram, metodologicamente, o
curso da pesquisa em questão. A fala dos entrevistados é de suma importância nesse trabalho,
visto que para se chegar a uma conclusão plausível foi necessária à análise dos discursos dos
participantes da Irmandade dos Negros do Rosário.
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Figura 2: Lanças utilizadas na dança do espontão.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
Os integrantes da Irmandade dos Negros do Rosário fazem uso da oralidade para que
seus conhecimentos sejam passados de geração para geração. Atrelado ao fato de que essas
famílias se conhecem de longa data temos outro fator unificador, a fé, esta que muitas vezes é
refletida no catolicismo.
Mesmo com a tradição oral fortalecida no seio da Irmandade dos Negros do Rosário,
alguns dos seus membros entendem que a modernidade contribuiu para que alguns valores
culturais, como a interação dos integrantes, passaram por mudanças. Modificações que
alcança primeiramente os mais jovens. Essa é uma questão que cabe uma reflexão. A
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temporalidade caminha com a mudança, valores recebem novos significados e a cultura se
modifica. Essa não é regra geral, mas é possível no contexto cultural do grupo.
No Rio Grande do Norte, a Festa do Rosário é hoje celebrada somente em
Caicó e Jardim do Seridó, em épocas diferentes – estratégia que permitia aos
irmãos participarem das festividades nas cidades vizinhas. Segundo registros
orais, a primeira festa em Jardim do Seridó data de 1863 e a irmandade foi
criada em 1885. Todo ano, no dia 30 de dezembro, várias famílias da Boa
Vista têm costume de se deslocar até a casa do Rosário, situada no município
vizinho, Jardim do Seridó: os irmãos vão ao encontro da família Caçote, para
“pular”, rezar e “farrear” nas ruas de Jardim do Seridó. Como em outras
irmandades negras, é realizada uma eleição anual para escolher o rei e a
rainha do ano, o juiz e a juíza do ano, o escrivão, a escrivã, além do rei, da
rainha, do juiz, da juíza perpétuos. Há também o porta-bandeira
(bandeirista), que acompanha os dançarinos (lanceiros) comandados pelo
capitão de lança, geralmente uma pessoa experiente. Finalmente, os
caixeiros se juntam ao tocador de pífano de Jardim do Seridó, nem sempre
presente. Essa hierarquia é cumprida rigorosamente para que os irmãos
possam dançar juntos e a tradição seja seguida. (CAVIGNAC, 2008, p. 21)
RESQUÍCIOS DE UMA CULTURA NEGRA: DA GRUTA PARA A IGREJA
Quanto da cultura negra está presente em nossa cultura? Passamos pelo processo do
branqueamento e esquecemo-nos do processo histórico que envolve a hibridação cultural
negra? Esses destaques nos inquietam e nos impulsionam a pensar de forma crítica a
construção cultural que a contemporaneidade tem formado. A historiografia dos Negros do
Rosário na cidade de Jardim do Seridó é multicultural e difundida em vários trabalhos
científicos, a exemplo temos Goulart (2014). Essas análises dissertam sobre a vivência e
cultura dos negros dessa localidade, bem como sua singularidade nas danças exibidas em suas
festas.
O fato de pertencer a um grupo tradicional na cidade reverbera um estado de felicidade
em seus integrantes, não só pelo status que lhes é conferido, mas pela representação social que
é concebida por aquela sociedade. É a construção de um processo que os identifica e iguala
dentro da Irmandade dos Negros do Rosário.
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Aqueles que guardam a cultura negra da Irmandade, aqueles mais velhos em idade,
concebem o tempo de uma forma peculiar e singular. Entendem que a ruptura com a
modernidade fez com que alguns aspectos (ritos, danças, etc) da cultura negra percam-se com
o passar do tempo. Essas imbricações contribuem para que a história da Irmandade dos
Negros do Rosário sofra alterações, inclusive quando nos referimos ao ingresso dos
integrantes mais jovens.
Pensando as questões de rupturas entre os negros da Irmandade, versaremos sobre a
cultura que é vivida e mantida pelos Negros do Rosário residentes na cidade de Jardim do
Seridó/RN. Levando-se em consideração que o tempo e o espaço forjam novos valores
atribuindo-lhes novas formas de apropriação.
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Imagem 1 – Senhor Antônio José dos Santos, 55 anos.
Fonte: Arquivo pessoal da autora.
O senhor Antônio José dos Santos, 55 anos de idade, residente na cidade de Jardim do
Seridó e integrante da Irmandade dos Negros do Rosário fala que:
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Comecei na Irmandade tinha oito anos de idade, nessa época não aceitavam
crianças “brincar”, mas como meu pai era “lanceiro” da irmandade, então ele
me trazia para a irmandade e ficava de olho em mim. Eu comecei como
lanceiro, bater bombo, depois fui bater bombo e caixa e passei a ser capitão
de lança. Essa Irmandade é muito importante para mim. Na época tinha os
mais velhos, um grupo que comandava tudo. Tinha “Ludugero”, tinha Cirino
caçote”. Os caçotes são de Ouro Branco/RN. Eu era rapazinho muito novo
na época e existia muito “nego’ aqui antigamente, eles pegavam água aqui
no rio, na cacimba, não tinha as coisas como tem hoje não. Da Boa Vista,
Parelhas/RN, vinham com fecho de lenha na cabeça, traziam galinha, às
vezes se perdiam dentro do mato e chegavam no outro dia. Hoje a irmandade
tem tudo. (SANTOS, 2015)
Analisando a fala do senhor Antônio e por meio do relato do mesmo em entrevista, é
perceptível que a cultura africana embutida na Irmandade dos Negros do Rosário ganha forças
e adeptos na cidade de Jardim do Seridó. Esse reflexo também pode ser percebido quando o
senhor Antônio (2015) aborda as seguintes palavra: “(...) essa Irmandade é muito importante
para mim”. De certo a Irmandade dos Negros do Rosário é entendida como algo que está
intrínseco à história da cidade de Jardim do Seridó.
Representações que fazem parte do contexto sociocultural de um grupo que possui
raízes no seio da cidade de Jardim do Seridó. Essa é uma das formas de entender a realidade
estabelecida no contexto social. Chartier (1990) indica que essas são percepções sociais da
realidade. As impressões e signos dos membros da Irmandade dos Negros do Rosário são
apropriadas e ressignificadas pelas pessoas da comunidade como forma de externar aquilo que
se vive na realidade. Tais impressões são compartilhadas entre o grupo da Irmandade e
respeitadas pelos integrantes.
Suas representações são diversas. As impressões mudam de acordo com o tempo
vivido e com quem as expressa. O integrante mais velho aborda valores que indica uma vida
no campo, como é o caso do seu Antônio, uma visão detalhista que lhe é particular. Por outro
lado, o mais jovem agrega valores que perfazem caminhos diversos, como se ater menos aos
primeiros preceitos. Novos sentidos sãos agregados ao que se aprende com o grupo. Essa
situação foi mencionada por seu Antônio em sua entrevista.
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Primeiramente, a irmandade é mais cultural do que religiosa. É mais cultural.
Hoje ela “é igreja também” por que foram os próprios negros que trouxeram
a santa para a igreja. A santa vivia dentro de uma “grota” e a igreja fazia
muita procissão, levava para a igreja em cortejo e depois voltava para o
mesmo canto. Aí formaram um grupo de “negos” com fitas e batuques e em
cortejo. E essa santa passou a ficar na igreja, por isso passou a ser religiosa.
A igreja aceita numa “boa”. Só que tem um problema, quando começaram a
pesquisar, tentar voltar, não tem como voltar. Na realidade quando eu
comecei a gente usava chinelo de sola, hoje as pessoas não querem, não tem
como voltar ao passado. Os jovens não querem! Hoje nós perdemos a
autonomia. Antes, na irmandade, os negos mandava. Quando era pra botar
um tesoureiro, os negos botava. Hoje em dia é que nem política, tem
votação. Perdemos a autonomia. Hoje está assim. Hoje quem “comanda”
são “as irmandades” e não “a irmandade”. (SANTOS, 2015)
Tomando por indicação a entrevista do seu Antônio e analisando a conceituação de
Chartier (1990) sobre o processo de representação temos que as práticas da Irmandade dos
Negros do Rosário foram ressignificadas de acordo com as gerações que vivenciam os rituais
estabelecidos no grupo. Vemos nesse momento que os valores também são alterados e se
reestabelecem com novos significados, inclusive quando nos referimos aos seguimentos
religiosos.
Ainda, tomando a fala do entrevistado, indagamos suas respostas quando se refere ao
simbolismo religioso presente na Irmandade dos Negros do Rosário, onde o mesmo informa
que a irmandade teria levado a “santa” ao altar católico. Seria essa uma roupagem nova na
qual uma nova apropriação nascera? Provavelmente, sim. Novos valores – crenças – oriundos
do catolicismo foram incorporados pelos membros da Irmandade, a exemplo temos os ritos
festivos que acontecem juntamente com as procissões estabelecidas pelos dogmas da igreja
católica.
Essa é a configuração atual da irmandade dos Negros do Rosário, em se tratando da
posição levantada pelo entrevistado, uma realidade que é entendida como dicotômica no
espaço social onde iniciara o coletivo dos negros. A partir do momento em que novos
membros são iniciados na Irmandade os aspectos da cultura negra transformam-se e recebem
significados modernos aliados ao que o indivíduo concebe como real. Essa realidade social é
construída por aquele que ler, pensa e entende sua realidade.
Nesse momento é necessário “identificar o modo como em diferentes lugares e
momentos uma realidade social é construída, pensada, dada a ler” (CHARTIER, 1990, p. 16).
Percebemos realidades convergentes quando nos referimos ao início da Irmandade dos Negros
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do Rosário e a colocamos em acareação com os componentes mais jovens, estes que estão
completos de novos valores e significados modernos.
Mesmo com as mudanças que ocorrem com a secularização das informações culturais,
não só a cultura negra sofre com esse processo, mas as variadas formas de expressões
culturais passam pelo mesmo enlace. Dessa forma o espetáculo regido pela Irmandade dos
Negros do Rosário de Jardim do Seridó, quer seja com os primeiros integrantes, quer seja com
os mais jovens componentes, todos contribuem para que a memória cultural dos negros
continue viva na sociedade jardinense.
Seria essa mais uma estratégia praticada pela Irmandade na tentativa de manter viva a
cultura negra, mesmo que esta passe por modificações, no entanto, sua essência continua com
os traços de uma africanidade viva nesse espaço de práticas sociais. Uma representação
discursiva que carrega em sim uma finalidade voltada para a permanência do negro na
historiografia dessa cidade.
CULTURA AFRICANA E SEU ROSÁRIO
Por ser uma cultura presente e viva na cidade de Jardim do Seridó, a Irmandade dos
Negros do Rosário continua firme e viva na memória daqueles que estão inseridos na
realidade da cidade. Embora a construção do referido grupo tenha que resistir para se afirmar
como cultura negra é cabível assinalar o ambiente acadêmico está reescrevendo a trajetória da
Irmandade dos Negros do Rosário na história da cidade. Uma resistência que contribui e
fortalece os vínculos criados entre os participantes.
As mudanças citadas no decorrer do texto fazem parte do processo histórico temporal
no que se refere às reformulações das práticas apresentadas e vividas no interior da Irmandade
dos Negros do Rosário. Mesmo com modificações plausíveis no contexto cultural do grupo é
perceptível a incorporação da cultura em questão na sociedade da cidade.
Todo o contexto abordado ratifica que mesmo com as fragilidades internas na
Irmandade, isso no que se refere aos aspectos vivenciais e culturais, os Negros do Rosário
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permanecem firmes e a cada dia escrevem uma história que faz parte da cultura da cidade de
Jardim do Seridó. Novamente, o personagem negro utiliza a História Oral para compartilhar a
cultura africana.
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REFERÊNCIAS
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de patrimônio cultural a indústria do entretenimento. Série antropológica, nº 354, 2004.
CHARTIER, Roger: A história cultural entre praticas e representações; tradução de Maria
Manuela Galhardo. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil; 1990.
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EDUFF, 2003.
GÓIS, Diego Marinho de. Entre estratégias e táticas: enredos das festas dos negros do
Rosário em Jardim do Seridó. Dissertação (Monografia) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, CERES, mimeo.
CAVIGNAC, Julie; MACÊDO, Muirakytan (Org.). Tronco, ramos e raízes!: história e
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MELO, Veríssimo de. As confrarias de N.S. do Rosário como reação contraaculturativa
dos negros no Brasil. Afro-Ásia, n. 13, p. 107-118, 1980.
SILVA, B. G. M. . A Relação entre Folclore e a Irmandade do Rosário de Jardim: a
perversa lógica da valorização. Vivencia (UFRN) , v. 1, p. 105-118, 2014.
FONTE: Entrevistas realizadas no mês de dezembro de 2016 com integrantes da Irmandade
dos Negros do Rosário residentes em Jardim do Serisó / RN.