humanização da seara dora rodrigues imagens da internet
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Humanização da Seara
Dora RodriguesImagens da Internet
Adentramos o
PERÍODO DA MAIORIDADE
das idéias espíritas
Chega o tempo no qual o ideal da unificação deve transcender o âmbito das medidas administrativas e penetrar a esfera da ética, projetando para um futuro o leque de novas e maisintensas responsabilidades, que nos exigirão muito amor, uns pelos outros.
Dentre essas responsabilidades, espera-nos o desafio do encontro fraterno entre os vários segmentos doutrinários, representados pelas suas múltiplasconcepções.
Essa “mesa pluralista” não pode tardar em nossa gleba, se ansiamos por frutos maduros no cumprimento da tarefa de interagir o conhecimento espírita em favor da espiritualização da ciência, da filosofia, da religião e da política humana, no encaminhamento de uma nova sociedade, mais justa e pacífica.
As equipes espíritas devem se lançar o
quanto antes adevotado programa
de humanização, entre seus
freqüentadores, trabalhadores e dirigentes, no intuito de
fortalecerem suas relações interpessoais e sinalizar caminhos para uma relação
intrapessoal mais livre e plena de saúde.
Esse investimento sólido será uma fertilização das leiras de trabalho espiritual, fortalecendo o terreno das semeaduras do bem contra as pragasocasionais...
Hermance Dufaux e Cicero Pereira
Basta rápido olhar e perceberemos os irmãos de ideal sofrendo “a síndrome de ser amado”
em pleno trabalho de amor ao próximo.
Busca-se o bem e ajuda-se o necessitado em ações de
renúncia e esforço, deslocando-se quilômetros para beneficiar assistidos, todavia, nem sempre se é caridoso e afetuoso com
aqueles que estão próximos e partilham conosco as alegrias do trabalho cristão, deixando uma vasta lacuna entre os co-idealistas.
Precisamos
rever esse
foco da missão
do centro espírita,
evitando que se
torne um lugar de
“bancos frios” nos
quais assentem “alunos” com largos
cabedais intelectuais sobre a novel
doutrina, mas com franca inabilidade
para se amarem e transportarem esse
Amor ao mundo social em que estagiam.
Laborar por mais sólida preparação ética em nossos conjuntos doutrinários, tratando das
temáticas que versem sobre a edificação de
relacionamentos consistentes,
com alteridade, estudando o
significado de compreender e
aceitar, reflexionando com demora no que seja saber criticar e discordar
sem inimizade, sem oposição sistemática e dissidência declarada, sabendo discordar sem amar menos,
apesar de pensar diversamente.
“Sociedades espíritas fraternas só serão constituídas por homens e mulheres mais dóceis e cordiais, mais confiantes e afáveis, mais amigos e amáveis.
A criação dessas novas relações é garantia de uma aprendizagem mais sólida e bemaproveitada em nossas casas espirituais, (...)”
“A fraternidade não pode ser instituída, precisa ser sentida.
Menos convenções e mais trabalho de aproximação afetiva é o apelo que verte do Mais Alto à nossa consciência, no rumo dastransformações imprescindíveis”
Amor e convivência sadia serão obras do tempo no esforço diário do entendimento e do Compartilhamento mútuo.
Amar é uma aprendizagem.
Relações exigem
cuidados para
serem edificadas
no Amor, e esse aprendizado exige
os testes de aferição no
transcorrer dos tempos.
Conviver é uma
construção.
“A chama da amizade
pura deve unir,
iluminar e aquecer
os vossos corações.
Assim, podereis
resistir aos ataques
impotentes do mal,
como o rochedo inabalável
resiste às vagas furiosas”.
Vicente de Paulo O Livro dos Médiuns – cap. XXX
“Dissertação”.
“Os ensinamentos do Cristo prosseguem atuais: “A casa dividida rui”; o “feixe de varas” faz-se poderoso
por impedir, através da união com que se aglutinam as peças, o esfacelamento com facilidade.”
Lins de Vasconcellos Sementeira da fraternidade, cap. 1
“Trabalhemos juntos
e unamos os nossos
esforços, a fim de
que o Senhor, ao
chegar, encontre
acabada a obra”,
porquanto o Senhor
lhes dirá: “Vinde a mim,
vós que sois bons
servidores, vós que
soubestes impor silêncio aos vossos
ciúmes e às vossas discórdias, a fim de
que daí não viesse dano para a obra!” –
Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)
O Evangelho Segundo o Espiritismo – Cap. XX – item 5
“Seja-vos possível fundir-vos em uma única e mesma família
e a dar-vos mutuamente,
do fundo do coração e sem
pensamento premeditado,
o nome de irmãos(...)”
“Os grupos são
indivíduos coletivos
que devem viver em paz.
Eles são os batalhões da
grande falange. Ora, o que
será feito de uma falange cujos batalhões se dividirem?”Viagem Espírita em 1862, 2ª edição, pp 101-105
“(...) nos ambientes onde se registram divergências de sentimentos, onde as intenções não são puras ou onde
se observa o sorriso sardônico
e desdenhoso em certos lábios,
onde se sente o sopro da
malquerença e do orgulho,
onde se teme a cada instante pisar
o pé da vaidade ferida, há sempre constrangimento, embaraço e desconfiança.
Em tais locais os próprios espíritos são mais reservados e os médiuns muitas
vezes vêem-se paralisados pela
influência dos maus fluidos que sobre
eles pesam como um manto de gelo.
Allan Kardec (“Viagem Espírita em 1862” pág. 36)
A tática ora em ação pelos inimigos
dos Espíritas, mas que vai ser empregada com
novo ardor, é a de tentar dividi-los,
criando sistemas divergentes e suscitando
entre eles a desconfiança e a inveja.
Não vos deixeis cair na armadilha; e tende certeza de que quem quer que procure, seja por que meio for, romper a boa harmonia, não pode ter boas intenções.
Allan Kardec
Devo ainda assinalar-lhes
outra tática dos nossos adversários a de procurar comprometer os
Espíritas, induzindo-os a se afastarem
do verdadeiro objetivo da doutrina, que
é o da moral, para abordarem questões
que não são de sua alçada e que, a justo título, poderiam despertar susceptibilidades e desconfianças.
Também não vos deixeis cair neste laço...
Allan Kardec
Unamo-nos, amemo-nos, retificando as nossas opiniões, as nossas dificuldades e os nossos pontos de vista, diante da mensagem clara e sublime da Doutrina com que Allan Kardec enriquece a nova era, compreendendo que lhe somos simples discípulos.
Bezerra de Menezes - Unificação paulatina, união imediata, trabalho incessante... - "Reformador" fev./1976
Elaboremos umprograma educacional centrado em valores
humanos para dirigentes, trabalhadores, médiuns, pais, mães, jovens,
velhos, e o apliquemos consentaneamente com as bases da Doutrina.
Saber viver e conviver serão as metas primaciais desse programa no desenvolvimento de habilidades e competências do espírito. Programa de Bezerra de Menezes pelos valores Humanos no Centro Espírita
A meta primordial é aprendermos a amarmo-nos uns aos outros, para que tudo o que for criado em nome da causa espírita reflita a essência do Espiritismo em nossas
Movimentações.
A melhor instituição será a que mais expandir as condições para o amor.
O melhor homem será o que mais apresentar tenacidade em amar.
A melhor Casa será a que mais implementar o regime de amor em grupo, imprimindo a seus deveres um
caráter educacional. Bezerra de Menezes
Como fazer?
Como expandir as condições para o amor em nossas instituições?
Como apresentar maior tenacidade em amar?
Como implementar oregime de amor em grupo, imprimindo a seus
deveres um caráter educacional?
Como trabalhar o afeto nos grupos?